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MAPAS MENTAIS
DIREITODIREITO
por @viciodeumaestudante
ADMINISTRATIVO
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
CONTEÚDO do REGIME 
JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA 
DO INTERESSE PÚBLICO 
SOBRE O PRIVADO
PRINCÍPIO DA 
INDISPONIBILIDADE DO 
INTERESSE PÚBLICO 
- O interesse público é supremo sobre o interesse 
particular. A finalidade das condutas estatais é a 
satisfação das necessidades coletivas;
- Ao se relacionar com os particulares, fica a 
Administração em uma situação de privilégio;
- Quando decorrentes da supremacia do interesse 
público, as prerrogativas da Administração Pública, 
consistem em um poder-dever, com o objetivo de um 
melhor desempenho na função de administrar de 
forma a satisfazer as necessidades da coletividade;
- As atividades do agente estatal são necessárias 
para satisfazer os interesses do povo e por isso 
não podem não atuar quando a necessidade da 
coletividade exigir;
 - A SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
SOBRE O INTERESSE PRIVADO e a 
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
constituem o sistema administrativo, consistente em 
prerrogativas que o Estado goza para que conceda 
satisfação às necessidades públicas e também nas 
suas limitações, as quais se submete para que evite 
distorções de conduta;
- A administração tem sua limitação de atuação dentro 
do interesse público, embora goze de vantagens que 
são amparadas no interesse público. 
A atuação administrativa é orientada pela busca do 
interesse público, assim sendo:
 
INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO = equivale ao interesse 
do indivíduo da sociedade;
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO = necessidades e 
anseios que o Estado possui como sujeito de direito. 
Obs: Ocorrendo conflito, prevalece o interesse público 
primário.
A busca indevida dos interesses 
secundários, quando abre mão 
dos interesses primários, enseja 
abuso de poder do Estado.
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PRINCÍPIOS DO DIREITO 
ADMINISTRATIVO
ART. 37, CAPUT, Cf
Normas orientadoras das condutas do agente público 
que busca satisfazer os interesses da coletividade.
Há previsão expressa de cinco princípios:
- LEGALIDADE;
- IMPESSOALIDADE;
- MORALIDADE;
- PUBLICIDADE e
- EFICIÊNCIA. 
#MACETE sobre os 
princípios explícitos da 
Administração Pública: 
LIMPE
OBS: os demais princípios decorrem expressamente 
da Constituição ou implícitos nas normas 
constitucionais e expressos também em disposições 
infraconstitucionais.
- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE;
- PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE ;
- PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA ;
- PRINCÍPIO DA MORALIDADE ;
- PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ;
- PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA ;
- PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA ;
- PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE;
- PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA ;
- PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE ;
- PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE ;
- PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO ;
- ISONOMIA;
- FINALIDADE;
- ESPECIALIDADE;
- SEGURANÇA JURÍDICA;
- PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E DE VERACIDADE 
DAS CONDUTAS ESTATAIS;
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PRINCÍPIO 
da legal idade 
É proibida a atuação do ente público e outras 
condutas praticadas ao alvedrio do texto legal 
e será considerada ilegítima quando não 
houver previsão legal. 
Sua atuação pode ocorrer de forma 
EXPRESSA ou IMPLICITAMENTE 
PREVISTA EM LEI, diante da 
possibilidade de editar atos 
administrativos discricionário.
Resulta da regra de 
indisponibilidade do 
interesse público.
Manifestada por meio dos seus 
representantes, fica a atuação 
administrativa limitada à vontade 
legal (vontado do povo).
EXCEÇÕES
- MEDIDA PROVISÓRIA
- ESTADO DE DEFESA
- ESTADO DE SÍTIO
PRINCÍPIO da 
INTRANSCEDÊNCIA 
É caraceterístico das sanções e foi 
consagrado pelo Supremo Tribunal Federal. 
Excepcionaliza a ideia de impessoalidade.
Nos casos em que um novo administrador 
assume os cuidados e toma as providências 
para que os prejuízos sejam sanados, havendo 
irregularidades decorrentes das gestões 
anteriores, evita-se a aplicação das penalidades 
à Administração Pública que venham a inibir a 
governabilidade desse novo gestor.
Inclusive, o STF já negou pedido da União 
de determinar a suspensão da condição 
inadimplente e limitações dela decorrentes 
pois as irregularidades decorreram da 
gestão anterior e não do novo gestor.
