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Unidade 03 - Liguagem, Comunicação e Discurso

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O signo e o gênero textual 
• Introdução 
 
Nas unidades anteriores, você estudou diversos aspectos da língua e da linguagem, 
da elaboração de textos às funções sociais e culturais que a mensagem exerce na 
sociedade. Entre os tópicos estudados, destacou-se a importância do leitor no 
processo de construção e análise do texto. Nesta unidade, serão discutidos dois 
elementos do texto fundamentais a uma boa leitura e interpretação: os signos, que 
podem ser verbais ou não verbais, e os tipos e gêneros textuais, que indicam, 
principalmente, qual a finalidade do texto e a que público leitor ele é dirigido. No 
contexto do mundo contemporâneo, no qual as tecnologias possibilitam que as 
informações atinjam um maior número de pessoas, é importante identificarmos as 
características dos textos recebidos e como eles representam a nossa cultura. 
Objetivo 
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• Analisar o signo e o gênero textual e seus recursos expressivos. 
Conteúdo Programático 
Esta unidade está dividida em: 
• Aula 1 - O signo: palavras e imagens 
• Aula 2 - Tipologia e gêneros textuais 
• Aula 3 - O gênero textual como expressão da cultura 
Rota de Aprendizagem 
A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta 
unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as 
suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu 
conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom 
desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. 
 
Imagine que você está dirigindo por uma estrada e encontra uma placa de trânsito 
com o seguinte texto: “Motorista, tenha cuidado, pois o próximo trecho desta via é 
uma pista sinuosa à esquerda”. Certamente, você não conseguirá ler todo o texto, 
tendo em vista que o tempo necessário para a leitura se contrapõe à velocidade do 
carro. 
E se, em vez de ler, você visualizasse uma placa com uma imagem convencionada 
que representasse o mesmo aviso? 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/index.htm
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/RA/G_OLI_RA_U3.htm
Aula 1O signo: palavras e imagens 
 
O processo de comunicação pode se tornar mais eficaz se a escolha do signo verbal 
ou não verbal atender à proposta da mensagem e ao contexto em que ela é 
transmitida. No entanto, para que os signos possam ser compreendidos, o leitor 
precisa saber o que eles representam no contexto da mensagem. 
O signo verbal: denotação e conotação 
Signos verbais (ou signos linguísticos) são os que utilizam palavras, escritas ou 
faladas, em sua composição. Nesse caso, utilizamos uma linguagem verbal. 
Exemplos: “xícara” é um signo verbal composto de uma palavra; "asa de xícara” é 
um signo verbal composto de três palavras. 
Atenção: “asa de xícara” é um signo verbal porque representa um só elemento, ou 
seja, a palavra asa compõe uma parte do utensílio xícara. No entanto, “asa de anjo” 
e “asa de passarinho” são expressões que não representam apenas um elemento, 
pois a palavra “asa” mantém a sua unidade, tendo sido complementada por “de 
anjo” e “de passarinho”. 
 
Quando escrevemos ou pronunciamos o signo “asas”, logo nos vem à mente a 
imagem das asas de um pássaro, de um avião ou mesmo de um anjo. Nesse caso, o 
signo verbal corresponde à realidade. Assim, temos uma linguagem denotativa. 
Quando lemos ou ouvimos a expressão “asas da imaginação”, associamos um signo 
verbal (“asas”) a uma realidade à qual ele não corresponde diretamente, o que se 
constitui como uma linguagem conotativa. 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-1.htm#more-info-1
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-1.htm#more-info-2
 
O signo não verbal: imagens, índices, ícones e 
símbolos 
Muitas vezes, um texto prescinde de palavras, ou seja, um texto é elaborado e pode 
ser compreendido sem que o autor utilize signos verbais. Quando isso ocorre, 
temos um texto constituído por signos não verbais. 
Os signos não verbais são representações (visuais ou sonoras) de uma realidade. 
São exemplos de signos não verbais: dança, mímica, expressões faciais, gestos, 
desenhos, fotografias etc. 
 
