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Introdução à Linguagem Java

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3ºAula
Conhecendo a linguagem Java
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
saber como são escritas as variáveis na linguagem Java;
entender como as estruturas de decisão são escritas na linguagem Java;
entender como as estruturas de repetição são escritas na linguagem Java;
entender como os comentários são escritos na linguagem Java. 
Olá, pessoal, tudo bem? 
Bem-vindos novamente à disciplina de Programação 
Orientada a Objetos. Nesta terceira aula, vamos aprender como 
é a sintaxe básica da linguagem Java. Estudaremos também 
como escrever as variáveis, comandos de decisão, comandos de 
repetição e os comentários usando a linguagem Java. Essa aula 
será teórica, e inicia uma série de duas aulas. Na aula seguinte, 
você vai aprender como escrever suas classes no Netbeans.
Qualquer dúvida, entre em contato via quadro de avisos. E 
lembre-se de fazer as atividades dessa aula. Estaremos sempre 
a sua disposição.
Boa aula!
Bons estudos!
87
Programação Orientada a Objetos 30
1 - Variáveis em Java
2 - Estruturas de decisão em Java
3 - Estruturas de repetição em Java
4 - Comentários
1 - Variáveis em Java
As variáveis na linguagem Java funcionam da mesma 
forma que vimos em algoritmos e nas linguagens C e C++. 
Eles armazenam um dado de um determinado tipo.
Mas, existem algumas diferenças. Uma variável na 
linguagem Java pode ser de um tipo primitivo ou uma 
referência para um objeto. Veremos o que são eles a seguir:
1.1 - Tipos Primitivos
Os tipos primitivos são aqueles que armazenam um 
dado apenas. Eles funcionam de forma similar as variáveis 
Seções de estudo
comuns na linguagem C. Assim, uma variável do tipo int só 
vai armazenar apenas um número apenas, enquanto uma 
variável do tipo char armazena apenas um caractere.
 Na linguagem Java, temos os seguintes tipos 
primitivos:
• byte: Armazena um valor de apenas 8 bits (-128 a 
127);
• short: Também chamado de short int, ele armazena 
um número inteiro da faixa entre -32768 a 32767;
• int: Armazena um inteiro de 32 bits;
• long; Armazena um inteiro de 64 bits, onde seu 
número máximo passa de 9 quintilhões;
As variáveis de números inteiros podem receber um modi cador do 
tipo unsigned, que faz eliminar o sinal. Assim, a capacidade desses 
números varia na fai a entre 0 ao dobro da capacidade má ima do 
tipo normal.
• oat: Número de ponto utuante de 32 bits;
• double: Número de ponto utuante de 64 bits. É 
recomendável o seu uso no lugar do oat;
• char: Armazena um único caractere no sistema;
• boolean: Armazena um valor verdadeiro ou falso.
Figura 1 - Tipos Primitivos em Java.
Fonte: SAKURAI, 2011.
88
31
A declaração de uma variável de tipo primitivo segue a 
mesma regra que vemos nas linguagens C e C++. Primeiro 
de nimos o nome do tipo, depois damos o nome da variável. 
Opcionalmente, podemos de nir um valor inicial para essa 
variável, usando o sinal de igual (que é o símbolo de atribuição) 
seguido pelo valor inicial.
Sempre, toda instrução na linguagem Java é encerrada com ponto-e-
vírgula, com e ceção dos encerramentos de bloco.
Abaixo, temos alguns exemplos válidos de nomeação de 
variáveis na linguagem Java:
int teste = 9;
float numero_real = 5.3;
char caractere = ‘b’;
booleane_maior;
Como vimos, podemos fazer atribuições usando o sinal 
de igual, seguido pelo valor que queremos atribuir a essa 
variável. Observe:
teste = 6;
Uma atribuição também pode receber um resultado 
de uma conta matemática. Os operadores são iguais ao que 
temos na linguagem C/C++. Observem na tabela quais são.
Tabela 1 - Operadores em Java
Operador Signi cado
+ Adição
- Subtração
Divisão
* Multiplicação
% Resto de uma divisão
Fonte: Acervo Pessoal.
