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Gestão Financeira ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Aula 1 Apresentação RODOLFO LEANDRO DE FARIA OLIVO APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR CONTEUDISTA E DO PALESTRANTE Rodolfo L. F. Olivo é professor da Anhanguera Educacional S/A desde o ano de 2003, é formado em administração de empresas pela FGV-SP e mestre em administração pela FEA-USP. OBJETIVO DA AULA O objetivo da aula 1 é introduzir os conceitos básicos de finanças, bem como apresentar os objetivos, restrições e papéis da administração financeira. Complementarmente, são apresentadas as idéias acerca de capital de giro e controle de fluxo de caixa. CONTEÚDO GERAL DA AULA O conteúdo geral da aula 1 é composto de uma parte introdutória de conceitos gerais de finanças, bem como da análise e gestão do capital de giro e controle de fluxo de caixa. • Seção 1 – Conceitos Iniciais de Finanças; • Seção 2 – Administração Financeira e Globalização; • Seção 3 – Capital de Giro e Fluxo de Caixa. APRESENTAÇÃO DAS TRÊS SEÇÕES DA AULA OLIVO, Rodolfo L. F. Gestão Financeira: Administração Financeira. Departamento de Pós-Graduação e Extensão. Valinhos, SP: Anhanguera Educacional, 2010. LEITURA FUNDAMENTAL Gestão Financeira ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Aula 1 Seção 1 RODOLFO LEANDRO DE FARIA OLIVO Sumário A apresentação está dividida em: 1) Objetivos da Administração Financeira; 2) Stakeholders; 3) Responsabilidades do Administrador Financeiro; 4) Divisão Funcional de Finanças. Objetivos da Administração Financeira • A administração financeira pode ser entendida, de forma simplificada, como a gestão dos fundos de uma organização, ou seja, a gestão dos recursos financeiros que transitam pela empresa, tanto a curto quanto a longo prazo. • Qual seria, contudo, o objetivo da gestão desses fundos, ou seja, o objetivo da administração financeira? Objetivos da Administração Financeira • Lucro é a resposta da maioria das pessoas, inclusive da maioria dos administradores. • O lucro pode ser definido de forma simples como sendo: Lucro = Receita - Custos - Despesas Objetivos da Administração Financeira • Assim, a fim de maximizar-se o lucro, seria necessário maximizar as receitas, ao mesmo tempo em que se deveriam minimizar os custos e despesas. • Contudo, esse pensamento levado ao extremo pode, paradoxalmente, levar a empresa a grandes prejuízos e mesmo a sua falência. Objetivos da Administração Financeira • Um exemplo desse pensamento seria a decisão de não mais realizar manutenção preventiva nas máquinas e equipamentos da empresa, o que reduziria custos a curto prazo, aumentando o lucro. • Isso, entretanto, diminuiria a vida útil e consequentemente o retorno do investimento nessas máquinas e equipamentos, causando prejuízo a longo prazo para a organização. Objetivos da Administração Financeira • A utilização apenas do lucro como medida do desempenho financeiro da empresa é falho e pode levar o administrador a tomar ações deletérias para a própria “saúde” financeira da empresa, pois o lucro é uma medida: – de curto prazo e, desse modo, não leva em conta os resultados das ações tomadas em períodos de tempo mais longos; – voltada para o passado, não leva em conta os desdobramentos futuros dos atos tomados pelos administradores. Objetivos da Administração Financeira • Portanto, o lucro é uma medida inadequada de mensuração do desempenho financeiro de uma organização, especialmente para fins gerenciais. • A melhor medida de desempenho financeiro de uma organização é o valor da empresa para seus acionistas. • O valor da empresa, ou seja, o seu valor de mercado, é determinado pelo seu fluxo de caixa descontado (FCD) trazido a valor presente por uma taxa de desconto que represente o risco dos negócios da empresa. Objetivos da Administração Financeira • O valor de empresa é uma medida de gestão financeira muito melhor que o lucro, pois é uma medida: – de longo prazo e, desse modo, considera os resultados das ações tomadas em períodos de tempo mais longos, via