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StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university Fotossíntese Fisiologia Vegetal (Universidade Federal de Lavras) StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university Fotossíntese Fisiologia Vegetal (Universidade Federal de Lavras) Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese https://www.studocu.com/en-us/document/universidade-federal-de-lavras/fisiologia-vegetal/fotossintese/4579332?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese https://www.studocu.com/en-us/course/universidade-federal-de-lavras/fisiologia-vegetal/3619738?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese https://www.studocu.com/en-us/document/universidade-federal-de-lavras/fisiologia-vegetal/fotossintese/4579332?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese https://www.studocu.com/en-us/course/universidade-federal-de-lavras/fisiologia-vegetal/3619738?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese Fotossíntese Processo de síntese mediado pela luz. A luz é emitida na forma de fótons, que possuem um quanta de energia. A emissão de luz solar contém diversos comprimentos de onda, que incluem o espectro visível de luz (400-700nm), além de comprimentos de onda com frequências inferiores (λ<400nm) como infravermelho ou frequências superiores (λ>700nm) como ultravioleta. Quando uma substância absorve luz, ela passa de um estado estável de energia para um estado excitado. A clorofila é verde porque sua absorção ocorre no azul (excita a clorofila a um estado energético mais elevado devido ao λ mais curto) e no vermelho (excita a clorofila a um estado energético menos elevado devido ao λ mais longo). No estado mais excitado (azul) a clorofila é extremamente instável e libera rapidamente sua energia na forma de calor, entrando em um estado menos energético. No estado menos excitado, a clorofila pode liberar a energia de quatro formas diferentes: fluorescência (emite um fóton para retornar ao estado estável), liberação de calor, transferência de energia (transfere energia diretamente para uma molécula) e fotoquímica (energia liberada provoca a ocorrência de reações químicas). Os pigmentos fotossintetizantes são clorofilas, carotenóides e pigmentos bilinas. As clorofilas são típicas de organismos fotossintetizantes, possuem estrutura complexa em anel relacionada aos grupos porfirínicos, e uma cauda de hidrocarbonetos ligada ao anel. A cauda ancora a clorofila à porção hidrofóbica de seu ambiente e o anel contém elétrons frouxamente ligados, sendo o local de transição de elétrons e reações redox. Os carotenóides possuem cadeias duplas conjugadas e absorvem luz na faixa do laranja (400-500nm), sendo encontradas em todos os seres fotossintetizantes. Carotenóides são constituintes das membranas dos tilacóides e estão associadas ás proteínas que formam o aparelho fotossintético. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese A luz absorvida pelos carotenóides (pigmentos acessórios) é transferida à clorofila. Carotenóides protegem o organismo de danos causados pela luz. A fotossíntese acontece em complexos contendo antenas de captação de luz e centros fotoquímicos de reação. Uma porção da energia absorvida pelas clorofilas e carotenóides é no final armazenada como energia química via formação de ligações químicas. A maior parte dos pigmentos serve como um complexo antena, coletando luz e transferindo a energia para os complexos dos centros de reação, onde as reações químicas acontecem (oxidação e redução). Centenas de pigmentos estão associadas a cada centro de reação, sendo que cada centro precisa operar quatro vezes mais para produzir uma molécula de oxigênio. Os centros de reação e a maior parte dos complexos antena são componentes integrais das membranas fotossintéticas, no interior do cloroplasto. A eficiência de energia para conversão de energia luminosa em energia química é de 27% embora, a produtividade quântica fotoquímica sob condições ótimas seja de 100%. Eficiência energética é a medida da quantidade de energia dos fótons que é armazenada como produtos químicos. Os números indicam que quase todos os fótons absorvidos entram na fotoquímica, porém apenas ¼ da energia em cada fóton é armazenada, e o restante é convertido em calor. A energia armazenada é utilizada em sua maioria na manutenção dos processos celulares, enquanto a quantidade direcionada à formação de biomassa é muito menor. ¼ dos fótons é armazenado e o restante é dissipado como calor. O processo global da fotossíntese é uma reação química de redox, na qual uma espécie química é oxidada e os elétrons removidos são adicionados à outra espécie, reduzindo-a. A energia necessária para estimular a reação fotossintética sai da luz. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 A liberação de oxigênio ligada à redução de aceptores de elétrons demonstra que o oxigênio pode ser liberado na ausência de dióxido de carbono, demonstrando que o oxigênio vem da água e não do dióxido de carbono. Em funcionamento normal dos sistemas fotossintéticos, a luz reduz o NADP, que servirá de agente redutor no ciclo de Calvin. O ATP também é formado durante o fluxo de elétrons para o NADP e é utilizado na redução do carbono. As reações químicas em que o NADP é reduzido e o ATP é formado são conhecidas como reações dos tilacóides, por ocorrerem em sua maioria nos tilacóides. A fixação de carbono e as reações redox são conhecidas como reações do estroma. Fase Fotoquímica Fotossistemas I e II Experimentos com utilização de luzes vermelho e vermelho distante permitiram a observação da melhora na eficiência da fotossíntese quando os dois comprimentos de onda foram aplicados juntos. Isso permitiu a descoberta de dois complexos fotoquímicos (Fotossistemas I e II) que operam em série. O PSI absorve luz principalmente na faixa do vermelho distante (700nm) e o PSII absorve luz na faixa do vermelho (680nm). PSI produz um redutor forte, capaz de reduzir o NADP+, e um oxidante fraco. PSII produz um oxidante forte, capaz de oxidar a H2O, e um redutor mais fraco que o PSI. O transporte de elétrons pelos dois fotossistemas: Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese O esquema em Z é responsável pela operação dos dois sistemas física e quimicamente distintos (PSII e PSI), cada um com seus próprios pigmentos antena e centros de reação fotoquímicos. Os dois fotossistemas estão ligados por uma cadeia de transporte de elétrons. Organização do aparelho fotossintético Em eucariotos, a fotossíntese acontece nos cloroplastos, que possuem um extenso sistema de membranas internas denominadas tilacóides. A clorofila está contida no interior dos tilacóides, onde ocorrem as reações luminosas da fotossíntese. As membranas tilacoidais empilhadas são conhecidas como lamelas granais. As reações de redução do carbono, que são catalisadas por enzimas hidrossolúveis, ocorrem no estromados cloroplastos, fora dos tilacóides. As membranas expostas onde não empilhamento são lamelas estromais. Os cloroplastos são envoltos por membranas interna e externa, que constituem o envoltório do cloroplasto e possuem uma diversidade de transporte de metabólitos. Os cloroplastos possuem DNA, RNA e ribossomos próprios, sendo capazes de se autoduplicarem, entretanto algumas de suas proteínas dependem da transcrição de genes nucleares. Membranas dos tilacóides e fotossistemas I e II Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 Uma grande variedade de proteínas essenciais à fotossíntese está inserida nas membranas dos tilacóides, podendo se estender para as regiões aquosas em ambos os lados dos tilacóides. Essas proteínas integrais de membrana contêm uma grande proporção de aminoácidos hidrofóbicos e são muito estáveis em meio não aquoso, tal como a porção de hidrocarbonetos da membrana. Os centros de reação, os complexos pigmentos proteicos das antenas e muitas das proteínas de transporte de elétrons são proteínas integrais de membrana e possuem uma orientação específica dentro da membrana. Essas proteínas possuem uma parte voltada para o lado estromal da membrana do tilacóide e uma parte voltada para o lúmen. Clorofilas e pigmentos estão ligados não covalentemente por ligações altamente específicas, formando os complexos pigmentos proteicos. As clorofilas dos centros de reação e da antena associam-se com proteínas organizadas dentro das membranas, de modo a organizar e otimizar a transferência de energia nos complexos antena e dentro dos centros de reação, minimizando os processos de perda de energia. O