 
 
 
Um texto elaborado em linguagem não 
verbal pode utilizar apenas uma imagem. 
A imagem ao lado pode ser compreendida 
pelo signo verbal “sorriso” ou pela 
combinação de signos “sorriso de mulher”. 
 
Entretanto, há signos não verbais que, pela repetição de seu uso ou pela 
reincidência de fenômenos, são associados a um determinado objeto, realidade ou 
ideia. Esses signos não verbais transformam-se em índices, ícones ou símbolos. 
Denominam-se índices os signos não verbais que funcionam indicando outra 
coisa, que poderá vir na sequência, e que são compreendidos segundo a 
experiência do interpretador (aquele que interpreta o signo). 
 
 
Um céu com muitas nuvens escuras e relâmpagos são um indício de 
que poderá ocorrer uma tempestade. A reincidência desse fenômeno 
natural transformou a imagem em índice. 
 
Batidas repetidas em uma porta indicam que 
alguém deseja ser atendido pelo morador da 
residência. Assim, o som das batidas constitui-se 
 em um índice. 
Denominam-se ícones os signos não verbais, criados artificialmente, que 
representam um objeto por similaridade (semelhança), ou seja, que sejam 
coerentes com o objeto ou com a realidade a ser representada. 
 
 
 
 
 
 
Os ícones de masculino e feminino, proibição e reciclagem são compreendidos 
universalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os emojis (ideogramas de origem japonesa) são ícones que transmitem a ideia 
de uma palavra ou de uma frase completa. 
Denominam-se símbolos os signos não verbais que são associados a ideias 
abstratas, tendo ou não relação direta entre o signo e o conceito. Os símbolos 
existem por convenção social, ou seja, uma determinada comunidade 
compreende e aceita uma associação entre um signo não verbal e o que ele 
deverá representar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acima, temos os símbolos da justiça, do infinito e da paz. 
A “balança” é o símbolo da justiça porque representa o equilíbrio entre a culpa e o 
castigo; o “oito deitado”, originalmente, é um símbolo matemático usado desde a 
Antiguidade pelos gregos e representa o que não tem fim e, no contexto místico, 
representa a eterna recriação e repetição do universo; o símbolo da paz foi criado 
em 1958 pelo britânico Gerald Herbert Holtom e representa a união das letras N e 
D, que significam desarmamento nuclear. 
 
 
O peixe é um símbolo primitivo do cristianismo. As 
primeiras letras das palavras “Iesous Christos, 
Theou Yios Soter”, que significam “Jesus Cristo, 
Filho de Deus, Salvador”, correspondem à palavra 
grega Ichthys (“peixe”, em português). Esse símbolo 
mantinha os primeiros cristãos no anonimato, 
protegendo-os da perseguição dos romanos. 
 
Antes de se tornar símbolo, um signo não verbal pode ser definido como índice ou 
ícone. A repetição e aceitação do índice ou ícone pela sociedade pode atribuir ao 
signo o valor de símbolo. 
A escolha dos signos no processo comunicativo 
Como vimos na Unidade 2 (Aula 2), precisamos adequar nossa linguagem à 
situação comunicativa. 
Quando elaboramos um texto, seja oral, seja escrito, a escolha dos signos, verbais 
ou não verbais, deve estar de acordo com a situação comunicativa, a fim de que a 
mensagem seja compreendida pelo receptor. 
Para isso, é necessário que saibamos: 
a. A quem se destina o texto produzido? 
b. Qual a finalidade da mensagem? 
c. Que veículo será utilizado para transmitir a mensagem? 
Como leitores, preocupamo-nos mais com o conteúdo da mensagem do que com a 
forma como ela é transmitida. No entanto, se os signos utilizados não forem 
selecionados adequadamente, haverá ruídos na mensagem, e ela talvez não 
cumpra seu objetivo. 
 
