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Unidade 1 - Diferentes tipos de conhecimentos

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INTRODUÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA 
Profa. Dra. Laura Cristina Ferreira Cuvello 
 
Olá estimado aluno (a), nesta aula vamos conhecer os diferentes tipos 
de conhecimentos e analisar comparativamente o conhecimento científico e o 
senso comum. 
 
Aula 1 – Tipos de conhecimentos 
É possível conhecer e interpretar o mundo de várias formas. Cada uma 
delas possui características específicas que as distinguem das demais. A mitologia, 
o senso comum, as religiões, a filosofia e a ciência possuem o mesmo objetivo: 
organizar informações que possam explicar ou dar sentido ao mundo e às coisas. 
Em outras palavras, essas diferentes áreas são produtoras de conhecimento. 
Entretanto, a forma como esse conhecimento é adquirido e transmitido varia em 
cada um desses tipos de conhecimento. Essas particularidades são responsáveis 
pela distinção entre mitologia e ciência ou filosofia e religião. 
Definindo o Conhecimento 
 
O conhecimento é uma forma de apreensão da realidade. Os seres 
humanos vivem como as outras espécies da natureza, mas diferente delas, criam 
para si, representações da realidade. Essas representações fundamentam-se nos 
sentidos e na percepção; na memória, na imaginação e no intelecto; na ideia de 
aparência e de realidade e na ideia de verdade ou falsidade. 
A partir desses modos, os indivíduos interiorizam o mundo e apreendem 
a realidade. E, na consciência, criam códigos de interpretação de tudo o que existe 
ou pode ser pensado. É estabelecida uma relação entre o sujeito (aquele que 
conhece) e o objeto (aquilo a ser conhecido). 
 
 
 
 
 
Historicamente, os seres humanos construíram diversos sistemas de 
conhecimento como forma de dar sentido a sua própria vida e transmitir 
informações necessárias para sobrevivência da espécie. Deste modo, diferenciam-
se dos outros animais, também, por possuírem uma linguagem que possibilita o 
compartilhamento de informações. 
Esses sistemas de conhecimentos transmitidos de geração a geração, de 
grupos para grupos, formam a cultura. Com o passar do tempo, o domínio da razão 
e de diversos códigos de linguagem possibilitou a complexificação desse 
conhecimento. No quadro a seguir podemos ver diferentes tipos de 
conhecimentos, no que eles se baseiam, a forma como eles são adquiridos, o que 
os validam e transmitem. 
 
Tipo de 
Conhecimento 
Base do 
Conhecimento 
Forma de 
Aquisição do 
Conhecimento 
O que Valida o 
Conhecimento? 
Quem Transmite o 
Conhecimento? 
Mítico Crença Narrativas Míticas Tradição Rapsodos 
Religioso Crença (Fé) Escrituras Dogmas 
Teólogos/Líderes 
Religiosos 
Senso Comum 
(conhecimento 
empírico) 
Crença Tradição 
Não-
questionamento 
Pessoa Comum 
Científico Razão Investigação Método Cientista 
Filosófico Razão Reflexão Argumentação Filósofo 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/ 
 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/
 
 
 
 
Os diferentes tipos de conhecimento representam as diferentes maneiras 
que os seres humanos encontraram para sair da ignorância. A curiosidade humana 
e sua capacidade de abstrair (imaginar) são responsáveis por criar sistemas de 
crenças e explicações. Bem como, compreender, apropriar-se e reformular 
explicações vindas de outros indivíduos e grupos. 
 
Conhecimento Mítico 
O conhecimento que se baseia nos mitos tem como característica principal 
ser fabuloso. É um conhecimento que advém de uma tradição oral, das narrativas 
míticas. Na Grécia antiga, a transmissão desses conhecimentos era tarefa dos 
poetas-rapsodos. Essas narrativas remontam histórias sobre o início dos tempos. 
Dão conta de explicar de maneira fantasiosa, a origem do mundo e de tudo o que é 
relevante para a vida daquele grupo de indivíduos. 
Criam-se laços e desenvolvem a ideia de pertencimento a uma comunidade 
por partilharem um passado comum. Os mitos atuam como uma memória partilhada, 
repleta de imagens de fácil associação e compreensão. 
Baseadas na crença, as narrativas míticas reforçam, de forma ilógica e 
contraditória, imagens e constroem uma consciência coletiva. A consciência mítica 
está baseada na crença de que são representações fiéis da realidade. Essas 
narrativas remontam histórias sobre o início dos tempos. Dão conta de explicar de 
maneira fantasiosa, a origem do mundo e de tudo o que é relevante para a vida 
daquele grupo de indivíduos. 
Criam-se laços e desenvolvem a ideia de pertencimento a uma comunidade 
por partilharem um passado comum. Os mitos atuam como uma memória partilhada, 
repleta de imagens de fácil associação e compreensão. 
 
