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Gestão do conhecimento organizacional
APRESENTAÇÃO
O conhecimento organizacional, também chamado de capital intelectual, consiste no 
conhecimento que os colaboradores de uma empresa detêm.
Sendo assim, as organizações já compreendem que para sobreviver às intempéries e se destacar 
no mercado, precisam buscar diferenciais competitivos, e que as pessoas são o maior bem de 
uma organização.
Esse conhecimento, por sua vez, é criado e difundido em um composto de valores e 
experiências, e o meio organizacional está nas pessoas, aplicado em manuais, documentos, 
processos, práticas, entre outros.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá a origem da gestão do conhecimento. Além 
disso, saberá diferenciar os conceitos de dado, informação e conhecimento. Por fim, comparará 
o conhecimento explícito com o tácito.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever a origem do conhecimento.•
Diferenciar dado, informação e conhecimento.•
Comparar conhecimento explícito com conhecimento tácito.•
DESAFIO
Os conceitos para trabalhar a gestão do conhecimento por meio do conhecimento explícito e 
tácito têm bibliografia e são de fácil compreensão.
O conhecimento explícito é formal e sistemático, expresso por números e palavras, facilmente 
comunicado e compartilhado em dados, informações e modelos. Já o conhecimento tácito é 
pessoal e complexo, oriundo da experiência, tendo uma dimensão contextual.
Perceba a diferença no caso de Rafael, na comparação entre conhecimento tácito e explícito.
 
a) Se você estivesse no lugar de Rafael, que ações promoveria para disseminar o conhecimento 
explícito para ser utilizado de forma correta e na hora certa?
b) Quais benefícios a organização teria com essas ações realizadas?
INFOGRÁFICO
A gestão do conhecimento está ligada ao processo de inovação, e vice-versa. Essa via de mão 
dupla acontece porque a inovação propõe a sistematização e a organização das informações, 
permitindo seu estudo compartilhado e promovendo a produção de novos conhecimentos.
Para apoiar esse processo, existem etapas para implementar a gestão do conhecimento, as quais 
produzirão artefatos para a organização reter o conhecimento, de forma mapeada e 
documentada, por meio da criação de conhecimento, obtenção, retenção, classificação, 
armazenamento, disseminação, utilização e aprendizagem, de forma cíclica, sempre em 
movimento de transformação dentro das organizações.
Neste Infográfico, você vai ver mais sobre essas etapas. 
CONTEÚDO DO LIVRO
A gestão do conhecimento é um assunto atual e que requer uma diversidade de conceitos. Todos 
eles trazem a ideia de que a gestão do conhecimento está relacionada a processos controlados da 
empresa de criar conhecimento. Além disso, o gerenciamento dos projetos vinculados à gestão 
do conhecimento agregam às empresas mais poder de competitividade, assim como na melhoria 
da performance com clientes, por meio de produtos e serviços inovadores, da tecnologia da 
informação e da redução de custos, além de agilidade e mais confiança na tomada de decisões.
No capítulo Gestão do conhecimento organizacional, da obra Tecnologias em saúde, base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre a origem do conhecimento. 
Além disso, vai ver os conceitos de dado, informação e conhecimento. Por fim, vai comparar e 
diferenciar o conhecimento tácito do explícito.
Boa leitura.
TECNOLOGIAS 
EM SAÚDE
Greice Tomazetti
Gestão do conhecimento 
organizacional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever a origem da gestão do conhecimento.
 � Diferenciar dado, informação e conhecimento.
 � Comparar conhecimento explícito com conhecimento tácito.
Introdução
Neste capítulo, você vai ler sobre a importância dos fundamentos da 
gestão do conhecimento, que tem sido um fator de sucesso nas orga-
nizações e na reprodução do capital, apoiando ações de planejamento, 
execução financeira e ações de recursos humanos de pequenas, médias 
e grandes empresas.
