Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) PARTE GERAL PARTE ESPECIAL DAS PESSOAS DIREITO DAS OBRIGAÇÕES BENS CONTRATOS FATOS JURÍDICOS RESPONSABILIDADE CIVIL PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DIREITO DAS COISAS PROVA FAMÍLIA E SUCESSÕES INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 1. PERSONALIDADE E CAPACIDADE • CAPACIDADE: aptidão da pessoa para exercer direitos e assumir deveres na órbita civil (Art. 1º CC/02) Art. 2º, CC/02: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. DE DIREITO OU DE GOZO DE FATO OU DE EXERCÍCIO CAPACIDADE PLENA INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 2. INCAPACIDADE 3. EMANCIPAÇÃO (art. 5º Parágrafo único) • Voluntária (inciso I) • Judicial (inciso I); • Legal: ➢ Casamento (inciso II) ➢ Emprego público efetivo (inciso III) ➢ Colação de grau em curso de ensino superior (inciso IV); ➢ Estabelecimento civil ou comercial ou relação de emprego, desde que tenha renda própria (inciso V) ABSOLUTA RELATIVA Art. 3º CC/02 Art. 4º CC/02 REPRESENTANTE LEGAL ASSISTENTE LEGAL NULO ANULÁVEL EX TUNC EX NUNC INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 4. FIM DA PERSONALIDADE MORTE PRESUMIDA Com declaração de ausência Sem declaração de ausência (Art. 7º) estava em perigo de vida guerraNATURAL INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 5. DO AUSENTE (Arts. 22 ao 39) • Pessoa que desaparece do domicílio sem deixar notícias; • DECLARAÇÃO JUDICIAL; • Procedimento: 1. Curadoria dos bens do ausente. 2. Sucessão Provisória (1 ano ou 3 anos); 3. Sucessão Definitiva (10 anos ou 5 anos). • Quem pode ser curador: 1. cônjuge do ausente; 2. pais ou aos descendentes; 3. Juiz nomeará. 6. DIREITOS DA PERSONALIDADE • Características: Intransmissíveis, irrenunciáveis, indisponíveis, imprescritíveis, indisponíveis, impenhoráveis, ilimitados, absolutos, inexpropriáveis; • Morto tem proteção! Art. 12, p.u. e art. 20, p.u. • Não pode dispor do próprio corpo, salvo exigência médica ou transplante, ou após a morte. • pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 7. PESSOAS JURÍDICAS (art. 45 e ss, CC) • Nascimento a partir do registro dos atos constitutivos – teoria da realidade técnica – para as pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, CC). Já as pessoas jurídicas de direito público adquirem personalidade por força da lei ou do ato que a constituiu. • Registro no cartório de registro de pessoas jurídica, Junta Comercial e OAB; • TIPOS: Público e Privado • Entes despersonalizados; • Responsabilidade Civil: Art. 43 (público) e Art. 47 (privado) • Direitos da Personalidade: art. 52 do CC/02 • Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica (Art. 50) ➢ Requisitos: a) Abuso da Personalidade: desvio de finalidade ou confusão patrimonial; b) Requerimento da parte interessada ou do MP; • Desconsideração Inversa. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 7. PESSOAS JURÍDICAS (art. 45 e ss, CC) DIREITO PÚBLICO EXTERNO DIREITO PÚBLICO INTERNO DIREITO PRIVADO Art. 42 do CC/02 Art. 41 do CC/02 Art. 44 do CC/02 • Estados estrangeiros; • Todas as pessoa que forem regidas pelo direito internacional público; • Santa Sé. • União; • Estados, Distrito Federal e Territórios; • Municípios; • Autarquias e Associações Públicas; • Demais entidades de caráter público criadas por lei. • Associações; • Sociedades; • Fundações; • Organizações Religiosas; • Partidos Políticos; • Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 8. DOMICÍLIO (Arts. 70 e ss) • Lugar onde a pessoa estabelece residência com ânimo definitivo; • Pluralidade: quando tem mais de um domicílio; • Deverá declarar que irá mudar de domicílio; • Teoria do domicílio aparente; • Domicílio da Pessoa Jurídica de Direito Privado: onde está localizada a sua sede, indicado no seu estatuto, contrato social ou ato constitutivo; • Domicílio da Pessoa Jurídica de Direito Público: Distrito federal, capitais e administração municipal. • Espécies: 1. Voluntário (art. 70)] 2. Eleição (art. 78) 3. Necessário (art. 76) ➢ Servidor ➢ Incapaz ➢ Marítimo; ➢ Preso; ➢ Militar. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 9. BENS • Coisas que proporcionam a pessoa alguma utilidade, sendo suscetível de apropriação; • Classificação: 1. Bens Imóveis e Móveis 2. Bens Fungíveis e Infungíveis 3. Bens Consumíveis e Inconsumíveis 4. Bens Divisíveis e Indivisíveis 5. Bens Singulares e Coletivos 6. Bens Principais e Acessórios . 7. Bens Particulares, Públicos e “res nullius • Benfeitorias: 1. Necessárias; 2. Úteis; 3. Voluptuárias. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 10.FATOS JURÍDICOS FATO JURÍDICO FATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO ORDINÁRIO EXTRAORDINÁRIO ATO–FATO JURÍDICO ATO JURÍDICO OU AÇÃO HUMANA ATO LÍCITO ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO NEGÓCIO JURÍDICO ATO ILÍCITO INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 11.NEGÓCIOS JURÍDICOS • Planos de Análise: existência, validade e eficácia • Elementos constitutivos: agente capaz; manifestação de vontade livre e de boa fé; forma prescrita ou não defesa em lei; objeto possível e determinável ou determinado • Elementos acidentais: condição, termo e encargo CONDIÇÃO TERMO ENCARGO ou MODO Evento futuro e incerto Evento futuro e certo Liberalidade + Ônus art. 121 do CC Art. 131 do CC Art. 136 e 137 do CC “se” e “enquanto” “quando” “para que” e “com o fim de” INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 11.NEGÓCIOS JURÍDICOS • Vícios no Negócio Jurídico: Vícios Sociais Fraude contra credores Simulação Vícios de consentimento Erro Dolo Coação Lesão Estado de Perigo INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 11.NEGÓCIOS JURÍDICOS • Vícios no Negócio Jurídico: VÍCIOS SOCIAIS SIMULAÇÃO FRAUDE CONTRA CREDORES Declaração enganosa Alienação dos bens pelo devedor insolvente para prejudicar os credores Causas enumeradas no art. 167, CC Previsão arts. 158 e ss É causa de NULIDADE É ANULÁVEL INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 11.NEGÓCIOS JURÍDICOS • Vícios no Negócio Jurídico: VÍCIOS DE CONSENTIMENTO ERRO DOLO COAÇÃO LESÃO ESTADO DE PERIGO Arts. 138 e ss Arts. 145 e ss Arts. 151 e ss Arts. 157 e ss Arts. 156 e ss Falsa percepção da realidade, sendo substancial e escusável Alguém que usa de artifício malicioso para prejudicar outrem em NJ Violência psicológica para compelir pessoas a realizar NJ Prejuízo desproporcional no NJ por necessidade ou inexperiência Quando está em situação de perigo e aceita NJ excessivamente oneroso INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 11.NEGÓCIOS JURÍDICOS • Invalidade no Negócio Jurídico (arts. 166 e 167): a) for celebrado por pessoa absolutamente incapaz; b) for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; c) o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; d) não revestir a forma prescrita em lei; e) preterir alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; f) tiver por objeto fraudar a lei imperativa; g) a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção; h) tiver havido simulação. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 12.PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • Elementos Subjetivos: CREDOR e DEVEDOR • Elemento Objetivo: PRESTAÇÃO e o BEM POSTO EM CIRCULAÇÃO • CLASSIFICAÇÃO BÁSICA: POSITIVAS DE DAR COISA CERTA COISA INCERTA DE FAZER NEGATIVAS DE NÃO FAZER INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • Elementos Subjetivos: CREDOR e DEVEDOR • Elemento Objetivo: PRESTAÇÃO e o BEM POSTO EM CIRCULAÇÃO • CLASSIFICAÇÃOBÁSICA: POSITIVAS DE DAR COISA CERTA COISA INCERTA DE FAZER NEGATIVAS DE NÃO FAZER INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • OBRIGAÇÃO DE DAR/ENTREGAR/RESTITUIR: ▪ COISA CERTA (arts. 233 a 242): o Perecimento: fica resolvida a obrigação se for sem culpa do devedor, mas se houver culpa, o devedor responderá pelo valor da coisa mais perdas e danos; o Deterioração: o credor pode escolher resolver a obrigação ou aceitar a coisa, com abatimento do valor se for sem culpa do devedor; mas se houver culpa do devedor, o redor poderá exigir o equivalente ou aceitar a coisa e, independente do que escolher, terá direito à perdas e danos. ▪ COISA INCERTA (arts. 243 a 246). INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • OBRIGAÇÃO DE FAZER ▪ FUNGÍVEL: pode ser executado por qualquer pessoa ▪ INFUGÍVEL: é personalíssimo ▪ DESCUMPRIMENTO (art. 248): o Sem culpa do devedor: resolve-se a obrigação. o Com culpa do devedor: poderá ser condenado a indenizar a outra parte pelo prejuízo causado INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER ▪ Descumprimento: o Sem culpa do devedor: resolve-se a obrigação (Art. 250). o Com culpa do devedor: poderá exigir que o desfaça e perdas e danos (Art. 251) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA o Pode ser ATIVA e PASSIVA ou MISTA o O que é solidariedade: Art. 264 o Não se presume, sempre é resultante da lei ou por vontade das partes; o ATIVA: Qualquer dos credores tem a faculdade de exigir do devedor a prestação por inteiro, e a prestação efetuada pelo devedor a qualquer deles libera-o em face de todos os outros credores o PASSIVA: Se um dos devedores pagar uma parte ou o credor perdoar um dos devedores (remissão), os demais responderão solidariamente pelo remanescente INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA o Quando há mais de uma prestação, sendo elas excludentes entre si; o A escolha caberá ao DEVEDOR (em regra) IMPOSSIBILIDADE TOTAL Com culpa do devedor Escolha do devedor: pagar o valor da prestação que se impossibilitou por último + perdas e danos (art. 254,CC) Escolha