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3 Encontro 2 unidade C H F da Educação

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Contexto histórico e Filosófico da Educação
3º encontro – 2ª unidade
Tutora Externa: Ana Jandira N. Gonçalves
2ª unidade - ELEMENTOS DO CONTEXTO HISTÓRICO-FILOSÓFICO EDUCACIONAL MODERNO E CONTEMPORÂNEO 
Algumas alterações e invenções ocorridas nos últimos 400 anos foram responsáveis por uma nova forma dos seres humanos viverem. Antes do século XV, vivíamos num mundo encravado, isto é, não havia trocas humanas e comerciais perenes entre os diversos continentes. Porém, no século XV, as viagens de Cristóvão Colombo, encontrando em sua rota o continente americano, e Vasco da Gama, achando um novo caminho marítimo para alcançar as Índias, são os reflexos de um mundo que se transformou, iniciando um processo de ocidentalização do mundo (CHAUNU, 1978). 
No campo religioso, a Reforma Protestante, simbolizada pelos líderes Martinho Lutero e João Calvino, rompeu com a autoridade do papa em todos os países europeus, autoridade mantida apenas nos países da Europa no qual a Reforma não prosperou, como nas penínsulas ibérica e itálica.
No aspectos artísticos e culturais, o maior símbolo destes novos tempos no mundo ocidental foi o Renascimento artístico e cultural, que teve como principal local a Itália dos Bórgia e dos Médici, as principais famílias que patrocinavam as artes, o denominado mecenato artístico. 
A partir do século XVI, os países da Europa Ocidental começaram a impor as suas formas de organização social para os demais povos da Terra, em um sistema de exploração colonial, e junto as transformações ocorreram também nos campos político, religioso, artístico e cultural. 
A partir do movimento do Iluminismo, somado às transformações que ocorreram a partir do século XVIII, ou da chamada Idade Moderna, caracterizada especialmente pelos eventos da Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos da América e a Revolução Industrial, eis que se instaura uma nova forma de pensar a vida em comunidade e de produzir o saber. 
Segundo Ghiraldelli Jr. (1999), a filosofia da educação moderna consistiu em uma aliança entre a filosofia do sujeito e a educação humanista, cuja preocupação residiu em que o processo educativo garantisse a formação do sujeito racional, autônomo e consciente
A partir da época moderna, os experimentos científicos, o uso de métodos, os processos de observação, a formulação de hipóteses e registros de deduções se fizeram cada vez mais presentes na produção do conhecimento, ou seja, prevaleceu a visão científica e mecanicista do mundo.
O IMPACTO DAS GRANDES NAVEGAÇÕES E DA PRENSA DE GUTTENBERG NO CENÁRIO EDUCACIONAL, POLÍTICO E SOCIAL 
Um dos processos de transformação do mundo ocidental durante a ruptura da Idade Média para a Idade Moderna foi o perene desenvolvimento de contatos entre os europeus e os povos americanos, africanos e asiáticos. Uma das razões apontadas seria a existência, no sul de Portugal, de uma escola de navegadores, a afamada “Escola de Sagres”. 
As navegações ibéricas (Portugal e Espanha) constituíram uma ação social que envolvia aprendizado constante entre aprendizes-marinheiros e mestres de navegação. 
As grandes navegações possibilitaram o contato com regiões, matérias-primas e culturas que até então não haviam sido exploradas e colonizadas.
Johannes Guttenberg, por volta dos anos de 1450, foi responsável pela invenção da imprensa, que superou os problemas que haviam até então para com as atividades de registro e comunicação de informações, documentos e demais conhecimentos. 
Com a ocorrência de guerras, a imprensa se difundiu amplamente. O primeiro livro impresso por Guttenberg foi uma Bíblia em latim, em uma versão impressa da Vulgata de São Jerônimo, tradutor da Bíblia Católica ainda no século IV.