Além disso, você vai ver que a gestão da informação e o compartilha-
mento do conhecimento fazem parte da gestão do conhecimento, e ele 
é um processo sistemático, planejado e organizado para garantir que os 
ativos relacionados ao conhecimento sejam melhorados e empregados 
com o propósito de atingir a excelência organizacional.
Ainda neste capítulo, os conceitos de dado, informação e conheci-
mento e suas diferenciações serão abordados, e o conhecimento explícito 
e o conhecimento tácito serão comparados.
1 Origem da gestão do conhecimento
Para O’Brien e Marakas (2010), em uma economia caracterizada pela veloci-
dade das mudanças e em que a única certeza é a incerteza, uma fonte segura 
de vantagem competitiva é o conhecimento. Quando os mercados se modi-
ficam, tecnologias se proliferam, competidores se multiplicam e produtos se 
tornam obsoletos praticamente do dia para a noite. Empresas bem-sucedidas 
são aquelas que criam constantemente novos conhecimentos, derivados das 
interações desenvolvidas em processos de aprendizagem, distribuídos pela 
organização e incorporados rapidamente por novos produtos e tecnologias no 
ambiente organizacional. Sendo assim, essas atividades definem a empresa 
como “criadora do conhecimento”, cujo único negócio é a inovação contínua.
A gestão do conhecimento surge no final do século XVIII, quando ocorre-
ram a Revolução Industrial, com início na Inglaterra, e a Revolução Sociopolí-
tica, com início na França. A organização das estruturas políticas, dos códigos 
de leis e dos modelos de organização técnica e científica marcam a mudança 
do mundo, que, antes, era essencialmente agrário, dominado por manufaturas 
e artesãos, que formavam e transmitiam o seu conhecimento empiricamente.
Essas revoluções levaram a uma necessidade de padronização do conheci-
mento, imprescindível para formar as forças de trabalho. Também na área da 
gestão era necessário conhecimento, pois cresceu a necessidade de orientar 
os trabalhadores a trabalharem com a máxima eficiência e o mínimo custo.
Dentro das organizações, a gestão do conhecimento passa por diversos 
aspectos: pessoas, processos, tecnologia e informação devem ser trabalhadas 
sob o ponto de vista de aumentar a vantagem competitiva.
Segundo Teixeira Filho (2000), a mudança de paradigma ocorrida nos anos 
90 forçou uma mudança também na estrutura das empresas: muitas promove-
ram o downsizing, diminuindo o número de níveis hierárquicos. Uma estrutura 
organizacional em pirâmide é algo obsoleto hoje em dia. Isto porque deve-se 
dar uma maior autonomia a todos os níveis, inclusive ao operacional, pois se 
as pessoas são detentoras do conhecimento, é preciso que haja igualdade de 
oportunidade para que elas possam utilizá-lo.
As organizações são organismos vivos e capazes de produzir um senso de 
identidade fundamental na compreensão compartilhada de seus significados, 
ocorrendo a transformação do conhecimento das pessoas.
2 Conceitos de dado, informação e 
conhecimento
Em uma organização empresarial, lidamos com dados, informações e conhe-
cimentos a todo o momento. Porém, precisamos saber os seus significados e 
as suas diferenças para melhor aplicá-los no dia a dia.
Gestão do conhecimento organizacional2
Dado é qualquer registro ou indício que possa ser relacionado a alguma 
atividade ou evento. Esse registro não precisa ser necessariamente físico —
uma imagem ou um valor guardado na memória de uma pessoa podem ser 
considerados dados.
Os dados também podem ser definidos como informações brutas, ou seja, 
não tratadas. Eles somente têm significado quando são agrupados, organizados 
ou sistematizados para gerarem uma informação. 
Veja, a seguir, as definições de dado na literatura da área (AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2007):
 � Fluxo de dados brutos que representam eventos que ocorrem nas organizações ou 
em ambientes físicos antes de eles teremsido organizados em um formato que as 
pessoas possam entender e utilizar (LAUDON, K.; LAUDON, J., 1998).
 � Dados são observações dos estados do mundo.