 
 
 
 
Fonte: Portal doProfessor 
 
 
O outdoor acima apresenta um texto elaborado com signos verbais que estão 
de acordo com a proposta. No entanto, a escolha dos signos não verbais, que 
representam personagens de histórias infantis não parece adequada. Afinal, as 
crianças não têm muitos motivos para simpatizar com a figura da bruxa 
posicionada no centro da imagem. A escolha inadequada do signo não verbal 
causa um “ruído na comunicação”. 
Uma prática desenvolvida culturalmente é a “cantada”, uma tentativa de 
aproximação de alguém que desperta o interesse do falante. No entanto, para 
que a mensagem seja bem recebida pelo interlocutor, o falante deve ter 
cuidado com a escolha dos signos. 
 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/jornal.html
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/jornal.html
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-1.htm#more-info-3
 
Uma “cantada” conhecida é “O cachorrinho tem telefone?”. No entanto, na charge 
acima, o falante substituiu o signo “cachorrinho” por “cadelinha”, o que não foi uma 
boa escolha. 
 
Vocábulos que possuem mais de um significado podem dificultar a compreensão 
da mensagem, provocando ambiguidade. 
 
 
Fonte: Conversa de Português 
O signo “muda” provocou uma 
ambiguidade, embora o leitor entenda a 
mensagem pelo contexto estabelecido 
pela expressão “vende tudo”. 
Com esses exemplos, constatamos que a 
escolha dos signos é fundamental para 
que a mensagem elaborada seja bem 
compreendida. 
 
 
Vídeo da Unidade 
Para saber como compreender as manifestações culturais pela apreensão dos 
signos e dos gêneros textuais, assista ao vídeo da unidade: Nossos textos, nossa 
cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
http://conversadeportugues.com.br/
https://player.vimeo.com/video/337764034
https://player.vimeo.com/video/337764034
Aula 2Tipologia e gêneros textuais 
O tempo e o vento (1949-1962) é uma obra literária do escritor brasileiro Érico 
Veríssimo. Essa obra-prima divide a história em três partes (O Continente, O 
Retrato e O Arquipélago), distribuídas em sete volumes. 
A obra foi adaptada para o cinema em 2013 pelo diretor Jayme Monjardim. O filme 
é exibido em uma hora e 55 minutos. 
 
Fonte: Site Submarino 
Você prefere ler os livros que compõem a obra literária ou assistir 
ao filme? 
Não responda tão rápido. Conheça, antes, os conceitos tipologia textual e gêneros 
textuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.submarino.com.br/
Tipologia textual 
Quando elaboramos um texto, o nosso principal objetivo é a comunicação. Um 
texto mal estruturado pode deixar o leitor confuso. Assim, como leitores, devemos 
conhecer os tipos de texto que podem ser utilizados na comunicação. 
Denomina-se tipologia textual a classificação dos textos quanto à sua função e ao 
conteúdo da mensagem. 
Os principais tipos textuais são: 
 
 
Narração 
O texto narrativo destina-se a contar uma história, real ou fictícia. 
Apresenta os seguintes elementos: fatos (em sequência cronológica ou não), 
narrador, personagens, tempo e espaço. Normalmente, os verbos são 
utilizados no tempo passado. É o tipo textual próprio dos romances, contos 
e crônicas e de quaisquer textos que contem uma história. 
A composição musical Faroeste Caboclo, de Renato Russo, é um exemplo de 
narração. Na letra, identificamos o narrador (quem conta a história), os 
fatos, os personagens e referências ao tempo e ao espaço. 
 
Narração 
O texto dissertativo é, também, dissertativo-argumentativo e se 
caracteriza por desenvolver estratégias argumentativas (teses, opiniões) 
sobre um tema. É o tipo textual utilizado em trabalhos acadêmicos e 
resenhas. 
 