O Vaticano criou uma relação de livros que os fiéis não deveriam ler. O Índex papal era um dos símbolos máximos de intolerância do catolicismo em relação à liberdade de pensamento e fé. Liberdade esta que também não era presente nos países protestantes. 
ELEMENTOS DO CONTEXTO FILOSÓFICO E CIENTÍFICO DA RENASCENÇA 
A Renascença corresponde ao momento histórico, intelectual e artístico que se desenrolou entre as épocas medieval e moderna.
Os “homens do Renascimento” reuniam interesses e preocupações para com muitas áreas do conhecimento, tais como engenharias, astronomia, física, anatomia, artes, filosofia e política, ou seja, um indivíduo que percebia a natureza e a realidade e a procurava compreender e explicar pelo viés da interdisciplinaridade, por meio da associação de conhecimentos das mais diferentes áreas, a título de exemplo é possível citar o italiano Leonardo da Vinci, que atuou e deixou projetos na pintura, escultura, arquitetura, na engenharia, recursos de guerra, entre outros. 
Um dos estudiosos que se destacou nesta perspectiva do conhecimento e da ciência foi Giordano Bruno, que por meio do uso de um microscópio, conseguiu propor que o planeta terra possuía forma redonda.
Nicolau Maquiavel foi outro grande nome do Renascimento italiano, foi responsável por escrever a obra O príncipe, que discorre sobre as maneiras mais adequadas pela qual um príncipe deve conduzir, administrar e manter o poder. Dê poder ao homem e descobrirá quem ele é! século XV
AS UNIVERSIDADES, AS CORPORAÇÕES DE OFÍCIO, AS GRAMÁTICAS E O DECLÍNIO DO LATIM 
Teixeira (1977) explica que as corporações eram destinadas ao trabalho manual. As universidades, ao trabalho intelectual. Este processo de união entre o saber mecânico e o conhecimento acadêmico ocorreu no movimento intelectual conhecido como Renascimento. Na Renascença ocorreu o declínio do latim e o fortalecimento das línguas nacionais nas universidades e instituições governamentais dos países nascentes. 
No Renascimento no que diz respeito às línguas em que os conhecimentos eram ministrados, ocorreu a substituição do latim e do grego, tidas como línguas universais até então, pelas línguas dos países europeus emergentes da Idade Média, como o francês, o alemão, o inglês, entre outras. (línguas vernáculas)
IMPLICAÇÕES DA REFORMA PROTESTANTE E DA CONTRARREFORMA NO CAMPO RELIGIOSO E EDUCACIONAL 
A Reforma Protestante foi um movimento religioso que ocorreu na Europa do século XVI. O evento principal a desencadear a Reforma foi a publicação, pelo monge agostiniano Martinho Lutero, de 95 teses, na qual ele criticou alguns postulados católicos romanos, em especial a venda de indulgências. 
A Reforma Protestante estimulou a alfabetização da população europeia, bem como a tradução de documentos nas línguas regionais e que até então somente eram conhecidos nas línguas latinas e gregas. Os principais nomes da Reforma Protestante foram Martinho Lutero e João Calvino.
A Contrarreforma, que foi empreendida pela Igreja Católica, prestigiou novas ordens religiosas ligadas à educação, como a Companhia de Jesus, a Ordem do Oratório e as iniciativas educacionais de Jean Batista de La Salle.
Em análise comparativa, tanto os países católicos quanto os países protestantes investiram em educação. A principal diferença está na ênfase. Enquanto países católicos investiram apenas na educação das elites, os países protestantes investiram em educação para todos os indivíduos. Com isto, o número de analfabetos entre os protestantes tendia a ser menor que dentre os católicos, com repercussões grandes no desenvolvimento social e político dos países. 
PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS E FILOSÓFICOS DA ÉPOCA MODERNA 
Burg, Fronza e Silva (2013) explicam que mesmo diante de um quadro desanimador com relação ao acesso e a real democratização do ensino que perdurou até o século XIX, as transformações sociopolíticas ocorridas a partir do século XVI, forneceram as condições necessárias para que a escolaridade média da população fosse ampliada, uma vez que boa parte da população analfabeta, agora pode ter acesso à alfabetização. 
Durante os séculos XV a XVIII, a humanidade passou por uma verdadeira revolução do conhecimento, saímos da visão teocêntrica em uma visão antropocêntrica, quebrando velhos paradigmas
Harwey e Miguel Servetto foram estudiosos pioneirosda anatomia humana.
Nicolau Copérnico e Galileu Galilei afirmaram que a Terra era redonda. 
Em relação à astronomia, um dos principais cientistas foi Kepler, autor da lei de gravitação dos planetas.
A ciência acabou por se tornar uma ideologia dominante – o cientificismo, uma forma de saber superior. A ciência resumia-se na busca pela verdade a qualquer custo, almejava extrair todos os segredos que houvesse na natureza, e para tanto deveria proceder a uma rigorosa observação empírica, lançando mão da imaginação, dos sentimentos e das emoções 
A obra que ocupa o posto de marco-fundante da ciência ocidental sem sombra de dúvidas foi o Discurso do método, redigida por René Descartes, que foi educado em um colégio jesuíta e foi membro oficial do exército francês. Nesta obra, o autor trata da forma como se deve proceder quando que se quer alcançar a verdade através dos recursos da razão. A obra de Descartes trata em especial de como o homem pode ser sujeito responsável pela resolução dos próprios problemas, agora sem precisar recorrer as explicações divinas e bíblicas. Discurso do método foi publicado no século XVII e até os dias atuais permanece como sendo a célebre obra do pensamento racional e científico ocidental. 
Isaac Newton e a descoberta da lei da gravidade
O Iluminismo, ou século das luzes ou da ilustração, foi um movimento intelectual e cultural do século XVIII, que almejava libertar o homem das crenças mitológicas e de toda herança dogmática da época medieval. Defendia os princípios da razão crítica, do progresso, da autonomia dos indivíduos e da liberdade de pensamento. 
O Iluminismo não foi uma invenção da sociedade de sua época propriamente dita, sustentava-se em bases teóricas que já haviam sido defendidas ainda na Antiguidade e também na época da Renascença, porém encontrou no século XVIII o melhor momento de alcance e amplitude. Dentre os principais intelectuais iluministas, podemos nos lembrar de alguns nomes, como Voltaire, Rousseau, Diderot, entre tantos outros pensadores. 
Essa linha filosófica contou como um grande aliado - o empirismo – experiência humana
A finalidade da educação moderna esteve centrada na construção de sujeitos livres, autônomos e responsáveis, com plena capacidade de poder escolher racionalmente os fins adequados e, de forma livre e consciente, submeter-se aos mesmos. Nas concepções modernas de educação, a busca da autonomia seria o objetivo máximo da educação, e esta deveria ser fundamentada na razão.
ELEMENTOS DO CONTEXTO EDUCACIONAL MODERNO: A EDUCAÇÃO REALISTA DO SÉCULO XVII 
A Idade Moderna foi o momento histórico de muitas transformações no que diz respeito ao cenário político, econômico, científico, intelectual e educacional. 
John Locke (1632-1704), filósofo e pensador britânico, contribuiu na produção do conhecimento que pretendia superar a tradição medieval. Acredita que o conhecimento seja consequência da experiência, que não existem ideias inatas, ou seja, ideias com as quais nós já nascemos; ao invés disso, propôs que o que sabemos aprende-se tudo pelo caminho da experiência. Apresentou a expressão: “tábula rasa”. Para Locke, as capacidades e as competências do ser humano são inatas, mas o conhecimento e as habilidades são construídos. 
Francis Fenelon (1567-1622) foi um bispo católico francês. Seu destaque foi propor uma pedagogia para as mulheres. 