do credor: poderá exigir qualquer prestação + perdas e danos (art. 255, CC) Sem culpa do devedor Extingue-se a obrigação (art. 256, CC/02) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA IMPOSSIBILIDADE PARCIAL Com culpa do devedor Escolha do devedor: Concentra-se a obrigação no remanescente (art. 253, CC) Escolha do credor: poderá exigir a prestação remanescente ou o valor + perdas e danos (art. 255, CC) Sem culpa do devedor Concentra-se a obrigação no remanescente (art. 253, CC) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO o Quem deve pagar → DEVEDOR ou TERCEIRO INTERESSADO OU NÃO INTERESSADO (art. 304) o Terceiro não interessado pode pagar em nome do devedor (art. 304) ou em nome próprio (art. 305), podendo o devedor desconhecer ou se opor ao pagamento, quando tiver um justo motivo (art. 306). o Quando é uma obrigação de TRANSFERÊNCIA DE DOMÍNIO (art. 307), somente o titular da propriedade pode realizar. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO o Quem deve receber (art. 308) → CREDOR, REPRESENTANTE DO CREDOR ou TERCEIRO (desde que o credor ratifique ou reverta em seu proveito – art. 310); o CREDOR APARENTE OU PUTATIVO (art. 309) devedor de boa-fé e erro escusável; o LEMBRAR: o credor não é obrigado a receber prestação diversa (art. 313) ou receber em partes (art. 314) o Devedor deve exigir PROVA DO PAGAMENTO INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO o Quem deve receber (art. 308) → CREDOR, REPRESENTANTE DO CREDOR ou TERCEIRO (desde que o credor ratifique ou reverta em seu proveito – art. 310); o CREDOR APARENTE OU PUTATIVO (art. 309) devedor de boa-fé e erro escusável; o LEMBRAR: o credor não é obrigado a receber prestação diversa (art. 313) ou receber em partes (art. 314) o Devedor deve exigir PROVA DO PAGAMENTO INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO o LUGAR DAS OBRIGAÇÕES: devem ser cumpridas no domicílio do devedor (regra), salvo se: foi convencionado diversamente; se a lei dispor em contrário; ou se a natureza da obrigação não permitir o Se for designado mais de um lugar para o pagamento o credor tem o direito de escolher (art. 327, p.u). Mas se houver motivo grave, o devedor pode fazer o pagamento em local diverso (art. 329) o O pagamento feito reiteradamente em outro local faz presumir a renúncia do credor ao lugar previsto no contrato (art. 330); INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO o REGRA: todo pagamento deve ser efetuado no dia do vencimento da dívida; se não houver disposição com data, o credor pode exigir imediatamente; o O devedor pode antecipar, salvo se a data do pagamento seja estipulada para favorecer o credor; o Hipóteses em que o credor pode exigir antecipadamente o pagamento: ART. 333 INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • FORMAS ESPECIAIS DO PAGAMENTO o Consignação em pagamento (art. 334 ao 345) → Credor se nega a receber ou acontecimento impede o pagamento. Nesse caso, o devedor depositará judicialmente ou em estabelecimento bancário. a) Hipóteses: art. 335 (não é taxativo) b) Procedimento: Ação de Consignação em Pagamento (arts. 539, CPC) o Pagamento com Sub-rogação (arts. 346 ao 351) → quando alguém paga a dívida no lugar do devedor, nas hipóteses do art. 346 e 347 (taxativo). O principal efeito é transferir ao novo credor “todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e seus fiadores. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • FORMAS ESPECIAIS DO PAGAMENTO o Imputação do Pagamento (arts. 351 ao 355) → determinação feita pelo devedor, dentre dois ou mais débitos da mesma natureza, positivos e vencidos, devidos a um só credor, indicativa de qual dessas dívidas quer solver. o Dação em Pagamento (arts. 356 ao 359) → quando o credor aceita em receber prestação diversa da que fora inicialmente pactuada. o Novação (arts. 360 ao 367) → quando as partes criam uma nova obrigação para substituir a obrigação anterior. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES CESSÃO DE CRÉDITO Credor (cedente) transmite total ou parcialmente o seu crédito a um terceiro (cessionário), mantendo-se a relação principal com o devedor CESSÃO DE DÉBITO (ASSUNÇÃO DE DÍVIDA) o devedor, com o expresso consentimento do credor, transmite a um terceiro a sua obrigação CESSÃO DE CONTRATO o cedente transfere a sua própria posição contratual (compreendendo créditos e débitos) a um terceiro (cessionário), que passará a substituí- lo na relação jurídica originária INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES o FORTUITO: decorre de fato não imputável ao devedor que, por isso, não estará obrigado a indenizar (caso fortuito ou força maior) o CULPOSO: a) Absoluto (art. 389) → impossibilita o credor de receber a prestação (perdas e danos) b) Relativo: ainda é possível cumprir a obrigação (mora) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES o PERDAS E DANOS: prejuízos (material ou moral) a) Art.402: • Dano emergente: o que efetivamente se perdeu • Lucros cessantes: o que deixou de lucrar • Dano em ricochete: danos que atingem pessoas próximas o JUROS: remuneração devida ao credor em virtude da utilização do seu capital. a) Compensatórios: remunerar o credor pelo simples fato de haver desfalcado o seu patrimônio b) Moratórios: indenização pelo retardamento no cumprimento da obrigação INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES o MORA: ocorre quando o devedor não cumpre a obrigação no tempo, lugar e forma convencionada, devendo ser compensado. a) Pode ser do devedor e do credor; b) Efeitos de mora do devedor: arts. 395 e 399 c) Quando a mora é do credor, o devedor pode exonerar-se com a consignação em pagamento d) Efeitos da mora do credor: art. 400 INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES o CLÁUSULA PENAL (Arts. 408 e 409): pacto acessório, pelo qual as partes de determinado negócio jurídico fixam, previamente, a indenização devida em caso de descumprimento culposo da obrigação principal; a) Compensatória ou moratória b) Não pode cumular com indenização c) descumprimento obrigacional, não precisará o credor provar o prejuízo, uma vez que este será presumido (art. 416) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES • INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES o ARRAS ou SINAL: uma das partes entrega determinado bem à outra, em garantia da obrigação pactuada a) Confirmatórias: significa princípio de pagamento e, portanto, não dá direito de arrependimento. Se o contrato for descumprido, poderá reter as arras ou exigir a devolução mais o equivalente, além de indenização b) Penitenciais: há direito de arrependimento, tendo função unicamente indenizatórias. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.TEORIA GERAL DOS CONTRATOS • Contrato: negócio jurídico em que duas ou mais partes visam atingir interesses patrimoniais, criando um dever jurídico entre elas • Princípios: autonomia da vontade; força obrigatória; função social; boa-fé, etc. • Estipulação em favor de terceiro: uma parte convenciona com o devedor que este deverá realizar determinada prestação em benefício de outrem; • Promessa de fato de terceiro: prestação acertada não é exigida do estipulante, mas sim de um terceiro, estranho à relação jurídica obrigacional • Contrato com pessoa a declarar: terceiro que titularizará os direitos e obrigações decorrentes do negócio, caso aceite a indicação realizada INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.TEORIA GERAL DOS CONTRATOS • Contrato Preliminar: obrigação de fazer de um contrato definitivo • Vícios Redibitórios: defeitos ocultos que diminuem o valor ou prejudicam a utilização do objeto a) Consequências (art. 442, CC): Rejeitar a coisa, redibindo o contrato (ação redibitória) ou reclamar o abatimento do preço (ação estimatória ou quanti minoris). b) Prazo é decadencial de 30 dias se for móvel ou 1 ano se for imóvel (art. 445, CC) • Evicção: perda, pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade do bem, por força de sentença judicial ou ato administrativo que reconheceu o direito anterior a terceiro (evictor). a) Direitos do evicto: Art. 450 INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 13.TEORIA GERAL DOS CONTRATOS • Extinção do contrato: a) Natural: cumprimento da obrigação; b) Causas anteriores: nulidade ou anulabilidade; redibição ou direito de arrependimento; c) Causas superveniente: resilição bilateral ou unilateral; resolução pela inexecução; rescisão; morte de um dos contratantes; etc. • Exceção do Contrato não Cumprido: quando a parte demandada pela execução de um contrato pode arguir que deixou de cumpri-lo pelo fato da outra ainda também não ter satisfeito a prestação correspondente • Teoria da Imprevisão: permite rediscutir os preceitos contidos em uma relação contratual, em face da ocorrência de acontecimentos novos, imprevisíveis pelas partes e a elas não imputáveis. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 14.COMPRA E VENDA • Conceito: contrato pelo qual um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de um bem e o outro a pagar em dinheiro (art. 481) • Despesas da escritura e registro ficam a cargo do comprador e as da tradição do vendedor, salvo disposição em contrário (art. 490) • Responsabilidade pela coisa é do vendedor (art. 492), salvo se o comprador exigir lugar diverso (art. 494) • Retrovenda (art. 505): direito do vendedor resolver o negócio, restituindo o preço e reembolsando as despesas. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 14.COMPRA E VENDA • Importante: a) Venda a descendente (art. 496, CC) b) Falta de legitimidade (art. 497, CC) c) Venda a condômino (art. 504, CC) d) Venda entre cônjuges ou companheiros (art. 499, CC) • Direito de preferência (art. 513): caso o comprador almeje vender o bem, terá que oferecer primeiro ao vendedor INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 15. TROCA OU PERMUTA • Conceito: as partes se obrigam a entregar reciprocamente coisas, que não sejam dinheiro (art. 533) • Aplicam-se as normas de compra e venda 16. DOAÇÃO • Conceito: quando o doador, por liberalidade, transfere bens ao patrimônio do donatário (art. 538) a) Aceitação da doação b) Doação mortis causa c) Doação inoficiosa d) Doação universal INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 17. LOCAÇÃO • Locação das coisas → arts. 565 e ss • Locação Imobiliária → Lei n. 8.245/91 • Indenização por benfeitorias: apenas as necessárias, salvo disposição em contrário (art. 578) • Direito de retenção: art. 571, p.u. 18. EMPRÉSTIMO • Comodato → bens não fungíveis (arts. 579 ao 585) • Mútuo → bens fungíveis (arts. 586 ao 592) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 19. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS • Atividade lícita manual ou intelectual; • Inexiste SUBORDINAÇÃO; • Prazo: até 04 anos (art. 598) 20. EMPREITADA • Empreitada de lavor ou de mão de obra: o empreiteiro simplesmente entrega a sua força de trabalho para a realização da obra contratada. Nesse caso, o dono assume os riscos da atividade; • Empreitada de materiais: o empreiteiro se obriga não somente a realizar a obra, mas, também, a fornecer os materiais necessários para o seu desenvolvimento. Nesse caso, o empreiteiro assume os riscos da atividade (art. 611, CC/02). INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 19. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS • Atividade lícita manual ou intelectual; • Inexiste SUBORDINAÇÃO; • Prazo: até 04 anos (art. 598) 20. EMPREITADA • Empreitada de lavor ou de mão de obra: o empreiteiro simplesmente entrega a sua força de trabalho para a realização da obra contratada. Nesse caso, o dono assume os riscos da atividade; • Empreitada de materiais: o empreiteiro se obriga não somente a realizar a obra, mas, também, a fornecer os materiais necessários para o seu desenvolvimento. Nesse caso, o empreiteiro assume os riscos da atividade (art. 611, CC/02). INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 21.ATOS UNILATERAIS • Promessa de Recompensa: Obrigação instituída por anúncio de promessa de gratificação ao preenchimento de condições (art. 854) • Gestão de Negócios: atuação de um indivíduo, sem autorização do interessado, na administração de negócio alheio (art. 861) • Pagamento Indevido: aquele que recebeu o que não lhe era devido, fica obrigado a restituir (art. 876) • Enriquecimento sem causa: enriquecimento de uma das partes da relação de forma injustificada em detrimento da outra (art. 884) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 22. RESPONSABILIDADE CIVIL • Quando há violação de um dever jurídico (arts. 927 e ss), devendo haver a sua reparação civil (função compensatória e punitiva) • Ato ilícito (arts. 186 e 187) • Elementos: conduta + dano + nexo de causalidade • Pode ser: a) Subjetiva ou Objetiva;b) Contratual ou Extracontratual/aquiliana • Responsabilidade civil por ato de terceiro (culpa in vigilando ou in elegendo) • Responsabilidade pelo fato da coisa INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • Conjunto de princípios e normas que disciplina a relação jurídica referente às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem, segundo uma finalidade social. • Características: Legalidade ou tipicidade; Taxatividade; Publicidade; Eficácia erga omnes; Inerência ou aderência; Sequela. • OBRIGAÇÃO REAL (PROPTER REM): obrigações que decorrem de um direito real sobre determinada coisa, aderindo a essa e, por isso, acompanhando-a nas modificações do seu titular; a) Tem natureza híbrida (real + obrigacional); b) Se transmitem automaticamente ao novo titular; INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • POSSE: domínio fático da pessoa sobre a coisa o Teoria Subjetiva, de SAVIGNY: animus (intenção de ter a coisa) e corpus (o poder material sobre a coisa); o Teoria Objetiva, de IHERING: apenas existe o animus → comporta-se como se fosse o proprietário. O CC/02 dispõe em perspectiva com o princípio constitucional da função social (art. 1.196) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • POSSE: o Detenção: quando um sujeito exerce o poder de fato e se comporta como um não proprietário (depositário) é um não possuidor, ou seja, um detentor (art. 1.198, CC/02). IMPORTANTE: NÃO INDUZ AOS EFEITOS DA POSSE. Ex.: Caseiro o Classificação: QUANTO AO EXERCÍCIO E GOZO DIRETA INDIRETA QUANTO A EXISTÊNCIA DE VÍCIO JUSTA INJUSTA QUANTO À LEGITIMIDADE DO TÍTULO BOA- FÉ MÁ-FÉ QUANTO AO TEMPO NOVA VELHA QUANTO À PROTEÇÃO AD INTERDICTA