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Livro Direito Previdenciário 2022 - Prof Eduardo Tanaka - 5ºPARTE

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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 197 
l) O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro 
ou a companheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilita-
ção e mediante prova de dependência econômica.14
m) O companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito 
no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união estável, 
concorre, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os dependentes 
preferenciais da Classe 1, para óbito ou reclusão ocorrido a partir de 5 de abril de 
1991.15
n) Para o dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, a 
condição de deficiente pode ser reconhecida previamente ao óbito do segurado, por 
meio de avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisci-
plinar, observada revisão periódica na forma da legislação.16
o) O fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente 
deve ser comunicado ao Instituto Nacional do Seguro Social, com as provas cabí-
veis.
p) Os dependentes excluídos de tal condição em razão de lei têm suas inscri-
ções tornadas nulas de pleno direito.17
15.2. PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE
Estudaremos quando ocorrerá a perda da qualidade de dependente. As regras que veremos a seguir 
estão elencadas no art. 77 da Lei no 8.213/1991, que trata da pensão por morte, mas são também aplicá-
veis ao auxílio-reclusão. Isso porque o auxílio-reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por 
morte.18
Assim, o direito à percepção de cada cota individual cessará:19
I – pela morte do pensionista;
É óbvio que, quando o dependente pensionista morre, este deixa de receber.
II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, 
salvo se for inválido ou com deficiência;
Lembrando que, para o inválido ou deficiente, não há que se falar em limite de idade.
III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;
IV – pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira.
E, complementando, a perda da qualidade de dependente ocorre ao completar vinte e um anos de 
idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tutelado, ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anterior-
14 § 1º, art. 76 da Lei 8213/91.
15 Conforme o art. 130 da Instrução Normativa INSS/PRES 77/2015.
16 Conforme art. 23, § 5º da Emenda Constitucional nº 103, de 2019.
17 Conforme § 12, Art. 22 do RPS.
18 Art. 80 da Lei no 8.213/1991.
19 Conforme art. 77, § 2o, da Lei no 8.213/1991.
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198 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
mente a essa idade20: 
a) casamento; 
b) início do exercício de emprego público efetivo;
c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou
d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio de instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido o tutor, se o menor 
tiver dezesseis anos completos.
Dessa forma, se por exemplo, o filho menor de 21 anos se casar, ele perderá a qualidade de depen-
dente. Isso porque, a legislação o considera emancipado.
O dependente menor de vinte e um anos de idade apresentará declaração para atestar a não ocorrên-
cia das hipóteses previstas nas letras “a” a “d” acima.21
É importante alertar que mesmo o Código Civil prevendo a maioridade aos 18 anos, para a legisla-
ção previdenciária continua sendo 21 anos. Mesmo porque, como vimos, a maioridade previdenciária, de 
21 anos, está prevista na Lei no 8.213/1991. Nesse caso, aplicando-se a regra de interpretação das leis, a 
norma específica, no caso a Lei no 8.213/1991, prevalece sobre a genérica.
Só lembrando, o menor de 21 anos no período de serviço militar não perde a qualidade de dependen-
te.
O filho, o irmão, o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos 
três últimos, se inválidos ou se tiverem deficiência intelectual, mental ou grave, não perderão a qualidade 
de dependentes desde que a invalidez ou a deficiência intelectual, mental ou grave tenha ocorrido antes de 
completar 21 anos ou das hipóteses nas letras “a” a “d” acima (ex.: casamento).22 Nesse caso, a data de iní-
cio da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave será estabelecida pela Perícia Médica Federal.
O direito à percepção de cada cota individual cessará para cônjuge ou compa-
nheiro:
a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, res-
peitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das letras “b” e “c” a seguir.
Assim, o cônjuge ou companheiro inválido ou com deficiência manterá a percepção da pensão por 
morte enquanto durar a invalidez ou deficiência. Já no caso de sua cessação, respeitar-se-ão os períodos 
mínimos conforme previstos nas letras “b” e “c” a seguir.
b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribui-
ções mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes 
do óbito do segurado;
c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de 
óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 
(dois) anos após o início do casamento ou da união estável:23
1) 3 (três) anos, com menos de 22 anos de idade;
2) 6 (seis) anos, entre 22 e 27 anos de idade;
3) 10 (dez) anos, entre 28 e 30 anos de idade;
4) 15 (quinze) anos, entre 31 e 41 anos de idade;
5) 20 (vinte) anos, entre 42 e 44 anos de idade;
6) vitalícia, com 45 ou mais anos de idade.
20 Conforme Art. 17, inc III do RPS.
21 Conforme § 10, Art. 22 do RPS.
22 Conforme Art. 17, § 1º do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 199 
Verifica-se que, apesar de a pensão por morte não conter período de carência, há um divisor de águas 
que são 18 contribuições mensais ou 2 anos de casamento ou união estável. Se a morte ocorrer sem que se 
tenha cumprido um desses quesitos, o tempo de duração da pensão por morte a ser recebida pelo depen-
dente será de apenas 4 meses. Caso contrário, o período de duração da pensão por morte será conforme a 
idade do cônjuge ou companheiro(a).
Por exemplo: após 10 anos de casamento, o segurado João faleceu, deixando, como dependente, sua 
mulher de 42 anos. Nesse caso, ela receberá a pensão por morte durante 20 anos. Se, no mesmo exemplo, 
ela tivesse 45 anos ou mais, ela receberia vitaliciamente (por toda a vida).
Se menor que: 18 contribuições mensais ou 2 anos de 
casamento ou união estável
Tempo de duração da pensão por morte ao 
cônjuge ou companheiro(a):
4 meses
Se maior que: 18 contribuições mensais ou 2 anos de 
casamento ou união estável
Tempo de duração da pensão por morte ao cônjuge ou companheiro(a):
Tempo de duração Idade
3 anos Menor que 22 anos
6 anos 22 a 27 anos
10 anos 28 a 30 anos
15 anos 31 a 41 anos
20 anos 42 a 44 anos
Vitalícia (por toda vida) 45 anos ou mais
De acordo com o art. 77, § 2o-A, da Lei no 8.213/1991:
Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea “c”, 
ambas do inciso V do § 2o, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de 
doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições 
mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável.
Assim, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou 
do trabalho, não haverá necessidade do recolhimento de 18contribuições mensais ou da comprovação de 2 
anos de casamento ou de união estável. Dessa forma, aplica-se diretamente a tabela que vincula o tempo de 
duração da pensão por morte, com a idade do cônjuge ou companheiro(a). 
E, no caso de cônjuge ou companheiro(a) inválido(a) ou com deficiência, continuará a receber enquan-
to durar a invalidez ou deficiência, respeitando-se os períodos mínimos previstos.
A legislação prevê que as idades da tabela que vincula o tempo de duração da pensão por morte com 
a idade do cônjuge ou companheiro(a) poderão ser alteradas após 3 anos da data de junho de 2015.
O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na conta-
gem das 18 contribuições mensais de que tratam as regras acima.
Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a 
qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização destes com o fim 
exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o 
direito ao contraditório e à ampla defesa.
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200 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
ATENÇÃO! Com a extinção da parte do último pensionista, a pensão por 
morte extinguir-se-á. Jamais poderá passar para uma classe posterior. A 
pensão sempre inicia e termina em uma mesma classe.
Uma recente regra a respeito da pensão por morte de ex-cônjuge 
Conforme o § 3º, do art. 76, da Lei 8.213/91, com redação dada pela Lei 13.846/19:
Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por determinação 
judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão 
por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de 
cancelamento anterior do benefício.
Dessa forma, para um bom entendimento, vamos dar um exemplo: imagine que um senhor de 100 
anos casou com uma jovem senhora de 18 anos. Obedecidas as regras de 18 contribuições mensais e mais 
de 2 anos de casamento, o senhor, antes de morrer, separou-se da jovem senhora. Nessa separação houve 
uma sentença judicial para pagamento de pensão por alimentos por 2 anos. E, logo em seguida, o senhor 
falece. No dia em que ele faleceu a ex-cônjuge tinha 20 anos, o que, conforme a tabela estudada, lhe garan-
tiria uma pensão por morte por 3 anos. Entretanto, faltavam 2 anos de pagamento de pensão por alimentos, 
conforme nosso exemplo. Sendo assim, conforme a legislação, a ex-cônjuge receberá a pensão por morte 
por apenas 2 anos. 
