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Análise Redes de indignação e esperança de Manuel CASTELLS - Atividade A1N2, para a disciplina de Sociologia Movimentos Sociais do curso de Ciências Sociais 4 Semestre

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Ciências Sociais.
João Victor Alves Bella
R.A.: 3511645
APS – Atividade Prática Supervisionada
Análise.
São Paulo
 2021
JOÃO VICTOR A. BELLA
Análise: “Redes de indignação e esperança” de Manuel CASTELLS - Atividade A1/N2, para a disciplina de ‘Sociologia: Movimentos Sociais’ do curso de Ciências Sociais – 4° Semestre, noturno. Turma: 193203A07.
Orientador: Prof. Me. Fábio Costa Julião.
São Paulo,
2021
A relação entre os movimentos sociais e as novas redes de comunicação.
 A revolução tecnológica do século XXI possibilitou a universalização da comunicação instantânea, a digitalização quebrou as barreiras físicas do espaço existente entre duas pessoas para a existência de um diálogo que fosse ao mesmo tempo distante e mutuo, com isto, trouxe a acessibilidade a informação, fazendo desmoronar o monopólio de informação televisivo, ou impresso, tornando possível a participação de pessoas “comuns” nesta rede de contato, ou seja, a digitalização deu autonomia para que as pessoas possam se expressar diante ao mundo, inclusive sobre assuntos políticos. Logo, os movimentos sociais usaram deste mecanismo para se organizarem e se desenvolverem, agregando mais autonomia em relação a sua rede de comunicação.
É importante dizer que esta tecnologia não digitalizou os movimento sociais de modo que fosse inteiramente “off-line”, o que aconteceu foi o que Castells chamou de “relação hibrida”, o que permitiu que um movimento social seja local ao mesmo tempo que seja global, simultaneamente, significa que o movimento pode se reunir em um local físico para a idealização de seus atos de reinvindicação, assim como pode transmitir o momento do ato em tempo real para que o mundo digital possa participar, fazendo com que o movimento seja aqui e em todo lugar, assim como, seja agora presente e seja para sempre história, seja nos livros ou em mídia de plataformas de redes social.
Desta forma, os meios de comunicação em rede como o Youtube, possibilitam uma maior e mais rápida mobilização através do seu efeito áudio visual e da instantaneidade de se interligarem com os “internautas”. Outro fato que expande a influência dos movimentos sociais é o seu núcleo ser composto por todo o corpo, fazendo com que seja um verdadeiro sistema democrático, onde, na maior parte dos casos é autônomo de liderança “não pela falta de líderes em potencial, mas pela desconfiança dos participantes em uma delegação de poder” (CASTELLS. 2013, p.131), neste modelo as pautas são resultado de assembleias participativas, legitimando a autogovernação. 
Através do uso da internet e da tecnologia relacionada a comunicação que é possível sustentar um organismo sem liderança como são os movimentos sociais autônomos, pois a internet permite que pessoas a nível global se organizem, se mobilizem, se estruturem, debatam, decidam, de forma que horizontalize as opiniões e estimule a cooperação coletiva. Contudo, Castells assume a importância da internet para a existência dos movimentos sociais, mas compreende que este por si próprio não estabelece a base para o todo, neste caso, os movimentos sociais se dão pela contradição e/ou revolta por fatos sociais que desfavorecem um determinado grupo social, e a internet é utilizada principalmente como ferramenta de conexão entre os indivíduos afetados, dando origem ao que Castells chama de “companheirismo” em prol da causa. Logo, a tecnologia integra apenas uma parte de todo o processo de construção de um movimento.
A organização política dos movimentos sociais e sua perpetuidade.
A geração dos movimentos sociais se dá em especial em picos de crises econômicas e instabilidades sociais que ameaçam o bem estar de comuns, nestes momentos de fragilização surge no seio do cidadão a necessidade de agir politicamente, - além do mais, não há outras escolhas já que o tiram o básico para a sua sobrevivência - nestes caldeirões de revolta misturam-se diversas causas políticas e o fervor coletivo trata de transbordar atos políticos através dos movimentos sociais. 
