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Citologia e Embriologia (5)

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Objetivos
Módulo 1
Fatores teratogênicos
Reconhecer os principais fatores teratogênicos, ambientais e genéticos, e como
preveni-los.
Acessar módulo
Módulo 2
Principais malformações
Identificar malformações estruturais e funcionais em animais domésticos, os
diferentes níveis de gravidade e suas causas.
Acessar módulo
Introdução
A teratologia é a área da embriologia que estuda as malformações congênitas, ou seja, alterações morfológicas e
estruturais com as quais os animais nascem. O estudo da teratologia data desde a antiguidade, quando não se
conheciam muito bem as causas que levavam os recém-nascidos a apresentarem malformações. Antigamente,
atribuía-se essas alterações até mesmo às forças divinas. No entanto, atualmente sabemos que há uma série de
fatores de origem genética (ligados aos cromossomos maternos e paternos) e ambiental (como medicamentos,
agentes físicos ou químicos) que levam à ocorrência dessas alterações.
O uso da talidomida durante a década de 1960 é um exemplo prático e conhecido mundialmente de fator
teratogênico em seres humanos. O recém-descoberto medicamento era bastante utilizado como sedativo e anti-
inflamatório e foi prescrito indiscriminadamente para inúmeras pessoas ao redor do mundo, inclusive para mulheres
grávidas. Tempos depois, notou-se que a medicação poderia causar malformações congênitas como o
encurtamento de braços e pernas nos recém-nascidos (condição conhecida como focomelia). Infelizmente, muitas
crianças foram afetadas e a medicação teve sua prescrição suspensa.
Embora pouco estudadas, tais malformações também podem ocorrer nos animais domésticos, muitas delas visíveis
externamente. Por outro lado, outras causam alterações funcionais em órgãos internos. Nesse conteúdo,
estudaremos as principais causas de malformações congênitas e os tipos de alterações estruturais e funcionais que
podem ocasionar.
Fatores teratogênicos
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os principais fatores teratogênicos,
ambientais e genéticos, e como preveni-los.
Teratologia
Prof. Bruno Cabral
Descrição Alterações e malformações durante o desenvolvimento embrionário dos animais domésticos e fatores associados.
Propósito O conhecimento acerca das doenças e malformações de origem embriológica que acometem animais domésticos é
essencial para que se possa detectar em que fase do desenvolvimento embrionário tais alterações podem ter
ocorrido, encontrando causa e fatores associados, além de trabalhar para preveni-las em futuras gestações.

1
dVídeos
Introdução aos fatores teratogênicos
O desenvolvimento do embrião é controlado por uma série de fatores, relacionados com seu material genético e com o
ambiente em que se encontra, ou seja, o útero materno. A susceptibilidade a determinado agente que cause
malformações depende do genótipo do embrião e da forma com que este interage com os fatores ambientais.
Os agentes causadores de alterações fetais são chamados de teratógenos ou agentes teratogênicos. A susceptibilidade
do embrião a determinado agente ainda apresenta variação de acordo com o estágio de desenvolvimento deste embrião,
o momento e a duração da exposição ao agente. Os fatores determinantes para o aparecimento de malformações
podem ser:
Susceptibilidade do embrião Período de gestação
Periculosidade do agente Período de exposição
Algumas injúrias que o embrião pode sofrer ainda nos estágios iniciais da gestação, como no estágio de mórula ou
blastocisto, são improváveis de causar defeitos no desenvolvimento, pois acabam por matar as células embrionárias,
causando o aborto. No entanto, entre esse primeiro estágio (blastocisto) e o fim do primeiro terço da gestação (quando a
organogênese acontece) é que se encontra o período de maior susceptibilidade do embrião aos agentes teratogênicos.
Ainda, é importante destacar que tais alterações tardias ocorridas após o período de construção embrionária também
são mais improváveis de acontecer, pois os órgãos já estão bem estabelecidos no feto.
A seguir, veja a janela de susceptibilidade a agentes teratogênicos de acordo com o período gestacional.
(1) Fase inicial da gestação: Morte embrionária após contato com teratógeno; (2) Primeiro terço gestacional: Fase crítica de maior susceptibilidade a
malformações; (3 e 4) Terços finais da gestação: Período de menor susceptibilidade a malformações.
A seguir, trataremos de alguns desses principais fatores causadores de malformações congênitas.
Fatores ambientais
Os fatores ambientais relacionados a malformações congênitas incluem as alterações diretas ou indiretas que o feto
sofre ainda no útero materno durante a gestação. Tais anomalias podem ser de origem mecânica, física, química, ou
ainda provenientes de agentes infecciosos ou nutricionais que podem levar a alterações fetais e embrionárias. Vamos
conhecer cada classe a partir de agora.
Atenção!
Essa janela de susceptibilidade aos agentes teratogênicos é uma definição simplificada. Devemos considerar também que a
exposição a determinado agente teratogênico ou a outra substância prejudicial, embora ocorra em estágios iniciais do
desenvolvimento, produzirá alterações visíveis em estágios tardios da embriogênese.

