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Slides de Aula - Unidade I

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Prévia do material em texto

Prof. Dr. Fábio Medeiros
UNIDADE I
Direito Tributário
 Liberdade, no Ocidente, é o controle da atividade do Estado para permitir ao cidadão o 
exercício de seus direitos.
 Há a necessidade de o Estado promover o desenvolvimento sem comprometer a liberdade.
 Cumpre-se o intuito de limitar o Estado, pela adoção de um sistema republicano, pela 
separação de poderes, pelo controle dos atos pelo Congresso Nacional e pelo Poder 
Judiciário e também pela limitação de atuação por meio de orçamentos públicos.
 O Estado é determinante não só na garantia da liberdade, mas na promoção do 
desenvolvimento e na previsibilidade na atuação no mercado. 
 Está vigente na sociedade uma noção de que o Estado deve 
gastar somente o que arrecada.
 A limitação de gasto leva à noção de sustentabilidade e 
controle de endividamento para as futuras gerações.
 As atividades financeiras do Estado têm reflexos na 
arrecadação tributária.
Atividade financeira do Estado
 O Estado tem circulação de recursos por seus cofres; essas são chamadas de meras 
entradas, não se destinam ao Estado, mas devem ser devolvidas: garantias contratuais, 
fianças etc.
 Interessa para o orçamento recursos que ficam definitivamente nos cofres públicos –
as receitas. 
 As entradas definitivas nos cofres públicos são chamadas de receitas e incorporam-se ao 
patrimônio da coletividade para o futuro gasto em favor da população.
 Também é importante para a sociedade e o orçamento a forma de gasto desses recursos 
financeiros – despesa.
 Quando o Poder Público realiza um gasto, tem o nome de 
despesa. Tal gasto ou dispêndio deve ter um amparo legal e 
estar associado a uma finalidade pública assumida pelo
Poder Público.
 As despesas, para serem controladas, têm requisitos de 
utilização: licitações, convênios etc.
Entradas e receitas
 Conforme a Constituição brasileira, todas as previsões de receitas e as autorizações de 
despesas devem estar previstas no orçamento público (Art. 167, I, II, VI, IX da CF). 
 Para viabilizar esse intento, a Constituição cria uma técnica que se vale de um conjunto
de leis. 
Por que em leis?
 Controle republicano pelo Congresso e pelo povo;
 Publicidade;
 Acompanhamento da sociedade;
 Julgamento das contas posterior pelo Congresso Nacional.
Orçamento público
São quatro tipos de normas:
1. A Lei Geral de Finanças (uniformiza os entendimentos, disciplina como devem ser expostas 
as contas públicas tanto da União como dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios): 
combinação da Lei 4.320/64 com a Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de 
Responsabilidade Fiscal);
2. O Plano Plurianual – PPA;
3. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO;
4. Lei Orçamentária Anual – LOA.
 Lei que estabelece o planejamento do governo para os próximos quatro anos. 
 Contém o planejamento de longo prazo e o plano de investimentos públicos, viabilizando o 
equilíbrio de longo prazo.
 O Plano Plurianual orienta a atuação do Poder Público e é um indicativo para a
iniciativa privada.
Plano Plurianual
 § 1º A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, 
os objetivos e as metas da administração pública federal, para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada.
 § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição 
serão elaborados em consonância com o Plano Plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.
 § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o Plano 
Plurianual, terão entre as suas funções a de reduzir as desigualdades inter-regionais, 
segundo o critério populacional.
 O Art. 174 regula qualquer planejamento do Estado: 
“planejamento, sendo este determinante para o setor público e 
um indicativo para o setor privado”.
Plano Plurianual na Constituição – Art. 165
 Já a Lei Orçamentária fará a viabilização em números daquele planejamento do PPA para o 
ano, prevendo a projeção de arrecadação (tributos, dividendos, receita de multas, produtos 
de empréstimos etc.) e permitindo os gastos com as finalidades fixadas pelos representantes 
do povo (órgão por órgão, entidade por entidade pública).
