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Introdução, aulas 1, 2 e 3

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Estudar a gestão das organizações significa compreender o seu contexto, por que e 
como elas são criadas, que formato podem ter, como se modificam, como 
interagem interna e externamente. Significa, ainda, conhecer como as pessoas se 
relacionam dentro das empresas e quais os seus papéis. Nesta unidade, através dos 
conceitos dos elementos que integram uma organização, das principais funções do 
administrador, bem como da apresentação das organizações no cenário brasileiro, 
você estudará o princípio norteador da gestão, o que lhe possibilitará 
desempenhar melhor suas tarefas e contribuir de forma mais efetiva para o 
cumprimento dos objetivos organizacionais. Desta forma, vamos refletir sobre 
questões essenciais à interpretação e compreensão das organizações, da dinâmica 
de mercado e dos impactos na gestão das pessoas que compõem a organização. 
Convidamos você a mergulhar nesse universo da gestão empresarial e interagir 
com os colegas e professor da disciplina. 
Mãos à obra! 
Objetivo 
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• Entender os principais elementos que fazem parte de uma organização. 
Conteúdo Programático 
Esta unidade está dividida em: 
• Aula 1 - As Organizações, a Administração e as funções do Administrador 
• Aula 2 - A Administração nas organizações brasileiras 
• Aula 3 - Funções do Administrador 
Rota de Aprendizagem 
A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta 
unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as 
suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu 
conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom 
desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. 
 
Para iniciarmos as reflexões sobre a administração e atuação do gestor, 
apresentamos o conto dos três porquinhos. 
 
 
Por Walter Campos 
Durante o século XVIII surgiram vários contos de fadas envolvendo animais. 
Entre centenas de histórias, criou-se um conto representado por três 
porquinhos. Em 1933 a Disney reformulou o conto e tornou-o famoso em todo 
mundo, batizando cada um dos porquinhos com um nome: Prático, Heitor e 
Cícero. 
Conforme relata o conto, um belo dia os três porquinhos resolveram sair de 
onde moravam e cada um combinou de construir sua casa. Cícero era o 
porquinho menos esforçado e relaxado, então construiu uma casinha de palha. 
Heitor queria um pouco mais de conforto e aconchego e construiu uma casa 
de madeira. Já o Prático, queria uma casa confortável, segura, resistente, 
durável e que refletisse sua personalidade. 
O resto da história você já sabe. Vem o lobo mau, assopra a casinha de palha 
e a derruba; o porquinho Cícero corre para a casa de madeira de seu irmão 
Heitor, o lobo vai atrás, assopra-a e a destrói e os porquinhos fogem para a 
casa de pedra do Prático. O lobo assopra, assopra, assopra e não derruba a 
casa. Tenta entrar pela lareira e cai em um caldeirão de água quente, fugindo 
assustado enquanto os porquinhos comemoram a vitória. 
Em todas as corporações podemos encontrar colaboradores que assumem 
papéis de personagens semelhantes aos vividos pelos três porquinhos. Há 
aquele com o perfil do porquinho Cícero, que ao resolver iniciar suas 
atividades não as realiza com paixão e determinação, e muito menos as 
finaliza. Seu maior interesse é em cumprir a carga horária, e não apresentar 
resultados ou contribuir com estratégias criativas para a empresa. Encontra-se 
constantemente tomando cafezinhos, batendo papo, fumando, navegando na 
Internet com interesses particulares e, quando questionado, apresenta seus 
relatórios incompatíveis com a expectativa para sua função. 
Quando percebe que sua segurança profissional torna-se abalada, corre em 
direção de alguém que possa auxiliar para que complete sua atividade. Não 
em direção de quem necessariamente o oriente, mas de quem literalmente 
faça o que ele deveria ter feito. Vai atrás de alguém com o perfil do 
porquinho Heitor, colaborador que realmente se dedica ao realizar suas 
atividades e cumpre exatamente aquilo que foi orientado a fazer. Como um 
bom executor, é receptivo e prestativo, ajudando muitas vezes os 
colaboradores com perfil do porquinho Cícero, buscando inclusive encobrir a 
falha ou má vontade dele em razão da amizade existente. 
Para a sorte das corporações existem os colaboradores que vão além do 
mínimo ou necessário. São aqueles que desenvolvem projetos, apresentam 
estratégias, buscam melhorias constantes que possam contribuir para o 
resultado da empresa e também de todos que atuam conjuntamente, muito 
além de apenas desempenharem atividades para as quais foram contratados. 
Estes colaboradores são aqueles que possuem o perfil do porquinho Prático. 
Não querem apenas construir um abrigo ou simples casa. Não querem fazer 
igual ou o necessário, querem apresentar mais trabalho e melhor, em menos 
tempo, com maior duração, com resultados expressivos e em benefício de 
todos. 
 
Aula 1As Organizações, a Administração e as funções do 
Administrador 
 
O termo Organização pode ser entendido como um grupo de pessoas que se juntam 
de forma organizada com o intuito de atingir interesses comuns. Sendo assim, 
todos os indivíduos vivem dentro de organizações e ao redor delas. As empresas, 
universidades, padarias, lojas, hospitais, parques de diversão, associações de 
classe, teatros, a até a própria família são exemplos de organizações. Portanto, 
nascemos, vivemos e morremos nas organizações. 
Você já parou para pensar por que existem organizações e qual a sua origem? 
Todos nós vivemos para consumir produtos e serviços, assim sendo, se faz 
necessária a existência das organizações. Você já se imaginou sem consumir 
nenhum tipo de produto ou serviço? O consumo de produtos e serviços é inerente 
à vida humana. 
As organizações partem do pressuposto da formação de um grupo de indivíduos 
que buscam atingir objetivos comuns, transformando recursos em produtos e 
serviços. Partindo dessa definição, podemos chamar à atenção para dois 
elementos: grupo de indivíduos (pessoas) e objetivos. Para que exista a 
organização, serão necessárias pessoas para executar os seus processos e objetivos 
que nortearão suas ações. 
É importante que você perceba que uma organização dificilmente se constituirá de 
um grupo pronto e acabado, visto que a sociedade está em constante mudança, 
com novos desejos e necessidades surgindo a todo instante. Também não se pode 
afirmar que exista um modelo de organização ideal, em que uma estratégia de 
gestão que dá certo em uma determinada organização dará certo em outra. É 
possível perceber essa questão acompanhando a história das organizações. 
 
