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Relatório estágio acadêmico atenção farmacêutica e fitoterapia

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
 
 
 
JOSÉ ROSIANO OLIVEIRA RIBEIRO 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGOSTO - BELÉM 
2022
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3 
2 ATENÇÃO FARMACÊUTICA ....................................................................................... 4 
3 FITOTERAPIA ................................................................................................................. 7 
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .............................................................................. 9 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 13 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 14 
 
 
3 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
1 INTRODUÇÃO 
 
A área farmacêutica engloba diversas áreas diversas, são mais de 130 especialidades, 
segundo a Resolução do CFF (Conselho Federal de Farmácia) nº 572, dentre as quais se 
destacam a Atenção Farmacêutica (AF) e a Fitoterapia, duas áreas que constantemente sofrem 
atualizações e são extremamente importantes para a sociedade. 
A AF, tem como objetivos principais a prevenção, detecção e resolução de problemas, 
que tenham relação com uso racional de medicamentos, e com medicamentos, visando melhorar 
a saúde e qualidade de vida dos usuários, de acordo com a RDC nº 44/09. A AF prioriza a 
orientação e o acompanhamento farmacoterapêutico e o relacionamento entre o profissional e 
o paciente usuário de medicamentos (PEREIRA; FREITAS, 2008). 
A Fitoterapia é outra área de destaque da área farmacêutica, visto que o farmacêutico é 
o profissional especialista em fármacos e portador dos conhecimentos científicos aceca do uso 
correto, efeitos adversos, precauções e contraindicações do uso de plantas (CRF-PR, 2015). A 
fitoterapia é um ramo da medicina alternativa, que faz utilização de plantas para o tratamento 
de patologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
2 ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a saúde é direitos de todos e dever do 
Estado. Entretanto, foi com a Lei 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde), que foi determinado como 
campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), a formulação da política de 
medicamentos. 
A AF ou phamaceutical care, surgiu nos Estados Unidos na década de 80, que consiste 
em um conjunto de atividades executadas pelo farmacêutico, com o intuito de orientar o 
paciente a cerca do uso racional de medicamentos (DOBLINSKI et al, 2006). Alguns 
acontecimentos antecedem surgimento da AF, como o movimento de estudantes e professores 
da Universidade de São Francisco, nos Estados Unidos (EUA) que estavam insatisfeitos o atual 
cenário do farmacêutico, sendo visto como apenas um vendedor de medicamentos, surgindo o 
movimento da “Farmácia Clinica” (FC), que tinha como objetivo aproximar o farmacêutico 
tanto do paciente, quanto das equipes de saúde (PEREIRA; FREITAS, 2008). 
A FC pode ser entendida como uma pratica que aproximaria os farmacêuticos com 
equipe de saúde, contribuindo assim para o melhor cuidado da saúde do paciente (MAIA et al, 
2021). Com o avanço desse movimento, os conceitos, como AF e Assistência Farmacêutica 
(AF) começaram a se difundir e chegar no Brasil, com destaque para área hospitalar (CHAGAS, 
2012). 
Apesar dos conceitos serem confundidos com uma certa frequência, por terem 
similaridades no nome, a assistência farmacêutica pode ser definida como as práticas que são 
direcionadas ao medicamento, e o farmacêutica é atuante em todas as etapas, da pesquisa de 
medicamento novo até que chegue os usuários, por outro lado, a atenção farmacêutica está mais 
relacionada das tarefas realizadas para o profissional com o intuito de orientar e acompanhar o 
paciente (COSTA et al, 2021). 
A atuação do profissional farmacêutico é de estrema importância, visto que no SUS, o 
papel do farmacêutico está se destacando, principalmente pelo novo modelo de saúde. Através 
do programa de AF, o profissional passa a ter um vínculo maior com paciente, conhecer mais 
a fundo sua condição clínica, tal como sua farmacoterapia, coleta e notificas as Reações 