Toda dissertação apresenta uma opinião, mas essa opinião deve ser bem 
fundamentada para convencer o leitor ou, pelo menos, levá-lo à reflexão 
sobre a ideia proposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22492/
Exposição 
O texto expositivo tem como propósito apresentar informações sobre um 
fato ou um objeto específico, indicando as suas principais características. 
São exemplos de textos expositivos: relatórios, seminários e palestras. 
Fonte: Blog Tecnologia e Educação 
Na charge, ao responder à professora, Joãozinho faz uma exposição sobre o 
país, segundo a sua própria compreensão. 
 
Descrição 
O texto descritivo tem a função de descrever, de forma objetiva ou 
subjetiva, coisas, pessoas ou acontecimentos. Todo texto que apresenta 
características de uma pessoa, coisa ou circunstância é 
descritivo, como relatórios médicos, cardápios, 
currículos, anúncios de classificados e rótulos de 
produtos industrializados. 
 
 
A descrição do chocolate Chokito tornou-se famosa e, 
apesar de não estar mais sendo veiculada há uma 
década, ficou na memória dos receptores da 
mensagem. 
 
 
Fonte: Blog Propagandas de Gibi 
 
 
 
 
 
 
http://carlamaranhao.blogspot.com.br/search?updated-max=2013-12-04T16:03:00-08:00&max-results=7&start=81&by-date=false
https://propagandasdegibi.wordpress.com/2012/09/15/chokito-1979/
Injunção 
O texto injuntivo (ou instrucional) tem como finalidade instruir, orientar o 
receptor da mensagem. Os verbos são apresentados no modo imperativo. 
Bulas de remédios, receitas culinárias, propagandas e regulamentos são 
textos injuntivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Blog Nadia Nadalon 
 
Gêneros textuais 
Os gêneros textuais são inumeráveis, pois novos formatos de textos são criados 
para atender a novos contextos, especialmente com o avanço da tecnologia. Cada 
gênero textual possui sua característica, de acordo com o emissor, o receptor, a 
finalidade e o suporte (veículo) utilizado para transmitir a mensagem. 
Você encaminharia um requerimento a sua mãe solicitando que ela prepare o seu 
prato preferido para o jantar? Deixaria na mesa de seu chefe um bilhete com um 
pedido de aumento salarial? Certamente, esses gêneros textuais não são 
adequados às mensagens propostas. 
O produtor de um texto deve escolher o gênero textual que melhor atenda ao 
propósito da situação comunicativa, pois o leitor, por experiência, associa o 
conteúdo da mensagem ao gênero utilizado. 
Um produto ou serviço deve ser oferecido no gênero textual propaganda; uma 
notícia se lê em um texto jornalístico; os ingredientes de um bolo podem ser 
encontrados no gênero textual receita; as indicações de um remédio para 
determinado tratamento estão disponíveis no gênero textual bula; uma história 
ficcional pode ser lida nos gêneros: romance, conto, crônica, fábula, história em 
quadrinhos etc. 
 
 
 
 
 
 
http://nadianadalon.blogspot.com.br/
Certos suportes são apropriados a determinados gêneros, e, consequentemente, o 
leitor antecipa o conteúdo da mensagem que será lida. 
Há dois tipos de suportes: os convencionais, que se destinam a portarem ou 
fixarem textos, e os incidentais, que não têm a finalidade específica de apresentar 
o texto, o que ocorre ocasionalmente por motivos práticos ou por escolha do 
produtor. 
Destacamos, ainda, a ocorrência de gêneros híbridos, que é quando uma 
mensagem apresenta mais de um gênero textual. 
 
