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Maria Eduarda de Alencar – Odontologia 2019.2 Classificação, Resgate e Transporte de Feridos Introdução - No atendimento a uma situação de emergência é essencial que a viatura destinada a atender estes tipos de ocorrência, esteja equipada com todo o equipamento e material indispensável a oferecer assistência pré-hospitalar a vítima traumatizada; - Além disso, chegando num local com múltiplas vítimas, é muito importante que elas sejam classificadas, para que os socorristas saibam a quem devem dar preferência naquele momento. Existem vários métodos para classificar vítimas, dentre eles os métodos START e Manchester; OBS.: Em situações de múltiplas vítimas muitas vezes os recursos são insuficientes, nesses casos a classificação se faz ainda mais necessária. - Deve-se focar em salvar o número máximo de pessoas, para realizar as classificações são feitas avaliações clínicas – deve-se levar de 60-90 min por vítima. Método Start - O método START sigla advinda do inglês Simple triage and rapid treatment – Triagem Simples e Tratamento Rápido. Consiste em avaliar e triar as vítimas de maneira rápida e eficiente; - A avaliação inicial pelo método dura em torno de trinta segundos e não deve passar de um minuto. Avalia-se a capacidade respiratória, perfusão periférica e nível de consciência, obtendo o estado de gravidade da vítima e classificando-a em um dos quatro níveis; → Classificação - A classificação é feita utilizando cores para indicar o estado das vítimas e o grau de prioridade no transporte; !!! Vermelho - A vítima com primeira prioridade. Indica que se trata de um paciente em estado grave ou crítico recuperável, que necessita de cuidados e de transporte imediato. Ex.: Choque, queimaduras em face, amputações, hemorragia severa e insuficiência respiratória; !!! Amarelo - O segundo grau de prioridade. Indicativo de vítimas que necessitam de cuidados, mas que podem aguardar. Ex.: Fraturas, traumatismo cranioencefálico leve/moderado, queimaduras menores, traumatismos abdominais e torácicos; !!! Verde - Terceiro grau de prioridade no transporte de vítimas. Indica que as vítimas não precisam de cuidados imediatos, podem aguardar. Eles devem ser direcionados a uma área segura e aguardar posterior atendimento e tratamento. Ex.: Contusões, hematomas, escoriações e pequenos ferimentos; !!! Preto - Vítima sem prioridade de transporte, pois possuem lesões compatíveis com a morte. Essas vítimas não receberão o esforço dos socorristas para tentar revertê-las, pois existem outras vítimas que ainda estão vivas – mas graves – e necessitando de ajuda. Ex.: Em óbito, com múltiplos traumas graves, queimaduras de 2º e 3º grau extensas; → Etapas - O método START utiliza de critérios objetivos para a classificação das vítimas; 1° Capacidade de Caminhar: Todas as vítimas que conseguem andar são orientadas a ir para uma área delimitada, classificando-as com a cor verde; 2° Avaliação da Respiração: As vítimas que não conseguem andar têm a sua respiração avaliada. Aquelas com respiração ausente, no momento que são encontrados, devem ter as suas vias respiratórias abertas, se elas não reiniciarem a respiração espontaneamente, são classificadas como preta. Caso a respiração retorne, a vítima é classificada como vermelha. Já no caso dos pacientes que se estão respirando quando são abordados têm a frequência respiratória avaliada – igual ou maior que 30 ventilações p/min (vpm) recebem a fita de avaliação vermelha. Se a frequência respiratória estiver normal – abaixo de 30 vpm – a vítima passará para o terceiro passo da avaliação; 3° Mensuração da Perfusão Periférica: Se o enchimento capilar for superior a 2s ou se o pulso radial está ausente, a vítima recebe a classificação vermelha. Existem casos em que não é possível verificar a perfusão capilar devido à pouca luminosidade ou sujidades nos membros das vítimas, são nesses casos em que o pulso radial é observado. Se o paciente apresentar pulso e enchimento capilar menor que 2s, a avaliação passa para o seu quarto estágio; 4° Condição Neurológica: Se a vítima não conseguir executar ordens simples ela recebe especificação vermelha, se ela conseguir, é classificada como amarela; → Recomendações - As lonas devem ser posicionadas próximas umas das outras, exceto a preta; - As vítimas devem ser reavaliadas sempre; - Deve-se formar "corredores" dentro de cada área para facilitar o deslocamento; RPM – 30 – 2 – Obedece a ordens - RPM – 30 – 2 – obedece a ordens foi criado como uma forma de memorizar os componentes do exame que separam pacientes entre o grupo vermelho e o grupo amarelo. !!! Respiração: Os pacientes que se adequam para tratamento posterior – podem aguardar – devem