 � Dado é um fato ou material bruto na produção da informação.
Para Audy, Andrade e Cidral (2007), a informação é um conceito central 
na área de sistemas de informação e é o recurso mais valioso e importante 
nas organizações na sociedade atual, também conhecida como sociedade da 
informação. 
A informação é um conjunto de dados configurados de forma adequada 
ao entendimento e à utilização pelo ser humano. Assim, a informação é o 
sentido que um conjunto de dados tem para alguém. Um mesmo conjunto de 
dados pode não gerar a mesma informação para pessoas diferentes. Quanto 
maior a complexidade dos dados e, por conseguinte, da informação, maior 
será a dificuldade de gerar consenso e entendimento.
Ainda para Audy, Andrade e Cidral (2007), a informação é uma coleção 
de dados organizados de forma a ter um valor adicional dos fatos em si. Em 
outras palavras, são dados concatenados, que passaram por um processo de 
transformação, cuja forma e conteúdo são apropriados para um uso específico.
3Gestão do conhecimento organizacional
São inúmeros os conceitos e as definições de informação na área. Audy, 
Andrade e Cidral (2007) citam que:
 � Informações são dados que foram moldados em um formato que tem 
um significado e uma utilidade para o homem (LAUDON, K.; LAU-
DON, J., 1998).
 � Informações são dados dotados de pertinência e propósito.
 � Informação é um dado processado de uma forma significativa para o 
usuário e tem valor real ou percebido para decisões correntes e poste-
riores (DAVIS, 1974).
 � Informação é a agregação ou o processamento dos dados que provêm 
conhecimento ou inteligência (BURCH; STRATER, 1974).
 � Informação (na ciência do comportamento) é um signo, ou conjunto de 
signos, que impulsiona uma ação; distingue-se dos dados porque dados 
não são estímulos de ação, mas simplesmente cadeias de caracteres ou 
padrões sem interpretação (MURDICK; MUNSON, 1988).
A informação é o principal insumo no processo de decisão e a gestão da 
informação é a garantia de uma provisão eficaz da comunicação. As principais 
fontes de informação podem ser internas ou externas, formais ou informais, 
de acordo com o Quadro 1.
Fonte: Adaptado de Audy, Andrade e Cidral (2007).
Formal Informal
Interna Relatórios internos das 
áreas funcionais
Conversas informais 
dos funcionários
Externa Legislação, pesquisa de 
mercado, documentos 
oficiais externos e Internet
Conversas, feiras, 
congressos, notícias na 
imprensa e Internet
Quadro 1. Fontes de informação
Gestão do conhecimento organizacional4
É por meio da informação que podemos tomar decisões mais assertivas 
na vida e no ambiente de trabalho, possibilitando a menor margem de erro 
possível. A informação, dessa forma, seria uma “redutora de incertezas”. Para 
Takeuchi e Nonaka (2008, p. 197):
Simplesmente ‘compartilhar’ a informação não cria valor. Identificar os 
problemas e pensar juntos sobre como resolvê-los – isto é, ‘simpatizar’ – e 
colocar as ideias em ação – isto é, ‘responder’ – cria valor. Costumávamos 
enfocar e ouvir apenas um determinado grupo de clientes (o Japão), mas hoje 
todos no mundo são nossos clientes.
O vídeo disponível no link a seguir aborda de forma simples e exemplificada os aspec-
tos da formação do conhecimento, seu entendimento, sua disseminação e o modo 
como interagem as unidades que compõem toda essa cadeia, mostrando a diferença 
substancial entre o que são dados, informações e conhecimento.
https://qrgo.page.link/v83r1
O conhecimento é a reunião, sintetização e compreensão de informações. 
Em relação ao ser humano, a formação do conhecimento está intimamente 
conectada às capacidades de percepção, filtragem e processamento de infor-
mações na memória. Atualmente, este trabalho também pode ser realizado 
por software, dando origem ao conceito de inteligência artificial.