centro de reação do PSII, suas clorofilas antena e as proteínas da cadeia de transporte de elétrons estão localizadas nas membranas granais (lamelas granais). O centro de reação do PSI, suas clorofilas antena, as proteínas da cadeia de transporte de elétrons e a ATP sintase são encontradas nas lamelas estromais e nas margens das lamelas granais. O complexo citocromo b6f da cadeia de transporte de elétrons que conecta os dois fotossistemas, está uniformemente distribuído entre as lamelas estromais e granais. Os eventos fotoquímicos que ocorrem na fotossíntese estão espacialmente separados, necessitando de carreadores de elétrons da região granal para a estromática. Tais carreadores são plastoquinona (PQ) e plastocianina (PC). No PSII a oxidação de 2 H2O produz 4 elétrons, 4 H + e 1 O2. Os H+ produzidos devem difundir pelo estroma, onde o ATP é produzido. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese Organização dos sistemas antena de absorção de luz Os sistemas antena funcionam para enviar energia eficientemente para todos os centros de reação a que estão associados. O tamanho do sistema em diferentes organismos varia, podendo chegar de 200 a 300 clorofilas por centro de reação. As estruturas moleculares dos pigmentos antena são bastante variáveis, embora estejam associadas de alguma maneira às membranas fotossintéticas. A transferência de energia da clorofila ao centro de reação provavelmente seja por ressonância de fluorescência, em que a energia é transferida de uma molécula á outra por um processo não-radioativo. Nesse caso, a eficiência da transferência de energia dependerá da distância entre as duas moléculas, de sua orientação relativa e da frequência de vibração. A eficiência da transferência de energia nos complexos antena é de 90- 95% dos fótons recebidos, cuja energia será utilizada na fotoquímica. Esse processo é puramente físico e, por isso a eficiência é tão elevada. A transferência de elétrons nos centros de reação (27% de eficiência) envolve alterações químicas nas moléculas, produzindo moléculas oxidadas ou reduzidas. A sequência de pigmentos dentro da antena que canaliza a energia absorvida em direção ao centro de reação possui máximo de absorção, que são progressivamente desviados em direção a comprimentos de onda mais longos no vermelho (menos frequência). Assim, a energia do estado excitado é menor próximo ao centro de reação que na periferia do sistema antena e, por isso , quando há transferência de energia para uma molécula de absorção em um comprimento mais longo, a diferença é energia de excitação entre ambas é perdida para o ambiente na forma de calor. A probabilidade de transferência reserva é bem menor, já que a energia térmica não é suficiente para superar o déficit entre os pigmentos de baixa e alta energia. Essa irreversibilidade ou direcionalidade torna o processo de transferência de energia mais eficiente. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 Mecanismos de transporte de elétrons PSII: oxidação da H2O e liberação de H + no lúmen do tilacóide. Redução da quinona a plastohidroquinona (PQH2) com captação de H + do estroma. Citodromo b6f: oxidação da plastohidroquinona (PQH2) e liberação de H + no lúmen do tilacóide. Redução da plastocianina. PSI: redução do NADP+ a NADPH pela ação da ferredoxina (Fd) e da flavoproteína ferredoxina NADP redutase (FNR). Oxidação da palstocianina. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese ATP sintase: produção de ATP pela passagem de H+ pelo seu canal central. Para que a energia absorvida pela luz não seja liberada na forma de calor, o aceptor inicial de elétrons (potencial redox menor) transfere seu elétron extra para um aceptor secundário (potencial redox maior) e assim por diante dentro da cadeia de transporte de elétrons. Nas plantas, o principal doador de elétrons é a H2O e o principal receptor de elétrons é o NADP+. PSII A energia luminosa incidente sobre o fotossistema II é absorvida, direta ou indiretamente, por moléculas P680 no centro de reação via transferência de energia por ressonância a partir de uma ou mais moléculas da antena. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 Quando uma molécula do P680 é excitada, seu elétron energizado é transferido para a feofitina, desta para a plastoquinona A (PQA) e desta para a plastoquinona B (PQB). As plastoquinonas A e B que estão ligadas ao centro de reação recebem o elétron da Feofitina de forma sequencial. A transferência de 2 elétrons para a plastoquinona (PQ) a reduz à forma PQ2-, que unida a 2 H+ do estroma, produz a plastohidroquinona (PQH2) completamente reduzida. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese A plastohidroquinona é uma molécula pequena e apolar, que se desprende do centro de reação e se difunde facilmente pela parte hidrocarbonada da membrana para transferir os elétrons ao citocromo b6f. A água é oxidada a oxigênio pelo PSII (2H2O O2 + 4H + + 4e-) A excitação do CR do PSII (P680) gera um oxidante forte (P680+), que retoma ao seu estado de equilíbrio (neutralidade) em picossegundos, tornando-se apto a ser novamente excitado. Esse evento se dá através da extração de elétrons da água, com a consequente formação de O2. O processo de fotoxidação da água é catalisado e intermediado pelo complexo de evolução de oxigênio (CEO). O complexo que catalisa a fotólise da água está localizado na membrana do tilacóidevoltado para o lúmen, portanto, os prótons são liberados no lúmen do tilacóide. Assim, a fotólise das moléculas de água contribui para a geração de um gradiente de prótons através da membrana do tilacóide – o único meio pelo qual o ATP é gerado durante a fotossíntese. O modelo Estado S foi proposto para explicar a maquinaria de evolução do O2. Esse modelo postula um mecanismo de acúmulo de carga luz dirigida no qual a maquinaria do PSII está envolvida. Um grupo de quatro íons manganês atuam como acumuladores de cargas positivas. Ele progride através de cinco sucessivos estados de aumento na oxidação, S0 a S4, na qual S4 possui uma forte capacidade de oxidar a H2O. O único estado no qual o O2 está envolvido é no S4. Átomos de manganês aparecem para realizar sucessivas oxidações para produzir um forte complexo oxidante no estado S4 que é capaz de oxidar a água. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 Estrutura: 4 átomos de manganês no complexo são ligados a resíduos de aminoácidos da proteínas D1 do PSII, bem como a oxigênio, cloro e cálcio. Cada fóton absorvido remove um elétron do CR do P680, o qual é imediatamente reposto por um elétron extraído do aglomerado de íons manganês. A perda sucessiva de quatro elétrons faz com que o centro mangânico saia do estado S0 para S4, que é o componente oxidante que reage com a água, restaurando, assim, o estado de oxidação do centro mangânico para a condição S0. A ligação entre o P680+ e o complexo do estado S envolvendo manganês não é direta. Um carregador intermediário de elétrons entre o P680 e o grupamento de Mn, chamado Z, foi identificado. Z é um resíduo de tirosina. Complexo citocromo b6f A cadeia transportadora de elétrons está arranjada de tal forma que a transferência de elétrons entre os transportadores de elétrons na cadeia está obrigatoriamente ligado ao bombeamento de prótons através da membrana do tilacóide (via o chamado complexo citocromo b6f), gerando o gradiente eletroquímico de prótons que é capaz de impulsionar a síntese de ATP. A maneira precisa pela qual os elétrons e prótons fluem pelo complexo citocromo b6f ainda não está elucidada por completo, mas um mecanismo conhecido como o ciclo Q é responsável pela maioria dos eventos observados. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese Ciclo Q: em que um dos elétrons da PQH2 passa ao longo da cadeia linear de transporte de elétrons em direção ao PSI através da palstocianina. E o outro elétron passa por um processo cíclico que aumenta o número de prótons bombeados através da membrana do tilacóide. PSI No fotossistema I, a energia luminosa fotoexcita as moléculas da antena que passam a energia para as moléculas de P700 do centro de reação. Quando uma molécula do P700 é fotoexcitada, seu elétron energizado é transferido para a proteína A0, desta para a proteína A1, desta para o centro ferro- Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 enxofre X, dente para o centro ferro-enxofre A, deste para o centro ferro-enxofre B, deste para a ferredoxina, e finalmente deste para a flavoproteína ferredoxina NADP redutase (FNR) ambas ultimas localizadas no estroma do cloroplasto. Resultando na redução do NADP+ a NADPH e na oxidação da molécula P700. Os elétrons removidos da molécula P700 são substituídos pelos elétrons vindos da cadeia transportadora de elétrons a partir do PSII. Fluxo acíclico de elétrons Dois fótons devem ser absorvidos pelo fotossistema II e dois pelo fotossistema I para reduzir uma molécula de NADP+ a NADPH e produzir um átomo de oxigênio – meia molécula de O2 – a partir de H2O. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese Assim, na luz, os elétrons fluem continuamente da água através dos fotossistemas II e I para o NADP+, resultando na oxidação da água a oxigênio (O2) e na redução do NADP+ a NADPH. Esse fluxo de elétrons unidirecional da água para o NADP+ é chamado de fluxo não-cíclico de elétrons, e a produção de ATP que ocorre é chamada de fotofosforilação não cíclica. Fotofosforilação cíclica de elétrons O PSI pode trabalhar independentemente do PSII. Nesse processo, chamado de fluxo cíclico de elétrons, os elétrons energizados são transferidos das moléculas P700 para a A0 até a ferredoxina, entretanto, os elétrons não vão para o NADP+. Os elétrons então impulsionam o transporte de prótons através da membrana do tilacóide, promovendo assim a geração de ATP. Uma vez que esse processo envolve um fluxo cíclico de elétrons, ele é chamado fotofosforilação cíclica. Nesse processo, nenhuma molécula de água é quebrada, nenhum O2 é liberado nenhum NADPH é formado. O único produto é o ATP. A energia total capturada do fluxo não-cíclico de elétrons (baseado na passagem de 6 pares de elétrons da água para o NADP+) é de 6 ATP e 6 NADPH. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 Entretanto, de fato, as reações de fixação de carbono habitualmente necessitam de mais ATP que NADPH – na proporção de cerca de 3:2. A fotofosforilação cíclica é necessária para suprir as necessidades do ciclo de Calvin, bem como para promover outros processos que requerem energia dentro do cloroplasto. Síntese de ATP O mecanismo da fotofosforilação consiste na produção de ATP pela passagem de prótons pela ATP sintase. Os prótons são advindos do lúmen dos tilacóides, para onde foram bombeados pelo mecanismo de transferência de elétrons do PSII para o PSI. Os ATPs são produzidos no estroma do cloroplasto. Reparo e regulação da maquinaria fotossintética Os sistemas fotossintéticos enfrentam um desafio especial, já que são preparados para absorver grandes quantidades de energia luminosa e transformá-la em energia química. A energia de um fóton pode ser danosa a nível molecular, quando em condições desfavoráveis. O excesso de energia luminosa pode levar à produção de espécies tóxicas como EROS, caso não seja dissipada com segurança. Por isso, os organismos fotossintetizantes possuem complexos mecanismos de regulação e reparo. Existem mecanismos de regulação do fluxo de energia no sistema antena para garantir que o PSI e o PSII sejam igualmente operados e evitem o excesso de excitação dos centros de reação. Embora sejam mecanismos efetivos, podem ocorrer falhas, havendo necessidade de mecanismos adicionais para dissipação principalmente das EROS formadas. Além da proteção e limpeza do sistema, podem ocorrer também mecanismos de reparo ao mesmo. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese Carotenóides Além de sua função como pigmento acessório, os carotenóides desempenham papel essencial na fotoproteção. O mecanismo de fotoproteção pode ser visto como uma válvula de segurança, que funciona liberando o excesso de energia absorvida na fase fotoquímica para evitar danos às membranas. Quando a energia da clorofila excitada é rapidamente transferida ou dissipada pela transferência de excitação ou fotoquímica, o estado de excitação é dito quenched. Em casos de não haver a dissipação da energia da clorofila pela transferência de excitação, haverá formação de O2*, ou seja, de oxigênio singleto,que é uma espécie altamente reativa, que age danificando os componentes celulares, especialmente lipídios. Os carotenóides agem exatamente realizando o quenching dos estados excitados da clorofila. O estado excitado do carotenoide não possui energia suficiente para a formação de EROS como O2*, por isso a molécula decai ao seu estado base de energia, cujo excesso é perdido na forma de calor. Xantofilas O quenching não-fotoquímico regula o fluxo de excitação para o centro de reação do PSII em um nível aceitável, dependendo da intensidade luminosa e de outras condições. O quenching não-fotoquímico é o quenching da fluorescência da clorofila por outros processos que não o fotoquímico. O resultado do quenching não-fotoquímico é a eliminação na forma de calor das excitações no sistema antena causadas pela intensidade luminosa. É uma forma de proteção contra a superexcitação e o subsequente dano ao aparelho fotossintético. As xantofilas estão envolvidas no quenching não-fotoquímico: violaxantina, anteraxantina e zeaxantina. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 Em condições de alta luminosidade, a violaxantina é transformada em zeaxantina e, quando a luminosidade decresce, o processo é invertido, A ligação da zeaxantina ou de prótons às proteínas antena levam à dissipação de calor quenching. O quenching não-fotoquímico parece ser a forma preferencial do sistema de antenas do PSII. Fotoinibição A fotoinibição é outro efeito importante na estabilidade do aparelho fotossintético, em que quando o excesso de excitação chega ao centro de reação do PSII, leva à sua inativação e dano. A fotoinibição é um conjunto complexo de processos moleculares, definidos como a inibição da fotossíntese pelo excesso de luz. Decresce a eficiência quântica da fotossíntese. Há reversibilidade da fotoinibição em estádios iniciais, entretanto a inibição prolongada resulta em danos ao sistema, de modo que o PSII deverá ser desmontado e reparado. O dano ocorre na proteína D1, que deverá ser removida da membrana e substituída por uma molécula recém-sintetizada. Os outros componentes do PSII são reciclados, enquanto somente D1 é sintetizada. PSI O PSI é vulnerável às EROS, já que o complexo ferredoxina (aceptor de elétrons) é um redutor muito forte, tendendo a formar ânions superóxido a partir de oxigênio molecular. O O2 compete com o NADP + pela canalização dos elétrons. Embora o superóxido seja bastante danoso à célula, quando produzido nestas condições, é passível de eliminação por uma série de enzimas, tais como superóxido dismutase e ascorbato peroxidase. Distribuição da energia entre os PS Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese A existência de dois fotossistemas (PSI e PSII), para operação da fotossíntese, com absorção de luz em diferentes condições dificulta a distribuição igualitária de energia entre ambos. Para resolver tal situação, existe um mecanismo de distribuição de energia entre os fotossistemas em resposta a diferentes condições. As membranas dos tilacóides contêm uma quinase protéica que pode fosforilar um resíduo específico de treonina na superfície LHCII (antena do PSII). Quando LHCII não está fosforilado, ele envia mais energia ao PSII e quando está fosforilado, remete mais energia ao PSI. A quinase é ativada quando há acúmulo de plastoquinona no estado reduzido (resultado da maior ativação do PSII). Há então a igração lateral do LHCII fosforilado para a região empilhada da membrana, causando um desvio da energia em direção ao PSI. Quando há acúmulo de plastoquinona oxidada (maior ativação do PSI) LHCII é desfosforilada e migra para a região granal da membrana, levando energia ao PSII. O resultado desse mecanismo é um controle muito preciso da distribuição de energia entre os fotossistemas, permitindo o uso mais eficiente da energia disponível. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 Inibidores da fotoquímica DCMU (3-(3,4-diclorofenil)-1,1-dimetiluréia ) ou Diuron: Se o herbicida está presente, este desloca a forma oxidada da quinona e ocupa o local específico de ligação do receptor de quinona. Compete com a QB pelo sítio de ligação no PSII. O herbicida não pode receber elétrons, assim o elétron não consegue deixar a QA. Impedindo o Fluxo de elétrons da QA para a QB no PSII. Paraquat (1,1'-dimetil-4,4'-bipiridina-dicloreto): Age interceptando os elétrons do PSI, competindo com a Ferredoxina. Reduz oxigênio a superoxido (02 -). Superoxido é um radical livre que reage com uma grande gama de moléculas do cloroplasto, conduzindo à rápida perda de atividade do cloroplasto. Moléculas de lipídio da membrana da célula são especialmente sensíveis ao 02 -. Reações de carboxilação Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese Ciclo de Calvin O ciclo de Calvin consiste basicamente em reações que reduzem o CO2 atmosférico para a incorporação a compostos orgânicos que podem ser incorporados pela célula. O ciclo de Calvin ocorre em 3 etapas: 1. Carboxilação do aceptor de CO2, ribulose-1,5-bifosfato, formando 2 moléculas de 3-fosfoglicerato, o primeiro intermediário estável do ciclo de Calvin. 