Lei Orçamentária Anual
§ 5º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I. O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e às entidades da 
administração direta e indireta, inclusive às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II. O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III. O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e as fundações 
instituídos e mantidos pelo Poder Público;
 § 10. A administração tem o dever de executar as 
programações orçamentárias, adotando os meios e as 
medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva 
entrega de bens e serviços à sociedade.
Lei Orçamentária Anual – Art. 165
Art. 167. São vedados:
I. O início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual;
II. A realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais.
Conteúdo da Lei Orçamentária
Exemplo de LOA
LEI N. 14.303, DE 21 DE JANEIRO DE 2022 (*)
Estima a receita e fixa a despesa da União para o
exercício financeiro de 2022.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei estima a receita da União para o exercício de 2022 no montante de
R$ 4.826.536.184.933,00 (quatro trilhões, oitocentos e vinte e seis bilhões, quinhentos
e trinta e seis milhões, cento e oitenta e quatro mil, novecentos e trinta e três reais) e
fixa a despesa em igual valor, compreendidos, observando o disposto no § 5º do Art.
165 da Constituição:
Exemplo de receitas
Valores em R$ 1,00.
Recursos de todas as fontes.
ESPECIFICAÇÃO VALOR
1. RECEITAS CORRENTES
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria (1)
Contribuições (1)
Receita Patrimonial (1)
Receita Agropecuária (1)
Receita Industrial (1)
Receita de Serviços (1)
Transferências Correntes (1)
Outras Receitas Correntes (1)(2)(3)
2. RECEITAS DE CAPITAL
Operações de Crédito (3)(4)
Alienação de Bens (4)
Amortização de Empréstimos (4)
Transferências de Capital (4)
Outras Receitas de Capital (4)
2.142.981.365.077
753.268.999.258
1.114.025.011.849
163.560.824.142
28.581.411
4.039.932.097
70.223.380.057
172.576.439
37.662.059.824
702.177.937.870
498.079.845.092
2.405.625.337
95.001.165.309
58.778.808
106.632.523.324
SUBTOTAL (1 + 2) 2.845.159.302.947
3. REFINANCIAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL 1.884.865.486.134
TOTAL 4.730.024.789.081
Discriminação Tesouro (A)
Câmara dos Deputados
Senado Federal
Tribunal de Contas da União
Supremo Tribunal Federal
Superior Tribunal de Justiça
Justiça Federal
Justiça Militar da União
Justiça Eleitoral
Justiça do Trabalho
Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
Conselho Nacional de Justiça
Presidência da República
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Ministério da Economia
Ministério da Educação
Defensoria Pública da União
Ministério da Justiça e Segurança Pública
Ministério de Minas e Energia
Ministério Público da União
Ministério das Relações Exteriores
Ministério da Saúde
Controladoria-Geral da União
Ministério da Infraestrutura
Ministério do Trabalho e Previdência
Ministério das Comunicações
Ministério do Meio Ambiente
Ministério da Defesa
Ministério do Desenvolvimento Regional
Ministério do Turismo
Ministério da Cidadania
Conselho Nacional do Ministério Público
Gabinete da Vice-Presidência da República
Advocacia-Geral da União
Encargos Financeirosda União
6.959.055.831
5.105.018.509
2.476.349.093
761.903.593
1.809.298.602
13.925.921.922
643.078.345
10.281.590.553
23.365.981.352
3.307.742.153
228.306.838
1.438.768.484
15.613.664.298
10.291.572.098
40.672.197.252
137.910.699.453
612.378.915
18.498.818.752
8.627.167.077
8.000.130.417
4.606.817.996
160.495.420.749
1.165.656.045
18.207.145.852
889.529.932.330
3.219.211.490
3.201.899.529
116.493.772.013
13.561.194.083
2.632.905.734
173.627.899.157
99.275.692
15.585.391
4.062.871.398
80.206.408.264
Como assegurar que a Lei Orçamentária Anual estará conforme o Plano Plurianual?
