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Prévia do material em texto

Coleta de dados 
APRESENTAÇÃO
O processo de escrita de um trabalho passa por várias etapas, nas quais cada capítulo construído 
tem sua contribuição e importância para o conjunto da obra. Uma das etapas finais, mas não 
menos importante dentro da metodologia científica de um estudo, é a coleta de dados. Esta pode 
ser definida como a fase da pesquisa em que se reúnem as informações necessárias, por meio de 
técnicas específicas, que irão compor o conteúdo principal do estudo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você será introduzido ao universo da coleta de dados, desde o 
início, que é definir a população que vai ser estudada na sua pesquisa. Após, é feita a definição 
de amostra de pesquisa, bem como a caracterização os tipos de amostras para coleta de dados. 
Além disso, você verá como aplicar uma pesquisa-piloto e entenderá a sua importância para o 
desenvolvimento do estudo.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir população e amostra de pesquisa.•
Caracterizar os tipos de amostras para coleta de dados.•
Aplicar pesquisa-piloto.•
DESAFIO
A Copa do Mundo acontece de quatro em quatro anos e é considerada a maior festa do futebol. 
Ela reúne povos de todo o mundo que se juntam nos estádios para torcer por sua seleção. Em 
2014, o Brasil foi a sede daquela edição. Segundo estatísticas, o país recebeu mais de 1 milhão 
de visitantes estrangeiros, que circularam pelas 12 cidades-sedes brasileiras: Rio de Janeiro, São 
Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, 
Manaus e Cuiabá.
Veja mais dados de uma determinada partida:
Antes do jogo acabar, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quis saber, do 
total da torcida presente no estádio, quantos estavam com a camiseta da seleção brasileira. E 
incumbiu você dessa tarefa. Mostre qual informação você deve dar ao presidente, detalhando os 
passos que faria para disponibilizá-la. 
INFOGRÁFICO
Definir o tipo de amostra de dados serve para mapear corretamente a população que irá compor 
o objeto de estudo. Para isto, existem dois tipos de amostra: probabilística e não probabilística, 
as quais contêm características individuais e atendem a diferentes tipos de estudos.
No Infográfico a seguir, você vai visualizar os tipos de amostra e aprender a identificar suas 
tipologias e exemplos de aplicação.
CONTEÚDO DO LIVRO
A pesquisa tem elementos e estruturas específicas, cada um de seus elementos se encadeia e 
forma um estudo. A coleta de dados é uma das etapas mais importantes, pois é ela que fornece 
toda a informação que irá responder aos objetivos da pesquisa.
No capítulo Coleta de dados, da obra Metodologia Científica, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai estudar sobre a coleta de dados em pesquisas, entender o que é 
população e amostra, conhecer os tipos de amostras e saber sobre a importância da utilização da 
pesquisa-piloto no desenvolvimento do estudo.
Boa leitura.
METODOLOGIA 
CIENTÍFICA
Karina da Silva Nunes
Coleta de dados
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir população e amostra de pesquisa.
  Caracterizar os tipos de amostras para coleta de dados.
  Aplicar pesquisa-piloto.
Introdução
Uma pesquisa é composta por várias fases que envolvem a definição 
do problema, dos objetivos e do referencial teórico. Além disso, há a 
coleta de dados, que é o processo de recolhimento de informações 
para compor o estudo. Os dados recolhidos são utilizados como base 
para comprovar ou não os objetivos da pesquisa. Nesse sentido, a coleta 
é realizada conforme o planejamento do estudo do qual faz parte. As 
informações coletadas, por sua vez, advêm da população a ser estudada, 
isto é, do público que será pesquisado.
Neste capítulo, você vai entender como a coleta de dados funciona 
e o que é necessário para sua execução. Você também vai conhecer as 
definições de população e amostra de pesquisa.
1 População e amostra de pesquisa
Após defi nir o foco de uma pesquisa, é preciso delimitar o objeto de estudo, ou 
seja, a população. Segundo Gil (2012), a população, também conhecida como 
“universo”, é um conjunto de elementos com as mesmas características. Assim, 
uma população pode ser o conjunto de alunos de uma escola, os habitantes de 
uma cidade ou os funcionários de uma fábrica, por exemplo.
