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PlanejamentoMarketing_UA08

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gestão empresarial
Planejamento de marketing
Introdução à análIse sWot
Planejamento 
de marketing
Introdução à análIse sWot
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Identificar e definir ameaças oportunidades, pontos 
fortes e pontos fracos.
COmpetênCias 
Ser capaz de relacionar a análise SWOT com o conjunto 
das estratégias de marketing.
Habilidades 
Desenvolver habilidades para análise de mercado no 
planejamento de marketing.
8
ApresentAção
A pesquisa de marketing é a forma da empresa entrar 
em contato com seus stakeholders e conhecê-los me-
lhor, buscando informação sobre o que se deseja saber. 
A pesquisa de marketing representa “os ouvidos” da em-
presa no mercado, ou seja, todas as informações que 
precisa conhecer estão ao seu redor, basta saber reco-
nhecê-las e ouvi-las. Dessa forma, as empresas através 
de pesquisas e monitoramento do ambiente empresarial 
utilizam-se de ferramentas da tecnologia da informação 
para alcançar essas informações.
pArA ComeçAr
Na Unidade anterior você analisou como a organização 
se relaciona com o mercado, e quais são essas formas 
de interação. Conhecer o mercado é fundamental para 
definição de estratégias e criação do planejamento de 
marketing. Analisar a concorrência, por meio do bench-
marking e gerenciar as relações com os stakeholders é 
uma importante tarefa do marketing para auxiliar na to-
mada de decisão.
Vamos pensar na imagem na abertura do presente 
capítulo. Um executivo com os olhos vendados prestes 
a pular de um trampolim na piscina. No mercado pode-
-se agir assim? Como tomar uma importante decisão de 
olhos vendados, sem saber o que está fazendo? Para evi-
tar esses tipos de ameaças, a empresa deve observar o 
mercado e suas mudanças.
Mas que mudanças são essas que podem afetar o 
negócio da empresa e ameaçá-la? Lembra-se dos am-
bientes de marketing? Ele traz ameaças e oportunidades 
em relação ao macroambiente e pontos fortes e fracos 
em relação ao microambiente. Na disciplina gestão de 
marketing vimos esse item e agora vamos retomar tal 
assunto detalhando-o e aprofundando a temática. Essa 
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 4
análise dos ambientes de marketing se chama SWOT, uma importante 
ferramenta estratégica de observação do mercado.
E o que significa esta sigla SWOT? Na verdade está em inglês e são 
as iniciais para Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities 
(oportunidades), Threats (ameaças). Esta visão global do mercado per-
mite a definição de estratégias mais adequadas ao cenário atual de sua 
organização.
Dica
Vamos começar com uma análise SWOT de você. Quais são 
seus pontos fortes e fracos, suas oportunidades e ameaças 
na sua vida profissional. Registre no seu diário de bordo sua 
SWOT pessoal. Confira no link dicas para essa tarefa: http://
www.rh.com.br/Portal/Carreira/Artigo/3714/uma-analise-
swot-pessoal.html
FundAmentos 
Há mais de três mil anos, Sun Tzu, considerado um dos maiores estrate-
gistas militares de todos os tempos e autor do livro A Arte da Guerra, já 
dizia: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as 
oportunidades e proteja-se contra as ameaças”. Com esta afirmação Sun 
Tzu, propôs uma análise do inimigo na guerra. E o que temos no mercado 
hoje? Uma verdadeira guerra travada na busca de consumidores e con-
correntes que agem como inimigos e lados opostos dessa batalha. Vence 
a guerra quem sabe analisar estrategicamente o campo de batalha, ou 
seja, o mercado.
Para analisar o mercado é preciso ter formas definidas e estrutura-
das, para saber o que pesquisar, onde encontrar a informação e para 
que serve. Segundo Kotler (2000) a análise SWOT permite uma análise 
detalhada e estratégica do mercado, a fim de possibilitar uma compre-
ensão do cenário no qual a empresa está inserida e suas possibilidades 
reais de atuação, é “a avaliação global das forças, fraquezas, oportuni-
dades e ameaças”.
A análise SWOT pode também ser encontrada com a sigla de análi-
se PFOA, que já em português significa Potencialidade, Fraqueza, Opor-
tunidade e Ameaça, ou ainda FOFA, cujas iniciais significam Forças, 
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 5
Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. As três análises possuem o mesmo 
objetivo e com elas consegue-se definir estratégias adequadas ao propó-
sito da organização e suas metas.
