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Classificação, resgate e transporte de feridos

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Maria Eduarda de Alencar – Odontologia 2019.2 
Classificação, Resgate e Transporte de Feridos 
Introdução 
- No atendimento a uma situação de emergência é 
essencial que a viatura destinada a atender estes 
tipos de ocorrência, esteja equipada com todo o 
equipamento e material indispensável a oferecer 
assistência pré-hospitalar a vítima traumatizada; 
- Além disso, chegando num local com múltiplas 
vítimas, é muito importante que elas sejam 
classificadas, para que os socorristas saibam a 
quem devem dar preferência naquele momento. 
Existem vários métodos para classificar vítimas, 
dentre eles os métodos START e Manchester; 
OBS.: Em situações de múltiplas vítimas muitas 
vezes os recursos são insuficientes, nesses casos 
a classificação se faz ainda mais necessária. 
- Deve-se focar em salvar o número máximo de 
pessoas, para realizar as classificações são feitas 
avaliações clínicas – deve-se levar de 60-90 min 
por vítima. 
Método Start 
- O método START sigla advinda do inglês Simple 
triage and rapid treatment – Triagem Simples e 
Tratamento Rápido. Consiste em avaliar e triar as 
vítimas de maneira rápida e eficiente; 
- A avaliação inicial pelo método dura em torno 
de trinta segundos e não deve passar de um 
minuto. Avalia-se a capacidade respiratória, 
perfusão periférica e nível de consciência, 
obtendo o estado de gravidade da vítima e 
classificando-a em um dos quatro níveis; 
→ Classificação 
- A classificação é feita utilizando cores para 
indicar o estado das vítimas e o grau de 
prioridade no transporte; 
!!! Vermelho 
- A vítima com primeira prioridade. Indica que se 
trata de um paciente em estado grave ou crítico 
recuperável, que necessita de cuidados e de 
transporte imediato. Ex.: Choque, queimaduras 
em face, amputações, hemorragia severa e 
insuficiência respiratória; 
!!! Amarelo 
- O segundo grau de prioridade. Indicativo de 
vítimas que necessitam de cuidados, mas que 
podem aguardar. Ex.: Fraturas, traumatismo 
cranioencefálico leve/moderado, queimaduras 
menores, traumatismos abdominais e torácicos; 
!!! Verde 
- Terceiro grau de prioridade no transporte de 
vítimas. Indica que as vítimas não precisam de 
cuidados imediatos, podem aguardar. Eles 
devem ser direcionados a uma área segura e 
aguardar posterior atendimento e tratamento. Ex.: 
Contusões, hematomas, escoriações e pequenos 
ferimentos; 
!!! Preto 
- Vítima sem prioridade de transporte, pois 
possuem lesões compatíveis com a morte. 
Essas vítimas não receberão o esforço dos 
socorristas para tentar revertê-las, pois existem 
outras vítimas que ainda estão vivas – mas graves 
– e necessitando de ajuda. Ex.: Em óbito, com 
múltiplos traumas graves, queimaduras de 2º e 3º 
grau extensas; 
→ Etapas 
- O método START utiliza de critérios objetivos 
para a classificação das vítimas; 
1° Capacidade de Caminhar: Todas as vítimas 
que conseguem andar são orientadas a ir para 
uma área delimitada, classificando-as com a cor 
verde; 
2° Avaliação da Respiração: As vítimas que não 
conseguem andar têm a sua respiração avaliada. 
Aquelas com respiração ausente, no momento 
que são encontrados, devem ter as suas vias 
respiratórias abertas, se elas não reiniciarem a 
respiração espontaneamente, são classificadas 
como preta. Caso a respiração retorne, a vítima 
é classificada como vermelha. Já no caso dos 
pacientes que se estão respirando quando são 
abordados têm a frequência respiratória 
avaliada – igual ou maior que 30 ventilações p/min 
(vpm) recebem a fita de avaliação vermelha. Se a 
frequência respiratória estiver normal – abaixo 
de 30 vpm – a vítima passará para o terceiro 
passo da avaliação; 
3° Mensuração da Perfusão Periférica: Se o 
enchimento capilar for superior a 2s ou se o 
pulso radial está ausente, a vítima recebe a 
classificação vermelha. Existem casos em que 
não é possível verificar a perfusão capilar devido 
à pouca luminosidade ou sujidades nos membros 
das vítimas, são nesses casos em que o pulso 
radial é observado. Se o paciente apresentar 
pulso e enchimento capilar menor que 2s, a 
avaliação passa para o seu quarto estágio; 
4° Condição Neurológica: Se a vítima não 
conseguir executar ordens simples ela recebe 
especificação vermelha, se ela conseguir, é 
classificada como amarela; 
 