Art. 165 da Constituição Federal:
 § 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas 
metas, em consonância com a trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração 
da Lei Orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Lei de Diretrizes Orçamentárias
 Na insuficiência dos recursos, um modo tradicional de obtenção de recursos é o empréstimo 
público. Embora ele não seja, de fato, uma receita, quando obtido por longo prazo tem o 
mesmo tratamento de receita e é utilizado com frequência.
 O excesso de empréstimos pode paralisar o desenvolvimento de longo prazo e, assim, 
comprometer as futuras gerações. A Constituição determina a manutenção da dívida em 
níveis sustentáveis.
 Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir as suas 
políticas fiscais, de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da Lei 
Complementar referida no Inciso VIII do caput do Art. 163 desta Constituição.
Empréstimos públicos
 Proibição do Banco Central de emprestar os recursos aos entes federativos.
 Proibição de empréstimos para cobrir os gastos com o pessoal e os 
encargos previdenciários.
 Teto do Art. 167 da CF: a realização de operações de créditos que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante os créditos suplementares ou 
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
 Controle estabelecido pelo Senado no Art. 52. 
1. Autorizar as operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
Mecanismos de controle das dívidas públicas
2. Fixar, por proposta do presidente da República, os limites globais para o montante da 
dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
3. Dispor sobre os limites globais, e as condições para as operações de crédito externo e 
interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e 
demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
4. Dispor sobre os limites e as condições para a concessão de garantia da União, em 
operações de crédito externo e interno;
5. Estabelecer os limites globais e as condições para o montante da dívida mobiliária dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Tetos definidos pelo Senado – Art. 52
 Por fim, merece o destaque no endividamento público a operação de antecipação de receita 
ou antecipação de receita orçamentária – ARO, que são empréstimos de curto prazo em que 
o Poder Público, tendo a expectativa de arrecadação em breve, como previsto no orçamento, 
requer um empréstimo para o pagamento de despesas imediatas, e pago assim que 
arrecadado o recurso. 
 Lei Complementar 101/2000. 
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita 
destina-se a atender à insuficiência de caixa durante o exercício 
financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no Art. 32 e 
mais as seguintes:
I. Realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início
do exercício;
II. Deverá ser liquidada, com juros e outros encargos 
incidentes, até o dia 10 de dezembro de cada ano.
Empréstimo de curto prazo
 O equilíbrio orçamentário e as restrições ao endividamento garantem a sustentabilidade do 
pagamento de dívidas a longo prazo, mas também determinam uma preocupação imediata 
do aumento de arrecadação de tributos.
Equilíbrio orçamentário, endividamento e tributação
 Na linha de agente do próprio destino, o cidadão republicano, titular do Poder Público,
também é chamado para manter o cotidiano e as virtudes do Estado que edifica. Assim, o 
tributo é o preço da civilização, é a parte do ônus financeiro da liberdade. Por isso, a 
obrigatoriedade da participação de todos na construção de um presente efetivo e de um 
futuro promissor.
 Se o cidadão republicano conduz o seu próprio destino e compartilha o custo dos serviços, 
dos direitos e das garantias às liberdades, também se protege por regras que visam evitar os 
abusos e as interferências indevidas. É nesse ambiente que o sistema tributário existe: para 
equilibrar o interesse individual de ver-se pouco afetado no seu patrimônio e conseguir mais 
prosperar com a civilização proporcionada pelo Estado.
Do orçamento republicano à proteção cidadão no ambiente tributário
 Só há de se falar em Direito Tributário quando há a limitação do poder estatal e a limitação
da tirania. 
 Na tentativa de criar uma regra impessoal de tributação, as normas de Direito Tributário têm 
uma estrutura obrigacional em que há um sujeito ativo (credor), um sujeito passivo (devedor), 
e prestações de fazer e não fazer, e de pagar o valor certo. 