Segundo Audy, Andrade e Cidral (2007) o conhecimento implica estar 
ciente e ter o entendimento de um conjunto de informações e de como essas 
informações podem ser úteis para determinado processo ou tarefa, envolvendo 
uma combinação de instintos, ideias, informações, regras e procedimentos 
que guiam ações e decisões. O conhecimento é uma informação valiosa, que 
inclui reflexão, síntese e contexto. É difícil de estruturar, difícil de capturar 
em computadores, normalmente é tácito (não explícito) e sua transferência 
é complexa.
5Gestão do conhecimento organizacional
Para Davenport e Prusak (1998), o conhecimento é uma mistura fluida 
de experiência condensada, informação contextual, valores e insights expe-
rimentados, que proporcionam uma estrutura para avaliação e incorporação 
de novas experiências e informações. O que reflete uma transformação ou 
modificação de algo ou alguém.
De fato, experiências de vida, aprendizado acadêmico e desenvolvimento 
pessoal são fontes de criação de conhecimento. São esses canais que dife-
renciam o conhecimento tácito do conhecimento explícito e entendê-los é 
essencial para que a gestão do conhecimento seja implementada de forma 
eficiente nas organizações, pois esses conceitos dizem respeito à maneira pela 
qual as informações são criadas e transmitidas, impactando diretamente no 
modo de administrar o capital intelectual da organização.
Para se aprofundar no tema gestão do conhecimento nas organizações, leia no link a 
seguir a monografia do especialista em gestão dos recursos humanos Sérgio Ricardo 
Vieira Silva.
https://qrgo.page.link/FijAJ
3 Comparação entre conhecimento 
explícito e tácito
No dia a dia das organizações, o conhecimento é gerado naturalmente e 
evolui por meio de duas dimensões: o conhecimento tácito e o conhecimento 
explícito. Eles são interdependentes e extremamente importantes na geração 
do conhecimento. 
O conhecimento tácito também pode ser conhecido como inconsciente, 
instintivo ou empírico. Esse conhecimento é completamente subjetivo e está 
intimamente ligado às habilidades e experiências de cada indivíduo. Ele está 
na cabeça das pessoas, na forma como elas atuam e, na maioria das vezes, 
até na sua dificuldade em se expor; deriva da experiência, das práticas e da 
história daquela pessoa com aquele assunto.
Gestão do conhecimento organizacional6
A intuição, a observação e a prática são alguns meios de desenvolvimento 
do conhecimento tácito. É um tipo de conhecimento difícil de ser formali-
zado. Por isso, também é mais difícil de ser transmitido. Na maior parte das 
vezes, esse conhecimento está tão internalizado que se torna um padrão de 
comportamento.
Dentro das empresas, a transmissão do conhecimento tácito também fica 
difícil, pois depende da experiência de cada um. Esse tipo de conhecimento 
somente pode se tornar um diferencial competitivo quando adequadamente 
explorado.
O conhecimento explícito é aquele formalizado por meio de palavras, 
normas, códigos, imagens, gráficos e metodologias e pode ser acessado por 
qualquer pessoa. Ele é baseado na racionalidade, podendo ser aprendido por 
meio de livros, textos, apostilas e aulas.
Por ser objetivo, o conhecimento explícito pode ser facilmente compar-
tilhado, tornando mais simples o processo de disseminação dentro de uma 
organização, por exemplo.
O conhecimento tácito e o conhecimento explícito não podem se excluir, 
mas sim se complementar. Numa empresa, por exemplo, os colaboradores, 
como ferramentas de sucesso e crescimento da organização, devem confiar 
na intuição e não racionalizar e teorizar todos os tipos de soluções. Ao mesmo 
tempo, devem compreender e mesclar os conhecimentos obtidos por meio das 
experiências e dos ensinamentos teóricos no momento das decisões estratégicas. 
