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HIDROLOGIA APLICADA ENG. AMBIENTAL Precipitação ADRIANO SOUSA ISARH - UFRA Resumo da aula O que é precipitação? Formas e tipos de precipitação; Medidas de precipitação; Análise dos dados de chuva (frequência, variabilidade); Chuvas intensas (máximas); Exercícios. Precipitação: água da atmosfera depositada na superfície terrestre. Formas: chuvas; granizo; neve; orvalho; neblina; geada. Variabilidade temporal e espacial. Precipitação Nosso maior interesse está na precipitação em forma de chuva Formação das nuvens de chuva Massa de ar úmido se eleva temperatura diminui, mais vapor se condensa gotas crescem, vencem as forças de sustentação e se precipitam Precipitação Quantidade de água que o ar pode conter sem que ocorra condensação maior para o ar quente do que para o ar frio. Regime de precipitação governado pela circulação geral da atmosfera ... Tamanho das gotas • nuvem: 0,02 mm • chuva: 0,5 a 2 mm Do ponto de vista do hidrólogo a chuva tem três mecanismos fundamentais de formação: • chuva frontais ou ciclônicas: interação entre massas de ar quentes e frias grande duração, grandes áreas e intensidade média; • chuvas orográficas: ventos em barreiras montanhosas pequena intensidade, grande duração e pequenas áreas; • chuvas convectivas térmicas: brusca ascenção local de ar aquecido no solo áreas pequenas, grande intensidade e pequena duração. Tipos de chuva Ocorrem ao longo da linha de descontinuidade, separando duas massas de ar em de características diferentes. São chuvas de longa duração. Frontais ou Ciclônicas Frontais ou Ciclônicas Brasil muito freqüentes na região Sul, atingindo também as regiões Sudeste, Centro Oeste e, por vezes, o Nordeste Frontais ou Ciclônicas Orográficas Ocorre quando o ar é forçado a romper barreiras naturais, esfriam e precipitam-se. São chuvas de média abaixa intensidade e curta duração. As chuvas orográficas ocorrem em muitas regiões do mundo, e no Brasil são especialmente importantes ao longo da Serra do Mar Ocorre sempre no mesmo local Orográficas Convectivas São provocadas pela ascensão do ar devido às diferenças de temperatura na camada vizinha da atmosfera. São chuvas de curta duração, grande intensidade e ocorre em pequenas extensões Problemas de inundação em áreas urbanas estão, muitas vezes, relacionados às chuvas convectivas Convectivas Resumo • Pluviômetros • Pluviógrafos • Pluviômetros de báscula • Radar • Satélite Medição de chuva Fonte : Sabesp Estação Pluviográfica com Telemetria Estação Pluviográfica Medida com : • Pluviômetros - leitura diária às 9 horas • Pluviógrafos e pluviômetros de báscula intervalos de tempo menores que 1 dia Medição de chuva Pluviômetros: Pluviômetro Fonte : Sabesp Pluviômetro Pluviômetro Pluviógrafo – pluviômetro de caçamba Estação Pluviográfica Pluviográfico Fonte : Sabesp Aeroclube de Maceió Pluviômetro de báscula Quartel do Exército SEST Radar Meteorológico • Radar (Radio Detection and Ranging ou Detecção e Telemetria pelo Rádio) • Possibilidade de quantificar a precipitação de forma contínua, tanto no tempo quanto no espaço alternativa às medidas pontuais de pluviômetros • Não mede diretamente chuva nível de retorno dos alvos de chuva refletividade • Determinar a partir do espectro de gotas observado a relação entre a chuva e a refletividade relação Z-R Temos que calibrar o Radar • transmissor propagação a partir da antena objeto retorno para a antena comutador receptor processamento Radar Meteorológico • Ondas eletromagnéticas à velocidade da luz enviadas para as nuvens na nuvem, cada gota irradia ondas em todas as direções parte da energia gerada pelo volume total de gotas iluminado pelo feixe de onda do radar volta ao prato do radar distância pelo tempo de ida e volta Radar Meteorológico relação Z-R Z = a.Rb Radar Meteorológico Mapas indicadores (produtos do Radar) • Indicadores ou varredura PPI (Plan-Position Indicator) e RHI (Range-Heigth Indicator) • CAPPI (Constant PPI) Campo de precipitação em um plano de altitude constante localização e intensidade da chuva em tempo real Radar Ufal http://www.radar.ufal.br/ Dowloads Dissertações Quintão (2004) RHI Mapas indicadores (produtos do Radar) • SIRMAL imagens em PPI a cada 3 horas nas resoluções de 30, 130, 250 e 380 km com cartografia. Para usuários especiais, geradas durante 24 horas nas resoluções de 30, 130, 250 e 380 km, com intervalos de tempo de 2 a 60 minutos. Z = 176,5.R1,29 MORAES, M. C. S. Distribuição de Gotas de Chuva e a Relação Z-R para Radar na Costa Leste do Nordeste do Brasil. 2003. 112p. Dissertação (Mestrado) – Maceió, AL. • Quanto mais quente a nuvem “parece”, mais água ela contém • Imagens no IR e MW (MW mais precisas) 1e 1 λ 2hc B(T) hc/kT5 2 • Estimativas baseadas em temperatura de brilho do topo de nuvem (Lei de Planck): Estimativa por Satélite • Instrumentos do TRMM (Tropical Rainfall Measuring Misson) : Sensor Microondas e Radar • Além disso: validação em terra • Produto 3B42 (dados de 3 em 3 horas, resolução de 0.25°) Estimativas de chuva por satélite 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1/1/1998 3/2/1998 5/1/1998 6/30/1998 8/29/1998 10/28/1998 12/27/1998 P re c ip it a ç ã o d iá ri a ( m m ) Chuva média interpolada dos postos Chuva média do TRMM Testes Preliminares 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 4/6/1998 4/7/1998 3/8/1998 2/9/1998 2/10/1998 1/11/1998 P re c ip it a ç ã o d iá ri a ( m m ) Chuva média interpolada dos postos Chuva média do TRMM Diferença nas magnitudes Satélite “atrasa” Satélite “adianta” Estiagem bem representada Testes Preliminares • Altura ou lâmina de chuva – medida normalmente em milímetros 1 mm de chuva = 1 litro de água distribuído em 1 m2 Espessura média que recobriria a região atingida pela precipitação se não houvesse infiltração, nem evaporação e nem escoamento para fora dos limites da região • Intensidade da chuva é a razão entre a altura precipitada e o tempo de duração da chuva representa a variabilidade temporal geralmente são definidos intervalos de tempo nos quais é considerada constante Grandezas características da precipitação • Numa bacia hidrográfica, 40 mm de chuva é pouco se ocorrer ao longo de um mês, mas é muito se ocorrer em 1 hora • Tempo de retorno No médio de anos durante o qual espera-se que a precipitação analisada seja igualada ou superada seu inverso é a probabilidade de um fenômeno igual ou superior ao analisado, se apresentar em um ano qualquer Grandezas características da precipitação Tempo Chuva 0 0 1 0 2 0 3 3 4 0 5 4 6 8 7 12 8 5 9 9 10 7 11 7 12 5 13 1 14 0 15 0 16 0 17 0 18 0 19 0 20 0 21 0 22 0 23 0 24 0 Exemplo de Registro de Chuva Início 03:00 Fim: 13:00 Duração = 10 horas Tempo Chuva Chuva Acumulada 0 0 0 1 0 0 2 0 0 3 3 3 4 0 3 5 4 7 6 8 15 7 12 27 8 5 32 9 9 41 10 7 48 11 7 55 12 5 60 13 1 61 14 0 61 15 0 61 16 0 61 17 0 61 18 0 61 19 0 61 20 0 61 21 0 61 22 0 61 23 0 61 24 0 61 Chuva Acumulada • Duração da chuva = 10 horas • Total precipitado = 61 mm • Intensidade média = 6,1 mm/hora • Intensidade máxima = 12 mm/hora entre 6 e 7 horas • Intensidade média do dia = 61/24 = 2,5 mm/hora Intensidade média • Chuvas intensas são mais raras • Chuvas fracas são mais freqüentes • Por exemplo: − Todos os anos ocorrem alguns eventos de 10 mm em 1 dia em Porto Alegre. − Chuvas de 180 mm em 1 dia ocorrem uma vez a cada 10 ou 20 anos, em média. Frequência Série de dados de chuva de um posto pluviométrico na Região Sul Bloco Freqüência P = zero 5597 P < 10 mm 1464 10 < P < 20 mm 459 20 < P < 30 mm 289 30 < P < 40 mm 177 40 < P < 50 mm 111 50 < P < 60 mm 66 60 < P < 70 mm 38 70 < P < 80 mm 28 80 < P < 90 mm 20 90 < P < 100 mm 8 100 < P < 110 mm 7 110 < P< 