2. Redução do 3-fosfoglicerato, produzindo gliceraldeído-3-fosfato, um carboidrato. 3. Regeneração do aceptor de CO2, ribulose-1,5-bifosfato, a partir de gliceraldeído-3-fosfato. Carboxilação: Enzima – Ribulose-1,5-bifosfato caboxilase/oxigenase Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 6 Ribulose-1,5-bifosfato + 6 CO2 + 6 H2O 12 (3-Fosfoglicerato) + 12 H + Redução: 12 (3-Fosfoglicerato) + 12 ATP 12 (1,3-Difosfoglicerato) + 12 ADP 12 (1,3-Difosfoglicerato) + 12 NADPH 12 Gliceraldeído-3-fosfato + 12 NADP+ + 12 Pi Regeneração: A 1ª molécula de gliceraldeído-3-fosfato é usada na biossíntese de carboidratos. Enediol 2 Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese A 2ª molécula de gliceraldeído-3-fosfato é convertida em Diidroxicetona- fosfato. 5 Gliceraldeído-3-fosfato 5 Diidroxicetona-fosfato A 3ª molécula de gliceraldeído é associada à Diidroxicetona-fosfato formando uma Frutose-1,6-bifosfato. 3 Gliceraldeído-3-fosfato + 3 Diidroxicetona-fosfato 3 Frutose-1,6- bifosfato Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 3 Frutose-1,6-bifosfato 3 Frutose-6-fosfato A 4ª molécula de gliceraldeído é associada à Frutose-6-fosfato formando uma Eritrose-4-fosfato e uma Xilulose-4-fosfato 2 Frutose-6-fosfato + 2 Gliceraldeído-3-fosfato 2 Eritrose-4-fosfato + 2 Xilulose-5-fosfato Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese 2 Eritrose-4-fosfato + 2 Diidroxicetona-fosfato 2 Sedoeptulose-1,7- bifosfato 2 Sedoeptulose-1,7-bifosfato + 2H2O 2 Sedoeptulose-7-fosfato + 2 Pi A 5ª molécula de gliceraldeído é associada à Sedoeptulose-7-fosfato formando Ribose-5-fosfato e Xilulose-5-fosfato. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 2 Sedoeptulose-7-fosfato + 2 Gliceraldeído-3-fosfato 4 Ribose-5-fosfato + 4 Xilulose-5-fosfato 4 Ribose-5-fosfato 4 Ribulose-5-fosfato 4 Xilulose-5-fosfato 4 Ribulose-5-fosfato Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese 6 Ribulose-5-fosfato + 6ATP 6 Ribulose-1,5-fosfato + 6ADP + 6 H+ Equação geral do ciclo de Calvin: 6 CO2 + 11 H2O + 12 NADPH + 18 ATP Frutose-6-fosfato + 12NADP + + 6 H+ + 18 ADP + 17 Pi Regulação do Ciclo de Calvin A alta eficiência energética do ciclo de Calvin indica a existência de mecanismos reguladores que garantem que todos os intermediários do ciclo estejam presentes nas concentrações adequadas e que o ciclo seja desligado para otimizar o uso da energia quando não se faz necessário, durante o período de escuro. A luz regula o ciclo de Calvin. 5 enzimas são reguladas pela luz: 1. Rubisco 2. Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase 3. Frutose-1,6-bifosfato Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 4. Sedoeptulose-1,7-bifosfato 5. Ribulose-5-fosfato desidrogenase Sistema tioredoxina-ferredoxina O sistema tioredoxina-ferredoxina liga a luz absorvida pela clorofila nas membranas dos tilacóides à atividade metabólica no estroma dos cloroplastos. O poder redutor da ferredoxina reduzida é transferido para a tioredoxina pela ferredoxina-tioredoxina redutase. A tioreduxina reduzida, por sua vez, reduz a enzima-alvo, alterando sua atividade catalítica. Enzimas catalíticas (biossintéticas) são ativadas e enzimas degradativas são desativadas. O sistema controla as outras 4 enzimas controladas pela luz. Movimentos iônicos dependentes da luz Com o início da iluminação: aumenta o fluxo de prótons do estroma para o lúmen do tilacóide e aumenta a [Mg2+] no estroma, devido ao transporte acoplado de [H+]... Ativação das enzimas do Ciclo de Calvin em pH=8 e Mg2+. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555 https://www.studocu.com/en-us?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=fotossintese Com o fim da iluminação, a situação é revertida e cessa o Ciclo de Calvin. Downloaded by Jacque silva (sjacquelini25@gmail.com) lOMoARcPSD|18664555
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