APS 1 Direito Administrativo I

Prévia do material em texto

CURSO:
	DIREITO
	
	
	
	TURMA:
	JUR0801N – Campo Grande
	VISTO DO COORDENADOR
	GRAU
	RUBRICA DO PROFESSOR
	DISCIPLINA:
	Direito Administrativo I
	AVALIAÇÃO REFERENTE:
	APS I	APS II
	
PROFESSOR:
	
Laone Lago
	
MATRÍCULA(s):
	17103124 
19102546 Nsº NA ATA:
18102434
20103044
	
DATA:
	
2.10.2020 (quinta-feira) – entrega.
	
NOME DO(s) ALUNO(s):
	Belmiro Caus Filho - 17103124
Letícia Pompeu Rodrigues -19102546
Mariana de Abreu Brito - 18102434
Vitor de Almeida Clemente - 20103044
	UNIDADE:
	Campo Grande
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 2020.2
U NIDADE TEMÁTICA A QUE SE REFERE:
Unidade 2, item 2.4. Concessões, permissões e autorizações: modalidades, importância e fundamentos gerais.
A TIVIDADE:
A turma deve se dividir em grupos de até 5 (cinco) integrantes para que busquem situações em que o processo de desestatização (“saída” do Estado da execução direta dos serviços públicos) tenha se efetivado seja no Município seja no Estado do Rio de Janeiro ou mesmo na União. Em seguida – identificado o caso concreto –, deve-se confirmar se o referido processo envolve concessão, permissão ou autorização, listando os principais pontos, tais como:
(i) ente federativo que prestava diretamente os serviços;
(ii) órgão ou entidade administrativa que executava tais serviços;
(iii) quem atualmente executa esses serviços;
(iv) características básicas e essências desses serviços;
(v) fundamento constitucional e infraconstitucional aplicável;
(vi) área de abrangência e população atendida;
(vii) críticas (positivas ou negativas) atuais sobre os serviços executados; e
(viii) visão crítica do(s) aluno(s) sobre o processo de desestatização observado no caso concreto – se melhorou, piorou ou nada mudou.
P RODUTO:
Entrega de texto crítico contemplando os pontos indicados na atividade. Não há limite mínimo ou máximo de páginas, tratando-se de uma decisão de cada aluno ou do grupo.
D ATA, PONTUAÇÃO E FORMA DE ENTREGA:
(i) entrega até no dia da avaliação – A1, via classroom, conforme calendário 2020.2;
(ii) valor (nota) de (até) 2,0 (pontos); e
(iii) entrega individual ou grupo (neste caso, basta um componente entregar/postar)
		O Estado do Rio de Janeiro fundou uma das maiores concessionárias de transportes do Estado, levando até os dias atuais milhares de pessoas aos mais diversos destinos, e seu começo se teve com a Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística - CENTRAL que tem origem nos primórdios da ferrovia no Brasil. Ela é de fato remanescente de um longo processo de construções de ferrovias, estatização e fusão de empresas, erradicações de linhas e, por fim, cisão e privatização.
Houve, portanto, ciclos de expansão e retração e de estatização e privatização, que se iniciaram em 1854 com a inauguração da 1ª Ferrovia do Brasil, ligando as estações de Guia de Pacobaíba, no Porto de Mauá, e Fragoso, Raiz da Serra, ambas no Município de Mauá, Rio de Janeiro, Grande variedade de bitolas (distância de separação dos trilhos: 1,68m, 1,60m, 0,76m, etc.) que dificulta a integração operacional entre as ferrovias; Em 1855, foi decretada a construção da Estrada de Ferro D Pedro II, cujo primeiro trecho foi inaugurado em 1858, ligando a Estação da Corte (atual D Pedro II) à Estação de Queimados, RJ. Deposta a monarquia, a Estrada de Ferro D Pedro II passou a denominar-se Estrada de Ferro Central do Brasil, que, após incorporar pequenas ferrovias privadas e parte da EF Leopoldina, foi também incorporada pela Rede Ferroviária Federal- RFFSA, em 1957, juntamente com outras dezessete estradas de ferro de todo o Brasil. Em 1984, houve cisão da RFFSA, que transferiu a gestão dos serviços de trens urbanos de passageiros para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos- CBTU. Uma década depois, em 22 de Dezembro de 1994, foi criada a FLUMITRENS e os serviços de trens urbanos de passageiros foram estadualizados. Em 1998, a maior parte desses serviços foi entregue à gestão privada e a FLUMITRENS absorveu missões e atividades de estado. 
Em Maio de 2001 , foi criada a CENTRAL, Cia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística, que assumiu as funções de transporte ferroviário, bem como por decisão posterior, o Sistema de Bondes de Santa Teresa, devido à cisão empresarial da FLUMITRENS.