 A lei tributária deve estabelecer: o fato gerador, identificar o sujeito passivo no crédito 
tributário pelo procedimento chamado de lançamento; noção de base de cálculo, a alíquota, 
geralmente, expressa em percentual.
 Ademais, importantes elementos são a fixação da lei no tempo
para definir a norma aplicável ao tempo dos fatos, o local do 
acontecimento para definir em que território ocorreu a 
operação e, assim, definir quem será o sujeito ativo.
Estrutura da norma impessoal de tributação
Para que haja o controle da população sobre a atuação dos governantes e evitar a tributação 
de longo prazo, devemos ter:
a) A publicidade das leis orçamentárias e da sua execução, proibidos os atos secretos.
b) O equilíbrio do orçamento.
c) A observação dos limites do endividamento público externo.
d) A atuação do Senado na definição de tetos.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Interatividade
Para que haja o controle da população sobre a atuação dos governantes e evitar a tributação 
de longo prazo, devemos ter:
a) A publicidade das leis orçamentárias e da sua execução, proibidos os atos secretos.
b) O equilíbrio do orçamento.
c) A observação dos limites do endividamento público externo.
d) A atuação do Senado na definição de tetos.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Resposta
Das limitações do poder de tributar:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Princípios Constitucionais Tributários ou Estatuto do Contribuinte
Princípios Constitucionais Tributários
IGUALDADE OU ISONOMIA Art. 150, II, CF
UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA Art. 151, I, CF
PROIBIÇÃO DA DISTINÇÃO EM RAZÃO 
DA PROCEDÊNCIA OU DO DESTINO
Art. 152, CF
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA Art. 145, § 1º, CF
VEDAÇÃO DE CONFISCO Art. 150, IV, CF
LIBERDADE DE TRÁFEGO Art. 150, V, CF
LEGALIDADE Art. 150, I, CF
COMPETÊNCIA
Arts. 147 a 149-A,
153 a 156, CF
SEGURANÇA 
JURÍDICA
IRRETROATIVIDADE Art. 150, III, a, CF
ANTERIORIDADE Art. 150, III, b e c, CF
É elemento republicano central da Constituição, sendo o primeiro entre os direitos 
fundamentais o:
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...
Dentro desse contexto, há a transposição tributária do princípio:
Art. 150. [...], é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:II. Instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se 
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer 
distinção em razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercida, independentemente da denominação jurídica 
dos rendimentos, títulos ou direitos;
 O princípio tem duas decorrências: igualdade entre os iguais, 
desigualdade entre os desiguais (máxima aristotélica contida 
na Oração aos Moços, de Rui Barbosa).
A igualdade na Constituição
Desdobramentos da igualdade
Igualdade
republicana
ou formal
Igualdade
democrática
ou material
Tratamento uniforme para
quem se encontra em
situação semelhante.
Tratamento diferente para
quem se encontra em
situação diferente.
Promoção da igualdade pela
seletividade ou progressividade.
 A tributação deve ser uniforme para todos os brasileiros em quaisquer regiões, evitando as 
preferências entre os brasileiros.
 No entanto, a própria Constituição admite que a União pode criar diferenciações que tenham 
como objeto a promoção do desenvolvimento de áreas não tão prósperas; daí a criação de 
zonas francas e áreas de livre-comércio.
 A ótica do princípio é da parte da União em relação aos Estados e Municípios.
Uniformidade geográfica
 A tributação deve ser uniforme para todos os brasileiros em quaisquer regiões, evitando as 
preferências entre os brasileiros.
 A ótica do princípio é da parte dos Estados e Municípios entre si.
 A Constituição não usa a mesma fórmula de exceção para a promoção de áreas menos 
desenvolvidas; no entanto, em uma interpretação sistemática, permite-se chegar à conclusão 
de que se pode dar a mesma diferenciação tributária para a promoção da igualdade de 
desenvolvimento (igualdade material).