FCD; – voltada para o futuro, avaliando sempre os desdobramentos futuros dos atos tomados pelos administradores no FCD. • Resumindo, pode-se dizer que o objetivo da administração é maximizar o valor da empresa para seus acionistas. STAKEHOLDERS • Os chamados stakeholders são os grupos de interesse que integram a empresa: acionistas, funcionários, fornecedores, governo, a própria sociedade. • No tópico anterior, discutiu-se que a empresa deve ser administrada segundo os interesses de um stakeholder específico: os acionistas. • E quanto aos clientes, funcionários, ao meio ambiente e à sociedade, os outros stakeholders? Stakeholders • O valor da empresa já inclui todas essas considerações. Por exemplo: • Se a empresa trata mal seus clientes ou não remunera adequadamente seus funcionários, seu valor de mercado diminuirá, pois perderá clientes (receita futura) e perderá bons funcionários (receita futura). • Se a empresa polui o meio ambiente, seu valor também diminuirá, pois aumentam custos futuros (processos legais, multas, entre outros) e ela perderá receitas futuras com clientes cada vez mais exigentes com empresas ecologicamente responsáveis., Responsabilidades do Adm. Financeiro • O administrador financeiro, basicamente, é responsável por três grandes conjuntos de decisões dentro de uma organização. • Esses três conjuntos podem ser definidos esquematicamente da seguinte maneira: Maximização do Valor para o Acionista Objetivo: Decisões de Investimento Decisões de Financiamento Decisões de utilização do lucro Decisões: Máquinas Equipamentos Indústrias VPL e TIR Risco e Retorno Recursos de curto prazo Capital de Giro Recursos de longo prazo Estrutura de capital Custo de capital Distribuição de lucros Política de dividendos Reinvestimento do lucro Responsabilidades do Adm. Financeiro • As decisões de investimentos referem-se, basicamente, à aquisição e manutenção dos ativos da empresa e levam em conta, especialmente, critérios de risco e retorno, bem como de custo de oportunidade para a empresa. • As decisões de financiamento visam a prover recursos para as decisões de investimento, ou seja, como serão financiados (pagos) os investimentos realizados pela organização. Essas decisões são tomadas levando-se em conta, principalmente, as questões de liquidez, risco de insolvência e custo de capital da organização. Responsabilidades do Adm. Financeiro • Uma vez que as decisões de investimento de financiamento sejam bem-sucedidas, a organização gerará lucros. • Assim, a terceira decisão consiste em justamente avaliar de que forma utilizar esses lucros, levando-se em consideração que eles podem ser reinvestidos na organização gerando mais ativos e funcionando como financiamento para eles ou, alternativamente, podem ser distribuídos (“devolvidos”) aos acionistas na forma de dividendos. Responsabilidades do Adm. Financeiro • Essas decisões serão discutidas ao longo do curso em diversos tópicos diferentes, visto que constituem o cerne da administração financeira. Responsabilidades do Adm. Financeiro Divisão Funcional da Área de Finanças • A forma mais tradicional de organizar o trabalho em uma organização é utilizando-se da estrutura funcional, ou seja, as tarefas são divididas por áreas de especialidades, normalmente conhecidas como departamentos. • A estrutura organizacional dos departamentos financeiros diverge de empresa para empresa, mas, normalmente, contempla as seguintes áreas: Diretoria Financeira CFO Planejamento Controladoria Tesouraria Orçamento Plano de Negócios Forecast Planejamento Estratégico Contabilidade Recolhimento de Tributos Planejamento Tributário Controle e Auditoria Relatórios Financeiros Administração do Fluxo de Caixa Aplicações e empréstimos Gerenciamento do Risco Relacionamento com o mercado financeiro e de capitais Divisão Funcional da Área de Finanças • A diretoria financeira é comandada por um diretor financeiro, também conhecido como CFO (Chief Financial Officer), o qual é a autoridade máxima da área. • O planejamento tem por função realizar o Orçamento e o Plano de Negócios