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OAB - Direito Civil

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INTENSIVÃO DIREITO CIVIL 
(Prof. Laryssa Cesar) 
PARTE GERAL PARTE ESPECIAL
DAS PESSOAS DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
BENS CONTRATOS
FATOS JURÍDICOS RESPONSABILIDADE CIVIL
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DIREITO DAS COISAS
PROVA FAMÍLIA E SUCESSÕES
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1. PERSONALIDADE E CAPACIDADE
• CAPACIDADE: aptidão da pessoa para exercer direitos e assumir deveres na
órbita civil (Art. 1º CC/02)
Art. 2º, CC/02: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento 
com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do 
nascituro.
DE DIREITO 
OU
DE GOZO
DE FATO 
OU 
DE EXERCÍCIO 
CAPACIDADE
PLENA
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2. INCAPACIDADE 3. EMANCIPAÇÃO (art. 5º Parágrafo
único)
• Voluntária (inciso I)
• Judicial (inciso I);
• Legal:
➢ Casamento (inciso II)
➢ Emprego público efetivo (inciso III)
➢ Colação de grau em curso de ensino
superior (inciso IV);
➢ Estabelecimento civil ou comercial
ou relação de emprego, desde que
tenha renda própria (inciso V)
ABSOLUTA RELATIVA
Art. 3º CC/02 Art. 4º CC/02
REPRESENTANTE 
LEGAL
ASSISTENTE LEGAL
NULO ANULÁVEL
EX TUNC EX NUNC
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4. FIM DA PERSONALIDADE
MORTE
PRESUMIDA
Com declaração 
de ausência 
Sem declaração 
de ausência
(Art. 7º)
estava em perigo 
de vida
guerraNATURAL
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5. DO AUSENTE (Arts. 22 ao 39)
• Pessoa que desaparece do domicílio sem
deixar notícias;
• DECLARAÇÃO JUDICIAL;
• Procedimento:
1. Curadoria dos bens do ausente.
2. Sucessão Provisória (1 ano ou 3
anos);
3. Sucessão Definitiva (10 anos ou 5
anos).
• Quem pode ser curador:
1. cônjuge do ausente;
2. pais ou aos descendentes;
3. Juiz nomeará.
6. DIREITOS DA PERSONALIDADE
• Características: Intransmissíveis, 
irrenunciáveis, indisponíveis, 
imprescritíveis, indisponíveis, 
impenhoráveis, ilimitados, absolutos, 
inexpropriáveis;
• Morto tem proteção! Art. 12, p.u. e art.
20, p.u.
• Não pode dispor do próprio corpo, salvo
exigência médica ou transplante, ou
após a morte.
• pseudônimo adotado para atividades
lícitas goza da proteção que se dá ao
nome
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7. PESSOAS JURÍDICAS (art. 45 e ss, CC)
• Nascimento a partir do registro dos atos constitutivos – teoria da realidade
técnica – para as pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, CC). Já as
pessoas jurídicas de direito público adquirem personalidade por força da lei
ou do ato que a constituiu.
• Registro no cartório de registro de pessoas jurídica, Junta Comercial e OAB;
• TIPOS: Público e Privado
• Entes despersonalizados;
• Responsabilidade Civil: Art. 43 (público) e Art. 47 (privado)
• Direitos da Personalidade: art. 52 do CC/02
• Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica (Art. 50)
➢ Requisitos:
a) Abuso da Personalidade: desvio de finalidade ou confusão patrimonial;
b) Requerimento da parte interessada ou do MP;
• Desconsideração Inversa.
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7. PESSOAS JURÍDICAS (art. 45 e ss, CC)
DIREITO PÚBLICO 
EXTERNO
DIREITO PÚBLICO 
INTERNO
DIREITO PRIVADO
Art. 42 do CC/02 Art. 41 do CC/02 Art. 44 do CC/02
• Estados estrangeiros;
• Todas as pessoa que forem
regidas pelo direito
internacional público;
• Santa Sé.
• União;
• Estados, Distrito Federal e
Territórios;
• Municípios;
• Autarquias e Associações
Públicas;
• Demais entidades de
caráter público criadas por
lei.
• Associações;
• Sociedades;
• Fundações;
• Organizações Religiosas;
• Partidos Políticos;
• Empresas Individuais de
Responsabilidade Limitada
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8. DOMICÍLIO (Arts. 70 e ss)
• Lugar onde a pessoa estabelece
residência com ânimo definitivo;
• Pluralidade: quando tem mais de
um domicílio;
• Deverá declarar que irá mudar de
domicílio;
• Teoria do domicílio aparente;
• Domicílio da Pessoa Jurídica de
Direito Privado: onde está
localizada a sua sede, indicado no
seu estatuto, contrato social ou ato
constitutivo;
• Domicílio da Pessoa Jurídica de
Direito Público: Distrito federal,
capitais e administração municipal.
• Espécies:
1. Voluntário (art. 70)]
2. Eleição (art. 78)
3. Necessário (art. 76)
➢ Servidor
➢ Incapaz
➢ Marítimo;
➢ Preso;
➢ Militar.