As Organizações simples, ou até mesmo complexas, sempre existiram no decorrer 
da história da humanidade desde os primeiros agrupamentos humanos, ou seja, 
quando o ser humano vivia em comunidades, em pequenos agrupamentos, 
necessitando adaptar-se e transformar o seu meio. O seu percurso perpassou a fase 
artesanal, que vai desde a Antiguidade até a Revolução Industrial; fase da 
Industrialização; fase da Segunda Revolução Industrial; fase moderna; até a fase da 
globalização, caracterizada como era da informação. 
Ao longo dos anos, a ênfase das organizações deixou de ser exclusivamente nos 
recursos, para ser também nas competências, intelectualidade e conectividade. Ao 
longo dos anos, a forma de administrar os negócios foi passando por mudanças, 
inclusive porque as organizações modernas apresentam uma estrutura, e boa parte 
possui porte e complexidade muito maior do que as organizações de tempos atrás. 
Essa complexidade se dá porque quanto maior a organização, maior o número de 
pessoas envolvidas e maior a subjetividade. Daí a necessidade de se planejar, 
organizar e controlar, como veremos mais adiante. 
A organização, portanto, pode ser entendida como uma constituição de pessoasque desenvolvem atividades por meio da hierarquização de autoridade e 
responsabilidade, visando alcançar um objetivo comum. Nesse sentido, é muito 
importante que você compreenda que esse conceito, embora muito próximo do 
conceito de instituição, trata-se de coisa distinta, uma vez que apenas as 
organizações podem ser formais e informais. 
As organizações formais requerem definição de objetivos, metas e regras, divisão 
de trabalho, além de uma estrutura que defina os papéis entre os seus pares. Nas 
organizações formais é que visualizamos o organograma, que nada mais é do que a 
representação ilustrativa da divisão do trabalho das pessoas dentro das 
organizações. 
 
 
Já a organizações informal se baseiam na formação de grupos de interesses que se 
aproximam por um objetivo comum, geralmente não relacionado aos interesses da 
organização. Podem ser exemplificadas por pessoas que se aproximam por 
relações de amizade, confiança, gostos ou afinidades. 
Podemos classificar as organizações formais, segundo o setor da economia, 
em Governo, Empresas e Organizações do Terceiro Setor. 
 
Governo 
O Governo representa as organizações do serviço público, que administram 
o Estado e serviços, ao povo. Certamente você utiliza os serviços prestados 
pelo Governo, como: ministérios, universidades públicas e hospitais do 
estado. 
 
Empresas 
Já as Empresas são organizações que têm como objetivo principal vender 
produtos e serviços, administrando recursos humanos, financeiros e 
materiais, visando obtenção de lucro. Neste caso, representam a maior 
parte das empresas que fazem parte do nosso cotidiano. Exemplos: 
shoppings, padarias, supermercados, farmácias. 
 
Terceiro Setor 
Quanto ao Terceiro Setor, você pode entendê-lo como as organizações de 
utilidade pública, que contam com a sociedade para prestar os seus 
serviços. A característica principal é não ter finalidade lucrativa. Como 
exemplos, temos as ONGs e Associações. 
 
De um modo geral, para que as organizações sejam formadas além das pessoas e 
objetivos, precisamos definir a sua estrutura, que pode ser simples ou complexa. 
O que vai determinar a sua complexidade é o tipo de cultura organizacional 
definida pelo gestor. E, por fim, é necessário definir qual o tipo de tecnologia que 
será adotada. A tecnologia está relacionada às máquinas e aos processos. A junção 
desses quatro componentes, implementada de forma única em cada empresa, é 
que refletirá a diversidade das organizações. Isso porque cada uma delas irá 
utilizar esses componentes da forma que melhor se adequar ao seu propósito. 
Acredita-se que, para compreender a administração e qual o papel que ela 
desempenha nas organizações e na sociedade, inicialmente é necessário entender 
o que é administrar. 
De acordo com o dicionário Aurélio, administrar significa gerir, ministrar, conferir. 
Para Kwasnicha (1995), administrar é um processo integrativo de atividade 
organizacional que envolve a vida do indivíduo, quer seja na organização, nas 
fábricas, nas escolas, ou até mesmo nas famílias. Complementa ressaltando que é 
um processo pelo qual o administrador cria, mantém e opera uma organização, que 
deve ser entendida como um grupo de duas ou mais pessoas que interagem em 
prol de um objetivo. 
Agora que você já sabe o que significa o termo administrar, vamos 
compreender o termo administração. 
 
Para Maximiano (2004), é a busca da eficácia, através da concretização dos 
objetivos e utilização racional de recursos. Nesse sentido, o termo administração 
vem sendo formado por conceitos que se aprimoram constantemente, visto que, no 
contexto organizacional, seu principal foco é atender as demandas do atual 
mercado globalizado. 
A administração é, portanto, uma atividade integrada e considerada 
interdependente que se utiliza de recursos financeiros, humanos e materiais, 
produzindo bens ou serviços com fins lucrativos. É um processo que requer 
tomada de decisão. 
O que tem se observado é que a concepção acerca do termo administração vem 
sendo aprimorada, até porque a realidade das organizações vem sofrendo 
transformação, quer seja pelo número excessivo de empresas apresentadas pelo 
mercado, quer seja pela exigência dos membros que utilizam os bens ou serviços 
produzidos por essas empresas. 
Antes as organizações eram poucas e com estruturas pequenas, onde sobressaíam 
os profissionais autônomos e artesãos independentes. Os chefes ou proprietários 
eram os donos das decisões e geralmente primavam pelo lucro. Hoje, já se observa 
um volume de empresas muito maior, o que requer um trabalho mais flexível e 
profissionalizante. 
Hoje as empresas vivem a chamada administração contemporânea, ou seja, 
organizações com ênfase nas pessoas, vistas como sistemas, onde tudo está 
interligado. Mesmo com o processo de evolução e mudança, o PODC (planejar, 
organizar, dirigir e controlar) ainda se faz presente até o contexto dos dias atuais. 
Destaca-se, portanto, que uma vez mudando-se as situações, os princípios da 
administração também tendem a mudar, no sentido de acompanhar as novas 
condições. Como já citado, não há forma de administrar que seja melhor que a 
outra. Essa concepção é baseada na teoria situacional que enfatiza que o ambiente 
organizacional, a tecnologia e a situação vivenciada pelas organizações é que 
determinará qual teoria da administração será adequada à gestão. 
 