Vamos ver alguns exemplos de cálculos.
salario = 120 + 30;
salario = 300 - deducao;
deducao = bonus / 12;
salario = salario * bonus;
Da mesma forma que é possível na linguagem C/
C++, podemos usar os operadores unários de incremento e 
decremento, que fazem automaticamente o incremento ou o 
decremento em uma unidade. Esses operadores são o ++ e o 
--, respectivamente. Observem agora como podemos usar eles:
salario++;
salario--;
Outra possibilidade que podemos usar são os operadores 
mistos. São operadores em que nós usamos para abreviar 
operações que usam o valor antigo de uma variável e salvam 
nessa mesma variável. São alguns exemplos:
salario = salario + 400;
salario = salario - 40;
salario = salario / 3;
salario = salario * 4;
Esses operadores mistos abreviam a escrita duplicada 
dessa variável. Para usarmos eles, colocamos o sinal aritmético 
desejado, seguido pelo sinal de igual. Depois indicamos o valor 
que devemos alterar essa variável. Observem como escrevemos 
essas mesmas operações, desta vez com o operador misto:
salario += 400;
salario -= 40;
salario /= 3;
salario *= 4;
Como veremos mais adiante, podemos usar valores 
primitivos para fazer as comparações. Mas, veremos antes 
como funcionam as variáveis de referência.
1.2 - Variáveis de Referência
As variáveis de Referência são aquelas que armazenam 
uma referência para uma instância de uma classe no programa 
Java. Assim, quando criamos um objeto, a variável recebe o 
endereço de memória para esse objeto, não o objeto em si. 
São aquelas variáveis que são criadas usando o operador new. 
Veja um exemplo, quando instanciamos a uma variável x uma 
referência para um objeto da classe Scanner, declarado na 
biblioteca padrão do Java:
Scanner x = new Scanner();
Nem todo objeto será instanciado dessa maneira. É o 
caso dos objetos do tipo String, que também está incluída 
na biblioteca padrão do Java, que armazena uma cadeia de 
caracteres no sistema. Eles admitem a sua criação escrevendo 
uma cadeia de caracteres, entre aspas duplas. Observem o 
exemplo:
String str = “BlaBla”;
Quando criamos uma variável de referência, podemos 
usar os atributos e métodos que essa classe oferece.
Nas variáveis de referência, quando fazemos uma 
operação de atribuição de um objeto existente para uma 
variável de referência, estamos passando o endereço desse 
objeto para a variável. Assim, se criarmos duas variáveis 
da mesma classe, recebendo uma atribuição para o mesmo 
objeto, as duas variáveis estarão lidando com o mesmo 
objeto, e assim, qualquer mudança que uma variável zer no 
objeto, impactará na outra variável. Isso é igual ao que vimos 
aos ponteiros, na matéria de Estruturas de Dados II.
A seguir, vamos ver como funcionam os vetores e as 
matrizes.
1.3 - Vetores em Java
Os vetores funcionam da mesma forma que as outras 
linguagens de programação. Elas armazenam um conjunto de 
valores do mesmo tipo. Vale lembrar que da mesma forma 
que podemos fazer na linguagem C/C++, os vetores na 
linguagem Java possuem índices para o acesso de seus dados. 
89
Programação Orientada a Objetos 32
E esses índices vão de valores entre 0 a n-1, onde n é o número 
de itens desse vetor.
A criação de vetores em Java segue dois passos. O 
primeiro passo é a declaração que esta variável é do tipo vetor. 
Para isso, escrevemos no nosso código o tipo dessa variável, 
o nome do vetor seguido imediatamente por colchetes. Essa 
é uma diferença de Java para a linguagem C/C++. Não 
precisamos indicar na declaração a quantidade de posições 
desse vetor. Veja um exemplo de declaração válida:
int idades[];
Vale lembrar que Java aceita vetores de tipos 
primitivos,também de variáveis de referência. Nesse exemplo, 
estamos armazenando um conjunto de nomes, que é um 
vetor do tipo String.
String nomes[];
O segundo passo é a inicialização desse vetor. Para isso, 
vamos fazer da seguinte forma: Indicamos o nome do vetor, 
em seguida, usamos o operador new, seguido pelo nome do 
tipo desse vetor, depois escrevemos entre colchetes o número 
de posições que esse vetor terá. Assim, se queremos que o 
vetor idade armazene dez valores, fazemos da seguinte forma:
idades = new int[10];
O mesmo vale para vetores de referência para objetos. 