Adversas Medicamentosa (RAMs). Para realizar essas ações, é necessário que o farmacêutico 
busque conhecimento além daquele adquirido na graduação, para ampliar suas habilidades e 
competências (CHAGAS, 2012). 
Dentro da FC, um conceito que está tendo bastante destaque é anamnese farmacêutica, 
que segundo o Conselho Regional de Farmacia de São Paulo (CRF-SP), pode ser definida como 
o ato de coletar os dados referentes ao paciente, a fim de elaborar o perfil farmacoterapêutico, 
identificando suas necessidades em relação a sua saúde, sendo realizado através de uma 
entrevista. A origem da palavra anamnese vem do grego aná = trazer de novo, e mnesis 
=memória, que tem um significado de trazer à memória todos os fatos relacionados a pessoa 
doente e sua doença (PROFAR, 2015). 
O foco da anamnese farmacêutica consiste em três pontos principais: perfil do paciente, 
histórico clinico e histórico farmacoterapêutico, podendo obter dados subjetivos e objetivos, 
são eles que acabam direcionando a conduta e plano terapêutico que será adotado (BONFIM, 
2018). Os dados subjetivos são aqueles que podem não podem ser medidos, como queixas, 
crenças e emoções, podendo ser percebidos pelo farmacêutico, já os dados objetivos são 
mensuráveis e observáveis (PROFAR, 2015). 
Segundo o PROFAR, os elementos que compõe a anamnese farmacêutica são: 
identificação do paciente, queixa principal, histórica da doença atual (HDA), histórica medica 
progressiva (HMP), histórica familiar (HF), história pessoal – fisiológica e patologia- e social 
(HPS) e revisão por aparelhos (RA) ou por sistemas (RS). 
5 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
Existem vários métodos que podem ser aplicados na anamnese farmacêutica, sendo o 
mais comum o SOAP, cada letra representa uma etapa: “S” os dados subjetivos, “O” os dados 
objetivos, “A” avaliação e o “P” planejamento, facilitando a coleta, analise e futuras 
interversões através das condições clinicas do paciente (AMORIM et al, 2019). 
Ao final da anamnese farmacêutica, é necessário que o farmacêutico elabore um plano 
de cuidado do paciente. Esse plano de cuidado é definido, de acordo com o Ministério da Saúde, 
como sendo o conjunto de ações, para definir as metas terapêuticas a serem atingidas. Essas 
metas podem ser interversões farmacológicas, não farmacológicas ou encaminhamento a outro 
profissional ou serviço de saúde (PROFAR, 2015). 
A terapia farmacológica é baseada nas necessidades, problemas e patalogias acometidas 
pelo paciente. Os farmacêuticos podem prescrever medicamentos e outros produtos com fins 
terapêuticos, cuja a dispensação não exija prescrição medica, estão incluindo os MIPs 
(Medicamentos Insetos de Prescrição), de acordo com a Resolução/CFF nº 586/13, e as plantas 
medicinais e os fitoterápicos insetos de prescrições medicais, de acordo com a Resolução/CFF 
nº 546/11. 
A terapia não farmacológica corresponde as recomendações de mudanças no estilo de 
vida do paciente, podendo ser nos hábitos de vida, alimentares ou de ambiente. É necessário 
levar em consideração as necessidades e os problemas de saúde, tal como a terapia 
farmacológica, sendo que deve ser considerada as doses, frequência e duração do tratamento e 
suas contraindicações. 
A ultima etapa consiste no encaminhamento. O farmacêutico e o médico, assim como 
outros profissionais, precisam estar em parceria paraque assim possam traçar o melhor perfil 
farmacoterapêutico para o paciente. O “encaminhamento” precisa ser ético, cordial e descrever 
com clareza os casos de maior gravidade daqueles de gravidade mediana ou leve. Os elementos 
principais de um encaminhamento são: identificação do paciente, descrição das condições 
clinicas, motivo do encaminhamento, e possíveis sugestões de alternativas terapêuticas 
(PROFAR, 2015; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). 
A orientação ao paciente é de extrema importância no plano de cuido farmacêutico, é 
necessário que ele entenda o seu problema de saúde, a medidas de intervenção o plano de 
cuidado a ser seguido e a avaliação dos resultados importância das medidas adotadas. Por fim, 
o farmacêutico acaba contribuindo em todas as fases dos processos que envolve os 
medicamentos e os pacientes. Sendo necessário sua inserção nas equipes multiprofissionais de 
saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
3 FITOTERAPIA 
 