da companhia, transformando o seu planejamento estratégico em medidas financeiras a serem alcançadas. Divisão Funcional da Área de Finanças • A controladoria tem por objetivo cumprir todas as obrigações legais, tais como o correto recolhimento de tributos e publicação de balanços, bem como o acompanhamento e controle da organização e auditoria. • A tesouraria movimenta e controla o fluxo de caixa da empresa, os pagamentos, os recebimentos, o fluxo de caixa, além de aplicações financeiras, empréstimos e, mais modernamente, o gerenciamento de riscos da empresa. Divisão Funcional da Área de Finanças • Essas áreas devem permitir que as três grandes decisões financeiras discutidas anteriormente possam ser tomadas de forma técnica e racional, tornando a área financeira eficiente e eficaz em suas funções. Divisão Funcional da Área de Finanças BRIGHAM, E. F.; GAPENSKI, L.C.; EHRHARDT, M.C. Administração Financeira – Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2001. DAMODARAN, A. Avaliação de Investimentos: Ferramentas e Técnicas para a Determinação do Valor de Qualquer Ativo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. GROPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração Financeira. São Paulo: Saraiva, 2002. OLIVO, Rodolfo L. F. Administração de Empresas. São Paulo: Saint Paul, 2009. ___________________. Análise de Investimentos. Campinas: Alínea, 2008. Referências ROSS, S.A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. Administração Financeira – Corporate Finance. São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, J. O. Avaliação de Empresas: Um Guia Prático. São Paulo: Saraiva, 2005. STEWART, G. B. The Quest for Value. New York: Harper Business, 1991. WESTON , J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo: Makron Books, 2000. Referências Gestão Financeira ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Aula 1 Seção 2 RODOLFO LEANDRO DE FARIA OLIVO Sumário A apresentação está dividida em: 1) Introdução; 2) Administração Financeira e Globalização; 3) Administração Financeira no Brasil. Introdução • No final da década de 1970, surgiram grandes avanços tecnológicos nas telecomunicações e na informática, que permitiram grandes transferências de informações a velocidade quase instantânea. • Aliando-se os avanços tecnológicos e o cenário político favorável vigente, os níveis de comércio internacional e integração econômica tiveram grandes saltos, fenômeno que ficou conhecido como globalização econômica. Introdução • Os mercados de capitais e o mercados financeiros se tornam, cada vez mais, globais. • Os investidores, bancos e agentes econômicos tomam suas decisões de financiamentos e investimentos a partir de uma perspectiva mundial. • Dessa forma, a administração financeira das empresas também torna-se cada vez mais global, sendo afetada por eventos em todo e planeta. Introdução • Para os administradores brasileiros, seu ambiente de relacionamento - o Sistema Financeiro Nacional – tem, cada vez mais, seguido as tendências mundiais e considerado uma perspectiva globalizada. Administração Financeira e Globalização • Em termos mundiais, ou seja, de forma geral para os países desenvolvidos, até a década de 1970 a administração financeira era realizada de forma local. • Nesse contexto local, as empresas analisavam: a) Investimentos dentro do país e perspectivas econômico-financeiras domésticas; Administração Financeira e Globalização b) Financiamento a curto e longo prazo com estratégia local e determinação da estrutura e custo de capital no país da empresa; c) Política de dividendos e distribuição de lucros para agradar aos investidores locais e remessas de lucro ao exterior controladas. • A globalização promoveu grandes mudanças nesse cenário a partir da década de 1980. Administração Financeira e Globalização • Nesse contexto global, as empresas agora analisam: a) Investimentos avaliados de forma internacional, ou seja, a empresa vista como uma carteira de investimentos por todo o planeta; b) Financiamentos podem ser adquiridos em diversos países, com