Primeira semana de desenvolvimento embrionário

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Primeira semana de desenvolvimento embrionário: fase de blastômeros e formação do blastocisto 1
Primeira semana de desenvolvimento 
embrionário: fase de blastômeros e 
formação do blastocisto
CLIVAGEM DO ZIGOTO
Clivagem = repetidas divisões mitóticas do zigoto
Resulta num rápido aumento do número de células – blastômeros
Ocorre conforme o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao 
útero
Após o estágio de nove células, os blastômeros mudam sua forma e 
se agrupam firmemente uns com os outros para formar uma bola 
compacta de células
📢 Durante a clivagem, 
o zigoto continua 
dentro da zona 
pelúcida.
📢 Esse fenômeno, a compactação, é provavelmente mediado por glicoproteínas de adesão de 
superfície celular. 
A compactação possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré-requisito para a separação 
das células internas que formam o embrioblasto (massa celular interna) do blastocisto.
Início: aprox. 30h após a fecundação
Redução do tamanho dos blastômeros
O volume das células não aumenta
ESTÁGIOS: 2 células → 4 células → 8 células → compactação (agrupamento / aproximação das células) 
→ 12-32 células (mórula, duas camadas: embrioblasto e trofoblasto) → blastocisto inicial → blastocisto 
tardio.
📢 Quando existem 12 a 32 blastômeros, o 
ser humano em desenvolvimento é 
chamado de mórula.
As células internas da mórula – o 
embrioblasto ou massa celular interna – 
são circundadas pelas células 
trofoblásticas. A mórula se forma 
aproximadamente 3 dias após a 
fecundação e chega ao útero.
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📢 Embrioblasto é a massa interna de 
células do blastocisto, que formará o 
embrião propriamente dito; enquanto o 
trofoblasto (camada externa de células) 
formará a placenta.
📢 Células trofoblásticas secretam uma 
proteína imunossupressora – o fator 
inicial de gravidez (ela surge no soro 
materno dentro de 24 a 48 horas após a 
fecundação).
O fator inicial de gravidez forma a base 
para o teste de gravidez aplicável durante 
os primeiros 10 dias de desenvolvimento.
Formação do blastocisto
Cerca de 4 dias após a fecundação:
mórula alcança o útero
líquido uterino penetra dentro da mórula por 
meio da zona pelúcida e forma-se, no 
interior da mórula, a cavidade 
blastocística (espaço preenchido por 
fluido)
Conforme o líquido aumenta na cavidade, os 
blastômeros separam-se em:
1. trofoblasto (camada externa; forma a parte 
embrionária da placenta)
2. embrioblasto (camada interna; primórdio 
do embrião)
Concepto passa a ser chamado de blastocisto 
durante a blastogênese
O embrioblasto agora se projeta para dentro da 
cavidade blastocística, e o trofoblasto forma a 
parede do blastocisto
📢 Blastocisto permanece suspenso no fluido da cavidade uterina por cerca de 2 dias, após isso, a 
zona pelúcida se degenera e desaparece, o que permite o aumento do volume do blastocisto. 
Nesse momento, o blastocisto se nutre por meio de secreções das glândulas uterinas.
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Aproximadamente 6 dias depois da fecundação:
blastocisto adere ao epitélio endometrial
trofoblasto se prolifera e se diferencia em 
duas camadas: citotrofoblasto (interna) e 
sinciciotrofoblasto (externa) - esta 
camada invade o tecido conjuntivo 
endometrial
blastocisto obtém sua nutrição dos tecidos 
maternos erodidos
No fim da primeira semana surge uma camada 
de células cubóides na superfície do 
embrioblasto: o hipoblasto.
📢 polo embrionário = região adjacente ao 
embrioblasto, é nesse local que a 
implantação ocorre.
🔭 Observação
O citotrofoblasto, uma camada interna de células
O sinciciotrofoblasto, a camada externa, que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada 
formado por fusão de células
Os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se estendem para o epitélio endometrial e invadem 
o tecido conjuntivo endometrial. No final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente 
implantado na camada compacta do endométrio e obtém sua nutrição dos tecidos maternos erodidos.
📢 O sinciciotrofoblasto altamente invasivo rapidamente se expande na região adjacente ao 
embrioblasto – o polo embrionário. O sinciciotrofoblasto produz enzimas proteolíticas que 
erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto “implantar‐se” dentro do endométrio.
No fim da primeira semana, uma camada de células cuboides, denominada hipoblasto, surge 
na superfície do embrioblasto, voltada para a cavidade blastocística.
Células deciduais também ajudam a controlar a profundidade de penetração do trofoblasto.
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Referências:
Moore, Keith L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. Embriologia Básica. 9 ed. São Paulo: Elsevier, 2016.