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Questões sobre regimes de bens do casamento

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Questões práticas sobre regimes de bens do casamento 
 
Disciplina: Direito Notarial e Registral 
 
NOME: Rogério Luis Lerner Data: 04/06/2021 
 
1) No regime da comunhão parcial de bens, quais os bens que integram a comunhão? 
Neste regime, além dos bens adquiridos na constância do casamento, também integram 
a comunhão os bens recebidos por um dos cônjuges por sucessão. 
 
 
2) No regime da comunhão universal de bens, quais os bens que são excluídos 
da comunhão? 
São excluídos da comunhão: I – os bens doados ou herdados com a cláusula de 
incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; II – os bens gravados de fideicomisso e o 
direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III – as dívidas 
anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em 
proveito comum; IV – as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a 
cláusula de incomunicabilidade; V – Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. 
 
3) É possível alterar o regime de bens do casamento? Quais os requisitos? 
Fundamente. 
Sim. Art. 1639, §2º. A alteração do regime de bens do casamento, observados os 
requisitos legais, poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os 
cônjuges, na qual serão expostas as razões que justificam a alteração, ressalvados os direitos 
de terceiros. 
Em relação à alteração do regime de bens, os requisitos exigidos pelo Código Civil são: 
1. Acordo entre os cônjuges; você e seu cônjuge podem assinar um acordo que explica 
como vocês desejam tratar de cada questão 
2. Identificação exata do regime de bens pretendido; 
3. Motivação para a alteração do regime de bens; 
4. Demonstração de que não há prejuízo a terceiros; pessoas que podem ser atingidas 
pela alteração do regime, como credores, deverá determinar a citação delas para que se 
manifestem, inclusive produzindo provas 
5. Autorização por decisão judicial. 
 
 
4) Sobre o pacto antenupcial, quais são os requisitos para sua validade? Para 
produzir efeitos perante terceiros, qual é o requisito? Fundamente. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
Como o pacto antenupcial é um instrumento que precede o casamento, para que ele 
tenha eficácia se faz necessária a celebração do casamento que ele pretende regular. O pacto 
antenupcial só é válido, e eficaz, se feito por escritura pública e seguido pelo casamento. 
Então se o casamento for nulo, o pacto antenupcial também o será. A recíproca, porém, não 
é verdadeira. Caso o pacto antenupcial seja declarado nulo, em nada atingirá o casamento. As 
convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas, em 
livro especial, pelo oficial do Regime de Imóveis do domicílio dos cônjuges. 
 
5) Pacto antenupcial seguido de união estável. Fale de sua eficácia. 
A rigor, o pacto antenupcial, deve ocorrer antes do casamento. 
Entretanto, para quem vive em união estável, o Código Civil, em seu art. 1.725, permite 
ao casal escolha o regime de bens diferente da comunhão parcial, estabelecendo regras a 
respeito de seus bens. Válido ressaltar, que, nesse regime, para ter direitos aos bens construídos 
ou adquiridos durante a união estável, o cônjuge não precisa comprovar que, de fato, contribuiu 
para que fossem adquiridos, bastando a comprovação da união. 
 
 
6) Em qual ou quais regimes de bens pode um dos cônjuges alienar ou gravar 
de ônus real seus bens imóveis particulares? 
De acordo com o artigo 1687, o regime de separação de bens, estabelece que os 
bens, permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que 
os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real. 
 
7) Pedro, casado pelo regime da comunhão parcial de bens com Joana, recebeu 
um imóvel de herança por falecimento de uma tia. Agora, Pedro e Joana estão 
se divorciando. Fale sobre a divisão patrimonial. 
Conforme o artigo 1659, I, do CC, o regime da comunhão parcial de bens estabelece que 
os bens adquiridos antes da celebração do casamento não serão considerados bens comuns entre 
os cônjuges. Sendo assim, ele institui a separação dos bens passados (que o cônjuge possuía 
antes do casamento) e comunhão quanto aos bens futuros (que virão a ser adquiridos durante o 
casamento). Os bens futuros adquiridos na constância do casamento de forma onerosa como 
doação e herança excluem-se, sendo então algo não comum ao casal. 
Portanto, no divorcio de Pedro e joana, o imóvel é só, e unicamente de Pedro, visto que 
esse é uma herança. 
 
