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1 2 RESUMO DA UNIDADE O presente trabalho tem como objetivo abordar conteúdos relacionados à geologia e geotecnia, partindo da introdução a algumas informações sobre a terra, bem como sobre os três tipos de rochas – ígnea, sedimentar e metamórfica, para que se conheçam os seus respectivos processos de origem e formação. As ações de intemperismos são descritas para um melhor entendimento sobre como elas podem transformar a rocha, seja por meio de fatores físicos, químicos ou biológicos. O movimento das placas tectônicas é um agente que também contribui para a formação de rochas, conforme a escala de energia, por isso, ele também é abordado. Os fundamentos de topografia são explanados para que, com auxílio de equipamento, se possa conhecer e mensurar, de forma ainda mais completa, as propriedades das rochas para aplicação em grandes projetos de engenharia. Palavras-chave: Geologia; Geotecnia; Minerais. 3 SUMÁRIO RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................2 SUMÁRIO .................................................................................................................................3 APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................4 CAPÍTULO 1 - ELEMENTOS DE GEOLOGIA E MINEROLOGIA...............................5 1.1 TIPOS DE ROCHAS.................................................................................................8 1.2 PROCESSOS GEOLÓGICOS ............................................................................. 14 1.3 MINERAIS ............................................................................................................... 19 RECAPITULANDO............................................................................................................... 23 CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTOS DA MECÂNICA DOS SOLOS .............................. 27 2.1 CAPACIDADE DE CARGA................................................................................... 27 2.2 ÍNDICES FÍSICOS ................................................................................................. 33 2.3 LIMITES DE ATTERBERG ................................................................................... 41 RECAPITULANDO............................................................................................................... 44 CAPÍTULO 3 - NOÇÕES BÁSICAS DE TOPOGRAFIA ............................................ 48 3.1 INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA......................................................................... 48 3.2 EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS ................................................................. 48 3.3 ORIENTAÇÃO ........................................................................................................ 53 3.4 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ................................................................... 55 3.5 DESENHO TOPOGRÁFICO ................................................................................ 58 RECAPITULANDO............................................................................................................... 63 FECHANDO A UNIDADE ................................................................................................... 67 REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 70 4 APRESENTAÇÃO DO MÓDULO Geologia e a geotecnia são áreas fundamentais dentro da engenharia, especialmente para o âmbito que envolve grandes obras. Assim, para obter sucesso nos grandes projetos relacionados à terra, é necessário conhecer os componentes formados e originados das camadas terrestres, bem como suas propriedades para que se possa estabelecer um uso adequado da mesma. De início, estuda-se o comportamento das rochas, suas origens e seus processos de formação, assim como suas características. Aqui, afirma-se que a ação humana é um fator considerável na formação da superfície terrestre. Nessa perspectiva, é possível explicar a relação direta da geologia com a economia, como também a atividade de mineração. A mineração é uma das atividades mais importantes tanto econômica quanto socialmente, no que tange o desenvolvimento do país. Todavia, com a série de acidentes e desastres ocorridos nos últimos tempos, essa atividade passa a ser vista como um grande potencial de danos para o ambiente. Na sequência, são abordadas as noções básicas de topografia para que haja conhecimento sobre uma determinada área, efetuando-se medições de distâncias, ângulos e desníveis que permitam concebê-la em uma escala apropriada. 5 CAPÍTULO 1 - ELEMENTOS DE GEOLOGIA E MINEROLOGIA A palavra “geologia” tem origem na junção dos termos gregos ge (que significa terra) e logos (que significa estudo). Assim, de forma sucinta, geologia quer dizer o estudo da terra. A geologia engloba o estudo da estrutura e formação das rochas, dos fenômenos genéticos e da composição da superfície, da crosta terrestre e do interior do planeta Terra. A geologia geral estabelece, de forma cronológica, a evolução geral da Terra, assim como suas transformações estruturais e geográficas ocasionadas ao longo da história. A geologia ambiental é caracterizada pelo estudo dos equilíbrios e desequilíbrios geológicos ocasionados pela ação do ser humano na superfície terrestre, sendo esse assunto relevante para os profissionais de engenharia. A tabela a seguir relaciona a divisão da geologia e seus ramos de estudo. Tabela 1 - Divisões da Geologia Geologia Geral Geologia Física Propriedades: - Mineral - Petrografia - Sedimentar - Estrutural - Geomorfologia Geologia Histórica - Paleontologia - Estratigrafia Aplicada Economia Setores: - Mineração - Petróleo Engenharia - Fundações - Estradas - Obras Subterrâneas - Materiais 6 - Problemas de Engenharia Fonte: Adaptado de Marangon. Acesso em 2019. Nas propriedades da geologia física tem-se o estudo dos materiais e seus comportamentos, além do estudo de algumas estruturas. • Mineralogia: essa propriedade é sobre as formas, estruturas físicas e químicas e classificações dos minerais; • Petrografia: composição química, arranjos. Minerais, estado de alteração, dentre outras características das rochas. • Sedimentologia: estudo dos materiais sedimentares depositados e seu estado de origem. Estudar o estado da rocha indica os ambientes existentes no local e permite compreender a formação do ambiente atual. • Estrutural: estuda os esforços causadores dos elementos estruturais atuan tes na rocha. • Geomorfologia: estudo da evolução da superfície da Terra, bem como dos agentes que causam essas transformações, como vento, água, gelo, clima, dentre outros que provocam as alterações no relevo terrestre. Já para as propriedades históricas, tem-se o estudo dos acontecimentos passados. • Paleontologia: compreende o estudo dos fósseis, da fauna e da flora, micro e macroscópicas, por meio dos vestígios encontrados nos maciços rochosos. • Estratigrafia: estuda as sequências das formações das camadas e suas relações nos diferentes estratos. 7 Figura 1 - Composição Planeta Terra Fonte: IAG, 2015. Abaixo, tem-se alguns dados básicos do Planeta Terra, disponíveis de forma mais completa na página Planetário, da Universidade Federal de Santa Catarina. • Idade aproximada: 4,5 bilhões de anos. • Diâmetro equatorial: 12.756,28 Km. • Diâmetro polar: 12.713,5 Km. • Perímetro no equador: 40.075 Km. • Área superficial: 510,3 milhões de Km² • Elevação média dos continentes: 623 m. • Profundidade média dos oceanos: 3,8 Km. • Massa: 5.976 x 10²¹ Kg.• Gravidade: 9,78032 m/s². • Atmosfera: camada formada pelos gases com aproximadamente 1000 km de altura. 8 • Litosfera ou Crosta terrestre: parte sólida da Terra. • Hidrosfera: conjunto de massas de água coberto pelos mares e oceanos, ocupando em torno de 70% da superfície. • Litosfera: camada de superfície sólida, de 5 a 10 km sob os oceanos e de 25 a 90 km sob os continentes. • Biosfera: parte formada pelos seres vivos. • Maiores elevações: Monte Everest (8.848 metros), K2 (8.611 metros) e Kanchenjunga (8.597 metros). • Na América do Sul: Aconcágua (6.959 metros) e Ojos del Salado (6.880 metros). 1.1 TIPOS DE ROCHAS As rochas podem ser formadas por um ou vários tipos de componentes. Elas fazem parte de um ciclo de transformação indefinido, no que tange ao início e fim desse ciclo. Esse ciclo permite visualizar os três tipos principais de rochas, assim como os processos geológicos por elas sofridos, os quais provocam transformações de um tipo para outro. Na figura 2, as setas simbolizam os processos químicos e físicos atuantes sobre as rochas e as caixas alaranjadas representam os materiais rochosos. De modo geral, podemos dizer que as rochas são agregados constituídos a partir de processos geológicos e classificados conforme seu processo de origem e formação, podendo ser ígneas ou magmáticas, sedimentares e metamórficas. As rochas sedimentares ocupam pequena parcela representativa do total de rochas presente na crosta terrestre, algo em torno de 5 a 10%, sendo a grande maioria formada por rochas ígneas ou metamórficas. 