Comprovação de união estável24
A comprovação de 2 anos de união estável deverá ser feita através de apresentação de início de prova 
material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado.
Homicídio contra a pessoa do segurado
Será excluído definitivamente da condição de dependente aquele que tiver sido condenado crimi-
nalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de 
tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os 
inimputáveis.25
Ação de reconhecimento da condição de dependente26
Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer a sua 
habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos valores com 
outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, 
ressalvada a existência de decisão judicial em contrário.
Nas ações em que o INSS for parte, este poderá proceder de ofício à habilitação excepcional da 
referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontando-se os valores referentes a esta habilitação das 
demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressal-
vada a existência de decisão judicial em contrário. 
Julgada improcedente a ação prevista nesses parágrafos anteriores, o valor retido será corrigido pelos 
índices legais de reajustamento e será pago de forma proporcional aos demais dependentes, de acordo com 
as suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios.
Em qualquer caso, fica assegurada ao INSS a cobrança dos valores indevidamente pagos em função 
de nova habilitação.
Súmula 336 do STJ 
Deixemos registrado que a Súmula 336 do STJ, de 07.05.2007, diz: “A mulher que renunciou aos 
24 Art. 16, § 6º da Lei 8213/91. 
25 Conforme § 9º do art 16, do RPS, incluído pelo recente Decreto 10.410/2020.
26 Conforme §§ 3º ao 5º, do art. 74, da Lei 8.213/91, incluidos pela recente Lei 13.846/19. 
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 201 
alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a 
necessidade econômica superveniente”. Assim, comprovada a necessidade econômica superveniente, mes-
mo sem ter recebido prestação de alimentos, a ex-mulher terá direito à pensão por morte. Entretanto, esta 
súmula, em regra, deverá ser aplicada quando o examinador fizer referência a ela.
 
Leitura Complementar - Inscrição do dependente27
A inscrição do dependente do segurado será promovida quando do requerimento do benefício a que 
tiver direito, mediante a apresentação dos seguintes documentos: 
 I - para os dependentes preferenciais:
 a) cônjuge e filhos - certidões de casamento e de nascimento;
 b) companheira ou companheiro - documento de identidade e certidão de casamento com aver-
bação da separação judicial ou divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou 
de óbito, se for o caso; e
 c) equiparado a filho - certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de casa-
mento do segurado e de nascimento do dependente, observado o disposto no § 3º do art. 16;
 II - pais - certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos; e
 III - irmão - certidão de nascimento.
Os pais ou irmãos deverão, para fins de concessão de benefícios, comprovar a inexistência de depen-
dentes preferenciais, mediante declaração firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social.28
27 Conforme art. 22 do RPS.
28 Conforme art. 24 do RPS.
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202 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
16- Manutenção e Perda da Qualidade de 
Segurado
16.1. INTRODUÇÃO
Imagine que um segurado perca seu emprego e pare de contribuir para com a Previdência Social. Será 
que ele continuará a receber a proteção previdenciária? A resposta é sim, por algum tempo. Tempo este que 
se presume suficiente para que o segurado consiga retornar ao mercado de trabalho e, consequentemente, 
se ver protegido pela Previdência Social.
De modo que há um período em que ele mantém a qualidade de segurado, mesmo sem contribuição, 
embora continue filiado e protegido pela Previdência Social, que é chamado de “período de graça”.
Nesse “período de graça” mantém-se a qualidade de segurado, conservando-se todos os direitos pe-
rante a Previdência Social, podendo solicitar benefícios.
ATENÇÃO! O período de graça não conta para carência nem para efeitos 
de tempo de contribuição, pois, de fato, ele não está contribuindo, apenas 
mantém a cobertura protetiva securitária.
16.2. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO
Conforme o art. 15 da Lei no 8.213/1991, mantém a qualidade de segurado, independentemente de 
contribuições:
I – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-aci-
dente1;
Suponha que o segurado esteja recebendo auxílio-doença. Durante todo esse período ele mantém a 
qualidade de segurado, porém, sem contaro tempo para efeito de carência e tempo de contribuição.
O auxílio-acidente foi recentemente inserido como exceção a essa regra. Sendo assim, a pessoa que 
está a receber auxílio-acidente, poderá perder a qualidade de segurado, seguindo as regras convencionais 
tratadas nos próximos itens. 
 
ATENÇÃO! A segurada que recebe salário-maternidade é uma exceção, a 
qual continua a contar o tempo de contribuição e carência, pois é o único 
benefício em que há incidência de contribuições previdenciárias, e, assim, 
os pagamentos continuam a ocorrer, por meio de descontos no próprio 
recebimento do benefício.
(CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS - atualizada ) Ronaldo, afastado de suas 
atividades laborais, tem recebido auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença). 
Nessa situação, a condição de segurado de Ronaldo será mantida sem limite de prazo, 
enquanto estiver no gozo do benefício, independentemente de contribuição para a 
previdência social.
Resposta: Certo.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 203 
II – até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que 
deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver 
suspenso ou licenciado sem remuneração2; redação essa, dada pela Lei 8213.
Já, o RPS traz a seguinte redação: “até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade 
ou das contribuições, observado o disposto nos § 7º e § 8º e no art. 19-E”. Considerando a cessação do 
benefício por incapacidade. 
O segurado que receber remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição 
somente manterá a qualidade de segurado se efetuar os ajustes de complementação, utilização e agrupa-
mento.3
Para o contribuinte individual, o período de manutenção da qualidade de segurado inicia-se no primeiro 
dia do mês subsequente ao da última contribuição com valor igual ou superior ao salário-mínimo.4 
Se o segurado já tiver pagado mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a per-
da da qualidade de segurado, este prazo será prorrogado para até 24 meses. Esta regra aplica-se, também, 
ao segurado que se desvincular de regime próprio de Previdência Social,5 podendo o ex-servidor público 
gozar da proteção da Previdência Social, no máximo, por 24 meses.
Além do mais, esses prazos serão acrescidos de 12 meses para o segurado desempregado, desde 
que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Assim, quando o segurado deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência So-
cial ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, a contagem do prazo ocorre conforme a seguinte 
estrutura:
Assim, esse segurado pode ter seu prazo dilatado para até 36 meses.
(FCC – Técnico do Seguro Social – INSS – 2012) Maria trabalhou de 02 de janeiro de 
1990 até 02 de fevereiro de 2005 como empregada de uma empresa, desligando-se do 
emprego para montar um salão de beleza.
Apesar de ter passado à categoria de contribuinte individual, deixou de recolher 
contribuições para a Previdência Social durante dois anos, até fevereiro de 2007. Nessa 
situação, o período de graça de Maria é de
a) 12 (doze) meses.
b) 24 (vinte e quatro) meses.
c) 36 (trinta e seis) meses.
d) 48 (quarenta e oito) meses.
e) 60 (sessenta) meses.
Resposta: B. Isso porque, além do período de graça de 12 meses, Maria havia trabalhado 
por mais de 120 meses, totalizando mais de 120 contribuições. Sendo assim, o prazo 
será dilatado para mais 12 meses, totalizando 24 meses.
2 Art. 15, inc II, Lei nº 8.213/91.
3 § 8º, Art. 13 do RPS.
4 §7º, Art. 13 do RPS.
5 Art. 13, § 4o, do RPS.
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204 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
III – até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de 
doença de segregação compulsória;
Doença de segregação compulsória é aquela a qual o segurado deverá ficar obrigatoriamente isolado, 
a fim de que não haja transmissão e contágio a outras pessoas. Neste caso, após sair do “isolamento”, have-
rá um prazo de 12 meses de manutenção como segurado.
IV – até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
O preso, após o livramento manterá durante 12 meses a qualidade de segurado.
(CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS) Osvaldo cumpriu pena de reclusão devido à 
prática de crime de fraude contra a empresa em que trabalhava. No período em que esteve 
na empresa, Osvaldo era segurado da previdência social. Nessa situação, Osvaldo tem 
direito de continuar como segurado da previdência social por até dezoito meses após o 
seu livramento.
Resposta: Errado. O período de graça para o segurado recluso é de 12 meses.
V – até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças 
Armadas para prestar serviço militar;
Algumas pessoas questionam o porquê de o segurado recluso, que ficou preso por ter cometido crime, 
ter 12 meses de período de graça, enquanto o segurado que serviu sua pátria nas Forças Armadas tem 
somente 3 meses. Como abordamos no início deste capítulo, esse período de graça é o tempo que a legisla-
ção presume e prevê que o segurado conseguirá retornar a trabalhar. Ora, é bem provável que um jovem que 
acaba de prestar o serviço militar tenha, quase de imediato, possibilidades de emprego. Já o ex-preso, em 
regra, dificilmente conseguirá um emprego de imediato, pelo próprio preconceito da sociedade em relação a 
estes.
VI – até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultati-
vo.
Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não 
tiver ocorrido perda da qualidade de segurado.6
(CESPE – Defensor Público Federal – DPU – 2015) Em regra, mantêm a qualidade de 
segurado por até doze meses, independentemente de contribuições, o segurado 
empregado, o avulso, o doméstico e o facultativo.
Resposta: Errado. O facultativo mantém a qualidade de segurado por 6 meses.
(CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS – 2008) Alzira, estudante, filiou-se 
facultativamente ao regime geral de previdência social, passando a contribuir 
regularmente. Em razão de dificuldades financeiras, Alzira deixou de efetuar esse 
recolhimento por oito meses. Nessa situação, Alzira não deixou de ser segurada, uma 
vez que a condição de segurado permanece por até doze meses após a cessação das 
contribuições.
Resposta: Errado. O segurado facultativo mantém a qualidade de segurado por 6 meses 
após a cessação das contribuições.
6 Art. 11, § 4o, do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 205 
DICA! Na prática, para facilitar a memorização, é importante guardar os 
prazos de 3 meses (licenciado das Forças Armadas) e 6 meses (segurado 
facultativo), que são prazos que só ocorrem nestas situações. Pois os 
prazos restantes, em regra, são de 12 meses!
16.3. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade.7
Porém, a perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria, para cuja con-
cessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes 
requisitos foram atendidos, pois trata-se de um direito adquirido.
Assim, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias 
programada e especial. Também não será considerada para concessão de aposentadoria por idade do traba-
lhador rural, desde que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais exigido para 
efeito de carência na data do requerimento do benefício.
Dessa forma, por exemplo, no caso de aposentadoria programada, se um segurado,com idade para 
aposentar, mas que lhe falta 1 ano para cumprir o quesito tempo de contribuição, ficar desempregado por um 
longo período, vindo a perder a qualidade de segurado e, posteriormente, conseguir emprego e contribuir por 
mais um ano (que seria o tempo que lhe faltaria), poderá aposentar-se.
Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta 
qualidade,8 salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria, conforme visto acima.
O reconhecimento da perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da 
contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos.9 
Assim, na prática, ocorre um acréscimo de 1 mês e 15 dias, conforme veremos no exemplo a seguir:
Pergunta-se: quando ocorre a perda da qualidade de segurado facultativo que parou de contribuir a 
partir do mês de janeiro?
Primeiramente, vimos que esse segurado tem um período de graça de 6 meses. Assim, o mês do 
término do prazo é junho e, consequentemente, o mês posterior é julho. O vencimento da contribuição do 
contribuinte individual relativa a esse mês ocorre em 15 de agosto, podendo ser prorrogado para o dia útil 
imediatamente posterior, caso não haja expediente bancário no dia 15. Portanto, se até o dia 15 de agosto 
não houver pagamento de contribuição, no dia 16 de agosto ocorrerá a perda da qualidade de segurado.
Complementação
O segurado que receber remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição 
somente manterá a qualidade de segurado se efetuar os ajustes de complementação, utilização e agrupa-
mento.
16.4. RESTABELECIMENTO DA QUALIDADE DE SEGURADO
Nem o RPS, nem a Lei 8.213/91 trazem qualquer referência direta a este tópico (Restabelecimento da 
Qualidade de Segurado). Entretanto, pode estar presente em alguns editais, dentre eles, do INSS. 
Assim, a pessoa que perdeu a qualidade de segurado, tem restabelecida quando volta a obter sua 
filiação à previdência social. É através da filiação que o segurado está protegido pelo sistema previdenciário. 
E é através da filiação que se restabelece a qualidade de segurado daquele que havia perdido.
Dessa forma, sugiro revisar o tópico “Filiação”, no capítulo “Custeio – Considerações Preliminares”, 
deste livro. 
7 Art. 102 da Lei no 8.213/1991. 
8 Art. 102, § 2o, da Lei no 8.213/1991.
9 Art. 14, RPS.
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206 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
17- Períodos de Carência
17.1. INTRODUÇÃO
Ouvimos falar muito a palavra “carência” quando o assunto é, por exemplo, plano de saúde. De fato, 
carência é um período de tempo mínimo que o segurado deve passar, cumprindo determinadas obrigações, 
para que adquira direitos a determinados benefícios ou serviços. Por exemplo, para que um segurado tenha 
direito à aposentadoria por idade do trabalhador rural, não basta apenas cumprir o quesito idade (de 60 
anos), é necessário um período de carência correspondente ao recolhimento de 180 contribuições mensais. 
Caso contrário, qualquer trabalhador rural ao atingir 60 anos de idade se filiaria à Previdência Social reco-
lhendo uma contribuição e já teria direito à aposentadoria por idade, desequilibrando as contas previdenciá-
rias.
Entretanto, há eventos considerados não programáveis, como é o caso, por exemplo, de um acidente 
automobilístico em que não haveria como prever esse acontecimento e por conta disso não haveria carência 
caso o segurado necessitasse de auxílio-doença em virtude desse acidente. Porém, no caso de outras doen-
ças comuns (que não são acidentárias) o segurado terá que cumprir um período de carência de 12 contribui-
ções mensais, como estudaremos neste capítulo.
Para o segurado especial, considera-se período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de 
atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do be-
nefício requerido.1 Isso porque, em regra, o segurado especial não recolhe mensalmente.
Sendo assim, período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições men-
sais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas as competências cujo salário 
de contribuição seja igual ou superior ao seu limite mínimo mensal. 2
17.2. PERÍODO DE CARÊNCIA
A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguin-
tes períodos de carência:3
I – 12 contribuições mensais, nos casos de auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) e 
aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez).
II – 180 contribuições mensais, nos casos de aposentadoria programada, por idade do trabalhador 
rural e especial.
III – 10 contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuinte 
individual, especial e facultativa.
IV - 24 contribuições mensais, no caso de auxílio-reclusão4.
ATENÇÃO! Em caso de parto antecipado, o período de carência será 
reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses 
em que o parto foi antecipado.
1 Art. 26, § 1º do RPS.
2 Art. 26 do RPS.
3 Art. 29 do RPS.
4 Incluído pela recente Lei 13..846/19.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 207 
Independe de carência a concessão das seguintes prestações:5
I – pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza;
II – salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa;
III – auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanente nos casos de 
acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho e nos casos de segurado 
que, após filiar-se ao RGPS, seja acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista 
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Economia, atualizada a cada três anos, de acordo com os 
critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e 
gravidade que mereçam tratamento particularizado; 
IV - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte 
aos segurados especiais, desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente 
anterior ao requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses 
correspondente à carência do benefício requerido; 
V - reabilitação profissional; e
VI - serviço social.6
O art. 151 da Lei nº 8.213/91 traz as doenças que isentam os segurados de carência:
 Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a 
concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, 
for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, 
hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, 
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de 
Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação 
por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
(CESPE – Defensor Público Federal – DPU - adaptado) Acerca da carência, dos períodos 
de graça e da condição de segurado, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à segurada 
avulsa e o salário-família prescindem de carência.