dVídeos
Fatores mecânicos
Várias anomalias comuns, como o pé torto congênito, o deslocamento de quadril e algumas deformações cranianas
podem ser causadas por fatores mecânicos que colocam uma pressão uterina anormal sobre o feto. Tais alterações
podem ser resultantes de:
Falta de líquido
amniótico
Malformações uterinas Mal posicionamento
fetal durante a gestação
Em situações mais graves, podem ocorrer até mesmo amputações intrauterinas.
Fatores físicos
A radiação ionizante é um teratógeno em potencial para qualquer espécie animal. A resposta ao agente radioativo
depende da dose e do estágio de desenvolvimento ao qual o embrião sofre a exposição. Essa radiação pode causar
danos ao DNA do embrião, levando à destruição do material genético ou ainda podendo causar mutações. Deve-se evitar
o contato de animais prenhes com radiação ionizante. Até mesmo raios X utilizados para diagnóstico, embora
apresentem um risco mínimo para o animal, a longo prazo e com exposições constantes, podem causar danos ao
material genético. Radiações ionizantes mais potentes podem causar alterações congênitas variadas, como:
Fatores químicos
Qualquer substância química que seja capaz de alterar as funções celulares ou que seja capaz de destruir as células
(substâncias citotóxicas) é um potencial agente teratogênico. Os mecanismos que levam às malformações variam. Por
exemplo, alguns medicamentos podem inibir sistemas enzimáticos específicos, como a acetazolamida, um diurético
inibidor da anidrase carbônica, molécula essencial para manutenção do pH do sangue. Já outros podem interferir com o
metabolismo do DNA das células ou modificar vias metabólicas.
Como citado, a talidomida é um agente teratogênico conhecido e que causa malformações em seres humanos e também
em coelhos e alguns primatas não humanos, apesar de não haver registros de que causa alterações em animais de
laboratório.
A falta de conhecimento acerca dos efeitos colaterais de certas medicações em diferentes
espécies animais, muitas vezes, vai além do que a pesquisa científica permite, já que nem
todas as espécies animais são utilizadas para experimentação.
O uso de alguns antibióticos durante a gestação tem sido associado a alguns defeitos congênitos. A estreptomicina, por
exemplo, quando administrada em altas doses, pode resultar em surdez parcial ou total. Já a tetraciclina pode
ultrapassar a barreira placentária e causar amarelamento da dentição, além de atrapalhar a deposição do esmalte
dentário quando administrado em períodos mais tardios da gravidez. Veja os principais medicamentos com potencial
teratogênico, sua função, as espécies e os órgãos afetados:
Medicação Função Espécie afetada Órgãos afetados
Andrógenos Hormônio esteroide
Todos os
mamíferos
domésticos
Masculinizaçãodos embriões
femininos
Benzimidazóis
compostos
Anti-helmínticos Ovelhas
Anomalias ósseas, renais e
vasculares
Fenilhidantoína Anticonvulsivante Gatos Fenda palatina
Antagonistas de
ácido fólico
Antimitóticos Cães, ovelhas Tóxico para o embrião
Microcefalia Fenda palatina Outras malformações
ósseas
Defeitos na formação do
sistema nervoso central
Atenção!
Algumas drogas de uso rotineiro e terapêutico também podem ser teratogênicas, dependendo do grau de exposição. Uma
atenção especial deve ser dada para a prescrição de medicações citotóxicas como anti-helmínticos e antimitóticos para
fêmeas prenhes. Algumas dessas substâncias possuem mecanismos bem conhecidos de teratogenia. No entanto, para
algumas delas ainda não se sabe o efeito causador ao certo.

dVídeos
Griseofulvina Antifúngico Gatos, cães,
cavalos
Cabeça, cérebro, esqueleto,
palato, medula óssea
Metrifonato Antiparasitário Suínos Hipoplasia cerebelar
Estreptomicina Antibiótico
Todos os
mamíferos
domésticos
Surdez, ototoxicidade
Tetraciclina Antibiótico
Todos os
mamíferos
domésticos
Dentes, esqueleto
Talidomida Sedativo
Primatas, coelho,
cão, suíno
Retardo de crescimento,
anomalias intestinais
Ácido valproico Anticonvulsivante Roedores, primatas
Alterações neurológicas,
craniofaciais, esqueléticas e
cardiovasculares
Principais medicamentos com potencial teratogênico.
Adaptado de Sinowatz (2016).