É importante nesta Unidade você se lembrar da importância da missão, 
visão, valores, posicionamento competitivo e alinhamento empresarial. 
Estes conceitos irão conduzir a uma análise crítica e realista das falhas, 
dos problemas, das vantagens e diferenciais do negócio e das oportuni-
dades e ameaças que o mercado em sua constante mudança e transfor-
mação poderá trazer.
conceito
A análise SWOT é um modelo simples e direto que fornece 
direção e serve como um catalisador para o desenvolvimen-
to de planos de marketing viáveis. Ela exerce o papel de 
estruturar a adequação entre o que uma organização pode 
(forças) e não pode (fraquezas) realmente fazer, e as condi-
ções ambientais que atuam a seu favor (oportunidades) e 
contra (ameaças). (FERREL et al., 2000)
Pontos 
fracos
Pontos 
fortes
Oportunidades Ameaças
SWOT
Com essa matriz conseguimos identificar em que estágio a empresa se 
encontra e como poderá gerenciar seus problemas. Por exemplo, se uma 
empresa tiver muitas ameaças e muitos pontos fracos, ela se encontra na 
fase de sobrevivência, ou seja, é preciso investir para reverter esta situa-
ção atual e chegar a um estágio de crescimento e desenvolvimento.
Elencar os pontos fortes, fracos, as ameaças e oportunidades, não é 
uma tarefa fácil, pode ser simples, mas, não é fácil. Por quê? Porque as 
pessoas que estão envolvidas com o negócio, seja o proprietário ou quem 
dirige a empresa, nem sempre enxerga com clareza seus pontos fracos. 
Os pontos fortes reconhecem bem, mas os fracos, às vezes, não conse-
guem ou não querem enxergar.
Figura 1. Matriz 
SWOT.
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 6
Essa dificuldade se dá pelo fato de que: nas micro e pequenas em-
presas, muitas vezes, nota-se a característica de negócios familiares, nos 
quais os proprietários se envolvem emocionalmente com o negócio. Nes-
se momento é preciso ter imparcialidade e “frieza” de reconhecer os erros 
e aceitar que tem problemas e que é preciso arrumá-los. Este é um impor-
tante passo para a empresa desenvolver uma autoanálise e descobrir-se. 
Mas não somente as pequenas e microempresas têm dificuldade para en-
xergar seus pontos fracos e as ameaças, em algumas empresas de grande 
porte essa também é uma dura realidade. Pare para pensar em empresas 
de grande porte que deixaram de atuar no Brasil ou simplesmente tive-
ram que fechar as portas. Tais situações se dão pelo fato de que a alta ad-
ministração ignorou a importância da análise SWOT para prolongamento 
da vida dos negócios. Segundo Ferrel et al. (2000):
“Em resumo, a análise SWOT deve ser dirigida pelo conselho de Sócra-
tes: ‘Conheça a si mesmo’”. Esse conhecimento deve ser realista e deve ser 
como os consumidores (externos e internos) e outros grupos importan-
tes veem a empresa. Se os gerentes acharem difícil fazer uma avaliação 
honesta e realista desses assuntos, devem reconhecer a necessidade de 
convidar especialistas/ consultores para supervisionarem o processo.
Dessa forma, a análise SWOT deve ser extremamente criteriosa em 
relação aos fatores analisados, deve contar com a colaboração de co-
laboradores de diferentes áreas para daí obter uma visão do todo e da 
perspectiva de cada área. Se isso não for possível em virtude da em-
presa ser de pequeno porte ou familiar, sugere-se a visão de consultor 
externo, como afirma o autor, para daí poder apresentar uma análise 
realista da organização.
Na análise SWOT os pontos fortes e fracos referem-se ao ambiente in-
terno da organização, ou seja, seus processos internos, seus departamen-
tos e características do ambiente interno, é o que se chamade variáveis 
controláveis. Já as ameaças e oportunidades vêm do ambiente externo, 
isto é, do mercado e suas forças ambientais, como, econômicas, políticas, 
tecnológicas, naturais, culturais, demográficas, e de seu ambiente com-
petitivo, como concorrentes, fornecedores, e novos entrantes. Neste caso 
alega-se que é impossível ter controle sobre tais variáveis.
atenção
Assumir a perspectiva dos consumidores é o ponto central 
de uma análise SWOT bem feita. Antes da análise, os ge-
rentes tendem a ver os problemas de seu modo (por exem-
plo: “oferecemos produtos de alta qualidade”). O processo 
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da análise SWOT força-os a mudar suas percepções para a 
forma que os consumidores e outros grupos importantes 
veem o produto (por exemplo: “o produto está realmente 
caro, dadas as características e os benefícios que oferece, 
em comparação com o concorrente de marca mais forte”). 