AD USUCAPIONEM INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • POSSE: o COMPOSSE: posse em comum (art. 1.199): i. PRO DIVISO: quando os delimitam áreas do bem para o seu exercício; ii. PRO INDIVISO: quando os possuidores, indistintamente, exercem, simultaneamente, atos de posse sobre todo o bem. o AQUISIÇÃO: momento em que se torna possível seu exercício, em nome próprio, qualquer um dos poderes à propriedade (ar. 1.204) i. Pode ser adquirida pela própria pessoa ou por representante (art. 1.205) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • POSSE: o PERDA (arts. 1.223 e 1.224) i. Quando cessa o poder sobre o bem; ii. Quando se tem notícia do esbulho, quando se abstém de retomar a coisa ou é repelido ao tentar recuperá-la; iii. Abandono da coisa, destruição da coisa, tradição. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • POSSE: o EFEITOS: i. Usucapião; ii. Percepção dos frutos e produtos (arts. 1.214 a 1.216); iii. Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa (arts. 1.217 a 1.218); iv. Indenização pelas benfeitorias (arts. 1.219 a 1.220) v. Proteção possessória INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • POSSE: o EFEITOS: i. Proteção possessória ▪ De direito material: autotutela da posse é permitida pelo CC/02 por meio da legítima defesa e o desforço incontinenti ou imediato (art. 1.210) ▪ De direito processual: a) Ação de Reintegração de Posse → Esbulho (perda da posse) b) Ação de Manutenção de Posse → Turbação (perturbação da posse) c) Interdito Proibitório → Ameaça à posse INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • PROPRIEDADE: direito real de USAR, GOZAR ou FRUIR, DISPOR e REIVINDICAR a coisa, nos limites da sua função social. o EXTENSÃO DA PROPRIEDADE: (art. 1.229) a propriedade do solo, abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício. o AQUISIÇÃO: BENS IMÓVEIS E MÓVEIS INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL: o USUCAPIÃO: ▪ modo ORIGINÁRIO de aquisição da propriedade → PRESCRIÇÃO AQUISITIVA; ▪ Pressupostos: ❑ Posse continua ou ininterrupta; ❑ Posse mansa e pacifica ou seja, posse sem oposição; ❑ Lapso temporal; ❑ Animus domini (posse com intenção de dono); OBS.: Bens Públicos INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL: o REGISTRO IMOBILIÁRIO ▪ Leis n. 6.015, de 1973 (Lei de Registros Públicos) e 8.935, de 1994; ▪ Matricula, Registro e Averbação; ▪ Art. 1.245, CC/02: “quem não registra não é dono”. ▪ Presunção relativa de veracidade do registro, isto é, admite impugnação (por invalidade) ou, ainda, retificação (Art. 1.245, §2º e art. 1.247, do CC/02); ▪ Presunção Absoluta → Registro Torrens (arts. 277 a 288 da LRP) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL: o ACESSÃO: aumento de volume da coisa principal, mediante união física • TIPOS (art. 1.248, CC/02): a) por formação de ilhas (art. 1.249); b) por aluvião (art.1.250); c) por avulsão (art. 1.251); d) por abandono de álveo (art. 1.252); e) por plantações e construções (arts. 1.253 ao 1.255). INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE MÓVEL: o USUCAPIÃO o Ordinário (art. 1.260): Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade; o Extraordinário (art. 1.261): se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, independente de título ou boa-fé; OBS.: Bem roubado? Pode, mas observar o art. 200, CC/02 INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE MÓVEL: o OCUPAÇÃO: aquele que se assenhorear de coisa sem dono, não sendo essa ocupação defesa por lei; o ACHADO DE TESOURO (arts. 1.264 a 1.266): ▪ depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória; ▪ será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente; ▪ Será integralmente do proprietário se esse o achou sozinho; ▪ Será integralmente do descobridor se o encontrar em terreno aforado INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE MÓVEL: o TRADIÇÃO: Solenidade exigida para a aquisição de bens móveis, independente de título, podendo ser REAL, FICTA ou SIMBÓLICA o ESPECIFICAÇÃO (arts. 1.269 a 1.271): Transformação da matéria-prima em obra final e não há possibilidade de a matéria retornar ao seu estado original; o CONFUSÃO, COMISTÃO E ADJUNÇÃO (arts. 1.272 a 1.274 do CC/02) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • PERDA DA PROPRIEDADE: o Alienação: transferência de propriedade por meio da compra e venda; o Renúncia: ato formal de abdicação da coisa; o Abandono: ato informal de deixar a coisa; o Perecimento da coisa: destruição do próprio bem; o Desapropriação: cessão ao domínio público, compulsória e mediante justa indenização, de propriedade pertencente a um particular. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITO DE VIZINHANÇA – USO IMPRÓPRIO (arts. 1.277 a 1.281) o O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha; o Não se aplica a Teoria da Pré-ocupação (o proprietário ou possuidor, que se afixa primeiramente na região, estabelece certos padrões sociais de habitação); o O proprietário ou possuidor prejudicado poderá ingressar com demanda individual, na Vara Cível ou Juizado Especial e, se atingir um grupo ou número indeterminado de pessoas, poderá ser ajuizada ação coletiva pelo Ministério Público; o AÇÃO DE DANO INFECTO (art. 1.280, CC/02): ação judicial proposta que visa à acautelar o proprietário de um dano iminente ou infecto. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof.Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITO DE VIZINHANÇA – ÁRVORES LIMÍTROFES (ARTS. 1.282 a 1.284): o Árvore cujo tronco estiver na linha divisória presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes (art. 1.282); o as raízes e os ramos de árvore que ultrapassarem a estrema do prédio poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido (art. 1.283); o os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular (art. 1.284) Exceção à regra de que o acessório segue o principal (princípio da gravitação jurídica); INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITO DE VIZINHANÇA – PASSAGEM FORÇADA (ARTS. 1.285): o Quando o dono do imóvel que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem forçada, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário; o Enunciado n. 88 da I Jornada de Direito Civil: “O direito de passagem forçada, previsto no art. 1.285 do CC, também é garantido nos casos em que o acesso à via pública for insuficiente ou inadequado, consideradas, inclusive, as necessidades de exploração econômica”; INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITO DE VIZINHANÇA – PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES (ARTS. 1.286 A 1.287): o O proprietário terá que tolerar a passagem, através de seu imóvel, em proveito dos proprietários vizinhos, mediante recebimento de indenização que atenda, também, a desvalorização da área remanescente; o O proprietário prejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio onerado; o Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a realização de obras de segurança; INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITO DE VIZINHANÇA – DAS ÁGUAS (ARTS1.286 E 1.287): o O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; o As águas são artificialmente levadas ao prédio superior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer; o O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores ; INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITO DE VIZINHANÇA – LIMITES ENTRE PRÉDIOS (ARTS. 1.297 E 1.298): o O proprietário pode constranger o seu confinante a proceder com ele a demarcação entre dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas; o Ações demarcatórias: arts. 574 a 587 do CPC/2015 INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITO DE VIZINHANÇA – DIREITO DE CONSTRUIR (ARTS. 1.299 A 1.313): o O proprietário pode construir, desde que não interfira no prédio do vizinho ou desrespeite os regulamentos administrativos; o Distância mínima para abertura de janelas, eirados, terraços ou varandas: 1,5 m do terreno vizinho (Art. 1.301) ou 75 cm se a visão for oblíqua (§1º); O proprietário tem o prazo de 01 ANO e 01 DIA após a conclusão da obra para exigir que seja desfeita; INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • CONDOMÍNIO: quando mais de uma pessoa tem a propriedade sobre um bem indiviso, onde cada condômino tem uma fração ideal; • CONDOMÍNIO VOLUNTÁRIO (arts. 1.314 a 1.322): criado por ajustes de vontades: o Não pode alterar a destinação do bem sem o consenso de todos; o As despesas serão rateadas na proporção de cada fração, salvo se for determinada a solidariedade dos condôminos; o As dívidas contraídas por um condômino, mas em proveito de todos, obriga apenas aquele que contratou. Mas esse terá direito a ação regressiva; o Direito de Preferência (art. 504): o direito de prevalecer o seu interesse em adquirir o bem, se sua proposta estiver em iguais condições às dos demais interessados. Se teve conhecimento da venda, pode depositar o prezo no prazo de 180 dias; INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • CONDOMÍNIO NECESSÁRIO (arts. 1.327 a 1.330): Copropriedade decorrente da própria lei: o o proprietário que tiver direito de delimitar um imóvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados, tê-lo-á igualmente a adquirir meação na parede, muro, valado ou cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do que atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado; o não convindo os dois no preço da obra, será este arbitrado por peritos, a expensas de ambos os confinantes; o enquanto aquele que pretender a divisão não o pagar ou depositar, nenhum uso poderá fazer ou qualquer obra