Resposta: Certo.
(CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS) Tomás, segurado empregado do regime geral 
da previdência social, teve sua capacidade laborativa reduzida por sequelas decorrentes 
de grave acidente. Nessa situação, se não tiver cumprido a carência de doze meses, 
Tomás não poderáreceber o auxílio-acidente.
Resposta: Errado. Não há carência para o auxílio-acidente.
Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposi-
ção a agentes exógenos (físicos, químicos e biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcio-
nal que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa.
(CESPE – Auditor Fiscal do Trabalho) Para a concessão dos benefícios de aposentadoria 
por invalidez e auxílio-doença em decorrência de acidente do trabalho, a legislação de 
regência do RGPS dispensa o cumprimento do período de carência, dado que se trata 
de evento não programável.
Resposta: Certo.
5 Art. 30 do RPS.
6 Art. 26, IV, da Lei 8213/91.
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208 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
Veja um quadro-resumo de período de carência:
Benefício Período de carência (contribuições 
mensais):
Aposentadoria programada 180
Aposentadoria por idade do trabalhador 
rural
180
Aposentadoria especial 180
Aposentadoria por incapacidade permanente 
(comum – não acidentária)
12
Aposentadoria por incapacidade permanente 
(acidentária)
0
Auxílio por incapacidade temporária 
(comum)
12
Auxílio por incapacidade temporária 
(acidentário)
0
Salário-maternidade para: contribuinte 
individual, segurado especial* e facultativo
10
Salário-maternidade para: empregado, 
empregado doméstico e trabalhador avulso
0
Pensão por morte 0
Auxílio-reclusão 24
Salário-família 0
Auxílio-acidente 0
 
*ATENÇÃO! Segurado especial: para o segurado especial não há que se 
falar em recolhimento de contribuições mensais. Pois, como estudamos, 
esse segurado especial, que não optar por recolher da mesma forma que 
o contribuinte individual, não, necessariamente, recolhe mensalmente. 
Sendo assim, o segurado especial deverá comprovar o exercício de 
atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do 
benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses 
correspondente à carência do benefício requerido.
Por exemplo, para uma segurada especial ter direito ao salário-maternidade, 
deverá comprovar 10 meses de atividade rural no período imediatamente 
anterior ao requerimento do benefício (e não 10 meses de contribuições 
mensais).
Serviços: já para os serviços da Previdência Social não há carência. São estes: serviço social e habili-
tação e reabilitação profissional.
(FCC – Auditor – TCM-RJ – atualizada) O período de carência visa a garantir o equilíbrio 
financeiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingressaram no sistema após 
a vigência da Lei nº 8.213/1991, em relação aos benefícios de aposentadoria especial, 
aposentadoria por incapacidade permanente acidentária e salário-família, a carência, em 
número de contribuições mensais, será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 209 
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.
Resposta: A.
(FCC – Técnico do Seguro Social – INSS – 2012 - atualizada) Maria trabalhou de 02 de 
janeiro de 2006 a 02 de julho de 2006 como empregada de uma empresa, vindo a contrair 
moléstia não relacionada ao trabalho, com prejuízo do exercício de suas atividades 
habituais. Nessa situação, Maria
a) não terá direito ao recebimento do auxílio por incapacidade temporária, por ausência 
do cumprimento da carência.
b) terá direito à aposentadoria por incapacidade permanente, que independe do 
cumprimento de carência.
c) terá direito ao auxílio por incapacidade temporária, que não exige carência.
d) terá direito ao auxílio-doença, que independe de carência.
e) poderá receber aposentadoria por incapacidade permanente, se recolher mais duas 
contribuições.
Resposta: A. O auxílio por incapacidade temporária não acidentário possui período de 
carência de 12 contribuições mensais.
(ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – atualizada) Assinale a opção correta, entre as 
assertivas abaixo, relativas ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis 
para que o beneficiário faça jus ao benefício previsto na Lei nº 8.213/91.
a) Auxílio por incapacidade temporária no caso de acidente de qualquer natureza 
– 14 (quatorze) contribuições mensais.
b) Auxílio-reclusão – 12 contribuições mensais.
c) Aposentadoria por idade – independe de contribuições mensais.
d) Aposentadoria programada – 120 contribuições mensais.
e) Pensão por morte – independe de contribuições mensais.
Resposta: E.
17.3. DATA INICIAL PARA CONTAGEM DO PERÍODO DE CARÊNCIA
Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições:7
I – referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no 
caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos;
II – realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo 
consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, 
no caso dos segurados contribuinte individual e facultativo, inclusive o segurado especial que contribui 
facultativamente na condição de contribuinte individual.
Para o segurado especial que não contribui facultativamente na condição de contribuinte individual, o 
período de carência é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante comprovação docu-
mental.8
Para o contribuinte individual, o facultativo e o segurado especial (este, que contribua como contribuin-
te individual), na hipótese da perda da qualidade de segurado, somente serão consideradas, para fins de 
carência, as contribuições efetivadas após novo recolhimento sem atraso.9 
7 Art. 27 da Lei no 8.213/1991.
8 Conforme art. 28, § 1º do RPS.
9 Art. 28, § 4º do RPS. Incluído recentemente pelo Decreto 10.410/2020.
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210 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
O art. 24 da Lei no 8.213/1991 conceitua: “Período de carência é o número mínimo de contribuições 
mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do 
primeiro dia dos meses de suas competências”. Assim, a carência começa a contar sempre do primeiro dia 
do mês, independentemente do dia em que o segurado iniciou sua atividade. Por exemplo, se um segurado 
começou a trabalhar no dia 1o ou no dia 30, o mês inteiro será contado para efeito de carência.
Para fins de carência, as contribuições anteriores à data de publicação da Emenda à Constituição nº 
103, de 12 de novembro de 2019, serão consideradas em conformidade com a legislação vigente à época.10
Para fins de carência, no caso de segurado empregado doméstico, considera-se presumido o reco-
lhimento das contribuições dele descontadas pelo empregador doméstico, a partir da competência junho de 
2015.11 Assim, consequentemente, para o segurado empregado doméstico filiado ao RGPS nessa condição 
até 31 de maio de 2015, o período de carência será contado a partir da data do efetivo recolhimento da pri-
meira contribuição sem atraso.
Segurados Data inicial para a contagem do período de 
carência
Empregados, empregados domésticos, 
trabalhadores avulsos.
Data de filiação ao RGPS (primeiro dia do mês).
Contribuinte individual, facultativo e 
segurado especial (este contribuindo 
como contribuinte individual).
Data de efetivo pagamento da primeira 
contribuição sem atraso (primeiro dia do mês da 
competência), não sendo consideradas para 
este fim as contribuições recolhidas com atraso 
referentes a competências anteriores.
Segurado especial (não contribuindo 
como contribuinte individual).
A partir do efetivo exercício da atividade rural, 
mediante comprovação documental.Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado em-
pregado, do trabalhador avulso e, relativamente ao contribuinte individual, a partir da competência abril de 
2003,12 as contribuições dele descontadas pela empresa.13
(Técnico – INSS – 2005 – adaptada) Período de carência é o número de contribuições 
mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício. O dia de início da 
contagem do período de carência é o(a):
a) primeiro dia do mês do efetivo pagamento ao Regime Geral de Previdência Social, 
para o trabalhador avulso;
b) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral da Previdência Social, para todos os
segurados, obrigatórios ou facultativos;
c) primeiro dia do mês em que se iniciou a execução de atividade remunerada, como 
segurado empregado, sendo presumida a contribuição;
d) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para o trabalhador
avulso;
e) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para todos os 
segurados, obrigatórios ou facultativos.
Resposta: C. Quando o empregado inicia sua atividade remunerada, já está 
automaticamente protegido e filiado à Previdência Social.
