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2ª Tópica Freudiana @psicomleilacastro Para Freud, a primeira tópica não respondia todas as questões acerca do funcionamento psíquico. Ele, então, elaborou um Freud um modelo estrutural acerca da personalidade humana: é a dinâmica entre três estruturas (id, ego e superego) que regulam o funcionamento do aparelho psíquico. Id Presente desde o nascimento, instintivo, caótico. Atua conforme o princípio do prazer; Todo seu conteúdo é inconsciente; Não faz planos e não espera; Não tem cronologia (passado ou futuro), é sempre presente; Por ser presente, busca uma satisfação imediata para impulsos e tensões; Não aceita frustrações e não conhece inibição; Fonte de toda a energia das pulsões; Busca a liberação constante de toda energia, tensão e excitação; Não tem acesso a realidade. Sendo assim, o id pode se satisfazer por meio da fantasia/imaginação. Exemplo: Um bebê quando está com fome chora até conseguir a comida. Ou seja, só se satisfaz quando seu desejo é realizado. É assim que o Id funciona: como um bebê. Ego Se desenvolve a partir do id. É lógico e racional. Consciente, mas possui uma boa parte inconsciente; Atua conforme o princípio da realidade: procura o prazer e evitar o desprazer, mas considerando as limitações e oportunidades postos pela realidade; Função mediadora: deve atender e aplacar as exigências do id, assegurando a saúde, segurança e sanidade da psique; Media, integra e harmoniza as constantes pulsões do id, as exigências e ameaças do superego e as demandas vindas do mundo externo; O Ego é como se fosse uma balança: leva em consideração não apenas a realidade, como também as exigências do superego para realizar os desejos do id. Superego Surge a partir do Ego. É moral. Mantem internalizado todos os códigos de conduta que aprendemos com nossos pais e com a sociedade; Busca evitar qualquer pulsão que seja contrária a sua consciência moral; Princípio do Dever, exige a perfeição; Capacidade de auto-observação; Todo seu conteúdo é inconsciente; É como se fosse um juiz, dizendo o que é certo ou errado. É responsável por sentimento de orgulho, amor-próprio (quando a ação é aprovada) e culpa e inferioridade (desaprovado). O superego é relacionado ao Complexo de Édipo porque seu mecanismo de funcionamento desenvolve sobretudo a partir da idade do Édipo (em torno de 3 anos de idade até início da adolescência). É uma idade em que o filho precisa: entender o pai como garantidor das regras (limites, horários, disciplina etc.) refreadoras de sua pulsão; adotar um respeito reverencial pelo pai, como exemplo de herói, não mais um rival; e introjetar a proibição do incesto (desistir da mãe como objeto sexual). Podemos dizer que o superego tem três objetivos: inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados (consciência moral); forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional); conduzir o indivíduo à perfeição, seja em gestos ou pensamentos. Muito importante dizermos que um superego rígido adoece e é uma das principais causas das neuroses, angústias, ansiedades. A terapia psicanalítica vai trabalhar contra um superego rígido. Isso é feito permitindo: condições para que o analisando conheça a si mesmo; ceda um pouco mais aos seus próprios desejos, firmando uma personalidade menos conflituosa consigo mesmo; mesmo que isso contrarie os ideias e padrões sugeridos pela família e pela sociedade. Com isso, queremos dizer que entender a existência de um superego não significa aceitar todas as regras, leis, crenças e padrões de uma determinada sociedade. Pelo contrário, significa sim entender que a vida social demanda convenções para evitar a barbárie (isto é, o domínio do mais forte), mesmo quando essas convenções não estejam expressas ou escritas, mas que estas convenções não são sempiternas, imutáveis.
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