Também é importante ressaltar que o conhecimento tácito não é iden-
tificado apenas nos colaboradores das organizações: há um conhecimento 
rico nos clientes, nos fornecedores e nos stakeholders em geral. Nas áreas de 
comunicação, administraçãoe tecnologia da informação, a palavra em inglês 
stakeholder é muito utilizada. Essa palavra tem como objetivo designar as 
pessoas e os grupos mais significativos para um planejamento estratégico ou 
um plano de negócios, isto é, as partes interessadas.
De acordo com Takeuchi e Nonaka (2008), a criação do conhecimento se 
inicia com a socialização e passa por quatro modos de conversão do conhe-
cimento. Segundo eles, o conhecimento é ampliado por meio dos modos de 
conversão, como mostra a Figura 1:
7Gestão do conhecimento organizacional
Figura 1. Conversão do conhecimento por Takeuchi e Nonaka.
Fonte: Adaptada de Salvador (2019).
Tácito Tácito
Tá
ci
to
Tá
ci
to
Explícito Explícito
Explícito
Explícito
Socialização Externalização
CombinaçãoInternalização
Compartilhar e criar conhecimento
tácito através de experiência direta,
observação, imitação, encontros e
diálogos informais
O conhecimento é cristalizado e pode
ser compartilhado através do uso de
metáforas, analogias, símbolos,
slogans ou modelos e escrita
“Aprender fazendo”: aprender e
adquirir conhecimento tácito 
novo na prática
Pessoas trocam e combinam
conhecimentos via documentos,
reuniões, conversas ao telefone ou
redes de comunicação
A espiral do conhecimento, também conhecida como modelo SECI (sigla 
para socialização, externalização, combinação e internalização), construída 
pelos japoneses Takeuchi e Nonaka é uma das mais conhecidas teorias da 
gestão do conhecimento e serve para apresentar o processo de integração entre 
o conhecimento explícito e o conhecimento tácito. Ela tem as quatro esferas 
apresentadas a seguir, com objetivos diferentes:
 � Socialização: criar e compartilhar conhecimento tácito por meio da 
interação entre as pessoas, ocorrendo a conversão do conhecimento 
tácito para o tácito. Nesse modo, a interação é de indivíduo para in-
divíduo e ocorre, geralmente, em reuniões informais. A socialização 
também pode ocorrer por meio da observação, da imitação e da prática 
(TAKEUCHI; NONAKA, 2008; ISHIKURA, 2008). 
Gestão do conhecimento organizacional8
 � Externalização: converter o conhecimento tácito em explícito. Nesse 
modo de conversão, o conhecimento passa do indivíduo para o grupo 
(TAKEUCHI; NONAKA, 2008). “O conhecimento tácito torna-se 
explícito, tomando a forma de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses 
ou modelos” (TAKEUCHI; NONAKA, 2008, p. 62). 
 � Combinação: sistematizar o conhecimento explícito, ocorrendo a con-
versão de explícito para explícito. Nesse caso, o conhecimento passa do 
grupo para a organização (TAKEUCHI; NONAKA, 2008). “Este modo 
de conversão de conhecimento envolve a combinação de diferentes cor-
pos de conhecimento explícito” (TAKEUCHI; NONAKA, 2008, p. 65). 
 � Internalização: converter o conhecimento explícito em tácito. Nesse 
modo, o conhecimento passa da organização para o indivíduo. Esse 
modo está relacionado com o “aprender fazendo” (TAKEUCHI; NO-
NAKA, 2008; ISHIKURA, 2008). 
Por meio de estudo, profissionais podem internalizar conhecimento quando outro 
profissional externaliza o seu ou quando um novo material é criado por meio de 
combinação.
Indivíduos trocam conhecimento entre si e aprendem mais quando acontece a 
socialização. Assim, uma empresa com uma espiral do conhecimento bem desenvolvida 
consegue qualificar seus funcionários a partir de conhecimentos derivados da própria 
organização. (SALIBA, 2016).