Acerca das principais plantas com potencial teratogênico, veja a tabela a seguir, que inclui as espécies animais e
sistemas afetados:
Planta Nome comum Espécie afetada Sistema afetado/defeitos
Senna alexandrina Sene
Todos os
mamíferos
domésticos
Alterações ósseas (aumenta as
contrações uterinas)
Ruta graveolens Arruda
Todos os
mamíferos
domésticos
Embriotoxicidade,
desenvolvimento tardio do
embrião
Peumus boldus Boldo-do-chile
Todos os
mamíferos
domésticos
Retardo do desenvolvimento,
anomalias ósseas
Lathyrus sp. Ervilha-de-cheiro
Todos os
mamíferos
domésticos
Malformação de membros
Leucaena
leucocephala
Leucena Suínos Alterações múltiplas
Lupinus sp. Tremoceiro Bovinos Artrogripose
Nicotiana tabacum Tabaco
Suínos, bovinos,
ovinos
Artrogripose, braquignatia, fenda
palatina
Pteridium
aquilinum
Samambaia Bovinos Embriotoxicidade
Principais plantas com potencial teratogênico.
Adaptado de Sinowatz (2016).
Veja exemplos de anomalias nos animais causadas pela ingestão de plantas com potencial teratogênico:
Caprino com artrogripose e braquignatia leve relacionados à ingestão de Lupinus sp.
Ciclopia em um cordeiro.
Agentes infecciosos
A maioria das doenças infecciosas que causam malformações são de origem viral. A patogenicidade do vírus, o estágio
da gestação quando ocorre a infecção e o desenvolvimento imunológico do feto determinam o resultado da infecção
viral no útero materno, podendo causar desde pequenas alterações até abortos. Durante os estágios iniciais, a zona
pelúcida do óvulo, uma camada de glicoproteínas formada durante a ovogênese, protege o material genético contra as
Saiba mais
Várias plantas venenosas contendo compostos tóxicos ou teratogênicos têm sido associadas a defeitos congênitos em
animais herbívoros. As malformações variam amplamente, incluindo defeitos ósseos na formação dos membros, ciclopia e
fenda palatina. Assim como outros agentes, existe uma diferença no período de exposição à planta tóxica e sua relação com
as malformações. Um exemplo, é o efeito do Veratrum californicum que induz a ciclopia congênita se consumida por
ovelhas próximo ao 14º dia de gestação.

dVídeos
infecções virais. No entanto, quando o blastocisto rompe a zona pelúcida durante o seu desenvolvimento, o embrião
torna-se susceptível aos ataques virais.
Muitas infecções virais são letais para os embriões. Apesar de a barreira placentária
conseguir prevenir as infecções virais em certo grau, muitos vírus são capazes de cruzar
essa barreira. Portanto, as infecções virais maternas em estágios mais críticos do
desenvolvimento embrionário podem ser sérias causas de malformações.
Algumas bactérias também são capazes de causar malformações, como a Brucella abortus ou Brucella canis, que
causam brucelose bovina e canina, respectivamente. A bactéria, quando não leva à morte embrionária, está relacionada a
um baixo desenvolvimento fetal ou a malformações de membros. Veja alguns dos vírus com potencial teratogênico,
assim como as espécies e os órgãos que são afetados:
Vírus Espécie afetada Órgãos afetados
Língua azul
Ovinos, bovinos e
caprino
Cérebro, medula espinhal e membros
Rinotraqueíte
bovina
Bovinos Embriotoxicidade
Diarreia viral bovina Bovinos
Morte embrionária, anomalias do sistema nervoso central,
cegueira
Peste suína
clássica
Suínos
Malformação do sistema nervoso central (hipoplasia
medular e cerebelar)
Rinopneumonia
equina
Equinos Embriotoxicidade
Encefalite equina Equinos Malformação nos membros
Panleucopenia
felina
Felinos Defeitos cerebelares, displasia de retina
Herpes-vírus 2 Cães Olhos, malformações cerebrais
Herpes-vírus suíno
1
Suínos Abortos, natimortos, fetos mumificados
Parvovirus suíno Suínos Abortos, natimortos, fetos mumificados
Vírus teratogênicos mais comuns.
Adaptado de Sinowatz (2016).
Fatores nutricionais
A deficiência de algumas vitaminas, especialmente das vitaminas A e E, além da deficiência de alguns minerais como
cobre, iodo e magnésio, também podem levar a malformações fetais. Ainda, hipervitaminoses A e D também estão
relacionadas a alterações congênitas.
Fatores genéticos
As células embrionárias dos animais domésticos são consideradas células diploides, ou seja, apresentam cromossomos
semelhantes e dispostos em pares, sendo um de origem materna e outro de origem paterna — chamados de
cromossomos homólogos. A quantidade de cromossomos varia de espécie para espécie, porém quase todos os animais
apresentam pelo menos um par de cromossomos sexuais.
Por convenção, as fêmeas possuem pares de cromossomos XX, enquanto os machos apresentam pares de
cromossomos XY. Alterações nas quantidades dos cromossomos, tanto das células somáticas (células do corpo que
realizam mitose) quanto das células sexuais, podem produzir indivíduos com números de cromossomos desiguais.
A aneuploidia é um tipo de alteração cromossômica na qual há aumento ou diminuição do
número normal de cromossomos presentes em um indivíduo. Indivíduos que possuem
cromossomos em excesso são chamados de poliploides.