diferentes taxas de juros e moedas: aumento das oportunidades e do risco. Administração Financeira e Globalização c) Utilização de derivativos para lidar com esse risco: trilhões de dólares negociados diariamente no mundo. d) Política de dividendos para agradar acionistas globais: abertura das bolsas de valores. Administração Financeira no Brasil • Para o Brasil, de forma específica, as mudanças foram ainda mais profundas, especialmente a partir de década de 1990. • Os administradores financeiros têm um papel cada vez mais relevante para as empresas no Brasil. Administração Financeira no Brasil • Até o início da década de 1990: a) Gerar ganhos com a alta inflação; b) Conseguir favores do governo, isenções fiscais e subsídios. • Após 1994 (Plano Real): a) Conseguir projetos de investimento que gerem retornos sem subsídios; Administração Financeira no Brasil b) Conseguir financiamentos em moeda local ou estrangeira com custo baixo para financiar os investimentos; c) Gerir os riscos tanto de negócios, quanto de mercado (moedas, taxa de juros) para garantir a sobrevivência da empresa. Surge, então, grande aplicação para os mercados de derivativos; d) Exercer controles rigorosos sobre as atividades e transparência no relacionamento com os stakeholders, por meio de efetiva governança corporativa. Administração Financeira no Brasil • A abertura da economia e o Plano Real, na década de 1990, foram um divisor de águas no Brasil, permitindo que a economia se tornasse saudável e que a própria teoria financeira clássica se aplicasse a esta economia. BRIGHAM, E. F.; GAPENSKI, L.C.; EHRHARDT, M.C. Administração Financeira – Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2001. DAMODARAN, A. Avaliação de Investimentos: Ferramentas e Técnicas para a Determinação do Valor de Qualquer Ativo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. GROPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração Financeira. São Paulo: Saraiva, 2002. OLIVO, Rodolfo L. F. Administração de Empresas. São Paulo: Saint Paul, 2009. ___________________. Análise de Investimentos. Campinas: Alínea, 2008. Referências ROSS, S.A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. Administração Financeira – Corporate Finance. São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, J. O. Avaliação de Empresas: Um Guia Prático. São Paulo: Saraiva, 2005. STEWART, G. B. The Quest for Value. New York: Harper Business, 1991. WESTON , J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo: Makron Books, 2000. Referências Gestão Financeira ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Aula 1 Seção 3 RODOLFO LEANDRO DE FARIA OLIVO Sumário A apresentação está dividida em: 1) Introdução; 2) Ciclo Operacional; 3) Ciclo de Caixa; 4) Capital de Giro; 5) Controle de Fluxo de Caixa. Introdução • Um dos papéis fundamentais do administrador financeiro é administrar os recursos a curto prazo. • A longo prazo, o valor da empresa deve ser o principal objetivo do administrador. • A curto prazo, contudo, a solvibilidade, ou seja, a capacidade de efetuar os pagamentos devidos deve ser a principal preocupação do administrador financeiro. Introdução • A necessidade de administrar financeiramente no curto prazo é decorrente dos diversos prazos de pagamento a fornecedores, salários, impostos, receitas, a que a empresa está submetida. • Dessa forma, faz-se necessário administrar esses recebimentos e pagamentos de forma que a empresa sempre tenha os recursos necessários para honrar suas obrigações. Introdução • Essa é uma das funções primordiais datesouraria que deve garantir a boa administração financeira de curto prazo. • A fim de compreender-se a administração financeira de curto prazo, o capital de giro e o fluxo de caixa, faz-se necessário, primeiramente, compreender os ciclos de caixa e operacional da empresa. Ciclo Operacional • O ciclo operacional (CO) é definido como o período de tempo que compreende a data em que a empresa adquire matérias-primas até a data de recebimento do dinheiro pela venda do seu produto. • O ciclo é composto pelo