Proibição da distinção em razão da uniformidade geográfica
 Esse princípio permite que só os elementos quanto ao tamanho da manifestação de riquezas 
seja o diferencial tributário permitido; assim, não se pode tributar de forma diferente em 
razão do gênero, da religião ou da raça.
 O elemento a ser tributado deve ter a sua expressão econômica.
 A capacidade contributiva também determina a possibilidade de identificação da riqueza para 
se poder aplicar os elementos da igualdade formal e material; é a individualização da 
tributação ou o caráter pessoal da tributação.
Capacidade contributiva
 Lei como manifestação da vontade do povo.
 Liberdade – Legalidade para o indivíduo X legalidade para o Estado (legalidade estrita).
Mandamento Constitucional:
 Art. 150. [...] é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – Exigir 
ou aumentar o tributo sem lei que o estabeleça.
O que é exigir ou aumentar para fins do dispositivo?
O que é a lei no sentido constitucional?
Legalidade
 Para proteger o mercado nacional, a Constituição permite a alteração de alíquotas, e 
somente alíquotas, pelo Poder Executivo.
 Imposto de Importação (II).
 Imposto de Exportação (IE).
 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
 Contrib. de Intervenção no Domínio Econômico sobre combustíveis (Cide-combustíveis).
 Impostos Sobre Operações de Circulação de Mercadorias e Serviços sobre Combustíveis 
(ICMS-combustíveis).
Exceções aparentes à legalidade
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I. Emendas à Constituição;
II. Leis Complementares;
III. Leis Ordinárias;
IV. Leis Delegadas;
V. Medidas Provisórias;
VI. Decretos Legislativos;
VII. Resoluções.
Lei para fins tributários – Art. 59 da CF
Na hipótese de concorrência internacional, em que outra nação reduz a sua tributação para 
que haja preços mais atrativos internacionalmente (café, por exemplo), a solução constitucional 
para a situação:
a) É a criação de uma Lei Complementar para a redução da tributação nacional até o patamar 
de tributação do concorrente internacional.
b) É uma atividade particular; logo, o Estado não deve interferir.
c) É uma situação típica em que o Poder Público pode reduzir tributos com brevidade, sem lei.
d) É uma situação hipotética que jamais aconteceu ou acontecerá.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Interatividade
Na hipótese de concorrência internacional, em que outra nação reduz a sua tributação para 
que haja preços mais atrativos internacionalmente (café, por exemplo), a solução constitucional 
para a situação:
a) É a criação de uma Lei Complementar para a redução da tributação nacional até o patamar 
de tributação do concorrente internacional.
b) É uma atividade particular; logo, o Estado não deve interferir.
c) É uma situação típica em que o Poder Público pode reduzir tributos com brevidade, sem lei.
d) É uma situação hipotética que jamais aconteceu ou acontecerá.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Resposta
 Confisco é a retirada de um bem de um indivíduo do patrimônio pessoal para passá-lo ao 
Estado ou a terceiros. 
 Em regra, o Confisco é proibido na Constituição do Brasil, em razão do reconhecimento do 
direito à propriedade. A exceção se dá em casos de atividades criminosas, em que a perda 
do bem se dá como consequência da aplicação da penalidade (Art. 5º, XLVI, b e 243 da CF).
 Na esfera tributária, a tributação não pode ser tal que faça com que o particular deixe de ter 
a propriedade do bem para pagar o tributo. 
 Nas reflexões sobre o tema, conclui-se que a tributação não pode ser elevada em relação 
aos tributos que incidam sobre a propriedade (como o IPTU).
 Admite-se também que não há confisco mesmo em tributações 
elevadas quando incida sobre a produção e o produtor 
repasse o ônus econômico para os consumidores (ICMS ou 
IPI). Igualmente, se o consumidor pode comprar o produto 
mesmo com a tributação, evidentemente, não há confisco. Não 
se compromete a propriedade do comprador.