A definição da população do estudo precisa ser clara, pois o conceito de 
população não envolve necessariamente pessoas, já que um estudo pode ana-
lisar uma população de abelhas ou de macacos. Conforme Marconi e Lakatos 
(2017, p. 206), “[...] universo ou população é o conjunto de seres animados 
ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”. 
Além disso, Hernández Sampieri, Fernandez Collado e Baptista Lucio (2013) 
afirmam que a população tem de estar evidentemente situada em relação ao 
conteúdo, lugar e tempo.
Um bom exemplo para entender como trabalhar o conceito de população 
pode ser extraído dos serviços de assinatura digital. As empresas têm uma 
população bem definida, que são os clientes que assinam seus serviços. Porém, 
o número de clientes de alguns serviços pode ser enorme, o que significa muitas 
pessoas e, consequentemente, muitos dados gerados. Desse modo, para realizar 
estudos e analisar os dados de interação desses clientes nas suas plataformas, 
as empresas utilizam pequenas parcelas da população. Para traçar objetivos 
mais específicos, essas parcelas são divididas em diferentes critérios, como 
idade, sexo, localização e interesses. Essa divisão da população do estudo 
compõe as amostras da população. Conforme Hernández Sampieri, Fernandez 
Collado e Baptista Lucio (2013, p. 192), uma amostra é “[...] simplesmente 
uma subdivisão da população, sobre a qual os dados serão coletados e que 
deve ser delimitada com precisão, pois será representativa dessa população”.
Assim, é necessário considerar sempre se a amostra representa a população 
em sua totalidade, pois, na maioria das vezes, não existe a possibilidade de 
estudar todo o conjunto da população. Quando uma amostra caracteriza exata-
mente a população em estudo, é considerada uma amostra representativa. Isso 
significa que, com base nos dados de uma amostra representativa e utilizando 
procedimentos estatísticos adequados, é possível inferir ou generalizar as 
conclusões obtidas para a população (BRUNI, 2011). Portanto, é preciso que 
a amostra da população seja representativa, de modo a oferecer conclusões 
válidas sobre o universo. Para isso, a amostra deve ser extraída de acordo com 
critérios bem delimitados.
Hernández Sampieri, Fernandez Collado e Baptista Lucio (2013) apontam 
três erros que podem surgir na seleção da amostra:
  desconsiderar ou não escolher casos que deveriam ser parte da amostra 
(participantes que deveriam integrá-la, mas que não foram selecionados);
  incluir casos que não deveriam estar na amostra porque não fazem 
parte da população;
  selecionar casos que são verdadeiramente inelegíveis.
Para evitar possíveis equívocos na escolha da amostra, é fundamental 
delimitar corretamente o universo ou a população, prevenindo, assim, falhas 
na conclusão do estudo.
Coleta de dados2
Delimitar o universo consiste em especificar quais pessoas, animais, coisas ou fenô-
menos serão pesquisados, listando seus atributos em comum, como sexo, idade, local 
onde vivem, empresa a que pertencem, etc. Quanto mais específica for a delimitação, 
melhor para o andamento da pesquisa.
2 Tipos de amostras para coleta de dados
Quando a população é muito abrangente, ou seja, quando não é possível 
estudá-la em sua totalidade, os pesquisadores trabalham com amostras 
extraídas do todo, buscando obter uma amostragem que seja o mais repre-
sentativa possível dessa população, para que os resultados sejam expressivos 
e tenham fi delidade ao conjunto total. O Quadro 1 apresenta doistipos 
básicos de amostra.
Fonte: Adaptado de Hernández Sampieri, Fernandez Collado e Baptista Lucio (2013).
Tipo de amostra Definição
Amostra 
probabilística
Todos os elementos da população têm a possibilidade 
de fazer parte da amostra e são obtidos pela definição 
das características da população. Esse tipo permite a 
utilização de dados estatísticos que compensam possí-
veis erros amostrais e outros aspectos importantes para 
a significância da amostra.