120 mm 2 120 < P < 130 mm 5 130 < P < 140 mm 2 140 < P < 150 mm 1 150 < P < 160 mm 1 160 < P < 170 mm 1 170 < P < 180 mm 2 180 < P < 190 mm 1 190 < P < 200 mm 0 P < 200 mm 0 Total 8279 Frequência Frequência Chuva média anual • A chuva média anual é uma das variáveis mais importantes na definição do clima de uma região, bem como sua variabilidade sazonal • Muitas regiões da Amazônia mais do que 2000 mm por ano • Região do Semi-Árido do Nordeste áreas com menos de 600 mm anuais Chuva média anual • Distribuição das chuvas se aproxima de uma distribuição normal (exceto em regiões áridas) • Distribuição normal tabelada para Z = (x-)/ • Conhecendo a média e o desvio padrão das chuvas anuais é possível associar uma chuva a uma probabilidade Chuvas totais anuais CuiabáPorto Alegre Chuvas médias mensais • A variabilidade sazonal da chuva é representada por gráficos com a chuva média mensal • Na maior parte do Brasil verão com as maiores chuvas. • Rio Grande do Sul a chuva é relativamente bem distribuída ao longo de todo o ano (em média). Belém Cuiabá Porto Alegre Florianópolis Chuvas médias mensais Precipitações médias mensais: dados do posto Jacarecica da SEMARH. Período: 1997 a 2007 Chuva média mensal Chuva máxima anual • Existe o interesse pelo conhecimento detalhado de chuvas máximas no projeto de estruturas hidráulicas como bueiros, pontes, canais e vertedores • Análise de frequência de chuvas máximas calcular a precipitação P que atinge uma área A em uma duração D com uma dada probabilidade de ocorrência em um ano qualquer • podem ser ajustadas distribuições de probabilidade como a de Gumbel para: • uma duração como a chuva diária; • várias durações curva IDF • Tomar o valor máximo de chuva diária de cada ano de um período de N anos • Organizar N valores de chuva máxima em ordem decrescente. • A cada um dos valores pode ser associada uma probabilidade de que este valor seja atingido ou excedido em um ano qualquer. • Fórmula empírica: 1N I P Chuva máxima anual Probabilidade x tempo de retorno • Uma chuva que é igualada ou superada 10 vezes em 100 anos tem um período de retorno de 10 anos. A probabilidade de acontecer esta chuva em um ano qualquer é de 1/10 (ou 10 %) • TR = 1/Prob • TR adotados Microdrenagem urbana: 2 a 5 anos Macrodrenagem urbana: 5 a 25 anos Pontes e bueiros com pouco trânsito: 10 a 100 anos Pontes e bueiros com muito trânsito: 100 a 1000 anos Grandes obras hidráulicas: 10.000 anos Chuvas intensas • Causas das cheias podem causar grandes prejuízos quando os rios transbordam e inundam casas, ruas, estradas, escolas, podendo destruir plantações, edifícios, pontes etc. e interrompendo o tráfego • As cheias também podem trazer sérios prejuízos à saúde pública ao disseminar doenças de veiculação hídrica Interesse pelo conhecimento detalhado de chuvas máximas no projeto de estruturas hidráulicas como bueiros, pontes, canais e vertedores Chuvas intensas • Problema da análise de freqüência de chuvas máximas calcular a precipitação P que atinge uma área A em uma duração D com uma dada probabilidade de ocorrência em um ano qualquer (ou tempo de retorno) curva de Intensidade – Duração – Freqüência (IDF) 1) Obtida a partir da análise estatística de séries longas de dados de um pluviógrafo (mais de 15 anos, pelo menos) 2) Selecionam-se as maiores chuvas de uma duração escolhida (por exemplo 15 minutos) em cada ano da série de dados série de tamanho N (número de anos) ajustada uma distribuição de frequências 3) Procedimento repetido para diferentes durações (5 min, 10 min, 1 hora, 12 horas, 24 horas, ...) resultados são resumidos na forma de um gráfico ou equação A curva IDF Intensidade – Duração - Frequência • Equação • T = tempo de retorno em anos; t = duração em minutos • Observa-se que I diminui com t; I cresce com T d b )ct( T.a )h/mm(I Chuvas intensas • Em locais sem séries