SÚMULA 46, da AGU: "Será liberada da 
restrição decorrente da inscrição do 
município no SIAFI ou CADIN a prefeitura 
administrada pelo prefeito que sucedeu o 
administrador faltoso, quando tomadas 
todas as providências objetivando o 
ressarcimento ao erário."
Impossibilita as sanções severas à 
entidades federativas por ato da gestão 
anterior à assunção dos deveres públicos. 
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PRINCÍPIO 
da impessoal idade 
É necessário que ocorra uma atuação que 
não discrimine ninguém, sendo para 
beneficiar ou causar prejuízo à alguém. 
Não é necessário que a pessoa que será atingida 
por tal ato seja conhecida, uma vez que a atuação 
do Estado é impessoal, fica o agente proibido de 
priorizar ou manifestar seu interesse ou de outro 
(tendo por base o Princípio da Isonomia).
Deverá ser observada sob a perspectiva do 
agente: quando há atuação do agente público, 
não é essa pessoa do agente quem pratica 
determinado ato e sim o Estado, que é 
REPRESENTADO por ele.
O exercício da função pública fica desvirtuado 
quando se utiliza imagens, nomes ou símbolos 
que fazem ligação entre a conduta estatal e a 
pessoa do agente público, resultando em 
pública a conduta do administrador e não do 
ente estatal. 
Para alguns doutrinadores, esse princípio 
é sinônimo ao Princípio da Finalidade: a 
finalidade seria pública e por isso seria o 
administrador impedido de buscar 
objetivos próprios ou para terceiros. 
Súmula Vinculante 13: 
A nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o 
terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma 
pessoa jurídica investido em cargo de 
direção, chefia ou assessoramento, 
para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, 
de função gratificada na 
administração pública direta e indireta 
em qualquer dos poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste 
mediante designações recíprocas, 
viola a Constituição Federal.
É VEDADA as designações recíprocas, mesmo 
que de forma indireta. Não é possível garantir a 
nomeação de parente do agente público, seja 
por meio de favorecimento pessoal ou por meio 
de troca.
OBS: não é aplicado nos casos de 
nomeação de agentes para o 
exercício de cargos políticos. 
ATENÇÃO!
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PRINCÍPIO 
da moral idade 
Impõe a lealdade, honestidade, 
boa-fé da conduta no exercício da 
função administrativa. 
Deve observar a obrigatoriedade aos 
padrões éticos de conduta, para que 
seja assegurada o exercício da função 
pública afim de atender as necessidades 
de todos.
Quando a atuação está em desarmonia com 
os padõres da moralidade, acaba por 
motivar a violação ao Princípio da Legalidade 
(princípio amplo e abrangente, por englobar 
outros e também regras constitucionais)
A moralidade é um conceito jurídico 
indeterminado e, por este fato, a 
jurisprudência, aplica sua violação como 
vício de legalidade da atuação 
administrativa.
PRINCÍPIO da 
eficiência 
É eficiente toda atuação cuja atividade 
seja exercida com presteza e que 
possua um bom desempenho funcional. 
Entende-se EFICIÊNCIA como a 
produção de bens, com qualidade e 
com menos gasto.
Deve uma prestação de serviços 
eficiente ASSEGURAR uma 
celeridade quanto a solução das 
controvérsias.
Por este motivo é que o 
Princípio da Eficiência e o 
Princípio da Celeridade 
Processual estão conectados 
um ao outro.
Art. 169, Constituição 
Federal 
Art. 41, Constituição 
Federalsão definidos os limites com gasto de pessoal.
avaliação periódica de desempenho, umas das 
hipóteses de aplicação desse princípio.
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PRINCÍPIO 
da PUBLICIDADE
Não permite que ocorra edição de atos 
secretos por parte do poder público. 
Determina que a atuação da Administração 
seja plena e transparente. 
A finalidade é o conhecimento público 
acerca das atividades que são praticadas 
no exercício da função administrativa.
Lei 12.527/2011 - Lei de Acesso às Informações, 
estabelece o dever da publicidade para todos os 
órgãos da Administração Direta além de autarquias, 
fundações públicas, empresas públicas e sociedades 
de economia mista, inclusive as entidades privadas 
sem fins lucrativos que recebem para realizar ações 
cujo interesse seja público, ajustes ou outros. 
Acaba por ser uma forma de 
controle da administração.
