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Processo Civil - Teoria Geral das Provas

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Teoria Geral das Provas
● O que são as provas? - Objeto, Finalidade e Destinatário
As provas são instrumentos que as partes de um processo utilizam para demonstrar a coerência e a
veracidade dos fatos que ali estão sendo discutidos.
Possui como objeto, os fatos que embasam a ação, tanto aqueles alegados pelo autor quanto pro
réu.
As provas podem se dar através da produção da própria parte ou por determinação judicial (de ofício)
pelo juiz. Este também pode se negar a produção de provas caso entenda que seja desnecessário
ou protelatória.
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.
Deve-se destacar que as provas possuem como principal finalidade a formação da
convicção do julgador, uma vez que este deverá analisar todas as provas presentes nos
autos.
Pode ocorrer a utilização da prova que foi produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que seja a ela adequado e observando o contraditório.
● Ônus da Prova
O ônus da prova trata-se do ônus de provar um encargo da parte e não uma obrigação.
Sendo assim, se a parte não consegue demonstrar um fato, terá como consequência a
dificuldade em influenciar na formação e na convicção do julgador.
Trata-se de um encargo pois cabe à parte demonstrar o seu interesse processual
demonstrando que possui a razão perante o fato litigioso.
Em regra geral, quem alega um fato tem o encargo de prová-lo.
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.
O fato constitutivo do direito do autor vem materializado na apresentação de que o pedido
dele seria comprovado por determinadas provas.
Já os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos, que são de incumbência do réu,
devem ser alegados a fim de demonstrar que o pedido do autor não pode ser acolhido.
Porém, cabe destacar uma exceção à essa regra geral: inversão do ônus da
prova podendo essa se dar em três casos:
1. por determinação legal;
- Podendo-se utilizar como exemplo o CDC - que apesar de não ser
automática a inversão do ônus da prova, há previsão legal para os seus
requisitos.
2. por decisão do julgador;
- Se dá quando ocorre a impossibilidade ou a excessiva dificuldade de cumprir
o encargo. Pode ocorrer também quando há uma facilidade de obtenção da
prova do fato contrário.
3. convenção entre as partes;
- Se dá através de um acordo entre as partes, pode ocorrer durante o
processo ou antes do processo.
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do
fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde
que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente
difícil.
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o
processo.
● Momento de Produção das Provas
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os
documentos destinados a provar suas alegações.
Devemos destacar que alguns fatos não são necessários que sejam apresentados provas,
sendo eles:
1. Notórios;
2. Afirmados por uma das partes e confessado pela parte contrária;
3. Admitidos no processo como incontroversos;
-Fato confessado: aquele que foi reconhecido pela parte contrária
- Fato incontroverso: aquele que não veio impugnado pela parte contrária
após ser suscitado.
4. em cujo favor milita presunção legal de existência ou veracidade
O momento para a apresentação das provas se dá na petição inicial e na contestação que
as partes considerem válidas para defender seu encargo.
Somente poderão ser apresentadas provas documentais depois deste momento quando
forem de fatos que aconteceram depois ou se a parte só teve acesso ou conhecimento
destes documentos depois de apresentar sua inicial ou a sua contestação.
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos
novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos
articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos
formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se
tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à
parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los
anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da
parte de acordo com o art. 5º .
Na inicial e na contestação é a oportunidade em que as partes devem indicar também quais
tipos de provas pretendem produzir no decorrer do processo.
Essas provas serão desenvolvidas na fase de instrução do processo.
Há casos em que podem ser utilizadas provas que foram produzidas em outros processos,
chamando de provas emprestadas. Podendo ser partes diversas desde que seja para
comprovar o mesmo fato.
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
Caso o juiz entenda que não há necessidade de produzir mais provas, este poderá
determinar que seja julgado o feito antecipadamente, podendo ser parcial também. Caso
seja necessário a produção de mais provas, o julgador irá definir quais os fatos que ainda
deverão ser comprovados e quais os meios de prova serão utilizados para isso em sua
decisão saneadora (Se dá por uma decisão que ocorre conforme o estado do processo).
