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DIREITO ELEITORAL BRASILEIRO 1 – Noções Gerais É o ramo do Direito Público Autônomo que tem como objetivo o processo eleitoral lato sensu que envolve todos os atos organizacionais e administrativos do direito eleitoral, como: alistamento eleitoral, filiação partidária, propaganda política, registro de candidatura, votação, apuração, diplomação, bem como o processo eleitoral stricto sensu – que nada mais é do que as ações judiciais eleitorais ( AIJE – Ação de Investigação Judicial Eleitoral; AIRC – Ação de impugnação de registro de candidatura; RCED – Recurso Contra Expedição de Diploma; RP – Representação; AIME – Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) como forma de assegurar a soberania popular livre e concreta do cidadão. 2. FONTES 2.1. Fontes Formais Diretas Constituição Federal Lei das Eleições (9504/97) - Lei dos Partidos (9096/95) Lei de Inelegibilidade (LC 64/90) - Lei da Ficha Limpa (LC 135/2010) Código Eleitoral (4737/65) - Macro Reforma Eleitoral (13165/2015) Resoluções do TSE OBS: As resoluções do TSE são consideradas majoritariamente como Fontes Formais Diretas, a exemplo da infidelidade partidária, calendário eleitoral e propaganda eleitoral. 2.2. Fontes Formais Indiretas Código Civil, Código de Processo Civil Código Penal e CPP CLT 3. Competência Legislativa A União tem competência privativa para legislar sobre Direito Eleitoral. Podendo delegar tão somente matérias organizacionais das eleições (Lei seca, trânsito). Medida Provisória JAMAIS poderá regulamentar o Direito Eleitoral. As inelegibilidades só poderão ser regulamentadas por norma constitucional e Lei Complementar. PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL (16.02.22) Tríplice Função Principiológica Normativa – atua na omissão da Lei Função Integrativa – serve para integrar as Leis Função Interpretativa – serve para dar base para a interpretação das normas Princípio do SIGILO DO VOTO O voto deve ser sempre exercido com o escrutínio secreto, sendo que o sigilo do voto é cláusula pétrea. Já a obrigatoriedade é relativa e não é cláusula pétrea. Princípio da LIVRE MANIFESTAÇÃO DO VOTO O cidadão é livre para manifestar seu voto, votando em qualquer candidato, nulo ou branco. Princípio da LISURA DAS ELEIÇÕES As eleições devem ser pautadas em preceitos legais, éticos e morais. Princípio da CELERIDADE A celeridade engloba a razoável duração do processo, pois prevê rapidez em todos os procedimentos administrativos, organizacionais das eleições, em especial da própria apuração, bem como do julgamento de processos judiciais Princípio do PODER SOBERANO Princípio que advém da própria soberania popular. Poder do povo, para o povo e em exercício deste. Em especial caracterizados os direitos políticos, na própria escolha dos representantes políticos por meio das eleições. Princípio da LIVRE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA Garante que todos os cidadãos podem se filiar ou desfiliar de qualquer partido político de acordo com sua vontade e ideologia. Os políticos eleitos a cargos proporcionais não poderão trocar de partido do qual foram eleitos, por mera liberalidade, devendo a troca ser justificada, fundamentada, por uma justa causa, ou ingressarem em um novo partido político, criado ou fundido, que não existia na época da eleição, por identificação à nova ideologia. Lei 9096/95 e Art. 2, Res/TSE 22610/07. Existe também a possibilidade da troca de partido de mandatos proporcionais, sem ser cassado, pela janela partidária, a saber, 30 dias antes do prazo limite de filiação partidária para as eleições, desde que o mandatário proporcional vá para a reeleição no mesmo cargo. Também temos a possibilidade da carta de anuência do partido para que o mandatário proporcional troque de partido político sem caracterizar infidelidade partidária. (Art. 17, P6, CF). Legitimidade