17.4. REGRA DO 1/2 ou 50% – QUANDO DA PERDA DA QUALIDADE DO 
SEGURADO
10 Art. 26, § 6º do RPS.
11 Art. 26, § 4º-A, RPS.
12 Nesta competência iniciou-se a obrigatoriedade da empresa no desconto e recolhimento da contribuição previdenciária do contri-
buinte individual.
13 Art. 26, § 4º do RPS. 
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 211 
 Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio por 
incapacidade temporária, de aposentadoria por incapacidade permanente, de salário-maternidade e de auxí-
lio-reclusão, as contribuições anteriores à perda somente serão computadas para fins de carência depois que 
o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com metade do número de contribuições exigidas para 
o cumprimento do período de carência.14
Por exemplo, o auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) não acidentário tem o período de 
carência de 12 contribuições mensais. Se aquele que perdeu a qualidade de segurado, e que já tinha ante-
riormente 12 contribuições mensais, voltar à atividade como empregado, este deverá cumprir, no mínimo, 
mais 6 contribuições (1/2 de 12 contribuições) para que aquelas contribuições anteriores sejam computadas 
para efeito de carência do auxílio-doença.
17.5. CARÊNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO
Será considerado, para efeito de carência, o tempo de contribuição para o Plano de Seguridade Social 
do Servidor Público anterior à Lei no 8.647/1993, efetuado pelo servidor público ocupante de cargo em 
comissão sem vínculo efetivo com a União, autarquias, ainda que em regime especial, e fundações públicas 
federais.
No caso de segurado que se desvincular de regime próprio da Previdência Social, as contribuições 
vertidas para o regime próprio serão consideradas para todos os efeitos, inclusive para os de carência.
O período de atividade dos auxiliares locais de nacionalidade brasileira no exterior, conforme Lei no 
8.745/1993, anteriormente a 01.01.1994, desde que sua situação previdenciária esteja regularizada junto ao 
INSS, será computado para fins de carência.
Aplica-se a regra dos 50%, conforme tratada no item anterior 17.6, ao segurado oriundo de regime 
próprio de previdência social que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social após os prazos referentes à 
perda da qualidade do segurado.15 
14 Art. 27-A do RPS.
15 Conforme Art. 27-A, parágrafo único do RPS.
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212 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
18- Salário de Benefício e Renda Mensal de 
Benefício
18.1. SALÁRIO DE BENEFÍCIO – INTRODUÇÃO E CONCEITO
Vamos dar início ao estudo do salário de benefício (SB), que nada mais é do que a base de cálculo 
utilizada para chegar ao real valor da maioria dos benefícios recebidos pelos segurados, que chamamos de 
Renda Mensal de Benefício (RMB).
Dessa forma, em regra:
SB x alíquota = RMB.
O conceito de salário de benefício é encontrado no art. 31 do RPS:
Salário de benefício é o valor básico utilizado para o cálculo da renda mensal dos benefícios de 
prestação continuada, inclusive aqueles regidos por normas especiais, exceto:
I - o salário-família;
II - a pensão por morte;
III - o salário-maternidade;
IV - o auxílio-reclusão; e
V - os demais benefícios previstos em legislação especial.
Dessa forma, esses benefícios não se incluem nestas regras de cálculo do salário de benefício. Isso 
porque, são diferenciadas, como veremos nos capítulos em que tratarmos desses benefícios.
Tanto o salário de benefício, quanto a renda mensal de benefício sofreram alterações significativas 
com a Emenda Constitucional da nova reforma da previdência.
Uma delas é que, a partir de 13 de novembro de 2019, para fins de aquisição e manutenção da quali-
dade de segurado, de carência, de tempo de contribuição e de cálculo do salário de benefício exigidos para 
o reconhecimento do direito aos benefícios do RGPS e para fins de contagem recíproca, somente serão 
consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao limite mínimo mensal do 
salário de contribuição.1
18.1.1. Valor do salário de benefício
O salário de benefício consiste na média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados 
monetariamente, correspondentes a cem por cento – 100% - do período contributivo desde a competência 
julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.2
Sendo assim, para realizar o cálculo de benefício:
1º - toma-se todos os salários de contribuição desde a competência julho de 1994 ou desde o início da 
1 Conforme art. 19-E do RPS, incluído pelo recente Decreto 10.410/2020.
2 Porém, quando inexistirem salários de contribuição a partir de julho de 1994, as aposentadorias terão o valor correspondente ao do 
salário-mínimo. 
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 213 
contribuição, se posterior àquela competência;
2º - esses salários de contribuição devem ser atualizados monetariamente;
3º - calcula-se a média aritmética de todos os salários de contribuição.
ATENÇÃO! Para a realização do cálculo, devem ser considerados os 
salários de contribuição de todo período contributivo decorrido desde 
julho de 1994.
(CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS – adaptada) Mário, segurado inscrito na 
previdência social desde 1972, requereu sua aposentadoria por tempo de contribuição. 
Nessa situação, a renda inicial da aposentadoria de Mário corresponderá à média 
aritmética simples dos salários de contribuição desde 1972.
Resposta: Errado. O cálculo é feito desde julho de 1994.
Vamos, então, dar um exemplo do cálculo do salário de benefício:
Simplificando nosso cálculo, imagine que o segurado realizou durante toda a sua vida, desde julho de 
1994, apenas 10 contribuições. Os salários de contribuição, neste exemplo, são:
Contribuições Valor do salário de contribuição devidamente atualizado (R$):
1 2.500
2 2.000
3 2.000
4 4.000
5 3.500
6 4.500
7 2.500
8 2.500
9 5.000
10 1.500
SOMA = 30.000
Para fazer a média aritmética, basta pegar o resultado da soma, neste exemplo R$30.000,00 e dividir 
pelo número de contribuições, neste exemplo 10. 
Dessa forma, a média aritmética será de R$3.000,00. Esse valor é considerado o salário de benefício, 
que servirá de base de cálculo para a renda mensal de benefício. 
ATENÇÃO! A prova do concurso público dificilmente pedirá para realizar o 
cálculo. Mas é importante acompanhar o exemplo, para entender e 
fixar a teoria.
18.1.2. Valor do salário de benefíciopara o segurado especial
O salário de benefício do segurado especial consiste no valor equivalente ao salário mínimo.3
Quando o segurado especial recolher facultativamente como contribuinte individual, os cálculos dos 
benefícios serão feitos da forma convencional, semelhantemente ao cálculo do contribuinte individual.
3 Art. 29, § 6o, da Lei no 8.213/1991.
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214 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
A aposentadoria do segurado especial tem uma redução de cinco anos, podendo se aposentar aos 
60 anos de idade, se homem, e aos 55 anos de idade, se mulher4, com mínimio de 15 anos de contribuição. 
Ademais, para que haja essa redução, o segurado especial deve comprovar o efetivo exercício de atividade 
rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por 
tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido,5 com-
putado o período6 a que se referem os incs.III a VIII do § 9o do art. 11 da Lei no 8.213/1991.7
Entretanto, se o segurado especial não tiver cumprido as 180 contribuições de carência como traba-
lhador rural (por exemplo, trabalhou parte do seu tempo como segurado especial e outra como trabalhador 
urbano), mas satisfaça essa condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias 
do segurado, fará jus ao benefício ao completar 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher8, com 15 
anos de contribuição (ou seja, da forma convencional). Nesse caso, o cálculo da renda mensal do benefício 
será apurado da forma convencional, considerando-se como salário de contribuição mensal do período como 
segurado especial o limite mínimo de salário de contribuição da Previdência Social (salário mínimo).9
O art. 39 da Lei no 8.213/1991, a seguir, regra os benefícios a que os segurados especiais fazem jus:
Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão:
I – de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão, 
no valor de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto no art. 86, desde que 
comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente 
anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do 
benefício requerido; ou
II – dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo estabelecidos, 
desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na forma estipulada no Plano de 
Custeio da Seguridade Social.
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário--maternidade no valor 
de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma 
descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do início do benefício.