9 Figura 2 - Tipos de Rochas Fonte: Damasceno, 2017. Figura 3 - Ciclo das Rochas Fonte: Propriedades dos Minerais e Rochas. Acesso em 2019. 10 1.1.1 Rochas Ígneas As rochas ígneas são originadas a partir do magma e ejetadas em estado líquido, com origem nas camadas profundas da Terra e destino ao exterior da crosta. Todas as rochas tiveram suas origens como lava vulcânica, com altas temperaturas. Quando esse material se resfria, são formados os mais diversos corpos em estado sólido com formatos variados. Quando a firmação do magma acontece dentro da crosta terrestre, as rochas que foram formadas nesse processo são chamadas intrusivas. O granito é o exemplo mais comum desse processo. Essas rochas formadas no interior só são expostas à superfície após os movimentos tectônicos e o acontecimento de processos erosivos das camadas superiores das rochas. Quando o processo é inverso, ou seja, ocorre fora da crosta, as rochas formadas são chamadas de extrusivas, sendo o basalto o exemplo mais comum. As rochas ígneas, também conhecidas como magmáticas, são compostas de elementos comuns aos encontrados nos silicatos e de alguns gases, ambos confinados no magma pela pressão causada pelas rochas confinantes. O fato de a massa magmática ser menos densa pode provocar a erupção vulcânica devido ao movimento provocado em direção à superfície. Esse movimento pode ser acompanhado da liberação de gases devido à baixa da pressão, o que pode ocasionar erupções mais agitadas e violentas. A composição mineral das rochas ígneas varia, consideravelmente, devido à diversidade com que é encontrada na superfície terrestre. Todavia, alguns minerais podem ser considerados comuns em sua composição. Além disso, em relação à composição química, as rochas magmáticas podem ser classificadas em quatro grupos principais, os quais estão listados na tabela abaixo: 11 Tabela 2 - Estudo Químico em Rochas Ígneas Fonte: Adaptado de Damasceno, 2017. PARA SABER MAIS | INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Livro ROCHAS MAGMÁTICAS: CONCEITOS FUNDAMENTAIS E CLASSIFICAÇÃO MODAL, QUÍMICA, TERMODINÂMICA E TECTÔNICA. Eberhard Wernick. 1 ed. 2004. Livro ROCHAS E PROCESSOS ÍGNEOS: UM GUIA PRÁTICO. Robin Gill. 1 ed. 2014. 12 1.1.2 Rochas Sedimentares As rochas sedimentares são originadas pela combinação e ação dos sedimentos de outras rochas vindos de agentes externos como água, temperatura, vento, dentre outros, além dos processos erosivos. A formação das rochas sedimentares se dá com a deposição de sedimentos de uma camada superior sob a inferior, devido à pressão exercida por elas com a presença de sedimentos recentes. Ao longo do tempo, a pressão atuante vai compactando os sedimentos e formando um material mineral dissolvido. Como alguns exemplos, temos o arenito, o calcário, o carvão mineral, dentre outros. As rochas sedimentares podem ser classificadas pela sua estratificação, visto que são formadas por camadas sobrepostas que podem apresentar distinção entre elas, como cor, resistência, espessura, dentre outros elementos. Os planos de estratificação ou sedimentação interferem em seu comportamento mecânico e costumam ser o plano de fraqueza do maciço rochoso. Tabela 3 - Características dos Grãos de Rochas Sedimentares Sedimento Diâmetro Rocha Sedimentar Cascalho Muito grosso (matacões) Maior que 256 mm Conglomerado (fragmentos arredondados) ou brecha (fragmentos angulosos) Grosso Entre 64 mm a 256 mm Médio (seixos) Entre 4 mm a 64 mm Fino (grânulos) Entre 2 mm a 4 mm Areia Muito grossa Entre 1 mm a 2 mm Arenitos Grossa Entre 0,5 mm a 1 mm Média Entre 0,25 mm a 0,5 mm Fina Entre 0,125 mm a 0,25 mm Muito fina Entre 0,062 (ou 0,05) 13 mm a 0,125 mm Silte Entre 0,005 mm a 0,062 (ou 0,05) mm Siltitos Argila Menor que 0,005 mm Argilitos Fonte: Adaptado de Serviços Geológicos do Brasil. Acesso em 2019. PARA SABER MAIS | INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Livro ROCHAS SEDIMENTARES: GUIA GEOLÓGICO DE CAMPO. Maurice E. Tucker. 4 ed. 2014. 1.1.3 Rochas Metamórficas As rochas metamórficas são as rochas em que tanto a composição quanto as texturas originais sofrem alterações por pressão ocasionada pela profundidade da crosta e pelo calor. Elas são formadas por grandes cristas, possuem relevos mais suaves e não contêm fósseis. Os principais fatores influenciadores nos processos metamórficos são a temperatura, a pressão, os fluidos e o tempo necessário para o processo. O início da formação das rochas metamórficas se dá quando ela é submetida a condições diferentes das quais elas se originou. Dessa forma, as rochas ficam submetidas a transformações até que alcancem um estado de equilíbrio no novo meio. A formação das rochas metamórficas ocorre em zonas praticamente inacessíveis, dificultando, assim, o estudo de seus componentes. As pressões atuantes podem ser: • A Pressão Litostática relacionada às colunas das rochas sobrejacentes e da densidade dos maciços rochosos; • A Pressão Dirigida é a pressão causada pelos movimentos das placas na crosta; • A Pressão de Fluidos age na presença de fluidos intersticiais e alivia a pressão da crosta, ocasionando o surgimento de fraturas. • Pressão Instantânea é aquela causada pelo choque de outros corpos grandes que caem sobre a Terra. 14 Essas rochas são formadas diante das transformações físicas e/ou químicas em outra rocha, que pode ser ígnea, sedimentar ou mesmo metamórfica. Só então é possível relacioná-las aos tipos de protólito – material de origem, antes de passar por modificações, e ao tipo de metamorfismo ligado. PARA SABER MAIS | INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Livro ROCHAS METAMÓRFICAS: CLASSIFICAÇÃO E GLOSSÁRIO. José Manoel dos Reis Neto. 17 ed. 2014. 1.2 PROCESSOS GEOLÓGICOS Na superfície terrestre ocorrem alguns processos geológicos que provocam a sua transformação. A erosão, por exemplo, está relacionada ao desgaste e ao transporte dos solos e rochas sedimentados. Assim, esses são transformados pelo intemperismo. A sedimentação acontece quando o agente transportador está sem energia para manter o transporte do material a ser sedimentado. O processode intemperismo engloba os processos geológicos que acontecem na superfície da crosta, provocando transformações de modo a proporcionar o modelamento superficial. Essas modificações são agravadas pela ação de agentes externos como água, vento, temperatura e clima, que podem desgastar e alterar a composição química e física do solo. Tabela 4 - Tipos de Intemperismo Tipos de intemperismo Químico O processo de intemperismo químico se dá quando acontecem alterações na composição química do maciço. Assim, os minerais podem ser alterados ou dissolvidos pelas reações químicas envolvidas no processo. Ex.: dissolução, oxidação, hidratação, hidrólise, dentre outros. Físico Nesse tipo de intemperismo ocorre a desintegração ou fragmentação das rochas por meio de processos 15 físicos diversos. Todavia, essa ação de desintegração não provoca modificações em sua composição química. Ex.: alívio de pressão, cristalização de sais, ação mecânica de água e temperatura. Biológico O processo de intemperismo biológico provoca alterações nas rochas por meio da ação de seres vivos, processos de decomposição e de raízes de plantas. Fonte: Elaborado pela Autora, 2019. Para o estudo e aplicação da geologia em obras de engenharia, considera-se a Litosfera, também conhecida como Crosta Terrestre. Figura 4 - Camadas da Terra Fonte: Marques. Acesso em 2019. A Litosfera é dividida em duas camadas: • Sial: é a camada externa com profundidade entre 15 e 25 km. Essa camada é composta por 90% dos minerais que formam as rochas do subsolo e geralmente possui cobertura de formações sedimentares. Em regiões continentais, nas zonas superiores, predominam as rochas graníticas, com alto teor de sílica e alumínio. Já em regiões oceânicas, a Sial é quase ausente. 16 • Sima: é a camada interna com profundidade entre 25 e 60 km com rochas predominantemente vulcânicas. Sua composição principal é o basalto, com silicatos de ferro e magnésio. Em regiões oceânicas, a Sima tem entre 5 e 10 km de profundidade. 1.2.1 Tectônica Global Algumas características sobre os movimentos tectônicos da terra são essenciais para o conhecimento geológico completo do local. A saber, a superfície do planeta não é formada por uma placa móvel. A crosta terrestre é constituída por aproximadamente 20 placas tectônicas que deslizam sobre outra camada de rocha com composição mais plástica, conhecida como astenosfera. Cada movimento de placa é independente em relação ao outro e a região interna dessas placas permanece sem deformações. Todavia, é importante ressaltar que as bordas sofrem deformações com os processos que provocam modelagem na superfície da Terra, como vulcanismo, abalos sísmicos, movimentos tectônicos, dentre outros. O contato entre as placas pode ser convergente, divergente ou de transformação. O contato convergente se dá pelo choque direto das placas, ou seja, pelo encontro de uma contra a outra. Nessa ação, é comum a formação de cadeias de montanhas. O movimento divergente é ocasionado pelo afastamento das placas. Ao se afastarem umas das outras, o magma emerge e solidifica-se, provocando, assim, o surgimento de ilhas vulcânicas. Já o movimento de transformação se dá quando há o deslocamento das placas de forma unilateral causa atrito entre elas, apesar do deslocamento. Esse processo provoca a ocorrência de terremotos e a formação de falhamentos. 