→ Recomendações 
- As lonas devem ser posicionadas próximas umas 
das outras, exceto a preta; 
- As vítimas devem ser reavaliadas sempre; 
- Deve-se formar "corredores" dentro de cada área 
para facilitar o deslocamento; 
RPM – 30 – 2 – Obedece a ordens 
- RPM – 30 – 2 – obedece a ordens foi criado como 
uma forma de memorizar os componentes do 
exame que separam pacientes entre o grupo 
vermelho e o grupo amarelo. 
!!! Respiração: Os pacientes que se adequam 
para tratamento posterior – podem aguardar – 
devem apresentar frequência respiratória (FR) 
menor que 30 ipm; 
!!! Perfusão: Perfusão adequada é indicada 
quando tempo de preenchimento capilar é menor 
do que 2 segundos; 
!!! Mental: Nos sugere que o status mental é 
adequado se o paciente consegue obedecer a 
comandos. Isto é, o paciente com status mental 
adequado consegue realizar as ordens que lhes 
são solicitadas; 
- Pacientes com qualquer das categorias RPM 
alterada – FR maior que 30 ipm, perfusão capilar 
lenta < 2 ou status mental alterado – pertencem ao 
grupo vermelho e demandam atendimento 
imediato de condições de alto risco de morte 
como hemorragia ou obstrução de vias aéreas; 
- Aqueles que não se encaixam nas categorias 
verde, vermelho ou preta são direcionados para 
o grupo amarelo, recebendo prioridade após a 
categoria vermelha ser atendida; 
Método Manchester 
- A Triagem de Manchester é um protocolo de 
seleção de pacientes que baseia o nível de 
urgência por um código de cores, de cinco cores, 
anexadas às pulseiras de identificação dos 
pacientes; 
- Utilizando essa metodologia os profissionais 
poderão saber quais os casos que precisam de 
atenção mais urgentemente e os que podem 
aguardar até que outros colaboradores cheguem. 
- Esse código pode ser usado em situações de 
emergência, como acidentes, e em clínicas e 
hospitais, mesmo que não existam classificações 
de risco; 
→ Como Funciona 
- A triagem de Manchester funciona com um código 
de cores, onde cada cor representa um estado do 
paciente. As cores são fixadas nas pulseiras de 
identificação e, em algumas ocasiões, até mesmo 
nos prontuários e laudos médicos; 
- A triagem de Manchester criou padrões de 
checagem de sintomas, que verificam os sinais 
vitais, a temperatura e a escala de dor, por 
exemplo, possibilitando um tratamento – e 
triagem – mais assertivo e mais rápido; 
!!! Vermelho 
- O vermelho representa os casos de urgência 
máxima, com risco de morte. Dessa forma, o 
paciente não pode aguardar nem mais um minuto 
até receber o tratamento adequado, sendo a 
prioridade máxima da equipe médica; 
- Geralmente, a cor vermelha está mais presente 
em situações de emergência, como acidentes, 
onde existem feridos graves que precisam de 
atenção imediata; 
!!! Laranja 
- O laranja determina casos muito graves, cuja 
espera de atendimento não pode ser superior a 
10 minutos. O profissional tem a liberdade de 
localizar ajuda e chamar outras equipes para 
atender o caso também; 
!!! Amarelo 
- Esses casos representam um nível intermediário 
de gravidade. O tempo de espera por atendimento 
não pode ser maior do que 50 min, indicando 
uma emergência moderada; 
- Nesse caso, o paciente pode esperar até que 
outros profissionais venham atendê-lo, mas sua 
situação não pode ser menosprezada, também 
apresentando alguns riscos; 
!!! Verde 
- A cor verde indica pacientes pouco urgentes, 
que podem esperar até 120 minutos para receber 
atendimento. Geralmente, pacientes classificados 
nessa categoria costumam seguir para outros 
centros de saúde para receberem os tratamentos 
apropriados de outras equipes; 
- É indicado que sua situação seja tratada o quanto 
antes, mas não existem riscos muito gravespara a 
vida do paciente; 
!!! Azul 
- Indica casos não graves, que podem aguardar 
atendimento em até 240 min. Trata-se de situações 
que não oferecem riscos à vida e à saúde, além do 
encaminhamento para outros centros ser mais 
fácil; 
- Caso o problema não seja resolvido no hospital ou 
clínica, é possível procurar atendimento em outro 
horário, sem prejudicar a situação; 
 