Sendo nesse momento que poderá o juiz determinar a inversão do ônus da prova, caso seja
cabível no caso concreto.
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com
resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
● Meios de provas e Valoração
No CPC, podemos destacar que são inúmeras as formas de provas que podem ser
apresentadas, porém não se trata de um rol taxativo, assim, cabendo às partes empregar
qualquer meio legal e moralmente legítimo como prova.
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como
os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para
provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz.
O CPC/73 previa a valoração “livre” das provas, ou a teoria do “livre conhecimento”. Por
meio do novo CPC, em 2015, foi suprimida a ideia de apreciação “livre”. A ideia da
exclusão do “livre” antes de conhecimento, para uma parte da doutrina, teria buscado a
eliminação do subjetivismo e arbitrariedade das decisões.
Art. 332 do CPC. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos,
ainda que não especificados neste Código, são válidos para provar a verdade
dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. Por isso, o rol é meramente
exemplificativo.
Entretanto, os Tribunais, inclusive, o STJ, têm defendido o livre convencimento motivado
como sistema de valoração probatória, sustentando que, mesmo com a supressão do “livre”
prévio ao conhecimento, ainda aplicar-se-ia o livre conhecimento motivado
Assim, atualmente, a respeito do convencimento motivado, o CPC indica que o juiz
necessita indicar as razões do seu convencimento.
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de
seu convencimento.
Cabe destacar, aindaque não há qualquer hierarquia entre as provas, uma vez que estas
devem ser apreciadas de forma igualitária.
● Provas em Espécie - Ata Notarial e Inspeção Judicial
Ata Notarial
Introduzida em 2015 pelo novo CPC, tratando-se de uma declaração confeccionada junto a
um tabelião de notas, para constatar a existência ou modo de ser determinado fato.
Podemos considerar a importância da ata notarial se dá pela existência de fé pública, pelo
fato de ser produzida por um tabelião.
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados
ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por
tabelião.
A utilização dessas atas se dá quando há o aferimento de imagens eletrônicas, a exemplo
de capturas de tela de aplicativos e endereços eletrônicos, a fim de que se registre a
existência de determinado fato.
Outros exemplos:
• Captura de tela de diálogo no Instagram entre as partes;
• Transcrição de imagem de um endereço eletrônico;
• Há alguns juízos que têm possibilitado a oitiva de pessoas não por meio de prova
testemunhal, mas sim por ata notarial, na qual a pessoa se endereçava ao tabelião para
narrar os fatos pertinentes.
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados
ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por
tabelião.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em
arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial
Inspeção Judicial
Este tipo de prova é produzida pelo próprio juiz da causa, quando ele decide inspecionar
determinada coisa, pessoa, local a fim de chegar à verdade real do caso. Essa diligência do
juiz não precisa se dar sozinho, podendo ser determinado o acompanhamento de peritos.
Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que
deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou
graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
Assim, poderá as partes interessadas acompanhar a inspeção judicial, prestando
esclarecimentos ou apontando elementos que acreditam ser relevantes para a lide.
Ao finalizar a inspeção será prolatado o auto circunstanciado, contendo as informações que
foram relevantes para a inspeção, podendo ainda utilizar elementos que facilitem a
compreensão dos pontos observados.
● Provas em Espécie - Prova Documental
A prova documental não se trata de apenas documentos escritos, sendo considerado prova
documental qualquer tipo de imagem, vídeo, foto entre outros elementos visuais.
Caso a lei exija que seja provado através de um documento público, este não pode ser
substituído por qualquer documento particular.
Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato,
nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
Para que se possa impugnar as provas públicas e particulares, pode-se utilizar o
instrumento da arguição de falsidade
Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo
de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento
aos autos.
Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão
incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão
principal, nos termos do inciso II do art. 19 .
Podemos considerar como sendo um documento falsificado aquele que desde a sua
formação se dá por informações falsas ou aqueles que são verdadeiros e são alterados.
