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Aula 19-20 01-22 -TIJOLOS

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Elementos 
cerâmicos
Tijolos e alvenaria
Professor Edgar V. Mantilla Carrasco
Extração do barro (manual ou mecânica)
- verificação do teor de argila, composição granulométrica, umidade; 
- verificação dos compostos: se são sulfurosos ou se tem carbonato de cálcio 
(propiciam fendas); se contém matéria orgânica (porosidade); cal (quando 
receber umidade vai estourar a parede);
Preparo da matéria-prima
- seleção da argila (composição, dureza e plasticidade)
- apodrecimento da argila ao ar livre (fermentação das partículas/ aumento da 
plasticidade)
- depuração (eliminação de impurezas grosseiras e formação da pasta)
- maceração (obtenção de partículas e grão finos com maior plasticidade)
- correção da argila (lavagem, sedimentação, filtragem para eliminar grãos 
graúdos)
- amassamento – preparar a argila para moldagem
FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS CERÂMICOS
Moldagem 
→ dar forma deseja a pasta cerâmica 
→ quanto mais água, maior plasticidade e facilidade de moldagem
FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS CERÂMICOS
- a seco ou semisseco (4 a 10% água) – prensagem - ladrilhos, 
azulejos, refratários, tijolos e telhas de qualidade superior
- pasta plástica pastosa – moldada em moldes de madeira e 
coberta por areia – processo manual de fazer tijolos; 
- pasta plástica consistente (20 a 35% de água) – usada na 
extrusão – massa passa por pressão através de um bocal 
formando fita uniforme e contínua que é cortada no comprimento 
apropriado; processo incorpora muito ar que irá dilatar no 
cozimento criando fendas – tijolos, telhas, tubos, refratários
- pasta fluida (30 a 50% água) – porcelanas e peças sanitárias 
Secagem de tijolos
→ Remoção de parte da água (7% a 30%) das peças → equilíbrio 
tensões internas e externas 
(tijolo comum contém aprox. 1kg de água);
→ período de secagem: 3 a 6 semanas para argilas moles e 1 semana p/ 
argilas rijas
Secagem natural – abrigo ao sol e ventilação controlada
Secagem por ar quente úmido – deformações são mínimas
FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS CERÂMICOS (TIJOLOS)
Cozimento de tijolos
20º a 150º → a argila perde água de amassamento
150º a 600º → a argila perde água absorvida e começa a enrijecer
alteração 
física
600º a 950º 
→ desidratação química + endurecimento + queima das matérias 
orgânicas
→ oxidação (carbonetos se transformam em óxidos)
acima de 950º 
→ vitrificação (sílica forma pequena quantidade de vidro que aglutina os 
elementos)
→ dureza, resistência e compactação do conjunto
alteração 
química
Características/ propriedades 
dos tijolos
→ resistência mecânica
Fatores que interferem nas propriedades e 
características dos produtos 
→ granulação (dimensão e homogeneidade)
→ quantidade de água (moldagem e cozimento)
→ temperatura
→ absorção de umidade ou porosidade 
→ compactação dos constituintes
→ peso e durabilidade
→ absorção de umidade
→ isolamento e condução térmica 
→ tipo de superfície especificada
→ compatibilidade com o acabamento 
previsto (pintura, revestimento com 
argamassa ou placas de algum material)
Elementos cerâmicos
TIJOLOS
TIJOLO DE BARRO COZIDO OU MACIÇO ( TIJOLINHO OU TIJOLO 
COMUM)
Tijolo de baixo custo de fabricação, 
moldado manualmente ou em 
máquinas nas olarias.
Aplicação –alvenaria aparente (tijolo 
à vista)
Padrão da NBR 8071 e 7170:
190 x 90 x 57mm.
Proporciona bom conforto térmico e 
acústico. 
Para evitar o desgaste natural ou 
infiltrações deve-se aplicar vernizes 
e selantes.