As indústrias passaram a crescer e seus processos eram administrados com base 
no improviso e despreparo da mão-de-obra. As organizações hoje se apresentam 
como reflexo do que ocorria desde a Revolução Industrial, até porque foi um 
período marcado pelo avanço da tecnologia que fez surgir as fábricas e as 
empresas industriais. 
Administrar era, essencialmente, tomar decisões que traziam, em seu bojo, riscos 
tais como contratar pessoal, aquisição de maquinaria, alocação de recursos, 
controlar, inovar. Essa era a ideia inicial sobre a administração, no entanto, 
administrar hoje não é apenas um ato de manipular coisas e gerenciar pessoas, é a 
capacidade de aprender e empreender, contribuindo para o desenvolvimento 
individual e coletivo. 
A partir da Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, a organização do trabalho 
passou a ter uma nova conduta proveniente do aumento da complexidade do 
contexto e das operações (lutas, sindicatos, concorrência), exigindo uma nova 
postura ao se administrar. O que antes se supervisionava com armas e chicote 
passou a ser feito com mais racionalidade, especialização de tarefas e divisão de 
trabalho. A substituição do operário pela máquina nas tarefas foi o destaque que 
marcou essa época, onde, evidenciava-se a partir de então a mecanização e divisão 
do trabalho. 
Não há como negar que, no contexto contemporâneo, as organizações têm se 
deparado com uma geração de gestores conectada com cada vez mais a tecnologia 
e interatividade. Uma geração que tem fechado negócios através das redes de 
relacionamentos, a exemplo do Facebook, apresentando respostas mais rápidas ao 
mercado. 
Como vimos, para que exista uma organização formal, é necessária a definição de 
objetivos, divisão de trabalho e relações de poder. Caberá ao administrador fazer 
com que essa definição seja clara e funcione de forma eficiente e eficaz dentro da 
organização. 
Como as organizações são muito dinâmicas, uma vez que é gerida por pessoas, a 
administração deve então ser uma ação contínua. Cabe, portanto, à administração, 
analisar como serão geridos os recursos limitados e como será o sistema de 
produção da organização. Daí você já pode perceber que a produtividade é a 
relação entre os produtos obtidos e os fatores de produção empregados na sua 
obtenção. 
 
Como exemplo, imagine uma fábrica ofertando ao mercado produtos de limpeza. O 
que chamamos de relação entre os produtos obtidos seria a visualização do 
detergente pronto para o consumo, e os fatores que foram utilizados paraque ele 
pudesse ser produzido (mão de obra, matéria-prima, máquinas, pessoas). 
Para que essa produtividade seja de fato efetiva dentro da organização, é 
necessário que o gestor seja eficiente e eficaz, conforme evidenciado. 
EFICIÊNCIA significa fazer a coisa bem feita, ou seja, fazer aquilo que está sendo 
feito da melhor forma possível. Quando as organizações, de um modo geral, 
resolvem problemas e mediam as adversidades, sendo eficientes no uso dos 
recursos e utilizando-os de forma correta, todos os envolvidos tendem a ficar 
satisfeitos. Desta forma, quanto maior for o grau de produtividade e economia no 
uso dos recursos, mais a organização estará sendo eficiente. 
EFICÁCIA é fazer aquilo que de fato precisa ser feito, gerando resultados. Ou seja, é 
fazer a coisa certa no momento certo. Quanto mais uma organização realiza os seus 
objetivos, mais ela está sendo eficaz. Logo, o papel da administração é assegurar a 
eficiência e eficácia das organizações. 
A diferença entre eficiência e eficácia pode ser percebida comparando as 
estratégias utilizadas pela General Motors e pela Ford. A Ford utilizou como 
estratégia de negócios fazer eficiente o mesmo carro. Já a GM, optou por um 
modelo de negócio que se baseou em orientação para o mercado, produzindo um 
carro para cada tipo de cliente. 
 
Desta forma, você já percebeu que administração implica em ação pautada no 
processo de se tomar decisões que compreendem algumas etapas, como planejar, 
organizar, dirigir, coordenar e controlar. 
Administrar uma empresa é aproveitar da melhor forma as circunstâncias 
externas, de modo a utilizar o mais eficientemente possível os recursos de 
que dispõe (pessoas, máquinas, materiais e capital) para fazê-la 
sobreviver e progredir. 
(LACOMBE; HEILBORN 2008). 
Atividade 
Das alternativas relacionadas a seguir identifique aquela que mais se aproxima do 
conceito de Administração: 
1. aÉ a busca da eficácia, através da concretização dos objetivos e utilização racional de recursos. 
2. bÉ um processo integrativo de atividade organizacional que envolve a vida do indivíduo. 
3. cÉ um grupo inacabado, visto que a sociedade está em constante mudança, onde surgem novos 
desejos e necessidades. 
4. dÉ a busca da eficiência, através da concretização dos objetivos e utilização irracional de 
dinheiro. 
5. eÉ gerir um negócio pensando exclusivamente na geração de lucro e na prosperidade 
organizacional. 
 