apresentar frequência respiratória (FR) menor que 30 ipm; !!! Perfusão: Perfusão adequada é indicada quando tempo de preenchimento capilar é menor do que 2 segundos; !!! Mental: Nos sugere que o status mental é adequado se o paciente consegue obedecer a comandos. Isto é, o paciente com status mental adequado consegue realizar as ordens que lhes são solicitadas; - Pacientes com qualquer das categorias RPM alterada – FR maior que 30 ipm, perfusão capilar lenta < 2 ou status mental alterado – pertencem ao grupo vermelho e demandam atendimento imediato de condições de alto risco de morte como hemorragia ou obstrução de vias aéreas; - Aqueles que não se encaixam nas categorias verde, vermelho ou preta são direcionados para o grupo amarelo, recebendo prioridade após a categoria vermelha ser atendida; Método Manchester - A Triagem de Manchester é um protocolo de seleção de pacientes que baseia o nível de urgência por um código de cores, de cinco cores, anexadas às pulseiras de identificação dos pacientes; - Utilizando essa metodologia os profissionais poderão saber quais os casos que precisam de atenção mais urgentemente e os que podem aguardar até que outros colaboradores cheguem. - Esse código pode ser usado em situações de emergência, como acidentes, e em clínicas e hospitais, mesmo que não existam classificações de risco; → Como Funciona - A triagem de Manchester funciona com um código de cores, onde cada cor representa um estado do paciente. As cores são fixadas nas pulseiras de identificação e, em algumas ocasiões, até mesmo nos prontuários e laudos médicos; - A triagem de Manchester criou padrões de checagem de sintomas, que verificam os sinais vitais, a temperatura e a escala de dor, por exemplo, possibilitando um tratamento – e triagem – mais assertivo e mais rápido; !!! Vermelho - O vermelho representa os casos de urgência máxima, com risco de morte. Dessa forma, o paciente não pode aguardar nem mais um minuto até receber o tratamento adequado, sendo a prioridade máxima da equipe médica; - Geralmente, a cor vermelha está mais presente em situações de emergência, como acidentes, onde existem feridos graves que precisam de atenção imediata; !!! Laranja - O laranja determina casos muito graves, cuja espera de atendimento não pode ser superior a 10 minutos. O profissional tem a liberdade de localizar ajuda e chamar outras equipes para atender o caso também; !!! Amarelo - Esses casos representam um nível intermediário de gravidade. O tempo de espera por atendimento não pode ser maior do que 50 min, indicando uma emergência moderada; - Nesse caso, o paciente pode esperar até que outros profissionais venham atendê-lo, mas sua situação não pode ser menosprezada, também apresentando alguns riscos; !!! Verde - A cor verde indica pacientes pouco urgentes, que podem esperar até 120 minutos para receber atendimento. Geralmente, pacientes classificados nessa categoria costumam seguir para outros centros de saúde para receberem os tratamentos apropriados de outras equipes; - É indicado que sua situação seja tratada o quanto antes, mas não existem riscos muito gravespara a vida do paciente; !!! Azul - Indica casos não graves, que podem aguardar atendimento em até 240 min. Trata-se de situações que não oferecem riscos à vida e à saúde, além do encaminhamento para outros centros ser mais fácil; - Caso o problema não seja resolvido no hospital ou clínica, é possível procurar atendimento em outro horário, sem prejudicar a situação; OBS.: Quem pode usar do protocolo de Manchester? O Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que cabe à equipe de enfermagem determinar os profissionais responsáveis pela triagem de Manchester em situações de necessidade ou na unidade em questão. → Benefícios da Triagem de Manchester - Atendimento Agilizado: Pode otimizar as etapas posteriores, tornando o atendimento geral muito mais rápido e dinâmico; - Priorização de Casos: Desse modo, diminui-se os riscos que os pacientes correm, além de permitir que os médicos e enfermeiros possam direcionar sua atenção para onde for necessário; - Otimização de Tempo no Atendimento: Permite que os demais colaboradores entendam o caso antes mesmo de iniciar o processo. Assim, eles poderão fazer um atendimento mais rápido de acordo com as necessidades informadas pela classificação visual; - Previsão de Atendimento: Os pacientes podem ser tranquilizados e já saber, aproximadamente, quanto tempo precisarão aguardar atendimento, além disso, os profissionais também poderão se organizar com base nessas estimativas; - Segurança para o Paciente e para a Instituição: Os médicos poderão priorizar os casos mais graves, reduzindo as chances de prejuízos, enquanto outros pacientes podem entender a classificação de risco e permitir que as equipes atuem. Transporte de Vítimas - O transporte de acidentados é um determinante da boa prestação de primeiros socorros; - Um transporte mal feito, sem técnica, sem conhecimentos pode provocar danos irreversíveis à integridade física do acidentado; - De um modo geral, o transporte bem realizado deve adotar → princípios de segurança para a proteção da integridade do paciente/acidentado, conhecimento das técnicas para o transporte do acidentado consciente, que não pode deambular, transporte do acidentado inconsciente, cuidados com o tipo de lesão que o acidentado apresenta e técnicas e materiais para cada tipo de transporte; !!! Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e transporte de acidentados, deve-se assegurar algumas coisas: - Manutenção da respiração e dos batimentos cardíacos; - Controle de hemorragias; - As lesões traumatoortopédicas deverão ser imobilizadas; - O estado de choque deve ser prevenido; OBS.: O acidentado de fratura da coluna cervical só pode ser transportado, sem orientação médica ou de pessoal especializado, nos casos de extrema urgência ou iminência de perigo. !!! Quando é Recomendável o Transporte de Pessoas? - Vítima inconsciente; - Estado de choque instalado; - Grande queimado; - Hemorragia abundante; - Choque; - Envenenado, mesmo consciente; - Pacientes picados por animal peçonhento; - Acidentado com fratura de membros inferiores, bacia ou coluna vertebral; - Acidentados com luxação ou entorse nas articulações dos membros inferiores; !!! Quantos Socorristas Devem Participar? - O uso de uma, duas, três ou mais socorristas para o transporte de um acidentado depende totalmente das circunstâncias de local, tipo de acidente, voluntários disponíveis e gravidade da lesão; - Um ou Dois: São ideais para transportar um acidentado inconsciente devido a afogamento, asfixia e envenenamento. Este método, porém, não é recomendável para um ferido com suspeita de fratura ou outras lesões mais graves; - Três ou Mais: Para casos, como ferido com suspeita de fratura ou outras lesões mais graves, sempre que possível; OBS.: Transporte de acidentados em veículos → O corpo e a cabeça do acidentado deverão estar seguros, firmes, em local acolchoado ou forrado, o condutor do veículo deverá evitar freadas bruscas e manobras que provoquem balanços exagerados. Qualquer excesso de velocidade deverá ser evitado, especialmente por causa do nervosismo ou pressa em salvar o acidentado. O excesso de velocidade, ao contrário, poderá fazer novas vítimas. UMA PESSOA SOCORRENDO - Há quatro métodos para esses casos → transporte de apoio, transporte de colo, transporte nas costas, transporte de bombeiro; → Transporte de Apoio - Passa-se o braço do acidentado por trás da sua nuca, segurando-a com um de seus braços, passando seu outro braço por trás das costas do acidentado, em diagonal; - Este tipo de transporte é usado para as vítimas de vertigem, de desmaio, com ferimentos leves ou pequenas perturbações que não os tornem inconscientes e que lhes permitam caminhar; → Transporte ao Colo - Deve-se iniciar colocando um braço debaixo dos joelhos do acidentado e o outro, bem firme, em torno de suas costas, inclinando o corpo um pouco para trás. O acidentado consciente pode se fixar melhor, passando um de seus braços pelo pescoço da pessoa que o está socorrendo. Caso se encontre inconsciente, ficará com a cabeça estendida para trás, o que é muito bom, pois melhora bastante a sua ventilação; - Usa-se em casos de envenenamento ou picada por animal peçonhento, estando o acidentado consciente, ou em casos de fratura, exceto da coluna vertebral; → Transporte nas Costas - Põe-se os braços sobre os ombros da pessoa que está socorrendo por trás, ficando suas axilas sobre os próprios ombros. A pessoa que está socorrendo busca os braços do acidentado e segura-os, carregando o acidentado arqueado, como se ela fosse um grande saco em suas costas; - O transporte nas costas é usado para remoção de pessoas envenenadas ou com entorses e luxações dos membros inferiores, previamente imobilizados; → Transporte de Bombeiro - Primeiro coloca-se o acidentado em decúbito ventral. Em seguida, ajoelha-se com um só joelho e, com as mãos passando sob as axilas do acidentado, o levanta, ficando agora de pé, de frente para ele; - A pessoa que está prestando os primeiros socorros coloca uma de suas mãos na cintura do acidentado e com a outra toma o punho, colocando o braço dela em torno de seu pescoço; - Abaixa-se, então, para frente, deixando que o corpo do acidentado caia sobre os seus ombros. A mão que segurava a cintura do acidentado passa agora por entre as coxas, na altura da dobra do joelho, e segura um dos punhos do