Fonte: Blog E.E Dom Cabral 
Na imagem acima, temos um gênero textual híbrido, composto pelo gênero 
textual charge e pelo gênero textual cartaz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-2.htm#more-info-1
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-2.htm#more-info-2
http://edomcabral.blogspot.com.br/search?updated-max=2014-06-02T16:24:00-07:00&max-results=7
Hipertextualidade 
Quando um texto associa à língua outras formas de linguagem, ele passa a ser 
denominado hipertexto. Originalmente, define-se hipertexto como uma forma de 
escrita e leitura não linear, com blocos de informações e de imagens que se 
integram ao texto principal. Dessa forma, o hipertexto permite a construção 
coletiva de um texto (autor, ilustrador, diagramador etc.) e a reorganização da 
leitura, tendo em vista que o leitor determina a ordemem que os elementos 
textuais serão lidos. 
 
 
A peça publicitária destacada utiliza 
dois gêneros textuais em sua 
mensagem: a propaganda de um 
produto e a composição musical 
Garota de Ipanema, de Tom Jobim e 
Vinícius de Moraes. Aos dois gêneros é 
associada uma fotografia que dialoga 
com os textos, configurando a 
mensagem como hipertexto. 
Fonte: Blog Consumo e Propaganda 
 
O termo hipertexto foi proposto por Theodore Nelson, na década de 1960, por 
considerar que o cérebro humano processa informações de forma não linear, 
ou seja, o leitor faz associações entre o texto que lê com outros textos, 
imagens, sons etc. 
 
Além disso, o leitor pode escolher, por exemplo, a ordem em que lerá um 
livro de contos. O leitor, portanto, tem participação ativa na leitura. 
 
Textos complementados por notas de rodapé, ilustrações, fotografias, 
desenhos e legendas são exemplos de hipertextos. 
 
Um texto ilustrado, por si só, não se constitui como hipertexto. É preciso que 
a ilustração dialogue com os signos verbais, complementando-os ou até 
contradizendo-os. 
 
Com as novas mídias digitais, os hipertextos se tornaram um recurso 
fundamental à elaboração das mensagens. Assim, os estudos da linguagem 
apresentaram um novo conceito ao leitor: hipertextualidade. 
 
http://consumoepropaganda.ig.com.br/index.php/2010/07/06/olha-que-couve-mais-linda/
Hipertextualidade é a característica principal dos textos apresentados na 
internet, que são construídos de forma coletiva e que permitem ao leitor 
acessar outros textos, vídeos e áudios de acordo com as suas escolhas, em 
tempo real. A leitura, assim, alcança outro nível de interatividade, e o leitor 
se torna um coautor. 
 
A hipertextualidade propôs uma nova classificação de gêneros textuais: os 
gêneros virtuais. Como as mídias eletrônicas possibilitam a construção e 
reconstituição das linguagens utilizadas, surgem gêneros como e-mails, chats, 
fóruns, MSN, blogs, redes sociais etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 3O gênero textual como expressão da cultura 
Você já se emocionou com uma fotonovela? 
Você já viu um “certificado de liberação” da Censura 
Federal antes da exibição de um programa de televisão? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Blog Revistas de Fotonovela Fonte: Site Memória Globo 
 
O que esses dois gêneros textuais têm a ver com a cultura? E 
como podemos relacioná-los no contexto cultural? 
A diversidade dos gêneros textuais 
Você já estudou, na Aula 2 desta unidade, que os gêneros textuais são criados de 
acordo com as especificidades da comunicação. Cada gênero textual possui, pelo 
menos, uma função específica: bulas de remédio orientam sobre o medicamento 
que será utilizado; editais de concurso convocam candidatos e apresentam regras 
para as inscrições; jornais informam os leitores sobre fatos relevantes; outdoors 
anunciam produtos ou convocam o leitor para aderir a determinadas campanhas. 
Os gêneros textuais deixam de existir apenas se não atenderem mais à proposta da 
comunicação ou se o suporte utilizado não estiver mais disponível. Assim, mesmo 
que um gênero textual não seja mais utilizado com frequência na situação 
comunicativa, ele poderá ser utilizado. Nada impede, por exemplo, que você queira 
escrever uma carta em vez de enviar uma mensagem eletrônica. 
 