Amostra não pro-
babilística ou por 
julgamento
A escolha dos elementos está relacionada com as carac-
terísticas da pesquisa ou de quem faz a amostra. Não há 
fundamentação estatística.
Quadro 1. Tipos de amostra
Por exemplo, suponha-se que se queira saber a intenção de votos dos univer-
sitários brasileiros. Para realizar uma amostra probabilística, seria necessário 
falar com universitários de todo o país, selecionar um grupo aleatório e fazer 
a pesquisa. Já para realizar uma pesquisa por amostra não probabilística, seria 
possível abordar três universidades próximas, representativas da população 
3Coleta de dados
local, e questionar alguns estudantes que concordassem em participar da 
investigação. A escolha entre esses tipos de amostras deve ser feita com base 
nos objetivos e nos problemas da pesquisa.
Amostra probabilística
As amostras probabilísticas são essenciais em algumas categorias de pesquisa. 
Esse tipo de amostra garante fi dedignidade, pois a seleção é feita de forma 
aleatória e sem a interferência do pesquisador (HERNÁNDEZ SAMPIERI; 
FERNANDEZ COLLADO; BAPTISTA LUCIO, 2013). O Quadro 2 apresenta 
os tipos de amostras probabilísticas.
Fonte: Adaptado de Hernández Sampieri, Fernandez Collado e Baptista Lucio (2013).
Tipo Definição Exemplo de aplicação
Amostragem aleató-
ria simples
O pesquisador atribui a cada 
elemento da população um 
número único para, depois, 
selecionar alguns desses 
elementos de forma aleatória, 
de modo que todos tenham a 
mesma possibilidade de serem 
sorteados.
Questionário aplicado 
para saber a satisfação 
dos clientes de um banco, 
por exemplo, usando uma 
amostra do universo total 
de clientes.
Amostragem aleató-
ria sistemática
A lógica é a mesma do tipo an-
terior, mas a população deve 
ser ordenada e identificada 
por posição.
Pesquisas “boca de urna”, 
isto é, pesquisas rápidas 
com pessoas que acaba-
ram de sair de um zona 
eleitoral específica.
Amostragem 
estratificada
O pesquisador divide a popu-
lação em segmentos, e uma 
amostra é selecionada para 
cada segmento.
Estudo que espera encon-
trar uma posição diferente 
entre amostras de homens 
e mulheres.
Amostragem por 
conglomerados
O pesquisador sorteia um con-
junto e procura estudá-lo em 
sua totalidade. Por exemplo, 
famílias, organizações.
Pesquisa aplicada em 
todos os funcionários 
de uma organização 
específica.
Quadro 2. Tipos de amostras probabilísticas
Coleta de dados4
Amostra não probabilística
A amostra não probabilística representa um procedimento de seleção informal 
determinado pelas necessidades do pesquisador. Conforme Hernández Sam-
pieri, Fernandez Collado e Baptista Lucio (2013, p. 208), a vantagem de uma 
amostra não probabilística, do ponto de vista quantitativo, é sua “[...] utilidade 
para um desenho de estudo que não exija tanto uma representatividade de 
elementos de uma população, mas sim uma cuidadosa e controlada escolha 
de casos especifi cados na formulação do problema”. O Quadro 3 apresenta 
os tipos de amostras não probabilísticas.
Fonte: Adaptado de Hernández Sampieri, Fernandez Collado e Baptista Lucio (2013).
Tipo Definição Exemplo de aplicação
Amostragem por 
acessibilidade ou 
por conveniência
O pesquisador seleciona os 
elementos a que tem acesso, 
admitindo que representam 
um universo. É indicada para 
pesquisas em que não é reque-
rido elevado nível de precisão.
Entrevistas com gerentes 
dos restaurantes A e B, 
pois eles autorizaram a 
pesquisa.
Amostragem por 
tipicidade ou 
intencional
O pesquisador seleciona um 
subgrupo da população que, 
conforme as informações dis-
poníveis, pode ser considerado 
representativo.