acidentado, ficando com a outra mão livre; - Este transporte pode ser aplicado em casos que não envolvam fraturas e lesões graves; DUAS PESSOAS SOCORRENDO - Também há quatro tipos → Transporte de apoio, transporte de cadeirinha, transporte pelas extremidades e transporte pela maca; → Transporte de Apoio - Passa-se o braço do acidentado por trás da nuca das duas pessoas que estão socorrendo, segurando-a com um dos braços, passando o outro braço por trás das costas do acidentado, em diagonal; - Este tipo de transporte é usado para pessoas obesas, na qual uma única pessoa não consiga socorrê-lo e removê-lo. Geralmente são de vertigem, de desmaio, com ferimentos leves ou pequenas perturbações que não os tornem inconscientes; → Transporte de Cadeirinha - 1° Maneira: As duas pessoas se ajoelham, cada uma de um lado da vítima. Cada uma passa um braço sob as costas e outro sob as coxas da vítima. Então, cada um segura com uma das mãos o punho e, com a outra, o ombro do companheiro. As duas pessoas erguem-se lentamente, com a vítima sentada na cadeira improvisada; - 2° Maneira: Cada uma das pessoas que estão prestando os primeiros socorros segura um dos seus braços e um dos braços do outro, formando-se um assento onde a pessoa acidentada se apoia, abraçando ainda o pescoço e os ombros das pessoas que a está socorrendo; → Transporte pelas Extremidades - Uma das pessoas que estão prestando os primeiros socorros segura com os braçoso tronco da vítima, passando-os por baixo das axilas da mesma; - A outra, de costas para o primeiro, segura as pernas da vítima com seus braços; → Transporte de Maca - A maca é o melhor meio de transporte. Pode-se fazer uma boa maca abotoando-se duas camisas ou um paletó em duas varas ou bastões, ou enrolando um cobertor dobrado em três, envolta de tubos de ferro ou bastões. Pode-se ainda usar uma tábua larga e rígida ou mesmo uma porta; - Nos casos de fratura de coluna vertebral, deve- se tomar o cuidado de acolchoar as curvaturas da coluna para que o próprio peso não lese a medula. Se a vítima estiver de bruços – decúbito ventral – e apresentar vias aéreas permeáveis e sinais vitais presentes, deve ser transportada nesta posição, com todo cuidado, pois colocá-la em outra posição pode agravar uma lesão na coluna; TRÊS OU MAIS PESSOAS SOCORRENDO - Há três métodos → Transporte ao colo, transporte de lençol pelas bordas e remoção de vítima com suspeita de fratura de coluna – consciente ou não; → Transporte ao Colo - Havendo três pessoas, por exemplo, eles se colocam enfileirados ao lado da vítima, que deve estar de abdômen para cima. Abaixam-se apoiados num dos joelhos e com seus braços a levantam até a altura do outro joelho; - Em seguida, erguem-se todos ao mesmo tempo, trazendo a vítima de lado ao encontro de seus troncos, e a conduzem para o local desejado; → Transporte de Lençol pelas Bordas - Coloca-se a vítima no meio do lençol enrolam- se as bordas laterais deste, bem enroladas – permitem segurar firmemente o lençol e levantá-lo com a vítima; - Em geral, duas pessoas de cada lado podem fazer o serviço, mas três é melhor. Para colocar a vítima sobre o cobertor, é preciso enfiar o lençol debaixo do corpo dela. Para isto, dobram-se várias vezes uma das bordas laterais do lençol, de modo que ela possa funcionar como cunha. Enfia-se esta cunha devagar para baixo da vítima. Depois disso é que se enrolam as bordas laterais para levantar e carregar a vítima; - Este transporte também não é recomendado para os casos de lesão na coluna – a vítima deve ser transportada em superfície rígida. → Remoção de vítima com suspeita de fratura de coluna – Consciente ou Não - A remoção de uma vítima com suspeita de fratura de coluna ou de bacia e/ou acidentado em estado grave, com urgência de um local onde a maca não consegue chegar, deverá ser efetuada como se seu corpo fosse uma peça rígida, levantando, simultaneamente, todos os segmentos do seu corpo, deslocando o acidentado até a maca; Atendimento Pré-hospitalar Móvel - Necessário quando o atendimento deve ser realizado em algum serviço de saúde. Pode ser primário ou secundário, vinculado a uma central de regulação de urgências e emergências; - Contam com equipe de profissionais oriundos da área da saúde – coordenador do serviço, responsável técnico, responsável de enfermagem, médicos reguladores, auxiliares e técnicos de enfermagem – e não oriundos da área da saúde – telefonista, rádio-operador, condutores de veículos de urgência, profissionais para segurança e bombeiros militares; - Todas as especificações são regularizadas pela portaria nº 2048, de 5 de novembro de 2002 → Veículos de APH Móvel !!! Ambulâncias - Trata-se de um veículo – terrestre, aéreo ou aquaviário – que se destine