Ao contrário do que o senso possa considerar como verdade, compartilhar 
informação não gera, necessariamente, conhecimento. É necessário, a partir 
da informação, compartilhar, simpatizar e responder para só depois criar o 
conhecimento. A atitude de simpatizar a informação (identificar os problemas 
e pensar juntos sobre como resolvê-los e responder, colocando as ideias em 
ação) é o grande desafio, conforme a Figura 2.
9Gestão do conhecimento organizacional
Figura 2. Compartilhar informação não gera, necessariamente, conhecimento.
Fonte: Adaptada de Salvador (2019).
DADOS
Informações
Conhecimento
Processados
Relevantes e 
acionáveis
Dados relevantes
e acionáveis
A consequência desse olhar voltado à gestão do conhecimento faz com que 
diversas empresas criem cada vez mais processos estruturados, garantindo-os 
como ferramentas estratégicas, e com um retorno imediato para a geração de 
diferencial competitivo, contribuindo também para a difusão da inovação com 
base nas informações circundantes na organização.
AUDY, N. K.; ANDRADE, G. de K.; CIDRAL, A. Fundamentos de sistemas de informação. 
Porto Alegre: Bookman, 2007.
DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam 
o seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998. 
ISHIKURA, Y. Gestão do conhecimento e concorrência global: a abordagem da Olym-
pus à gestão do conhecimento global na indústria de câmeras fotográficas digitais. 
In: TAKEUCHI, H.; NONAKA, I. Gestão do conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008. 
p. 165–200.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa 
digital. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
Gestão do conhecimento organizacional10
O’BRIEN, J. A.; MARAKAS, G. M. Administração de sistemas de informação. Porto Alegre: 
Bookman, 2010.
SALIBA, R. Retenha conhecimento com a espiral do conhecimento. Pampulha, 2016. Dispo-
nível em: https://ucj.com.br/retenha-conhecimento-usando-espiral-do-conhecimento/. 
Acesso em: 15 jan. 2020.
SALVADOR, J. A. Compartilhar informação não gera conhecimento. In: CONDUCERE. 
[S. l.], 2019. Disponível em: https://conducere.com.br/compartilhar-informacao-nao-
-gera-conhecimento/. Acesso em: 15 jan. 2020.
TAKEUCHI, H.; NONAKA, I. Gestão do conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008.
TEIXEIRA FILHO, J. Gerenciando conhecimento: como a empresa pode usar a memória 
organizacional e a inteligência competitiva no desenvolvimento dos negócios. Rio 
de Janeiro: Senac, 2000.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, F. Uma breve história da gestão do conhecimento. In: ADMINISTRADORES.
COM. [S. l.], 2012. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/uma-breve-
-historia-da-gestao-do-conhecimento. Acesso em: 15 jan. 2020.
BARBOSA, P. B.; CAVALCANTE, R. C. C. e; FERREIRA, H. R. Estratégias de gestão do co-
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ges/1._Estrategia_de_GC_Artigo.pdf. Acesso em: 15 jan. 2020.
COMO a gestão do conhecimento pode ajudar a sua empresa. [S. l.: s. n.], 2015. 1 vídeo 
(2 min). Publicado pelo canal Humantech Gestão do Conhecimento. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=kSUTNtRDNnc. Acesso em: 15 jan. 2020.
ESPIRAL do conhecimento – SESI. [S. l.: s. n.], 2015. 1 vídeo (7 min). Publicado pelo ca-
nal Marcia Aires. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kNi75HV73ws. 
Acesso em: 15 jan. 2020.
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GESTÃO do conhecimento – Aula 01 – Fundamentos da gestão do conhecimento. [S. 
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www.youtube.com/watch?v=sriEhPFwKj0. Acesso em: 15 jan. 2020.
GRUPO 4 – A formação do conhecimento nas organizações. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo 
(4 min). Publicado pelo canal Rodrigo Randow. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=cW1JiKxfV2w. Acesso em: 15 jan. 2020.