Aula 2A Administração nas organizações brasileiras 
 
A administração no Brasil apresenta uma significativa influência americana. Seu 
desenvolvimento é oriundo não só da história da empresa nacional, mas também 
da história do capital estrangeiro. Essa influência americana partiu não apenas do 
campo tecnológico, mas do próprio modo de gestão, em que os administradores 
tomariam como exemplo a forma de exercer liderança, estimulando e apoiando o 
aperfeiçoamento social e econômico adotado pelos americanos. Sobre esse 
aspecto, Lima (2002) afirma que a influência norte-americana é um fato notório, 
porém, considera lamentável não ter sido atualizada de modo que mostrasse 
compatibilidade com a realidade. 
Para Storck (1983), o desenvolvimento e profissionalização da administração nas 
organizações brasileiras foram marcados por quatro momentos: 
 
O primeiro momento foi marcado por uma base cultural, científica e tecnológica 
deficiente, o que levou o Brasil a optar pela diversificação de sua economia e 
ingressar na era industrial. Nesse momento, destacavam-se os estabelecimentos 
com caráter artesanal e familiar, sobressaindo-se as indústrias tradicionais. 
Vivenciava-se uma estrutura de poucos administradores profissionais, o que 
comprometia o trabalho desenvolvido à época. Essa estrutura não comportava a 
administração nas mãos de uma única pessoa, ou seja, administração de forma 
centralizada, sem que houvesse profissionalização e adaptação à complexidade que 
se instalava no interior das organizações. 
Esse contexto acabou gerando a necessidade de administradores capacitados e 
aptos a tomarem decisões, sem necessariamente ter que contar com os chefes. 
Constituía-se um elevado número de filiais de grandes empresas tanto no âmbito 
nacional quanto multinacional, o que requeria mão de obra qualificada para atuar 
no mercado. 
A partir daí, resultou-se a implantação do IDORT (Instituto de Organização 
Racional do Trabalho), fundado em São Paulo. O principal destaque para a 
implantação do IDORT era a sua principal atribuição de divulgar as técnicas da 
administração científica e clássica, visando à solução de problemas ligados à 
racionalização das empresas e à qualificação no desempenho gerencial dos 
profissionais. A divulgação dos teóricos científicos e clássicos, na década de 30, já 
passava a representar a forte tendência da concepção mecanicista no contexto 
organizacional brasileiro. 
Nicolini (2003) também ressalta a influência norte-americana no contexto da 
estruturação das organizações brasileiras. Conforme enfatizado anteriormente, o 
acordo firmado entre Brasil e Estados Unidos foi a solução estratégica para os 
problemas da atuação gerencial no país. A partir de então, a administração passou 
a crescer cada vez mais no Brasil. 
Para Leal e Freitas (2005), a administração no Brasil surge no contexto após a 
segunda grande guerra, em resposta às demandas da sociedade (chamada de “nova 
ordem mundial”), a partir da necessidade de mão de obra qualificada que 
atendesse ao processo de industrialização, praticamente um século após o seu 
desenvolvimento nos EUA. A partir de então, a administração torna-se uma 
ferramenta imprescindível à sociedade e com o passar do tempo, sua tendência foi 
crescer em resposta à demanda. 
Este contexto de transformações exige do gestor a necessidade de aprender novas 
formas de executar o trabalho, adquirir novos conhecimentos e habilidades, além 
de operar máquinas cada vez mais modernas. As empresas se apresentam mais 
enxutas e requerem profissionais mais qualificados e competentes a partir de uma 
visão de trabalho mais versátil e generalista, um profissional criativo que consiga 
integrar conceitos de forma lógica e crítica. Até porque a supercompetitividade 
imposta pela globalização da economia não deixa espaço para o amadorismo. 
É válido considerar que o administrador deve atuar como agente transformador, 
adaptando-se aos avanços tecnológicos e científicos com o propósito de responder 
às demandas do mercado de trabalho, a partir da construção de uma concepção 
que vise promover novas relações produtivas e sociais. É a chamada visão de 
administrador, que é preparado para as empresas do futuro e não para as 
empresas do passado. Portanto, visão de profissionais que desconsiderem a 
concepção de racionalidade imutável e homogênea, para ressaltar a concepção de 
flexibilidade e adaptação aos fatos e meios. 
Mais quais seriam esses fatos e meios? De fato, como se apresenta o 
cenário organizacional brasileiro? 
Mesmo com a influência americana, é válido chamar à atenção para o fato de que é 
necessário se conhecer o contexto cultural de uma organização e adaptar as 
estratégias empresariais de acordo com a cultura local de cada país. 
O contexto econômico e político do país vem influenciando a atividade empresarial 
brasileira, e quanto a isso, não nos restam dúvidas. O que ocorre é que para o 
gestor sustentar o seu negócio, ele deverá estar preparado para lidar com uma 
elevada carga tributária, já que o Brasil é o país com maior percentual de PIB do 
mundo, e com custos de financiamento ainda muito altos, com taxas de juros que 
muitas vezes chegam a ser abusivas. Esse fato, inclusive, acaba reduzindo 
significativamente a abertura de novos negócios. O processo burocrático na gestão 
dos negócios muitas vezes leva os gestores a gastarem tempo com formalidades do 
que empreendendo esforços na administração do negócio em si. Esses três 
aspectossão os principais motivos do crescimento do negócio informal. 
Desta forma, o administrador brasileiro moderno deve seguir a lógica da tríade 
objetivos, recursos e decisões. Isso porque a administração vem se apresentando 
como um processo que, para se colocar em prática decisões, visando alcançar 
objetivos, faz-se imprescindível a utilização de recursos. Nessa lógica, começa-se a 
perceber que, para a concretização dessa tríade, somente a experiência técnica não 
será suficiente. 
Para que as organizações brasileiras ganhem destaque no mercado, os seus 
dirigentes deverão estar aptos para atuar como gestores empreendedores, com 
visão estratégica de futuro, na consolidação de seu próprio negócio, 
administrando, inclusive, variáveis políticas e econômicas. Desta forma, cabe não 
só se pensar em introduzir novos processos, mas preparar a força de trabalho para 
desempenhar com eficácia esses novos papéis. 
 
Aula 3Funções do Administrador 
 
Com o passar dos anos, o administrador, em plena Era da Informação, deixou de 
ser um mero supervisor do trabalho das pessoas e da utilização de recursos 
organizacionais, com tarefas simples e limitadas, para ser um condutor de negócios 
e gestor de oportunidades e ameaças que constituem o entorno das organizações. 
Seu papel passou a ser multivariado e contingencial. 
Mas, de fato, quais seriam as funções do administrador? 
A primeira delas é planejar. 
Do ponto de vista organizacional, planejar significa pôr em prática as habilidades 
conceituais do gestor. Ou seja, definir as metas, os meios e recursos (financeiros, 
humanos, tecnológicos, materiais) para se alcançar os objetivos organizacionais. 
 