Exemplo
A deficiência de cobre pode causar deficiência de mielinização, ou seja, malformação da bainha de mielina dos neurônios
fetais. Por consequência, os filhotes podem nascer com ataxia medular (dificuldade de locomoção), especialmente
observada em suínos e caprinos. Outros exemplos incluem deficiências de vitamina A, que podem levar à cegueira em
diferentes espécies, e baixas ingestões de cálcio, que podem causar osteogênese imperfeita em animais.

dVídeos
Grande parte dos embriões poliploides são abortados logo no início da gestação. Causas potenciais de poliploidia
incluem as fertilizações de um óvulo por mais de um espermatozoide, fenômeno chamado de polispermia, que não
ocorrem em uma situação natural graças à impermeabilização do óvulo após a fecundação. Além disso, erros no número
total de cromossomos podem resultar em casos de aneuploidias, veja:
Monossomia
Ocorre quando há ausência de um
dos cromossomos nos seus
respectivos pares.
Trissomia
Ocorre quando o número de
cromossomos vem triplicado ao
invés da sua apresentação em
pares.
Tais eventos ocorrem especialmente durante a meiose, quando os cromossomos não são corretamente divididos.
Na maioria dos casos de aneuploidia o embrião não consegue sobreviver. No entanto, em alguns casos, indivíduos com
monossomia do cromossomo sexual (XO) ainda podem ser viáveis. Na espécie humana, tal condição é conhecida como
Síndrome de Turner, em que as meninas nascem com um dos cromossomos X parciais ou completamente ausentes.
Nesse caso, o indivíduoapresenta baixa estatura, puberdade atrasada, infertilidade e malformações cardíacas.
Veja na tabela algumas das alterações cromossômicas mais comuns:
Espécie animal
Número normal de
cromossomos
Número anormal de
cromossomos
Defeito observado
Bovino 60
61XXY Testículo hipoplásico
61XXX Ovário hipoplásico
Cavalo 64
63X0 Infertilidade
63XXY Ovário hipoplásico
65XXX, 66XXXY Intersexo
Suíno 38
37X0
Infertilidade, infantilização da
genitália externa
30XXY Testículo hipoplásico
Cão 78 79XXY Testículo hipoplásico
Gato 38
37X0 Intersexo
39XXY Intersexo
40XXYY Intersexo
Tabela 4 – Número normal de cromossomos para cada espécie, bem como suas distribuições desiguais e possíveis anomalias.
Adaptado de Roberts (1986).
Alterações na estrutura do cromossomo
Alterações na estrutura dos cromossomos podem causar malformações no desenvolvimento embrionário. A radiação ou
algumas substâncias químicas teratogênicas podem provocar quebras ou deleções cromossômicas. Veja outros defeitos
cromossômicos observados:
Exemplo
A condição de Freemartin é outro exemplo de alteração cromossômica, e é observada em pequenos e grandes ruminantes.
Nessas espécies, a gestação gemelar é muito rara e, quando ocorre, pode trazer alguns malefícios para a prole,
especialmente quando os gêmeos são de sexos diferentes.
Os fetos desses ruminantes, quando ainda em processo gestacional, compartilham a mesma placenta, havendo com isso
uma ligação entre eles. Os fetos podem acabar trocando fluidos, como sangue, e compartilhando células e hormônios que
deveriam ser diferentes entre os dois sexos.
Geneticamente, esses animais apresentam-se como quimeras: possuem cromossomos tanto XX como XY em algumas
células. Nos machos, essa condição leva a uma fertilidade reduzida, porém, nas fêmeas, causa esterilidade na maioria dos
casos. Além disso, as fêmeas afetadas sofrem de hipoplasia ovariana e não são capazes de entrar no cio, além de
apresentarem algumas características físicas masculinizadas.

 Deleção
Ocorre quando há perda de material genético.
dVídeos
Veja, nas imagens a seguir as alterações cromossômicas citadas anteriormente:
Tipos de alterações cromossômicas.
Diversas mutações genéticas apresentam-se como malformações funcionais ou morfológicas, podendo afetar genes
dominantes ou recessivos. Vamos nos aprofundar nessas mutações mais à frente.
Anomalias causadas por tecnologias de reprodução assistida
Algumas tecnologias da reprodução podem auxiliar no melhoramento genético e reprodutivo dos diferentes rebanhos. No
entanto, em algumas situações, as tecnologias de reprodução assistida podem levar ao desenvolvimento anormal dos
conceptos. Nesses animais, ocorre aumento significativo do peso e tamanho ao nascimento, podendo apresentar de 10%
a 50% de ganho de peso em relação ao peso normal ao nascimento da espécie em questão.
A causa para essas alterações ainda não está bem elucidada, porém relaciona-se a algumas ferramentas reprodutivas
como o cultivo de embriões, o cultivo embrionário com outras células somáticas, a falta de sincronia no controle
hormonal do útero materno, entre outros. Tais anormalidades têm sido mais frequentemente descritas em animais de
rebanho, como:
Bovinos
 1 de 4 
Isto ocorre porque nesses animais de rebanho o uso de tecnologias reprodutivas é mais disseminado. Os animais com
tais anormalidades podem nascer com dificuldade respiratória e ainda vir a óbito nas primeiras horas de vida.