 
 
 
 
http://asfotonovelas.blogspot.com.br/2013/03/almanaque-de-fotonovelas-585b-1985.html
http://memoriaglobo.globo.com/mostras/censura-na-tv-globo/censura-na-tv-globo/censura-na-tv-globo-na-tv-globo.htm
O que devemos destacar, no entanto, não é a quantidade de gêneros textuais 
existentes, mas a sua diversidade, garantindo que as mensagens enviadas 
possam alcançar o objetivo proposto pelo autor de forma mais eficaz. 
 
Por que é importante estudar gêneros textuais? 
 
O estudo de gêneros textuais compreende a valorização da forma como a 
mensagem é transmitida, e não apenas o conteúdo da mensagem. 
Em uma sociedade produtiva e marcada pela velocidade das informações, 
tornou-se fundamental que nos comuniquemos de forma rápida e eficiente. 
A diversidade de gêneros textuais reflete uma sociedade dinâmica, que se faz 
representar por meio de muitas e diferentes manifestações culturais. Assim, 
estudar gêneros textuais nos ajuda a compreender melhor a sociedade da qual 
participamos. 
 
Gênero textual e ideologia 
O que vamos destacar, agora, é como os gêneros textuais se relacionam com 
a ideologia. 
O contexto cultural e ideológico, normalmente definido por épocas históricas 
(tema estudado na Aula 3 da Unidade 1), pode determinar o uso de alguns gêneros 
textuais. No período Barroco, a necessidade de converter ao cristianismo os 
habitantes do Brasil Colônia conferiu importância ao gênero textual sermão. O 
padre português António Vieira (1608-1697) foi enviado às terras brasileiras para 
evangelizar indígenas, africanos escravizados e colonizadores que aqui viviam. 
 
Uma das formas mais antigas de 
propagação de uma ideologia é o livro, 
um suporte de gêneros textuais 
literários, como romance, conto, 
crônica e poesia, e de gêneros textuais 
não literários, como teses, ensaios 
científicos, artigos científicos etc. Por 
ser um instrumento normalmente 
utilizado por pensadores e intelectuais, 
o livro sempre foi alvo dos censores. 
 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-3.htm#more-info-1
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-3.htm#more-info-2
Voltemos às perguntas que iniciaram esta aula: 
Você já se emocionou com uma fotonovela? Você já viu um 
“certificado de liberação” da Censura Federal antes da 
exibição de um programa de televisão? 
Afinal, qual a relação entre esses dois gêneros textuais? 
Os “certificados de liberação” da Censura Federal determinavam o que o 
poderia ser exibido na televisão, lido nos livros e nos jornais ou ouvido nas 
rádios durante o regime militar (1968 a 1985). Havia, portanto, o exercício de 
um poder instituído sobre o pensamento ideológico de uma nação. 
Assim, muitas editoras, por motivos econômicos, lançaram a fotonovela, 
gênero textual que fazia sucesso entre o público feminino e sobre o qual não 
havia tanta censura. 
Os “festivais de canção” representavam um importante veículo de 
disseminação de ideias, pois eram assistidos por um público composto 
especialmente por jovens estudantes. Cantores e compositores se 
apresentavam, muitos dos quais expressavam seus ideais de liberdade por 
meio das músicas. Por esse motivo, as músicas são um gênero textual que 
também sofreu com a censura, total ou parcialmente. De Chico Buarque de 
Holanda e Caetano Veloso ao grupo Kid Abelha, passando por Adoniran 
Barbosa, diversos compositores e cantores foram censurados. 
Na África de colonização portuguesa (Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné 
Bissau e São Tomé e Príncipe), muitos estudantes e intelectuais foram presos 
por liderar movimentos pela libertação de seus países, conscientizando outros 
jovens de sua condição de escravos por meio de manifestos políticos, gênero 
textual de teor ideológico. Atrás das grades, alguns deles, como o 
moçambicano José Craveirinha e o angolano António Jacinto, encontraram no 
gênero textual poesia uma forma de continuar a sua luta. Esses líderes 
revolucionários escreviam poemas e os enviavam pelos padres que eram 
autorizados a visitá-los na prisão e que, secretamente, ajudavam a causa dos 
africanos. 
 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-3.htm#more-info-3
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-3.htm#more-info-3
O escritor moçambicano José Craveirinha (1922-
2003), poeta, jornalista e ensaísta, escreveu poemas 
na prisão para continuarsua luta pela liberdade. Em 
sua biografia, o autor revelou que escrevia seus 
textos em pedaços de papel higiênico, utilizando uma 
caneta roubada de um militar durante uma sessão de 
interrogatório. 
 