Será, portanto, a ação norteadora para todas as outras ações. Um bom gestor deve 
pensar com antecedência o que deseja alcançar e traçar planos e cronogramas para 
que possa acompanhar sua execução. É através do planejamento que a organização 
pode evitar o desperdício e apresentar maiores chances de se atingir os objetivos 
traçados. Até porque, se não utilizarmos o planejamento no presente, dificilmente 
conseguiremos implantar o que desejamos no futuro. Funciona assim também para 
a nossa vida pessoal. 
Se desejarmos ter uma prospecção financeira futura, será necessário fazer um 
planejamento de gastos e receitas para que se consiga o que se planejou. Para uma 
viagem, por exemplo, é necessário que se pesquise antes o lugar desejado, quanto 
será necessário de recurso, quem fará a viagem e qual o período mais apropriado 
para que a viagem aconteça. 
Quando se trata de uma organização, deve-se buscar ao máximo evitar os 
improvisos. Desta forma, planejar é decidir antecipadamente. Geralmente, nas 
empresas, os seus diretores se reúnem anualmente para discutir sobre seus 
projetos e como a equipe pode trabalhar para que sejam bem-sucedidos. Como 
você pode perceber, quando os objetivos são estabelecidos e as formas de alcançá-
los traçadas, o administrador está planejando. Embora muitas vezes aquilo que se 
planejou leve anos e anos para que vire uma realidade. 
 
Aquele que não prevê os acontecimentos a longo prazo se expõe a infelicidades 
próximas. (Confúcio) 
Um plano deve conter objetivos, plano de ação, recursos, meios, mas ainda assim 
suas formas e conteúdo vão variar de uma empresa para outra. Por exemplo, em 
uma organização, o objetivo pode ser um resultado desejado como entrar em um 
novo segmento, acabar com a criminalidade; em outras, o objetivo pode ser a 
realização de um produto, como comprar um novo imóvel ou desenvolver uma 
nova marca para o negócio. 
Quando uma organização se prepara para competir no mercado, existe uma forte 
tendência de que o seu negócio dê certo. Com a falta de planejamento, existe 
grande probabilidade de que o desempenho organizacional não seja satisfatório. 
Podemos perceber isso através das pesquisas realizadas pelo SEBRAE. Ainda 
existe um percentual muito significativo de empresas que fecham suas portas 
antes de completarem cinco anos de existência. Um dos motivos que podem ser 
atribuídos a esse fato é a falta de planejamento. 
No planejamento estratégico, que é o mais utilizado pelas organizações, devem ser 
envolvidos os objetivos e estratégias de longo prazo, a análise da situação das 
forças e fraquezas, ameaças e oportunidades do negócio, ficando sob a 
responsabilidade dos altos executivos. Já no planejamento tático, são envolvidos os 
planos mais específicos e as principais ações que uma unidade deve empreender. 
No plano operacional, estão envolvidos os procedimentos que requerem um tempo 
mais curto, envolvendo os níveis inferiores da organização. 
Durante décadas, o planejamento foi utilizado de forma desestruturada e 
fragmentada, sendo adotado apenas por poucas grandes empresas. Nos últimos 
trinta anos, o uso do planejamento passou a ser formal, sendo utilizado por todos 
os níveis da organização: estratégico, tático e operacional. 
Embora as empresas tenham o planejamento como exercício anual, revisando a 
missão, as principais metas e expectativas dos acionistas, é importante considerar 
que elas também devem desenvolver os planos de contingência para as situações 
inesperadas, como crises econômicas, catástrofes ambientais e desastres. 
Sobretudo, porque os gestores, de um modo geral, lidam com o futuro em um 
ambiente incerto e em constante mudança. 
Organizar é a segunda função administrativa. 
Uma organização é a coordenação racional das atividades de um certo número de 
pessoas, que desejam alcançar um objetivo comum e explícito, mediante a divisão 
das funções e do trabalho e por meio da hierarquização da autoridade e da 
responsabilidade. (SCHEIN apud LACOMBE; HEILBORN 2008). 
 
Envolve a atribuição de tarefas em departamentos e os recursos que serão 
alocados para esses departamentos atingirem os objetivos. Através da organização 
é que se define a estrutura e configuração da ação empresarial como um todo. De 
certa forma, é imprescindível que o gestor busque disponibilizar todos os recursos 
e competências que deverão ser utilizados para que se obtenha resultado e consiga 
executar o que foi planejado. 
Nesse sentido, a organização depende do planejamento. O planejamento define o 
que fazer e a organização de como fazer. Através dele, a empresa deverá reunir e 
integrar os seus recursos e competências, definir a estrutura, estabelecer a divisão 
do trabalho, ou seja, se configura no caminho que a empresa utiliza para pôr o 
planejamento em prática. Eis o grande desafio da função de organizar: alcançar a 
coerência entre todas as áreas de decisão. 
No sentido de proporcionar maior clareza ao processo da gestão como um todo, a 
empresa pode definir a função de organizar abrangendo quatro elementos: 
TAREFAS: representa a divisão do trabalho. 
 
PESSOAS: designação das pessoas para ocupação dos cargos. Nesse quesito é 
necessário um cuidado especial ao se designar uma pessoa para ocupar uma 
determinada tarefa. É importante se considerar as habilidades, aptidões, 
experiências de cada membro que compõe a organização. O gestor deve buscar a 
pessoa certa, na tarefa certa, e no tempo certo. 
 
ÓRGÃOS: configura-se no agrupamento de pessoas e tarefas, como exemplo dos 
departamentos ou unidades da organização. Essas pessoas se reúnem sob uma 
autoridade hierárquica única para exercer uma função ou um conjunto de funções. 
 