de dados Método de Bell, método das relações de durações (mais comum) Durações Razão 24h/1dia 1,14 12h/24h 0,85 10h/24h 0,82 8h/24h 0,78 6h/24h 0,72 1h/24h 0,42 30min/1h 0,74 25min/30min 0,91 20min/30min 0,81 15min/30min 0,7 10min/30min 0,54 5min/30min 0,34 O das relações de durações obtenção dos valores de precipitações médias máximas com duração inferior a 24 h 2 1 /tt t duração na eIntensidad t duração na eIntensidad r 21 Fonte: Cetesb (1979) Chuva diária x chuva de 24h • Precipitação diária valor compreendido entre 2 horários de observação pluviométrica O encarregado verifica o acumulado das 7 horas de ontem até as 7 horas de hoje • Precipitação de 24 h maior valor de chuva correspondente a um período consecutivo de 24 horas (não necessariamente coincidente a um período de observação 24h/1dia? Chuva diária x chuva de 24h Diária 230 mm 221 mm 216 mm 217 mm Chuva diária x chuva de 24h Diária 230 mm Máxima de 24 h 353 mm Chuvas intensas • Qual é a precipitação máxima de 1 hora de duração em Porto Alegre? • ????? • Qual é a precipitação máxima de 1 hora de duração em Porto Alegre com 1% de probabilidade de ser excedida em um ano qualquer? • ou, no lugar da probabilidade, tempo de retorno de 100 anos. Exemplo de uso da curva IDF Mapas de chuva Linhas de mesma precipitação são chamadas ISOIETAS • Apresentação em mapas • Utiliza dados de postos pluviométricos • Interpolação Isoietas • Isoietas totais anuais, máximas anuais, médias mensais, médias do trimestre mais chuvoso • Isoietas retrata a variabilidade espacial Isoietas Isoietas Bacia do rio Paraíba (Plano Diretor) 3876967 3886248 3886365 3886477 3887235 3886871 3887674 3887753 3887886 3897016 3897098 3876868 750000 760000 770000 780000 790000 800000 810000 820000 830000 840000 850000 8920000 8930000 8940000 8950000 8960000 8970000 8980000 8990000 9000000 9010000 9020000 9030000 Postos 750000760000770000780000790000800000810000820000830000840000850000 8920000 8930000 8940000 8950000 8960000 8970000 8980000 8990000 9000000 9010000 9020000 9030000 450 550 650 750 850 950 1050 1150 1250 1350 Isoietas Anuais Médias Isoietas Bacia do rio Paraíba (Plano Diretor) 750000760000770000780000790000800000810000820000830000840000850000 8920000 8930000 8940000 8950000 8960000 8970000 8980000 8990000 9000000 9010000 9020000 9030000 70 90 110 130 150 170 190 210 230 Trimestre mais Chuvoso (Maio – Junho – Julho)3876967 3886248 3886365 3886477 3887235 3886871 3887674 3887753 3887886 3897016 3897098 3876868 750000 760000 770000 780000 790000 800000 810000 820000 830000 840000 850000 8920000 8930000 8940000 8950000 8960000 8970000 8980000 8990000 9000000 9010000 9020000 9030000 Postos Isoietas N 6 5 0 7 0 0 6850 6900 6 9 0 6 8 0 6 7 0 6 6 0 6 4 0 7 1 0 7 2 0 7 3 0 6 5 0 7 0 06 9 0 6 8 0 6 7 0 6 6 0 6 4 0 7 1 0 7 2 0 7 3 0 6910 6920 6930 6890 6880 6870 6860 6840 6830 6820 6910 6920 6930 6890 6880 6870 6860 6840 6830 6820 6850 6900 ANITÁPOLIS SANTA ROSA DE LIMA SÃO BONIFÁCIO GRÃO PARÁ SÃO LUDGEROLAURO MÜLLER PEDRAS GRANDES TUBARÃO LAGUNA ARMAZÉM SÃO MARTINHO ORLEANS IMBITUBA IMARUÍ CAPIVARI DE BAIXO JAGUARUNA TREZE DE MAIO RIO FORTUNA SANGÃO BRAÇO DO NORTE GRAVATAL Rio Tubarã o R io D ' U n a R io C ap iv ari O C E A N O A T L Â N T I C O Lagoa Sto Antônio Lagoa do Imaruí Lagoa do Mirim Lagoa Sta Marta Lagoa do Camacho escala 1:750.000 Limite da Bacia Hidrográfica do rio Tubarão e Complexo Lagunar Sedes municipais Sistema hídrico principal LEGENDA Postos pluviométricos utilizados no estudo 53 54 72 73 74 84 76 81 82 Curvas de Probabilidade de Precipitações Máximas Diárias 0 50 100 150 200 250 1 10 100 Tr (anos) P re c ip it a ç ã o ( m m ) 53 54 72 73 74 75 76 81 82 84 N 6 5 0 7 0 0 6850 6900 6 9 0 68 0 6 7 0 6 6 0 6 4 0 7 1 0 7 2 0 7 3 0 6 5 0 7 0 06 9 0 6 8 0 6 7 0 6 6 0 6 4 0 7 1 0 7 2 0 7 3 0 6910 6920 6930 6890 6880 6870 6860 6840 6830 6820 