PUBLICIDADE e PUBLICAÇÃO não se confundem: 
não são sinônimos, a publicação é apenas uma das 
hipóteses da publicidade. Quando não observado o 
dever de publicar, pode ser caracterizado como ato de 
improbidade administrativa, conforme o art. 11, IV, da 
Lei de Improbidade Administrativa nº 8.429/92
Havendo interesse, qualquer pessoa pode 
solicitar acesso à informação ao órgão ou 
entidade pública (desde que por meio 
legítimo). No pedido deve constar: 
identificação do requerente e especificação 
da informação requerida, que deve ser 
fornecida de imediato, ou, se justificado, que 
seja prestada no prazo máximo de 20 dias. 
EXCEÇÕES À 
PUBLICIDADE
A segurança nacional e o relevante 
interesse coletivo devem ser 
resguardados, conforme preceitua a 
Constituição Federal e isso, desde que 
haja fundamento, pode excepcionalizar o 
Princípio da Publicidade 
(art. 23, Lei 12.527/11) 
Deve a Administração manter sigilo das 
condutas quando a publicidade dos 
atos for de encontro a alguma garantia 
constitucional prevista na Constituição 
Federal (art. 5º, X). A vida privada, a 
imagem, honra e intimidade das pessoas 
são INVIOLÁVEIS. 
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Princípio 
do contraditório 
e da ampla defesa
É o próprio direito do particular de ter ciência 
sobre os acontecimentos no âmbito do processo 
administrativo ou judicial de seu interesse e 
também de manifestar-se nessa relação, 
requerendo provas e provocando a tramitação em 
processo, seja ele administrativo ou judicial.
Nenhum cidadão pode ser 
processado e julgado sem ter o 
amplo conhecimento da situação e 
fundamento da instauração. 
EXCEÇÕES
- DEFESA TÉCNICA: Súmula Vinculante 5, STF: A falta de defesa 
técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição.
- DEFESA PRÉVIA: É necessário que o particular se manifeste antes de 
ser proferida a decisão administrativa, mas em casos emergenciais, onde o 
interesse público está em perigo, é permitido que a atuação administrativa 
anteceda a manifestação do particular.
- DUPLO GRAU DE JULGAMENTO ou DIREITO AO RECURSO 
ADMINISTRATIVO: possibilidade existente de reanalisar os atos 
praticados pela Administração, por provocação do particular, com a 
finalidade de evitar que se perpetuem injustiças ou decisões que sejam 
ilegais. 
- DIREITO À INFORMAÇÃO: é o direito de todos interessados de 
conhecer o conteúdo das decisões do processo, das provas e dos demais 
atos. 
Súmula Vinculante 3, STF: Nos processos perante o Tribunal de Contas da 
União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão 
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o 
interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão 
inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
Princípio da 
razoabil idade 
O objetivo é impedir uma atuação 
inconsequente ou despropositada 
por parte do administrador.
Define que o agente não pode se valer do 
próprio cargo ou função com a intenção 
falsa de cumprir a lei para agir de forma 
ilegal e arbitrária fora dos padrões éticos e 
adequados ao senso comum.
Sempre que o mérito administrativo 
extrapolar os limites impostos pela lei, 
compete ao judiciário, desde que provocado, 
sanar o vício da conduta estatal, determinando 
a anulação do ato ílicito - seja por atuação que 
afronta expresso dispositivo legal ou pela 
violação ao princípio da razoabilidade.
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Princípio da 
continuidadeDIREITO DE GREVE:
- Militares/policiais civis não possuem 
direito de greve e de sindicalização, 
conforme entendimento do STF;
- Art. 37, VI e VII, CF = direito de greve dos 
servidores públicos civis e direito à livre 
associação sindical;
- O direito de greve é norma de eficácia 
limitada, conforme entendimento do STF;
- O STJ entende que mesmo que não tenha 
direito à remuneração pelos dias parados, 
não pode haver o corte da remuneração 
durante o exercício desse direito, sob a 
condição de que o movimento paredista 
tenha sido realizado de forma lícita;
- O direito de greve do servidor configura 
uma exceção ao princípio da 
continuidade, a despeito de ser exercido, 
respeitando os limites que foram definidos 
em lei, com o objetivo de evitar a total 
paralisação da atividade pública. 
A atividade do Estado deve ser contínua 
e não pode parar de prestar seus 
serviços e não deve tolerar falhas e 
interrupções, pois as necessidades de 
uma sociedade são inadiáveis. 