8) Pedro, casado pelo regime da comunhão parcial de bens com Joana, recebeu 
um imóvel rural de doação de seus pais no ano de 2005. No ano de 2007, Pedro 
vendeu aquele imóvel e com o valor adquiriu um apartamento na cidade de 
Erechim/RS, onde reside com sua esposa. Agora, Pedro e Joana estão se 
divorciando. Fale sobre a divisão patrimonial. 
Supondo que Pedro tenha adquirido o apartamento exclusivamente com o dinheiro 
proveniente da venda do imóvel rural que fora doado por seus pais no ano de 2005, o 
apartamento será dele referente a parte do valor do imóvel rural, a valorização deverá ser divida 
com Joana. O artigo 1660, I, refere que o bem adquirido na constância do casamento por título 
oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges, entrará na comunhão. 
 
9) Antônia, viúva de Manoel, contrai segundas núpcias com Joaquim, no dia 31 
de outubro de 2005, após regular procedimento de habilitação. Ocorre que 
Antônia, quando casou com Joaquim, ainda não havia realizado o inventário 
dos bens de Manoel. Considerando apenas os fatos narrados, pergunta-se: 
Qual o regime de bens aplicável, como regra, a casos como o narrado acima? 
Justifique. 
Em casos como o narrado acima, não se aplica nenhum, visto que o casamento é nulo, 
pois Antônia não poderia contrair segunda núpcias por não ter realizado o inventario dos bens 
de Manoel. É possível que pessoas interessadas, como os filhos por exemplo, sintam-se lesadas 
tanto moralmente quanto economicamente, além de outras pessoas que sejam interessadas no 
caso. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas 
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV do artigo 1523 do CC, provando-se a inexistência 
de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou 
curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência 
de gravidez, na fluência do prazo. 
Contudo, se houver casamento, este será no regime de separação de bens até a solução do 
inventário de Antônia, evitando-se confusão patrimonial. 
 
10) Marque V ou F, e justifique as falsas: 
 
Em relação ao regime de bens entre cônjuges: 
 
( V ) no pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, 
poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares. 
 
( F ) não havendo convenção antenupcial, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, 
quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão universal. 
Quando não há convenção antenupcial, vigora o regime da comunhão parcial dos bens, 
art. 1640 CC. 
 
( F ) o pacto antenupcial pode ser feito por escritura pública ou por instrumento 
particular, neste caso desde que registrado em livro próprio, no Registro Imobiliário 
do domicilio dos cônjuges. 
Art. 1653, o pacto antenupcial só pode ser feito por escritura pública para não ser nulo. 
 
( F ) é anulável a convenção ou cláusula de pacto antenupcial que contravenha 
disposição absoluta de lei. 
Art. 1655 é nula e não anulável. 
 
( F ) por serem atos formais e solenes, em nenhuma hipótese será permitida a 
realização de pactos antenupciais por menores. 
Art. 1654. Pode ser feito por menor desde que haja aprovação do representante legal, 
salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.( F ) No regime da comunhão parcial de bens, dispensa-se a anuência do cônjuge 
para vender bem imóvel ao filho, desde que seja descendente comum. 
Art. 496. É necessária a anuência do cônjuge. 
 
( F ) A convenção antenupcial pode ser celebrada por instrumento público ou 
particular. 
Art. 1653. A convenção só pode ser feita por instrumento público (escritura pública). 
 
( F ) No regime da comunhão universal, em regra, os bens herdados não se 
comunicam com o cônjuge. 
Art. 1668, I. Em regra comunicam-se, com exceção dos bens doados ou herdados com 
cláusulas de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar. 
 
( V ) Enquanto não houverem sido inventariados e partilhados os bens do casal com 
filho comum, o cônjuge sobrevivente não pode casar-se em regime diverso do regime 
da separação de bens. 
 
( F ) No regime da comunhão universal, a incomunicabilidade dos bens estende-se 
aos frutos. 
Art. 1669. A incomunicabilidade dos bens não se estende aos frutos, quando se percebam 
ou vençam durante o casamento. 
 
( F ) Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração 
exclusiva de cada um dos cônjuges, porém, estes não poderão aliená-los sem 
anuência do outro. 
Art. 1687. Os cônjuges poderão alienar livremente ou gravar de ônus real os bens. Mas 
precisa de anuência do outro. 
 
( F ) No regime da comunhão universal importa a comunicação de todos os bens, 
sem exceções. 
Art. 1668. Tem exceções incisos I, II, III, IV, V. 
 
( F ) O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do pacto 
antenupcial. 
Só começa a vigor depois do casamento. 
 
( V ) A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à 
aprovação de seu representante legal. 
Art. 1654.

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