Os documentos particulares também podem ser impugnados e, neste caso, dependem de
prova de veracidade para que continuem valendo. Exemplo: documento preenchido de
forma abusiva uma vez que foi assinado em branco. → Trata-se da impugnação de
falsidade e não arguição de falsidade
Essa falsidade deve ser apresentada e arguida pela parte interessada na primeira
oportunidade processual.
Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando:
I - for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua
veracidade;
Cabe destacar que no caso de falsidade de documento, cabe a inversão do ônus da
prova, cabendo à parte que se manifestou provar que aquele documento está falsificado.
Caso se trate de uma impugnação de arguição de falsidade, cabe à outra parte comprovar
que o documento é autêntico.
Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando:
I - se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo, à parte
que a arguir;
II - se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o
documento
● Provas em Espécie - Depoimento Pessoal e Confissão
Depoimento Pessoal
Se trata de um meio de prova oral, produzida através da oitiva de uma parte no processo.
Devemos destacar que incumbe à outra parte o requerimento do depoimento pessoal, ou a
requerimento do Juiz.
 Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de
que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo
do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
Devemos destacar que o depoimento pessoal busca a confissão, sendo assim, que a parte
admita a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
Caso a parte tenha sido intimada para depor, e se recusar a prestar o depoimento, será
aplicada pena de confissão, se tiver havido advertência prévia, pelo §1º do art. 385 do CPC:
§ 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e
advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar
a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
No entanto, há exceções nos casos previstos em lei, são eles:
1. Fatos criminosos
2. Por estado de profissão
3. Desonra própria
4. Perigo a vida
Porém, deve-se destacar que essas exceções não estão ligadas a ações de estado e de
família, uma vez que o cunho desses processos já são mais íntimos.
Confissão
Se trata da admissão de um fato contrário ao interesse da parte, podendo favorecer ao
adversário.
A confissão pode ocorrer tanto em sede judicial como extrajudicial. No caso judicial pode se
dar de forma espontânea ou de forma provocada.
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
§ 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante
com poder especial.
§ 2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.
Deve-se destacar que a confissão não é aproveitada aos demais litisconsortes.
Possui duas características:
1. Irrevogabilidade: a parte não pode anular a confissão, a menos que demonstre a
existência de um erro ou tenha sido coagido.
2. Indivisibilidade: A parte que confessou não pode se valer de uma parte da
confissão que a beneficie e rejeitar aquela que a prejudique.
● Provas em Espécie - Prova Testemunhal
Trata-se de uma prova que é produzida através da oitiva de um terceiro ao processo, sendo
sempre admitida, desde que a lei não disponha ao contrário. Podemos colocar como
exemplo a ação monitória, que deve haver ao menos uma prova escrita ou um começo
dela, vejamos:
Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível
a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da
parte contra a qual se pretende produzir a prova.
Toda pessoa pode ser testemunha, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
1. Incapazes: condição intelectual ou física da pessoa.
2. Impedido: respeito a pessoas que tenham uma relação mais próxima com a parte
ou que atuem diretamente na causa.
3. Suspeito: Aquele que possui relação de amizade ou inimizade com a parte ou que
tenha interesse no resultado da ação.
Nesse rol podem ser ouvidas, os menores, impedidos e os suspeitos, porém não prestam o
compromisso de dizer a verdade ao julgador, nesse caso, irá atribuir a estes depoimentos "o
valor que possam merecer".
Rol de testemunhas
O rol de testemunhas é apresentado pela parte que pretende ouvi-las, seguindo uma série
de requisitos a fim de qualificá-las:
Art. 450. O rol de testemunhas conterá,sempre que possível, o nome, a
profissão, o estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço completo da
residência e do local de trabalho.
Depois que é incluído o rol, não pode incluir novas testemunhas, mas pode desistir de ouvir
as pessoas que foram indicadas. Há casos em que pode ser feita a substituição das
testemunhas em casos específicos, sendo eles: falecimento, efemeridade e mudança de
residência, não sendo encontrada.
As testemunhas não são obrigadas a depor sobre alguns fatos, como previsto no art. 448:
Art. 448. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos
seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Contradita
Se dá no momento da instrução em que o procurador aponta as hipóteses de incapacidade,
impedimento ou suspeição das testemunhas arroladas pela parte adversa. A contradita,
poderá ser aceita ou não, determinando a oitiva da pessoa como informante.