É a obrigatoriedade do desempenho 
da atividade pública.
INTERRUPÇÃO DA PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO MOTIVADA 
POR RAZÕES DE ORDEM TÉCNICA OU INADIMPLEMENTO DO 
USUÁRIO: em situações de emergência ou prévio aviso, quando 
motivadas por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações 
e por inadimplemento do usuário, não se caracteriza como 
descontinuidade do serviço. (Art. 6, §3º, Lei 8.987/95);
- Na hipótese de inadimplemento, deve o usuário ser previsamente 
avisado, conforme a lei; 
- Caso enseje a interrupção de um serviço essencial à coletividade, é 
ilegal, uma vez que será prejudicial ao seu interesse.
EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO: 
Consiste no direito de suspender a execução do contrato 
em face de inadimplemento de outra parte; Não necessita 
de autorização judicial, basta que se exija o provimento 
do Poder Judicial para que seja determinada a rescisão 
do contrato.
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA DE BENS 
E SUBSTITUIÇÃO: 
- A Administração Pública pode ocupar, de 
forma provisória, bens para evitar a 
interrupção da atividade pública nos casos de 
serviços essenciais;
- Findo o contrato de concessão de serviços 
públicos, se admite a transferência de 
propriedade dos bens das concessionárias 
que estejam atrelados à prestação do serviço. 
A reversão de bens móveis, imóveis, pessoal 
e serviços vinculados ao objeto do contrato, 
acontece no caso de necessidade de 
acautelar apuração administrativa de faltas 
contratuais pelo contratado e também no caso 
de rescisão do contrato administrativo;- A substituição e a suplência são formas de 
evitar que a ausência de um determinado 
agente ocasione a não execução do serviço 
que lhe era atribuído.
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Princípio da 
autotutela 
Sem interferência do Poder Judiciário, o ente estatal 
pode anular os atos praticados em atividades 
essenciais quando forem ilegais ou revogá-los 
quando forem inoportunos ou inconvenientes.
Exercer a autotutela não faz com que 
a incidência da tutela jurisdicional 
seja afastada.
Súmula 473, STF: A administração pode anular seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os 
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; 
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Quando o particular se sentir lesado pelo 
ato, mesmo que não se tenha êxito ao 
requerer de forma administrativa a anulação 
da conduta, poderá recorrer ao judiciário, 
para que mais uma vez seja verificada a 
legalidade da atuação estatal impugnada.
É um poder-dever do poder 
público anular os atos ilegais.
Salvo má-fé do beneficiado, a 
Administração Pública Federal prevê o 
prazo de 5 anos para que os atos 
favoráveis aos particulares sejam 
revistos, conforme a Lei 9.784/99.
PRINCÍPIO da 
PROPORCIONALIDADE 
A atuação do agente público deve ser 
proporcional, havendo sempre um equilíbrio 
entre o que motiva a prática de algum ato e a 
consequência jurídica dessa conduta. 
A finalidade é impedir que abusos ocorram 
durante a atuação dos agentes públicos, de 
forma que condutas que sejam inadequadas 
extrapolem o limite da adequação quanto ao 
desempenho das funções.
Enseja equílibrio entre o ato que é 
praticado e o resultado buscado pela 
Administração Pública.
Como efeito, a aplicação deste 
princípio busca tornar ilegal a 
conduta do agente que seja mais 
intensa ou extensa do que deve 
ser, para alcançar o objetivo final 
da norma que enseja a sua prática.
Quando as decisões forem 
inadequadas, não respeitarem o 
equilíbrio no exercício da 
discricionariedade e extrapolarem os 
limites da legalidade, podem ser 
consideradas ANULADAS pelo Poder 
Judiciário, podendo o administrador 
público ser responsabilizado por abuso 
de poder, conforme dispõe a lei.
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PRINCÍPIO da 
motivação 
É o dever que se impõe ao ente 
estatal de indicar os pressupostos 
de fato e direito que determinam a 
prática dos atos administrativos.
A validade da atuação administrativa 
relaciona-se com a formal apresentação 
dos fundamentos fáticos e jurídicos que 
justificam a decisão adotada. 
É indispensável ao controle dos atos 
administrativos, pois atesta para a 
sociedade as razões que levaram o 
poder público atuar de tal forma. Dessa 
forma é possível que os próprios 
cidadãos analisem a legitimidade e 
adequação dos motivos. 