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9. BENS
• Coisas que proporcionam a pessoa alguma utilidade, sendo suscetível de
apropriação;
• Classificação:
1. Bens Imóveis e Móveis
2. Bens Fungíveis e Infungíveis
3. Bens Consumíveis e Inconsumíveis
4. Bens Divisíveis e Indivisíveis
5. Bens Singulares e Coletivos
6. Bens Principais e Acessórios .
7. Bens Particulares, Públicos e “res nullius
• Benfeitorias:
1. Necessárias;
2. Úteis;
3. Voluptuárias.
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10.FATOS JURÍDICOS
FATO JURÍDICO
FATO JURÍDICO EM 
SENTIDO ESTRITO
ORDINÁRIO 
EXTRAORDINÁRIO
ATO–FATO 
JURÍDICO
ATO JURÍDICO OU 
AÇÃO HUMANA
ATO LÍCITO
ATO JURÍDICO EM 
SENTIDO ESTRITO
NEGÓCIO 
JURÍDICO
ATO ILÍCITO
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11.NEGÓCIOS JURÍDICOS
• Planos de Análise: existência, validade e eficácia
• Elementos constitutivos: agente capaz; manifestação de vontade livre e de boa
fé; forma prescrita ou não defesa em lei; objeto possível e determinável ou
determinado
• Elementos acidentais: condição, termo e encargo
CONDIÇÃO TERMO ENCARGO ou MODO
Evento futuro e incerto Evento futuro e certo Liberalidade + Ônus
art. 121 do CC Art. 131 do CC Art. 136 e 137 do CC
“se” e “enquanto” “quando” “para que” e “com o fim de”
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11.NEGÓCIOS JURÍDICOS
• Vícios no Negócio Jurídico:
Vícios 
Sociais
Fraude 
contra 
credores
Simulação
Vícios de 
consentimento
Erro Dolo Coação Lesão
Estado de 
Perigo
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11.NEGÓCIOS JURÍDICOS
• Vícios no Negócio Jurídico:
VÍCIOS SOCIAIS
SIMULAÇÃO FRAUDE CONTRA CREDORES
Declaração enganosa Alienação dos bens pelo devedor 
insolvente para prejudicar os credores
Causas enumeradas no art. 167, CC Previsão arts. 158 e ss
É causa de NULIDADE É ANULÁVEL
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11.NEGÓCIOS JURÍDICOS
• Vícios no Negócio Jurídico:
VÍCIOS DE CONSENTIMENTO
ERRO DOLO COAÇÃO LESÃO ESTADO DE 
PERIGO
Arts. 138 e ss Arts. 145 e ss Arts. 151 e ss Arts. 157 e ss Arts. 156 e ss
Falsa percepção 
da realidade, 
sendo 
substancial e 
escusável
Alguém que usa de 
artifício malicioso 
para prejudicar 
outrem em NJ
Violência
psicológica para 
compelir pessoas 
a realizar NJ
Prejuízo 
desproporcional
no NJ por 
necessidade ou 
inexperiência
Quando está em 
situação de perigo 
e aceita NJ 
excessivamente 
oneroso 
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11.NEGÓCIOS JURÍDICOS
• Invalidade no Negócio Jurídico (arts. 166 e 167):
a) for celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
b) for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
c) o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
d) não revestir a forma prescrita em lei;
e) preterir alguma solenidade que a lei considere essencial para a
sua validade;
f) tiver por objeto fraudar a lei imperativa;
g) a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem
cominar sanção;
h) tiver havido simulação.
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12.PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• Elementos Subjetivos: CREDOR e DEVEDOR
• Elemento Objetivo: PRESTAÇÃO e o BEM POSTO EM CIRCULAÇÃO
• CLASSIFICAÇÃO BÁSICA:
POSITIVAS
DE DAR
COISA 
CERTA
COISA 
INCERTA
DE FAZER
NEGATIVAS
DE NÃO 
FAZER
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• Elementos Subjetivos: CREDOR e DEVEDOR
• Elemento Objetivo: PRESTAÇÃO e o BEM POSTO EM CIRCULAÇÃO
• CLASSIFICAÇÃOBÁSICA:
POSITIVAS
DE DAR
COISA 
CERTA
COISA 
INCERTA
DE FAZER
NEGATIVAS
DE NÃO 
FAZER
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• OBRIGAÇÃO DE DAR/ENTREGAR/RESTITUIR:
▪ COISA CERTA (arts. 233 a 242):
o Perecimento: fica resolvida a obrigação se for sem culpa do devedor,
mas se houver culpa, o devedor responderá pelo valor da coisa mais
perdas e danos;
o Deterioração: o credor pode escolher resolver a obrigação ou aceitar a
coisa, com abatimento do valor se for sem culpa do devedor; mas se
houver culpa do devedor, o redor poderá exigir o equivalente ou
aceitar a coisa e, independente do que escolher, terá direito à perdas
e danos.
▪ COISA INCERTA (arts. 243 a 246).