exclusivamente ao transporte de enfermos. As ambulâncias são classificadas em: - Tipo A: Trata-se de uma ambulância de transporte, veículo destinado ao transporte em decúbito horizontal de pacientes que não apresentam risco de vida, para remoções simples e de caráter eletivo. Nesse tipo deve-se ter na equipe dois profissionais, sendo um o motorista e o outro um técnico ou auxiliar de enfermagem; - Tipo B: Trata-se de uma ambulância de suporte básico, veículo destinado ao transporte interhospitalar de pacientes com risco de vida conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, que não necessitam de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino. Nesse tipo de ambulância deve-se ter na equipe dois profissionais, sendo um o motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem, assim como no tipo A; - Tipo C: Trata-se de uma ambulância de resgate, veículo de atendimento de urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento – terrestre, aquático e em alturas. Nesse tipo de ambulância deve-se ter na equipe três profissionais militares, policiais rodoviários, bombeiros militares, e/ou outros profissionais reconhecidos pelo gestor público, sendo um motorista e os outros dois profissionais com capacitação e certificação em salvamento e suporte básico de vida; - Tipo D: Trata-se de uma ambulância de suporte avançado, veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte interhospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para esta função. Nesse tipo de ambulância deve-se ter na equipe três profissionais, sendo um motorista, um enfermeiro e um médico; - Tipo E: Trata-se de uma aeronave utilizada para transporte médico, a aeronave pode ser de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte interhospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo DAC – Departamento de Aviação Civil. Para os casos de atendimento pré-hospitalar móvel primário não traumático e secundário, deve contar com o piloto, um médico, e um enfermeiro. Para o atendimento a urgências traumáticas, onde é necessária a realização de procedimentos de salvamento, é indispensável a presença de um profissional capacitado para tal – médico e um enfermeiro; - TIPO F: Trata-se de uma embarcação utilizada para transporte médico, veículo motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. Nesse tipo deve-se possuir os equipamentos médicos necessários para o atendimento de pacientes conforme sua gravidade. A equipe deve ser composta dois ou três profissionais, de acordo com o tipo de atendimento a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/técnico de enfermagem em casos de suporte básico de vida, e um médico e um enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida; !!! Veículos De Intervenção Rápida - Este veículos, também chamados de veículos leves, veículos rápidos ou veículos de ligação médica são utilizados para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam o oferecimento de suporte avançado de vida nas ambulâncias do tipo A, B, C e F; !!! Outros Veículos - Veículos habituais adaptados para transporte de pacientes de baixo risco, sentados, como pacientes crônicos, que não se caracterizem como veículos tipo lotação – ônibus, peruas, por exemplo. Este transporte só pode ser realizado com aprovação médica. Elevação à Cavaleiro - Quando o rolamento não pode ser realizado, é aplicada a elevação à cavaleiro ou monobloco; - Esta técnica só pode ser utilizada em quatro casos: quando há a ausência de material em situações adversas, quando o local for irregular dificultando o rolamento, em casos de lesões que impeçam o rolamento e quando a vítima já apresenta algum procedimento de reanimação; - Na elevação à cavaleiro, são necessários quatro socorristas. O primeiro socorrista deve estabilizar a coluna cervical, enquanto o segundo socorrista coloca o colar cervical e posiciona a prancha, próximo da região lateral da vítima; - Após esse processo, o segundo socorrista deve-se posicionar de pé, sobre a vítima, colocar uma perna ao seu lado e a outra após a prancha, segurando o indivíduo pelas axilas; - O terceiro socorrista deve seguir o mesmo posicionamento do segundo, mas colocando um dos pés após a prancha,na altura da cintura pélvica. O quarto socorrista, também deve colocar uma perna ao lado da vítima e outro após a prancha, posicionado na região de membros inferiores, segurando-os na altura do tornozelo; - Após o posicionamento dos quatro socorristas, o primeiro que está estabilizando a coluna do indivíduo, deve verbalizar o comando de elevação, com o intuito de sincronizar os movimentos. Elevando assim, em monobloco e colocando a vítima sobre a prancha longa;
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