RELAÇÕES: representam as relações entre os órgãos que compõem a organização 
e entre parceiros externos à organização. 
A partir da definição desses quatro elementos, a empresa compõe o seu 
organograma, que nada mais é do que a representação visual da estrutura de uma 
organização. No organograma devem estar indicadas as tarefas departamental e 
lógica do seu ordenamento, ou seja, é a ilustração da organização do trabalho das 
pessoas. 
Um dado curioso é que nem sempre o fato de uma empresa possuir organograma 
significa que ela é uma empresa bem organizada.Desta forma, cabe ao gestor 
definir alguns princípios na elaboração do seu organograma, a saber: 
simplicidade, ou seja, apresentar apenas os componentes fundamentais que 
auxiliarão no entendimento da estrutura organizacional. 
 
padronização, ou seja, estabelecer uniformidade e coerência. 
 
atualização, que nada mais é do que o retrato da realidade da organização em um 
dado momento. 
Assim sendo, cada vez que as circunstâncias o exigirem, o organograma deve ser 
atualizado. 
O organograma pode ser vertical, que é quando a estrutura está voltada para o 
controle vertical da organização; ou horizontal, voltado para a definição da divisão 
técnica do trabalho. O organograma vertical é o mais tradicional. As principais 
vantagens do organograma é que, através dele, é possível se analisar as 
deficiências da estrutura (lacunas, duplicações de cargos etc.); indicar aos 
funcionários como eles estão enquadrados no sistema em que atuam; além de 
proporcionar melhores condições de controle. 
Através do desenho da estrutura organizacional é que se decide o nível de 
centralização e descentralização. Quando a autoridade está concentrada em apenas 
uma pessoa, ou em poucas pessoas, a organização é centralizada. 
Nas organizações centralizadas, o poder de decisão está localizado próximo ao 
topo da organização. A principal vantagem é uma maior uniformidade e controle. 
Já nas organizações descentralizadas, as decisões são tomadas em níveis mais 
baixos. Desta forma, os ocupantes de determinados cargos transferem parte de 
suas atribuições para representantes de outros cargos. A principal vantagem é que 
ela estimula a autonomia e proporciona um melhor aproveitamento do potencial 
das pessoas. Uma empresa de sucesso que optou pelo modelo da descentralização 
é a Johnson & Johnson, que oportuniza uma total autoridade a todas as suas 
companhias operadoras. 
Quando os trabalhos são divididos de forma racional, o administrador está 
organizando. 
Após o planejamento e organização, a próxima função é a direção. 
E o que isto representa? 
Isto representa a estratégia do gestor de acionar a empresa, dinamizá-la e fazê-la 
funcionar. Desta forma, é através da direção que os objetivos devem ser alcançados 
por meio da atividade das pessoas que compõem a organização. É a função 
administrativa relacionada à interação entre os administradores e seus 
subordinados, ou seja, a função que coloca em prática as habilidades de motivar e 
liderar pessoas por parte dos gestores. 
Por envolver o gerenciamento de pessoas, dirigir constitui uma das funções 
administrativas mais complexas, sobretudo porque uma vez que se agrupam 
pessoas com objetivo e perspectiva individual, existe um grande desafio para se 
alinhar esse objetivo individual com os objetivos organizacionais. Nesse sentido, a 
função da direção envolve o contato direto e próximo com as pessoas, ajudando a 
guiá-las no caminho dos objetivos de equipe e organizacionais. 
Alguns aspectos estão mais ligados à direção, como: 
 
Assim, como você deve estar imaginando, a direção deve buscar criar um ambiente 
de trabalho cooperativo, manter um fluxo claro de comunicação, criar situações 
que possibilitem às pessoas aprender e crescer. 
 
Na função de direção, a comunicação representará a troca de pensamentos, a inter-
relação por meio de palavras. Configura-se no processo de passar informação de 
uma pessoa para outra. No que tange à motivação, o gestor deve entendê-la como a 
ação que vai impulsionar um indivíduo a agir de determinada forma, quer seja 
provocado por um estímulo interno, quer seja por um estímulo externo. Eis um 
grande desafio, administrar desejos e necessidades diversas, dentro de um mesmo 
ambiente organizacional. Daí, a liderança passa a exercer também um papel 
extremamente importante na empresa. 
Através da liderança, o gestor desenvolverá técnicas para conduzir as pessoas, 
fazendo uso adequado de incentivos para obter motivação. Configura-se na 
capacidade de motivar as pessoas a fazerem aquilo que precisa ser feito. Nessa 
perspectiva, a conduta do diretor deverá ser exemplo para todos os seus 
seguidores. Na função de direção, a liderança exerce um papel mais relevante. 
Desta forma, aquele que exerce função da direção deve ser visto como um agente 
transformador, adaptando-se aos avanços tecnológicos e científicos, com o 
propósito de responder às demandas do mercado. 
Observa-se que em um cenário marcado por constantes e aceleradas 
transformações em todos os aspectos, sobretudo no que se refere ao aumento da 
competitividade e necessidade de sobrevivência, as organizações, 
independentemente do seu tamanho, têm buscado monitorar tanto o seu ambiente 
externo quanto interno. Para tanto, dirigir significa adotar um perfil eficiente, que 
combine aspectos relacionados à execução das tarefas com aspectos relacionados 
ao lado emocional, visando equilibrar e orientar as relações de trabalho. 
Nesse sentido, o relacionamento interpessoal passa a refletir no desenvolvimento 
de uma organização, a partir da valorização cada vez maior dos recursos e talentos 
humanos, criando sinergia no ambiente organizacional. Essa sinergia se refere a 
tentar obter da equipe um resultado que seja maior do que o somatório das 
capacidades e habilidades individuais de seus membros. Para que exista sinergia, 
são necessárias a comunicação e troca de informações, o que só pode acontecer 
quando existe um relacionamento interpessoal — formal ou informal — de 
qualidade entre aqueles que fazem parte de uma organização. 
Existem dois estilos de direção: Teoria X e Teoria Y. 
 
Governo 
Na Teoria X, é desenvolvido um estilo de direção voltado apenas aos 
objetivos empresariais, sem levar em consideração as aspirações 
individuais dos membros que compõem a organização. É considerada uma 
teoria ultrapassada, uma vez que tem uma forte tendência a levar as 
pessoas a fazerem exatamente o que a organização deseja, sem considerar 
as opiniões e objetivos individuais. Segundo Chiavenato (2007), o salário é a 
única motivação para essa teoria. 
 