Ativa Temporal Preclusiva. O partido que perder o parlamentar tem 30 dias para reclamar o cargo. Depois dos 30 dias, o primeiro suplente assume a legitimidade ativa. Passados os 30 dias, a legitimidade é do Ministério Público Eleitoral. Princípio do PLURIPARTIDARISMO O sistema eleitoral brasileiro permite a existência e coexistência de vários partidos políticos. Tanto que para a criação de um partido no Brasil, basta um número mínimo de eleitores e pretensos filiados, um Estatuto partidário e se buscar o registro perante o TSE (criação do diretório nacional). Dessa forma, é fácil criar um partido, mas difícil mantê-lo em razão do advento da Emenda Constitucional 97/17 que criou a cláusula de barreira partidária progressiva, asseverando que os partidos só terão acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão e rádio gratuitos, na propaganda eleitoral, quando atingirem índices quantitativos mínimos de votos nacionais em relação aos deputados federais, divididos ao menos em 9 Estados, com índices mínimos de votos, sempre contabilizando nas eleições gerais (2018 a 2030)(não entram as eleições municipais) de forma progressiva. A atual redação do Art. 17 da CF já leva em consideração a estabilização da cláusula de barreira em 2030. OBS: A partir das eleições de 2022 serão permitidas as Federações partidárias, em que os partidos se juntam pelo prazo mínimo de 4 anos, buscando registro no TSE. Juntando seus representantes parlamentares, aglutinando o fundo partidário e o tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão, como se fosse um único partido. A Federação tem abrangência Nacional, uma vez formada. Princípio do IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS DA JUSTIÇA ELEITORAL As Decisões da Justiça Eleitoral são irrecorríveis de modo imediato, devendo ser feito o recurso juntamente com a decisão definitiva, como tópico do recurso interposto contra a decisão final. Caso a decisão interlocutória venha lesionar direito líquido e certo da parte, esta poderá ser impugnada por Mandado de Segurança. Não configura violação ao artigo 5° da Lei 12016/09 (MS) nem a Súmula 267/STF. Princípio da ANUALIDADE Toda lei eleitoral deve entrar em vigor pelo menos um ano antes das eleições para ter aplicabilidade no respectivo pleito. Princípio da ANTERIORIDADE DAS RESOLUÇÕES DO TSE As Resoluções do TSE não seguem o princípio da anualidade eis que podem ser editadas e publicadas entrando em vigor até o dia 5 de março do ano eleitoral e ter aplicabilidade no mesmo ano eleitoral. NACIONALIDADE E DIREITOS POLÍTICOS Nacionalidade x Cidadania É condição essencial a nacionalidade para o exercício da cidadania, ou seja, a cidadania brasileira depende da nacionalidade brasileira do indivíduo Critérios para obtenção da nacionalidade originária brasileira O Brasil adota o critério territorial e sanguíneo. Sendo que o critério territorial é dominante e o sanguíneo é recessivo Obtenção da nacionalidade brasileira secundária (critérios): oriundo de qualquer nacionalidade: por 15 anos ininterruptos sem condenação penal; de países de língua portuguesa: 1 ano de domicílio ininterrupto e idoneidade moral; por reciprocidade (tratado): portugueses são considerados naturalizados se os brasileiros que residem em Portugal tiverem tratamento recíproco Extradição Devolução do indivíduo ao seu país de origem ou de local de cometimento de crime. No caso do Brasil, caso o estrangeiro cometa contravenção Penal ou qualquer crime, salvo político ou de opinião, em regra, será devolvido ao seu território de origem, pois o crime foi cometido no Brasil. Brasileiros naturalizados que cometem crime comum antes da naturalização, ou tráfico ilícito, em suas diversas modalidades a qualquer tempo (antes ou depois da naturalização) Perda da nacionalidade Os brasileiros naturalizados poderão perder a nacionalidade de forma coercitiva