Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS DISCIPLINA: SEMENTES FLORESTAIS Teste de germinação de sementes de Leucanthemum vulgare Lam. Discentes: Carlos Antônio Docente: Prof. Dr. Marcone Moreira Santos Recife, setembro de 2022 1. INTRODUÇÃO A espécie Leucanthemum vulgare Lam., conhecida como Margarida, é uma espécie pertencente à família Asteraceae, tem sua origem na Europa. O termo margarida vem do latim margarita, que significa “peróla”. Uma das características da planta é que ela costuma abrir durante o dia e se recolher com a chegada da noite. Não é endêmica do Brasil mas pode ser encontrada no Sul do país, na região do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (FLORA DO BRASIL, 2020). A margarida é uma planta herbácea, com altura entre 22 cm a 1,20 m, considerada ornamental, é uma espécie perene, com floração entre a primavera e o verão. As pétalas da margarida são alongadas e delgadas. Já suas folhas são ovais. As pétalas geralmente são brancas e o botão central é dourado. O caule é afinado e pode medir entre 60 centímetros a 1 metro. A margarida é uma planta perene que apresenta flores de pétalas brancas e centro amarelo, sendo especialmente adequada para corte e uso na composição de arranjos para vasos com água. Como é planta perene, demora 25 semanas para florir, porém o período de floração é muito longo. Prefere lugares abertos, bem ensolarados. Atinge 70 a 80 cm de altura e germina em 5 a 14 dias. 2. MATERIAL E MÉTODOS O presente estudo foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes Florestais (LASF) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), localizado na cidade de Recife - PE. Foram utilizados cinco tratamentos diferentes (figura 1) para avaliar a taxa de germinação da Leucanthemum vulgare Lam., onde em cada caso, foram utilizadas 100 sementes subdivididas em 4 repetições de 25 sementes (4x25), de acordo com a recomendação das Instruções para Análise de Sementes Florestais (MAPA, 2013). Os tratamentos consistiram em: T1: Gearboxes transparentes sem papel celofane; T2: Gearboxes preta (sem interferência de luz); T3: Gearbox envolvida com papel celofane na cor azul; T4: Gearbox envolvida com papel celofane na cor vermelha; T5: Gearbox envolvida com papel celofane na cor verde. Figura 1 - gerboxes preparadas no 1º dia de experimento Após a realização dos tratamentos, as 100 sementes foram divididas de forma aleatória e foram acomodadas dentro de gearboxes, apoiadas sobre papel germitest, conforme a Figura 3. Figura 3. Sementes de Leucanthemum vulgare acondicionadas em gearboxes com suas respectivas identificações. Durante o experimento, foi preciso manter as gearboxes úmidas, utilizando 3 ml de água destilada em cada caixa, observando todos os dias a necessidade de tal manutenção, durante um período de 6 dias. O percentual de germinação das sementes foi avaliado de acordo com os critérios de germinação fisiológico ou botânico, o qual considera como germinada a semente que realizou a protrusão da raiz primária; e o critério tecnológico, que considera germinada a semente que obteve a capacidade de formar uma plântula normal que segundo Filho (2016), deve apresentar parte aérea e radicular, sendo elas raiz primária, os primórdios foliares e estruturas iniciais do caule. 