Terceiro Setor 
Na Teoria Y, a direção desenvolve um estilo de gestão aberto, democrático, 
participativo e dinâmico. Nesse estilo de direção, percebe-se uma 
administração por objetivos que realçam a iniciativa individual, ou seja, 
existe uma preocupação com autodesenvolvimento das pessoas. O trabalho 
é encarado como uma atividade natural, as pessoas são criativas e 
competentes. 
 
Trata-se, portanto, de um estilo de direção pautado em ações inovadoras e 
humanistas. Na teoria Y, as decisões são descentralizadas e as responsabilidades 
delegadas, com maior significação do trabalho. 
Como você pode imaginar, o papel de direção passou por diversas transformações 
ao longo dos anos. A autoridade, que antes era exercida pelo chefe em uma relação 
de comando e controle, teve que ceder espaço a uma direção participativa 
direcionada para a motivação e liderança, com foco também nas pessoas. 
Por fim, após o planejamento, organização e direção, o gestor deve controlar. 
Vamos compreender melhor essa etapa. 
Através do controle, será possível mensurar e avaliar os resultados da ação 
empresarial e suas consequências. Ou seja, o seu principal papel é acompanhar a 
execução das atividades, tendo em vista os objetivos organizacionais. Desta forma, 
o controle se preocupa em manter a empresa em condições que permitam o 
funcionamento adequado em prol do cumprimento dos seus objetivos, de acordo 
com o que foi planejado. 
As organizações devem pensar no controle como uma forma de monitorar o 
progresso da empresa e implementar as mudanças necessárias para que ela 
cumpra a sua missão. Nesse sentido, no cotidiano das empresas, marcado por 
adversidades e mudanças constantes, faz parte da premissa dos gestores buscar 
respostas para as questões do tipo: nossos resultados estão compatíveis com 
nossos objetivos? Nossas metas estão sendoatingidas? Nossa equipe está motivada 
e engajada na consecução das estratégias organizacionais? 
As corporações de sucesso empreendem esforços significativos no 
acompanhamento da qualidade de sua atuação. Desta forma, torna-se uma prática 
monitorar o desempenho das pessoas, fornecer feedback, identificar problemas e 
corrigi-los. 
Com o avanço da tecnologia da informação, as organizações estão utilizando a 
internet e outras tecnologias para coordenar e monitorar virtualmente o seu 
negócio, sobretudo porque a falta de um controle eficaz pode causar sérios 
problemas à organização e ameaçar o seu futuro. 
Em muitas organizações, existe uma resistência muito grande aos sistemas de 
controle. Essa resistência é atribuída ao fato de os sistemas abrangentes de 
controle fornecerem dados de desempenho dos funcionários, além de revelarem 
erros que causem instabilidade no emprego. 
Cabe ao gestor fazer com que o controle organizacional seja entendido como um 
processo sistemático de monitorar as atividades organizacionais tornando-as 
consistentes com os planos e metas traçados pelos acionistas da empresa. 
O controle, antes do processo, pode ser chamado de controle por adiantamento 
das informações. Como a própria classificação já sugere, esse tipo de controle 
busca identificar e definir os problemas antes de ocorrerem. É o que os bancos 
geralmente fazem. Antes de fornecer um empréstimo a um correntista, o gerente 
exige uma série de documentos e comprovações. 
“De acordo com Kaplan e Norton (1997), o BSC é um instrumento que mede o 
desempenho organizacional em quatro perspectivas (financeira, clientes, 
processos internos e aprendizagem/crescimento), permitindo que a organização 
acompanhe o desempenho financeiro, monitore e ajuste a estratégia.” Para saber 
mais sobre o Balanced Scorecard, leia as páginas 23-26, do livro Incrementando a 
Estratégia - Uma abordagem do balanced scorecard, disponível na Biblioteca 
Virtual. 
Quando o controle é realizado durante o processo, ele é chamado de controle 
simultâneo. Nesse tipo de controle, o foco está nos processos contínuos. Em 
contrapartida, quando o controle está focado nas saídas da organização, ou seja, 
após o processo, a organização está adotando o controle pelo feedback. Nesse 
controle, os problemas são resolvidos depois que eles acontecem. Exemplos: a 
análise de uma venda depois que ela acontece e as ligações pós-venda. 
Através do Balanced Scorecard, o gestor tem condições de fazer um 
monitoramento financeiro dos processos internos, dos clientes e do aprendizado e 
crescimento organizacional. 
Como você pôde perceber, o ciclo PDCA é muito utilizado como modelo para o 
planejamento. 
Vamos entender o que é PDCA... 
O ciclo PCDA é um método interativo de gestão baseado nas funções da 
administração: Planejar, Executar, Verificar e Agir. “Plan”, planejar; “Do”, fazer ou 
agir; “Check”, checar ou verificar; e “Action”, no sentido de corrigir ou agir de forma 
corretiva. O PDCA se configura em um método utilizado para o controle eficaz das 
atividades de uma organização, sobretudo àquelas relacionadas às melhorias. 
Através dele, a empresa implementa ações de melhorias constantes nas áreas, 
auxiliando no processo de tomada de decisões administrativas. 
Visualize como exemplo a atuação de um empresário, dono de um restaurante 
localizado em uma capital brasileira. Suas atividades são focadas antes, durante e 
depois da prestação dos serviços. Antes, será necessário verificar as atividades de 
recepção, compra dos alimentos e bebidas, iluminação, segurança, garçons, 
cozinheiras, limpeza etc. O acompanhamento de como as cozinheiras preparam as 
comidas e como os garçons atendem os clientes podem ser entendidos como a 
função de controlar durante o processo. Ao final do dia, o acompanhamento de 
quantos pratos foram vendidos e a estatística de satisfação dos clientes em relação 
ao restaurante representam o controle depois do processo. 
É importante destacar que todas as quatro funções administrativas (Planejar, 
Organizar, Dirigir e Controlar) são interdependentes, mas interagem entre si de 
modo dinâmico. 
Em síntese, as funções do administrador são: 
 
No planejamento estratégico, que é o mais utilizado pelas organizações, devem ser 
envolvidos os objetivos e estratégias de longo prazo, a análise da situação das 
forças e fraquezas, ameaças e oportunidades do negócio, ficando sob a 
responsabilidade dos altos executivos. Já no planejamento tático, são envolvidos os 
planos mais específicos e as principais ações que uma unidade deve empreender. 
No plano operacional, estão envolvidos os procedimentos que requerem um tempo 
mais curto, envolvendo os níveis inferiores da organização. 
Agora vamos destacar as habilidades que um administrador deve 
desenvolver. 
 