condenatória por atentado nocivo aos interesses do país. Já os brasileiros natos e naturalizados poderão perder de forma voluntária, sendo que os natos de formavoluntária absoluta, ou seja, por deixarem de ser brasileiros por mera liberalidade para ingressarem em país estrangeiro, e por sua vez, no seu reingresso ao Brasil não poderão mais ser considerados brasileiros natos, mas tão somente naturalizados desde que atendidos os requisitos. Na voluntariedade relativa (por imposição de regra exterior – Lei estrangeira para exercício de direitos civis e trabalhistas) os natos, no reingresso ao Brasil, serão considerados novamente brasileiros natos. CARGOS ESPECÍFICOS DE BRASILEIROS NATOS P – Presidente da República e Vice M – Ministros do STF P – Presidente do CNJ P – Presidente do TSE (e vice) P – Presidente da Câmara dos Deputados P – Presidente do Senado CR – 6 cidadãos do Conselho da República CD – Carreiras Diplomáticas OF – Oficial das Forças Armadas MD – Ministro da Defesa DIREITOS POLÍTICOS É o próprio direito de sufrágio – indo desde a livre manifestação do pensamento até o exercício de cargos políticos eletivos, ou seja, é toda e qualquer manifestação nos desígnios políticos no país. Democracia Brasileira A democracia brasileira é MISTA ou ECLÉTICA, pois ora é exercida de forma direta e em outros momentos de forma indireta Instrumentos da democracia direta VOTO – Ferramenta de sufrágio para escolha dos representantes políticos eletivos PLEBISCITO – Consulta popular PRÉVIA à edição de projetos de Lei e atos administrativos. REFERENDO – Consulta popular posterior à edição de projetos de Lei e atos administrativos INICIATIVA POPULAR – Projeto de Lei que emana diretamente das mãos do povo desde que preenchido por 1% do eleitorado nacional, dividido, ao menos, em 5 Estados, com 0,3% do eleitorado de cada Estado. AÇÃO POPULAR – Instrumento Processual que legitima o cidadão para fiscalizar e combater atos de improbidade, desvio de recursos públicos, proteção ao meio ambiente e o patrimônio histórico. Em relação ao plebiscito, as questões territoriais de divisão, criação e incorporação de território, o plebiscito é indispensável para tais situações. CAPACIDADES ELEITORAIS Ativa – É a capacidade de exercer o direito de voto (alistamento eleitoral) voto obrigatório: de 18 a 70 anos voto facultativo: analfabetos; maiores de 70 anos; de 16 a 18 anos (incompletos) Emancipação civil não gera direito eleitoral Deficiente mental somente o interditado é facultativo voto vedado estrangeiros e conscritos (militares em missão)(inalistáveis) Passiva – Capacidade de ser votado, eleito e exercer o mandato eletivo. Idades mínimas para o exercício de mandato eletivo: Município 18 anos: Vereador 21 anos: Prefeito, vice-prefeito, Deputados (Federal, Estadual, Distrital) Estado 30 anos: Governador e vice-governador País 35 anos: Presidente, vice-presidente e Senador A idade mínima deve ser atingida até a data da posse Exceto para o cargo de vereador, que deverá ser no registro de candidatura. ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL A Justiça Eleitoral tem como abordagem somente matérias eleitorais, cível ou penal, tendo juízes temporários que exercem a função judicante, por mandato de 2 anos, recebendo uma gratificação pelo exercício da função. Todavia, possui órgãos permanentes – TSE’s, TRE’s e Zonas Eleitorais. Salvo as juntas eleitorais, que são temporárias. TSE TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL Composição O TSE é composto por 7 membros: 3 ministros do STF (votação secreta do pleno do STF) 2 ministros do STJ (votação secreta do STJ) 2 advogados – mínimo de 35 anos de idade, notório saber jurídico, reputação ilibada e 10 anos de exercício profissional. Deverão se inscrever perante o STF que fará uma lista tríplice para cada vaga, tais listas serão encaminhadas para a presidência da república