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Análise do curta-metragem 'Da Alegria, do Mar e de Outras Coisas'

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Atividade Avaliativa
O curta-metragem “Da Alegria, do Mar e de Outras Coisas” estreado em novembro de 2012 no VIII Cinefuturo – Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual. Com roteiro e direção de Ceci Alves, de origem na cidade de Salvador, capital da Bahia e tendo como elenco principal Rodolfo Lima (Nem Glamour); Rodrigo Porto (Joy); Duda Woyda (Policial 1) e Adilson Conceição (Policial 2). Foi produzido por Candela Produções o curta ganhou várias premiações como: menção honrosa da Associação Baiana de Cinema e Video, Mostra competitiva Fronteiras Imaginárias da 7a edição do Festival Visões Periféricas, Rio de Janeiro/RJ – menção honrosa, 2013; 2o Fecim – Festival de TV e Cinema Independente de Muqui-ES – 2013 – menção honrosa Integrante da mostra Inclusão Social do 5a edição do FESTin – FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa; Melhor Curta-metragem no festival Divergente 2014, em Bologna,  I Festival de Curtas do Vale do Jacuípe, onde levou o prêmio de melhor fotografia (Pedro Semanovschi), melhor ator (Rodolfo Lima) e melhor direção (Ceci Alves), entre outros prêmios e participações em festivais 
O filme é baseado em fatos reais, contando a história da travesti baiana Júnior da Silva Lago, 22 anos, a “Luana” que foi atacada e assassinada por homens em uma praia de Salvador, ela estava junto com a outra travesti que sobreviveu, Jocimar Oliveira do Carmo, a “Joice”, e denunciou o caso à polícia, mas por conta disso a Joice também tem que viver escondida, pois continua sendo ameaçada pelos assassinos de Luna mesmo entrando para o programa de proteção a testemunhas. O início do filme tem as cenas das travestis (uma delas seminua) sendo levadas no fundo de um carro por homens armados, e em seguida a cena de uma travesti se levantado bem machucada, porque acabou de ser agredida fisicamente. Esta olha para parede onde tem fotos do travesti assassinado e recortes de jornal sobre o caso. Depois mostra as duas caminhando na areia e seus assassinos apontando armas para elas. Mas antes da praia passam as cenas de violências físicas sofridas de forma brutal pelas duas. Embalado pela música Mudanças, da saudosa Vanusa, o filme retrata bem o dia a dia das travestis, e sua luta para se manter vivas. No filme conta história do Nem do Glamour que faz show de dublagem e presencia o assassinato da sua amiga também travesti Joy
O filme retrata a realidade vivida pela população LGBT, trazendo uma alerta para toda sociedade sobre os crimes de homofobia, buscando antes de tudo chamar atenção do público para algo que tem sido recorrente e muitos acabam ficando impunes. A cena do personagem Nem indo embora por não se sentir segura para fazer seu show já que ainda continua sendo ameaçada após denúncia, deixa claro a certeza de impunidade e o filme busca chamar atenção para isso também. O Nem faz uma apresentação impecável, nos prende atenção a cada cena, como foi a cena dele levantando todo machucado, limpando ferimentos do rosto e ao mesmo tempo expressando vontade de viver, de continuar lutando. A música Mudanças, dá um toque especial nas cenas, ao mesmo tempo que transmite tristeza ela também simboliza transformação, mudança e resistência, e ator transmite esse sentimento de forma fiel, aliás não teria outra música que representasse também as cenas e a emoção facial do ator.
A equipe técnica do filme é mais que assertiva. Escolhendo de forma detalhada o figurino e a maquiagem (Luiz Santana). O vestido vermelho do ator e a peruca loira longa mesmo, faz um retrato fiel do figurino usado nos shows de dublagem. A direção do som com Napoleão Cunha, combinando muito bem a música com as cenas e o elenco também estavam em boa sintonia, mostrando que a preparação feita por Adriano Big Soares foi impecável. A direção de arte foi feita por Renata Soutomaior, o cenário e a iluminação estavam de acordo com a obra. Assim como também a direção de fotografia com Pedro Semanovschi, direção de produção Vanessa Sales.

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