Principais agentes teratogênicos
Veja os principais agentes teratogênicos de origem genética ou ambiental.
 Translocação
Ocorre quando dois cromossomos não homólogos se separam em dois segmentos e trocam material genético entre esses
segmentos. Animais com cromossomos translocados em seu genoma são, geralmente, fenotipicamente normais (sem alterações
na aparência), porém sua fertilidade é consideravelmente reduzida.
 Inversão
Ocorre quando há a separação de parte do cromossomo e posterior união dessa porção, mas de forma invertida.
 Duplicação
Ocorre quando um cromossomo perde uma parte do seu material genético e essa parte liga-se a uma cromátide irmã, formando um
segmento extra, apresentando uma porção repetida.

 
dVídeos
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Fatores teratogênicos químicos
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Agentes infecciosos
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Fatores teratogênicos genéticos


Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus
objetivos.
Questão 1
Os agentes teratogênicos podem ser de origem genética, relacionados aos cromossomos do animal, ou de origem
ambiental, relacionados às alterações que ocorrem ainda no ambiente uterino. Acerca dos principais agentes
teratogênicos, assinale a alternativa correta.
A
As alterações teratológicas de origem genética estão relacionadas somente ao número de
cromossomos das células diploides, não sendo encontradas alterações nos pares de cromossomos
sexuais.
B
Qualquer agente teratogênico é capaz de causar malformações no embrião em desenvolvimento,
independente do período da gestação e da intensidade da exposição ao agente.
C
Os teratógenos ambientais incluem medicamentos, agentes infecciosos, radiações ionizantes e
deficiências nutricionais.
D
O período de maior susceptibilidade embrionária aos agentes teratogênicos é o terço final da gestação,
quando ocorre a organogênese.
E
O uso de antibióticos em animais prenhes é completamente seguro, visto que essa classe de
medicamentos não apresenta riscos à gestação.
Responder
Questão 2
As células animais podem ser classificadas quanto ao seu material genético em diploides e haploides, sendo estas
últimas os chamados gametas ou células sexuais. Quando os gametas masculino e feminino se unem para formar o
zigoto, podem ocorrer algumas falhas na divisão embrionária, originando células com número de cromossomos
anormal. Sobre as alterações genéticas relacionadas aos cromossomos, assinale a alternativa correta.
A
A aneuploidia é um tipo de alteração em que os cromossomos aparecem em quantidades anormais nas
células animais.
B Embriões com ausência de um cromossomo sexual não são capazes de serem formados.
C
Na condição de Freemartin, as fêmeas bovinas trocam fluidos com o sangue materno, produzindo
células quiméricas com cromossomos XX e XY.
dVídeos
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Principais malformações
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar malformações estruturais e
funcionais em animais domésticos, os diferentes níveis de gravidade e suas causas.
Aspectos gerais das malformações dos embriões
Os embriões são formados por um grupo de células em constante processo de mitose e diferenciação celular que ocorre
harmonicamente e em determinada ordem. Portanto, qualquer alteração nessa sequência de eventos pode levar ao
aparecimento de malformações no nascimento.
Como vimos, o período crítico de susceptibilidade do embrião aos agentes teratogênicos está compreendido no primeiro
terço da gestação (dependendo da espécie animal, esse período pode variar de 10 dias até 5 semanas). Depois disso, as
chances de nascimento com malformações diminuem consideravelmente.
O período da gestação em que o embrião foi exposto ao teratógeno, bem como a
intensidade dessa exposição vão determinar as malformações e os órgãos afetados.
Alguns teratógenos podem ser mais prejudiciais em estágios iniciais da gestação, enquanto outros podem causar
alterações tardias. Além disso, alterações em determinado órgão podem levar à malformação de outros devido a uma
reação em cadeia.
Malformações estruturais
Malformações estruturais incluem anormalidades no desenvolvimento das partes do corpo, incluindo esqueleto e órgãos.
A maior parte dessas alterações pode ser detectada no nascimento. As principais malformações estruturais encontradas
em animais domésticos são:
q
D
Tecnologias de reproduçãoassistida também podem ser agentes teratogênicos, frequentemente
relacionadas ao subdesenvolvimento embrionário.
E
Radiações ionizantes e substâncias químicas são capazes de causar mutação no material genético, no
entanto, não possuem capacidade de destruí-lo.
Responder

2
Exemplo
Agentes teratogênicos que alterem a estrutura cerebral podem levar à deformidade dos membros e de outras estruturas
dependentes do sistema nervoso.

dVídeos
Veja um exemplo de malformação estrutural:
Feto suíno duplicado. Uma cabeça, quatro braços e quatro pernas.
Malformações funcionais
Malformações funcionais incluem distúrbios no funcionamento dos diferentes sistemas que controlam as atividades do
corpo do animal, como os sistemas nervoso, imunológico e endócrino. Diferente das malformações estruturais, as
malformações funcionais podem levar meses ou até anos para serem detectadas.