A motivação aliunde ocorre 
quando o administrador justifica 
a razão do seu ato com base nos 
motivos de conduta previamente 
editada. 
"As decisões administrativas dos tribunais 
serão motivadas e em sessão pública, sendo 
as disciplinares tomadas pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros;", Conforme o 
Art. 93, X, CF a motivação das decisões é 
obrigatória.
Sendo as decisões proferidas na esfera 
administrativa, devem tomar por base as 
consequências práticas da decisão, 
conforme disposto no 
Art. 20, da LINDB.
Decreto 9.830/2019: a decisão 
administrativa precisa contar com os motivos 
explícitos e contextualizados dos fatos, 
indicar os fundamentos de mérito e jurídico, 
fundamentar e apresentar a congruência 
entre norma e fato que foram base. Ainda, 
deve ser indicado as normas, doutrinas, 
jurisprudências e interposições que foram 
usadas. Este decreto também dispõe sobre a 
motivação dos atos que determinam a 
anulação do anterior.
MOTIVAÇÃO ALIUNDE: A motivação deve 
ser explícita, clara e congruente, podendo 
consistir em declaração de concordância com 
fundamentos de anteriores pareceres, 
informações, decisões ou propostas, que, 
neste caso, serão parte integrante do ato.
Art. 50, §1º, Lei 9.784/99
PRINCÍPIO da 
isonomia 
Deve a Administração Pública 
tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais, na 
medida de suas desigualdades.
Quanto ao aspecto material, a isonomia 
é justificada tratando de forma diferente 
com o objetivo de igualar juridicamente 
aqueles que são desiguais de fato.
A isonomia material se faz necessária 
para que o acesso a direitos mínimos 
sejam garantidos, uma vez que nosso 
país conta com uma grande 
desigualdade social e excludente. 
Súmula 683, STF: o limite de idade para a 
inscrição em concurso público só se legitima em 
face do art. 7º, XXX, da Constituição Federal, 
quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido.
Como tentativa de diminuir o cenário de 
abismo social que há no Brasil, ações 
afirmativas são de extrema importância.
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PODERES ADMINISTRATIVOS
Funcionam como mecanismos e 
prerrogativas que estão à disposição da 
Administração, atribuídas a fim de 
viabilizar o interesse público. 
ABUSO DE PODER
Nos casos de não 
observância do 
interesse público, ocorre 
abuso de poder.
FORMA COMISSIVA: o ato 
praticado ocorre fora dos limites 
previstos.
FORMA OMISSIVA: o agente 
público deixa de exercer 
determinada atividade 
previamente imposta por lei, 
omitindo-se aos seus deveres.
EXCESSO DE PODER DESVIO DE PODER
Acontece quando a autoridade atua fora 
dos limites da competência; a competência 
é extrapolada e se pratica atos que não 
foram previstos por lei.
Ocorre quando o agente do Estado pratica um 
ato (mesmo quando dentro dos limites da sua 
competência) visando outra finalidade, diversa 
da previamente prevista em lei.
OBS: os poderes do Estado NÃO 
se confundem com os da 
Administração, uma vez que não são 
instrumentais e sim estruturais que 
realizam atividade pública 
(Executivo/Legislativo/Judiciário).
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PODER 
vinculado
poder 
discricionário
A lei prevê uma única conduta 
a ser realizada: a lei cria um 
ato administrativo e já 
estabelece os elementos de 
forma objetiva, não permitindo 
que a autoridade pública 
possa valorar quanto a 
conduta exigida. 
O administrador ainda está 
subordinado à lei, mas é 
oferecido uma margem de 
opção ao administrador na sua 
forma de atuar, ficando a seu 
critério identificar e utilizar-se 
da da solução que mais se 
adequa à situação. 
É devido ao administrador eleger 
condutas que se adequem melhor 
a determinada situação concreta, 
observando a conveniência e 
oportunidade, elementos 
referentes ao poder discricionário 
e que fazem parte do mérito da 
atuação. 
O ato administrativo deve ser 
praticado, uma vez que os 
requitos previstos estejam 
preenchidos e não há 
possibilidade quanto a emissão de 
juízo de valor por parte da 
autoridade.
CONTROLE JUDICIAL 
DA ATIVIDADE 
ADMINISTRAIVA 
DISCRICIONÁRIA
A discricionariedade é o meio de 
analisar a oportunidade a 
conveniência na atuação do ente. 
