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Psicomotricidade PARTE ESCRITA FINALIZADA

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PSICOMOTRICIDADE
Bianca Araújo
Isabella Borba 
Walter David
2ª Semestre, noturno.
 SÃO PAULO, 20 DE SETEMBRO DE 2021.
1. O que é Psicomotricidade? 
 A psicomotricidade é nada mais nada menos que uma terapia que trabalha com pessoas de todas as idades adulto, jovem, crianças, recém nascido mas tem maior quantidade de publico infantil entre crianças e adolescentes, com brincadeiras e exercícios para conseguirmos fins terapêuticos.
2. Qual sua importância?
 A psicomotricidade é muito importante para cuidar e tratar de pessoas com doenças neurológicas como a Paralisia cerebral e a Esquizofrenia, ela trata também de crianças com dificuldades de aprendizagem como a doença chamada dislexia que causa atrasos no desenvolvimento, deficientes físicos e indivíduos com problemas mentais, enfim são muitas coisas que a psicomotricidade atua e a maioria das pessoas nem sabem.
3. Como são feitas as sessões de psicomotricidade? 
 Na clinica que eu trabalho cada sessão dura cerca de 1 hora e pode ser realizada 1 ou 2 vezes por semana e isso contribui muito no o desenvolvimento da criança, sabe? E nos temos varias atividades psicomotoras que aplicamos nas crianças, na clinica, a que eu mais uso e gosto bastante é o Jogo da amarelinha que é bom para treinar o equilíbrio num pé só e a coordenação motora, que é nosso alvo.
Mas existem diversas atividades que nos aplicamos, como Procurar uma bolinha de gude, Jogo da estátua onde a gente faz as crianças ficarem paradas se se mexer, isso ajuda muito no equilíbrio.
4. Por que você decidiu fazer psicologia?
Comecei a cursar psicologia, pois era professora, trabalhava com crianças de 5 á 7 anos, na época eram muitas crianças por sala, por volta de 55 crianças para apenas 1 professora, e eu tinha dificuldade em entender as crianças e também possuía muita dificuldade em explicar o porque que as crianças tinham que brincar muito, então eu acabava levando muitas broncas da coordenadora, por que eu queria deixar as crianças livres para brincar, e ela achava que tinha que ser tudo muito rígido, então acabei começando a cursar a psicologia.
Só que na época em que eu fiz a faculdade, a psicologia não me ajudou muito, por que foi uma época em que estava tratando muito sobre os superdotados e essa era a ênfase e a psicologia era mais para a resolução de problemas e não para a prevenção, a psicologia claro que me ajudou, mas como professora não foi essencial.
5. Há quanto tempo atua nessa profissão? E nessa especialidade?
Atuo na Psicomotricidade á 20 anos.
6. Quais as principais características que um profissional dessa área de atuação precisa ter?
Acho que tem que ter flexibilidade mental, empatia, auto percepção, criatividade que acaba entrando ali na flexibilidade mental, a capacidade de conseguir ver o todo, mas também conseguir ver as partes e disponibilidade corporal também é essencial.
7. Conte sobre sua trajetória profissional.
 A Psicomotricidade chegou até mim em um momento em que eu estava desempregada, continuei sendo professora por muitos anos, depois eu larguei a profissão de professora e fui investir em ser autônoma, eu tive uma franquia que acabou falindo, nessa época acabei me deprimindo um pouco. Lembro que depois disso comecei a procurar trabalho de telemarketing e um dia quando fui conversar com uma prima, ela falou “Janice você esqueceu? você é professora! Você tem que voltar a fazer o que você fazia, você já tem a sua profissão”, ela levantou e me mostrou um cartão me mostrando e falando “Você vai fazer esse curso de Psicomotricidade, tá?”, ou seja tive um empurrãozinho.
 Então com isso comecei a cursar Psicomotricidade, que não foi fácil, pois o curso era muito caro. Após isso fui trabalhar em uma clínica como psicóloga, quando cheguei lá para atender, me deparei com um caso de Psicomotricidade, a menina tinha uma dificuldade motora global e também possuía uma deficiência intelectual, com isso fui conversar com a minha supervisora do curso e expliquei o caso e ela me autorizou a atender a moça e me supervisionaria. Comecei a atender essa moça em Psicomotricidade, e ao longo do tempo foram surgindo outros casos e isso foi crescendo, em 2006 eu já estava com bastante casos mas, aqui em São Paulo tinha poucos Psicomotricista, e eu possuía dificuldade em ter supervisão e essa minha coordenadora não dava conta de dar supervisão por que ela também tinha outras obrigações e eu tinha muitos casos.