João Amós Comenius (1562-1670) dedicou-se em formular um método universal que facilitaria o ensino do maior número de conteúdos e conhecimentos, ensinar tudo e a todos (Omnes Omnia Omnimo), em que os objetivos e os resultados seriam alcançados rápida e solidamente e de modo satisfatório, e que se destinaria a um amplo público de interessados. Elencou vários preceitos para a educação: página 91.
O que podemos compreender nestes pensadores realistas é a ideia da importância da educação para o desenvolvimento humano. Porém, não apenas do ponto de vista da utopia, do sonho de se viver em uma sociedade marcada pela perfeição. 
Pensavam em uma educação que contribuísse na alteração de comportamentos e pensamentos no cotidiano dos discentes. 
Tópico 02
A FORMAÇÃO DO SISTEMA LAICO DE ENSINO NO OCIDENTE CONTEMPORÂNEO - A ideia de Estado sem religião oficial se estruturou e legitimou a partir as revoluções liberais ocorridas ao longo do século XVIII. a Igreja não possuía mais o monopólio hegemônico sobre a educação. Isso implicava que as escolas mesmo sendo confessionais deveriam ministrar os conteúdos de caráter científico, ou seja, escolas religiosas ensinar sobre a Teoria da Evolução das Espécies proposta por Charles Darwin. 
OS PRINCIPAIS INTELECTUAIS E O PENSAMENTO DOS EDUCADORES LEIGOS 
Podemos compreender o surgimento de intelectuais que trabalharam com temas educacionais como um indício da emergência histórica do laicismo, de uma separação radical entre as questões da fé e as questões da política. Os intelectuais a seguir citados não são gênios isolados, mas professores que souberam adequar a tarefa educacional aos desafios de suas épocas. 
Froebel foi um dos importantes teóricos da educação moderna. Foi um pedagogo que se inspirava na natureza e no desenvolvimento natural para compreender e explicar o cuidado e a forma como se deveria conduzir a educação das crianças, que, conforme compreendia, necessitavam de cuidados e proteção especial. Partiu do princípio que todo o ser humano nos primeiros anos de vida é uma semente, que deve ser regada e fortificada para poder crescer e ser um bom indivíduo. Fundador do jardim de infância
Pestalozzi, educador suíço de grande destaque entre os intelectuais da educação. Sua insistência em afirmar que mais importante que a acumulação de conhecimentos, a educação deve ser capaz de formar indivíduos de forte caráter. Foi influenciado pelo pensamento de Rousseau, principalmente no domínio do meio e da sociedade sobre o homem.
John Dewey, este intelectual foi o formulador do denominado escolanovismo. Este movimento educacional tinha como uma das principais bandeiras o ensino integral. O escolanovismo teve uma preocupação justa com a qualidade da educação e sua popularização, mas também em utilizar dos inventos do século XX nas escolas, utilizar a tecnologia como aliada. 
O CONTEXTO HISTÓRICO-FILOSÓFICO DE DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS E DISCIPLINAS AUXILIARES
A partir da época moderna, a ciência alcançou uma autonomia e emancipação nunca observadas em outros tempos históricos. O desenvolvimento de ciências auxiliares para a educação foi um dos sinais que ganhou importância e prestígio social, em especial no final do século XIX e na primeira metade do século XX. Duas delas são de importância incalculável para o desenvolvimento de melhores formas de educar os jovens: a sociologia e a psicologia da educação.
O surgimento da sociologia enquanto ciência ocorreu no século XIX. 
Augusto Comte, formulador da filosofia positivista. A principal ideia do positivismo era a de que o conhecimento científico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro. No pensamento de Comte, somente com a síntese das ciências e com a criação de uma política positiva se daria conta de analisar conflitos e as contradições sociais e propor reformas e soluções.