OBS.: Quem pode usar do protocolo de Manchester? O 
Conselho Federal de Medicina (CFM) determina 
que cabe à equipe de enfermagem determinar 
os profissionais responsáveis pela triagem de 
Manchester em situações de necessidade ou na 
unidade em questão. 
→ Benefícios da Triagem de Manchester 
- Atendimento Agilizado: Pode otimizar as etapas 
posteriores, tornando o atendimento geral muito 
mais rápido e dinâmico; 
- Priorização de Casos: Desse modo, diminui-se 
os riscos que os pacientes correm, além de permitir 
que os médicos e enfermeiros possam direcionar 
sua atenção para onde for necessário; 
- Otimização de Tempo no Atendimento: Permite 
que os demais colaboradores entendam o caso 
antes mesmo de iniciar o processo. Assim, eles 
poderão fazer um atendimento mais rápido de 
acordo com as necessidades informadas pela 
classificação visual; 
- Previsão de Atendimento: Os pacientes podem 
ser tranquilizados e já saber, aproximadamente, 
quanto tempo precisarão aguardar atendimento, 
além disso, os profissionais também poderão se 
organizar com base nessas estimativas; 
- Segurança para o Paciente e para a Instituição: 
Os médicos poderão priorizar os casos mais 
graves, reduzindo as chances de prejuízos, 
enquanto outros pacientes podem entender a 
classificação de risco e permitir que as equipes 
atuem. 
Transporte de Vítimas 
- O transporte de acidentados é um determinante 
da boa prestação de primeiros socorros; 
- Um transporte mal feito, sem técnica, sem 
conhecimentos pode provocar danos irreversíveis 
à integridade física do acidentado; 
- De um modo geral, o transporte bem realizado 
deve adotar → princípios de segurança para a 
proteção da integridade do paciente/acidentado, 
conhecimento das técnicas para o transporte do 
acidentado consciente, que não pode deambular, 
transporte do acidentado inconsciente, cuidados 
com o tipo de lesão que o acidentado apresenta e 
técnicas e materiais para cada tipo de transporte; 
!!! Antes de iniciar qualquer atividade de 
remoção e transporte de acidentados, deve-se 
assegurar algumas coisas: 
- Manutenção da respiração e dos batimentos 
cardíacos; 
- Controle de hemorragias; 
- As lesões traumatoortopédicas deverão ser 
imobilizadas; 
- O estado de choque deve ser prevenido; 
OBS.: O acidentado de fratura da coluna 
cervical só pode ser transportado, sem orientação 
médica ou de pessoal especializado, nos casos 
de extrema urgência ou iminência de perigo. 
!!! Quando é Recomendável o Transporte de 
Pessoas? 
- Vítima inconsciente; 
- Estado de choque instalado; 
- Grande queimado; 
- Hemorragia abundante; 
- Choque; 
- Envenenado, mesmo consciente; 
- Pacientes picados por animal peçonhento; 
- Acidentado com fratura de membros inferiores, 
bacia ou coluna vertebral; 
- Acidentados com luxação ou entorse nas 
articulações dos membros inferiores; 
!!! Quantos Socorristas Devem Participar? 
- O uso de uma, duas, três ou mais socorristas 
para o transporte de um acidentado depende 
totalmente das circunstâncias de local, tipo de 
acidente, voluntários disponíveis e gravidade 
da lesão; 
- Um ou Dois: São ideais para transportar um 
acidentado inconsciente devido a afogamento, 
asfixia e envenenamento. Este método, porém, 
não é recomendável para um ferido com 
suspeita de fratura ou outras lesões mais 
graves; 
- Três ou Mais: Para casos, como ferido com 
suspeita de fratura ou outras lesões mais 
graves, sempre que possível; 
OBS.: Transporte de acidentados em veículos 
→ O corpo e a cabeça do acidentado deverão 
estar seguros, firmes, em local acolchoado ou 
forrado, o condutor do veículo deverá evitar 
freadas bruscas e manobras que provoquem 
balanços exagerados. Qualquer excesso de 
velocidade deverá ser evitado, especialmente 
por causa do nervosismo ou pressa em salvar o 
acidentado. O excesso de velocidade, ao 
contrário, poderá fazer novas vítimas. 
UMA PESSOA SOCORRENDO 
- Há quatro métodos para esses casos → 
transporte de apoio, transporte de colo, transporte 
nas costas, transporte de bombeiro; 
→ Transporte de Apoio 
- Passa-se o braço do acidentado por trás da sua 
nuca, segurando-a com um de seus braços, 
passando seu outro braço por trás das costas do 
acidentado, em diagonal; 
 