De acordo com o Ministério de Saúde, Fitoterapia pode ser “caracterizada pelo uso de 
plantas medicinais em suas distintas formas farmacêutica, sem a utilização de substancias ativas 
isoladas, ainda que de origem vegetal”. A palavra Fitoterapia vem do grego therapeia, que 
significa tratamento, e phyton, que significa vegetal, é o estudo das plantas medicinais e sua 
aplicação na terapêutica e na cura de patologias (CORTEZ e JEUKENS, 2017). 
Segundo LOURES et al, essa pratica é uma das formas mais antigas de tratar e prevenir 
problemas de saúde. O uso de plantas medicinais como remédios caseiros é um costume que 
vem das tribos primitivas. A fitoterapia pode ser dividida em três períodos: o primeiro período 
de 1800 a 1900, onde se destacaram os químicos, com estudos em Química, que serviram para 
isolar e identificar ativos de plantas, e suas aplicações, com destaque para o isolamento da 
molécula de morfina, em 1803, por Seturner (YUNES; CALIXTO, 2001; RODRIGUES et al, 
2014). 
O segundo período de 1901 a 1980, foi marcado pelas descobertas de novos compostos 
derivados de plantas, tais como barbitúricos (hipnóticos), procaína (anestésico local) e após a 
segundo a guerra mundial, se destaca os de antibióticos, produtos naturais de origem fúngica, 
como a penicilina, cloranfenicol e a neomicina. E por fim, o terceiro período, que compreende 
1980 até os dias atuais, um período marcado pela existência declínio da obtenção de novos 
fármacos devido o aumento dos custos (YUNES; CALIXTO, 2001; RODRIGUES et al, 2014). 
A fitoterapia, no Brasil, faz parte da Política Nacional de Praticas Integrativas e 
Complementares (PNPIC), desde de 2006, assim como outras ações e serviços, como a 
medicina tradicional chinesa/acupuntura, homeopatia e o termalismo. A PNPIC tem como 
objetivos: incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no SUS, 
afim de prevenir agravos, e a promoção e recuperação da saúde, com destaque para a atenção 
básica; contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema, ampliando o acesso as PICs; e 
promover a racionalização das ações de saúde. (MINISTERIO DA SAUDE, 2012). 
De acordo com o Ministério da Saúde, 2018, as plantas medicinais são “espécie vegetal, 
cultivada ou não, administrada por qualquer via ou forma, que exerce ação terapêutica”, deve 
se utilizar de forma racional, visto que seu uso pode causar interações ou efeitos adversos. Os 
medicamentos fitoterápicos são os “medicamentos obtidos, exclusivamente, a partir da matéria-
prima vegetal, com finalidade curativa, paliativa ou profilática”, além de ter sua eficácia e 
segurança validadas cientificamente, sendo regulado por uma legislação especifica. Outro 
conceito definido foi o de produtos fitoterápicos, sendo “baseado em conhecimentos e saberes 
transmitidos de geração reproduzido com plantas listadas em relação oficial ou cuja segurança 
e seletividade sejam demonstradas na literatura”. O medicamento fitoterápico e produto 
fitoterápicos são obtidos, de forma exclusiva, da matéria-prima vegetal, porem o medicamento 
fitoterápico necessita deter de estudos clínicos em humanos que comprovem a segurança e 
eficácia, entretanto, a segurança e a eficácia dos produtos fitoterápicos estão baseadas nos dados 
publicados na literatura técnico-cientifica. 
Alguns estudos apontam que a natureza química do remédio, está associado com a 
quantidade de grupamentos principais: Alcaloides, atuam no sistema nervoso (calmante, 
sedativo, encontrado na cafeína do café e do cacau; Mucilagens, estimula a cicatrização, anti-
inflamatório e laxativo, encontrado na babosa; Flavonoides, poderoso anti-inflamatório, 
fortalece os vasos capilares e anti-hepatóxico, encontrado na arruda; Taninos, adstringentes e 
antimicrobianos, encontrados na barbatimão; e os Óleos essenciais, bactericida, cicatrizante, 
anestésico e relaxante, encontrado na hortelã e erva-de-santa-maria (BARRACA, 1999;BONIL; 
BUENO, 2017). 
7 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
Os fitoterápicos fazem parte da Relação Nacional de Medicamentos Essencias 
(RENAME) no âmbito do SUS. De acordo com a Portaria GM/MS nº 3.435/2021, os 
fitoterápicos pertencente a RENAME são: alcachofra (Cynara scolymus L.), aroeira (Schinus 
terebinthifolia raddi), babosa (Aloe vera (L.) Burm. F.), cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana 
DC.), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. Ex Reissek), garra-do-diabo (Harpagophytum 
procumbens DC ex Meissn.), guaco (Mikania glomerata Spreng.), hortelã (Mentha x piperita 
L.), isoflavona-de-soja (Glycine max (L.) Merr.), plantago (Plantago ovata Forssk.), salgueiro 
