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FACULDADE CAPIXA BA DE NOVA VENÉCIA MULTIVIX RESENHA DO ARTIGO DAIANE SANTOS, ELLEN CRISTINA SANTOS, ITHALLY ROCHA,WALKYRIA WASTH, YASMIN BISSOLI 4 º Período de Farmácia NOVA VENÉCIA – ES 2021 Fluconazol e intraconazol no tratamento da C. Albicans estudo in vitro Latin American Journal of Development, Curitiba, v. 3, n. 5, p. 3172-3186, sep./oct. 2021. ISSN 2674-9297 O artigo Atividade in vitro de fluconazol e itraconazol em biofilmes de Candida albicans, foi escrito por, Fernando Yano Abrão, Núbia Pontes Pereira, Laís Carneiro Naziasene Lima Marreto, Daniel Teles Zatta, Jacqueline Campos Borba de Carvalho, Pedro Henrique Hasimoto e Souza e Lúcia Kioko Hasimoto e Souza. Neste artigo vimos que a Candita é um fungo que é encontrada na microbiota do trato genitounário e gastrointestinal do homem. Quando ocorre alterações na barreira teciduais causa um desequilíbrio o que possibilita a entrada do microrganismo no tecido originando a infecção chamada candidíase que é intitulada a terceira causa de infecção nosocomial do mundo sendo Cândida Albicans a mais frequente. O número de pacientes com hospedeiros suscetíveis vem crescendo, o uso contínuo de antibióticos de amplo espectro e dispositivos implantados tem ajudado o aumento e a predominância da infecção. O biofilme de Calbicans é simplesmente a adesão a um material em conjunto a desenvolvimento de uma barreira de células confluentes que é responsável pela liberação da matriz extracelular estável. As infecções no biofilme são de difícil tratamento pois sua estrutura mostra resistência tanto ao antimicrobiano quanto ao mecanismo de defesa do hospedeiro. O fluconazol e o intraconal tem como mecanismo a inibição da biossíntese onde uma hipótese é levantada com a resistência do biofilme que é a matriz extracelular que impede a sua difusão para o interior da estrutura deixando apenas a camada superficial do biofilme com uma dose letal. O objetivo do artigo foi avaliar a cinética do desenvolvimento dos biofilmes de diferentes Candida albicans e estabelecer a inibição mínima do fluconazol e itraconazol. Utilizaram a C. parapsilosis ATCC 22019 e C. albicans ATCC 28367 no controle para avaliarem as cepas de 10 isolados de C. albicans de diversas fontes diferentes como o sangue (S157, S211), unha (U02, U15), cateter (C180, C140) e mucosas bucal (M02, M36) e vaginal (V58, V60). A suscetibilidade antifúngica in vitro para células planquitônicas obtiveram as leveduras através de teste de suscetibilidade por meio da técnica de micro diluição em caldo conforme o protocolo M27-A3 do Clínica Laboratory Standard Instiyute (CLSI 2008), onde determinaram o CIM. Avaliaram agentes antifúngicos sendo eles o itraconazol (Johnson e Johnson) e fluconazol (Pfizer). Usaram a Candida parapsilosis ATCC 22019 para o controle dos isolados junto com o inoculo em cada placa que componha o antifúngico diluído. Os resultados foram realizados observando o crescimento de leveduras onde a CIM foi definida como a menor concentração apto no crescimento do isolado da C. albicans. A obtenção dos biofilmes de Candida foi realizada utilizando placas de micro titulação de poliestireno, segundo metodologia descrita por Hawser e Douglas (1994) e Pierce et al. (2008), com modificações. Para o preparo do inoculo, células de Candida provenientes de culturas em ASD (48 h) foram inoculadas em líquido YPD (extrato de levedura peptonado dextrosado) e incubadas “overnight” em agitador orbital a 30°C. As células foram então centrifugadas a 3.000 g por 5 minutos, o sobrenadante desprezado e o sedimento foi ressupenso em 10 mL de PBS estéril gelado, através de vigorosa agitação em vórtex, seguida de nova centrifugação. Ao precipitado final foi adicionado aproximadamente 2 ml de meio RPMI pré- aquecido a 37°C e foram realizadas diluições para ajustar a 85% transmitância a 530 nm (1,0 x 106 células/ml). Para a formação do biofilme, 100 μL deste inoculo foi adicionado aos orifícios da placa de micro titulação. O MTT foi utilizado como uma solução de 0,5g/L em PBS, para cada 10mL foi adicionado 1 μL de solução de menadiona (10 m acetona). Um volume de 100 μL de MTT-menadiona foi então adicionado a cada orifício contendo o biofilme pré-lavado e aos orifícios controle (sem biofilme). As placas foram então incubadas no escuro por 150 minutos a 37°C e após, o conteúdo dos orifícios foram descartados e adicionou-se em cada, 100 L de dimetilsulfóxido (DMSO), em agitação por 15 min, para a solubilização dos cristais formazan. A solução final de cada orifício foi transferida para novas placas e a presença de coloração foi medida a 550 mm em leitora de placas de ELISA (Behring). Os valores de DO dos biofilmes formados individualmente, em quadruplicada, nos diferentes intervalos de tempo (24 h, 48 h, 72 h e 96 h) foram comparados pelo teste ANOVA e pós-teste Tukey. Foi considerada diferença estatisticamente significativa quando P< 0,05. A análise foi feita com o programa SigmaStat versão 2.03 para Windows. Os testes de suscetibilidade antifúngica dos