- Este tipo de transporte é usado para as vítimas 
de vertigem, de desmaio, com ferimentos leves 
ou pequenas perturbações que não os tornem 
inconscientes e que lhes permitam caminhar; 
→ Transporte ao Colo 
- Deve-se iniciar colocando um braço debaixo dos 
joelhos do acidentado e o outro, bem firme, em 
torno de suas costas, inclinando o corpo um pouco 
para trás. O acidentado consciente pode se 
fixar melhor, passando um de seus braços pelo 
pescoço da pessoa que o está socorrendo. Caso 
se encontre inconsciente, ficará com a cabeça 
estendida para trás, o que é muito bom, pois 
melhora bastante a sua ventilação; 
- Usa-se em casos de envenenamento ou picada 
por animal peçonhento, estando o acidentado 
consciente, ou em casos de fratura, exceto da 
coluna vertebral; 
 
→ Transporte nas Costas 
- Põe-se os braços sobre os ombros da pessoa 
que está socorrendo por trás, ficando suas axilas 
sobre os próprios ombros. A pessoa que está 
socorrendo busca os braços do acidentado e 
segura-os, carregando o acidentado arqueado, 
como se ela fosse um grande saco em suas 
costas; 
 
- O transporte nas costas é usado para remoção 
de pessoas envenenadas ou com entorses e 
luxações dos membros inferiores, previamente 
imobilizados; 
→ Transporte de Bombeiro 
- Primeiro coloca-se o acidentado em decúbito 
ventral. Em seguida, ajoelha-se com um só joelho 
e, com as mãos passando sob as axilas do 
acidentado, o levanta, ficando agora de pé, de 
frente para ele; 
- A pessoa que está prestando os primeiros 
socorros coloca uma de suas mãos na cintura 
do acidentado e com a outra toma o punho, 
colocando o braço dela em torno de seu pescoço; 
- Abaixa-se, então, para frente, deixando que o 
corpo do acidentado caia sobre os seus 
ombros. A mão que segurava a cintura do 
acidentado passa agora por entre as coxas, na 
altura da dobra do joelho, e segura um dos punhos 
do acidentado, ficando com a outra mão livre; 
 
- Este transporte pode ser aplicado em casos que 
não envolvam fraturas e lesões graves; 
DUAS PESSOAS SOCORRENDO 
- Também há quatro tipos → Transporte de 
apoio, transporte de cadeirinha, transporte pelas 
extremidades e transporte pela maca; 
→ Transporte de Apoio 
- Passa-se o braço do acidentado por trás da nuca 
das duas pessoas que estão socorrendo, 
segurando-a com um dos braços, passando o 
outro braço por trás das costas do acidentado, em 
diagonal; 
 
- Este tipo de transporte é usado para pessoas 
obesas, na qual uma única pessoa não consiga 
socorrê-lo e removê-lo. Geralmente são de 
vertigem, de desmaio, com ferimentos leves ou 
pequenas perturbações que não os tornem 
inconscientes; 
→ Transporte de Cadeirinha 
- 1° Maneira: As duas pessoas se ajoelham, cada 
uma de um lado da vítima. Cada uma passa um 
braço sob as costas e outro sob as coxas da 
vítima. Então, cada um segura com uma das mãos 
o punho e, com a outra, o ombro do companheiro. 
As duas pessoas erguem-se lentamente, com a 
vítima sentada na cadeira improvisada; 
 
- 2° Maneira: Cada uma das pessoas que estão 
prestando os primeiros socorros segura um dos 
seus braços e um dos braços do outro, 
formando-se um assento onde a pessoa 
acidentada se apoia, abraçando ainda o pescoço 
e os ombros das pessoas que a está socorrendo; 
→ Transporte pelas Extremidades 
- Uma das pessoas que estão prestando os 
primeiros socorros segura com os braçoso tronco 
da vítima, passando-os por baixo das axilas da 
mesma; 
- A outra, de costas para o primeiro, segura as 
pernas da vítima com seus braços; 
 
→ Transporte de Maca 
- A maca é o melhor meio de transporte. Pode-se 
fazer uma boa maca abotoando-se duas camisas 
ou um paletó em duas varas ou bastões, ou 
enrolando um cobertor dobrado em três, envolta 
de tubos de ferro ou bastões. Pode-se ainda usar 
uma tábua larga e rígida ou mesmo uma porta; 
 