No exemplo abaixo, inicializamos um vetor de vinte posições 
parareferências para a classe String:
nomes = new String[20];
Mas, atenção! Nesse caso, estamos inicializando o vetor, 
não os seus valores internos. Para inicializar um valor interno, 
devemos indicar entre colchetes o número da posição que 
queremos utilizar, e em seguida, fazer a inicialização da mesma 
forma que um valor comum. Observe:
nomes[2] = new String();
O mesmo vale se queremos usar o valor de uma posição 
do vetor para recuperar ou armazenar um valor:
idades[3] = 50;
idades[4] = idades[3] + 90;
Perceba que esse processo é igual ao que fazemos na 
linguagem C/C++.
Na seção a seguir, vamos ver como funcionam as 
estruturas de decisão em Java.
2 - Estruturas de decisão em Java
Na linguagem Java, da mesma forma que em qualquer 
linguagem de programação temos as estruturas de decisão, 
que dada uma condição ou um valor, temos dois ou mais 
caminhos a serem escolhidos, dependendo do valor de uma 
variável ou o resultado de uma condição.
As estruturas de decisão que usam uma condição para 
de nir qual caminho seguir são a estrutura IF e o operador 
ternário. Já a estrutura de decisão que usa um valor de uma 
variável para decidir qual caminho seguir é a SWITCH..CASE.
Antes de vermos essas estruturas, veremos como 
escrever condições na linguagem Java.
2.1 - Escrevendo condições
As condições são escritas de uma forma similar ao que 
vemos na linguagem C/C++. Mas existem duas diferenças de 
comparação, e ela envolve a forma de comparar variáveis de 
tipos primitivos e variáveis de referência. 
Para comparar valores e variáveis de tipos primitivos, 
usamos a mesma forma que usamos na linguagem C/C++. 
De nimos dois valores, sejam pré-de nidos, oriundos de 
variáveis, atributos ou resultados de métodos, sendo um de um 
lado e um de outro lado. Entre os dois de nimos um operador 
de comparação (chamados também de operadores de igualdade 
ou de relação), que pode algum desses de nidos nessa lista:
Tabela 2 - Operadores de igualdade e de relação em Java
Operador Signi cado
== Igualdade. Retorna verdadeiro se os dois valores são iguais 
e falsos se os dois valores forem diferentes.
!= Diferente. É o inverso da igualdade.
Utilizado quando desejamos veri car se uma variável é 
maior que outra.
= Utilizado quando desejamos veri car se uma variável é 
maior ou igual a outra.
Utilizado quando desejamos veri car se uma variável é 
menor que outra.
= Utilizado quando desejamos veri car se uma variável é 
menor ou igual a outra.
Fonte: com informações de DIAS, 2017.
Veja alguns exemplos:
6 > 9
idade < 34
67 != idade
idade1 == idade2
No caso das variáveis de referência, temos apenas o 
operador de igualdade, onde compara se duas variáveis de 
referência apontam para o mesmo objeto. 
Da mesma forma que na linguagem C/C++, podemos 
ligar duas ou mais condições em uma só, usando os operadores 
de ligação de condições, também denominados de operadores 
lógicos. São estes:
Tabela 3 - Operadores de igualdade e de relação em Java
Operador Signi cado
&& Operador E. Utilizado quando desejamos que as duas 
e pressões sejam verdadeiras.
|| Operador OU. Utilizado quando precisamos que pelo 
menos um das e pressões seja verdadeira.
Fonte: com informações de DIAS, 2017.
90
33
Veja alguns exemplos:
idade < 0 || idade > 100
idade > 10 && idade < 20
Além disso, temos o operador de negação, que consiste 
em um ponto de exclamação (!), que realiza a inversão do 
resultado de uma condição. Se o resultado da condição era 
verdadeira, o resultado passa a ser falso. E vice-versa. Veja 
um exemplo:
!(idade > 9)
Como você pode perceber, podemos usar parênteses 
para deixar a condição mais legível. Agora que você sabe como 
escrever as condições, vamos ver como são as estruturas de 
decisão em Java.
2.2 - A estrutura IF
A estrutura IF funciona de forma igual na linguagem 
C/C++. Ela consiste em que informamos uma condição. E 
se essa condição for verdadeira, os comandos que estiverem 
dentro desse bloco serão executados.
A sintaxe desse bloco é esta:
if (<condicao>){
 <comando1>;
 <comando2>;
 ...