(FERREL et al.,2000)
Vamos detalhar as macrovariáveis, de acordo com Kotler e Armstrong 
(2007), tem-se:
 → Ambiente demográfico: estuda características comuns à popula-
ção pensando em termos da tamanho, densidade, idade, sexo, ren-
da, grau de instrução, ocupação entre outros dados estatísticos;
 → Ambiente econômico: analisa os fatores que afetam ou aumentam 
o poder de compra e o padrão de gastos da população, bem como o 
sistema econômico mundial;
 → Ambiente natural: analisa os recursos naturais que precisam ser 
utilizados ou que serão afetados, bem como as mudanças climáticas 
e seus efeitos;
 → Ambiente tecnológico: envolve o acompanhamento e desenvolvi-
mento de novas tecnologias, com o avanço tecnológico produtos e 
serviços tornam-se obsoletos e isso envolve uma árdua tarefa de 
estratégias para identificar as soluções e repensar investimentos, já 
em outras situações, torna-se grande aliado para o sucesso da em-
presa e atrai investimentos com grande facilidade;
 → Ambiente político-legal: envolve a análise de leis, órgãos gover-
namentais, grupos de pressão que podem afetar ou beneficiar a 
uma  empresa;
 → Ambiente sociocultural: envolve a análise dos valores, percepções, 
crenças, valores, preferências, comportamentos, hábitos da socieda-
de e, que dependendo da situação, não são facilmente modificados;
 → Ambiente educacional: a escassez de mão de obra capacitada é 
um problema que afeta nosso país, os déficits educacionais e as no-
vas formas de se oferecer capacitação, precisam ser encarados por 
se apresentarem como ameaça ou oportunidade. 
A figura a seguir mostra as principais forças do macroambiente (KOTLER; 
ARMSTRONG, 2007) e ajuda a entender como estas afetam a empresa:
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 8
Demográfico
Econômico
Natural
TecnológicoPolítico
Cultural
Educacional
empresa
Portanto, para efetuar uma análise SWOT é necessário um distanciamento 
e uma análise pormenorizada da organização e seus mercados. Com es-
sas informações a organização deverá criar vantagens competitivas para 
seus produtos e posicionar sua marca no mercado, consolidando assim 
seu posicionamento competitivo.
Já a análise microambiental origina-se das variáveis: fornecedores, fun-
cionários, órgãos públicos, clientes, distribuidores. Nesse caso, é preciso 
pensar nos pontos fracos ou pontos fortes nas relações e interação com 
esses atores.
Empresa
marketing Fornecedores
Intermediários
Concorrência
Públicos
Clientes
Figura 2. Principais 
forças do 
macroambiente.
Fonte. Adaptado 
de Kotler e 
Armstrong (2007).
Figura 3. Participantes 
do microambiente.
Fonte. Adaptado 
de Kotler e 
Armstrong (2007).
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 9
Relembrando: o que vem a ser uma oportunidade de marketing? Segundo 
Kotler (2000) é quando “a empresa pode lucrar ao atender às necessida-
des dos consumidores de um determinado segmento”. 
meio ambiente
mercado
empresa
Funcionários
Demográfico
Econômico
Natural
Tecnológico
Político-legal
Sócio-cultural
Educacional
Fornecedores
Intermediários
Clientes
Nesse caso as oportunidades poderiam ser classificadas de acordo com o 
grau de atratividade e também com a probabilidade de sucesso (KOTLER, 
2000). O sucesso de uma organização também está no fato de conseguir 
sobrepassar os pontos fortes dos concorrentes e, como foi dito na disci-
plina Gestão de Marketing: os pontos fracos dos concorrentes precisam 
ser os pontos fortes da sua empresa. Ser competente no seu ramo de 
atuação não garante uma vantagem competitiva. A vantagem competiti-
va virá com o valor agregado e para aquelas empresas que conseguirem 
perpetuar tais estratégias (KOTLER, 2000) renovando-as e acompanhando 
o mercado constantemente. 