- Nos casos de fratura de coluna vertebral, deve-
se tomar o cuidado de acolchoar as curvaturas da 
coluna para que o próprio peso não lese a medula. 
Se a vítima estiver de bruços – decúbito ventral – 
e apresentar vias aéreas permeáveis e sinais 
vitais presentes, deve ser transportada nesta 
posição, com todo cuidado, pois colocá-la em 
outra posição pode agravar uma lesão na 
coluna; 
TRÊS OU MAIS PESSOAS SOCORRENDO 
- Há três métodos → Transporte ao colo, 
transporte de lençol pelas bordas e remoção de 
vítima com suspeita de fratura de coluna – 
consciente ou não; 
→ Transporte ao Colo 
- Havendo três pessoas, por exemplo, eles se 
colocam enfileirados ao lado da vítima, que deve 
estar de abdômen para cima. Abaixam-se 
apoiados num dos joelhos e com seus braços a 
levantam até a altura do outro joelho; 
 
 
- Em seguida, erguem-se todos ao mesmo tempo, 
trazendo a vítima de lado ao encontro de seus 
troncos, e a conduzem para o local desejado; 
→ Transporte de Lençol pelas Bordas 
- Coloca-se a vítima no meio do lençol enrolam-
se as bordas laterais deste, bem enroladas – 
permitem segurar firmemente o lençol e levantá-lo 
com a vítima; 
- Em geral, duas pessoas de cada lado podem 
fazer o serviço, mas três é melhor. Para colocar 
a vítima sobre o cobertor, é preciso enfiar o lençol 
debaixo do corpo dela. Para isto, dobram-se várias 
vezes uma das bordas laterais do lençol, de modo 
que ela possa funcionar como cunha. Enfia-se 
esta cunha devagar para baixo da vítima. Depois 
disso é que se enrolam as bordas laterais para 
levantar e carregar a vítima; 
 
- Este transporte também não é recomendado 
para os casos de lesão na coluna – a vítima 
deve ser transportada em superfície rígida. 
→ Remoção de vítima com suspeita de 
fratura de coluna – Consciente ou Não 
- A remoção de uma vítima com suspeita de fratura 
de coluna ou de bacia e/ou acidentado em estado 
grave, com urgência de um local onde a maca não 
consegue chegar, deverá ser efetuada como se 
seu corpo fosse uma peça rígida, levantando, 
simultaneamente, todos os segmentos do seu 
corpo, deslocando o acidentado até a maca; 
 