O poder é 
ADMINISTRATIVO e 
não jurisdicional.
Mesmo que o ato 
administrativo seja 
discricionário, é dependente 
do controle jurisdicional quanto 
à adequação perante a lei.
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PODER NORMATIVO/
REGULAMENTAR
É o poder que a Administração Pública tem 
de expedir normas gerais: atos 
administrativos gerais e abstratos com 
efeito erga omnes.
É diferente da edição de lei,este é somente 
um mecanismo para editar normas que são 
complementates.
Consiste no ato normativo do Chefe do 
Poder Executivo, diferenteme do decreto, 
que é sua forma.
Se divide em duas espécies:
- Regulamentos Executivos - editados 
para quecumpram a fiel execução da 
lei; não é possível inovar o ordenamento 
jurídico mas pode complementar a lei.
- Regulamentos Autônomos - atuam 
com o objetivo de substituir a lei e 
podem inovar o ordenamento 
jurídico, determinando normas que não 
são disciplinadas em lei.
Poder Regulamentar e Poder 
Normativo não são sinônimos. Um 
serve para regular determinados atos 
e outro expede regulamentos.
O PODER REGULAMENTAR é uma 
espécie de PODER NORMATIVO, 
sendo poder privativo do Chefe do 
Executivo.
O STJ estabelece que "os 
regulamentos autônomos vedados no 
ordenamento jurídico brasileiro, a não 
ser pela exceção do art. 84, VI, CF". 
- Facilita a compreensão da lei;
- Os atos são sempre inferiores à lei;
- Objetivam regulamentar situações de 
caráter geral e abstrato, uma vez que 
facilitam a execução da lei. 
regulamentos
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PODER hierárquico Tem alçada para organizar, distribuir e escalonar funções dos órgãos 
(poder de estruturação interna da 
atividade pública), não havendo 
manifestação hierárquica externa 
entre pessoas jurídicas.
OBS: por HIERARQUIA 
entende-se o controle interno 
entre os órgãos e os agente 
da pessoa jurídica. 
Ocorre entre a Administração DIRETA e 
INDIRETA que permite que a Direta 
controle os atos da Indireta. Não se dá 
pela hierarquia, mas sim na criação por lei 
dos entes descentralizados do Poder 
Público.
VINCULAÇÃO/
TUTELA ADMINISTRATIVA
De forma temporária, pode o chefe, 
chamar pra si a competência que antes 
era pra ser exercida por agente 
subalterno, desde que não seja atribuição 
de competência exclusiva do órgão 
subordinado.
AVOCAÇÃO
Consiste na ampliação temporária das 
competências de um órgão a outro de 
igual ou inferior hierarquia.
Assim sendo, os dois órgãos são 
competentes para praticar determinado ato 
durante a vigência da delegação. 
A manutenção da competência do agente, 
ainda que ocorra APÓS a delegação, é 
chamada de CLÁUSULA RESERVA.
DELEGAÇÃO
O STF, de acordo com a Súmula 
nº 510, classifica como autoridade 
coautora o agente que pratica o 
ato, mesmo que tenha feito 
através de delegação.
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PODER discipl inar
É o poder que apura as infrações e 
aplica as devidas sanções por parte 
do Poder Público para todos que 
possuam o vínculo de natureza 
especial com o Estado: servidores ou 
não, geralmente por relação 
contratual ou hierárquica.
Por isso, não é possível que seja 
aplicado aos particulares, já que não 
possuem vínculo com a Administração e 
não são subordinados à disciplina 
interna.
Em conformidade com a doutrina 
majoritária, os atos que decorrem do 
Poder Disciplinar são discricionários, 
porém, essa discricionariedade não é 
ampla quanto a sanção ou não do 
agente infrator.
O STF argumenta a impossibilidade de 
substituição do mérito administrativo 
pelo Poder Judiciário quando o controle 
jurisdicional estiver limitado à 
legalidade das sanções aplicadas.
É sujeito ao controle feito pela 
administração e pelo Poder Judiciário 
toda vez que a conduta do 
Adminstrador não condizer com a 
legalidade ou quando aplicar sanções 
no exercício do Poder Discricionário 
SEM que seja observado o Princípio da 
Proporcionalidade. 
OBS: a punição administrativa pelo 
ilícito praticado pelo agente público 
NÃO gera impedimentos quanto à 
responsabilização pelo mesmo fato 
na esfera penal e civil. 