(Salix alba L.) e unha-de-gato (Uncaria tomentosa (Willd. Ex Roem. & Schult.)) (MINISTÉRI 
DA SAÚDE, 2021). 
As plantas medicinais são consideradas benéficas para a saúde, visto que possuem 
grande importância na prevenção, promoção e recuperação de saúde, comprovadas 
cientificamente, existe a importância cultural, o uso histórico que foi repassado entre as 
gerações, por outro lado, existes as plantas tóxicas, que apresentam substancias que podem 
causar mudanças metabólicas, tais mudanças são chamadas de sintomas de intoxicação, que, 
em alguns casos, podem causar graves transtornos levar a óbito, sendo necessário o 
acompanhamento de um profissional habilitado: o farmacêutico (BONIL; BUENO, 2017). 
Segundo a Resolução nº 338/04, através da Política Nacional de Assistência 
Farmacêutica, estabelece um conjunto de ações voltadas para a promoção, prevenção e 
recuperação de saúde, assegurando o acesso ao uso racional de medicamentos, envolvendo o 
profissional farmacêutico de forma direta ou indireta com o paciente usuário dos medicamentos. 
Dentro da Assistência Farmacêutico, o farmacêutico é o profissional responsável por garantir o 
acesso e o uso racional as plantas medicinais e aos fitoterápicos, de forma sustentável o uso da 
biodiversidade, o crescimento da cadeia produtiva e a indústria nacional (PRADO; 
MATSUOK; GIOTTO, 2018). 
Durante a graduação, o farmacêutico tem acesso a disciplinas que estão relacionadas 
com as plantas medicinais, cuidado com paciente. Ao termino, o profissional passa a ter 
habilidade de identificar e analisar as plantas medicinais, produção e controle de qualidade das 
formas farmacêuticas, acompanhamento farmacoterapêutico, dispensação e a prescrição de 
plantas medicinais e fitoterápicos, estabelecidos pela Resolução/CFF nº 477/2008 (SOARES et 
al, 2020). 
O farmacêutico atuante na área de AF na fitoterapia, necessita deter de conhecimento 
cientifico popular e tradicional a respeito do uso de plantas medicinais e fitoterápicos, assim 
como diversas utilizações, integrado os saberes, profissionais e usuários (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2012). Segundo Soares et al, 2020, a AF “é uma pratica profissional em que o 
farmacêutico assume a responsabilidade pelas necessidades farmacoterapêuticas do paciente 
corresponde por essademanda social. ” 
Dentro da assistência farmacêutica, outra atuação do farmacêutico é nas farmácias vivas, 
que surgiram um pouco mais de 30 anos, porém, apenas em 20 de abril de 2010 foram instituídas 
no SUS pela Portaria nº 866, com etapas que vão do cultivo até a manipulação e dispensação 
dos medicamentos, com a finalidade ampliar a ofertas de fitoterápicos e plantas medicinais, de 
acordo com as necessidades do local (NILSON et al, 2020). A implantação das farmácias vivas 
origino na regia Nordeste do Brasil e se expandia para as demais regiões, com o intuito de 
melhorar o consumo e a utilização de fitoterápicos no Brasil (PRADO; MATSUOK; GIOTTO, 
2018). 
Após a publicação da Resolução/CFF nº 546/11, que dispõe sobre a indicação 
farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos de prescrição e os seus registros, os 
farmacêuticos estão habilitados para prescrever fitoterápicos, sendo feita pelo farmacêutico de 
forma clara, simples, compreensiva, registrada em documento próprio, em duas vias, uma 
entregue ao usuário/paciente e a segunda arquivada no estabelecimento. Ainda de acorda com 
a resolução, a prescrição farmacêutica precisa ter aspectos fundamentais: porque foi indicado; 
8 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
modo de ação; como deve ser utilizado; duração do tratamento; possíveis reações adversas, 
contraindicações, interações e precauções; condições de conservação e educação em saúde. 
O farmacêutico precisa ter cursado a disciplina de fitoterapia com carga horaria de no 
mínimo 60 horas na graduação, complementadas com estagio em manipulação e/ou 
dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos, de no mínimo 120 horas; dispor do titulo de 
especialista ou curso de especialização em fitoterapia que atenda às resoluções do Conselho 
Federal de Farmácia em vigor (CFF, 2011). 
A fitoterapia é uma área muito importante dentro do SUS, por tanto o farmacêutico é 
essencial dentro do SUS, sendo necessário que esse profissional possua habilidades suficientes 
para indicar os fitoterápicos de forma consciente, para que não reações adversas, como 
intoxicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
1. Elabore uma Ficha de anamnese farmacêutica contendo as informações que julgar 
necessárias durante a consulta farmacêutica. 
 