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• OBRIGAÇÃO DE FAZER
▪ FUNGÍVEL: pode ser executado por qualquer pessoa
▪ INFUGÍVEL: é personalíssimo
▪ DESCUMPRIMENTO (art. 248):
o Sem culpa do devedor: resolve-se a obrigação.
o Com culpa do devedor: poderá ser condenado a indenizar a outra
parte pelo prejuízo causado
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
▪ Descumprimento:
o Sem culpa do devedor: resolve-se a obrigação (Art. 250).
o Com culpa do devedor: poderá exigir que o desfaça e perdas e danos
(Art. 251)
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
o Pode ser ATIVA e PASSIVA ou MISTA
o O que é solidariedade: Art. 264
o Não se presume, sempre é resultante da lei ou por vontade das partes;
o ATIVA: Qualquer dos credores tem a faculdade de exigir do devedor a
prestação por inteiro, e a prestação efetuada pelo devedor a qualquer
deles libera-o em face de todos os outros credores
o PASSIVA: Se um dos devedores pagar uma parte ou o credor perdoar um
dos devedores (remissão), os demais responderão solidariamente pelo
remanescente
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
o Quando há mais de uma prestação, sendo elas excludentes entre si;
o A escolha caberá ao DEVEDOR (em regra)
IMPOSSIBILIDADE TOTAL
Com culpa do devedor
Escolha do devedor: pagar 
o valor da prestação que se 
impossibilitou por último + 
perdas e danos
(art. 254,CC)
Escolha do credor: poderá 
exigir qualquer prestação + 
perdas e danos 
(art. 255, CC)
Sem culpa do devedor
Extingue-se a obrigação 
(art. 256, CC/02)
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
IMPOSSIBILIDADE 
PARCIAL
Com culpa do devedor
Escolha do devedor: 
Concentra-se a obrigação 
no remanescente
(art. 253, CC)
Escolha do credor: poderá 
exigir a prestação 
remanescente ou o valor 
+ perdas e danos 
(art. 255, CC)
Sem culpa do devedor
Concentra-se a obrigação 
no remanescente
(art. 253, CC)
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO
o Quem deve pagar → DEVEDOR ou TERCEIRO INTERESSADO OU NÃO
INTERESSADO (art. 304)
o Terceiro não interessado pode pagar em nome do devedor (art. 304) ou
em nome próprio (art. 305), podendo o devedor desconhecer ou se opor
ao pagamento, quando tiver um justo motivo (art. 306).
o Quando é uma obrigação de TRANSFERÊNCIA DE DOMÍNIO (art. 307),
somente o titular da propriedade pode realizar.
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO
o Quem deve receber (art. 308) → CREDOR, REPRESENTANTE DO CREDOR
ou TERCEIRO (desde que o credor ratifique ou reverta em seu proveito –
art. 310);
o CREDOR APARENTE OU PUTATIVO (art. 309) devedor de boa-fé e erro
escusável;
o LEMBRAR: o credor não é obrigado a receber prestação diversa (art. 313)
ou receber em partes (art. 314)
o Devedor deve exigir PROVA DO PAGAMENTO
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO
o Quem deve receber (art. 308) → CREDOR, REPRESENTANTE DO CREDOR
ou TERCEIRO (desde que o credor ratifique ou reverta em seu proveito –
art. 310);
o CREDOR APARENTE OU PUTATIVO (art. 309) devedor de boa-fé e erro
escusável;
o LEMBRAR: o credor não é obrigado a receber prestação diversa (art. 313)
ou receber em partes (art. 314)
o Devedor deve exigir PROVA DO PAGAMENTO
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO
o LUGAR DAS OBRIGAÇÕES: devem ser cumpridas no domicílio do devedor
(regra), salvo se: foi convencionado diversamente; se a lei dispor em
contrário; ou se a natureza da obrigação não permitir
o Se for designado mais de um lugar para o pagamento o credor tem o
direito de escolher (art. 327, p.u). Mas se houver motivo grave, o devedor
pode fazer o pagamento em local diverso (art. 329)
o O pagamento feito reiteradamente em outro local faz presumir a
renúncia do credor ao lugar previsto no contrato (art. 330);
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• TEORIA DO PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO
o REGRA: todo pagamento deve ser efetuado no dia do vencimento da
dívida; se não houver disposição com data, o credor pode exigir
imediatamente;
o O devedor pode antecipar, salvo se a data do pagamento seja estipulada
para favorecer o credor;
o Hipóteses em que o credor pode exigir antecipadamente o pagamento:
ART. 333
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• FORMAS ESPECIAIS DO PAGAMENTO
o Consignação em pagamento (art. 334 ao 345) → Credor se nega a
receber ou acontecimento impede o pagamento. Nesse caso, o devedor
depositará judicialmente ou em estabelecimento bancário.
a) Hipóteses: art. 335 (não é taxativo)
b) Procedimento: Ação de Consignação em Pagamento (arts. 539, CPC)
o Pagamento com Sub-rogação (arts. 346 ao 351) → quando alguém paga a
dívida no lugar do devedor, nas hipóteses do art. 346 e 347 (taxativo). O
principal efeito é transferir ao novo credor “todos os direitos, ações,
privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor
principal e seus fiadores.
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• FORMAS ESPECIAIS DO PAGAMENTO
o Imputação do Pagamento (arts. 351 ao 355) → determinação feita pelo
devedor, dentre dois ou mais débitos da mesma natureza, positivos e
vencidos, devidos a um só credor, indicativa de qual dessas dívidas quer
solver.
o Dação em Pagamento (arts. 356 ao 359) → quando o credor aceita em
receber prestação diversa da que fora inicialmente pactuada.
o Novação (arts. 360 ao 367) → quando as partes criam uma nova
obrigação para substituir a obrigação anterior.
