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Yasmin dos Santos Rodrigues Lívia Camargo Ortega Odontologia- 1° semestre ETAPAS DO ACONSELHAMENTO GENÉTICO Caso 1- Síndrome de Turner 1. Entrevista Nessa etapa ocorre a análise do heredograma da família, estudo clínico dos familiares e pesquisas bibliográficas. A Síndrome de Turner é uma anomalia genética não hereditária caracterizada pela deleção de um cromossomo sexual X, identificada no momento do nascimento ou antes da puberdade através do cariótipo ou características fenotípicas. Os portadores da Síndrome de Turner são todos do sexo feminino pois os fetos de sexo masculino (Y0) não sobrevivem por serem inviáveis. Essa mutação normalmente ocorre na não disjunção dos cromossomas homólogos durante a formação dos gametas sexuais. 2. Exames clínicos Através de exames clínicos do paciente em questão, foram realizadas observações a respeito do aspecto geral do paciente e exames específicos. Baixa estatura; Palato estreito e elevado; Mandíbula não proeminente; Inchaço (linfedema) das mãos e pés; Infertilidade; Pescoço alado; Olhos caídos; Estrabismo; Ovários pouco desenvolvidos; Seios pouco desenvolvidos; Pelve masculinizada; Tórax plano e amplo, em forma de escudo; Amenorréia (ausência da menstruação); Obesidade; Ossos dos dedos da mão (metacarpos) curtos; Problemas cardíacos; Insuficiência renal; Infecções e perdas de audição; Disfunções hormonais. Uma pessoa com Síndrome de Turner possui uma inteligência normal, embora alguns tenham dificuldade com o processamento espaço-temporal, a memória não-verbal e a atenção, o que pode causar problemas com o senso de direção, destreza manual, aprendizagem não-verbal e habilidades sociais. 3. Exames complementares Cariótipos, moleculares, bioquímicos e radiográficos. 4. Hipótese diagnóstica Acontece quando há falta ou algum tipo de anormalidade no segundo cromossomo X da paciente. Os humanos possuem, em condições normais, 46 cromossomos diferentes no DNA, em 23 pares. Cada um é responsável por algum tipo de característica essencial para o desenvolvimento do organismo. Na reprodução humana, os gametas (óvulos e espermatozoides) carregam, cada um, metade da carga genética, sendo 23 cromossomos sem pares. Assim, a Síndrome de Turner acontece quando o segundo cromossomo sexual está faltando ou apresenta algum tipo de dano, resultando em um indivíduo com apenas 45 cromossomos. Geralmente, essa falha acontece quando o espermatozoide apresenta um cromossomo sexual danificado ou faltante. Como há falta do cromossomo Y, responsável pelo desenvolvimento de características masculinas, os fetos portadores da Síndrome sempre serão meninas. https://www.stoodi.com.br/blog/2018/08/24/engenharia-genetica/ 5. LAUDO Trata-se de uma paciente com Síndrome de Turner. É indicado que a paciente em questão faça acompanhamento nas mais variadas áreas da saúde. A administração de hormônios é indicada e melhora a velocidade de crescimento e a estatura final da mulher. A terapia com estrógenos leva ao desenvolvimento dos órgãos genitais internos e externos, caracteres sexuais secundários e ao surgimento de menstruações. Técnicas modernas de reprodução possibilitam a gravidez através da doação de ovócitos, resolvendo o problema da infertilidade. Além disso, não é necessário que outras pessoas da família sejam analisadas, porém é aconselhável que os pais passem por todas as etapas de aconselhamento genético, devido a possibilidade de um dos pais possuir uma anomalia na formação de gametas. Devido à infertilidade da mulher portadora e ao caráter não hereditário da doença, dispensa-se a procura por casos na família. Síndrome de Down 1. Entrevista A partir de análise de heredograma, estudo clínico de familiares, fatores genéticos e ambientais, pesquisas bibliográficas e dados da literatura foi constatado que se trata de uma síndrome que na maioria das vezes surge de forma espontânea, porém 4 a 6% dos casos são derivados de uma herança genética chamada Translocação Robertsoniana. É uma síndrome causada por uma alteração cromossômica. 2. Exames clínicos Através de exames clínicos do paciente em questão, foram realizadas observações a respeito do aspecto geral do paciente e exames específicos. A síndrome causa Atraso mental; Fraqueza (hipotonia) muscular; Baixa estatura; Anomalia cardíaca; Perfil achatado; Orelhas pequenas com implantação baixa; Olhos com fendas palpebrais oblíquas; Língua grande, protrusa e sulcada; Encurvamento do quinto dedo (dedo mínimo); Aumento da distância entre o primeiro e o segundo dedo do pé e Prega única nas palmas das mãos. 3. Exames complementares Cariótipos, moleculares, bioquímicos e radiográficos. A trissomia do 21 é diagnosticada através de um exame chamado cariótipo. 4. Hipótese diagnóstica Existem 3 tipos principais de Síndrome de Down: Trissomia 21 simples (93- 95% dos casos): Todas as células do indivíduo têm 47 cromossomos. Representa entre 93 e 95% dos casos de Síndrome de Down; Translocação (4-6% dos casos): O cromossomo extra do par 21 fica aderido a outro cromossomo; Mosaico (1-3% dos casos): Apenas parte das células é afetada pela alteração genética, ficando algumas com 47 cromossomos e outras com 46. A principal causa da trissomia 21 se origina a partir de erros no processo de divisão celular que dá origem ao embrião. Algo que pode ocorrer com pessoas 100% saudáveis a qualquer idade, no entanto o risco de alterações cromossômicas como a Síndrome de Down aumenta com a idade materna, assim como as chances de abortos causados por erros graves no processo de divisão celular. 25 anos: 1 para cada 1.300 nascimentos; 35 anos: 1 de cada 350 nascimentos; 40 anos: 1 de cada 100 nascimentos. Porém, entre 4 e 6% dos casos de Síndrome de Down são devidos uma herança genética chamada Translocação Robertsoniana. Alteração no cariótipo que pode passar despercebida, já que não está relacionada a alterações fenotípicas, os riscos existentes restringem-se aos descentes; pode haver a formação de fetos cromossomicamente não- balanceados, o que pode levar a um aborto ou uma síndrome genética. Com frequência um casal descobre ser portador de uma Translocação Robertsoniana ao investigar possíveis causas de infertilidade, aborto de repetição ou Síndrome de Down. 5. Laudo Paciente com síndrome de Down, que deve ser acompanhado por profissionais de diversas áreas para que a evolução do caso seja apoiada por profissionais da saúde e familiares. O paciente pode levar uma vida normal, sem maiores complicações. Não é necessário investigação de outros familiares, já que a doença pode ou não ser herdada (não necessariamente possui herança genética, pode ocorrer por um simples erro na duplicação cromossôlmica).
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