Geralmente, as malformações funcionais estão diretamente relacionadas às malformações estruturais citadas, pois
quando o animal apresenta algum órgão defeituoso, consequentemente a função daquele órgão estará prejudicada. No
entanto, algumas malformações funcionais podem estar diretamente relacionadas ao genótipo dos animais.
Embora atualmente existam métodos para detecção e correção de displasia coxofemoral no animal ainda filhote, tal
alteração está ligada a fatores genéticos de predisposição, e mesmo que o animal tenha nascido sem nenhuma
alteração aparente, essa condição tende a se agravar com o passar dos anos.
As alterações funcionais podem ser inúmeras e podem estar relacionadas ao sexo e à raça dos animais. As principais
alterações funcionais são agrupadas de acordo com o sistema ou órgão afetado. Confira!
Malformações do coração e vasos sanguíneos
As anomalias do sistema cardiovascular são relativamente comuns em animais. Malformações cardíacas podem ser
classificadas em cianóticas ou acianóticas e tal situação depende do grau de oxigenação tecidual prejudicado pela
alteração em questão. Nas malformações cianóticas, os tecidos recebem uma oxigenação reduzida nos capilares, em
razão da deficiência de oxigênio na hemoglobina, tornando aquele tecido escurecido/azulado devido à privação de
oxigênio (daí o nome cianose: ciano = azul), podendo ser observada inclusive na mucosa dos animais. Já nas
malformações acianóticas não ocorre comprometimento da distribuição de oxigênio pelos vasos. Vejamos algumas das
principais anomalias do sistema cardiovascular:
Agenesia ou aplasia 
Hipoplasia ou hiperplasia 
Falhas de união ou fusão de estruturas 
Ausência de controle da morte celular programada (apoptose) 
Distúrbios de regressão tecidual 
Falhas de migração celular 
Persistências estruturais 
Duplicação e reversão de assimetria 
Exemplo
A perpetuação da displasia coxofemoral em cães da raça pastor-alemão, é um exemplo de malformação funcional ligada ao
genótipo, devido à grande quantidade de cruzamentos consanguíneos que ocorreram durante a década de 1990, para a
utilização dos cães em trabalho policial.

 Estenose aórtica congênita
É o principal problema cardíaco congênito encontrado, sendo caracterizado pela diminuição do lúmen da aorta, causando
problemas de perfusão tecidual e modificando toda a circulação sanguínea do corpo. É caracterizado pela persistência de um anel
fibroso ao redor da aorta e possui variados níveis de gravidade a depender do tamanho da diminuição do lúmen aórtico.
 Estenose pulmonar
É semelhante à estenose aórtica, causa a diminuição do fluxo da artéria pulmonar e pode se apresentar em diferentes níveis de
severidade, podendo ocasionar a obstrução total do vaso.
 Ectopia cordis
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Outra alteração que também pode acontecer está relacionada aos defeitos nos septos que dividem os átrios e
ventrículos. Em um coração normal, os átrios e ventrículos são separados por uma camada de tecido conjuntivo e
muscular, tornando os lados direito e esquerdo totalmente separados e independentes. Nesse tipo de alteração,
encontramos malformações ou divisão incompleta dessas câmaras, levando à mistura de sangue arterial (rico em O2) e
sangue venoso (rico em CO2).
Ainda, como malformações do coração e vasos sanguíneos, temos:
Tetratologia de Fallot: alteração cardíaca congênita que causa baixa perfusão tecidual (os tecidos ficam mal irrigados) e,
consequentemente, baixa oxigenação (caracterizando uma malformação cianótica). É conhecida por provocar 4 lesões
principais: defeitos no septo ventricular, uma falha no fechamento do tecido muscular ou conjuntivo que separa os dois
ventrículos cardíacos; dextroposição da artéria aorta, em que esta permanece voltada para o lado direito, podendo
alcançar estruturas como traqueia e esôfago; estenose pulmonar, caracterizada por um estreitamento da artéria
pulmonar; e hipertrofia ventricular direita, causando aumento das células musculares devido à dificuldade do coração em
bombear o sangue nessa câmara cardíaca. Para os animais acometidos por essa anomalia, até mesmo os exercícios
físicos mais leves podem levar à cianose e a dificuldades respiratórias.
Displasia das valvas atrioventriculares: relacionada à malformação das valvas e a dificuldade delas em bombear o
sangue. As valvas controlam a entrada e a saída de sangue dos átrios para os ventrículos. Qualquer anomalia estrutural
nessas membranas causa alterações severas no fluxo sanguíneo como um todo, levando a alterações de perfusão
tecidual.
Dois grandes problemas ainda podem ser encontrados no desenvolvimento dos vasos sanguíneos, veja:
Persistência do ducto arterioso: ainda no feto, o ducto arterioso é uma comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar
que permite a passagem de sangue oxigenado vindo diretamente da placenta. Ao nascimento, esse ducto é
anatomicamente fechado para que não ocorra mistura de sangue arterial em venoso. Porém, em algumas situações esse
ducto pode permanecer no animal, que pode chegar a apresentar, em casos mais graves, hipertensão pulmonar e,
consequentemente, falha cardíaca.