Nos parâmetros da lei, a autoridade 
administrativa que for competente 
poderá definir a intensidade da 
penalidade a ser aplicada 
considerando a gravidade da 
infração, observando o Princípio da 
Proporcionalidade. 
Uma vez que as sanções estejam 
previamente estipuladas, resta ao 
agente público certa margem de 
escolha no que tange à aplicação da 
pena e, por isso, não se pode dizer que 
o Poder Disciplinar é, em sua essência, 
discricionário, embora entendimento 
tradicional. 
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PODER de pol ícia 
Restringe o exercício de liberdade 
individual e uso, gozo e disposição da 
propriedade privada para que possam 
ser adequados ao interesse público. É 
uma atividade administrativa que 
ocorre de forma típica e é aplicadas aos 
particulares sem exigir vínculo de 
natureza especial. 
- Ordem de Polícia = verifica-se da 
imperatividade e impõe restrições aos 
particulares independentes de concordância. 
Ex.: requisitos que o CTB estabelece para obter 
CNH. 
- Consentimento da Polícia = acontece no 
momento em que a lei autoriza o exercício de 
atividade condicionada à aceitabilidade estatal. 
Ex.: autorizações e licenças.
- Fiscalização de Polícia = é a possibilidade que 
o ente estatal possui para controlar as 
atividades que são submetidas a este poder 
para verificar seu cumprimento. Ex.: fiscalização 
pelos radares eletrônicos.
- Sanção de Polícia = consiste na aplicação das 
penalidades quando se verifica o 
descumprimentos das normas impostas pelo 
Poder Público. Ex.: multas, reboque de carros.
CICLOS DE POLÍCIA E DELEGAÇÃO
Atualmente se admite os ATOS 
POSITIVOS decorrentes do exercício do 
Poder de Polícia como natureza dos atos. 
Em algumas situações, através de 
legislação expressa, o Poder Público 
determina obrigações de fazer aos 
particulares. 
NATUREZA DOS ATOS DE POLÍCIA
OBS: a MULTA possui caráter de 
penalidade adminsitrativa e pode ser 
inscrita em dívida ativa e ser executada 
pelo devido processo legal.
- Polícia Administrativa: recai sobre 
bens e direitos e os condiciona à busca 
do interesse da coletividade. (Art. 78, 
CTN)
- Polícia Judiciária: tem como objetivo 
prevenir e reprimir a prática de ilícitos 
criminais.
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
X
POLÍCIA JUDICIÁRIA
OBS: O STF declarou que os 
conselhos reguladores de 
profissão possuem natureza 
jurídica de AUTARQUIA, pois 
atuam no exercício do poder de 
polícia ao estabelecerem 
restrições ao exercício da 
liberdade profissional e que 
este poder é indelegável a 
particulares.
São parcialmente delegáveis! O consentimento e a 
fiscalização podem ser delegados para pessoas jurídicas de 
direito privado. E, em conformidade com o STF, é possível 
que a SANÇÃO também seja delegada, desde que: ocorra 
por meio de lei; o capital social seja majoritariamente 
público; que a entidade preste atividade exclusiva de 
serviço público de atuação própria do Estado e prestação 
em regime não concorrencial. 
delegação dos atos de pol ícia
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ATRIBUTOS/
CARACTERISTICAS 
DO PODER DE 
POLÍCIA
DISCRICIONARIEDADE AUTOEXECUTORIEDADE
COERCIBILIDADE
Liberdade estabelecida em lei 
ao administrador para decidir 
perante o caso concreto.
Autoriedade administrativa deve 
decidir e praticar atos de polícia 
sem necessidade de intervenção 
do judiciário.
O ato de polícia deve ser obedecido 
independentemente da vontade dos 
particulares. 
É permitido que a Administração faça o 
uso de meios indiretos de coerção para 
cumprir o que foi determinado. 
Ex.: multa
Somente é permitido quando há 
lei permitindo e em situações 
emergenciais.
Ex: apreensão de alimentos 
impróprios para o consumo.
exigibil idade executoriedade+
Pode utilizar meios 
indiretos de coação. 
Ex: multa.
Pode utilizar meios 
diretos de coação - 
força física. 
Ex: apreensão 
EXCEÇÃO: há casos em que a 
administração no poder de polícia 
pode atuar de maneira vinculada. 
Ex: licença para construção.
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