 
 
Clique aqui para conhecer a biografia e os poemas do autor José Craveirinha. 
 
Vimos alguns exemplos de como gênero textual e ideologia se associam para 
comunicar uma mensagem. Devemos destacar, no entanto, que as ideologias 
se expressam, também, por meio de manifestações culturais, e essas 
manifestações selecionam ou criam gêneros para se expressarem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.elfikurten.com.br/2015/06/jose-craveirinha.html
Gênero textual e multiplicidade cultural 
 
Em todos os veículos de 
comunicação, as palavras 
“diversidade” e “multiplicidade” se 
destacam. Nossa sociedade 
contemporânea tem discutido as 
diversidades humanas (étnicas, 
sociais, de gênero etc.) e a 
multiplicidade cultural (linguagem, folclore, música, dança etc.). 
A palavra que reúne toda essa diversidade é multiculturalismo. 
 
 
Grupos sociais que defendem determinados comportamentos e manifestações 
culturais precisam comunicar as suas propostas a um grande público. Nesse 
sentido, a escolha do gênero textual utilizado deve estar de acordo com as 
expressões culturais que se pretende divulgar. 
No contexto cultural contemporâneo, a poesia, gênero literário e textual de grande 
prestígio até a metade do século XX, reinventa-se. Poetas pós-modernos utilizam 
textos poéticos para expressar uma cultura múltipla e para levar seus leitores à 
reflexão sobre a sociedade. 
 
O gênero poesia passa a se 
comunicar com o leitor de 
forma mais rápida e interativa. 
No texto ao lado, do poeta, 
compositor e cantor Arnaldo 
Antunes, destacam-se as cores 
e a oposição entre as palavras 
“vejo” x “miro” e “beijo” x” tiro”. 
 
A música (texto da 
composição), compreendida 
como gênero textual, é uma 
importante manifestação cultural. Rock, samba, rap, funk, axé music etc. são estilos 
que determinam os temas, os quais, por sua vez, manifestam culturas de grupos 
sociais específicos. 
 