 
 
10 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
2. Sabendo que a fitoterapia pode ser utilizada como tratamento em diversas condições, 
preencha a tabela presente na página seguinte com 5 plantas medicinais, 
medicamentos fitoterápicos ou produtos fitoterápicos utilizados nas seguintes 
condições clínicas: 
- Diabetes 
- Obesidade 
- Doenças do sistema imunológico 
 
4 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
 
 
 
Aloe vera 
 
 
 
Babosa 
 
 
 
Gel de 
Aloe e 
vera 
 
 
 
Cápsula 
com gel 
 
 
 
300 mg de 
12/12 horas 
 
 
 
Oral 
 
 
Gravidez, lactação e 
hipersensibilidade a 
as plantas da família 
Liliaceae. 
 
 
Hipoglicemia, 
vermelhidão, coceira 
(alérgicos) 
Administração do 
gel pode 
provocar um 
aumento na 
transcrição do 
GLUT-4, 
favorecendo a 
melhor absorção 
da glicose. 
 
 
 
 
 
Camellia sinensis 
 
 
 
 
 
Chá 
verde 
 
 
 
 
 
Folhas 
 
 
 
 
 
Chás 
 
 
 
 
3 xícaras de 
chá verde 
 
 
 
 
 
Oral 
 
 
 
Gravides, lactação, a 
pacientes que tem 
insônia, gastrites. 
 
 
 
Hipertensão, 
hipercolesterolemia, 
risco de trombose. 
Tem efeito 
diurético, que 
ajuda na perca de 
pesa. Possui 
compostos como 
cafeína e 
flavonoide que 
aceleram o 
metabolismo , 
gastando mais 
energia, ajudando 
o emagrecimento. 
 
 
 
Mikania glomerata Sprengel 
 
 
 
 
Guaco 
 
 
 
Folhas 
 
 
 
Chás 
 
 
2 a 3g em 
100ml, 2 
vezes ao 
dia 
 
 
 
Oral 
 
 
Grávidas e 
Hipotensos 
 
 
Hipotensão e 
vasodilatação 
Atua corta-vento 
as células do 
sistema imune, 
podendo 
combater 
diversos tipos de 
bactérias, vírus e 
fungos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Possui uma 
proteína que se 
5 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
 
 
 
Bauhinia variegata 
 
Pata – de 
– vaca 
Folhas Chás Uma xícara 
de chá, 2 
vezes ao 
dia 
Oral Grávidas, lactantes, 
hiporglicêmicos. 
Hipoglicemia, 
problemas renais, 
hipotireoidismo. 
assemelha a 
insulina no 
corpo. 
 