prazo médio dos estoque (PME) e pelo prazo médio de recebimento (PMR). Assim: CO = PME + PMR Ciclo Operacional • Exemplo: Uma empresa vende seus produtos a prazo. Esta empresa demora, em média, 75 dias para comprar, estocar e finalizar uma venda. A empresa concede ainda 45 dias para os clientes pagarem pelas compras. Qual é o ciclo operacional dessa empresa? CO = PME + PMR = 75 + 45 = 120 dias • O ciclo operacional dessa empresa é de 120 dias, ou seja, de quatro meses. Ciclo de Caixa • O ciclo de caixa (CC) também leva em consideração que a empresa, normalmente, compra suas matérias-primas e insumos a prazo. • O ciclo de caixa é composto pelo ciclo operacional menos o prazo médio de pagamento de seus fornecedores. Assim: CC = CO – PMP = PME + PMR - PMP Ciclo de Caixa • Exemplo: Uma empresa vende seus produtos a prazo. Essa empresa demora, em média, 75 dias para comprar, estocar e finalizar uma venda. A empresa concede ainda 45 dias para os clientes pagarem pelas compras. A empresa compra a prazo de seus fornecedores com 30 dias para pagar. Qual é o seu ciclo de caixa? CC = PME + PMR – PMP = 75 + 45 – 30 = 90 dias • O ciclo de caixa dessa empresa é de 90 dias, ou seja, de três meses. Ciclo de Caixa • O ciclo operacional indica quanto tempo a empresa demora para realizar uma operação completa, ou seja, desde a compra de matérias-primas e insumos, passando pela estocagem, produção e pela venda, até o recebimento do dinheiro. • O ciclo de caixa indica de quanto tempo a empresa precisa financiar as suas operações, ou seja, o prazo de que a empresa precisa financiar seus estoques e vendas menos o prazo que a empresa recebe de financiamento de seus fornecedores. Ciclo de Caixa • Nos exemplos anteriores: PME = 75 dias PMR = 45 dias CO = 120 dias PMP = 30 dias CC = 90 dias Capital de Giro • O Capital de Giro (CG), também conhecido como Capital Circulante Líquido (CCL), corresponde aos recursos investidos pela empresa para financiar as suas operações. • As empresas têm que investir em máquinas, equipamentos, instalações para poder produzir os seus produtos e serviços. Esse é o chamado capital fixo ou permanente. Capital de Giro • Além do capital permanente, as empresas também precisam investir, ou seja, disponibilizar recursos para financiar seus estoques e suas vendas, já que ambos demandam um período para se realizarem. • Assim, temos que, quanto maior o PME e o PMR, maior será a necessidade de capital de giro. Contudo, os fornecedores concedem prazos de pagamento para a empresa, o que ajuda a diminuir o prazo necessário ao financiamento das operações. Capital de Giro • Quanto maior o PMP menor será o capital de giro: – Quando PME + PMR > PMP a empresa tem capital de giro positivo, ou seja, necessita de recursos para financiar seu giro. – Quando PME + PMR < PMP a empresa tem capital de giro negativo, ou seja, não necessita de recursos para financiar seu giro, sobram recursos. Controle de Fluxo de Caixa • A análise do Capital de Giro (CG) também conhecido como Capital Circulante Líquido (CCL) é interessante a fim de compreendermos a dinâmica da movimentação de recursos na empresa. • Porém, não oferece diretamente uma ferramenta gerencial para controlar essa dinâmica. • A ferramenta gerencial adequada à administração financeira de curto prazo é o controle de fluxo de caixa. Controle de Fluxo de Caixa • A fim de explicar o método de controle gerencial do caixa, conhecido como fluxo de caixa pelo método direto, será apresentado a seguir um exemplo de sua utilização e análise. Exemplo: Uma empresa de projetos começou suas operações em janeiro com um capital integralizado de R$ 10 mil. A empresa fechou um contrato para um projeto de um equipamento, em janeiro, no valor de R$ 60 mil para recebimento do valor total na entrega, em março. Para tanto, comprou matérias-primas no valor de R$ 20 mil para pagamento em 30 dias. A estrutura de custo fixo da empresa envolve aluguel de galpão, R$ 2 mil por mês, funcionários (salários + encargos) no valor de R$ 2 mil por mês e despesas gerais (telefone, energia, contador, seguro, entre