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
TRANSMISSÃO 
DAS 
OBRIGAÇÕES
CESSÃO DE 
CRÉDITO
Credor (cedente) transmite total ou 
parcialmente o seu crédito a um terceiro 
(cessionário), mantendo-se a relação 
principal com o devedor
CESSÃO DE DÉBITO 
(ASSUNÇÃO DE 
DÍVIDA)
o devedor, com o expresso 
consentimento do credor, transmite a 
um terceiro a sua obrigação
CESSÃO DE 
CONTRATO
o cedente transfere a sua própria 
posição contratual (compreendendo 
créditos e débitos) a um terceiro 
(cessionário), que passará a substituí-
lo na relação jurídica originária
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
o FORTUITO: decorre de fato não imputável ao devedor que, por
isso, não estará obrigado a indenizar (caso fortuito ou força
maior)
o CULPOSO:
a) Absoluto (art. 389) → impossibilita o credor de receber a
prestação (perdas e danos)
b) Relativo: ainda é possível cumprir a obrigação (mora)
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
o PERDAS E DANOS: prejuízos (material ou moral)
a) Art.402:
• Dano emergente: o que efetivamente se perdeu
• Lucros cessantes: o que deixou de lucrar
• Dano em ricochete: danos que atingem pessoas próximas
o JUROS: remuneração devida ao credor em virtude da utilização do seu
capital.
a) Compensatórios: remunerar o credor pelo simples fato de haver
desfalcado o seu patrimônio
b) Moratórios: indenização pelo retardamento no cumprimento da
obrigação
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
o MORA: ocorre quando o devedor não cumpre a obrigação no
tempo, lugar e forma convencionada, devendo ser compensado.
a) Pode ser do devedor e do credor;
b) Efeitos de mora do devedor: arts. 395 e 399
c) Quando a mora é do credor, o devedor pode exonerar-se com
a consignação em pagamento
d) Efeitos da mora do credor: art. 400
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
o CLÁUSULA PENAL (Arts. 408 e 409): pacto acessório, pelo qual as
partes de determinado negócio jurídico fixam, previamente, a
indenização devida em caso de descumprimento culposo da
obrigação principal;
a) Compensatória ou moratória
b) Não pode cumular com indenização
c) descumprimento obrigacional, não precisará o credor provar
o prejuízo, uma vez que este será presumido (art. 416)
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13.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
• INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
o ARRAS ou SINAL: uma das partes entrega determinado bem à
outra, em garantia da obrigação pactuada
a) Confirmatórias: significa princípio de pagamento e, portanto, não dá
direito de arrependimento. Se o contrato for descumprido, poderá
reter as arras ou exigir a devolução mais o equivalente, além de
indenização
b) Penitenciais: há direito de arrependimento, tendo função unicamente
indenizatórias.
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13.TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
• Contrato: negócio jurídico em que duas ou mais partes visam atingir
interesses patrimoniais, criando um dever jurídico entre elas
• Princípios: autonomia da vontade; força obrigatória; função social; boa-fé,
etc.
• Estipulação em favor de terceiro: uma parte convenciona com o devedor
que este deverá realizar determinada prestação em benefício de outrem;
• Promessa de fato de terceiro: prestação acertada não é exigida do
estipulante, mas sim de um terceiro, estranho à relação jurídica
obrigacional
• Contrato com pessoa a declarar: terceiro que titularizará os direitos e
obrigações decorrentes do negócio, caso aceite a indicação realizada
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13.TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
• Contrato Preliminar: obrigação de fazer de um contrato definitivo
• Vícios Redibitórios: defeitos ocultos que diminuem o valor ou prejudicam
a utilização do objeto
a) Consequências (art. 442, CC): Rejeitar a coisa, redibindo o contrato
(ação redibitória) ou reclamar o abatimento do preço (ação
estimatória ou quanti minoris).
b) Prazo é decadencial de 30 dias se for móvel ou 1 ano se for imóvel
(art. 445, CC)
• Evicção: perda, pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade do
bem, por força de sentença judicial ou ato administrativo que
reconheceu o direito anterior a terceiro (evictor).
a) Direitos do evicto: Art. 450
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13.TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
• Extinção do contrato:
a) Natural: cumprimento da obrigação;
b) Causas anteriores: nulidade ou anulabilidade; redibição ou direito
de arrependimento;
c) Causas superveniente: resilição bilateral ou unilateral; resolução
pela inexecução; rescisão; morte de um dos contratantes; etc.
• Exceção do Contrato não Cumprido: quando a parte demandada pela
execução de um contrato pode arguir que deixou de cumpri-lo pelo fato
da outra ainda também não ter satisfeito a prestação correspondente
• Teoria da Imprevisão: permite rediscutir os preceitos contidos em uma
relação contratual, em face da ocorrência de acontecimentos novos,
imprevisíveis pelas partes e a elas não imputáveis.
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14.COMPRA E VENDA
• Conceito: contrato pelo qual um dos contratantes se obriga a transferir o
domínio de um bem e o outro a pagar em dinheiro (art. 481)
• Despesas da escritura e registro ficam a cargo do comprador e as da
tradição do vendedor, salvo disposição em contrário (art. 490)
• Responsabilidade pela coisa é do vendedor (art. 492), salvo se o
comprador exigir lugar diverso (art. 494)
• Retrovenda (art. 505): direito do vendedor resolver o negócio, restituindo
o preço e reembolsando as despesas.