A SuperVia Concessionária de Tranportes Ferroviários S./A iniciou a sua prestação de serviços com a operação de trens urbanos circulando em 11 importantes municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro no ano de 1998, e até o ano de 2010, seus serviços eram prestados pelo Estado do Rio de Janeiro, e de 2011 a 2019, o Estado do Rio de Janeiro realizou a venda da concessionária e houve a privatização da mesma, assim a Odebrecht Transport (OTP) assumiu o controle, e em Maio de 2019, a GUMI (Guarana Urban Mobility Incorporated) assumiu o controle acionário da SuperVia e mantém este controle da privatização até os dias atuais. 
	O serviço que a SuperVia presta é essencial para o transporte de milhares de pessoas a diversos destinos do Estado do Rio de Janeiro, levando-as para o trabalho, para passear em seus horários de lazer, e outras tarefas, com uma agilidade maior, otimizando o tempo de viagem do passageiro para que possa chegar ao seu destino rapidamente. A concessionária opera com o serviço de trens urbanos na Região Metropolitana, composta pelo Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis, Mesquita, Queimados, São João de Meriti, Belford Roxo, Japeri, Magé, Paracambi e Guapimirim, através de uma malha ferroviária de 270 quilômetros dividida em 5 ramais, 3 extensões e 104 estações, fazendo com que a SuperVia atenda cada vez mais passageiros, já somando quase 600 mil passageiros transportados por dia nos trens da concessionária. A essência da SuperVia é realizar o transporte de passageiros para diversos destinos com maior agilidade e otimização do tempo dos viajantes com comodidade e segurança.
A constituição/88 em seu artigo 175 incumbe ao poder público na forma da Lei, diretamente ou sob regime de concessão, permissão sempre através de licitação a prestação de serviço pública. A concessão de serviços públicos amparada na lei 8987/95 no artigo 2°, estabelece a prestação de serviços públicos (concessão) com concorrência pública, a pessoa jurídica (PJ ou consorcio de empresas, que tenha capacidade de desempenho e que seja por sua conta o risco, com prazo determinado.
Lei 8987/95 no art.16: estabelece que a outorga de serviços públicos ou concessão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso da modalidade técnica e econômica.
O transporte ferroviário é um dos transportes em massa mais utilizados pela grande população, devido a sua rapidez em relação aos demais para chegar ao destino, além de ser considerado mais econômico do que os outros meios de transporte dependendo da distância percorrida. Além disso, facilita o acesso até mesmo em locais de comunidades, onde o acesso a conduções é mais escasso.
Em contrapartida, são necessárias algumas melhorias, já que alguns trens encontram-se em estado precário, apesar de serem pagos valores elevados para comprar os bilhetes de acesso aos trens. Dessa forma, o montante pago está em desconformidade com a qualidade do serviço prestado.
Ademais, um dos grandes problemas enfrentados pela sociedade na sua utilização é a falta da devida segurança nos trens e nas estações, já que não é feita uma fiscalização eficiente por parte da concessionária, ocorrendo irregularidades, pessoas pulando a linha, camelôs, dentre outras situações. 
De acordo com matéria publicada pelo G1 “Com 368 mortes em 10 anos, Grande Rio é a região do país com mais atropelamentos ferroviários fatais”. Diante disso, é imprescindível que ocorram mudanças na segurança nas linhas. 
Havendo ainda uma superlotação no transporte, haja vista que diariamente uma grande parte da população o utiliza, dessa forma, não há conforto algum, já que há um aglomerado de pessoas num mesmo local. Posto isso, deveria haver um número maior de trens circulando, para atender a demanda. 
Ante o exposto,a desestatização da Supervia acabou por piorar o transporte ferroviário, visto que, a tarifa dos trens sofreu reajuste, fazendo com que subisse o preço do bilhete único, apesar de não ocorrer melhoria que fosse compatível ao aumento da tarifa. Além de não assegurar a segurança dos seus usuários de maneira eficiente. 
			
Referências Bibliográficas:
· REGUEIRA, Chico. Com 368 mortes em 10 anos, Grande Rio é a região do país com mais atropelamentos ferroviários fatais. Disponível em: <https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/07/27/com-368-mortes-em-10-anos-grande-rio-e-a-regiao-do-pais-com-mais-atropelamentos-ferroviarios-fatais.ghtml> Acesso em: 05 de Out. 2020.
· SUPERVIA. Quem somos. Disponível em: <https://www.supervia.com.br/pt-br> Acesso em: 05 de Out. 2020.