para escolha e nomeação. Substitutos - Serão escolhidos também 7 membros substitutos, na mesma quantidade por categoria de jurista. Escolhidos de forma independente e mandato independente. O substituto não ascendo ao cargo de titular, salvo se disputar a vaga. O Presidente e o vice-presidente do TSE serão escolhidos entre os 3 ministros do STF que estão compondo o TSE, porém a escolha será do próprio TSE. O Corregedor Geral Eleitoral será um dos ministros do STJ que estão compondo o TSE, também por escolha do próprio TSE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TSE Presidente e vice-presidente da República - O TSE é originariamente competente para registrar, diplomar, cassar registro, cassar diploma e cassar mandato eletivo dos candidatos a Presidente e vice- presidente da República, declarando a inelegibilidade dos mesmos. - Todas as representações, processos, de propaganda eleitoral envolvendo os candidatos a presidente e vice-presidente da República serão de competência originária do TSE. Competência maior atrai a menor (Presidente + Governador) SÓ EXISTE AÇÃO RECISSÓRIA NO TSE – Prazo decadencial de 120 dias do trânsito em julgado, somente relativo à inelegibilidade. Mandados de Segurança e Habeas Corpus - O TSE julgará Mandados de Segurança impetrados contra atos eleitorais praticados pelo Presidente da República, Ministros de Estado, os próprios membros do TSE, PGE, Diretor Geral do TSE, bem como contra atos colegiados dos TRE's - O TSE julgará os Habeas Corpus impetrados contra atos colegiados dos TRE's bem como ato monocrático de membro do TRE. - O TSE apreciará exceções de impedimento e suspeição proposta contra seus próprios membros, o PGE e o Diretor Geral do TSE - O TSE julgará conflito de competência entre TRE's e juízes eleitorais de Estados diferentes TRE(1) x TRE(2) TRE(1) x Juiz Juiz EstadoA x Juiz EstadoB COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA SE SOBREPÕE EM RAZÃO DA MATÉRIA COMPETÊNCIA PARA CRIMES ELEITORAIS O TSE não julgará crimes eleitorais de pessoas que tenham foro no STF ou STJ (pessoa se sobrepõe sobre a matéria Membros do TSE STF – crimes eleitorais STF – crimes comuns Membros do TRE STJ – crimes eleitorais STJ – crimes comuns Juízes Eleitorais TRE – crimes eleitorais TJ – crimes comuns Outras atribuições do TSE É o TSE quem cria ou extingue as Zonas Eleitorais no Estado, ou seja, divide o Estado em Zonas Eleitorais – quem faz o estudo de mapeamento são os TRE’s. A requisição de Força Nacional (exército) nas eleições estaduais e municipais é feita pelo TSE. O próprio TSE cria seu regimento interno, suas súmulas, concedendo diárias, férias e afastamentos aos seus juízes e servidores. O TSE também tem competência originária para registrar e cassar registro dos diretórios nacionais dos partidos políticos. COMPETÊNCIA RECURSAL DO TSE 1. Recurso Especial Eleitoral No caso do Recurso Especial Eleitoral, o processo inicia sua jurisdição perante a Zona eleitoral e, por sua vez, a decisão recorrida, em tal recurso, será uma decisão recursal do TRE, ou seja, um acórdão em competência recursal do TRE. Prequestionamento. No REE, é necessário o prequestionamento demonstrando: Violação à Constituição Federal ou Lei Federal; Súmula Vinculante do STF ou Súmula do TSE Dissídio Jurisprudencial (TRE’s diferentes) O REE tem duplo juízo de admissibilidade, sendo que o primeiro será feito pelo juízo “ad quo” que é a presidência do TRE recorrido (onde será interposto o recurso); e o segundo é feito pelo ministro relator do recurso no TSE. É feita somente análise de matéria de direito. O REE Analisa somente matéria de direito 2. Agravo Ou Agravo para destrancar Recurso Especial O Agravo tem a função de destrancar o recurso principal (REE) que não foi admitido no primeiro juízo de admissibilidade feito pela presidência do TRE recorrido. Logo, o presente recurso será julgado pelo TSE, podendo inclusive possibilitar de plano a análise do mérito do Recurso Especial trancado, desde que provido o agravo. 