Como visto, observe que, para pôr em prática o ciclo PDCA, o administrador deve 
ter habilidades técnicas para utilizar os conhecimentos, métodos e técnicas na 
realização de tarefas específicas. Se você é um engenheiro de uma determinada 
construção, a competência técnica está relacionada aos conhecimentos sobre 
engenharia e sobre o projeto de obra para o qual você foi contratado. Também 
como exemplo, você pode perceber como a habilidade característica de um 
contador, advogado, ou seja, aqueles que detêm um conhecimento especializado. 
Observe que é uma habilidade, geralmente adquirida por meio da experiência e 
treinamento profissional. O conhecimento técnico possibilita ao gestor reconhecer 
problemas, equacionar soluções e, ainda, introduzir modificações no processo 
produtivo. 
 
Habilidades humanas para trabalhar com pessoas, saber se comunicar, 
compreender as motivações das pessoas envolvidas no negócio e principalmente, 
desenvolver uma liderança eficaz. Podemos considerar também como competência 
interpessoal. Através da habilidade humana, o administrador tende a envolver o 
grupo, de modo que ele caminhe na direção dos objetivos organizacionais. Desta 
forma, um bom administrador deve buscar desenvolver a habilidade de lidar com 
pessoas. Até porque as pessoas são as organizações. 
 
E, por fim, habilidades conceituais para gerenciar ideias, definir a missão do 
negócio, estabelecer a visão de futuro e a estratégia organizacional. De certa forma, 
as habilidades conceituais abrangem todas as formas de raciocinar, de modo a 
saber agir diante de situações complexas e adversas. Através da habilidade 
conceitual, o administrador consegue visualizar a empresa como um todo. 
Todas essas habilidades vão variar de acordo com os níveis da administração. 
No nível estratégico (alta direção), em que são estabelecidos os objetivos e 
estratégias organizacionais, se percebe maior evidência das habilidades 
conceituais. No nível tático (gerência), se observa maior evidência das habilidades 
humanas; já no nível operacional (supervisão), se percebe basicamente as 
habilidades técnicas. Na medida em que os níveis hierárquicos são mais altos, a 
proporção da necessidade de cada uma dessas habilidades varia. 
É importante que você perceba que o será um bom gestor aquele que tiver 
conhecimento, habilidade e atitude. Para o conhecimento atribui-se visão ampla e 
articulada com as áreas de cognição; quanto às habilidades atribuem-se 
relacionamentos interpessoais, criatividade e inovação; quanto à atitude, fica o 
comportamento ético e o empreendedorismo. 
Desta forma, além de competências técnicas sólidas, o administrador deve ter 
competências conceituais e integradoras. Até porque o processo de gerenciar uma 
empresa está alinhado ao processo de gerenciar a mudança. O que, de certa forma, 
exige do administrador um perfil que seja capaz de enfrentar alterações rápidas e 
complexas, além de compreender a necessidade de se criar novos produtos e 
oferecer novos serviços. 
Vídeo da Unidade 
Para saber mais sobre organização e funções do administrador, assista agora aovídeo 
da unidade Funções do administrador. 
Se preferir, faça o download do áudio (mp3 compactado) deste vídeo clicando aqui. 
Atividade 
Tratando-se do modelo de planejamento PDCA, relacione a coluna da direita com a 
coluna da esquerda. 
1. APlanejar 
2. BOrganizar 
3. CControlar 
4. DDirigir 
• Mensurar e avaliar os resultados. Acompanhar a execução. 
• Acionar a empresa, dinamizá-la e fazê-la funcionar. 
• Definir a estrutura e configuração. 
• Definir as metas, os meios e recursos para se alcançar os objetivos 
organizacionais. 
conferir 
 
 
Encerramento 
Como o profissional deverá administrar uma organização? 
Você estudou que atualmente administrar não é, apenas, um ato de 
manipular coisas e gerenciar pessoas. Por tanto, o administrador deve ser 
capaz de aprender e empreender, contribuindo para o desenvolvimento 
individual e coletivo dentro de uma organização. 
Ele precisa adaptar-se às demandas atuais, tais como, os avanços 
tecnológicos e científicos, para que seja capaz de atender às demandas da 
sua área de atuação. 
 
 
Em que se configura a administração? 
A partir do que foi exposto, a concepção acerca da administração vem sendo 
aprimorada, até porque a realidade das organizações vem sofrendo 
transformação, quer seja pelo número excessivo de empresas apresentadas 
pelo mercado, quer seja pela exigência dos membros que utilizam os bens 
ou serviços produzidos por essas empresas. 
 
Quais as principais funções e habilidades do administrador? 
Dentre as suas funções, o administrador precisa saber planejar, organizar, 
dirigir e controlar. O administrador deve ter habilidades técnicas para 
utilizar os conhecimentos e métodos na realização de tarefas específicas, 
além de habilidades humanas para trabalhar com pessoas, saber se 
comunicar, compreender as motivações dos envolvidos no negócio, 
desenvolvendo uma liderança eficaz. E, por fim, habilidades conceituais 
para gerenciar ideias, definir missão do negócio, estabelecer a visão de 
futuro e a estratégia organizacional. 
 
Resumo da Unidade 
Nesta unidade, você estudou alguns conceitos que permeiam a prática 
administrativa, bem como as principais funções da administração, além das 
competências e habilidades necessárias ao administrador do século XXI. 
Vamos resgatar e responder as questões norteadoras. Acompanhe comigo. 
Atividades 
Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e dos 
vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se encontram 
no ambiente virtual de aprendizagem. Acompanhe os prazos de envio das avaliações 
no documento “Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução da disciplina. 
Lembre-se: procure o professor-tutor no fórum "Fale com o tutor".

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