17 Figura 5 - Esquema de Contato entre as Placas Tectônicas Fonte: Infoescola. Acesso em 2019. Os movimentos das placas também provocam outros movimentos como o tsunami, por exemplo, a depender da escala do terremoto. Utiliza-se a escala de magnitude para mensurar a energia liberada por cada terremoto. Abaixo têm-se as variações da Escala Richter e os efeitos dos terremotos provocados por essa energia. É importante frisar que a tabela não possui um limite máximo de graus - medida da escala. Os efeitos de cada abalo sísmico variam conforme vários fatores como: tipo do terreno, distância, tipos de edificações, dentre outros. Tabela 5 - Efeitos do terremoto conforme Energia Liberada Escala Richter (graus) Efeitos do Terremoto Menor que 3,5 Normalmente esse abalo não é sentido, mas é 18 registrado. Entre 3,5 e 5,4 Não se sente esse abalo com frequência, mas podem causar pequenos danos. Entre 5,5 e 6,0 Provoca danos em edificações. Entre 6,1 e 6,9 Ocasiona danos graves em regiões com muitos habitantes Entre 7,0 e 7,9 Terremoto de grande proporção, ocasionando danos graves. A partir de 8,0 Terremoto muito forte. Causa destruição total nos locais atingidos. Fonte: Adaptado de Marques, 2019. Figura 6 - Movimento do Tsunami Fonte: Marques. Acesso em 2019. 19 Figura 7 - Movimento do Tsunami Fonte: Marques. Acesso em 2019. 1.3 MINERAIS Os minerais são elementos químicos com composição e estrutura química definida conforme alguns limites, que vão lhes garantir conjuntos e propriedades físicas únicas. São materiais cristalizados e formados de forma natural na Terra por meio de processos geológicos. A rocha pode ser compreendida como um agregado dos minerais. Esse termo implica que os minerais possuem misturas em sua apresentação, mas mantém suas propriedades únicas e individuais. A maioria das rochas é constituída por mais de um mineral, mas estes podem apresentar quantias significativas de impurezas sendo, nesses casos, considerados como rochas. Como exemplo, tem-se o calcite que é o principal mineral formador do calcário, sendo uma grande unidade rochosa. 20 Os minerais são sólidos originados por processos inorgânicos. Sua maioria possui estrutura cristalina e composição química individual que define um conjunto de características particulares. Para a identificação dos minerais, são analisadas algumas propriedades físicas que não necessitam de processos sofisticados. Em algumas rochas e nos minerais há a presença de propriedades vetoriais e escalares. Algumas características como dureza, resistência à compressão e clivagem são exemplos de aspectos vetoriais enquanto o peso, o volume e porosidade são características escalares. Forma Cristalina A maior parte dos cristais tem sua formação em locais sem condições necessárias para a evolução dos átomos constituintes e, assim, não exibem a forma cristalina, conforme a figura abaixo. Essa condição de crescimento condiciona o mineral a um aglomerado sem geometria definida, porém sua matéria essencial se mantém cristalina. Figura 8 - Forma Cristalina da Ametista (Quartzo) Fonte: Hipercultura. Acesso em 2019. Cor A cor é uma propriedade bem conhecida nos minerais, todavia, não serve como parâmetro de identificação, já que os minerais podem apresentar variedades 21 em sua coloração devido às impurezas na estrutura cristalina. O quartzo, por exemplo, possui diversas cores, como a roxa, apresentada na figura acima; mas também branca, preta, verde e rosa. É importante observar a cor dos minerais em superfícies recentes, visto que podem sofrer alterações diante da exposição. Brilho O brilho se dá pela iluminação refletida pelo material mineral. Podem apresentar o brilho metálico, que são vistos nos minerais quase ou totalmente opacos com um aspecto brilhante de um metal e superfícies refletoras; e o brilho não metálico possui propriedades translúcidas ou transparentes de um metal. Clivagem A clivagem é caracterizada pela ruptura em superfícies planas e brilhantes em alguns minerais. A maneira conforme ela se dá constitui o plano de clivagem. Esse plano se dá pela estrutura cristalina enfraquecida, ou seja, as forças de ligação na estrutura são fracas. Fratura As fraturas são caracterizadas pela maneira como um mineralse rompe quando não são rompidos pela clivagem. As fraturas acontecem quando há interseção com as superfícies com ligações químicas fracas. Densidade Relativa A densidade relativa informa o quão pesado é o material do que um volume igual de água a uma temperatura de 4ºC. Por exemplo, se um material apresenta densidade relativa 3, isso quer dizer que ele pesa três vezes mais que o mesmo volume de água. 22 Obs. A dureza e o peso específ ico/volumétrico, que são características importantes dos materiais, serão abordados em outro módulo. 23 RECAPITULANDO QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2018 Banca: PR4 (UFRJ) Órgão: UFRJ Prova: Geólogo O estabelecimento inicial da escala geológica de tempo, durante o século XIX, baseou-se inicialmente numa divisão em eras, períodos e épocas que permanece até hoje. Esta subdivisão temporal baseou-se: a) nas datações de caráter radiométrico ou isotópico. b) nas datações relativas baseadas em fósseis e no contexto paleoambiental. c) na análise de dados radiométricos, litoestratigráficos e bioestratigráficos. d) na análise das sucessões litológicas e do conteúdo fóssil correspondente. e) na sucessão de eventos paleobiológicos com reconhecimento de eventos catastróficos. QUESTÃO 2 Ano: 2018 Banca: PR4 (UFRJ) Órgão: UFRJ Prova: Geólogo Pode ser incluída como parte dos processos de intemperismo físico: a) a decomposição pelo ácido carbônico e as variações de temperatura. b) a hidrólise e a hidratação. c) a oxidação e a cristalização de sais. d) a acidólise e a hidrólise. e) a cristalização de sais e o congelamento. QUESTÃO 3 Ano: 2014 Banca: INCAB Órgão: SOPH Prova: Biólogo Em nossa crosta terrestre encontram-se rochas que podem ser classificadas em três grandes classes: ígneas, metamórficas e sedimentares. As rochas ígneas formam-se: a) pelos sedimentos produzidos, quando as rochas existentes são intemperizadas e erodidas em pequenos pedaços. 24 b) abaixo ou na superfície da terra, quando o magma brota, resfria-se e endurece. c) quando uma rocha preexistente é submetida a altas temperaturas, pressões, fluidos quimicamente ativos ou a uma combinação desses agentes. d) por meio da junção entre sedimentos de rochas sedimentares e metamórficas por descargas elétricas. e) a partir da deposição de carbonato de cálcio sobre substrato orgânico. QUESTÃO 4 Ano: 2016 Banca: FAU UNICENTRO Órgão: Pref. Godoy Moreira Prova: Engenheiro Civil A definição a seguir: "Rochas formadas no interior da terra que provocam transformações mineralógicas e texturais nas rochas preexistentes, em função de mudanças de temperatura e pressão, em presença de fluidos quimicamente ativos" refere-se às: a) Rochas metamórficas. b) Rochas ígneas. c) Rochas sedimentares. d) Rochas magmáticas. e) Rochas amígdalas. QUESTÃO 5 Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: TRANSPETRO Prova: Engenheiro Júnior As descontinuidades são as estruturas presentes em um maciço rochoso que devem ser investigadas, pois afetam os parâmetros do maciço. Na caracterização das descontinuidades, o(a): a) espaçamento corresponde à distância entre duas descontinuidades adjacentes de diferentes famílias. b) tipo de material de preenchimento influencia a resistência ao cisalhamento do maciço rochoso, mas não sua condutividade hidráulica. c) mergulho de uma descontinuidade é definido pelo ângulo que a interseção do plano da descontinuidade, com o plano horizontal, faz com a direção norte. 25 d) abertura e a conectividade das descontinuidades afetam o valor da condutividade hidráulica do maciço. e) direção de uma descontinuidade é o ângulo de inclinação do plano com o plano horizontal. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Cite quais são os tipos de intemperismo e descreva cada um deles. TREINO INÉDITO Quais são as propriedades da geologia física? a) Mineral, Paleontologia, Sedimentar, Estrutural e Geomorfologia b) Mineral, Petrografia, Sedimentar, Estratigrafia e Geomorfologia c) Mineral, Petrografia, Petróleo, Estrutural e Geomorfologia d) Mineral, Petrografia, Sedimentar, Estrutural e Geomorfologia e) Mineral, Petrografia, Sedimentar, Estrutural e Obras Subterrâneas NA MÍDIA AS PLACAS TECTÔNICAS RECÉM-DESCOBERTAS QUE PODEM EXPLICAR TERREMOTOS MISTERIOSOS NO PACÍFICO Dentro do manto terrestre, uma imensa camada rochosa que fica entre a crosta e o núcleo da Terra, há uma nova camada de placas tectônicas, diz um novo estudo da Universidade de Houston, no Texas. E esse achado, dizem os autores da pesquisa apresentada nesta semana em uma conferência no Japão, explicaria uma série de terremotos misteriosos ocorridos no Pacífico entre 1946 e 1996. Fonte: G1.com Data: Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/natureza/noticia/as-placas-tectonicas- recem-descobertas-que-podem-explicar-terremotos-misteriosos-no-pacifico.ghtml 26 NA PRÁTICA Conhecer os processos geológicos e as propriedades geotécnicas do solo é fundamental para o profissional de engenharia. Nessa área, o profissional terá que se relacionar com os fenômenos naturais de formação das rochas e minerais, assim como com seu impacto na sociedade. As questões ambientais também aparecem em primeiro plano para um engenheiro de minas ou geólogo, por exemplo, diante do impacto que essas atividades podem causar com um estudo ou uma análise incompleta. Além disso, o profissional precisa lidar com os relevos, inclusive os relevos subterrâneos e os agentes naturais que cercam o planeta e modelam as superfícies terrestres. Saiba mais sobre a profissão de engenheiro de minas. Disponível em: <http://g1.globo.com/pa/para/jornal-liberal-1edicao/videos/v/saiba- mais-sobre-a-profissao-de-engenheiro-de-minas/3340264/>. 27 CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTOS DA MECÂNICA DOS SOLOS 2.1 CAPACIDADE DE CARGA Conhecer a capacidade de carga de um solo é extremamente importante para garantir um projeto econômico e seguro, especialmente para projeto de fundações. Assim, a capacidade de carga de um solo pode ser definida como a tensão que causa a ruptura do loco onde existe uma fundação envolvida. As fundações serão mencionadas ao longo deste capítulo, mas não são o foco principal aqui, visto que elas serão estudas detalhadamente em outro módulo. Para determinar a capacidade de carga, é importante considerar dois comportamentos importantes que influenciam esse quesito: a tensão de ruptura e a deformação. Com a capacidade de carga de um solo, tem-se a pressão que pode ser aplicada no solo – pressão admissível, determinada com um coeficiente de segurança adotado, também chamado de fator de segurança. Essa pressão deve ser admissível tanto à ruptura quando às deformações apresentadas no solo. FIQUE ATENTO! A tensão aplicada ao solo deve ser sempre menor que a capacidade de carga do solo. Esta pode ser calculada por diversos métodos, todavia nenhum apresenta um resultado matematicamente exato. 2.1.1 Coeficiente de Segurança A escolha de um coeficiente de segurança exige muita responsabilidade e a sua escolha em projetos na área da mecânica dos solos não é simples. Abaixo, tem- se um resumo dos fatores principais que ajudam na determinação da segurança adequada e, com base nesses fatores, há alguns valores que são adotados mediante as características apresentadas. 28 É importante dizer que os acidentes envolvendo as fundações, por exemplo, raramente acontecem por causa da ruptura do solo; mas, sim, por causa dos recalques excessivos, como mostram as imagens a seguir. Figura 9 - Representação de Recalques Fonte: Civilização Engenharia. Acesso em 2018. Na imagem abaixo, diante da falta de simetria no carregamento, aconteceu o momento de rupturado solo, o que ocasionou a queda da obra. Figura 10 - Reclaque em Edif icação Fonte: Geologia de Engenharia. Acesso em 2019. 29 A estrutura tombou na posição mostrada na foto em 24 horas. Acredita-se que a elevação lateral do nível do solo a manteve desse jeito apresentado e não tombou totalmente. Tabela 6 - Fatores que Inf luenciam no Fator de Segurança Fonte: Marangon, 2018. Tabela 7 - Valores Recomendados de Fatores de Segurança Fonte: Marangon, 2018. Abaixo estão alguns conceitos importantes sobre capacidade de carga, a saber: • Capacidade de carga de ruptura – pode ser representada por Qr: essa carga é a máxima que pode ser provocada no terreno, causando a ruptura acima desses 30 valores. A fundação pode se deslocar de maneira sensível ou excessiva, essa última causando o colapso da superestrutura. • Capacidade de carga de segurança à ruptura - pode ser representada por Qseg: a carga de segurança é a carga máxima transmitida pela infraestrutura assegurando a resistência do solo, independente das deformações possíveis nesse processo. A Qseg pode ser obtida pela razão entre a carga de ruptura e o fator ou coeficiente de segurança à ruptura - FS • Capacidade de carga admissível: representada por Qadm, a capacidade de carga admissível é a maior carga que o terreno admite receber de uma infraestrutura independentemente do caso, considerando os índices de segurança para ruptura e deformações excessivas, avaliando todos os deslocamentos possíveis da fundação. Dessa forma, a capacidade de carga admissível deve ser menor ou igual à carga de segurança da ruptura. FIQUE ATENTO! A seguir tem-se uma relação usual de conversão de unidades. Para o cálculo de capacidade de carga, podem ser utilizados métodos semi- empíricos - correlações e teorias utilizadas no âmbito da mecânica dos solos, 31 fórmulas teóricas - baseadas nas propriedades dos solos, principalmente nas de resistência a cisalhamento e compressibilidade dos solos ou procedimentos experimentais, realizados por meio de execução de provas de carga, onde os resultados são interpretados considerando-se o comportamento entre a placa e a fundação real. As teorias de Rankine e Terzaghi são as mais conhecidas, sendo esse último considerado o “pai da mecânica dos solos e da engenharia geotécnica” em geral. Para melhor aprofundamento do assunto, é recomendada a bibliografia abaixo, que tem um dos conteúdos mais elogiados e utilizados na mecânica dos solos. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Livro Mecânica dos Solos e Suas Aplicações. Volumes 1, 2 e 3. Homero Pinto Caputo. A teoria de Terzaghi é mais utilizada para o emprego de fundações diretas ou rasas. É preciso saber alguns parâmetros básicos sobre os solos, descritos de maneira simplificada nas tabelas 8, 9 e 10: Tabela 8 - Classif icações dos Solos - Compacidade e Consistência Fonte: Marangon. Acesso em 2019. 32 Tabela 9 - Parâmetros de Resistência do Solo Baseados em SPT Fonte: Marangon. Acesso em 2019. Tabela 10 - Parâmetros de Resistência e Deformabilidade do Solo Baseados em SPT Fonte: Marangon. Acesso em 2019. 33 Definições: Dando sequência, Terzaghi fez o estudo da capacidade de ruptura para as fundações diretas ou rasas em solos com a presença de atrito e coesão, cujas simbologias estão descritas acima, em solos não coesivos, onde c=0; e em solos coesivos, onde o ângulo de atrito é zero. Uma fundação apoiada no solo com uma carga aplicada sobre ela provocará deformações, até que ele entre em ruptura por cisalhamento. Essa situação acontece quando as tensões cisalhantes que estão atuando no solo são maiores que a tensão que o solo suporta. Quando a ruptura acontece, ocorre o deslocamento do terreno e da fundação, como mostra o esquema abaixo. Nesse momento, o solo deixa de ser elástico e se torna plástico. O movimento de massa ocorrido na direção ABC se dá pelas tensões de cisalhamento serem maiores que a tensão de cisalhamento do maciço. 2.2 ÍNDICES FÍSICOS O solo é composto por um grande número de partículas, com dimensões e formas variadas. Além disso, possui característica de porosidade e consequente número de vazios. Esses vazios permitem dizer que um solo está saturado, quando seus vazios são preenchidos e ocupados por água; seco, quando os vazios são ocupados por ar, e natural, quando os vazios são preenchidos por água e ar (tipo 34 mais comum de se encontrar). Dessa forma, o comportamento mecânico de um solo vai depender da quantidade relativa de cada uma das fases em que o solo se encontrará. Figura 11 - Proporções de Pesos e Volumes do Solo. Fonte: Marques. Acesso em 2019. Sendo: - Vt: Volume total da amostra - Vv: Volume de vazios - Va: Volume de água - Var: Volume de ar - Vs: Volume de sólidos - Pt: Peso total da amostra - Pa: Peso de água - Ps: Peso seco do solo - Par: Peso de ar Esquema do solo seco: Figura 12 - Esquema do Solo Seco Fonte: Marques. Acesso em 2019. 35 Esquema do solo saturado: Figura 13 - Esquema do Solo Saturado Fonte: Marques. Acesso em 2019. 2.2.1 Classificação das Águas no Solo • Água Livre: é o tipo de água que tem liberdade para se movimentar entre os vazios do solo. Ela pode apresentar dois tipos de equilíbrio: o hidrostático ou em movimento. • Água Capilar: as partículas sólidas deixam interstícios capilares nos solos finos. Assim, a água capilar é a água que sobe por esses interstícios. A capilaridade é uma característica que permite à água alcançar pontos acima do nível do lençol freático, por meio de tubos de diâmetros pequenos. • Água Adsorvida: os materiais argilo-minerais possuem uma força eletroquímica em sua superfície. Essas forças provocam ação e a aderência de uma película de água nas partículas dos solos finos. • Água Estrutural: é a água que compõem as moléculas da estrutura de partícula sólida. • Água Higroscópica: é a água no solo quando está em equilíbrio com a umidade da atmosfera e a temperatura ambiente. 