18.1.2.1. Comprovação do exercício da atividade rural
Primeiramente, para comprovar o exercício da atividade rural, o segurado especial deverá estar inscri-
to na Previdência Social.10 Consequentemente, sua atividade rural deve ser informada no Cadastro Nacional 
de Informações Sociais - CNIS - mantido pelo Ministério da Economia. Sendo que, este Ministério poderá 
firmar acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com outros órgãos 
da administração pública federal, estadual, distrital e municipal para a manutenção e a gestão do sistema de 
cadastro.11 
Esse sistema preverá a manutenção e a atualização anual do cadastro e conterá as informações 
necessárias à caracterização da condição de segurado especial. Sendo que, essa atualização anual deve ser 
feita até 30 de junho do ano subsequente e deve ser feita em no máximo 5 anos contado dessa data.
4 Essa redução de 5 anos vale para todos os trabalhadores rurais, conforme o inc. II do § 7o do art. 201 da Constituição Federal.
5 A carência para aposentadoria é de 180 contribuições.
6 O período citado é aquele em que o segurado especial pode exercer outra atividade remunerada sem deixar de ser segurado especial, 
previstos nos incs. III a VIII do § 9o do art. 11 da Lei no 8.213/1991 a seguir:
“III – exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso, não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou 
intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 julho de 1991; 
IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais;
V – exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de cooperativa rural constituí-
da, exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;
VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8o, deste artigo;
VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-
-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da 
Previdência Social; e
VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social”.
7 Art. 48, § 2o, da Lei no 8.213/1991.
8 Art. 48, § 3o, da Lei no 8.213/1991.
9 Art. 48, § 4o, da Lei no 8.213/1991.
10 Art. 17, §§ 4º e 5º, da Lei nº 8.213/1991. 
11 Art. 38-A, da Lei nº 8.213/1991.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 215 
Porém, passado esse prazo, de até 30 de junho do ano subsequente, o segurado especial só poderá 
computar o período de trabalho rural se efetuado em época própria o recolhimento sobre a comercialização 
de sua produção12.
Para fins de comprovação do exercício da atividade e da condição do segurado especial e do respec-
tivo grupo familiar, o INSS utilizará as informações constantes do Cadastro Nacional de Informações So-
ciais - CNIS. Sendo que, a comprovação da condição e do exercício da atividade rural do segurado especial 
ocorrerá exclusivamente pelas informações constantes nesse cadastro, a partir da data em que o Cadastro 
Nacional de Informações Sociais – CNIS atingir a cobertura mínima de cinquenta por cento dos segurados 
especiais, apurada conforme quantitativo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD.
E para o período anterior, o segurado especial comprovará o tempo de exercício da atividade rural 
por meio de autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas e por outros órgãos públicos, na 
forma prevista no Regulamento13.
Além do mais, na hipótese de haver divergência de informações, para fins de reconhecimento de direi-
to com vistas à concessão de benefício, o INSS poderá exigir a apresentação dos documentos referidos no 
art. 106, da Lei 8.213/91. E, conforme esse artigo:
Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, complementarmente à autodecla-
ração de que trata o § 2º e ao cadastro de que trata o § 1º, ambos do art. 38-B desta Lei, por meio de, entre 
outros14: 
I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
III – (Revogado pela Lei 13.846/2019);
IV – Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, de que 
trata o inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, ou por documento que a substi-
tua; (Redação dada pela Lei 13.846/2019)
V – bloco de notas do produtor rural;
VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de 
julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicaçãodo nome do segurado como 
vendedor;
VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de 
pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante;
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercializa-
ção da produção;
IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercializa-
ção de produção rural; ou
X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra.
18.1.3. Limites do salário de benefício
O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao limite máxi-
mo do salário de contribuição na data de início do benefício.
Serão considerados para o cálculo do salário de benefício os ganhos habituais do segurado emprega-
do, a qualquer título, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribui-
ção previdenciária, exceto o décimo terceiro salário.
18.1.4. Fonte de informações e dever de informar
O INSS utilizará, para fins de cálculo do salário de benefício, as informações constantes no Cadastro 
12 Art. 38-A, § 5º, da Lei nº 8.213/1991. 
13 Conforme Art. 38-B, § 2º, da Lei nº 8.213/1991
14 Artigo recentemente tualizado pela Lei 13.846/19.
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216 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
Nacional de Informações Sociais – CNIS sobre as remunerações dos segurados. O segurado tem o direito de 
obter informações, a respeito de sua pessoa, que constem nesse cadastro. 
(FCC – Técnico do Seguro Social – INSS – 2012 - modificado) Para fins de cálculo do 
salário de benefício, é correto afirmar que
a) o trabalhador doméstico é obrigado a provar os recolhimentos à Previdência Social.
b) poderão ser utilizados os salários de contribuição constantes do CNIS − Cadastro 
Nacional de Informações Sociais – para os segurados em geral.
c) o empregado deve apresentar os recibos de pagamento para fins de cálculo do valor 
do benefício.
d) o contribuinte individual não poderá valer-se das informações constantes do CNIS −
Cadastro Nacional de Informações Sociais.
e) o segurado especial deverá comprovar o recolhimento periódico e mensal das 
contribuições para fins de cálculo do salário de benefício.
Resposta: B.
18.1.5. Demais informações para o cálculo do salário de benefício
a) Recebimento de benefício por incapacidade, considerado como salário de 
contribuição
Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefício por incapacidade, considerar-
-se-á como salário de contribuição, no período, o salário de benefício que serviu de base para o cálculo da 
renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos benefícios em geral, não podendo 
ser inferior ao salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição. Por exemplo, deter-
minado segurado recebeu benefício de auxílio por incapacidade temporária, cuja base de cálculo (salário de 
benefício) foi de R$ 2.000,00, durante um ano. Neste caso, posteriormente, quando ele for se aposentar, será 
contado como salário de contribuição o referido salário de benefício, como se ele tivesse contribuído sobre 
esse valor.
b) Valor para prestações que independem de carência
Exceto para o salário-família e o auxílio-acidente, será pago o valor mínimo de benefício para as 
prestações que não precisam de carência, quando não houver salário de contribuição no período básico de 
cálculo. Por exemplo, caso um empregado recém-contratado, sem nunca ter contribuído anteriormente para 
a Previdência Social, venha a falecer logo no início do contrato de trabalho, sem que fosse feito recolhimento 
algum, e, consequentemente, sem salário de contribuição, o benefício da pensão por morte deixado aos seus 
dependentes será de um salário mínimo.
c) Correção do salário de contribuição passado para o cálculo do salário de 
benefício atual
Imagine que no momento em que for calcular o salário de benefício, o INSS terá que buscar os valores 
dos salários de contribuição de muitos anos atrás. Dessa forma, deverá haver uma correção para que esses 
valores do passado sejam atualizados aos valores atuais. Assim, todos os salários de contribuição utilizados 
no cálculo do salário de benefício serão corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, referente ao período decorrido a partir da primeira competência 
do salário de contribuição que compõe o período básico de cálculo até o mês anterior ao do início do benefí-
cio, de modo a preservar o seu valor real.15
d) Aposentadoria precedida de auxílio-acidente
15 Art. 33 do Decreto 3.048/1999.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 217 
Para fins de apuração do salário de benefício de qualquer aposentadoria precedida de auxílio-aciden-
te, o valor mensal deste será somado ao salário de contribuição antes da aplicação da correção referida no 
parágrafo anterior, não podendo o total apurado ser superior ao limite máximo do salário de contribuição. 
Por exemplo: um segurado recebeu R$ 2.000,00 de salário, mais R$ 1.000,00 de auxílio-acidente, em um 
determinado mês, e pretende se aposentar. Ao proceder ao cálculo do salário de benefício, seu salário de 
contribuição daquele mês será considerado de R$ 3.000,00, aumentando, assim, o cálculo do valor de sua 
aposentadoria devido à soma do auxílio-acidente.
e) Pensão por morte precedida de aposentadoria e auxílio-acidente16 
Se, na data do óbito, o segurado estiver recebendo aposentadoria e auxílio-acidente, o valor mensal 
da pensão por morte será calculado sem a incorporação do valor do auxílio-acidente. 
f) Aposentadoria para aqueles que optarem por permanecer em atividade17
Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria, nas condições legalmente previstas 
na data do cumprimento de todos os requisitos ao segurado que tiver optado por permanecer em atividade. 