Entrevistas com líderes 
de turma específicos, 
líderes de comunidade, 
etc.
Amostragem por 
cotas
O pesquisador realiza a pes-
quisa por etapas. Ele classifica 
a população, determina a 
proporção da população para 
cada classe e fixa cotas obser-
vando a proporção das classes 
consideradas.
Pesquisas eleitorais e de 
mercado.
Quadro 3. Tipos de amostras não probabilísticas
Como existem vários tipos de amostras, selecionar a forma mais adequada 
para cada estudo é uma tarefa complementar à estruturação da fase de coleta 
de dados. Após a montagem do projeto na sua totalidade, é necessário utilizar 
um recurso metodológico chamado pesquisa-piloto.
5Coleta de dados
3 Aplicação de pesquisa-piloto
Depois de construir o estudo, o pesquisador pode julgar que ele está pronto 
para ser aplicado — todas as etapas foram planejadas, o problema e os objetivos 
foram defi nidos, e, principalmente, a metodologia da pesquisa e o instrumento 
de coleta de dados estão prontos e revisados. Porém, antes de aplicar efetiva-
mente a pesquisa, é muito importante testá-la, a fi m de identifi car possíveis 
erros de projeto. Para isso, é possível utilizar uma pesquisa-piloto.
Conforme Mackey e Gass (2005 apud BAILER; TOMITCH; D'ELY, 2011, 
p. 130), pesquisa-piloto ou estudo-piloto é “[...] um teste, em pequena escala, dos 
procedimentos, materiais e métodos propostos para determinada pesquisa”. Ou seja, 
é uma miniaplicação do estudo final, que engloba a realização de todas as etapas 
previstas na metodologia, de modo a identificar e melhorar o estudo na fase que 
precede a análise propriamente dita. De acordo com Marconi e Lakatos (2017, p. 210):
A importância de conduzir um estudo-piloto está na possibilidade de testar, 
avaliar, revisar e aprimorar os instrumentos e procedimentos de pesquisa. 
Administra-se um estudo-piloto com o objetivo de descobrir pontos fracos e 
problemas em potencial, para que sejam resolvidos antes da implementação 
da pesquisa propriamente dita.
Os autores trazem um exemplo muito ilustrativo: as fábricas de carro 
sempre constroem protótipos dos novos modelos de veículos que irão lançar 
no mercado para testá-los antes de começar a produção em larga escala. 
Dessa forma, o automóvel é testado em condições concretas de lançamento 
e podem ser encontrados possíveis defeitos, o que poupa tempo e dinheiro, 
pois as alterações necessárias podem, assim, ser feitas antes do lançamento. 
Portanto, a aplicação de um estudo-piloto permite ao pesquisador chegar 
nas fases principais de seu estudo com uma base, sabendo que suas escolhas 
metodológicas trarão os resultados esperados.
Uma das finalidades da pesquisa-piloto é observar se a amostragem escolhida 
serve para responder aos objetivos do estudo. Para isso, a pesquisa-piloto é 
aplicada em uma amostra reduzida, cujo processo de seleção deve ser idêntico ao 
que foi previsto para a execução da pesquisa efetiva. Dessa forma, a utilização de 
uma pesquisa-piloto possibilita o refinamento dos procedimentos metodológicos 
e, com isso, proporciona uma visão ampla da aplicação real do estudo no todo, 
principalmente no que tange aos procedimentos de coleta de dados.
De acordo com Gil (2010, p. 3), essa pesquisa prévia “[...] envolve quatro 
elementos necessários à sua compreensão: processo, eficiência, prazos e metas”. 
Coleta de dados6
Assim, a pesquisa-piloto proporciona maior eficiência à investigação para 
alcançar os resultados esperados dentro do prazo estabelecido. A pesquisa-
-piloto é considerada uma estratégia metodológica que auxilia o pesquisador 
a validar os processos planejados para o seu estudo. Yin (2005) reforça que 
ela contribui para o aprimoramento do estudo, tanto em relação ao conteúdo 
dos dados quanto aos procedimentos que devem ser seguidos.