36 Figura 14 - Percurso das Águas no Solo Fonte: Marques. Acesso em 2019. Os índices físicos são empregados em quase todas as áreas da mecânica dos solos. Para fazer a identificação do estado em que o solo se encontra, são utilizados índices que relacionam pesos e volumes das frações possíveis - ar, água e sólido. Teor de Umidade O teor de umidade é dado pela relação entre o peso da água e o dos sólidos. Para identificar o teor, primeiramente, é pesado o solo em seu estado natural. Após esse passo, coloca-se o solo para secar em uma estufa ligada a aproximadamente 105ºC. Depois desse processo, o material é pesado novamente. A diferença do peso inicial para o peso final após secagem é o peso da água que estava no solo e foi evaporada. h = teor de umidade, dado em %; Pa = peso da água, dado em g ou kg; Ps = peso dos sólidos, dado g ou kg. Para solos saturados, tem-se a fórmula abaixo: 37 Vv = volume de vazios, dado em cm³ ou m³; Ɣa = peso específico da água, dado em g/cm³ ou kg/m³. Para calcular o volume de vazios e o volume das partículas sólidas - o índice de vazios, aplica-se a equação abaixo: e= Vv Vs e = índice de vazios, dado em %; Vv = volume de vazios, dado em cm³ ou m³; Vs = volume de sólidos, dado em cm³ ou m³. A relação entre o número de vazios e o volume total - a porosidade, é expressa pela seguinte fórmula: n= Vv Vt n = porosidade, dada em %; Vv = volume de vazios, dado em cm³ ou m³; Vt = volume total, dado em cm³ ou m³. A tabela abaixo traz a classificação do solo quanto ao índice de porosidade e do volume de vazios encontrado nele. Tabela11 - Denominação Quanto ao Índice de Porosidade e ao Índice de Vazios Encontrados nos Solos Porosidade (%) Índice de vazios Classificação Maior que 50 Maior que 1 Muito alta Entre 45 e 50 Entre 0,80 e 1,0 Alta Entre 35 e 45 Entre 0,55 e 0,80 Média 38 Entre 30 e 35 Entre 0,43 e 0,55 Baixa Menor que 30 Menor que 0,43 Muito Baixa Fonte: Adaptado de Marques. Acesso em 2019. A relação entre a presença de água e de vazios mede o grau de saturação no solo. Esse grau pode variar de 0 a 100%, sendo que para zero tem-se um solo seco, e a 100% tem-se um solo saturado. S = grau de saturação do solo, dado em %; Va = volume de água, dado em cm³ ou m³; Vv = volume de vazios, dado em cm³ ou m³. A tabela abaixo apresenta a classificação dos solos em relação ao seu grau de saturação, indo de naturalmente seco à altamente saturado. Tabela 12 - Classif icação do Solo em Relação ao Grau de Saturação Grau de Saturação (%) Classificação Entre 0 e 25 Naturalmente Seco Entre 25 e 50 Úmido Entre 50 e 80 Muito Úmido Entre 80 e 95 Saturado Entre 95 e 100 Altamente Saturado Fonte: Adaptado de Marques. Acesso em 2019. O peso específico natural do solo pode ser encontrado pela relação entre o seu peso total e o seu volume total. Pode ser representado com o índice 'nat' ao lado ou vir somente o símbolo Ɣ. Ɣnat ou Ɣ = peso específico natural do solo, dado em g/cm³ ou kg/m³; 39 Pt = peso total, dado em g ou kg; Vt = volume total, dado em cm³ ou m³. Amplamente aplicados em ensaios de compactação, o peso específico aparente seco do solo pode ser dado pela relação entre o peso dos sólidos do solo e o seu volume. Ɣs = peso específico aparente seco do solo, dado em g/cm³ ou kg/m³; Ps = peso dos sólidos dos solos, dado em g ou kg; Vt = volume total, dado em cm³ ou m³. Já o peso específico aparente saturado do solo é encontrado, caso este venha a ficar saturado, por meio das fórmulas abaixo, sendo necessário saber o peso da água. Sendo, Ɣsat = peso específico aparente saturado (g/cm³ ou kg/m³) Psat = peso saturado, dado em g ou kg; Ɣa = peso específico da água O peso específico submerso do solo se refere ao seu peso quando em estado submerso. Esse parâmetro é usado em cálculos de tensões efetivas. 40 Ɣsub = peso específico submerso, dado em g/cm³ ou kg/m³; Ɣnat ou Ɣ = peso específico natural, dado em g/cm³ ou kg/m³; Ɣa = peso específico da água, dado em g/cm³ ou kg/m³. O peso específico de grãos é dado em laboratório, por meio de um equipamento determinado picnômetro. Esse peso é calculado por fórmulas cuja relação se dá entre o peso das partículas sólidas e o volume que essas partículas ocupam. Tem-se um picnômetro com determinada quantidade de água. Em seguida, é colocada a fração desejada do solo e o aparelho fica com os dois materiais. O volume de água deslocado representa o volume ocupado pelas partículas sólidas. As incógnitas acima representam: Ɣg = peso específico dos grãos, dado em g/cm³ ou kg/m³; Vs = volume de sólidos, dado em cm³ ou m³; Ps = peso das partículas sólidas, dado em g ou kg; Pp = peso do picnômetro, dado em g ou kg; Ps = peso das partículas sólidas, dado em g ou kg; Pa = peso da água dentro do picnômetro, dado em g ou kg; 41 Pa’ = peso específico da água, dado em 1 g/cm³ ou 1000 kg/m³. A tabela a seguir faz um comparativo entre fórmulas brasileiras e americanas, sendo possível encontrá-las em determinadas literaturas de acordo com a preferência do autor. Tabela 13 - Comparativo entre Fórmulas Brasileiras e Norte Americanas Fonte: Marques. Acesso em 2019. 2.3 LIMITES DE ATTERBERG Os limites de Atterberg são parâmetros de avaliação criados para medir a natureza dos solos e, principalmente, o comportamento distinto de solos argilosos e/ou siltosos mediante o seu teor de umidade. 42 Algumas constatações podem ser concluídas mediante observação desses ensaios, sendo que quando o solo está mais seco, seu comportamento é quebradiço e tende a esfarelar; um solo mais úmido tende a apresentar comportamento plástico e não esfarela quando é moldado, por exemplo. Já um solo muito úmido apresenta um comportamento líquido, similar à uma lama. Por meio do gráfico abaixo, é possível interpretar o comportamento do sólido conforme o Limite de Contração - LC, Limite de Plasticidade - LP e Limite de Liquidez - LL. No intervalo do limite de plasticidade, tem-se o índice de plasticidade, que permite mensurar o estado plástico do solo. Assim como, acima, tem-se o estado líquido do solo e, abaixo, o estado sólido. Gráfico 1 - Limites de Atterberg Fonte: Autor, 2019. O Limite de Liquidez representa, como comentado, o teor de umidade em que o solo se encontra líquido. O resultado desse ensaio é expresso em porcentagem (%) e realizado em laboratório, por meio do aparelho Casagrande, seguindo as diretrizes da NBR 6459:2016, que foi corrigida em 2017. No Limite de Plasticidade, o solo passa do estado plástico para o estado sólido, perdendo, dessa forma, a propriedade de ser moldado e passa a apresentar comportamento quebradiço. O resultado desse índice também é expresso em 43 porcentagem (%) e é determinado em laboratório, seguindo os parâmetros estabelecidos pela NBR - 7180. O índice de plasticidade - IP é obtido pela diferença entre o limite de liquidez e o limite de plasticidade. Conforme o resultado do cálculo do IP, o solo recebe a seguinte classificação, em relação à sua plasticidade: Se IP = 0, o solo não plástico; IP entre 0,1 e 7,0, o solo é pouco plástico; IP entre 7,1 e 15,0, o solo apresenta plasticidade média; Para IP > 15, o solo é muito plástico. SAIBA MAIS Vídeo LIMITE DE LIQUIDEZ E PLASTICIDADE - NBR 6459 E NBR 7180 Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=Uggypd-78kI >. O limite de contração, também expresso em porcentagem, é o momento em que o solo saturado não consegue mais reduzir seu volume no processo de secagem. 44 RECAPITULANDO QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT 3ª Região Prova: Analista Judiciário Em mecânica dos solos, a propriedade que representa a parcela da resistência do solo independente da existência de tensão normal atuante é: a) o atrito. b) a coesão. c) a permeabilidade. d) a porosidade. e) o cisalhamento. QUESTÃO 2 Ano: 2016 Banca: CEBRASPE Órgão: PCie PE Prova: Perito Criminal No que concerne às propriedades dos solos, assinale a opção correta. a) A contratilidade relaciona-se ao formato dos grãos dos solos arenosos quando submetidos à diminuição de umidade e ao aumento de força de compressão. b) A permeabilidade só depende do grau de saturação em que o solo se encontra, no seu estado natural. c) A capilaridade permite a passagem de água entre os vazios dos solos preenchidos por ar, o que é intensificado pela ação da gravidade. d) A expansibilidade provoca a diminuição do volume do solo devido ao aumento de umidade. e) A compressibilidade está relacionada com a deformação dos solos devido à diminuição de volume provocada pela ação de uma força de compressão. QUESTÃO 3 Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF 2ª Região Prova: Analista Judiciário Como resultado da deterioração das rochas originam-se os solos, que se caracterizam por serem misturas de diversos tamanhos de grãos, com 45 diferentes minerais. Neste contexto, a propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento de água através dele é denominada de: a) adsorção. b) umidade. c) percolação. d) empuxo. e) permeabilidade. QUESTÃO 4 Ano: 2018 Banca: FEPESE Órgão: VISAN Prova: Engenheiro Assinale a alternativa que indica corretamente o nome que se dá à ação produzida por um maciçode solo sobre as obras com ele em contato. A determinação