O meu TCC foi com o tema ‘’dor crônica ” então eu tinha muitos pacientes adultos e poucas pessoas naquela época trabalhavam com adultos, então eu ficava meio perdida, por ficar sozinha, então entrei em contato com a Sede da Associação Brasileira de Psicomotricidade, do Rio de Janeiro, na ocasião eles me falaram que tinham interesse em abrir uma sede aqui em São Paulo, com isso comecei a me interessar e concomitantemente uma amiga minha um dia me ligou e perguntou se no sábado eu poderia dar uma aula para uma universidade, mas de imediato neguei pois já iria trabalhar, mas decidi que semestre que vem não iria trabalhar pois queria dar aula. Junto com isso tinha uma amiga minha que o irmão dela era coordenador de Pós em São Paulo, e ela deu a ideia de montar um curso de Psicomotricidade, e eu topei.
Montamos o curso para apresentar para o irmão da minha amiga, pois iria se concretizar nessa faculdade, mas como também a sede de psicomotricidade do Rio de Janeiro iria vir para São Paulo, eles me deram uma responsabilidade, eu teria que fazer um evento aqui em São Paulo para poderem ver o meu potencial e me deram o desafio de por no mínimo 100 pessoas no evento. Quando fui procurar o local para montarmos o evento, eu conheci uma pessoa que me disse que não estava interessados em fazer evento, mas queriam um curso de um pós graduação de Psicomotricidade, e perguntaram se eu teria interesse, com isso eu disse “Não só tenho interesse, como já tenho o curso pronto”, conversei com a minha amiga que montou o curso comigo e concordamos em fazer uma mudança e cada uma ficaria de coordenadora do curso em cada local. Então desde 2006 eu coordeno o curso de Pós Graduação de Psicomotricidade da FMU e minha amiga coordena o mesmo curso em outra faculdade, vinculada com o irmão dela.
8. A senhora comentou que em 2006 a quantidade de profissionais na sua área eram bem poucos, atualmente isso mudou?
 Essa profissão só foi reconhecida em 2019, por um tempo tivemos uma graduação de psicomotricidade no Brasil porém hoje em dia não existe mais, e realmente não é tão conhecida mas vem crescendo a procura, então aqui em São Paulo em 2008 deu um “boom” de “psicomotricistas” em berçário, não eram pessoas que eram realmente formadas na área e sim pessoas que apenas compravam um livro sobre e passavam o que tinha no livro. Hoje com o reconhecimento da profissão as pessoas estão se interessando bem mais, hoje em dia tenho muitos encaminhamentos de diversos profissionais. 
9. Onde você trabalha atualmente? é CNPJ/CLT? Qual seu cargo?
 Trabalho na FMU (Faculdade Metropolitana Unidas) como coordenadora do curso de pós graduação em psicomotricidade e é CLT, mas no que eu trabalho mesmo é na clínica psicomotora, na própria área, atuo como Psicoterapeuta, onde atendo crianças que são encaminhadas de diversas áreas, é o trabalho que eu amo fazer, eu sinto que é tudo o que eu almejava antes mesmo de conhecer Psicomotricidade e lá sou uma profissional autônoma, atendo na clinica de segunda a sexta das 13h as 18h e na FMU de segunda a quinta das 9h as 12h.
10. Quais atividade você desempenha nessa área de atuação?
Coordenadora de pós graduação e professora de diversos conteúdos e na clínica como terapeuta que trabalha essas questões focadas ao movimento e ao corpo.
11. Porque você escolheu essa profissão?
Foi ela que me escolheu na verdade ‘’hahahhahah’’ eu estava perdida, não queria ser mais professora e tive o empurrão de uma prima
12. Qual é a media de remuneração?
 Na FMU a media do salário é 6500$
Na clinicadepende do seu nível de atuação, mas eu estou na media de 4000/5000$ a quantidade de pacientes também tem interferência nesses valores.