3. RESULTADOS Tratamento 1 - Luz Branca Dias R1 R2 R3 R4 D1 (10/08) 0 0 0 0 D2 (11/08) 0 0 1* 1* D3 (12/08) 0 0 1* 2* D4 (13/08) 1* 1* 2* 2* e 1 D5 (15/08) 1* 1* 2 e 1* 2* e 2 D6 (16/08) 2* 1* 2 e 1* 4 (D): Dia de observação; (R): Repetição; (*)= Número acompanhados desse símbolo significam aparecimento apenas de radícula e os números sem ”*” indicam plântulas. Tratamento 2 - Escuro Dias R1 R2 R3 R4 D1 (10/08) 0 0 0 0 D2 (11/08) 0 0 1* 0 D3 (12/08) 0 0 4* 0 D4 (13/08) 1* 1* 4* 0 D5 (15/08) 1* 2* e 1 7* 3* D6 (16/08) 5* e 1 6* e 1 5* e 4 2* e 2 (D): Dia de observação; (R): Repetição; (*)= Número acompanhados desse símbolo significam aparecimento apenas de radícula e os números sem ”*” indicam plântulas. Tratamento 3 - Luz Azul Dias R1 R2 R3 R4 D1 (10/08) 0 0 0 0 D2 (11/08) 0 0 0 0 D3 (12/08) 0 1* 0 1* D4 (13/08) 1* 2* 1* 1* D5 (15/08) 1* e 1 2* e 2 1* 2* e 1 D6 (16/08) 2* e 1 3* e 2 1* e 2 1* e 3 (D): Dia de observação; (R): Repetição; (*)= Número acompanhados desse símbolo significam aparecimento apenas de radícula e os números sem ”*” indicam plântulas. Tratamento 4 - Luz Vermelha Dias R1 R2 R3 R4 D1 (10/08) 0 0 0 0 D2 (11/08) 0 0 0 0 D3 (12/08) 1* 2* 0 0 D4 (13/08) 2* 4* 1* 2* D5 (15/08) 6* 7* 4* 5* D6 (16/08) 4* e 5 3* e 5 2* e 4 1* e 4 (D): Dia de observação; (R): Repetição; (*)= Número acompanhados desse símbolo significam aparecimento apenas de radícula e os números sem ”*” indicam plântulas. Tratamento 5 - Luz Verde Dias R1 R2 R3 R4 D1 (10/08) 0 0 0 0 D2 (11/08) 0 0 0 0 D3 (12/08) 0 0 0 0 D4 (13/08) 0 0 0 0 D5 (15/08) 1* 1* 3* 0 D6 (16/08) 1 e 4* 1 e 4* 3 e 2* 5* (D): Dia de observação; (R): Repetição; (*)= Número acompanhados desse símbolo significam aparecimento apenas de radícula e os números sem ”*” indicam plântulas. 4. CONCLUSÃO As sementes de Leucanthemum vulgare apresentaram-se como fotoblásticas positivas, pois a qualidade da luz influenciou na sua germinação. No caso da luz verde, houve uma inibição germinativa, ou seja, não houve ativação dos fitocromos e assim o desenvolvimento da semente não foi completamente desencadeado. O fitocromo é o pigmento receptor responsável pela captação de sinais luminosos que podem ou não desencadear a germinação das sementes, de modo que a ação desse pigmento depende do tipo de radiação incidente. Essa dependência de luz para germinar, é uma característica comum em sementes pequenas, como a da Leucanthemum vulgare, pois elas possuem pouco material de reserva que garante o desenvolvimento inicial da semente. 5. REFERÊNCIAS FLORA DO BRASIL. Reflora, Flora e Funga do Brasil, 2020. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/PrincipalUC/PrincipalUC.do;jsessionid=BA D4323F769F7AE4806C6D6F4E9641BE#CondicaoTaxonCP Acesso em: 24 mai. 2022. MAPA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instruções para análises de sementes de espécies florestais; Brasília, 2013. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/laboratorios/arquivos-publicacoes-laboratorio/fl orestal_documento_pdf-ilovepdf-compressed.pdf Acesso em: 24 mai. 2022. MARCOS FILHO, J. Germinação de sementes. Departamento de Produção Vegetal, Universidade de São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.lpv.esalq.usp.br/sites/default/files/Germina%C3%A7%C3%A3o%20PG%202018 %20pdf.pdf. Agro2.0. Portal vida no campo, 2019. Disponível em: https://agro20.com.br/margarida/. Acesso em: 24 ago. 2022. Jardineiro.net, Margarida – Leucanthemum vulgare, 2015. Disponível em: https://www.jardineiro.net/plantas/margarida-leucanthemum-vulgare.html. Acesso em: 24 de ago. 2022. https://agro20.com.br/margarida/ https://www.jardineiro.net/plantas/margarida-leucanthemum-vulgare.html
Compartilhar