Existe um debate relativo à necessidade ou não de se realizar um estudo-
-piloto. Entretanto, é preciso terem mente que, mesmo que sejam tomados 
todos os cuidados possíveis durante o planejamento da pesquisa, é somente 
no momento da implementação do teste que alguns erros são reconhecidos 
(CANHOTA, 2008). Além disso, o pesquisador deve tomar cuidados em re-
lação à metodologia que será utilizada — a ideia é que a pesquisa-piloto seja 
um ensaio formal do estudo como um todo. Desse modo, é necessário se ater 
também ao tempo a ser usado na pesquisa e aos recursos humanos, materiais 
e financeiros necessários à efetivação do estudo (GIL, 2010). Portanto, o 
pesquisador deve visualizar o potencial da pesquisa-piloto para o refinamento 
das decisões que foram tomadas na metodologia do estudo, encarando essa 
pesquisa como uma oportunidade de revisar e aprimorar o planejamento para 
a execução do seu trabalho.
BAILER, C.; TOMITCH, L. M. B.; D'ELY, R. C. S. F. Planejamento como processo dinâmico: a 
importância do estudo piloto para uma pesquisa experimental em linguística aplicada. 
Intercâmbio, v. 24, p. 129–146, 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/
intercambio/article/viewFile/10118/7606. Acesso em: 22 set. 2020.
BRUNI, A. L. Estatística aplicada à gestão empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CANHOTA, C. Qual a importância do estudo piloto? In: SILVA, E. E. (coord.). Investigação passo 
a passo: perguntas e respostas para investigação clínica. Lisboa: APMCG, 2008. p. 69–72.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
HERNÁNDEZ SAMPIERI, R.; FERNÁNDEZ COLLADO, C.; BAPTISTA LUCIO, M. P. Metodologia 
de pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 8. ed. São 
Paulo: Atlas, 2017.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
7Coleta de dados
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Coleta de dados8
DICA DO PROFESSOR
As pesquisas eleitorais são utilizadas para descobrir a intenção de voto dos eleitores, a 
popularidade dos candidatos e qual deles está liderando a corrida eleitoral.
Nesta Dica do Professor, será apresentada desde como as pesquisas são feitas, como são 
escolhidas as amostras de eleitores que participam, até a divulgação dos resultados. Entender 
como esses levantamentos são realizados é de grande importância para identificar a aplicação 
dos conceitos estudados e compor o estudo.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) A administração de uma universidade deseja saber quantas pessoas frequentam a 
biblioteca mensalmente. Para isso, solicita um relatório ao gestor da biblioteca com as 
estatísticas de acesso, no qual solicita quantas pessoas entram e saem da biblioteca e 
quantas dessas pessoas são alunos da universidade.
A partir do enunciado da questão, é possível identificar a população e a amostra, 
respectivamente?
A) Pessoas que circulam pela universidade – pessoas que circulam pela biblioteca.
B) Pessoas que circulam pela universidade – alunos da universidade que frequentam a 
biblioteca. 
C) Pessoas que circulam pela biblioteca – alunos da universidade que frequentam a biblioteca.
D) Alunos da universidade – pessoas que circulam na biblioteca.
E) Pessoas que frequentam a biblioteca – pessoas que frequentam a biblioteca. 
2) O técnico de um time de futebol, com um total de 30 jogadores, realizou uma 
investigação com o objetivo de verificar o consumo de água dos jogadores durante 
uma partida. Foram selecionados, aleatoriamente, 11 jogadores para que fosse 
mensurada, durante 30 dias, a quantidade de litros de água consumida por cada um 
nas partidas. Sabe-se que cada jogador teve a mesma probabilidade de ser incluído 
no estudo.
Com base nessas informações, marque a alternativa que contém a sequência 
correta de respostas, refletindo sobre qual é papel dos dados informados a seguir:
1 - Quantidade total de jogadores do time.
2 - 11 jogadores selecionados aleatoriamente.
3 - Técnica utilizada para a seleção da amostra.
A) População, amostragem aleatória sistemática, amostra.
B) Amostra, população e amostragem aleatória simples.