Porém é preciso estar atento às ameaças, que para Kotler (2000) “é um 
desafio imposto por uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que 
levaria, na ausência de uma ação de marketing defensiva, à deterioração 
das vendas ou dos lucros”.
As ameaças podem ser classificadas de acordo com o grau de gravida-
de e probabilidade de que venha a ocorrer. É depois de ter identificado as 
ameaças e oportunidades que a gerência conseguirá caracterizar a atra-
tividade global da instituição, produto ou serviço (KOTLER, 2000). Nessa 
fase, segundo o autor, quatro resultados são possíveis:
Figura 4. A inter-
relação da empresa 
e o meio ambiente.
Fonte. Adaptado 
de Cobra (2009).
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 10
a. Um negócio ideal que apresenta muitas oportunidades e pou-
cas  ameaças;
b. Um negócio especulativo com grandes oportunidades e ameaças im-
portantes que não podem ser desconsideradas;
c. Um negócio maduro apresentando poucas oportunidades e pou-
cas  ameaças;
d. Um negócio com problemas com poucas oportunidades e mui-
tas  ameaças.
Agora que você já consegue compreender a importância da análise 
SWOT dentro de uma organização é momento de resumir que ela é cha-
ve importante quando se pensa no processo de planejamento estraté-
gico de negócios:
Sem dúvida mais importante que identificar as oportunidades é ser bem 
sucedido e saber aproveitar estas oportunidades (KOTLER, 2000). Para isso 
toda empresa precisa avaliar periodicamente seu ambiente interno (que 
pode ser feito com apoio de um relatório como o exemplo da Tabela 1).
No ambiente interno a empresa deve se preocupar com os públicos 
que atende. De acordo com Kotler (1980) são diversos os públicos: “um 
público é qualquer grupo distinto que possui um interesse ou cause um 
impacto real ou potencial em uma organização” (KOTLER, 1980, p. 59), que 
uma empresa atende e com os quais interage continuamente, cada qual 
com seus interesses e influências, que não podem ser ignorados. 
De acordo com Kotler (1980) são três os tipos de público com os quais 
uma empresa interage:
a. Público procurado: é um público com o qual a empresa tem inte-
resse em manter contato, mas que não está interessado na empresa 
que o procura;
b. Público mútuo: a empresa se interessa por este público e, este por 
sua vez, se interessa pela empresa;
c. Público não desejado: o público procura a empresa, mas tal público 
não interessa à empresa. 
É de incumbência da gerência ou da consultoria externa elencar os pontos 
fortes e pontos fracos levando em consideração as variáveis microambien-
tais citadas anteriormente e seus públicos, sem se decepcionar com os pon-
tos fracos ou querer resolvê-los de imediato, sem o planejamento adequa-
do, tampouco se vangloriar dos pontos fortes sem estar, constantemente, 
reavaliando-os e pensando em como diferenciar-se dos concorrentes.
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 11
A reflexão deve ser pautada se: vale a pena perseguir oportunidades 
identificadas e para quais há investimento disponíveis ou se seria mo-
mento de investir em novas oportunidades, desenvolvendo maiores for-
ças (KOTLER, 2000). 
Logo abaixo você pode acompanhar, com o preenchimento da lista de 
verificação, comoestá a análise de pontos fortes e pontos fracos da sua 
empresa (e outros itens podem ser inseridos, de acordo com a realidade 
da empresa, ramo de atuação etc).
desempenho importância
grande 
força força neutra fraqueza
grande 
fraqueza grande média pequena
marketing
reputação da empresa                
participação de mercado                
satisfação do cliente                
retenção do cliente                
qualidade do produto                
qualidade do serviço                
efetividade na 
determinação de preços                
efetividade na distribuição                
efetividade de promoções                
efetividade da 
força de vendas                
efetividade das inovações                
cobertura geográfica                
finanças
custo ou disponibilidade 
de capital
fluxo de caixa
estabilidade financeira
produção
instalações
economias de escala
capacidade
força de trabalho 
capaz e dedicada
capacidade de 
produzir no prazo
habilidades técnicas 
de fabricação
organização
liderança visionária e capaz
funcionários dedicados
orientação empreendedora
flexibilidade/boa 
capacidade de resposta
Tabela 1. Lista de 
verificação para 
análise de forças 
e fraquezas.