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14.COMPRA E VENDA
• Importante:
a) Venda a descendente (art. 496, CC)
b) Falta de legitimidade (art. 497, CC)
c) Venda a condômino (art. 504, CC)
d) Venda entre cônjuges ou companheiros (art. 499, CC)
• Direito de preferência (art. 513): caso o comprador almeje vender o
bem, terá que oferecer primeiro ao vendedor
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15. TROCA OU PERMUTA
• Conceito: as partes se obrigam a entregar reciprocamente coisas, que não
sejam dinheiro (art. 533)
• Aplicam-se as normas de compra e venda
16. DOAÇÃO
• Conceito: quando o doador, por liberalidade, transfere bens ao patrimônio do
donatário (art. 538)
a) Aceitação da doação
b) Doação mortis causa
c) Doação inoficiosa
d) Doação universal
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17. LOCAÇÃO
• Locação das coisas → arts. 565 e ss
• Locação Imobiliária → Lei n. 8.245/91
• Indenização por benfeitorias: apenas as necessárias, salvo disposição
em contrário (art. 578)
• Direito de retenção: art. 571, p.u.
18. EMPRÉSTIMO
• Comodato → bens não fungíveis (arts. 579 ao 585)
• Mútuo → bens fungíveis (arts. 586 ao 592)
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19. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
• Atividade lícita manual ou intelectual;
• Inexiste SUBORDINAÇÃO;
• Prazo: até 04 anos (art. 598)
20. EMPREITADA
• Empreitada de lavor ou de mão de obra: o empreiteiro simplesmente entrega a
sua força de trabalho para a realização da obra contratada. Nesse caso, o dono
assume os riscos da atividade;
• Empreitada de materiais: o empreiteiro se obriga não somente a realizar a
obra, mas, também, a fornecer os materiais necessários para o seu
desenvolvimento. Nesse caso, o empreiteiro assume os riscos da atividade
(art. 611, CC/02).
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19. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
• Atividade lícita manual ou intelectual;
• Inexiste SUBORDINAÇÃO;
• Prazo: até 04 anos (art. 598)
20. EMPREITADA
• Empreitada de lavor ou de mão de obra: o empreiteiro simplesmente entrega a
sua força de trabalho para a realização da obra contratada. Nesse caso, o dono
assume os riscos da atividade;
• Empreitada de materiais: o empreiteiro se obriga não somente a realizar a
obra, mas, também, a fornecer os materiais necessários para o seu
desenvolvimento. Nesse caso, o empreiteiro assume os riscos da atividade
(art. 611, CC/02).
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21.ATOS UNILATERAIS
• Promessa de Recompensa: Obrigação instituída por anúncio de promessa de
gratificação ao preenchimento de condições (art. 854)
• Gestão de Negócios: atuação de um indivíduo, sem autorização do
interessado, na administração de negócio alheio (art. 861)
• Pagamento Indevido: aquele que recebeu o que não lhe era devido, fica
obrigado a restituir (art. 876)
• Enriquecimento sem causa: enriquecimento de uma das partes da relação de
forma injustificada em detrimento da outra (art. 884)
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22. RESPONSABILIDADE CIVIL
• Quando há violação de um dever jurídico (arts. 927 e ss), devendo haver a sua
reparação civil (função compensatória e punitiva)
• Ato ilícito (arts. 186 e 187)
• Elementos: conduta + dano + nexo de causalidade
• Pode ser:
a) Subjetiva ou Objetiva;b) Contratual ou Extracontratual/aquiliana
• Responsabilidade civil por ato de terceiro (culpa in vigilando ou in elegendo)
• Responsabilidade pelo fato da coisa
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23.DIREITOS REAIS
• Conjunto de princípios e normas que disciplina a relação jurídica
referente às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem, segundo
uma finalidade social.
• Características: Legalidade ou tipicidade; Taxatividade; Publicidade;
Eficácia erga omnes; Inerência ou aderência; Sequela.
• OBRIGAÇÃO REAL (PROPTER REM): obrigações que decorrem de um
direito real sobre determinada coisa, aderindo a essa e, por isso,
acompanhando-a nas modificações do seu titular;
a) Tem natureza híbrida (real + obrigacional);
b) Se transmitem automaticamente ao novo titular;
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23.DIREITOS REAIS
• POSSE: domínio fático da pessoa sobre a coisa
o Teoria Subjetiva, de SAVIGNY: animus (intenção de ter a coisa) e
corpus (o poder material sobre a coisa);
o Teoria Objetiva, de IHERING: apenas existe o animus → comporta-se
como se fosse o proprietário.
O CC/02 dispõe em perspectiva com o princípio constitucional da 
função social (art. 1.196)
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23.DIREITOS REAIS
• POSSE:
o Detenção: quando um sujeito exerce o poder de fato e se comporta como um
não proprietário (depositário) é um não possuidor, ou seja, um detentor (art.
1.198, CC/02). IMPORTANTE: NÃO INDUZ AOS EFEITOS DA POSSE. Ex.: Caseiro
o Classificação:
QUANTO AO 
EXERCÍCIO E 
GOZO
DIRETA
INDIRETA
QUANTO A 
EXISTÊNCIA 
DE VÍCIO 
JUSTA
INJUSTA
QUANTO À 
LEGITIMIDADE 
DO TÍTULO
BOA-
FÉ
MÁ-FÉ
QUANTO AO 
TEMPO
NOVA
VELHA
QUANTO À 
PROTEÇÃO
AD INTERDICTA
AD 
USUCAPIONEM
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23.DIREITOS REAIS
• POSSE:
o COMPOSSE: posse em comum (art. 1.199):
i. PRO DIVISO: quando os delimitam áreas do bem para o seu
exercício;
ii. PRO INDIVISO: quando os possuidores, indistintamente, exercem,
simultaneamente, atos de posse sobre todo o bem.
o AQUISIÇÃO: momento em que se torna possível seu exercício, em
nome próprio, qualquer um dos poderes à propriedade (ar. 1.204)
i. Pode ser adquirida pela própria pessoa ou por representante (art.