outros) no valor de R$ 1 mil por mês. Controle de Fluxo de Caixa Fluxo de caixa - método direto Janeiro Fevereiro Março Total Caixa Início Período - 5.000 (20.000) - (+) Entradas de Caixa Aportes de capital 10.000 - - 10.000 Recebimento Vendas - - 60.000 60.000 (-) Saídas de Caixa Matéria-prima - (20.000) (20.000) Aluguel (2.000) (2.000) (2.000) (6.000) Salários (encargos) (2.000) (2.000) (2.000) (6.000) Despesas Gerais (1.000) (1.000) (1.000) (3.000) Caixa Final Período 5.000 (20.000) 35.000 35.000 Controle de Fluxo de Caixa • A empresa obteve um saldo de caixa negativo de R$ 20 mil em fevereiro, necessitando de um empréstimo bancário ou novo aporte de capital dos sócios. A esse valor chamamos capital de giro, no caso há uma necessidade de capital de giro. Controle de Fluxo de Caixa • Assim, o fluxo de caixa permite, de forma gerencial, predizer, em determinado período de tempo: – Se haverá caixa negativo (necessidade de capital de giro) ou não; – Qual o montante dessa necessidade de caixa (no exemplo – R$ 20 mil); – Por quanto tempo haverá essa necessidade (no exemplo, por um mês); • Portanto, permite ao administrador financeiro preparar-se para essas necessidades e tomar medidas adequadas, tais como empréstimos bancários, renegociação de contratos ou aportes de capital. Controle de Fluxo de Caixa • O fluxo de caixa, desse modo, torna-se a ferramenta gerencial de análise e ação sobre o capital de giro. BRIGHAM, E. F.; GAPENSKI, L.C.; EHRHARDT, M.C. Administração Financeira – Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2001. DAMODARAN, A. Avaliação de Investimentos: Ferramentas e Técnicas para a Determinação do Valor de Qualquer Ativo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. GROPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração Financeira. São Paulo: Saraiva, 2002. OLIVO, Rodolfo L. F. Administração de Empresas. São Paulo: Saint Paul, 2009. ___________________. Análise de Investimentos. Campinas: Alínea, 2008. Referências ROSS, S.A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. Administração Financeira – Corporate Finance. São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, J. O. Avaliação de Empresas: Um Guia Prático. São Paulo: Saraiva, 2005. STEWART, G. B. The Quest for Value. New York: Harper Business, 1991. WESTON , J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo: Makron Books, 2000. Referências Gestão Financeira ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Aula 1 RODOLFO LEANDRO DE FARIA OLIVO Slide Number 1 APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR CONTEUDISTA E DO PALESTRANTE OBJETIVO DA AULA CONTEÚDO GERAL DA AULA APRESENTAÇÃO DAS TRÊS SEÇÕES DA AULA LEITURA FUNDAMENTAL Slide Number 7 Sumário Objetivos da Administração Financeira Objetivos da Administração Financeira Objetivos da Administração Financeira Objetivos da Administração Financeira Objetivos da Administração Financeira Objetivos da Administração Financeira Objetivos da Administração FinanceiraSTAKEHOLDERS Stakeholders Responsabilidades do Adm. Financeiro Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Divisão Funcional da Área de Finanças Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Referências Referências Slide Number 30 Sumário Introdução Introdução Introdução Administração Financeira e Globalização Administração Financeira e Globalização Administração Financeira e Globalização Administração Financeira e Globalização Administração Financeira no Brasil Administração Financeira no Brasil Administração Financeira no Brasil Administração Financeira no Brasil Referências Referências Slide Number 45 Sumário Introdução Introdução Introdução Ciclo Operacional Ciclo Operacional Ciclo de Caixa Ciclo de Caixa Ciclo de Caixa Ciclo de Caixa Capital de Giro Capital de Giro Capital de Giro Controle de Fluxo de Caixa Controle de Fluxo de Caixa Controle de Fluxo de Caixa Controle de Fluxo de Caixa Controle de Fluxo de Caixa Controle de Fluxo de Caixa Referências Referências Slide Number 67
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