Vedação ao Confisco
 A Constituição prevê a liberdade em geral e prevê até um remédio para o caso do ilegal 
constrangimento ao direito de ir e vir – habeas corpus. Se há a liberdade, em geral, o tributo 
não pode ser utilizado para evitar a circulação de pessoas no território nacional.
 A Carta Magna (Constituição Federal) estabelece que o uso de pedágio para a conservação 
de estradas não é uma restrição à liberdade de tráfego. Implícito está que os recursos 
arrecadados no pedágio permitem a continuidade da circulação e não o seu embaraço.
Liberdade de tráfego
 Para que haja investimentos pessoais ou empresariais, há a necessidade de certeza jurídica 
quanto ao passado e previsibilidade quanto ao futuro. Dadas as condições, há a 
possibilidade do particular assumir os riscos para os seus investimentos.
A segurança jurídica se manifesta na área tributária: 
 No princípio da irretroatividade; e
 No princípio da anterioridade.
Segurança jurídica
 Nossa Constituição proíbe, em regra, leis que regulem as situações passadas reconhecendo 
o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. É a fórmula brasileira da 
irretroatividade em geral.
 No Art. 150 da Carta Magna, há o reforço da norma na parte tributária da Constituição.
 A fórmula: é vedado cobrar tributos em relação aos fatos geradores ocorridos antes do início 
da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Irretroatividade
 Feita a publicação de uma nova lei que cria um novo tributo ou aumenta um já existente, 
deve-se esperar um prazo para a sua aplicação como regra.
 Período em que a nova lei é existente e válida, mas não tem efeitos – vacatio legis.
 Pode-se sintetizar a situação de que o novo tributo começa a operar os efeitos no ano 
seguinte (exercício financeiro seguinte) desde que decorridos 90 dias da publicação da 
nova regra.
 Aplica-se o princípio também para a redução e extinção de 
tributo, justamente para manter o equilíbrio das contas 
públicas em orçamento.
 Há exceções previstas na própria Constituição.
Anterioridade
Plenas: não precisam esperar a virada do ano e nem a razão de 90dias a contar da publicação 
da nova lei:
 Imposto de Importação; 
 Imposto de Exportação;
 IOF;
 Imposto Extraordinário (guerra externa);
 Empréstimo Compulsório (na hipótese de Guerra ou Calamidade).
 Podem ser cobrados na data da publicação da lei.
Exceções à anterioridade
Casos em que basta esperar o ano seguinte para a cobrança da nova lei:
 Imposto de Renda;
 Base de cálculo de Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA);
 Base de cálculo de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Exceções aos 90 dias
Casos em que basta esperar os 90 dias da publicação, não precisa esperar o ano seguinte 
para a cobrança do tributo majorado:
 IPI (após a EC 42);
 Contribuições sociais;
 ICMS sobre os combustíveis e lubrificantes;
 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e 
comercialização de petróleo, gás natural, os seus derivados e álcool.
Exceções ao exercício financeiro seguinte
A Constituição estabelece qual dos Poderes Públicos da federação é competente para cada 
tipo de tributo:
 Impostos – Arts. 153 a 156 e 147 da CF;
 Taxas – Arts. 21 e seguintes da CF;
 Contribuições de melhoria – Art. 145, III da CF;
 Empréstimos compulsórios – Art. 148 da CF;
 Contribuições sociais em sentido amplo – Art. 146-A, 149 e seguintes da CF.