1.205)
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23.DIREITOS REAIS
• POSSE:
o PERDA (arts. 1.223 e 1.224)
i. Quando cessa o poder sobre o bem;
ii. Quando se tem notícia do esbulho, quando se abstém de
retomar a coisa ou é repelido ao tentar recuperá-la;
iii. Abandono da coisa, destruição da coisa, tradição.
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23.DIREITOS REAIS
• POSSE:
o EFEITOS:
i. Usucapião;
ii. Percepção dos frutos e produtos (arts. 1.214 a 1.216);
iii. Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa (arts.
1.217 a 1.218);
iv. Indenização pelas benfeitorias (arts. 1.219 a 1.220)
v. Proteção possessória
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23.DIREITOS REAIS
• POSSE:
o EFEITOS:
i. Proteção possessória
▪ De direito material: autotutela da posse é permitida pelo CC/02 por
meio da legítima defesa e o desforço incontinenti ou imediato (art.
1.210)
▪ De direito processual:
a) Ação de Reintegração de Posse → Esbulho (perda da posse)
b) Ação de Manutenção de Posse → Turbação (perturbação da posse)
c) Interdito Proibitório → Ameaça à posse
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23.DIREITOS REAIS
• PROPRIEDADE: direito real de USAR, GOZAR ou FRUIR, DISPOR e
REIVINDICAR a coisa, nos limites da sua função social.
o EXTENSÃO DA PROPRIEDADE: (art. 1.229) a propriedade do solo,
abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura
e profundidade úteis ao seu exercício.
o AQUISIÇÃO: BENS IMÓVEIS E MÓVEIS
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23.DIREITOS REAIS
• AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL:
o USUCAPIÃO:
▪ modo ORIGINÁRIO de aquisição da propriedade → PRESCRIÇÃO
AQUISITIVA;
▪ Pressupostos:
❑ Posse continua ou ininterrupta;
❑ Posse mansa e pacifica ou seja, posse sem oposição;
❑ Lapso temporal;
❑ Animus domini (posse com intenção de dono);
OBS.: Bens Públicos
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23.DIREITOS REAIS
• AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL:
o REGISTRO IMOBILIÁRIO
▪ Leis n. 6.015, de 1973 (Lei de Registros Públicos) e 8.935, de
1994;
▪ Matricula, Registro e Averbação;
▪ Art. 1.245, CC/02: “quem não registra não é dono”.
▪ Presunção relativa de veracidade do registro, isto é, admite
impugnação (por invalidade) ou, ainda, retificação (Art. 1.245,
§2º e art. 1.247, do CC/02);
▪ Presunção Absoluta → Registro Torrens (arts. 277 a 288 da LRP)
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23.DIREITOS REAIS
• AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL:
o ACESSÃO: aumento de volume da coisa principal, mediante união física
• TIPOS (art. 1.248, CC/02):
a) por formação de ilhas (art. 1.249);
b) por aluvião (art.1.250);
c) por avulsão (art. 1.251);
d) por abandono de álveo (art. 1.252);
e) por plantações e construções (arts. 1.253 ao 1.255).
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23.DIREITOS REAIS
• AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE MÓVEL:
o USUCAPIÃO
o Ordinário (art. 1.260): Aquele que possuir coisa móvel como sua,
contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e
boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade;
o Extraordinário (art. 1.261): se a posse da coisa móvel se prolongar
por cinco anos, independente de título ou boa-fé;
OBS.: Bem roubado? Pode, mas observar o art. 200, CC/02
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23.DIREITOS REAIS
• AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE MÓVEL:
o OCUPAÇÃO: aquele que se assenhorear de coisa sem dono, não sendo essa
ocupação defesa por lei;
o ACHADO DE TESOURO (arts. 1.264 a 1.266):
▪ depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja
memória;
▪ será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o
tesouro casualmente;
▪ Será integralmente do proprietário se esse o achou sozinho;
▪ Será integralmente do descobridor se o encontrar em terreno aforado
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(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE MÓVEL:
o TRADIÇÃO: Solenidade exigida para a aquisição de bens móveis,
independente de título, podendo ser REAL, FICTA ou SIMBÓLICA
o ESPECIFICAÇÃO (arts. 1.269 a 1.271): Transformação da matéria-prima
em obra final e não há possibilidade de a matéria retornar ao seu estado
original;
o CONFUSÃO, COMISTÃO E ADJUNÇÃO (arts. 1.272 a 1.274 do CC/02)
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23.DIREITOS REAIS
• PERDA DA PROPRIEDADE:
o Alienação: transferência de propriedade por meio da compra e venda;
o Renúncia: ato formal de abdicação da coisa;
o Abandono: ato informal de deixar a coisa;
o Perecimento da coisa: destruição do próprio bem;
o Desapropriação: cessão ao domínio público, compulsória e mediante justa
indenização, de propriedade pertencente a um particular.