Fonte. Adaptado 
de Kotler (2000).
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 12
microambiente
macroambiente
Produto
Praça
Promoção
Preço
Consumidororganização
Figura 5. Composto 
de marketing e 
variáveis controláveis 
e incontroláveis.
Fonte. Adaptado de 
Las Casas (2009).
antena 
pArAbóliCA
Vamos ler o texto sobre Análise SWOT na carreira pro-
fissional?
Uma análise SWOT pessoal1
Em planejamento estratégico, a análise SWOT (Strengths, 
Weaknesses, Opportunities and Threats, em português 
- Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) é uma 
maneira bastante eficiente de identificar os pontos for-
tes e fracos de uma organização, bem como examinar 
as oportunidades e as ameaças que poderão ser enfren-
tadas no mercado de atuação. Como resultado dessa 
análise, temos um relatório que contém informações a 
respeito de fatores internos da empresa (strengths and 
weaknesses, forças e fraquezas) e sobre fatores externos 
(opportunities and threats, oportunidades e ameaças). 
Mas, e se usarmos essa ferramenta em benefício pró-
prio? Como poderia ser uma “análise SWOT pessoal”? 
Vamos já pensar em uma, já que, de acordo com o 
guru do Marketing, Philip Kotler, não existe produto 
maduro sem oportunidades, mas gerentes sem imagi-
nação, podemos aproveitar a ideia e dizer que não exis-
te um profissional sem oportunidades, mas sim a falta 
de visão na carreira. 
Levando em consideração que cada um é responsável 
por sua própria carreira e que quando a mesma é bem 
administrada a sensação de autonomia é maior, é preci-
so saber a hora de nos atualizarmos e nos capacitarmos 
para as mudanças que sempre acontecem, onde quer 
que estejamos. É preciso ter autoconfiança, independen-
temente do porte da organização na qual nos encontra-
mos, para saber onde estamos e onde, afinal, queremos 
chegar dentro de algum tempo, levando em conta de-
terminadas forças macroambientais (econômicas, socio-
culturais, tecnológicas, mercadológicas) e agentes micro-
ambientais, em nível individual (formação, experiência, 
conhecimentos, capacidade de aprender, personalidade, 
aspectos financeiros). Claro, se a vida é de cada um, o 
1. BOBEDA, A. Uma 
análise SWOT pessoal. 
2004. Disponível em: 
<http://www.rh.com.
br/Portal/Carreira/
Artigo/3714/
uma-analise-swot-
pessoal.html>.
mesmo pode-se dizer da carreira profissional em tem-
pos de pensamentos, ideias e inspirações globalizados. 
Para facilitar a analogia, é proveitoso saber que o ob-
jetivo da “análise SWOT”, dentro do planejamento estra-
tégico, é apresentar um panorama completo não apenas 
de seu próprio negócio, mas também dos concorrentes 
e do ambiente de negócios em que se pretende entrar 
ou no qual já se atue. Este snapshot tirado do ambiente 
de negócio como um todo, uma visão do terreno onde 
se encontra a empresa, serve de apoio para que as fra-
quezas da mesma sejam minimizadas e os pontos fortes, 
maximizados, melhor aproveitados, através de uma es-
tratégia que contemple, ao mesmo tempo, as oportuni-
dades do mercado e o que de melhor a empresa poderá 
fazer para aproveitá-las, sejam os pontos fracos de ou-
tros atores ou mesmo as brechas deixadas por esses. De 
igual forma, uma “análise SWOT pessoal” poderá mostrar 
um panorama de nossas qualificações e do momento 
profissional que atravessamos, com os mesmos pontos 
fortes e fracos. Logo, a partir dessas informações, des-
cobriremos quais competências e conhecimentos temos 
que permitirão desbravar novos rumos na carreira e, por 
outro lado, quais competências e conhecimentos são ne-
cessários desenvolver para atender ou acompanhar as 
mudanças atuais. 
Portanto, as questões levantadas por uma “análise 
SWOT” para a vida profissional seriam as seguintes:
 → Strengths/Forças: Perceba: quais são as suas vanta-
gens como profissional? O que você faz de melhor? 