Entendemos, assim, que a escolha do gênero textual não serve apenas à função do 
processo comunicativo. Quando estudamos os gêneros textuais, identificamos 
neles um importante instrumento de propagação de ideias e de expressão cultural. 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/aula-3.htm#more-info-4
Encerramento 
Como deve ser feita a leitura de um texto que associa signos verbais e não 
verbais? 
Embora o conteúdo da mensagem transmitido pelos signos verbais seja o 
mais evidenciado na leitura, o leitor não pode deixar de analisar os signos 
não verbais, pois eles não são apenas ilustrativos. Muitas vezes, os signos 
não verbais complementam o texto verbal, confirmando ou contradizendo o 
que está escrito. 
Por que a escolha do gênero textual é importante na elaboração de uma 
mensagem? 
A escolha do gênero textual é importante para que a comunicação seja bem-
sucedida. É preciso que sejam definidos qual o objetivo da mensagem e a 
quem ela se destina. Os gêneros textuais, assim, podem ser utilizados de 
acordo com a funcionalidade do texto e com a proposta do autor da 
mensagem. 
É possível identificar aspectos culturais analisando-se a utilização dos 
gêneros textuais na elaboração das mensagens? Por quê? 
Sim. Os textos produzidos que manifestam aspectos culturais adaptam-se 
melhor a determinados gêneros textuais, tendo em vista a intenção do 
emissor, os objetivos da mensagem e o público-alvo. Assim, seguindo 
critérios de produção e aceitação, um gênero textual pode antecipar o 
conteúdo da mensagem e, portanto, dos aspectos culturais nela presentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo da Unidade 
Nesta unidade, você identificou os conceitos de signo verbal e signo não verbal, 
tipologia textual e gêneros textuais. Um texto não se compõe apenas de palavras 
(signos verbais). Imagens (signos não verbais) são utilizadas pelo produtor do 
texto para que sua mensagem seja mais eficaz e alcance os objetivos propostos. 
Além disso, os textos, orais ou escritos, podem ser classificados quanto à tipologia 
textual, de acordo com a sua função e com o conteúdo apresentado, o que facilita a 
compreensão do leitor. Os textos produzidos se organizam de acordo com o gênero 
textual em que são expressos e são criados conforme a necessidade da 
comunicação, tendo evoluído para o que se designa gêneros virtuais. Os gêneros 
textuais indicam não apenas a função do texto, mas a intenção do seu produtor de 
acordo com a ideologia e a cultura que ele deseja expressar, especialmente porque, 
na sociedade contemporânea, as manifestações culturais representam a 
diversidade e o multiculturalismo. 
 
Atividades 
Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e dos 
vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se encontram 
no menu lateral do Epic. Acompanhe os prazos de envio das avaliações no documento 
“Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução da disciplina. 
Lembre-se: procure o professor-tutor no fórum "Fale com o tutor". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Midiateca 
Vídeo 
 
• Este vídeo apresenta o conceito de multiculturalismo. 
• Este vídeo apresenta a música Diversidade, do compositor e cantor Lenine. 
• Este vídeo apresenta um filme que reflete sobre a diversidade cultural no Brasil, com 
depoimentos do antropólogo Darcy Ribeiro. 
 
Web 
Sites 
• O artigo indicado abaixo explica a compreensão da letra de música como gênero 
textual. 
MELLO, M. Letra de música: gênero textual. Linkedin, [S.l.], 12 ago. 2015. 
• Neste artigo, você poderá saber mais sobre a ação da censura a composições musicais 
durante o regime militar brasileiro.BORTOLOTI, M. Em nome do “bom gosto”, até 
Mário de Andrade teve poemas censurados pela ditadura militar. 
• Este site apresenta o conceito de gêneros textuais. 
PAVAN, M. G. R. Gêneros textuais. Mundo Educação, São Paulo, c2017. 
 
Textos 
Artigos 
• Este artigo apresenta um estudo sobre multiculturalismo. 
CHIAPPINI, L. Multiculturalismo e identidade nacional. Centro de Estudos de 
Literatura e Psicanálise Cyro Martins, Porto Alegre, 2001. 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/midiateca.htm#link-1
https://www.youtube.com/watch?v=oyeZRqWRF-w
https://www.youtube.com/watch?v=29Mj-8RdvUE
https://www.youtube.com/watch?v=xI4_GCi_35o
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/midiateca.htm#link-2
https://pt.linkedin.com/pulse/letra-de-m%C3%BAsica-g%C3%AAnero-textual-magno-mello
http://atimosotimos.blogspot.com/2010/07/memorias-da-estupidez-marcelo-bortoloti.html
http://atimosotimos.blogspot.com/2010/07/memorias-da-estupidez-marcelo-bortoloti.html
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/genero-textual.htm
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u3/midiateca.htm#link-3
http://www.celpcyro.org.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&Itemid=0&id=754

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