 
 
 
 
 
Baseadas na crença, as narrativas míticas reforçam, de forma ilógica e 
contraditória, imagens e constroem uma consciência coletiva. A consciência mítica 
está baseada na crença de que são representações fiéis da realidade. 
 
 
 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/ 
 
 
O Conhecimento Religioso 
 
A Religião partilha com os tipos de conhecimento o objetivo de explicar o 
universo em sua formação e totalidade. A particularidade do conhecimento religioso 
é seu embasamento na fé, na crença nas revelações divinas e em seus textos 
sagrados oriundos dessas revelações. 
Com base na fé, a união entre o conhecimento e as religiões, chamado de 
teologia, visa estruturar sistemas de conhecimento baseados em verdades não-
demonstráveis e indubitáveis, chamados de dogmas. A religião garante a ligação 
entre o que é humano e o que é divino. 
 
https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/
 
 
 
 
Esses dogmas reforçam um ato de conhecimento comum na religião: a divisão 
entre o que é profano e observável e o que é sagrado e misterioso. A partir dessa 
ideia, há uma hierarquização dessa divisão, que confirma o poder divino sobre os 
indivíduos. 
 
 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/ 
 
O Conhecimento Filosófico 
 
O conhecimento filosófico mudou a forma de compreensão de si mesmo ao 
longo do tempo. Desde os filósofos pré-socráticos na Grécia Antiga até a filosofia 
produzida atualmente, muitas alterações ocorreram, como o modo de conceber o 
mundo. 
A filosofia e a ciência caminham juntas no rigor, na necessidade lógica e no 
uso da razão. Entretanto, o método científico, apesar de ter sido produzido 
filosoficamente, não se aplica integralmente à produção de conhecimento filosófico. 
 
https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/
 
 
 
 
A atividade filosófica é uma reflexão crítica sobre as bases que tornam todas 
as formas de conhecimento possíveis. E, para além disso, volta-se também para a 
reflexão crítica sobre sua própria atividade e construção. 
 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/ 
 
Para apresentar o conhecimento científico e o senso comum eu 
escolhi apresentar o artigo a seguir. 
 
CIÊNCIA E SENSO COMUM: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS SOBRE A 
ORIGEM DO CONHECIMENTO. 
Ana Rochelly Silva Costa Cavalcante 
 
RESUMO 
O presente artigo vem apresentar um breve conceito referente a ciência e senso 
comum e traz uma abordagem sobre sua relação apontando semelhanças e 
diferenças. O artigo também traz importante conceito de alguns autores 
considerados, pela autora, relevantes sobre o tema descrito. O trabalho, embora 
conciso, apresenta acentuados questionamentos e discussões plausíveis sobre 
essa problemática relação entre ciência e senso comum. 
Palavras-chave: Ciência; Senso Comum; Conhecimento. 
https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Esse artigo buscou a construção de um diálogo mais aprofundado a respeito 
da ciência e senso comum que foram iniciadas em sala de aula durante a disciplina 
de Metodologia de Pesquisa I no curso de pós graduação em Gestão Escolar pela 
Faculdade Maciço de Baturité. Inicialmente procuramos trazer um pouco do conceito 
dessas duas expressões a fim de melhor expor suas definições. Posteriormenteapresentamos de forma breve as semelhanças e diferenças de ambas e logo em 
seguida expomos um sucinto texto com opiniões importantes de autores como 
Bachelard, Gramsci e Freire sobre a relação da ciência e do senso comum. Apesar 
de ser um assunto bastante discutido, consideramos relevantes as discussões 
abordadas ao longo desse curto trabalho e que possa ser apreciado para reflexões 
a cerca do tema, bem como para a construção de futuros trabalhos acadêmicos. 
 