é fundamental para a análise e o projeto de obras como muros de arrimo, cortinas de estacas-prancha, construção de subsolos, encontro de pontes etc. a) ruptura de terra b) recalque de terra c) compacidade de terra d) consistência de terra e) empuxo de terra QUESTÃO 5 Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: TRANSPETRO Prova: Técnico Júnior A Figura a seguir esquematiza uma estrutura de contenção de encosta. Essa estrutura é um tipo de muro de arrimo, denominado: a) atirantado 46 b) de flexão c) de gabiões d) por gravidade e) com contraforte QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Cite os métodos que podem ser utilizados para o cálculo da capacidade de carga de um solo. TREINO INÉDITO "Os materiais argilo-minerais possuem uma força eletroquímica em sua superfície. Essa força provoca ação e a aderência de uma película de água nas partículas dos solos finos". Em relação à classificação das águas no solo, estamos falando de qual água? a) Água Livre b) Água Adsolvida c) Água Estrutural d) Água Higroscópica e) Água Capilar NA MÍDIA CINCO PESSOAS MORREM EM DESABAMENTO DE PRÉDIOS NA MUZEMA, COMUNIDADE NA ZONA OESTE DO RIO Dois prédios desabaram na Muzema, comunidade na Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (12). Ao menos cinco pessoas morreram e nove ficaram feridas (veja a lista mais abaixo). Bombeiros vasculham os escombros para tentar localizar outras vítimas. De acordo com a Defesa Civil, há 13 desaparecidos. (ATUALIZAÇÃO: ao fim do trabalho de buscas, todas as vítimas foram encontradas. No total, 24 pessoas morreram, entre os que foram achados sem vida e os que morreram no hospital.) Fonte: G1.com Data: 12/04/2019 47 Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/rj/rio-de- janeiro/noticia/2019/04/12/imovel-desaba-na-zona-oeste-do-rio.ghtml NA PRÁTICA Conhecer as patologias em infra e superestrutura permite o entendimento de fatores básicos na engenharia, como: durabilidade, estética, resistência, dentre outros. Para o profissional da área, é imprescindível o conhecimento sobre as manifestações patológicas, pois quanto antes for diagnosticada e recuperada, menores serão os custos para a recuperação. É válido ressaltar, porém, que quanto melhores e mais estudados forem o projeto e o planejamento, bem como as técnicas que serão utilizadas, menores as chances de investir em recuperação de estruturas futuras. Nas pequenas construções no Brasil – onde, em busca de economia, opta-se por contratar simples pedreiros ou qualquer profissional sem qualif icação para a execução e acompanhamento da obra, inclusive na função de responsável técnico, sem oferecer qualquer segurança ao cliente, no que se refere à estabilidade e durabilidade da obra, pode-se causar riscos e prejuízos materiais e humanos. Faz-se necessário, então, que seja dada a devida importância para todas as etapas da execução de uma obra, seja qual for a sua finalidade, evitando-se, dessa forma, os vícios na construção civil e quaisquer outras áreas da engenharia. É importante também que esses valores sejam incorporados aos conceitos dos profissionais da área, para que seja dada a devida atenção e responsabilidade às obras. 48 CAPÍTULO 3 - NOÇÕES BÁSICAS DE TOPOGRAFIA 3.1 INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA O termo "topografia" vem do idioma grego, que significa: • topos = lugar • graphen = descrever Em linhas gerais, é a "descrição de um lugar". É a disciplina que analisa as particularidades presentes no solo de uma determinada área, efetuando medições de distâncias, ângulos e desníveis que permitam conceber essa área em uma escala apropriada. Há, no entanto, pessoas que confundem Geodésia com Topografia. Enquanto a primeira tem o objetivo de mapear extensas porções de superfície, a segunda tem a finalidade de mapear uma restrita porção de superfície. 3.2 EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS Os métodos de levantamento de medidas evoluíram com o passar do tempo, vejamos na tabela abaixo esse desenvolvimento: Tabela 14: Evolução do Equipamento Topográf icos INSTRUMENTO ANO ORIGEM FUNÇÃO Corda Graduada com Nó 1400 ac Egito Medição de distâncias e construção de ângulos retos Odômetro 20 Império Romano Medição de distâncias percorridas por veículos Corrente 1550 Holanda Medição de distâncias Teodolito 1571 Inglaterra Medição de ângulos horizontais e verticais Telescópio 1608 Holanda Formação de imagem ampliada de um objeto 49 distante Nível 1704 EUA Medição de desnível Trânsito 1831 EUA Medição de ângulos horizontais e verticais Trena de Aço 1870 EUA Medição de distâncias horizontais Altímetro 1877 França Determinação de altitudes através de pressão Teodolito com micrômetro 1922 Alemanha Medição mais precisa de ângulos horizontais e verticais Radar 1935 Inglaterra Medição de distância e velocidade Nível automático 1950 Alemanha Medição de desnível com horizontalização automática Geodímetro 1953 Suécia Medição de distâncias de forma mais cômoda Telurômetro 1957 África do Sul Medição de distâncias Nível a laser 1968 Alemanha Medição de desnível Teodolito eletrônico 1970 Alemanha Medição de ângulos horizontais e verticais Estação total 1971 Alemanha Medição de distâncias e ângulos GPS 1973 EUA Posicionamento e navegação Nível digital 1990 Suíça Medição de desnível Laser scanner 3D 1997 EUA Medição de distâncias inclinadas, intensidade e cor dos objetos Fonte: Adaptado de Gonçales, 2007. 50 Teodolito É um instrumento comumente usado por topógrafos para medição de ângulos horizontais e verticais, que possui uma vasta aplicação em diversos setores. No mercado, existem diversos modelos e marcas e são classificados de acordo com sua finalidade, quanto à forma e quanto à precisão. Figura 15 - Teodolito Fonte: Brandalize; et al. Acesso em 2019. Estação Total É um equipamento montado num só bloco, que se faz da junção do teodolito e do distanciômetro eletrônicos. Tem a finalidade de medir ângulos e distâncias. Figura 16: Estação Total Fonte: Veiga, 2012. 51 GPS O GPS (Global Positioning System) é um equipamento de navegação e localização. Com ele, é possível determinar através das coordenadas, de forma rápida, qualquer ponto na superfície terrestre. O sistema GPS é dividido em três segmentos diferentes, que Jauch et al (2014, p.12) explica: "Segmento Espacial - É constituído por 32 satélites, divididos em 6 planos orbitais. Além destes, há outros 4 satélites desativados, que podem ser reativados se necessário. Suas órbitas duram 11 horas e 58 minutos, para realizar a “varredura” de um mesmo ponto pelo menos 2 vezes por dia. Segmento de Controle - Consiste em uma rede global de instalações terrestres que rastreiam os GPSs, monitorando suas transmissões, realizando análises e enviando comandos ou dados para a constelação. Segmento do Usuário - Corresponde ao uso do aparelho móvel capaz de determinar a posição com latitude, longitude e altitude de um ponto na superf ície terrestre." Figura 17: Constelação de satélites do GPS Fonte: Rumos Geográf icos. Acesso em 2019. 52 Laser Scanner 3D Esse aparelho admite a realização de levantamentos topográficos que permitem a construção de modelos 3D, ajudando, assim, a se adquirir um grande número de informações da superfície varrida. Dentre as vantagens, podemos citar: levantamento dimensional sem necessidade de contato com a área, baixo custo operacional, tempo de coleta de dados reduzido, resultados rápidos e precisos. Dentre algumas de suas aplicações podemos mencionar: • Criação de documentação 3D • Monitoramento de estruturas no decorrer dotempo • Digitalização de estruturas • Levantamento de distâncias sem a necessidade de andaimes • Realização de mapeamento geológico colorido • Determinação e certificação dos volumes de tanques • Análise de desvios de tolerâncias geométricas. Figura 18: Laser Scanner 3D Fonte: Litholdo Engenharia. Acesso em 2019. 53 3.3 ORIENTAÇÃO Qualquer mapa topográfico tem que ser orientado conforme o sentido Norte- Sul geográfico ou magnético. No sentido Norte-Sul geográfico não há variação, devido ao fato de ser a extremidade ao norte do eixo terrestre em torno da qual gira nosso mundo. Por isso, essa configuração é conhecida como Norte Verdadeiro, devido aos meridianos geográficos serem paralelos entre si. Já no sentido Norte-Sul magnético há uma pequena variação devido à região envoltória magnética (magnetosfera) que envolve nosso mundo e não está corretamente alinhada com o eixo rotacional do planeta. Também temos o Norte Magnético, que tem seu principal instrumento nas bússolas. Trata-se de um ponto variável à superfície da Terra para o qual as linhas do campo magnético que envolvem o planeta apontam. Figura 19: Norte Verdadeiro e Norte Magnético Fonte: Heliotec. Acesso em 2019. (adaptado). 54 Azimute O azimute pode ser verdadeiro ou magnético, ele pode ser descrito como o ângulo que varia de 0º a 360º, partindo do norte, no sentido horário, até o alinhamento almejado. Figura 20: Azimute Fonte: Métrica. Acesso em 2019. Rumo O rumo também pode ser verdadeiro ou magnético, podendo ser descrito como o ângulo que varia de 0º a 90º, partindo do norte ou do sul, no sentido horário ou anti-horário, até o alinhamento almejado. Figura 21: Rumo Fonte: Métrica. Acesso em 2019. 