Nesse caso, o valor inicial da aposentadoria, apurado conforme as regras vigentes na data em que todos os 
requisitos tiverem sido cumpridos, será comparado com o valor da aposentadoria calculada na data de entra-
da do requerimento, hipótese em que será mantido o benefício mais vantajoso e será considerada como data 
de início do benefício a data de entrada do requerimento.
Caso seja mais vantajoso considerar como período básico de cálculo os meses de contribuição ime-
diatamente anteriores ao mês em que o segurado completou o tempo de contribuição, a renda mensal inicial 
será reajustada pelos índices de reajustamento aplicados aos benefícios, até a data da entrada do requeri-
mento, não sendo devido qualquer pagamento relativamente ao período anterior a essa data.
g) Contribuinte individual e facultativo optantes pelo recolhimento trimestral 
Para os segurados contribuinte individual e facultativo optantes pelo recolhimento trimestral, que 
tenham solicitado qualquer benefício previdenciário, o salário de benefício consistirá na média aritmética 
simples de todos os salários de contribuição integrantes da contribuição trimestral, desde que efetivamente 
recolhidos.
h) Comprovação de regularidade das deduções do contribuinte individual
Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a outro contribuinte individual equiparado à em-
presa ou a produtor rural pessoa física ou a missão diplomática e repartição consular de carreira estrangei-
ras, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, 45% da contribuição patronal do contratante, efetivamente 
recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que este lhe tenha pagado ou creditado, no respecti-
vo mês, limitada a 9% do respectivo salário de contribuição.18 Assim, como estudamos em custeio, na prática, 
esse contribuinte individual recolherá 11% sobre seu salário de contribuição.Dessa forma, o contribuinte individual deverá comprovar a regularidade das deduções; caso contrário, 
terá glosado o valor indevidamente deduzido, devendo complementar as contribuições com os acréscimos le-
gais devidos. Sendo assim, enquanto as contribuições não forem completadas, o salário de contribuição será 
computado, para efeito de benefício, proporcionalmente à contribuição efetivamente recolhida. E caso resulte 
dessa aplicação da proporcionalidade um valor de salário de contribuição abaixo do salário mínimo, este não 
será considerado como tempo de contribuição, para fim de concessão do benefício previdenciário.
Por exemplo, o contribuinte individual tem salário de contribuição de R$ 1.800,00 e sua contribuição 
devida é de (20%) R$ 360,00. Como prestou serviços exclusivamente a contribuinte individual equiparado à 
empresa ou a produtor rural pessoa física ou a missão diplomática e repartição consular de carreira estran-
geiras, utilizou-se da dedução prevista em lei e recolheu somente (11%) R$ 198,00. Se por algum motivo a 
dedução foi indevida, o INSS considerará, nesta competência, que o valor da base de cálculo utilizada foi 
de R$ 990,00. Isso porque, R$ 198,00 é 20% de R$ 990,00. E, ainda, como esse valor é um recolhimento 
inferior ao limite mínimo, essa competência não seria considerada como tempo de contribuição, até que ele 
complete, com o valor devido, para que seja considerado como salário de contribuição, referente ao valor 
mínimo.
i) Segurado oriundo de regime próprio de Previdência Social
16 Art. 39, §4º do RPS.
17 Art. 181-D do RPS.
18 Art. 216, § 20, do RPS.
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218 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
No cálculo do salário de benefício serão considerados os salários de contribuição vertidos para regime 
próprio de Previdência Social de segurado oriundo desse regime, após a sua filiação ao Regime Geral de 
Previdência Social.
i) Atividades concomitantes
O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes será calcula-
do com base na soma dos salários de contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do 
óbito ou no período básico de cálculo.19
É o caso, por exemplo, de um analista de sistemas que trabalhe de dia em um banco e à noite dá au-
las como professor de informática em uma escola. Sendo assim, a regra é simples, basta somar os salários 
de contribuição de cada competência, para se calcular o salário de benefício.
18.2. RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO – INTRODUÇÃO
Estudamos o salário de benefício, que é a base de cálculo para a Renda Mensal de Benefício. Esta 
refere-se ao valor real recebido pelos segurados em virtude dos benefícios. Há situações em que o salário de 
benefício terá o mesmo valor que a Renda Mensal de Benefício e outras em que a Renda Mensal de Benefí-
cio será um percentual do salário de benefício ou um valor fixo, conforme a lei.
A Renda Mensal de Benefício de prestação continuada que substituir o salário de contribuição, ou o 
rendimento do trabalho do segurado, não terá valor inferior ao do salário mínimo nem superior ao limite má-
ximo do salário de contribuição, exceto o aposentado por incapacidade permanente que necessite do auxílio 
permanente de terceiros (acréscimo de 25% sobre a aposentadoria por incapacidade permanente). E, em 
algumas situações, que serão estudadas em capítulo específico, o valor do salário-maternidade poderá ser 
superior ao limite máximo do salário de contribuição.
Já no caso do segurado que recebe parte de seu benefício pelo sistema brasileiro e outra parte pelo 
sistema estrangeiro, a Renda Mensal de Benefício por totalização, concedida com base em acordos inter-
nacionais de Previdência Social, pode ter valor inferior ao do salário mínimo. Sendo assim, a renda mensal 
inicial pro rata dos benefícios por totalização, concedidos com base em acordos internacionais, será propor-
cional ao tempo de contribuição para previdência social brasileira e poderá ter valor inferior ao do salário-mí-
nimo 20 
A média apurada para o salário de benefício está limitada ao valor máximo do salário de contribuição 
do Regime Geral de Previdência Social.21
18.2.1. Cálculo da Renda Mensal do Benefício
No cálculo do valor da Renda Mensal de Benefício serão computados:22
I – para o segurado empregado, o empregado doméstico e o trabalhador avulso, os salários de 
contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa 
ou pelo empregador doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades 
cabíveis;
Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que tenham cumprido todas 
as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários 
de contribuição no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo essa 
renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição.
Nesse caso, a renda mensal inicial recalculada deve ser reajustada como a dos benefícios correspon-
dentes com igual data de início e substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefí-
cio, a renda mensal que prevalecia até então.
19 Art. 34 do RPS.
20 Art. 35, § 1º do RPS.
21 Art. 26, § 1º da Emenda Constitucional da nova reforma da previdência.
22 Art. 34 da Lei no 8.213/1991.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 219 
II – para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o 
valor mensal do auxílio-acidente, considerado como salário de contribuição para fins de concessão de 
qualquer aposentadoria;
Para o segurado especial que não contribui facultativamente, soma-se ao valor da aposentadoria a 
renda mensal do auxílio-acidente vigente na data de início da referida aposentadoria, não sendo, neste caso, 
aplicada a limitação de um salário mínimo.
III – para os demais segurados, os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições 
efetivamente recolhidas.
A renda mensal inicial da aposentadoria por incapacidade permanente concedida por transformação 
de auxílio-doença será de 100% do salário de benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal 
inicial do auxílio-doença, reajustado pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral.
18.2.2. Percentuais aplicados para a obtenção do valor da renda mensal 
de benefício
A Renda Mensal de Benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se sobre o salário de 
benefício os seguintes percentuais:
I – auxílio por incapacidade temporária – 91% do salário de benefício23
Sendo assim, por exemplo, se a renda mensal for de R$2.000,00, o valor da renda mensal do auxílio 
por incapacidade temporária será de R$ 1820,00 (R$2.000 x 91% = R$1.820).
Após a cessação do auxílio por incapacidade temporária decorrente de acidente de qualquer nature-
za ou causa, independentemente de o segurado ter retornado ou não ao trabalho, se houver agravamento 
ou sequela que resulte na reabertura do benefício, a renda mensal será igual a 91% do valor do salário de 
benefício do auxílio por incapacidade temporária cessado, corrigido até o mês anterior ao da reabertura do 
benefício pelos mesmos índices de correção empregados no cálculo dos benefícios em geral. 