Persistência do arco aórtico direito: é caracterizada pela formação de um anel vascular parcial ou completo ao redor do
esôfago e da traqueia, podendo comprimir tais estruturas.
Malformações do trato digestório
Fenda palatina ou fenda labial
Condição em que não há união completa dos ossos palatinos ou dos lábios, apresentando uma abertura e comunicação
com a cavidade nasal. Cães de raças braquicefálicas possuem maior probabilidade de apresentar essa alteração. Nesses
casos, os animais possuem dificuldade de sucção e alimentação, pois o conteúdo ingerido acaba retornando para a
cavidade nasal.
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Alterações de fígado e glândulas anexas ao sistema digestório são mais raramente observadas e, quando aparecem,
estão relacionadas a infecções maternas por parasitas ou bactérias.
Anomalias do trato urinário
Dentre as alterações teratogênicas encontradas, as anomalias do trato urinário são bastante comuns. Vamos conhecer
algumas:
Anomalias dos órgãos genitais, glândulas sexuais anexas e
É uma condição na qual o coração não se encontra na posição desejada dentro do tórax. É mais frequentemente reportada em
bovinos. Neste caso, o animal pode apresentar o coração próximo ao pescoço ou fora da cavidade torácica.
 Dextrocardia
É uma alteração na qual o coração está localizado mais à direita da cavidade torácica, impactando em algumas estruturas
torácicas. Geralmente essa condição pode estar relacionada à reversão de outros órgãos dentro do corpo. Essa alteração não traz
grandes problemas, muitas vezes, e o indivíduo consegue conviver com a malformação.
Rins policísticos 
Fusão dos polos caudais 
Hipoplasia ou agenesia renal 
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gônadas
Nos bovinos, especialmente em criações de gado leiteiro, podemos observar a presença de tetos supranumerários, ou
seja, quando existe um número maior de tetos que o normal nas espécies animais ou até mesmo tetos fundidos.Além
disso, algumas substâncias químicas e algumas plantas podem levar à produção e secreção de leite mesmo em
períodos fora da lactação, ocasionando aumento da glândula mamária.
Animais hermafroditas ou intersexos também têm essa condição, considerada uma forma de anomalia congênita e,
como discutido, podem apresentar variações anatômicas anormais dos órgãos genitais. Tal condição ocorre com maior
frequência em caprinos e suínos e é menos observada em cães e cavalos. Condições intersexo incluem o
hermafroditismo (presença das duas genitálias externas no mesmo indivíduo), anormalidades dos órgãos reprodutivos
acessórios (como as glândulas acessórias nos machos), disgenesia gonadal (malformação da gônada do animal,
produzindo menor quantidade de hormônios sexuais) e freemartismo (relativo a fêmeas Freemartin, condição genética
de que já falamos).
Animais híbridos são um exemplo relativamente comum na rotina veterinária e representam também uma malformação
funcional importante. Híbridos são animais resultantes do cruzamento de duas espécies diferentes, contudo
geneticamente próximas, podendo formar indivíduos saudáveis e sem alterações físicas aparentes, porém estéreis.
Um exemplo disso, são as mulas, provenientes do
cruzamento do asno com a égua, e os bardotos,
provenientes do cruzamento do cavalo com a jumenta.
Esses animais são utilizados no campo para trabalho
devido à resistência e facilidade de manejo. Embora sejam
fisicamente saudáveis, esses indivíduos não são capazes
de perpetuar a espécie, pois acabam por se tornar estéreis
após o nascimento.
Mula, o animal híbrido mais conhecido e utilizado mundialmente.
Tal alteração está relacionada à incapacidade do animal de produzir gametas. Outros exemplos de híbridos encontrados
na natureza incluem os ligres, javaporco, zebroide, entre outros.
Anomalias da cabeça e sistema nervoso central
A ciclopia é uma condição congênita na qual há a presença de uma única órbita ocular presente no plano mediano da
cabeça do animal, podendo conter somente um olho ou dois olhos fusionados.
Podemos destacar ainda a microcefalia, anomalia
caracterizada por uma pequena cavidade cranial e cérebro
de tamanho reduzido; a hidrocefalia, caracterizada por um
acúmulo anormal de líquido no crânio; e a craniosquise ou
crânio bífido, quando há divisão do crânio em dois
hemisférios, condição geralmente incompatível com a
vida.
Hidrocefalia em um filhote de cão.
A ausência de algumas estruturas cranianas ou faciais, como ausência de orelhas; presença de dentes em excesso ou a
ausência dos dentes também representam alterações congênitas da cabeça.
Anomalias do esqueleto
Alguns fetos podem nascer “contraídos” e, portanto, com tamanhos ósseos menores ou irregulares devido à pressão
uterina. Deficiências de iodo e minerais também podem estar associadas às malformações ou fraqueza óssea no feto.