Karl Marx (1818-1883) foi um dos mais influentes pensadores surgidos no século XIX, a ponto de surgir um Estado nacional, a União Soviética, que foi desenvolvida em torno de suas ideias. A principal ideia de Marx é que a história humana se transforma através da luta de classes. 
Outro intelectual alemão a ser considerado cofundador da sociologia foi Max Weber. Segundo Weber (1982), cada indivíduo age levado por um motivo e se orienta pela tradição (conduta social orientada pelas tradições), o que quer dizer que cada indivíduo mobiliza suas ações e interesses racionais e se realiza pelo campo da emotividade e da subjetividade.
Émile Durkheim foi o principal formulador da sociologia como ciência, sua importância para a história da educação se mede ao ser Durkheim o principal formulador da sociologia da educação enquantociência humana. Para o autor, o indivíduo na fase da infância nada mais é do que uma tábula rasa e diante disto a escola, as instituições de ensino e o sistema educacional devem atuar no sentido de preencher aquela criança de forma adequada ao convívio em sociedade de forma mais integrada e adequada possível.
A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Podemos descrever que a psicologia contribui na educação, no estudo das diversas fases de desenvolvimento dos seres humanos, no estudo da aprendizagem e das condições que a tornam mais eficiente e mais fácil. A aprendizagem é considerada como um processo contínuo, no qual o ser humano desde a vida uterina começa a aprender e permanece durante toda a vida, pois o caminho para atingir o crescimento, a maturidade e o desenvolvimento como pessoas, num mundo organizado, cujas interações com o meio nos permitem a organização do conhecimento, é a aprendizagem. E a psicologia da educação busca empregar os princípios e as informações que as pesquisas psicológicas oferecem acerca do comportamento humano, para tornar mais eficiente o processo ensino-aprendizagem.
Tópico 03
CONTEXTO HISTÓRICO-FILOSÓFICO EDUCACIONAL CONTEMPORÂNEO
No decorrer da época Moderna e Contemporânea, dentre as ações de governos foram elencados como prioridade os problemas e fatos sociais modernos, como erradicação do analfabetismo, doenças, epidemias, que representavam pontos nevrálgicos ao desenvolvimento. Em 1789 ocorreu a publicação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que foi resultante do processo da Revolução Francesa. Trazia em seu conteúdo os ideais de liberdade e igualdade; delegava ao homem moderno uma relação de deveres e de direitos, que seriam responsáveis por conduzi-lo à categoria de cidadão e indivíduo emancipado. 
Acabamos de nos despedir do século XX e assistimos ao descortinar do século XXI e nos encontramos, no exercício de qualidade de humanidade, diante de um acúmulo de problemas sociais, políticos, econômicos e ambientais, que nos deixam um tanto perplexos, desorientados e, em especial, desconfiados com o que nos aguarda caso não repensarmos e mudarmos nossos valores, hábitos e costumes enquanto indivíduos e sociedade.
A FILOSOFIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL CONTEMPORÂNEO - desde a Grécia clássica apresentava-se forte preocupação e intenção pedagógica e com a formação do ser humano. Porém, chegamos aos dias atuais e nos deparamos com o fato de que as áreas da educação, da filosofia, da história, da sociologia e das demais disciplinas reflexivas encontram-se desprestigiadas, são anunciadas como campos menores do saber. No campo social supervalorizam-se as sociedades que apresentam alta urbanização, desvalorizam-se os indivíduos e as sociedades/comunidades tradicionais, as quais se encontram regidas por princípios milenares. Diante de todas as crises que o mundo passou e a perpetuação das situações de fome, miséria, a exploração humana pelo sistema econômico, entre outros, atestam que os descaminhos do progresso da humanidade do século passado ainda não foram superados, fazendo com que uma sensação e sentimento de mal-estar, desconforto e até mesmo de desencanto se instaure no imaginário e nas expectativas dos indivíduos do tempo presente.