}
Veja um exemplo: estamos con gurando uma variável 
do tipo boolean chamada e_maior. Para con gurar essa 
variável, veri camos se a idade é maior que 18. Se a idade for 
maior igual que 18, condição que testamos em um bloco IF, 
setamos o valor de e_maior como true, que indica verdadeiro.
boolean e_maior;
if (idade >= 18){
 e_maior = true;
}
Podemos de nir também uma série de comandos a serem 
executados quando a condição falha. Para isso, de nimos um 
bloco ELSE, imediatamente após o bloco IF. No exemplo 
a seguir, copiamos o mesmo código do exemplo anterior e 
adicionamos uma cláusula ELSE, para con gurar a variável 
e_maior como false se a condição falhar. Observe:
boolean e_maior;
if (idade >= 18){
 e_maior = true;
}else{
 e_maior = false;
}
A seguir, veremos como funciona o operador ternário.
2.3 - O operador ternário
O operador ternário funciona de uma forma similar 
ao IF, mas de nimos um valor a ser retornado quando a 
condição for verdadeira e um valor a ser retornado quando a 
condição for falsa.
A sintaxe básica é esta:
<condicao> ? <valor_se_verdadeiro> : <valor_se_
falso>
O exemplo que usamos para exempli car o if pode ser 
convertido para um operador ternário, pois usamos o IF 
para apenas atribuir valores a uma mesma variável. Assim, 
podemos converter esse IF para um operador ternário, da 
seguinte forma:
e_maior = idade >= 18 ? true : false;
A seguir, vamos ver como funciona a estrutura SWITCH..
CASE.
2.4 - A estrutura SWITCH..CASE
A estrutura SWITCH..CASE testa um valor de uma 
variável para de nir o que será executado. A sua sintaxe básica 
é esta:
switch (<var>){
 case <val1>:
 comando1;
 comando2;
 break;
 case <val2>:
 comando1;
 comando2;
 break;
 default:
 comando1;
}
Onde:
• <var> é a variável é a ser testada;
• case<val1> é o ponto onde iniciamos a declaração 
dos comandos a serem executados caso o valor 
de <var> for igual a <var1>. O comando break 
é opcional, mas é recomendável, pois, se não for 
utilizado, o programa continuará procurando se 
existe um outro bloco de comandos para o mesmo 
valor;
• O bloco default de ne um conjunto de instruções a 
serem executados caso não tenhamos nenhum caso 
equivalente ao valor da variável a ser testada.
Observe um exemplo, onde informamos no switch uma 
variável chamada quantidade. Nesse caso, ela salva um nome 
equivalente a essa quantidade em uma variável chamada nome. 
Se nenhum nome equivalente for encontrado, é de nido 
como valor padrão a string “Não achamos algum nome”.
String nome;
switch(quantidade){
 case 10:
 nome = “Uma dezena”;
 break;
 case 12:
91
Programação Orientada a Objetos 34
 nome = “Uma dúzia”;
 break;
 case 20:
 nome = “Duas dezenas”;
 break;
 default:
 nome = “Não achamos algum nome”.
}
A seguir, vamos abordar as estruturas de repetição em 
Java.
3 - Estruturas de repetição em Java
As estruturas de repetição são aquelas em que se de nem 
uma sequência de comandos a serem repetidos de acordo 
com uma determinada condição. A linguagem Java traz os 
três loops presentes na linguagem C/C++: WHILE, DO..
WHILE e FOR. Veremos sobre eles a seguir:
3.1 - O laço WHILE
O laço WHILE repete uma série de nida de comandos 
presentes dentro do seu bloco enquanto uma condição 
permanecer verdadeira. Seu teste sempre é no início do loop. 
Assim, se a condição for falsa na entrada do loop, nada é feito.
No exemplo a seguir, temos um laço WHILE que faz 
uma contagem até o valor dez.
int valor = 0;
while (valor <= 10){
 valor++;
}
3.2 - O laço DO..WHILE
Funciona de uma forma similar ao laço WHILE, 
repetindo uma série de comandos enquanto a condição for 
verdadeira. Mas existe uma diferença sutil: Enquanto que o 
laço WHILE testa a condição no início do loop, fazendo que 
o loop não seja executado caso a condição for falsa, o laço 
DO..WHILE testa a condição no nal do loop, permitindo 
uma execução desse laço, mesmo que a condição seja falsa.
O exemplo a seguir consiste na mesmacontagem de 0 a 
10, só que escrito em um laço DO..WHILE;
int valor = 0;
do{
 valor++;
}while (valor <= 10);
3.3 - O laço FOR
Enquanto que os laços WHILE e DO..WHILE não tem 
uma certeza exata a respeito da quantidade de vezes a serem 
executadas, o laço FOR é um laço onde tem uma certeza da 
quantidade de vezes a serem executados.