55 Declinação Magnética É o ângulo formado entre o norte verdadeiro e o norte magnético. A declinação magnética altera de lugar para lugar da superfície no globo terrestre, pois a grandeza desse ângulo está sujeita à posição geográfica em que ele é observado. Figura 22 Declinação Magnética Fonte: Custódio. 2016. 3.4 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO O levantamento topográfico é a ação de encontrar e mapear todas as particularidades da superfície de um determinado local com a finalidade de exprimir todas as medidas e acidentes geográficos ali encontrados. Posteriormente, esses dados levantados serão usados para elaborar as plantas, cartas ou mapas com os detalhes encontrados do terreno. 56 PARA SABER MAIS Você sabe qual a diferença entre plantas, cartas e mapas? Não?! Então vamos te explicar. Todas são formas de representar um terreno, porém, o que as diferenciam é a amplitude de cada uma. Enquanto as plantas representam uma área mais limitada, os mapas concebem uma amostra de área maior, ficando as cartas com a representação intermediária. O levantamento topográfico pode ser dividido em três categorias: • planimétrico • altimétrico • planialtimétrico A seguir iremos abordar cada um deles. Levantamento Planimétrico Conhecido também como planimetria, se caracteriza pelas informações relativas às medições das projeções horizontais que definem um terreno. Para a confecção da planta, faz-se um levantamento em campo das medidas de ângulo, de distância e de direção. Figura 23: Planta Planimétrica Fonte: SG Topograf ia. Acesso em 2019. 57 Levantamento Altimétrico Conhecido também como altimetria, caracteriza-se pelas informações relativas à altura do terreno ou ao grau de declividade. Para a confecção da planta, através das curvas de nível, faz-se o levantamento da distância e dos ângulos verticais. Figura 24: Planta Altimétrica Fonte: Diâmetro Serviços Florestais. Acesso em 2019. Levantamento Planialtimétrico O levantamento planialtimétrico, como o próprio nome já sugere, é a junção dos levantamentos planimétricos e altimétricos. A intenção é de prover o maior número de informações de um determinado lugar, gerando uma planta mais completa. Essa técnica admite tanto a medição das elevações/declives do terreno, quanto as projeções horizontais. 58 Figura 25: Planta Planialtimétrica Fonte: HC2 Soluções. Acesso em 2019. 3.5 DESENHO TOPOGRÁFICO Através do sistema de coordenadas (x, y e z), o desenho topográfico pode ser representado verdadeiramente com todas as suas características. Trata-se de todo o dimensional obtido em área, que é posto sobre o plano do papel ou programas em CAD. Nos desenhos, as distâncias são ampliadas ou reduzidas de acordo com a escala, já os ângulos devem ser representados em verdadeira grandeza. A escala pode ser de: redução (ex.: 1:100), natural (ex.: 1:1) ou ampliação (ex.: 10:1) PARA SABER MAIS A escala não apresenta dimensão, ou seja, é adimensional. Dessa forma, uma escala que apresente 1:50 denota que 1 unidade apresentada no desenho corresponde a 50 unidades no terreno. Exemplo: 1cm no desenho equivale a 50 cm no terreno. Abaixo, apresenta-se uma tabela com as principais escalas utilizadas pelos profissionais da área. 59 Tabela 15 - Principais escalas e suas aplicações Aplicação Escala Detalhes de terrenos urbanos 1:50 Planta de pequenos lotes e edifícios 1:100 e 1:200 Planta de arruamentos e loteamentos urbanos 1:500 e 1:1000 Planta de propriedades rurais 1:1000, 1:2000 e 1:5000 Planta cadastral de cidades e grandes propriedades rurais ou industriais 1:5000, 1:10000 e 1:25000 Cartas de municípios 1:50000 e 1:100000 Mapas de estados, países, continentes, etc 1:200000 e 1:10000000 Fonte: Veiga, 2012 Existem três formas de representação do relevo, são elas: ponto cotado, perfis e seções transversais e curvas de nível. A seguir, iremos abordar cada uma delas. Ponto Cotado Das representações do relevo, essa é a mais simples, pois aponta somente os pontos selecionados com sua respectiva cota. Apesar de não ser possível a visualização da forma do terreno, essa metodologia se estabelece como base para o desenho das curvas de nível, sobretudo quando a área levantada é vasta. 60 Figura 26: Planta de Pontos Cotados Fonte: Carvalho; et al, 2008. Perfis e Seções Transversais No decorrer de um linha conhecida, representam-se os cortes verticais do terreno. É uma espécie de complementação para as curvas de nível. Figura 27: Perf is de Seções Transversais Fonte: Zerbato. Acesso em 2019. 61 Curvas de Nível Trata-se da forma mais comum de se representar o terreno. Uma curva de nível é uma linha que, pertencendo a um mesmo plano horizontal, conecta pontos com a mesma altitude. A distância entre duas curvas de nível é nomeada como equidistância vertical, que sofre alterações de acordo com a escala da planta. Veja abaixo alguns dos valores recomendados: Tabela 16: Equidistância Vertical ESCALA EQUIDISTÂNCIA 1:500 0,5m 1:1000 1,0m 1:2000 2,0m 1:10000 10,0m 1:25000 10,0m 1:50000 25,0m 1:100000 50,0m 1:200000 100,0m 1:250000 100,0m 1:500000 200,0m 1:1000000 200,0m 1:10000000 500,0m Fonte: Brandalize; et al. Acesso em 2019. 62 Figura 28: Curvas de Nível Fonte: Brasil Escola. Acesso em 2019. Segundo Carvalho et al (2008), as curvas de nível como representação do relevo, apresentam as seguintes características essências: Para facilitar a leitura e a identif icação de cada curva, adota-se o sistema de apresentar, dentro de um mesmo sistema ou intervalo altimétrico, determinadas curvas por um traço mais espesso. Tais curvas são chamadas "mestras", e as outras, f inas, denominam-se "intermediárias". Há, ainda, as curvas "auxiliares". Toda curva de nível fecha-se sobre si mesma, dentro ou fora dos limites do papelque representa o mapa no qual se está trabalhando. Duas curvas de nível jamais se cruzarão. Várias curvas de nível podem chegar a ser tangentes entre si, como no caso em que o terreno é representado por uma rocha af lorante. Uma curva de nível não pode se bifurcar. Terrenos planos apresentam curvas de nível mais espaçadas; em terrenos acidentados as curvas de nível encontram-se mais próximas umas das outras. 63 RECAPITULANDO QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2017 Banca: Instituto AOCP Órgão: Pref. Pinhais Prova: Técnico em Edificações A representação da superfície de um terreno é estudada e verificada através da Topografia, a qual é derivada de duas palavras gregas “topos”, que significa lugar, e “grafia”, que significa a descrição de um lugar. Nesse contexto, o levantamento planimétrico é: a) o desenho da projeção horizontal de um terreno e também é chamado de Planimetria. b) a representação gráfica dos pontos de mesma cota ou altura em relação a um plano horizontal tomado como referência. c) o desenho da projeção do relevo, da variação das alturas e também é chamado de Planimetria. d) a tomada de ângulos ou distâncias com objetivo de determinar as feições morfométricas do terreno analisado, estando relacionados a um plano de referência vertical ou horizontal. e) a leitura de ângulos ou distâncias em que possa determinar pontos de feições do terreno que serão projetados sobre um plano horizontal e vertical de referência. QUESTÃO 2 Ano: 2018 Banca: FUNRIO Órgão: CM SJM Prova: Técnico em Manutenção Um topógrafo necessita realizar um nivelamento trigonométrico. Dois equipamentos que podem ser utilizados para essa atividade são: a) teodolito e nível topográfico. b) mira graduada e régua. c) régua e nível topográfico. d) nível topográfico e mira graduada. e) teodolito e mira graduada. 64 QUESTÃO 3 Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EMBASA Prova: Assistente de Saneamento Analise as afirmações abaixo sobre desenho topográfico e assinale a alternativa correta. I. Desenho Topográfico é a projeção de todas as medidas obtidas no terreno sobre o plano do papel. II. No desenho topográfico, os ângulos são representados em verdadeira grandeza e as distâncias são reduzidas segundo uma razão constante. a) As duas afirmações estão corretas. b) Nenhuma das afirmações está correta. c) Somente a afirmação I está correta. d) Somente a afirmação II está correta. QUESTÃO 4 Ano: 2016 Banca: AOCP Órgão: Pref Valença-BA Prova: Fiscal da Construção Civil Na Topografia, o que o levantamento planimétrico significa? a) O desenho da projeção horizontal de um terreno. b) A representação dos pontos de mesma cota ou altura em relação a um plano horizontal tomado como referência no terreno. c) O desenho que representa o relevo e a variação da altura do terreno. d) O desenho da projeção vertical de um terreno. e) O desenho completo de um terreno com suas projeções verticais e horizontais. QUESTÃO 5 Ano: 2014 Banca: CONSULPLAN Órgão: MAPA Prova: Engenheiro Atualmente, além das técnicas tradicionais de medições e mapeamento geográfico, o engenheiro dispõe de tecnologias avançadas de monitoramento e controle, assim como sistemas de tratamento dos dados monitorados. Com base nestas tecnologias, assinale a afirmativa INCORRETA. 