Princípio da Competência
No Brasil, os pedágios para a manutenção de estradas:
a) São proibidos porque limitam o direito de ir e vir.
b) São permitidos, pois visam, apenas, viabilizar a manutenção das vias que permitem a 
circulação de pessoas e bens.
c) São proibidos quando a manutenção é do Poder Público, mas liberados quando a 
manutenção das estradas é atribuída às empresas privadas.
d) São proibidos para as empresas privadas, exceto, se a lei especial permitir.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Interatividade
No Brasil, os pedágios para a manutenção de estradas:
a) São proibidos porque limitam o direito de ir e vir.
b) São permitidos, pois visam, apenas, viabilizar a manutenção das vias que permitem a 
circulação de pessoas e bens.
c) São proibidos quando a manutenção é do Poder Público, mas liberados quando a 
manutenção das estradas é atribuída às empresas privadas.
d) São proibidos para as empresas privadas, exceto se a lei especial permitir.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Resposta
 Impostos.
 Taxas.
 Contribuições de melhorias.
 Empréstimos compulsórios.
 Contribuições sociais.
Tipos de tributos
 Art. 145, I da CF e Art. 16 do Código Tributário Nacional.
 Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente 
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
 Há impostos destinados à União (Art. 153 e 154 da CF; por exemplo: Imposto de Renda), 
aos Estados e ao Distrito Federal (Art. 155, por ex.: ICMS), aos Municípios e ao Distrito 
Federal (Art. 156, por ex: IPTU).
Tipos de tributos – Impostos
Art. 145, II da CF:
 Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
a sua disposição.
Hipóteses:
 Exercício do poder de polícia; ou
 Prestação de serviços públicos específicos e divisíveis.
Utilização do serviço público pode ser:
Tipos de tributos – Taxas
Efetiva
Potencial
Prestado ao
contribuinte
Posto à 
sua disposição
Art. 145, III da CF:
 Além da previsão legal, o tributo depende de dois aspectos: valorização de imóveis 
decorrente de obra pública. 
Tem limitações ou tetos (utiliza-se o mais baixo):
 Para a Administração, só se pode cobrar até o valor total da obra;
 Para os proprietários de cada imóvel, terá o total da valorização imobiliária decorrente
da obra pública.
Tipos de tributos – Contribuições de melhoria
Art. 148 da CF – Criado por Lei Complementar: 
 Competência: União Federal;
 Seus recursos devem ser empregados no fim que o justifica.
Destina-se a:
 Atender às despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou 
sua iminência;
 Atender ao investimento público de caráter urgente ou de relevante interesse nacional.
Tipos de tributos – Empréstimos compulsórios
 A Constituição Federal cria tributos para financiar as atividades específicas com um 
regime próprio. 
Os doutrinadores classificam estas contribuições em: 
1. Sociais (stricto sensu); 
2. De intervenção no domínio econômico; e 
3. De interesse de categorias profissionais e econômicas.
 Quanto às contribuições sociais, a grande maioria pertence à 
União Federal, as exceções são as contribuições destinadas à 
previdência de servidores estaduais e municipais que podem 
ser estabelecidas pelos próprios entes federados para o
seu pessoal.
Tipos de tributos – Contribuições sociais
Na hipótese de um município ter uma lei expressa sobre a tributação e realizar uma obra de 
pavimentação de via pública:
a) Poderá cobrar uma contribuição social para a manutenção de asfalto.
b) Poderá cobrar um empréstimo compulsório a ser devolvido ao morador nos termos da lei.
c) Poderá cobrar uma taxa, pois a polícia poderá passar, com maior frequência, na 
rua asfaltada.
d) Poderá cobrar uma contribuição de melhoria dos moradores da rua.
e) Todas as alternativas estão incorretas.
Interatividade
Na hipótese de um município ter uma lei expressa sobre a tributação e realizar uma obra de 
pavimentação de via pública:
a) Poderá cobrar uma contribuição social para a manutenção de asfalto.
b) Poderá cobrar um empréstimo compulsório a ser devolvido ao morador nos termos da lei.
c) Poderá cobrar uma taxa, pois a polícia poderá passar, com maior frequência, na 
rua asfaltada.
d) Poderá cobrar uma contribuição de melhoria dos moradores da rua.
e) Todas as alternativas estão incorretas.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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