3. Recurso Ordinário Eleitoral / Recurso Eleitoral É o recurso próprio interpostopara análise do TSE quando o processo inicia sua jurisdição perante o TRE. Assim, a decisão combatida no Recurso Eleitoral é uma decisão em sede de competência originária do TRE (Acórdão). Este Recurso Ordinário faz análise de fatos, provas e direito. Enquanto o REE analisa somente o direito (meritório). O Recurso Eleitoral não tem duplo juízo de admissibilidade Recursal sendo um juízo de admissibilidade único feito pelo ministro relator do TSE. 4. Agravo Interno Recurso cabível para provocar o órgão colegiado levando-o a analisar, confirmando ou modificando a decisão monocrática proferida pelo relator. É um recurso impróprio (dentro do próprio tribunal) cabível tão somente em face de decisão monocrática. 5. Embargos de Declaração É um recurso impróprio que tem a função de corrigir vícios nas decisões – monocráticas ou colegiadas – tais como: omissões, obscuridade, contradição e erro material. Tal recurso será julgado pelo mesmo órgão que proferiu a decisão recorrida. Prazo: PARA TODOS OS RECURSOS É DE 3 DIAS Se a matéria for de propaganda eleitoral o prazo é de 24 horas Prazo corrido: início e fim em dias úteis Prazo corrido corrido: somente em ano eleitoral (Jul-Dez) todos os dias são contados TRE TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL Composição Cada Estado e o Distrito Federal possui um TRE e, por sua vez, é composto por 7 membros, sendo: - 2 desembargadores estaduais, escolhidos em votação secreta pelo Pleno do TJ; - 2 juízes estaduais de entrância final, escolhidos também pelo Pleno do TJ, em votação secreta; - 1 representante da Justiça Federal, que será um desembargador Federal quando a sede do TRE for na mesma localidade da sede do TRF – ou – quando a sede dos Tribunais forem em localidade distinta, o representante da Justiça Federal será um juiz Federal de seção judiciária perante o Estado do TRE; - 2 advogados, com 35 anos de idade, notório saber jurídico, reputação ilibada e 10 anos de exercício profissional, devendo se inscreverem perante o TJ, que formará uma lista tríplice para cada vaga – essas listas serão encaminhadas ao TSE para verificação dos requisitos e, após a análise, as listas serão enviadas ao Presidente da República, para escolha e nomeação dos mesmos. OBS: O TRE também terá 7 membros substitutos na mesma quantidade por categoria de jurista dos titulares, todavia, substituto jamais ascende para titularidade do cargo, salvo se disputar uma vaga para titular; OBS: O Presidente do TRE será um desembargador Estadual, do TJ, e por sua vez, o vice-presidente e corregedor será o outro desembargador Estadual que esteja compondo o TRE, escolhidos por eleição do próprio TRE. Competência Originária (Registro, Diploma, Inelegibilidade) O TRE tem competência originária de registrar, diplomar, cassar registro, cassar diploma, cassar mandato eletivo e declarar a inelegibilidade dos candidatos a Governador, Vice-governador, Senador, Deputados (Estadual, Federal e Distrital). (Diretórios) O TRE registra e cassa registro dos diretórios estaduais e municipais dos partidos políticos (Propaganda Eleitoral) Os processos de propaganda eleitoral referentes aos cargos de Governador, vice-governador, Senador, Deputados (Estadual, Federal e Distrital) são de competência originária do TRE (MS) O TRE julgará, em forma de competência originária, Mandados de Segurança contra atos eleitorais impetrados em face de seus próprios membros, Procurador Regional Eleitoral, Direito Geral do TRE, juízes das zonas eleitoras (HC) O TRE julgará Habeas Corpus impetrados contra atos praticados pelos juízes das Zonas Eleitorais Competência Recursal Recurso Eleitoral / Recurso Ordinário Eleitoral - O TRE