Atendimento Pré-hospitalar Móvel 
- Necessário quando o atendimento deve ser 
realizado em algum serviço de saúde. Pode ser 
primário ou secundário, vinculado a uma central 
de regulação de urgências e emergências; 
- Contam com equipe de profissionais oriundos 
da área da saúde – coordenador do serviço, 
responsável técnico, responsável de enfermagem, 
médicos reguladores, auxiliares e técnicos de 
enfermagem – e não oriundos da área da saúde 
– telefonista, rádio-operador, condutores de 
veículos de urgência, profissionais para segurança 
e bombeiros militares; 
- Todas as especificações são regularizadas pela 
portaria nº 2048, de 5 de novembro de 2002 
→ Veículos de APH Móvel 
!!! Ambulâncias 
- Trata-se de um veículo – terrestre, aéreo ou 
aquaviário – que se destine exclusivamente ao 
transporte de enfermos. As ambulâncias são 
classificadas em: 
- Tipo A: Trata-se de uma ambulância de 
transporte, veículo destinado ao transporte em 
decúbito horizontal de pacientes que não 
apresentam risco de vida, para remoções 
simples e de caráter eletivo. Nesse tipo deve-se 
ter na equipe dois profissionais, sendo um o 
motorista e o outro um técnico ou auxiliar de 
enfermagem; 
- Tipo B: Trata-se de uma ambulância de 
suporte básico, veículo destinado ao transporte 
interhospitalar de pacientes com risco de vida 
conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de 
pacientes com risco de vida desconhecido, que 
não necessitam de intervenção médica no local 
e/ou durante transporte até o serviço de 
destino. Nesse tipo de ambulância deve-se ter na 
equipe dois profissionais, sendo um o motorista e 
um técnico ou auxiliar de enfermagem, assim 
como no tipo A; 
- Tipo C: Trata-se de uma ambulância de 
resgate, veículo de atendimento de urgências 
pré-hospitalares de pacientes vítimas de 
acidentes ou pacientes em locais de difícil 
acesso, com equipamentos de salvamento – 
terrestre, aquático e em alturas. Nesse tipo de 
ambulância deve-se ter na equipe três 
profissionais militares, policiais rodoviários, 
bombeiros militares, e/ou outros profissionais 
reconhecidos pelo gestor público, sendo um 
motorista e os outros dois profissionais com 
capacitação e certificação em salvamento e 
suporte básico de vida; 
- Tipo D: Trata-se de uma ambulância de 
suporte avançado, veículo destinado ao 
atendimento e transporte de pacientes de alto 
risco em emergências pré-hospitalares e/ou de 
transporte interhospitalar que necessitam de 
cuidados médicos intensivos. Deve contar com 
os equipamentos médicos necessários para esta 
função. Nesse tipo de ambulância deve-se ter na 
equipe três profissionais, sendo um motorista, um 
enfermeiro e um médico; 
- Tipo E: Trata-se de uma aeronave utilizada 
para transporte médico, a aeronave pode ser de 
asa fixa ou rotativa utilizada para transporte 
interhospitalar de pacientes e aeronave de asa 
rotativa para ações de resgate, dotada de 
equipamentos médicos homologados pelo DAC – 
Departamento de Aviação Civil. Para os casos de 
atendimento pré-hospitalar móvel primário não 
traumático e secundário, deve contar com o 
piloto, um médico, e um enfermeiro. Para o 
atendimento a urgências traumáticas, onde é 
necessária a realização de procedimentos de 
salvamento, é indispensável a presença de um 
profissional capacitado para tal – médico e um 
enfermeiro; 
- TIPO F: Trata-se de uma embarcação utilizada 
para transporte médico, veículo motorizado 
aquaviário, destinado ao transporte por via 
marítima ou fluvial. Nesse tipo deve-se possuir os 
equipamentos médicos necessários para o 
atendimento de pacientes conforme sua 
gravidade. A equipe deve ser composta dois ou 
três profissionais, de acordo com o tipo de 
atendimento a ser realizado, contando com o 
condutor da embarcação e um auxiliar/técnico 
de enfermagem em casos de suporte básico de 
vida, e um médico e um enfermeiro, em casos de 
suporte avançado de vida; 
!!! Veículos De Intervenção Rápida 
- Este veículos, também chamados de veículos 
leves, veículos rápidos ou veículos de ligação 
médica são utilizados para transporte de 
médicos com equipamentos que possibilitam o 
oferecimento de suporte avançado de vida nas 
ambulâncias do tipo A, B, C e F; 
!!! Outros Veículos 
- Veículos habituais adaptados para transporte 
de pacientes de baixo risco, sentados, como 
pacientes crônicos, que não se caracterizem 
como veículos tipo lotação – ônibus, peruas, por 
exemplo. Este transporte só pode ser realizado 
com aprovação médica. 
 
Elevação à Cavaleiro 
- Quando o rolamento não pode ser realizado, é 
aplicada a elevação à cavaleiro ou monobloco; 
- Esta técnica só pode ser utilizada em quatro 
casos: quando há a ausência de material em 
situações adversas, quando o local for irregular 
dificultando o rolamento, em casos de lesões que 
impeçam o rolamento e quando a vítima já 
apresenta algum procedimento de reanimação; 
- Na elevação à cavaleiro, são necessários 
quatro socorristas. O primeiro socorrista deve 
estabilizar a coluna cervical, enquanto o segundo 
socorrista coloca o colar cervical e posiciona a 
prancha, próximo da região lateral da vítima; 
- Após esse processo, o segundo socorrista 
deve-se posicionar de pé, sobre a vítima, colocar 
uma perna ao seu lado e a outra após a prancha, 
segurando o indivíduo pelas axilas; 
- O terceiro socorrista deve seguir o mesmo 
posicionamento do segundo, mas colocando um 
dos pés após a prancha,na altura da cintura 
pélvica. O quarto socorrista, também deve 
colocar uma perna ao lado da vítima e outro após 
a prancha, posicionado na região de membros 
inferiores, segurando-os na altura do tornozelo; 
- Após o posicionamento dos quatro socorristas, o 
primeiro que está estabilizando a coluna do 
indivíduo, deve verbalizar o comando de elevação, 
com o intuito de sincronizar os movimentos. 
Elevando assim, em monobloco e colocando a 
vítima sobre a prancha longa;

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