6910 6920 6930 6890 6880 6870 6860 6840 6830 6820 6850 6900 ANITÁPOLIS SANTA ROSA DE LIMA SÃO BONIFÁCIO GRÃO PARÁ SÃO LUDGERO LAURO MÜLLER PEDRAS GRANDES TUBARÃO LAGUNA ARMAZÉM SÃO MARTINHO ORLEANS IMBITUBA IMARUÍ CAPIVARI DE BAIXO JAGUARUNA TREZE DE MAIO RIO FORTUNA SANGÃO BRAÇO DO NORTE GRAVATAL Rio Tu barã o R io D ' U n a R i N o o rt Br aç o do e R io C apiv ari O C E A N O A T L Â N T I C O Lagoa Sto Antônio Lagoa do Imaruí Lagoa do Mirim Lagoa Sta Marta Lagoa do Camacho escala 1:750.000 Isoietas Máximas diárias Lâmina de água de altura uniforme sobre toda a área considerada, associada a um período de tempo dado (como uma hora, dia, mês e ano) Precipitação média numa bacia • Precipitação = variável com grande heterogeneidade espacial Precipitação média numa bacia 50 mm 66 mm 44 mm 40 mm 42 mm • Média aritmética (método mais simples) • 66+50+44+40= 200 mm • 200/4 = 50 mm • Pmédia = 50 mm Precipitação média numa bacia 50 mm 70 mm 120 mm • 50+70= 120 mm • 120/2 = 60 mm • Pmédia = 60 mm Obs.: Forte precipitação junto ao divisor não está sendo considerada • Problemas da média Precipitação média numa bacia Posto 1 1600 mm Posto 2 1400 mm Posto 3 900 mm Precipitação média numa bacia Posto 1 1600 mm Posto 2 1400 mm Posto 3 900 mm 900 1000 1200 1300 1700 1400 1200 1100 1700 1600 1500 SIG Precipitação média numa bacia • Polígonos de Thiessen 50 mm 70 mm 120 mm Áreas de influência de cada um dos postos n 1i ii PaP ai = fração da área da bacia sob influencia do posto I Pi = precipitação do posto i Precipitação média por Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm Precipitação média por Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 1 – Linha que une dois postos pluviométricos próximos Precipitação média por Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 2 – Linha que divide ao meio a linha anterior Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 2 – Linha que divide ao meio a linha anterior Região de influência dos postos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 3 – Linhas que unem todos os postos pluviométricos vizinhos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 4 – Linhas que dividem ao meios todas as anteriores Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos 40% 30% 15% 10% 5% 820,1750,05500,3700,41200,15P Definição dos Polígonos de Thiessen Precipitação média por Thiessen • O método dá bons resultados em terrenos levemente acidentados, quando a localização e exposição dos pluviômetros são semelhantes e as distâncias entre eles não são muito grandes facilita o cálculo automatizado 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm • Média aritmética = 60 mm • Média aritmética com postos de fora da bacia = 79,4 mm • Média por polígonos de Thiessen = 73 mm Precipitação média Interpoladores ponderados pela distância 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm Sobrepor uma matriz à bacia 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm Calcular distância do centro de cada célula a todos os postos Interpoladores ponderados pela distância 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm Obter chuva interpolada na célula Onde b é uma potência normalmente próxima de 2 Interpoladores ponderados pela distância 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm Repetir para todas as células Calcular a chuva média das células internas à bacia Interpoladores ponderados pela distância •Polígonos de Thiessen – Total confiança no posto mais próximo •Inverso da distância –Pondera de acordo com a distância dos postos •Kriging –Pondera de acordo com a distância – Função de ponderação não é pré-definida, mas surge a partir da análise dos dados Outros Interpoladores Objetivo de um posto de chuva obter uma série ininterrupta ao longo dos anos ou da dados detalhados de tormentas É comum entretanto período de falhas