11Gestão do conhecimento organizacional
IBC. Quatro modos de conversão do conhecimento. [S. l.], 2019. Disponível em: https://
www.ibccoaching.com.br/portal/vida-profissional/quatro-modos-conversao-do-
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LIMA, M. Gestão do conhecimento. In: ADMINISTRADORES.COM. [S. l.], 2005. Disponível 
em: https://administradores.com.br/artigos/artigo-gestao-do-conhecimento.Acesso 
em: 15 jan. 2020.
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Disponível em: https://sitecampus.com.br/conhecimento-tacito-e-conhecimento-
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15, n. 3, p. 155–175, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pci/v15n3/09.pdf. 
Acesso em: 15 jan. 2020.
SANTOS, D. Mapeamento de competências. In: RH Portal. [S. l.], 2015. Disponível em: 
https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/mapeamento-de-competncias/. Acesso em: 
15 jan. 2020.
SEBRAE. Espiral do conhecimento: conheça a metodologia. [S. l., 201-?]. Disponível em: 
http://cer.sebrae.com.br/espiral-do-conhecimento/. Acesso em: 15 jan. 2020.
SILVA, S. R. V. Gestão do conhecimento nas organizações. 2016. Monografia (Especialização 
em Gestão de Recursos Humanos) - Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro, 
2016. Disponível em: https://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/
posdistancia/53504.pdf. Acesso em: 15 jan. 2020.
SOUZA, D. B. L. Gestão do conhecimento nas organizações: desafios e oportuni-
dades. Estação Científica, n. 3, p. 1–14, 2006. Disponível em: https://portal.estacio.
br/media/4376/5-gestao-conhecimento-organizacoes-desafios-oportunidades.pdf. 
Acesso em: 15 jan. 2020.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Gestão do conhecimento organizacional12
DICA DO PROFESSOR
Informação e conhecimento só têm o mesmo valor quando colocados em prática. Por meio 
desses conceitos, a gestão do conhecimento surge atualmente como um processo de captura, 
distribuição e uso de forma efetiva. Porém, para que seja distribuída por toda a organização de 
forma estruturada, esse conhecimento precisa ser identificado, para criar, produzir e transformar, 
por meio da materialização dos conhecimentos tácitos e explícitos.
Sendo assim, é importante desenvolver processos que facilitem a disseminação do 
conhecimento, por meio de mudança de paradigmas, explorando aspectos como aprendizagem, 
competências, produção de ideias e compartilhamento interno de informações através de 
processos gerenciais e do capital humano.
Nesta Dica do Professor, você vai ver mais sobre a gestão do conhecimento e sua aplicabilidade 
no mundo atual. 
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EXERCÍCIOS
1) untada, uma assadeira, o forno pré-aquecido e um pouco de paciência para assar e 
esfriar. Ao longo do processo, pode haver o compartilhamento da receita, ou a 
criação de uma nova, com novos ingredientes. É possível aproveitar a espiral do 
conhecimento, de Nonaka e Takeuchi, para descrever uma etapa específica, que é a 
COMBINAÇÃO dentro da produção de um bolo. Dos exemplos a seguir, qual 
caracteriza esse conceito? 
A) Compartilhar uma receita de bolo.
B) Gerar uma nova receita de bolo.
C) Elaborar um livro ou um blog de receitas.
D) Ler a receita, fazer o bolo e internalizar a experiência.
E) Transpor uma nova receita de bolo.
2) Para James Obrien (2010), empresas bem-sucedidas são aquelas que constantemente 
criam novos conhecimentos, os quais são distribuídos pela organização e 
incorporados rapidamente a novos produtos e tecnologias, criando uma fonte segura 
de vantagem competitiva.
O principal negócio das empresas criadoras do conhecimento é a:
A) inovação contínua. 
B) modificação de mercados.
C) estagnação na economia incerta. 
D) manutenção do share de mercado.
E) permanência como empresa bem-sucedida. 
3) Vive-se diariamente bombardeado por informações, quer seja quando se lê um jornal 
ou assiste um telejornal, ou nos smartphones, por meio das redes sociais, por exemplo. 