Exige um gasto relativamente 
elevado com argamassa e mão-de-
obra 
EXECUÇÃO DE ALVENARIAS – TIJOLO MACIÇO
São uma evolução do tijolo de barro cozido → maior resistência mecânica e menor porosidade 
(menor absorção de água). 
indicados para alvenaria aparente → não permite a aplicação de argamassa de revestimento. 
textura → acabamento mais refinado. 
desvantagem → custo (assentamento é mais caro; furos absorvem grande quantidade de argamassa).
TIJOLO LAMINADO
modelo comum → 21 furos cilíndricos; padrão: 24 x 11,5 x 5 cm.
Têm na parte externa uma série de ranhuras para facilitar a aderência da argamassa de 
revestimento e seu interior tem pequenos canais prismáticos ( 6 a 8 furos).
Vantagens → rapidez na execução, baixo peso e preço acessível; exige menos mão-de-obra, 
menos argamassa de assentamento.
Desvantagens → o corte para passagem de tubulação é difícil, por causa da quebra do tijolo.
TIJOLO FURADO (TIJOLO BAIANO)
Tijolo furado Tijolo Maciço
Tijolo de Vidro
Blocos Cerâmicos e Caneletas
Usados para alvenaria estrutural. Fabricados com cerâmica vermelha com queima da argila a 
temperatura de 850ºC.
→ Acabamento de textura fina (uso à vista) ou ranhurada (para revestimento). 
→ Maior produtividade que os blocos de concreto, pois as peças cerâmicas são 40% mais leves. 
→ Possuem peças especiais criados especialmente para passagem das instalações elétricas e 
hidráulicas.
BLOCO ESTRUTURAL
Tijolo cozido, feito com argila refratária – argila mais pura, rica em silicatos de alumínio e pobre em 
óxido de cálcio (material expansivo) e óxido de ferro (fundente).
Esse material tem ponto de fusão elevado e não se deforma a altas temperaturas (fornos, lareira, 
chaminés). Funcionam também como isolantes térmicos. 
O assentamento dos tijolos deve ser feito com argamassa também refratária.
Padrão dos tijolos maciços de 50 x 100 x 200 mm. 
TIJOLO REFRATÁRIO
Maneiras de asentamento
Resistências mínimas
/Tijolo 
Tijolo
Tijolo
Normas tijolos cerâmicos
 NBR 7170:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria -
especificação;
 NBR 6460:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria -
verificação da resistência à compressão;
 NBR 8041:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – forma 
e dimensões.
 15270-1: 2005 – Componentes cerâmicos – parte 1: Blocos 
cerâmicos para alvenaria de vedação: terminologia e requisitos;
 15270-2: 2005 – Componentes cerâmicos – parte 2: Blocos 
cerâmicos para alvenaria estrutural: terminologia e requisitos;
 15270-3 : 2005 – Componentes cerâmicos – parte 3: 
 Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação: 
métodos de ensaio
ALVENARIAS - TÉCNICAS DE EXECUÇÃO
“ Chamam-se alvenarias as construções formadas por blocos naturais ou artificiais, 
susceptíveis de resistirem preferencialmente aos esforços de compressão e 
dispostos de maneira tal que as superfícies juntas sejam normais aos esforços 
principais.”
“ A construção em alvenaria resulta da justaposição de materiais sólido: pedras, tijolos ou 
aglomerados ligados ou não entre si, formando um bloco estável de forma e 
dimensões determinadas.”
Brigaux (Técnica da construção – Celso Cardão. p. 229-230)
Blocos (pedras, tijolos ou aglomerados) + argamassa → bloco maciço estável
Solicitações em alvenarias
Solicitações em alvenarias
Solicitações em alvenarias
Vedação ou fechamento. 