divisória INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • CONDOMÍNIO EDILÍCIO (arts. 1.331 e ss): imóveis onde coexistem partes comuns e partes exclusivas: o Ente despersonalizado; o Criação (art. 1332): ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo conter a individualização das unidades e as partes comuns, as frações ideais e o fim a que se destinam as unidades; o Convenção do condomínio (art. 1.333 e 1.334); o Direitos e deveres dos condôminos (arts. 1.335 e 1.336); o Taxa condominial ≠ multa o Exclusão do condômino é possível, mas ele não perderá a propriedade o Assembleia do Condomínio: observar os quóruns dos arts. 1.347 a 1.356 o Extinção: Arts. 1.357 a 1.358 INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • CONDOMÍNIO DE LOTES (arts. 1.358-A): que a unidade autônoma corresponde a um lote, o qual está necessariamente vinculada a uma fração ideal das áreas comun: o Aplicam-se as regras de condomínio edilício; o faculta-se aos instituidores do condomínio de lotes a indicação dos critérios de cálculo da fração ideal vinculada a cada unidade autônoma, mas há possibilidade de adotar critérios de propor (§1 do art. 1.358-A). o a implantação de toda a infraestrutura ficará a cargo do empreendedor (§3º do art. 1.358-A) ou a apresentação de um cronograma de execução, acompanhado de garantias em caso de inadimplemento (art. 9º da Lei nº 6.766/79) INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • MULTIPROPRIEDADE (arts. 1.358-C): repartido em unidades fixas de tempo, assegurando a cada cotitular o seu uso exclusivo e perpétuo durante certo período estipulado: o Trata-se de uma multipropriedade periódica: exercício temporal fracionado; o Objetivo: aumentar o número de pessoas que usufruem dos benefícios dos imóveis; o a multipropriedade não será extinta automaticamente se todas as frações de tempo forem do mesmo multiproprietário (Art. 1.358-C, p.u.); o o imóvel objeto da multipropriedade é indivisível, não podendo ser sujeitado a ação de divisão ou de extinção condominial (Art. 1.358-D); o Cada fração de tempo é indivisível (Art. 1.358-E), sendo no mínimo de 7 dias o A transferência não depende da concordância dos demais cotitulares e não há direito de preferência INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITOS REAIS NA COISA ALHEIA DIREITOS DE GOZO OU FRUIÇÃO • Superfície; • Servidão; • Usufruto; • Uso; • Habitação; • Concessões especiais para uso e moradia; • direito real de laje DIREITOS DE GARANTIA • Penhor; • Anticrese; • Hipoteca DIREITO À COISA • Promessa de compra e venda. INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • SUPERFÍCIE (ART. 1.369): concessão a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis• SERVIDÃO (ART. 1.378): direito real que proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui- se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis; • USUFRUTO (ART. 1.390): é o fracionamento perfeito e uniforme dos atributos do domínio, o qual o usufrutuário detém o direito de GOZAR E USAR e o nu- proprietário de REIVINDICAR E ALIENAR INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • USO (ART. 1.412): destina-se a assegurar ao beneficiário a utilização imediata da coisa alheia, limitada às necessidades do usuário e de sua família (direito personalíssimo de usar o bem) • HABITAÇÃO (ART. 1.414): direito de habitar gratuitamente em casa alheia • CONCESSÕES ESPECIAIS PARA USO E MORADIA (LEI 11.481/07): direitos reais referentes a áreas públicas, geralmente invadidas e urbanizadas por comunidades • LAJE (ART. 1.510-A): quando o proprietário do andar térreo cede o direito de uso e moradia para que um terceiro construa a sua casa no andar de cima. Também conhecido popularmente como “puxadinho”; INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITOS REAIS DE GARANTIA: o O bem garante a dívida por vínculo real (art. 1.419), portanto, tem natureza acessória. o Penhor: é constituído sobre bens móveis (em regra), ocorrendo a transferência efetiva da posse do bem do devedor ao credor (também em regra). o Hipoteca: recai sobre bens imóveis (em regra) e não há a transmissão da posse da coisa entre as partes; o Anticrese: o imóvel é dado em garantia e transmitido do devedor, ou por terceiro, ao credor, podendo o último retirar da coisa os frutos e rendimentos para o pagamento da dívida INTENSIVÃO DIREITO CIVIL (Prof. Laryssa Cesar) 23.DIREITOS REAIS • DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR (art. 1.417 e 1.418): o quando é firmado o contrato de promessa ou compromisso de compra e venda, que é um contrato preliminar que tem como objeto um negócio futuro de venda e compra. Por meio dele, o vendedor continua titular do domínio que somente será transferido após a quitação integral do preço, constituindo excelente garantia para o alienante.
Compartilhar