Porém, a sociedade da informação não é necessariamente benéfica. Inclusive, ela 
pode ser um obstáculo ao conhecimento, pois pode trazer a informação parcial, sem o 
conteúdo na íntegra.
Nesta ordem, qual é a diferença entre informação e conhecimento?
A) Informação é dado e conhecimento é dado.
B) Informação é registro e conhecimento tem propósito.
C) Informação são representações simbólicas e conhecimento são dados organizados.
D) Informação é uma coleção de dados organizados e o conhecimento são informações 
organizadas com propósito para a tomada de decisão.
E) Informação são dados em uma mensagem de comunicação e conhecimento são fatos 
brutos que não tem valor em si.
4) As organizações criam riquezas a partir do seu conhecimento, explícito ou tácito, que 
norteiam o seu capital intelectual, e esse conceito está caminhando rapidamente para 
ser prioridade nas organizações para o desenvolvimento de inovação e manutenção 
da competitividade.
Considerando que o conhecimento tácito é difícil de mensurar, pois forma o know 
how pessoal, é impossível de passar esse conhecimento para um pen drive ou 
emprestar para um amigo em um HD externo.
Sendo assim, qual é o maior desafio para as empresas no cenário atual?
A) Saber transformar os dois conhecimentos em explícito.
B) Saber transformar o conhecimento tácito em tácito.
C) Saber transformar o conhecimento explícito em explícito.
D) Saber transformar o conhecimento explícito em tácito.
E) Saber transformar o conhecimento tácito em explícito.
Nonaka e Takeuchi, que realizaram uma extensa pesquisa em organizações 
japonesas, concluíram que o sucesso dessas empresas se deve às suas competências 
em criar conhecimento organizacional. Além disso, destacam a criação do 
5) 
conhecimento como a habilidade que uma organização tem em criar conhecimentos, 
disseminá-los por toda a empresa e incorporá-los a produtos, serviços e sistemas. 
Cite, por meio de exemplos, a lógica da espiral do conhecimento na prática.
A) Socialização: trabalho em grupo; externalização: bate-papo; combinação: reuniões; 
internalização: bagagem pessoal.
B) Socialização: trabalho em grupo; externalização: produção de artigos; combinação: 
reuniões; internalização: bagagem pessoal.
C) Socialização: produção de artigos; externalização: bate-papo; combinação: trabalho 
integrado entre setores; internalização: bagagem pessoal.
D) Socialização: trabalho em grupo; externalização: produção de artigos; combinação: 
reuniões; internalização: trabalho integrado entre setores.
E) Socialização: rodas de conversa; externalização: reuniões; combinação: produção de 
artigos; internalização: experiências pessoais.
NA PRÁTICA
Você sabe a diferença entre dados, informação e conhecimento? Dados representam um ou mais 
significados que isoladamente não podem transmitir uma mensagem ou representar algum 
conhecimento. Já as informações têm significado, com elas podem ser tomadas decisões. O 
conhecimento vai além de informações, pois além de ter um significado, também tem uma 
aplicação. 
Neste Na Prática, você vai ver como esses conceitos podem ser utilizados na viagem de férias 
para a Itália da família Souza.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Fundamentos da gestão do conhecimento
A gestão do conhecimento se tornou uma necessidade estratégica para as empresas na 
atualidade, uma vez que o conhecimento pode ter um valor muito mais alto do que uma 
máquina. Neste vídeo, você vai conhecer os principais fundamentos da gestão do conhecimento.
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Gestão do conhecimento como ferramenta de estratégia organizacional
Neste artigo, você vai ver a gestão do conhecimento como uma importante ferramenta de 
estratégia organizacional, por meio de umprocesso pelo qual a organização cria riqueza a partir 
do seu conhecimento, explícito ou tácito, e que norteia o seu capital intelectual. Acompanhe.
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Administração de sistemas de informação
Acesse o módulo 1, no Capítulo 2 deste livro e fique por dentro do assunto por meio do 
seguinte tema: construindo uma empresa criadora do conhecimento.

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