Sua estrutura é a mesma a que vemos na linguagem 
C/C++. Na sua declaração, inicializamos uma variável, 
declaramos uma condição para que o laço FOR continue e 
uma instrução de incremento.
Observe como caria a contagem de 0 a 10, com um 
laço FOR:
for (int valor = 0; valor <= 10; valor++){
 //faca alguma coisa...
}
As instruções break e continue
A linguagem Java nos oferece duas instruções que podem ser 
utilizadas em caso de laços de repetição. São as instruções break e 
continue.
A instrução break, se usada dentro de um laço de repetição, ela 
interrompe automaticamente a e ecução, continuando a e ecução 
na primeira linha seguinte a declaração do laço.
Já a instrução continue também interrompe a e ecução, mas somente 
da iteração atual do loop, forçando uma nova e ecução desse laço.
A seguir, vamos abordar como funcionam os comentários 
na linguagem Java.
4 - Comentários
Os comentários deixam o código mais legível para 
o programador que está escrevendo o programa e para 
futuros programadores que venham a fazer modi cações 
no programa, para adicionar uma nova funcionalidade ou 
consertar alguma funcionalidade já existente.
Na linguagem Java, existem três tipos de comentários. 
O primeiro deles é o comentário de linha única, que abrange 
apenas uma linha. Sua sintaxe é simples: Basta iniciar o 
comentário usando duas barras, da seguinte forma:
// este é um comentário
A partir das duas barras, tudo que vier nesta linha até o 
seu nal é considerado comentário. Esse comentário é ideal 
para pequenas explicações.
O segundo tipo de comentário é o de múltiplas linhas. 
Ele tem a seguinte estrutura:
/*
Tudo
isso
aqui
é
um comentário
*/
Esse tipo de comentário é ideal para grandes explicações.
O terceiro tipo é um comentário iniciando com /**. 
Esse tipo de comentário se chama Comentário Javadoc ou 
Comentário de Documentação. Esse tipo de comentário 
é usado para descrever classes, atributos e métodos. Segue 
abaixo um exemplo básico de Javadoc, vindo de SAKURAI 
(2011b):
/**
 * Classe utilizada para realizar as interações 
com o banco de dados.
92
35
 */
public class ConexaoBD {
 /**
 * Método construtor.
 * Você deve utiliza-lo para conectar a base 
de dados.
 * @param usuario usuário do banco de dados
 * @param senha senha do usuário de acesso
 * @param ipDoBanco endereço IP do banco de 
dados
 * @param nomeDaBase nome da base de dados
 * @throws SQLException
 * @throws Exception
 * @author Cristiano Camilo
 * @since 1.0
 * @version 1.0
 */
 public ConexaoBD(String usuario, String senha, 
String ipDoBanco, String nomeDaBase) throws 
SQLException , Exception {
 Class.forName(“com.mysql.jdbc.Driver”);
 Connection conn = DriverManager.
getConnection(“jdbc:mysql://” + ipDoBanco + “/” 
+ nomeDaBase, usuario, senha);
 System.out.println(“Conectado ao banco de 
dados.”);
 }
 //Outros métodos
}
Observe os @ presentes dentro desse comentário da 
função construtora (veremos sobre eles na próxima aula). 
Denominados de tags, eles de nem os dados que serão 
inseridos dentro desse comentário. O quadro a seguir, resume 
as principais tags usadas no Javadoc:
Quadro 1 - Tags principais do Javadoc
Comentários gerais
deprecated - adiciona um comentário de que a classe, método ou 
variável deveria não ser usada. O te to deve sugerir uma substituição.
@since - descreve a versão do produto quando o elemento foi 
adicionado à especi cação da API.
@version - descreve a versão do produto.
@see - essa marca adiciona um link à seção “Veja também” da 
documentação.
Comentários de classes e interfaces
@author - autor do elemento.
@version - número da versão atual.
Comentários de métodos
@param - descreve os parâmetros de um método acompanhado por 
uma descrição.
@return - descreve o valor retornado por um método.
@thro s - indica as e ceções que um dado método dispara com uma 
descrição associada.
Comentários de serialização
@serial - para documentar a serialização de objetos.
Fonte: SAKURAI, 2011b.