biofilmes foram realizados segundo Pierce et al (2008). As concentrações dos antifúngicos avaliadas foram de 0,031 a 16 μg/mL para itraconazol e de 1 a 1.024 μg/mL para fluconazol. Aos biofilmes formados (48 h) foram adicionados 100 μL de 3178 Latin American Jornal of Development, Curitiba, v. 3, n. 5, p. 3172-3186, sep./oct. 2021. ISSN 2674-9297 cada concentração do antifúngico e incubados por 48 h a 37°C. Os testes foram realizados em duplicata, sendo realizados concomitantemente controles de crescimento e esterilidade do meio. As CIMS dos antifúngicos para os biofilmes foram definidas como as menores concentrações capazes de produzir reduções na DO igual a 50% (CIMS50) e a 80% (CIMS80), em comparação ao controle de crescimento (sem antifúngico). Por outro lado, para os demais isolados avaliados, os valores de DO obtidos no intervalo de 48 h apresentaram diferença estatisticamente significativa, quando comparados com os obtidos nos demais intervalos de tempo (P < 0,05). A técnica de micro diluição em caldo permitiu obter valores de CIM para células planctônicas de C. Estudo da cinética de formação dos biofilmes dos diferentes isolados de Cândida mostrou que todos os isolados foram capazes de produzir biofilme (DO ≥ 0,200) e que a atividade metabólica das células sésseis aumentou nas primeiras 48 h de incubação. A leitura dos isolados M02, U02 e V60 mostrou que as atividades metabólicas destes se destacaram em relação aos demais analisados, apresentando valores de DO > 1,237 com 48 h de incubação. A avaliação da atividade in vitro dos antifúngicos fluconazol e itraconazol sobre biofilmes de Calbicans mostrou que para o fluconazol os valores obtidos para CIMS50 variaram de 8 µg/ml a > 1.024 µg/ml e para CIMS80 ≥ 1.024 µg/ml. Estes dados revelaram um aumento da CIMS50 e CIMS80 de fluconazol para os biofilmes, em comparação aos valores obtidos para células planquitônicas. Em relação ao itraconazol, os biofilmes formados pela maioria dos isolados apresentaram CIM50 eCIM80 ≥ 16 µg/ml, resultados 40 vezes maiores do que o valor médio obtido para CIMP, que foi de 0,39 µg/ml. Entretanto uma redução de 50% da atividade metabólica pode ser percebida nos biofilmes dos isolados V58 e C. As dos isolados de C. albicans que foram submetidos a testes, não apresentaram resistência aí itraconazol e ao fluconazol. Apenas um dos isolados apresentou resistência ao itraconazol. Os valores obtidos nos testes mostram a eficácia do fluconazol no tratamento da cândida. No estudo da cinética de formação a maioria dos biofilmes apresenta um aumento de crescimento em até 48 horas depois ocorre um decréscimo. Nesse trabalhotodos os isolados mostram capacidade de criar o biofilme, sendo que todos foram observados em cada fase de formação. A técnica de micro diluição que foi utilizada é a mais adequada para avaliar se o fármaco é capaz de inibir o crescimento do fungo, sendo que em caso de resistência, ajuda a evitar uma terapia inadequada. O teste de suscetibilidade fúngica, foi realizada sobre um biofilme de 48 horas de crescimento, quando eles apresentam maior atividade metabólica. O itraconazol não apresentou boa ação nós biofilmes isolados. A dificuldade de tratamento de pacientes que passaram por procedimentos invasivos, pode se relacionar então, ao aumento de resistência de C. albicans na forma de biofilme, que foi confirmado com esse estudo. Esse artigo faz uma abordagem bem ampla sobre os estudos in vitro onde os autores foram fiéis nas técnicas e precisos nos resultados, além do estudo minucioso da doença. Além do uso dos reagentes certos e o tempo preciso de cada procedimento. Essa resenha teve o propósito de analisar o artigo “Atividade in vitro de fluconazol e itraconazol em biofilmes de Candida albicans”. Vimos a necessidade da criação de mais fármacos antifúngicos capazes de agir sobre o biofilme e pesquisar mais biomateriais para a montagem de equipamentos médicos invasivos que tenham como objetivo evitar a adesão inicial de levedura. https://latinamericanpublicacoes.com.br/ojs/index.php/jdev/article/view/784 ABRAO, F. Y. .; PEREIRA, N. P. .; MARRETO, L. C. N. L. .; ZATTA, D. T. .; DE CARVALHO, J. C. B. .; E SOUZA, P. H. H. . Atividade in vitro de fluconazol e itraconazol em biofilmes de Candida albicans: In vitro activity of fluconazole and itraconazole on candida albicans biofilms candida albicans. Latin American Journal of Development, [S. l.], v. 3, n. 5, p. 3172–3186, 2021. DOI: 10.46814/lajdv3n5-036. Disponível em: https://latinamericanpublicacoes.com.br/ojs/index.php/jdev/article/view/784. Acesso em: 19 nov. 2021. https://latinamericanpublicacoes.com.br/ojs/index.php/jdev/article/view/784 Latin American Journal of Development, Curitiba, v. 3, n. 5, p. 3172-3186, sep./oct. 2021. ISSN 2674-9297 A técnica de micro diluição em caldo permitiu obter valores de CIM para células planctônicas de C. Estudo da cinética de formação dos biofilmes dos diferentes isolados de Cândida mostrou que todos os isolados foram capazes de produzir biofil...
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