13. Quais são as facilidades da sua atuação?
 Eu gosto muito, gosto de trabalhar com pessoas, de ajudar, de escutar, gosto de perceber o amadurecimento de ver as pessoas se desenvolver ou seja, a minha maior facilidade é gostar do que eu faço, para a gente trabalhar com o outro tem que ter a entrega a profissão e por isso sinto essa facilidade. Então minha maior facilidade é a capacidade de entrega, mas também a troca a presença, a coragem.
14. Ter sido professora ajudou?
Ajudou no sentido de trazer uma crença de eu ser capaz, que sou boa no que eu faço, esse é meu fio condutor, meu caminho.
15. Quais são as dificuldades da sua atuação?
Uma grande dificuldade, agora nem tanto, mas quando eu aprendi ser um terapeuta eu tinha que me doar, doar, doar, e meu sucesso financeiro parece que não combinava com eu ser uma boa profissional, eu me doar ao trabalho de estar inteira ali e eu não ter o sucesso financeiro, eu não aprendi a parte administrativa logo de inicio, eu sofri muito e errei muito,e hoje como profissional autônoma, não tenho secretaria, sou eu e eu. Isso de administrar, eu aprendi sozinha, na raça. E essa foi a maior dificuldade.
11.Qual seria o plano de carreira dessa área de atuação?
Atualmente é difícil falar em plano de carreira pois é uma coisa tão “vasta” né, tem tantas coisas que podemos fazer que muitas vezes nem temos idéia, não consigo enxergar um cronograma que você deve fazer para chegar ao sucesso, você como autônoma tem a oportunidade de fazer tantas coisas, você pode trabalhar com grupos, ser mentor etc... Acho que o plano de carreira é você adquirir experiência e vai passando o que você sabe para outras pessoas e para mim isso é a dificuldade de poder usar de todas as mídias para alcançar o maior número de pessoas, isso é na clinica, já na empresa eu não saberia dizer o plano de carreira mas eu tenho pacientes psicólogas que trabalham em empresas como psicólogas que fizeram um plano de carreira e estão muitíssimo bem, na minha opinião tudo depende de cada um, a criatividade e o estudo hoje em dia é de extrema importância. Antes de pensar em plano de carreira, é muito importante você pensar na sua formação pessoal, nas faculdades de psicologia não exigem que façam psicoterapia, mas para mim seria uma coisa essencial, pois ela precisa de autoconhecimento, precisa passar por esse conhecimento.
16. Que conselho você daria a nos, estudantes de psicologia?
 Tenha um plano, saiba onde você esta para saber onde você quer chegar, mas foque no caminho. Tenha acompanhamento terapêutico, por que é super, super importante, ESTUDE, estude muito, se dedique, dedique tempo, o tempo é primordial.
 E aprenda a se administrar, administrar tudo a sua volta, o tempo que você estuda, o tempo que você trabalha, o tempo que você pretende atender.
 E é isso, se dediquem e vocês serão ótimos profissionais.
Conclusão: 
 Neste trabalho, onde abordamos o tema Psicomotricidade nos pudemos aprender mais á fundo essa especialização da psicologia, nós integrantes do grupo não conhecíamos e nem tínhamos tido contato anterior com um profissional desta área e foi incrível aprender a quantidade de doenças que essa área trata. A psicomotricidade esta presente em vários âmbitos do cotidianos e grande parte das pessoas não a conhecem, mas como a Janice nos explicou, ela esta ganhando mercado a cada dia, cada vez mais escolas indicam aos pais que levem seus filhos para passar por consultas terapêuticas com profissionais da área, já que a mesma trata de doenças como a dislexia, que é algo bastante comum nas crianças. 
 Um ponto positivo desta área, é que apesar da falta de reconhecimento, podemos dizer que em vários lugares a psicomotricidade é realizada indiretamente, como na educação física, quando o professor propõe atividade físicas que exercitam a coordenação motora do aluno.. Já um ponto negativo que encontramos seria que; essa área da psicologia não é muito reconhecida, poucas pessoas sabem o que é, e poucas pessoas são formadas. A psicomotricidade é bem mais presente em outro circulo social como em escolas particulares e etc. Falta mais informação e reconhecimento da área pelo povo.

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