 2 A CIENCIA E O SENSO COMUM: UMA ANÁLISE COMPARATIVA 
 
2.1 Um breve conceito de ciência e senso comum 
 
A busca pelo conhecimento entre os homens sempre foi um assunto polêmico 
para distintos autores ao longo da história da humanidade. É a incessante busca 
pela verdade. De início os homens buscavam conhecer os acontecimentos das 
coisas. Esse conhecimento foi adquirido, paulatinamente, pelo homem a partir de 
suas experiências, vivencias e observações do mundo e que foram repassadas 
tradicionalmente para as outras gerações, logo esse conhecimento é chamado de 
senso comum e caracterizado pelo conhecimento empírico. 
 O senso comum para Santos (2003, p. 36), trata-se “de um senso que se 
pretende natural, razoável, prudente, um senso que é burguês e que, por uma dupla 
implicação, se converte em senso universal”. Mais tarde os homens miravam na 
busca pela “razão” dos acontecimentos o que foi elementar no surgimento da 
ciência. Como afirma Lakatos: “O homem sentiu a necessidade de saber o porquê 
dos acontecimentos e que, dessa forma, surgiu a ciência.” (LAKATOS; MARCONI, 
2003, p. 84). 
 
 
 
 
 
O termo ciência vem do latim, scientia, de sciens, conhecimento, sabedoria. 
Portanto, a ciência busca o conhecimento, ou seja, ela busca explicações para 
determinados fatos de forma objetiva e pode ser alcançada por diversos métodos, 
tais como métodos dedutivos; indutivos; fenomenológicos; dialéticos. Muitas das 
ciências hoje existentes se desenvolveram a partir das necessidades práticas da 
vida quotidiana. 
 Assim, podemos entender que o senso comum é um conhecimento sem 
causa, sem razão, ou seja, sabe-se que os metais são condutores de energia, mas 
desconhecem o “porquê”. Por outro lado, o conhecimento científico procura as 
respostas que racionalmente e comprovadamente constatem o motivo pelo qual os 
metais são condutores. 
 
 2.2 Uma abordagem sobre as semelhanças e diferenças 
 A ciência prova/explica e o senso comum apenas afirma. Será somente essa 
a diferença entre o senso comum e a ciência? E a ciência por explicar e/ou provar 
os fatos pode ser considerada como mais relevante e superior que o senso comum? 
Em geral, as pessoas percebem que existe uma 
diferença entre o conhecimento do homem do povo, às vezes 
até cheio de experiências, mas que não estudou, e o 
conhecimento daquele que estudou determinado assunto. E a 
diferença é que o conhecimento do homem do povo foi 
adquirido espontaneamente, sem muita preocupação com 
método, com crítica ou com sistematização. Ao passo que o 
conhecimento daquele que estudou algo foi obtido com 
esforço, usando-se um método, uma crítica mais pensada e 
uma organização mais elaborada dos conhecimentos. (LARA, 
p 56,1983). 
Diante do exposto, podemos afirmar que uma das características que 
diferencia o senso comum do conhecimento científico é a sua rigidez. Enquanto o 
senso comum é acrítico, assistemático, fragmentado, falível, verificável, inexato, 
preso a preconceitos e a tradições conservadoras, a ciência preocupa-se com as 
pesquisas sistemáticas, racionais, gerais, objetivas que produzam teorias que 
revelem a veracidade dos fatos, uma vez que a ciência produz o conhecimento a 
partir da razão. 
 
 
 
 
Destarte, há também de se considerar semelhanças entre as duas expressões, 
ciência e senso comum, as duas são susceptíveis ao erro, as duas são inacabadas, 
são falíveis. O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade 
básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. 
De fato com o surgimento da ciência e seus avanços o senso comum tem tido 
uma problemática relação com o conhecimento científico. A ciência moderna nasce 
declarando guerra ao senso comum e estabelecendo como princípio uma hierarquia 
na qualidade do conhecimento, desprezando o conhecimento científico e elevando 
os conhecimentos alcançados através da ciência, visto que esses necessitavam de 
uma maior capacidade teleológica. 
 
 2.3 A relação “ciência e senso comum” no enfoque de alguns autores 
 
Para o filósofo francês Bachelard o senso comum é tido como obstáculo para 
o desenvolvimento do conhecimento científico. Para ele as tradições e preconceitos 
advindos do senso comum que formam a opinião do homem são impedimentos que 
atrasam a busca pelo conhecimento científico. Portanto, para Bachelard o senso 
comum traz consequências que se tornam obstáculos no desenvolvimento do 
conhecimento. 
 