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23.DIREITOS REAIS
• DIREITO DE VIZINHANÇA – USO IMPRÓPRIO (arts. 1.277 a 1.281)
o O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as
interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam,
provocadas pela utilização de propriedade vizinha;
o Não se aplica a Teoria da Pré-ocupação (o proprietário ou possuidor, que se afixa
primeiramente na região, estabelece certos padrões sociais de habitação);
o O proprietário ou possuidor prejudicado poderá ingressar com demanda
individual, na Vara Cível ou Juizado Especial e, se atingir um grupo ou número
indeterminado de pessoas, poderá ser ajuizada ação coletiva pelo Ministério
Público;
o AÇÃO DE DANO INFECTO (art. 1.280, CC/02): ação judicial proposta que visa à
acautelar o proprietário de um dano iminente ou infecto.
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23.DIREITOS REAIS
• DIREITO DE VIZINHANÇA – ÁRVORES LIMÍTROFES (ARTS. 1.282 a 1.284):
o Árvore cujo tronco estiver na linha divisória presume-se pertencer em
comum aos donos dos prédios confinantes (art. 1.282);
o as raízes e os ramos de árvore que ultrapassarem a estrema do prédio
poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do
terreno invadido (art. 1.283);
o os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo
onde caíram, se este for de propriedade particular (art. 1.284) Exceção à
regra de que o acessório segue o principal (princípio da gravitação
jurídica);
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23.DIREITOS REAIS
• DIREITO DE VIZINHANÇA – PASSAGEM FORÇADA (ARTS. 1.285):
o Quando o dono do imóvel que não tiver acesso a via pública, nascente ou
porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o
vizinho a lhe dar passagem forçada, cujo rumo será judicialmente fixado,
se necessário;
o Enunciado n. 88 da I Jornada de Direito Civil: “O direito de passagem forçada,
previsto no art. 1.285 do CC, também é garantido nos casos em que o acesso à via
pública for insuficiente ou inadequado, consideradas, inclusive, as necessidades
de exploração econômica”;
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23.DIREITOS REAIS
• DIREITO DE VIZINHANÇA – PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES (ARTS. 1.286
A 1.287):
o O proprietário terá que tolerar a passagem, através de seu imóvel, em
proveito dos proprietários vizinhos, mediante recebimento de indenização
que atenda, também, a desvalorização da área remanescente;
o O proprietário prejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo
menos gravoso ao prédio onerado;
o Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do
prédio onerado exigir a realização de obras de segurança;
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23.DIREITOS REAIS
• DIREITO DE VIZINHANÇA – DAS ÁGUAS (ARTS1.286 E 1.287):
o O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas
que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que
embaracem o seu fluxo;
o As águas são artificialmente levadas ao prédio superior, poderá o dono
deste reclamar que se desviem, ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer;
o O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais,
satisfeitas as necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar
o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores ;
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(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• DIREITO DE VIZINHANÇA – LIMITES ENTRE PRÉDIOS (ARTS. 1.297 E 1.298):
o O proprietário pode constranger o seu confinante a proceder com ele a
demarcação entre dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar
marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre
os interessados as respectivas despesas;
o Ações demarcatórias: arts. 574 a 587 do CPC/2015
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23.DIREITOS REAIS
• DIREITO DE VIZINHANÇA – DIREITO DE CONSTRUIR (ARTS. 1.299 A 1.313):
o O proprietário pode construir, desde que não interfira no prédio do
vizinho ou desrespeite os regulamentos administrativos;
o Distância mínima para abertura de janelas, eirados, terraços ou varandas:
1,5 m do terreno vizinho (Art. 1.301) ou 75 cm se a visão for oblíqua (§1º);
O proprietário tem o prazo de 01 ANO e 01 DIA após a conclusão da obra
para exigir que seja desfeita;
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23.DIREITOS REAIS
• CONDOMÍNIO: quando mais de uma pessoa tem a propriedade sobre um bem
indiviso, onde cada condômino tem uma fração ideal;
• CONDOMÍNIO VOLUNTÁRIO (arts. 1.314 a 1.322): criado por ajustes de vontades:
o Não pode alterar a destinação do bem sem o consenso de todos;
o As despesas serão rateadas na proporção de cada fração, salvo se for
determinada a solidariedade dos condôminos;
o As dívidas contraídas por um condômino, mas em proveito de todos, obriga
apenas aquele que contratou. Mas esse terá direito a ação regressiva;
o Direito de Preferência (art. 504): o direito de prevalecer o seu interesse em
adquirir o bem, se sua proposta estiver em iguais condições às dos demais
interessados. Se teve conhecimento da venda, pode depositar o prezo no
prazo de 180 dias;
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23.DIREITOS REAIS
• CONDOMÍNIO NECESSÁRIO (arts. 1.327 a 1.330): Copropriedade decorrente da
própria lei:
o o proprietário que tiver direito de delimitar um imóvel com paredes, cercas,
muros, valas ou valados, tê-lo-á igualmente a adquirir meação na parede,
muro, valado ou cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do que
atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado;
o não convindo os dois no preço da obra, será este arbitrado por peritos, a
expensas de ambos os confinantes;
o enquanto aquele que pretender a divisão não o pagar ou depositar, nenhum
uso poderá fazer ou qualquer obra divisória
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23.DIREITOS REAIS
• CONDOMÍNIO EDILÍCIO (arts. 1.331 e ss): imóveis onde coexistem partes comuns
e partes exclusivas:
o Ente despersonalizado;
o Criação (art. 1332): ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de
Registro de Imóveis, devendo conter a individualização das unidades e as
partes comuns, as frações ideais e o fim a que se destinam as unidades;
o Convenção do condomínio (art. 1.333 e 1.334);
o Direitos e deveres dos condôminos (arts. 1.335 e 1.336);
o Taxa condominial ≠ multa
o Exclusão do condômino é possível, mas ele não perderá a propriedade
o Assembleia do Condomínio: observar os quóruns dos arts. 1.347 a 1.356
o Extinção: Arts. 1.357 a 1.358
INTENSIVÃO DIREITO CIVIL 
(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• CONDOMÍNIO DE LOTES (arts. 1.358-A): que a unidade autônoma corresponde a
um lote, o qual está necessariamente vinculada a uma fração ideal das áreas
comun:
o Aplicam-se as regras de condomínio edilício;
o faculta-se aos instituidores do condomínio de lotes a indicação dos critérios
de cálculo da fração ideal vinculada a cada unidade autônoma, mas há
possibilidade de adotar critérios de propor (§1 do art. 1.358-A).