Um fato sobre os movimentos sociais é que a causa política que sustenta o movimento só poderá ser realmente executada se uma parte dos agentes políticos se demonstrar interessada pela força do movimento, para isso, é necessário que o movimento demonstre seu apoio e passividade ao partido, agente político ou instituição, fazendo valer uma troca de interesses. Deste modo, é compreensível a dificuldade que um determinado movimento tenha em alcançar seu objetivo político se optar pela base radical para sua estrutura, neste caso, o apoio de órgãos políticos como partidos é mínima ou nenhuma, já que nenhum partido democrático gostaria de assumir a responsabilidade de falar por um grupo de radicais, sendo assim, não há outro modo de ação para esses tipos de movimentos que não seja a revolução, esta pela maior parte das vezes é agressiva, e quase sempre se demonstra ineficiente em manter os ideais base perpetuados no “novo poder” - que muitas vezes nem se estabelece -.
 Em resumo, um movimento social bem sucedido baseia-se na influência que o mesmo tem para com os agentes políticos da república, pensar nisto causa uma reflexão paradoxal, já que é a partir deste conceito – de falta de representatividade política - que a maioria dos movimentos sociais nascem. 
O processo de construção e desconstrução dos movimentos sociais, têm na história passagens temporais de altos e baixos, sendo não progressivos até o fim, no geral, aqueles movimentos que se constroem progressivamente em rumo a manutenção da democracia política acabam por se filiarem a partidos ou instituições, causando a autotransformação de algo totalmente diferente do que foi estabelecido ideologicamente nas raízes do movimento, ou seja, a sua dissolução; outros movimentos nascem e agregam valor de mudança e de membros até as coisas saírem do controle e/ou alguma grande instituição capitalista a destruir.
Contudo, os vários movimentos que surgem e se diluem - pelo o tempo e sistema político que preza pela conservação do tradicional – demonstram a sua eficiência em representatividade a população que se vê vítima de injustiças sociais de todos os tipos, estes movimentos, mesmos que de passagem, levam em sua duração a pressão pela a mudança e reforma do sistema democrático de direito, compreendendo que nada pode ser imutável, e a transformação depende da insistência, pois a construção de novos movimentos sociais também dependem das heranças dos movimentos passados, construindo a cada geração uma união mais fortificada pela compreensão da história.
Para justificar a existência dos movimentos em rede do passado, presente e futuro, utilizo um pequeno trecho do texto base: “O instrumento determina a função” (CASTELLS. 2013, p. 142). A partir disto, interpreto que: os movimentos são a base para a funcionalidade democrática, já que a democracia representa a vontade da maioria, e os movimentos sociais representam as maiorias insatisfeitas; logo, a organização destes grupos é utilizada como instrumentos de pressão democrática, representam a voz que a minoria governante deve ouvir e servir. Se os movimentos desaparecessem, abriríamos espaço para a oligarquia e consequentemente a existência de um povo mudo e reprimido, deste modo, se dá o fato de que os movimentos sociais deverão continuar existindo, pois, enquanto houver incômodo social haverá a necessidade da organização de movimentos sociais em rede; o incômodo dos cidadãos pode ser mutável, entretanto, se demonstra contínuo deste a existência das primeiras sociedades racionais (diria eu). Concluindo este pensamento, é fato que os movimentos existentes hoje - em minha geração - podem deixar de existir amanhã, entretanto, eu afirmaria com convicção a existência de inúmeros novos movimentos sociais ao longo da existência da democracia na história da civilização humana, pois a sua existência é legítima e continuará sendo indispensável para a construção da sociedade.
Bibliografia:
“A transformação do mundo na sociedade em rede”;“Para além da indignação, a esperança: vida e morte dos movimentos sociais em rede” (In: CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2013).

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