preenchimento errado do valor na caderneta de campo, soma errada do no de provetas em precipitações altas, observador não foi coletar e “chutou” o valor, crescimento de vegetação ou outra obstrução próxima, danos no aparelho, problemas mecânicos (pluviógrafos) Dados devem ser analisados antes de serem utilizados Análise de dados • Preenchimento de falhas (intervalo mensal; intervalo anual) Y X1 X2 X3 120 74 85 122 83 70 67 93 55 34 60 50 - 80 97 130 89 67 94 125 100 78 111 105 Falhas nos dados observados Preenchimento de falhas (utilizar postos próximos) Análise de dados Análise de consistência (utilizar postos próximos) Observações: 1) Passo 1 acima pelo menos 3 postos com 10 anos de dados 2) Passo 2 acima todos os postos sem falhas e período de dados comum 3) dois passos acima séries mensais e anuais Métodos: Ponderação regional Regressão linear Ponderação regional com base em regressões lineares Métodos: Dupla massa Vetor regional Correlação entre chuvas anuais Método da regressão linear Correlação entre chuvas anuais Método da regressão linear • Se a correlação entre as chuvas de dois postos próximos é alta, eventuais falhas podem ser corrigidas por uma correlação simples. • O ideal é utilizar mais postos para isto Método da ponderação regional Correção de falhas • Posto Y apresenta falha • Postos X1, X2 e X3 tem dados. • Ym é a precipitação média do posto Y • Xm1 a Xm3 são as médias dos postos X Ym Xm3 PX3 Xm2 PX2 Xm1 PX1 3 1 PY • PX1 a PX3 são as precipitações nos postos X1 a X3 no intervalo de tempo em que Y apresenta falha. • PY é a precipitação estimada em Y no intervalo que apresenta falha. Correção de falhas Método da ponderação regional Análise de consistência de dados • Mudança de declividade erros sistemáticos, mudança nas condições de observação, alterações climáticas por causa de reservatórios Análise de consistência de dados • Retas paralelas erros de transcrição de um ou mais dados ou presença de anos extremos em uma das séries plotadas • Distribuição errática regimes pluviométricos diferentes Método Dupla Massa • Plotagem das precipitações acumuladas do posto (ordenada) em análise com a média dos valores acumulados da região (abcissa); • Mudança de tendência indica inconsistência que pode variar de acordo com o problema. • A plotagem é realizada para valores mensais e no sentido do passado para o presente, quando os valores presentes serão corrigidos Método Dupla Massa • O valor corrigido é obtido por Pc = Pa* + Ma/Mo x DPo Pc = precipitação corrigida Pa = precipitação quando ocorre a alteração; Ma e Mo inclinação das retas desejada e que deve ser corrigida; DPo = Po-Pa* Po o valor a ser corrigido Precipitação: A) 78 mm B) 84 mm C) 64 mm Exercício DETERMINE A PRECIPITAÇÃO MÉDIA NA BACIA UTILIZANDO OS MÉTODOS DESCRITOS ANTERIORMENTE • Um balde com formato cônico foi deixado na chuva durante um evento de 80 minutos de duração. Ao final do evento o balde, que estava inicialmente vazio, apresentava o níveld’água mostrado na figura (h = 6 cm). Qual foi a intensidade da chuva durante este evento (em mm/hora)? A altura do balde é de 40 cm. O diâmetro maior do balde é de 40 cm e o diâmetro menor de 25 cm. Volume de tronco de cone Exercício 22 rRrRπh 3 1 Vol • Considerando a curva IDF do DMAE para o posto pluviográfico do Parque da Redenção, qual é a intensidade da chuva com duração de 40 minutos que tem 1% de probabilidade de ser igualada ou superada em um ano qualquer em Porto Alegre? Exercício • Uma análise de 40 anos de dados revelou que a chuva média anual em um local na bacia do rio Uruguai é de 1800 mm e o desvio padrão é de 350 mm. Considerando que a chuva anual neste local tem uma distribuição normal, qual é o valor de chuva anual de um ano muito seco e chuvoso, com tempo de recorrência de 40 anos? Exercício
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