Acareação
Se dá pelo conflito pelos depoimentos de testemunhas, em decorrência de contradição
havia entre eles. A acareação pode se realizar tanto de ofício quanto a requerimento das
partes.
As testemunhas possuem o compromisso de dizer a verdade e podem sofrer sanções
penais se mentir, calar ou ocultar a verdade em seu depoimento.
O juiz pode indeferir perguntas que causem constrangimento à parte.
● Provas em Espécie - Exibição de Documento ou Coisa
Trata-se da determinação Judicial para que uma das partes ou um terceiro apresente um
documento ou coisa que esteja em seu poder, devendo ser sempre justificada e com a
indicação de quais dados aquele documento deverá provar. O juiz poderá determinar multa
como medidas necessárias para que o documento seja apresentado.
Caso a parte que esteja munida do documento alegar que este ou a coisa não está em seu
poder, a parte contrária está autorizada a provar que a alegação não é verdadeira.
Caso não haja a manifestação da parte ou se a recusa for ilegítima, haverá presunção de
veracidade dos fatos alegados pela parte que pretendia ver os documentos apresentados.
Há casos em que o CPC determina que a recusa não é aceitável, sendo elas:
Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
I - o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo,
com o intuito de constituir prova;
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
Há casos em que a exibição de documentos se dá por terceiro, nesse caso, este será
intimado a responder o pedido em 15 dias, podendo se negar a exigir o documento ou
coisa, havendo a designação de audiência.
Art. 402. Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou
da coisa, o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem
como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em seguida proferirá
decisão.
Após a audiência, caso seja firmada a obrigação de exibição, no prazo de 5 dias, e o
terceiro não apresenta o documento ou coisa, é determinada a busca e apreensão.
Há casos específicos em que a parte ou terceiro podem se recusar de forma legítima a
exibir documentos ou coisas, conforme o art. 404
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a
coisa se:
I - concernente a negócios da própria vida da família;
II - sua apresentação puder violar dever de honra;
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a
seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar
perigo de ação penal;
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou
profissão, devam guardar segredo;
V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do
juiz, justifiquem a recusa da exibição;
VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição
Caso haja a incidência de uma das hipóteses acima descritas, pode-se optar pela exibição
parcial do documento.
● Provas em Espécie - Prova Pericial
Aquelas que são destinadas a provas fatos que dependem de algum conhecimento
técnicos que são realizados por peritos, os quais devem ser imparciais, por isso podem ser
considerados suspeitos ou impedidos e nesse caso devem ser substituídos, além disso,
podem ser substituídos quando não possuem o conhecimento técnico necessário ou deixem
de cumprir seus encargos dentro do prazo.
Estes, podem ser nomeados pelo julgador ou escolhido de comum acordo entre as partes.
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o
mediante requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos
assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará
em data e local previamente anunciados.
§ 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo
e pareceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada
por perito nomeado pelo juiz.
Há também a existência de assistentes técnicos que serão contratados diretamente pelas
partes, e não possuem compromisso com a imparcialidade, atuando assim em favor das
partes.
O laudo se dá pela análise técnica do perito, podendo as partes apresentarem
questionamentos ao laudo e os assistentes técnicos podem apresentar pareceres.
Caso ainda haja dúvidas mesmo após a emissão do laudo, o perito poderá ser ouvido na
audiência de instrução e julgamento.
Pode ainda ser realizada uma segunda perícia para que sejam esclarecidos pontos
contraditórios e que não ficaram totalmente claros na primeira perícia. Deve-se destacar
que se trata de uma forma complementar e não uma substituição.
Dentro do Laudo é indispensável que possua alguns elementos, estes estão previstos no
art. 473 do CPC.
Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da
qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas
partes e pelo órgão do Ministério Público.
Contudo, o juiz não está necessariamente vinculado às conclusões apresentadas pela
prova pericial, sendo que a sua sentença deve ser devidamente fundamentada.
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371,
indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de
considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo
perito.

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