65 a) O GPS é um sistema de abrangência global, tal como o nome sugere. A concepção do sistema permite que um usuário, em qualquer local da superfície terrestre, tenha à sua disposição, no mínimo, três satélites rastreáveis. b) O geoprocessamento pode ser definido como um conjunto de tecnologias voltadas à coleta e ao tratamento de informações espaciais para um objetivo específico. Assim, as atividades que envolvem o geoprocessamento são executadas por sistemas específicos a cada aplicação. c) Sistemas de Informação Geográfica (SIG) dedicam-se ao tratamento de dados geográficos, ou seja, são sistemas que preservam o atributo locacional de dados espaciais. Esses sistemas são capazes de armazenar, manipular, visualizar e editar grandes quantidades de dados estruturados em um banco de dados. d) A coleta seletiva de dados georreferenciados associados às informações ambientais e de produção derivadas de imagens de satélite e integrados em ambiente SIG resumem as atividades relacionadas aos avanços tecnológicos, os quais estão à disposição do agricultor através da Agricultura de Precisão – Conceitos Básicos de Sensoriamento Remoto. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Descreva, de forma breve, os três tipos de levantamentos topográficos apresentados no capítulo. TREINO INÉDITO Marque a alternativa que contenha alguma das aplicações do Laser Scanner 3D: a) Criação de documentação 3D. b) Monitoramento de estruturas no decorrer do tempo. c) Digitalização de estruturas. d) Levantamento de distâncias sem a necessidade de andaimes. e) Todas as alternativas anteriores. 66 NA MÍDIA DER UTILIZA DRONES PARA PRECISÃO TOPOGRÁFICA E EFICIÊNCIA NA EXECUÇÃO DE PROJETOS DE OBRAS Há cerca de dois meses, os trabalhos topográficos realizados pelo Departamento de Estradas, Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER) ganhou um grande aliado tecnológico, uma aeronave não tripulada, conhecida popularmente como drone. De forma remota, o equipamento consegue capturar informações detalhadas de um terreno, a chamada fotogrametria. O que permite um trabalho topográfico mais eficiente e preciso. Fonte: Tribuna Popular. Data: 19/07/2019 Leia a notícia na íntegra: http://www.tribunapopular.com.br/noticia/der-utiliza-drones- para-precisao-topografica-e-eficiencia-na-execucao-de-projetos-de-obras-publicas- em-rondonia NA PRÁTICA O estudante de topografia lida com muita parte teórica no início, mas essa disciplina é uma área de grande aprendizagem prática também, que requer bastante expertise. As universidades, como berço da educação devem incentivar essa prática. Vejamos abaixo alguns relatos de universidades e de autônomos: Aula prática de topografia Disponível em <https://www.unidesc.edu.br/aula-pratica-de-topografia/> Aula prática de topografia proporciona novidades aos acadêmicos de engenharia civil. Disponível em <https://facsaopaulo.edu.br/2019/03/14/aula-pratica-de-topografia- proporciona-novidades-aos-academicos-de-engenharia-civil/> Levantamento Topográfico - Passo a passo. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=RlYTNsmZefY> Levantamento Topográfico. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=mHfbiaFUpgs> 67 FECHANDO A UNIDADE GABARITOS CAPÍTULO 01 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 D E B A D QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Tipos de intemperismo Químico O processo de intemperismo químico se dá quando acontece alterações na composição química do maciço. Assim, os minerais podem ser alterados ou dissolvidos pelas reações químicas envolvidas no processo. Ex.: dissolução, oxidação, hidratação, hidrólise, dentre outros. Físico Nesse tipo de intemperismo, ocorre a desintegração ou fragmentação das rochas por meio de processos físicos diversos. Todavia, essa ação de desintegração não provoca modificações em sua composição química. Ex.: alívio de pressão, cristalização de sais, ação mecânica de água e temperatura. Biológico O processo de intemperismo biológico provoca alterações nas rochas por meio da ação de seres vivos, processos de decomposição e de raízes de plantas. TREINO INÉDITO Gabarito: D 68 CAPÍTULO 02 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 B E E E B QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Para o cálculo da capacidade de carga, podem ser utilizados métodos semi- empíricos - correlações e teoriasutilizadas no âmbito da mecânica dos solos e fórmulas teóricas - baseados nas propriedades dos solos, principalmente nas de resistência a cisalhamento e compressibilidade dos solos ou procedimentos experimentais realizados por meio de execução de provas de carga, nas quais os resultados são interpretados considerando-se o comportamento entre a placa e a fundação real. TREINO INÉDITO Gabarito: B 69 CAPÍTULO 03 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 A E A A A QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Levantamento Planimétrico: conhecido também como planimetria, caracteriza-se pelas informações relativas às medições das projeções horizontais que definem um terreno. Para a confecção da planta, faz-se um levantamento em campo das medidas de ângulo, de distância e de direção. Levantamento Altimétrico: conhecido também como altimetria, caracteriza-se pelas informações relativas à altura do terreno ou ao grau de declividade. Para a confecção da planta, através das curvas de nível, faz-se um levantamento da distância e ângulos verticais. Levantamento Planialtimétrico, como o próprio nome já sugere, é a junção dos levantamentos planimétricos e altimétricos. A intenção é de prover o maior número de informações de um determinado lugar, gerando uma planta mais completa. Essa técnica admite tanto a medição das elevações/declives do terreno, quanto as projeções horizontais. TREINO INÉDITO Gabarito: E 70 REFERÊNCIAS BRANDALIZE, M. C. B. Apostila de Topografia para Engenharia Civil e Arquitetura. PUC-PR. 169 p. Acesso em 01 de set. 2019. Disponível em: <http://www.topografiageral.com/Download/TOPOGRAFIA.pdf> BRASIL ESCOLA. Acesso em 10 de set. 2019. Disponível em: <http://www.hc2solucoes.com.br/levantamento-planialtimetrico-cadastral-sp> CARVALHO, E. A. et al. As Formas de Representação do Terreno. Aula 15. Disciplina: Leituras Cartográficas e Interpretações Estatísticas I. UEPB. 2008. Acesso em: 09 de set. 2019. Civilização Engenharia. Acesso em 28 de ago. 2019. Disponível em: <https://civilizacaoengenheira.wordpress.com>. CUSTÓDIO, Diego. Declinação Magnética. 2016. Aula 06 - Topografia I. UFSC. Acesso em: 07 de set. 2019. Disponível em: <https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/2029993/mod_resource/content/1/6_Declina% C3%A7%C3%A3o_Magnetica_TOPO-1_2016_1.pdf> DAMASCENO, G. C. Geologia, Mineração e Meio Ambiente. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Cruz das Almas, Bahia. 64p. 2017. DIÂMETRO SERVIÇOS FLORESTAIS. Acesso em 08 de set. 2019. Disponível em: <https://www.diametroflorestal.com/servi%C3%A7os/servi%C3%A7o%20%232/levan tamento-altimetrico/> Geologia de Engenharia. Acesso em 29 de ago. 2019. Disponível em: <http://www.geologiadobrasil.com.br>. 71 GONÇALES, Rodrigo. Dispositivo de varredura LASER 3D terrestre e suas aplicações na engenharia, com ênfase em túneis. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Transportes) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2007. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-10082007- 173531/publico/MESTRADORodrigoGoncales.pdf>. Acesso em: 01 de set. 2019. HC2 SOLUÇÕES. Acesso em 09 de set. 2019. Disponível em: <http://www.hc2solucoes.com.br/levantamento-planialtimetrico-cadastral-sp> HELIOTEC. Acesso em 07 de set. 2019. Disponível em: <http://www.heliodon.com.br/calcular_declinacao_2.html> Hipercultura. Acesso em 03 de set. 2019. Disponível em:<https://www.hipercultura.com/>. IAG. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas. Universidade de Saõ Paulo. 2015. Infoescola. Acesso em 05 de set. 2019. Disponível em: <infoescola.com>. JAUCH, Felipe Eugenio; et al. Sistema de Posicionamento Global - GPS. 2014. Apostila do Curso de Geografia do Setor de Ciências da Terra da Universidade Federal do Paraná. UFPR. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/37756/APOSTILA%20GPS%202 014.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 03 de set. 2019. LITHOLDO ENGENHARIA. Acesso em 05 de set. 2019. Disponível em: <http://www.litholdoengenharia.com.br/laser-scanner-3d.php>. MARANGON, M. Capacidade de Carga dos Solos. 2018. 72 __________. Parâmetros dos Solos para Cálculo de Fundações. Acesso em 03 de set. 2019. __________. Introdução à Geologia. Acesso em 05 de set. 2019. MARQUES, E. Índices Físicos. Acesso em 04 de set. 2019. MÉTRICA. Acesso em 07 de set. 2019. Disponível em: <https://metrica.zendesk.com/hc/pt-br/articles/360023247651-Como-digitar- %C3%A2ngulos-no-M%C3%A9trica-TOPO-Azimute-Rumo-e-%C3%82ngulo-Interno- > Propriedade dos Minerais e Rochas. Faculdade de Engenharia. Universidade do Porto. Acesso em 04 de set. 2019. 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