O Javadoc usa esses comentários para gerar 
documentações no formato HTML. Além disso, as IDEs 
usam o Javadoc para exibir explicações gerais sobre o item 
a qual você está programando. No Netbeans, o Javadoc é 
utilizado para exibir popups adicionais de informações sobre 
um item selecionado no recurso deautocompletar, como 
mostra o exemplo a seguir:
93
Programação Orientada a Objetos 36
 Na próxima aula, vamos ver como usar a IDE 
Netbeans e como escrever as suas primeiras classes, usando a 
linguagem Java. Até lá!
Retomando a aula
Chegamos ao nal da nossa terceira aula. Espera-se 
que tenha cado mais claro o entendimento de vocês 
sobre o conhecimento da linguagem Java. Vamos, 
então,relembrar?
1 - Variáveis em Java
Nesta seção, vimos como funcionam as variáveis na 
Linguagem Java. Estudamos que elas se dividem entre variáveis 
de tipos primitivos e variáveis de referência, e que funcionam 
de uma forma análoga aos ponteiros na Linguagem C/
C++. Além disso, aprendemos como funcionam as variáveis 
compostas, que são os vetores.
2 - Estruturas de Decisão em Java
Na segunda seção, estudamos o que são as estruturas de 
decisão, que dada uma condição ou um valor, temos dois ou 
mais caminhos a serem escolhidos, dependendo do valor de 
uma variável ou o resultado de uma condição. As estruturas 
de decisão que usam uma condição para de nir qual caminho 
seguir são a estrutura IF e o operador ternário. Já a estrutura 
de decisão que usa um valor de uma variável para decidir qual 
caminho seguir é a SWITCH..CASE.
3 - Estruturas de Repetição em Java
Nesta seção, aprendemos como escrever as estruturas 
de repetição na linguagem Java. Essas estruturas vem da 
linguagem C/C++. São elas: WHILE, DO..WHILE e FOR. 
Além disso, vimos como interromper o seu loop e forçar uma 
nova iteração do loop, usando as palavras break e continue, 
respectivamente.
4 - Comentários
Por m, na última seção, vimos como escrever seus 
comentários na linguagem Java, sendo três variantes: A 
primeira é o comentário de linha, iniciado com duas barras. 
A segunda variante é o comentário de bloco, iniciado por /* 
e encerrado por */. Já a terceira variante é o comentário de 
documentação, iniciado por /** e encerrado por */.
CORNELL, Gary; HORSTMANN, Cay S.; 
Vale a pena ler
Vale a pena
FURMANKIEWICZ, Edson.et al. Core Java, volume I : 
fundamentos. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
CORNELL, Gary; HORSTMANN, Cay S.; 
TORTELLO, José Eduardo N. et al. CoreJava 2: 
fundamentos. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2001.
DEITEL, H.M. Java: como programar. 8. ed. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
SCHILDT, Herbert. Java Para Iniciantes - Crie, Compile 
e Execute Programas Java Rapidamente. 6. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2015.
BERTOL, Omero Francisco. Vetores em Java. 
DevMedia: 2011. Disponível em: <https://www.devmedia.
com.br/vetores-em-java/21449>. Acesso em: 19 out. 2018.
DIAS, Estevão Dominique Ribeiro. Java: operadores 
de atribuição, aritméticos, relacionais e lógicos. DevMedia: 
2017. Disponível em: <https://www.devmedia.com.br/
java-operadores-de-atribuicao-aritmeticos-relacionais-e-
logicos/38289>. Acesso em: 19 out. 2018.
FILGUEIRAS, Fellipe. JAVA – Estruturas de Decisão. 
Tableless: 2017. Disponível em: <https://tableless.com.br/
java-estruturas-de-decisao/>. Acesso em: 19 out. 2018.
FILGUEIRAS, Fellipe. JAVA – Estruturas de Decisão. 
Tableless: 2015. Disponível em: <https://tableless.com.br/
java-estruturas-de-repeticao/>. Acesso em: 19 out. 2018.
SAKURAI, Rafael Guimarães. Java - Tipos primitivos. 
Universidade Java, 2011a. Disponível em: <http://
www.universidadejava.com.br/materiais/java-tipos-primitivos/>. Acesso em: 19 out. 2018.
SAKURAI, Rafael Guimarães. Java - Comentários de código. 
Universidade Java, 2011b. Disponível em: <http://www.
universidadejava.com.br/materiais/java-comentarios/>. 
Acesso em: 19 out. 2018.
Vale a pena acessar
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