Para o filósofo marxista italiano, Gramsci, o senso comum caracteriza-se como 
uma visão distorcida, desagregada e incoerente do mundo; uma compreensão 
difusa de uma realidade marcada pela presença da ideologia dos grupos 
dominantes. Na visão do autor os homens ao nascerem já encontravam uma 
sociedade pronta no qual apenas interiorizavam aquilo que lhes era repassado, sem 
questionamentos. 
O educador Paulo Freire em sua obra “Pedagogia da Autonomia: saberes 
necessários à prática educativa” expressa muito claramente sua opinião a respeito 
desta questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na verdade, a curiosidade ingênua que, “desarmada”, está 
associada ao saber de senso comum, é a mesma curiosidade 
que, criticizando-se, aproximando-se de forma cada vez mais 
metodologicamente rigorosa do objeto cognoscível, se torna 
curiosidade epistemológica. Muda de qualidade, mas não muda 
de essência.” (FREIRE, 1996, p. 31). 
 
Destarte, para Freire a ciência é uma superação do senso comum no homem. 
Ele tem contato primeiro com o mundo e posteriormente com a leitura. A crítica o 
impulsiona a superação de uma visão ingênua. Ainda em sua obra “Pedagogia da 
Esperança” Freire afirma: “O que não é possível – repito-me agora – é o desrespeito 
ao saber de senso comum; o que não é possível é tentar superá-lo sem, partindo 
dele, passar por ele” (FREIRE 1999, p. 84). 
Logo, podemos inferir que para Freire o senso comum é o caminho para a 
ciência, não se pode chegar nela sem antes passar pelo conhecimento do senso 
comum. Diferente de Bachelard, o educador Freire reconhece como importante o 
conhecimento do senso comum, é como uma mola propulsora para o 
desenvolvimento da ciência. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Vimo ao longo deste trabalho que o dilema ciência e senso comum ainda é 
pauta de longas discussões que se divergem entre muitos estudiosos, 
principalmente em tempos atuais em que a ciência avança de forma célere. Porém, 
ainda estamos presos em visões estigmatizadas de que a ciência é caracterizada 
por um cientista preso em laboratórios inventando formulas revolucionárias. 
Acreditamos que a aproximação com o ambiente acadêmico propicia uma 
modificação desse estigma da ciência, a partir do momento em que o estudante 
pode ser um pesquisador de determinado fato da realidade. 
Um pesquisador quando entra em um campo de pesquisa carrega consigo 
hipóteses sobre o objeto a ser investigado que lhe foram atribuídas a partir de suas 
experiências, vivencias, tradições e preconceitos, ou seja, do senso comum. Na 
maioria das vezes os resultados da pesquisa negam as supostas hipóteses, fazendo 
com que o pesquisador enxergue para além do senso comum. 
 
 
 
 
Por fim, em meio as analogias da ciência e do senso comum acreditamos que 
há uma relação de proximidade entre elas e concordando com Paulo Freire 
concluímos que a ciência seja a superação do senso comum e acreditamos que o 
ambiente acadêmico seja elementar para essa superação. 
 
REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS 
BACHELARD, G. A Filosofia do não; O novo espírito científico; A poética do 
espaço. Seleção de textos de José Américo Motta Pessanha. Tradução de 
Joaquim José Moura Ramos et. al. 2. ed. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1984. 
(Os Pensadores). 
BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma 
psicanálise do conhecimento. Tradução de Estela dos Santos Abreu. Rio de 
Janeiro: Editora Contraponto, 1996. 
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. 
FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do 
Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. 
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. 
GRAMSCI, A. Concepção dialética da História. Tradução de Carlos N. Coutinho. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. 
LAKATOS, Eva Maria (1985). Metodologia Científica (São Paulo: Atlas). pp. 17–
39. 
SANTOS, B. S. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 
2003. 
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as Ciências. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2004. 
135 Cad. Bras. Ens. Fís., v. 27, n. 1: p. 115-135, abr. 2010. 
TRINDADE, A. Ciência e senso comum: uma reflexão ilustrada por comentários 
sobre o filme O Carteiro e o Poeta. PróCiência. São Paulo, 29 de julho de 2001. 
Disponível em: . Acesso em: 02 set. 2016.

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