o a implantação de toda a infraestrutura ficará a cargo do empreendedor (§3º
do art. 1.358-A) ou a apresentação de um cronograma de execução,
acompanhado de garantias em caso de inadimplemento (art. 9º da Lei nº
6.766/79)
INTENSIVÃO DIREITO CIVIL 
(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• MULTIPROPRIEDADE (arts. 1.358-C): repartido em unidades fixas de tempo,
assegurando a cada cotitular o seu uso exclusivo e perpétuo durante certo
período estipulado:
o Trata-se de uma multipropriedade periódica: exercício temporal fracionado;
o Objetivo: aumentar o número de pessoas que usufruem dos benefícios dos
imóveis;
o a multipropriedade não será extinta automaticamente se todas as frações de
tempo forem do mesmo multiproprietário (Art. 1.358-C, p.u.);
o o imóvel objeto da multipropriedade é indivisível, não podendo ser sujeitado
a ação de divisão ou de extinção condominial (Art. 1.358-D);
o Cada fração de tempo é indivisível (Art. 1.358-E), sendo no mínimo de 7 dias
o A transferência não depende da concordância dos demais cotitulares e não
há direito de preferência
INTENSIVÃO DIREITO CIVIL 
(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• DIREITOS REAIS NA COISA ALHEIA
DIREITOS DE GOZO 
OU FRUIÇÃO
• Superfície;
• Servidão;
• Usufruto;
• Uso;
• Habitação;
• Concessões especiais 
para uso e moradia;
• direito real de laje
DIREITOS DE 
GARANTIA
• Penhor;
• Anticrese;
• Hipoteca
DIREITO À COISA
• Promessa de compra 
e venda.
INTENSIVÃO DIREITO CIVIL 
(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• SUPERFÍCIE (ART. 1.369): concessão a outrem o direito de construir ou de
plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública
devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis• SERVIDÃO (ART. 1.378): direito real que proporciona utilidade para o prédio
dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-
se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e
subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis;
• USUFRUTO (ART. 1.390): é o fracionamento perfeito e uniforme dos atributos do
domínio, o qual o usufrutuário detém o direito de GOZAR E USAR e o nu-
proprietário de REIVINDICAR E ALIENAR
INTENSIVÃO DIREITO CIVIL 
(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• USO (ART. 1.412): destina-se a assegurar ao beneficiário a utilização imediata da
coisa alheia, limitada às necessidades do usuário e de sua família (direito
personalíssimo de usar o bem)
• HABITAÇÃO (ART. 1.414): direito de habitar gratuitamente em casa alheia
• CONCESSÕES ESPECIAIS PARA USO E MORADIA (LEI 11.481/07): direitos reais
referentes a áreas públicas, geralmente invadidas e urbanizadas por
comunidades
• LAJE (ART. 1.510-A): quando o proprietário do andar térreo cede o direito de uso
e moradia para que um terceiro construa a sua casa no andar de cima. Também
conhecido popularmente como “puxadinho”;
INTENSIVÃO DIREITO CIVIL 
(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• DIREITOS REAIS DE GARANTIA:
o O bem garante a dívida por vínculo real (art. 1.419), portanto, tem
natureza acessória.
o Penhor: é constituído sobre bens móveis (em regra), ocorrendo a
transferência efetiva da posse do bem do devedor ao credor (também em
regra).
o Hipoteca: recai sobre bens imóveis (em regra) e não há a transmissão da
posse da coisa entre as partes;
o Anticrese: o imóvel é dado em garantia e transmitido do devedor, ou por
terceiro, ao credor, podendo o último retirar da coisa os frutos e
rendimentos para o pagamento da dívida
INTENSIVÃO DIREITO CIVIL 
(Prof. Laryssa Cesar) 
23.DIREITOS REAIS
• DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR (art. 1.417 e 1.418):
o quando é firmado o contrato de promessa ou compromisso de compra e
venda, que é um contrato preliminar que tem como objeto um negócio
futuro de venda e compra. Por meio dele, o vendedor continua titular do
domínio que somente será transferido após a quitação integral do preço,
constituindo excelente garantia para o alienante.

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