 
Paullina cupana 
 
 
Guaraná 
 
 
Folhas 
 
 
Suco ou 
chá 
1 colher de 
sopa de 
guaraná em 
pó e um 
suco o chá, 
até 2 vezes 
ao dia 
 
 
Oral 
 
Pessoas com 
insônia, gravidas, 
lactantes, 
hipertensos 
 
Hipertensão, 
palpitação cardíaca, 
insônia. 
Atua acelerando 
o metabolismo, 
que ajuda na 
perda de gordura. 
4 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O farmacêutico é um profissional que desenvolver diversas funções. Não está atrelado 
apenas a “dispensação de medicamentos”, é necessário o acompanhamento farmacoterapêutico 
dos pacientes, principalmente no âmbito hospital e de drogarias, visto que esses profissionais 
possuem habilidades e competências adquiridas ao longo da graduação para desempenhar 
funções. 
A atenção farmacêutica é uma área importante, onde o farmacêutico está voltado para o 
paciente, afim de acompanhar e orienta-lo quanto as farmacoterapia e suas condições clínica, 
seja ela aguda ou crônica, como nos casos de hipertensos e diabéticos. O uso de fitoterápicos e 
das plantas medicinais, apesar ser antigo e benéfico para saúde, sem o devido acompanhamento, 
pode ocasionar problemas, sendo essencial que o farmacêutico possa atuar diretamente com a 
orientação e sanando possíveis duvidas que possam surgir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
REFERÊNCIAS 
 
 CFF. Resolução nº572 de Abril de 2013. Dispõe sobre a regulamentação das 
especialidades farmacêuticas, por linhas de atuação. Conselho Federal de Farmácia, 
2013. 
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução/MS nº 44, de 17 de Agosto de 2009. Dispõe 
sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da 
dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços 
farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial da 
União, 2009. 
 CRF-PR. Conhecendo a Profissão Farmacêutica Conselho Regional de Farmácia do 
Estado do Paraná. Ed nº 02, 2015. 
 DOBLINSKI P. M. F., et al. Assistência e atenção farmacêutica: estudo comparativo 
entre dois bairros de classes sociais diferente em Toledo -PR. v.18, nº 9/10. Infarma. 
Toledo- PR, 2006. 
 PEREIRA, L. R. L; FREITAS, O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a 
perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêutica Brazilian 
Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 44, n. 4, out./dez., 2008. 
 CRF-SP. Farmácia clínica. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 
2019. 
 BONFIM, N. R. S. O papel do farmacêutico clínico na equipe de assistência ao 
paciente:uma revisão de literatura. Universidade federal de Sergipe. São Cristóvão, 
2018. 
 MISTÉRIO DA SAÚDE. Cuidado farmacêutico na atenção básica. Ministério da 
Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de 
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – 1. ed. rev. – Brasília : Ministério da 
Saúde, 2015. 
 CFF. Resolução nº 546 de Junho de 2011. Dispõe sobre a indicação farmacêutica de 
plantas medicinais e fitoterápicos isentos de prescrição e o seu registro. Conselho 
Federal de Farmácia, 2011. 
 CFF. Resolução nº 586, de Agosto de 2013. Ementa: Regula a prescrição 
farmacêutica e dá outras providências. Conselho Federal de Farmácia, 2013. 
 MISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de PráticasIntegrativas e 
Complementares: Fitoterapia. Ministério da Saúde. Distrito Federal, 2018. 
 CORTEZ, L. C; JEUKUNS, M. M. F. Fitoterápicos na atenção primária à saúde: 
revisão da literatura. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 
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	1 INTRODUÇÃO
	2 Atenção FARMACÊUTICA
	3 FITOTERAPIA
	4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
	5 cONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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