ATENÇÃO! O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a 
média aritmética simples dos últimos 12 salários de contribuição, inclusive 
em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12, a 
média aritmética simples dos salários de contribuição existentes.24
II – aposentadoria por incapacidade permanente (acidentária), quando decorrer 
de acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho – 100% do 
salário de benefício25
III – aposentadoriaprogramada e aposentadoria programada do professor – 
60% do salário de benefício, mais 2% para cada ano de contribuição que exceder o 
tempo de 20 anos de contribuição, se homem, e 15 anos de contribuição, se mulher26
O acréscimo de 2%, que em regra é aplicado tendo início aos 20 anos de tempo de contribuição, em 
alguns casos será aplicado para cada ano que exceder 15 anos de tempo de contribuição para os seguintes 
segurados:
- aposentados pela aposentadoria especial cuja atividade enseja o benefício aos 15 anos de contribui-
ção; e
23 Art. 61 da Lei 8213/91.
24 Art. 29, § 10, da Lei no 8.213/1991, alterada pela Lei no 13.135/2015.
25 Art. 44, II do RPS.
26 Art. 53 do RPS.
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- mulheres filiadas ao Regime Geral de Previdência Social.
Perceba que o tempo de contribuição para iniciar o processo de acréscimo de 2% é, em regra, pareci-
do com o tempo mínimo para a aposentadoria especial. E no caso das mulheres, como em regra elas apo-
sentam mais cedo, foi dado este benefício.
Sendo assim, para as mulheres o acréscimo será de 2% para cada ano que exceder esses 15 anos 
de tempo de contribuição. E, para os homens, o acréscimo será de 2% para cada ano que exceder esses 20 
anos de tempo de contribuição.
Vejamos um exemplo da aplicação dessa regra: Para o segurado (homem) com 65 anos de idade e 30 
anos de contribução, utiliza-se o percentual de 60% mais:
10 anos de contribuição é o tempo que excede 20 anos de contribuição (30 anos - 20 anos = 10 anos)
2% (para cada ano que exceder) x 10 anos = 20%
Dessa forma, o acréscimo desse percentual será de 20%. 
Sendo assim, 60% + 20% = 80%. Portanto, neste exemplo, a renda mensal de benefício será de 80% 
do salário de benefício.
Perceba, também, que a legislação não impõe limite ao acréscimo de 2%. Sendo assim, a renda men-
sal de benefício poderá ultrapassar 100% do salário de benefício.
Por exemplo: Imagine um segurado (homem) com 65 anos de idade e 45 anos de contribução. 
Neste caso, utiliza-se o percentual de 60% mais:
2% x 25 anos (que excederam 20 anos) = 50%
Dessa forma, o acréscimo desse percentual será de 50%. 
Sendo assim, 60% + 50% = 110%. Portanto, neste exemplo, a renda mensal de benefício será de 
110% do salário de benefício.
IV – aposentadoria por incapacidade permanente (não acidentária): 60% do 
salário de benefício, mais 2% para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 
20 anos de contribuição, se homem, e 15 anos de contribuição, se mulher
Perceba que é a mesma regra do item anterior.
V - aposentadoria por idade do trabalhador rural: 70% do salário de benefício, 
com acréscimo de 1% para cada ano de contribuição27
O cálculo da aposentadoria por idade do trabalhador rural é diferente da programada. Mesmo porque, 
as regras para aposentadoria desse trabalhador, em tese, são mais favoráveis, como estudaremos no capítu-
lo oportuno28. 
Por exemplo, um trabalhador rural, homem, que tenha começado a trabalhar aos 35 anos, poderá se 
aposentar por idade aos 60 anos. Nesse caso, verifica-se que esse homem laborou durante 25 anos de ati-
vidade contínua. Pelo fato de ter trabalhado por 25 anos, haverá um acréscimo de 25% (1% por ano). Dessa 
forma, ele receberá uma Renda Mensal de Benefício de: 70% + 25% (25 anos de contribuição) = 95% do 
salário de benefício.
VI – aposentadoria especial – 60% do salário de benefício, mais 2% para cada 
ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, se homem, e 
15 anos de contribuição, se mulher ou segurado com direito a aposentadoria espe-
cial aos 15 anos de contribuição; 
27 Art. 56, § 2º do RPS.
28 Capítulo 20. 
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 221 
Assim, para as aposentadorias especiais que ensejam 15 anos de tempo de contribuição, o acréscimo 
será de 2% para cada ano que exceder 15 anos de tempo de contribuição.
VII – auxílio-acidente – 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio 
por incapacidade temporária do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início 
do auxílio-acidente e será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria 
ou até a data do óbito do segurado.29
Lembrando que este benefício poderá ter valor da renda mensal inferior ao salário mínimo. Assim, por 
exemplo, caso o salário de benefício do segurado seja de R$2.000,00, o valor do auxílio acidente poderá ser 
de R$ 1.000,00 (R$2.000 x 50% = R$1.000).
VIII - pensão por morte - será equivalente a uma cota familiar de 50% do valor da 
aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse apo-
sentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10% 
por dependente, até o máximo de 100%. 30
Por exemplo: Um segurado aposentado recebia R$5.000,00 de sua aposentadoria. Ao falecer, deixou 2 
dependentes (esposa e 1 filho menor de 21 anos). Dessa forma, o valor mensal da pensão por morte será:
50% da aposentadoria = R$5.000,00 x 50% = R$2.500,00
10% - cota da esposa = R$5.000,00 x 10% = R$500,00
10% - cota do filho = R$5.000,00 x 10% = R$500,00
TOTAL = R$2.500,00 + R$500,00 + R%500,00 = R$3.500,00.
Nesse exemplo, o valor total da pensão por morte aos 2 dependentes será de R$3.500,00, rateado em 
partes iguais = R$3.500,00 / 2 = R$1.750,00
Assim, a esposa terá direito ao valor de R$1.750,00 e o filho R$1.750,00.
Perda da qualidade de dependente na pensão por morte31
Quando há perda da qualidade de dependente, por exemplo, o filho atinge 21 anos, as cotas por de-
pendente cessarão e não serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de cem por cento 
da pensão por morte, quando o número de dependentes remanescente for igual ou superior a cinco. 
Dessa forma, continuando o exemplo anterior, quando o filho perde a qualidade de dependente, o 
valor total da pensão por morte que era R$3.500,00, se reduz, subtraindo-se o valor da cota do filho (que 
era de R$500,00). Assim, agora somente a esposa tem direito à pensão por morte, cujo valor passa para 
R$3.000,00 (R$3.500,00 – R$500,00).
Dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave32
Na hipótese de haver dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor da 
pensão por morte será equivalente a 100% do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a 
que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo do 
salário de benefício do RGPS.
E quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor 
da pensão será recalculado.
IX - Auxílio Reclusão - Até que lei discipline o valor do auxílio-reclusão, seu 
29 Art. 104, § 1º do RPS.
30 Art. 23 da Emenda Constitucional nº 103, de 2019.
31 Art. 23, § 1º da Emenda Constitucional 103, de 2019. 
32 Art. 106 do RPS.
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222 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
cálculo será realizado na forma daquele aplicável à pensão por morte, não podendo 
exceder o valor de 1 (um) salário-mínimo.33
E o art. 117 do Decreto 3048/99 - RPS - traz que: “O valor do auxílio-reclusão será apurado na forma 
estabelecida para o cálculo da pensão por morte, não poderá exceder o valor de um salário-mínimo e será 
mantido enquanto o segurado permanecer em regime fechado”. E, como os benefícios previdenciários, em 
regra, não podem ter valores inferiores ao salário mínimo, o valor do auxílio-reclusão terá o valor do próprio 
salário mínimo.
DICA! De tudo o que foi tratado neste capítulo, o mais importante e, 
consequentemente, o que mais é abordado em provas de concursos 
públicos, referente à renda mensal de benefício, são os percentuais 
aplicados sobre o salário de benefício,

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