C) Amostra não probabilística, amostra e população.
D) População, amostra e amostragem aleatória sistemática.
E) População, amostra e amostragem aleatória simples.
Em um laboratório, dois pesquisadores competem por uma bolsa de estudos. Para 
isso, eles têm que realizar uma pesquisa e apresentar para os professores, com o 
intuito de provar qual delas será mais importante cientificamente para a construção 
da ciência dentro da área pesquisada.
O pesquisador A selecionou um grupo de estudantes e, dentro da população de 
3) 
estudantes, escolheu uma amostra aleatória para aplicar o seu estudo. O pesquisador 
B aplicou o seu estudo diretamente nos estudantes que frequentavam o laboratório e 
que aceitaram participar do estudo. 
Na hora da apresentação para os professores, estes se questionaram sobre os tipos de 
amostras que os pesquisadores escolheram para compor seu estudo e chegaram 
à seguinte conclusão:
A) O pesquisador A utilizou a amostragem não probabilística; e o pesquisador B, a 
amostragem probabilística.
B) Os dois pesquisadores utilizaram a amostragem probabilística.
C) Os dois pesquisadores utilizaram a amostragem não probabilística.
D) O pesquisador A utilizou a amostragem probabilística; e pesquisador B, a amostragem não 
probabilística.
E) O pesquisador A utilizou a amostragem probabilística e pesquisador B não utilizou 
nenhuma amostragem. 
4) Relacione os tipos de amostras:
( ) Amostragem por tipicidade ou intencional. 
( ) Amostragem aleatória simples. 
( ) Amostragem por acessibilidade ou por conveniência. 
( ) Amostragem estratificada. 
( ) Amostragem por cotas. 
( ) Amostragem aleatória sistemática. 
( ) Amostragem por conglomerados.
1- Amostragem não probabilística. 
2 - Amostragem probabilística.
A) 1, 2, 1, 2, 1, 2, 2.
B) 1, 2, 1, 1, 2, 1, 2.
C) 2, 1, 2, 2, 1, 2, 1.
D) 1, 1, 2, 1, 1, 1, 2.
E) 1, 1, 2, 1, 2, 2, 1.
5) Quando um pesquisador finaliza a construção de um projeto de pesquisa, um dos 
recursos metodológicos que ele pode desenvolver antes de aplicar a pesquisa 
efetivamente é a pesquisa-piloto.
Em relação a esse recurso, é válido afirmar que a pesquisa-piloto tem como objetivo:
A) proporcionar ao pesquisador dados metodológicos previamente estabelecidos para o 
auxílio da implantação da pesquisa.
B) proporcionar ao pesquisador um ensaio do plano pretendido para a fase de coleta de dados 
para que sejam identificadas possíveis falhas no instrumento de coleta de dados.
C) proporcionar ao pesquisador informações de formação, contribuindo para a construção do 
projeto de pesquisa.
D) proporcionar ao pesquisador a oportunidade de rever decisões que foram tomadas na 
metodologia do estudo e, como consequência, a possibilidade de revisar e aprimorar o 
planejamento da pesquisa.
E) proporcionar ao pesquisador as informações necessárias que irão complementar a 
construção do projeto de pesquisa.
NA PRÁTICA
Você já conhece a Netflix, certo? Mas deve estar perguntando-se: como ela se encaixa nesta 
Unidade de Aprendizagem? A Netflix é uma das empresas que mais crescem atualmente, ela 
fornece conteúdo de mídia (séries, reportagens, documentários, filmes e muito mais) pela 
Internet e nos mais variados dispositivos, tudo isso utilizando um processo bem interessante de 
coleta de dados.
Na Prática, conheça como a Netflix funciona e se relaciona com os seus clientes.
SAIBA MAIS
Paraampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Coleta de dados: debates e métodos fundamentais em pesquisa social
Este livro agrega mais conhecimento ao tema estudado, pois traz em seu conteúdo muitos 
exemplos e atividades práticas.
População e amostra - introdução à estatística
Este vídeo ilustra bem a definição de população e amostra.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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