ALVENARIAS
Elemento decorativo. Elemento estrutural
ALVENARIAS
ALVENARIAS
ALVENARIAS
ALVENARIAS
TIPO DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS DE BARRO COZIDO OU MACIÇO
57mm (tijolo maciço)
190mm (tijolo maciço)
Padrão tijolo maciço: 190 x 90 x 57mm
Tijolo vazado - 330 x 190 x 115mm; 190 x 190 x 115mm; 190 x 140 x 90mm
TIPO DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS DE BARRO COZIDO OU MACIÇO
90mm (tijolo maciço)
280mm (tijolo maciço)
380mm
Padrão tijolo maciço: 190 x 90 x 57mm
Tijolo vazado - 330 x 190 x 115mm; 190 x 190 x 115mm; 190 x 140 x 90mm
Tipos de juntas
TIPO DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS DE BARRO COZIDO OU MACIÇO
Pilares no estruturai
EXECUÇÃO DE ALVENARIAS
1ª fiada fiadas subsequentes
EXECUÇÃO DE ALVENARIAS
Tijolos assentados com 
argamassa impermeabilizante
Manta ou membrana asfáltica
Baldrame em concreto
Sapata 
EXECUÇÃO DE ALVENARIAS
Interface parede-viga
Acabamento – cunha de tijolo
EXECUÇÃO DE ALVENARIAS – TIJOLO MACIÇO 
verga evita 
sobrecarga 
sobre 
esquadrias 
contraverga
evitar trincas 
ARGAMASSAS CONFECCIONADAS EM OBRA
FUNÇÃO E EMPREGO:
• Unir
• Distribuir esforços• Absorver deformações
• Regularizar superfícies
• Dar acabamento às superfícies
TRAÇOS USUAIS:
Chapisco: 1:2 a 1:4
Revestimento:
Interno 1:8 a 1:12
Externo: 1:5 a 1:8
Assentamento: 1:8 a 1:12
Contra piso/ piso final: 1:3 a 1:5
Argamassa de assentamento
Chapisco
Emboço (e  2cm)
Reboco (e = 2mm)
Argamassas industrializadas
 Argamassas de assentamento e revestimento
 Assentamento de alvenarias
Vedação e estrutural
 Revestimento de paredes e tetos
Chapisco, embôço e rebôco
 Contrapiso
 Argamassas colantes
 Assentamento de placas de cerâmica em pisos e paredes
Ambientes internos e externos
 Rejuntamento de placas de cerâmica
 Argamassas para usos especiais
Mistura do material Equipamentos
 Use argamassadeira – betoneira é para concreto
Mistura do material Instruções
 Use a quantidade de água 
recomendada na embalagem
 Não acrescente nenhum 
outro produto além de água 
limpa
 Use balde graduado
 Observe o tempo de mistura
 Lave a argamassadeira ao 
final do dia
Assentamento de alvenaria Instruções
 Use blocos limpos: sem pó, 
graxa, gesso ou qualquer sujeira
 Não use argamassa após 2 hs
de seu preparo
 Em caso de blocos absorventes 
molhe-os antes do 
assentamento, para evitar a 
rápida secagem da argamassa
Assentamento de alvenaria
Gabarito para juntas
Assentamento de alvenaria
Gabarito e frisador de juntas
Assentamento de alvenaria
Palheta
Assentamento de alvenaria
Verificações
 Fixação da alvenaria na 
estrutura:
– Tela
– Ferro cabelo
 Encunhamento
 Execução de cintas, 
vergas e contra-vergas
 Completo preenchimento 
das juntas de 
assentamento
 Resistência da argamassa 
após 7 dias
Elementos Cerâmicos
Tijolo maciço, furado e estrutural
FILM SOBRE (acessar link no Moodle)
Elementos 
cerâmicos
Blocos e alvenaria 
estrutural
Tipos de 
Blocos
BLOCO ESTRUTURAL 
BLOCO ESTRUTURAL 
BLOCO ESTRUTURAL 
Modulação
Alvenaria estrutural
PROJETO
Link filme sobre 
elaboração de projeto 
no Moodle
EXECUÇÃO
Link filme sobre execução 
De obra, no Moodle

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