O que o mercado, sua empresa e seus colegas per-
cebem como sua maior força? Qual o seu grau de es-
clarecimento e informação sobre o mundo ao redor? 
Veja o que o leva a ter maior distanciamento de seus 
concorrentes no mercado de trabalho;
 → Weaknesses/Fraquezas: Identifique as áreas em 
que haja maior conflito: em que aspectos você 
pode melhorar? Que tipo de tarefa ou atribuição 
você ainda não faz satisfatoriamente? O que deve 
ser evitado? Existem queixas de seu superior dire-
to? O que ainda não foi cumprido por você? O que 
ainda não está sendo entendido por você em sua 
área de atuação? ;
 → Opportunities/Oportunidades: Esforce-se para 
descobrir na sua área de competência as forças que 
possui e que não estão sendo bem utilizadas: exis-
te alguma tendência do mercado que pode ser vis-
ta como o “pulo do gato” para você? Existe alguma 
área correlata à sua na qual pode investir e prestar 
um bom serviço ou oferecer um bom trabalho, mas 
nunca esteve antes? Quais as verdadeiras oportu-
nidades à mostra no mercado de trabalho atual? 
Analise a situação e pense. Leia e estude muito. Atu-
alize-se. Mantenha contato com seus colegas pró-
ximos e com aqueles que formam seu networking; 
 → Threats/Ameaças: Visualize o mundo exterior e 
seja também um pouco introspectivo para enten-
der o que pode ser prejudicial à sua carreira. Que 
obstáculos existem pela frente? O que os demais 
profissionais, competidores como você, estão fazen-
do? Alguma nova tecnologia tem a ver com seu tra-
balho atual? As competências necessárias para sua 
área de atuação estão sendo alteradas? Você passa 
por problemas financeiros, de desenvolvimento 
ou algum outro não identificado? Você sente que, 
de forma geral, os demais profissionais, seus 
concorrentes no mercado, estão se fortalecendo ou 
existem outros fatores que podem impedir o seu 
sucesso na carreira? 
Então, respondendo com consciência e certa abstração 
a essas perguntas, analisando nosso momento pessoal 
e profissional, podemos traçar o perfil que desejamos 
para nossa carreira e definir que rumos tomar a partir 
daí. Pode ser que já o façamos de outras maneiras, sem 
que se queira chamar de “SWOT” tal exercício, mas há 
que se ter em mente duas palavras quando tratamos de 
carreira: reflexão e planejamento. Duas simples palavras 
e uma mesma forma de encontrar um caminho.
e AgorA, José?
Nesta Unidade você conheceu um pouco mais sobre 
a análise de mercado, chamada análise SWOT. Relem-
bramos conceitos apresentados na disciplina Gestão de 
Marketing. Revimos o macroambiente e o microambien-
te, direcionando o conteúdo a uma mirada estratégica. 
Como foi dito na Unidade com esta matriz é possível co-
nhecer o ambiente interno e externo da empresa e de-
finir estratégias adequadas aos seus objetivos e metas. 
Na próxima Unidade vamos conhecer ainda mais o mer-
cado por meio da pesquisa de marketing, afinal conhe-
cer o mercado é uma tarefafundamental do gestor para 
tomar decisões acertadas. Bons estudos!
Planejamento de Marketing / UA 08 Introdução à Análise SWOT 17
glossário
Posicionamento: é a técnica na qual o marke-
ting cria uma imagem ou identidade para um 
produto, marca ou empresa.
reFerênCiAs 
BOBEDA, A.� Uma análise SWOT pessoal. 2004. 
Disponível em: <http://www.rh.com.br/
Portal/Carreira/Artigo/3714/uma-analise-
swot-pessoal.html> 
FERREL, O. C. ET AL.� Estratégia de Marke-
ting. São Paulo: Atlas, 2000. Acesso em: 
abr.  2012.
KOTLER, P.� Marketing. Edição compacta. São 
Paulo: Atlas, 1980. Acesso em: abr. 2012.
ARMSTRONG, G.� Princípios de Marketing. São 
Paulo: Prentice Hall, 2007. Administração 
de Marketing. São Paulo. Prentice Hall, 
2000 Acesso em: abr. 2012.
LAS CASAS, A. L. �Marketing: conceitos, exercí-
cios, casos. São Paulo: Atlas, 2009. Acesso 
em: abr. 2012

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