Malformações de origem genética e ambiental
Saiba mais
Animais intersexo podem ser classificados de acordo com o sexo genético (cromossomo sexual presente nas células), sexo
gonadal (devido à presença de testículos ou ovários), sexo fenotípico (relacionado ao órgão copulatório) ou ainda de acordo
com o comportamento e a dinâmica hormonal.
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Acondroplasia, condrodistrofia ou nanismo 
Espinha bífida 
Hemivértebras 

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Veja as principais malformações genéticas estruturais e funcionais que os animais podem apresentar.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Malformações estruturais
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Malformações do coração e vasos sanguíneos
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Malformações dos órgãos genitais, glândulas sexuais anexas e gônadas
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Vamos praticar alguns conceitos?
Falta pouco para atingir seus
objetivos.
Questão 1
Alterações estruturais estão relacionadas a malformações encontradas no feto ao nascimento, podendo apresentar
gravidades diferentes. Em alguns casos, o animal consegue conviver com aquela alteração, porém, em outros, a
malformação torna-se incompatível com a vida. Sobre as malformações estruturais encontradas em animais
domésticos, assinale a alternativa correta.
A
A apoptose ou morte celular programada é um mecanismo que ocorre somente após o nascimento. A
ocorrência desse fenômeno ainda no período embrionário pode levar a malformações congênitas.
B
A agenesia caracteriza-se pela formação exagerada de um órgão, onde ocorre aumento do número de
células, tornando-o maior que o habitual.
C
A criptorquidia, condição em que os testículos dos cães não conseguem alcançar a bolsa escrotal, é
incompatível com a vida, já que o animal não consegue conviver com a patologia.
D
A persistência do ducto arterioso é uma malformação estrutural caracterizada pela presença de um vaso
sanguíneo que liga a artéria pulmonar à artéria aorta. O ducto geralmente desaparece logo após o
nascimento em condições normais.
E
Gestações gemelares estão livres de riscos à formação de alterações teratogênicas, já que cada embrião
consegue se desenvolver independentemente.
Responder
Questão 2
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Considerações �nais
Conhecer os agentes teratogênicos e suas consequências nos animais é de extrema importância na rotina clínica
veterinária. Nesse conteúdo, entendemos que as causas das malformações em animais domésticos são variadas, bem
como seus efeitos e consequências nos neonatos. Tais causas podem apresentar origens genéticas ou origens
ambientais. Em relação às causas genéticas, vimos, por exemplo, que o número de cromossomos de cada espécie
influencia na formação do embrião e que qualquer diferença nesse número pode levar a malformações graves. Em
relação às causas ambientais, vimos que fatores mecânicos, radiações ionizantes, medicamentos e até mesmo os vírus
e as bactérias podem impactar a formação dos embriões, originando as malformações.
As alterações mais observadas nos animais devido à exposição aos agentes teratogênicos incluem as estruturais e as
funcionais. Nas alterações estruturais, podemos encontrar várias malformações físicas, observadas logo após o
nascimento. Já nas alterações funcionais, pode haver o comprometimento de órgãos ou todo um sistema do corpo do
animal como consequência de alterações estruturais ou ainda sem que haja alterações físicas aparentes.
Podcast
Para encerrar, ouça o podcast e aprofunde seu conhecimento sobre as principais causas de malformações, bem
como suas respectivas alterações em animais domésticos.
00:00 12:49
1x
Referências
BELLI, C. B. et al. Relato de caso de artrogripose em caprino. ARS Veterinária, v.23, n. 2, p.1010-1016, 2007.
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SINOWATZ, F. Chapter 19 – Theratology. Veterinarian key, 2016. Consultado na internet em: 16 maio. 2022.
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Confira o que separamos especialmente para você!
Caracteriza-se por uma malformação congênita do sistema circulatório aquela em que são encontradas as seguintes
alterações, intimamente relacionadas: defeitos no septo interventricular do coração, dextroposiçãoda artéria aorta,
estenose da artéria pulmonar e hipertrofia ventricular direita. Animais portadores dessa patologia apresentam
problemas de oxigenação tecidual. A patologia em questão tem relação com a
A ectopia cordis.
B tetralogia de Fallot.
C displasia de valvas atrioventriculares.
D persistência do arco aórtico direito.
E estenose aórtica congênita.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/04249/index.html
Assista ao vídeo Afecções congênitas – Parte 1, no Youtube, e veja as principais alterações cardiológicas congênitas em
cães.
Pesquise o artigo de revisão Teratologia: malformações em suínos, do Instituto Biológico, Centro de Pesquisa de
Sanidade Animal, e conheça as principais malformações congênitas que ocorrem em suínos em processos produtivos.
Leia o artigo Alterações congênitas em neonato canino – relato de caso e conheça um caso de fenda labial e agenesia
de orelhas em cão, de Vitória Damacena de Almeida, Laura Ventura Evangelista e Daniel de Souza Ramos Angrimani.
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