julgará o recurso eleitoral interposto contra as sentenças do juízo da Zona Eleitoral fazendo reanálise de fatos, provas e direito (efeito devolutivo) tendo juízo único de admissibilidade recursal feito pelo membro relator do TER. Em regra os Recursos Eleitorais não são dotados de efeito suspensivo, somente devolutivo, salvo nos casos de cassação de registro, diploma ou mandato do candidato, que será concedido o efeito suspensivo de forma excepcional. JUIZ ELEITORAL Juiz da Zona Eleitoral Não necessariamente uma zona eleitoral será um único município ou Comarca. Podendo se ter uma zona eleitoral com abrangência em mais de um município ou Comarcar, bem como pode se ter mais e uma zona eleitoral em uma única Comarca ou município. O Juiz da Zona Eleitoral será um juiz Estadual de uma Comarca inserida na Zona Eleitoral que exercerá um mandato de 2 anos, por designação do TRE. O mandato poderá ser prorrogado na situação excepcional de não existir um outro juiz na Zona Eleitoral (Comarca de Vara Única) Competência do Juiz Eleitoral - Registro, Diploma, Mandato: Julgará o registro, diploma, cassação do registro, cassação do diploma, cassação do mandato eletivo e condenação em inelegibilidade dos candidatos a Prefeito, vice-prefeito e Vereador - Propaganda Eleitoral: Julgará processos de propagando eleitoral envolvendo prefeito, vice-prefeito e vereador. - MS: O Juiz eleitoral julgará o Mandado de Segurança impetrado contra atos eleitorais praticados por: chefe de cartório eleitoral, prefeito e secretários municipais. - Habeas Corpus: O Juiz Eleitoral julgará o Habeas Corpus contra ato eleitoral praticado pelo delegado responsável pela investigação do crime eleitoral; Alistamento e Transferência: O Juiz eleitoral apreciará o alistamento e a transferência de domicílio eleitoral Decisões do TRE: O Juiz eleitoral cumprirá e fará cumprir as decisões do TRE Em matéria Eleitoral: cassa a chapa toda Outras Esferas: cassa só quem cometeu o ato JUNTAS ELEITORAIS (Ver Slides) MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL O MPE tem as mesmas característica do judiciário eleitoral eis que seus integrantes exercem a função eleitoral por mandatos de 2 anos e recebem uma gratificação pelo exercício da função eleitoral. No TSE, o representante do MPE será o Procurador Geral Eleitoral (PGE) que é o Procurador Geral da República (PGR), tendo a atribuição de entrar com as ações de competência originária do TSE e emitir pareceres em todos os processos que lá tramitam. No TRE, o representante do MPE será o Procurador Regional Eleitoral – PRE – que é um Procurador da República – PR – com atuação no Estado sede do TRE, escolhido e nomeado pelo PGE. Ele irá atuar nas ações de competência originária do TRE e emitir pareceres nos processos que lá tramitam. Resta claro o princípio da FEDERALIZAÇÃO que aduz que nos Tribunais Eleitorais somente terá atuação o MPF. Nas Zonas eleitoras, o representante do MPE será o Promotor Eleitoral, que é um Promotor de Justiça de uma Comarca vinculada à Zona Eleitoral, escolhido e nomeado pelo PRE para atuar nas Ações de competência da Zona Eleitoral e emitir pareceres em todos os processos de sua competência. Resta demonstrado o princípio da DELEGAÇÃO, em que o MPF delega ao MPE poderes perante as Zonas eleitorais. FUNÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL JURISDICIONAL – É a função de julgar os processos e feitos eleitorais CONSULTIVA – Responder às consultas feitas aos Tribunais eleitorais – orientação de uma situação em abstrato, não sendo permitido consulta de fatos concretos, pois não tem efeito vinculante. NORMATIVA – Administrar o fluxo processual, seus juízes e servidores CORREICIONAL – Fiscalizar o trâmite processual bem como fiscalizar e punir seus juízes e servidores por desvio de conduta por meio das corregedorias e CNJ.
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