Eis que o campo da filosofia da educação pode contribuir na identificação e solução profunda de tais contextos e realidades, em especial, no ponto em que Severino (1990) afirma que a educação precisa estar comprometida com a finalidade de atribuir sentido à existência cultural da sociedade histórica.
O CONTEXTO EDUCACIONAL EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO: DO CÓDEX (consistiu nos manuscritos gravados em madeira no formato de livro) À TELA (os livros impressos em papel passaram a ser substituídos pelos e-books e demais versões de livros digitais)
Uma das principais alterações que a humanidade vivenciou no fim do século XX e início do século XXI foi a ampliação do acesso à informação proporcionado pelos computadores, em especial, pela internet, que possibilitou uma melhoria em vários aspectos do desenvolvimento intelectual humano.
Durante os últimos séculos, o professor era considerado o dono do conhecimento. Hoje, os professores são muito mais os mediadores das relações educacionais, despertando curiosidades e desenvolvendo determinadas sensibilidades dos educandos em relação ao mundo que os rodeia. 
EAD – desafio contínuo dos profissionais da educação 
IMPLICAÇÕES DA PÓS-MODERNIDADE NO CONTEXTO EDUCACIONAL
As reflexões de Fromm (1987) se fazem pertinentes no ponto em que ele discute que a técnica nos tornou onipotentes (pode-se tudo); a ciência nos fez oniscientes (sabe-se tudo). O homem moderno e contemporâneo encontra-se ávido e sedento por mais.
A visão do mundo e da vida moderna foi conduzida a partir de duas distinções fundamentais, entre o conhecimento científico e o conhecimento do senso comum, por um lado, e entre a natureza e a pessoa humana, por outro, ambos completamente dissociados (SANTOS, 1995).
A pós-modernidade é um conceito em debate nas ciências humanas e pretende classificar o mundo da atualidade, no qual as antigas estruturas sociais, com o Estado, as indústrias, as famílias, que eram instituições sólidas, verdadeiros pilares na sociedade ocidental, vêm sendo profundamente questionadas. 
O modelo de educação escolar tradicional vem sendo criticado por diversos intelectuais, das mais distintas correntes teóricas. Em grande parte, devido às distintas formas de ensinar em um mundo em que a velocidade de informação é maior que as atualizações curriculares. 
O sociólogo argelino, Pierre Bourdieu afirmava não ser a escola um lugar pensante, mas um mero centro reprodutor de informações aos quais os alunos deveriam apenas memorizar, sem a ela apresentar reflexão. Esta excessiva memorização não levaria à construção de cidadãos conscientes, mas de homens e mulheres obedientes aos ditames do Estado. 
Foucault aborda temáticas como: os modos de viver e fazer, os hábitos, os costumes, os valores e as tradições; deixando de lado a partir de então os grandes temas/pesquisas da História política, econômica e/ou as grandes sínteses da História Social. Para ele, a escola era um local, assim como os quartéis, que visavam à construção de corpos dóceis, e assim buscando uma relação de submissão.
Perrenoud enfatiza que é um grande desafio para a educação e seus agentes repensar e ressignificar suas práticas pedagógicas, assim como sua proposta político-pedagógica. Para tanto, a formação dos educadores precisa ser potencializada para fomentar o desenvolver das competências no processo de ensino-aprendizagem. Observa a importância do professor como um agente que lidera o desencadeamento do processo educativo. 
Em Portugal, a Escola da Ponte de José Pacheco, os estudantes possuem maior liberdade na escolha dos conteúdos e temáticas a serem desenvolvidos, pois, ao invés de se trabalhar com a excessiva memorização, o acesso a informações permite ao professor construir e incentivar atitudes reflexivas nos educandos. 
Todas essas correntes filosóficas da Educação, serviram e servem para nossa reflexão e atuação no campo educacional.
Nos faz refletir sobre qual nosso papel frente à educação, e de como queremos fazer a educação.
É um desafio constante! É o nosso desafio.

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