Buscar

ECOECO 2019

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Campinas-SP, 23 a 26 de setembro de 2019 
XIII Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica 
 
Espacialização dos Indicadores de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário 
em Pernambuco 
 
Sessão temática: 2. Políticas públicas e instrumentos de gestão para o 
desenvolvimento sustentável 
 
Autores: Josiane de Sousa Ferreira; Maria Cecília Junqueira Lustosa; Thierry Molnar Prates 
Filiação Institucional: Mestranda em Economia Aplicada (CMEA)/Ufal; Professora titular 
do (CMEA)/Ufal; Professor associado do (CMEA)/Ufal 
E-mail: josiane.mgf@gmail.com; cecilialustosa@gmail.com; thierryprates@gmail.com 
 
Resumo 
O artigo tem como objetivo avaliar as mudanças dos indicadores de abastecimento de água 
e esgotamento sanitário no estado de Pernambuco em 2006 e 2016, antes e depois da Lei nº 
11.445/2007. Esta lei se configura como um instrumento institucional importante para a 
determinação de diretrizes quanto ao saneamento básico no país. Para observar as mudanças 
desses indicadores, que foram calculados utilizando a base de dados do Sistema Nacional de 
Informações sobre Saneamento (SNIS), foram realizadas as espacializações dos indicadores 
por percentual de cobertura e calculado I de Moran, que permitiram avaliar se os municípios 
pernambucanos possuem convergência quanto aos seus indicadores. Observou-se que, 
diferentemente do resultado a nível nacional, os municípios possuem resultados para o 
esgotamento sanitário melhores do que os de abastecimento de água, porém, os resultados 
sugerem a existência de dificuldades para aprimorar essa situação, pois, mesmo num período 
de dez anos, não foram expressivamente elevados. Portanto, o estudo corrobora com a 
necessidade crescente de políticas públicas para melhorias do saneamento básico no estado 
de forma geral e, mais especificamente, para reverter os baixos resultados do fornecimento 
dos serviços de água e esgoto para a população. 
 
mailto:josiane.mgf@gmail.com
mailto:cecilialustosa@gmail.com
mailto:thierryprates@gmail.com
 
 2 
Palavras-chave: Saneamento, Lei nº 11.445/2007, Indicadores, Pernambuco. 
Abstract 
The study focuses on water supply and sewage indicators changes in the State of Pernambuco 
from 2006 to 2016, based on 11.445/2007 Law. This law is an important institutional 
instrument to provide guidelines for national basic sanitation. In order to achieve our results, 
data from Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) were used to calculate 
and mapping the indicators by coverage percentage and the Moran’s I, which allowed to 
evaluate if the municipalities of Pernambuco had convergence as to their indexes. The results 
showed that the municipalities of Pernambuco had better results for water supply than 
sewage service, as well as suggests that remediate the situation is very difficult, since even 
within a ten-year period of analysis the variations were not expressively high. The study 
therefore indicated the needing of policies to improve basic sanitation in all Pernambuco 
state, and specifically to reverse the low provision performance of the sewage system. 
 
Key words: Sanitation, Law 11.445/2007, Indicators, Pernambuco state, Brazil. 
 
 
 3 
1. Introdução 
O saneamento básico consiste na junção de várias ações de infraestrutura capazes 
de atingir a salubridade ambiental no intuito de melhorar as condições de vida da população. 
Dentre essas ações estão: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza 
urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas 
(BRASIL, 2007). Portanto, atingir a universalização da cobertura do sistema de saneamento 
implica no bem-estar da sociedade. 
Além do mais, não basta somente melhorias em infraestrutura sem um marco legal 
definido para poder direcionar corretamente o crescimento do sistema, alocando os recursos 
financeiros com mais eficiência no intuito de reduzir as desigualdades na oferta desses 
serviços. 
O Brasil possui cobertura em atendimento de água de 83,3% e coleta de esgoto de 
50,3%, sendo que o percentual de tratamento dos esgotos é de 42,7% para esgotos gerados 
e 74% para os coletados. Na região Nordeste, o atendimento de água e a coleta de esgoto são 
de 73,4% e 24,7%, respectivamente (BRASIL, 2017). Houve, portanto, uma maior facilidade 
em ampliar o sistema de abastecimento de água, ao mesmo tempo em que revelam entraves 
em relação à expansão dos serviços de esgotamento sanitário, tanto a nível nacional como 
para o Nordeste. 
Nesse contexto, o presente trabalho busca avaliar as mudanças dos indicadores de 
abastecimento de água e esgotamento sanitário no estado de Pernambuco em 2006 e 2016. 
A comparação entre esses dois anos justifica-se pelo fato de que 2006 é anterior à Lei federal 
nº 11.445/2007 – que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico – e 2016 
permite um período capaz de verificar os reflexos da lei nos municípios pernambucanos. 
Paralelamente, foi possível verificar se os municípios do estado de Pernambuco seguem o 
padrão da maioria dos municípios brasileiros nos quesitos de alto índice de abastecimento 
de água e baixo de atendimento dos serviços de esgotamento sanitário. 
Para obtenção dos resultados, foram calculados os indicadores de abastecimento de 
água e esgotamento sanitário por meio de estatística descritiva utilizando a base de dados do 
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e, em seguida, foi realizado um 
levantamento dos indicadores por percentual de cobertura e o I de Moran, que permitiram 
avaliar se os municípios pernambucanos possuem convergência quanto aos seus indicadores. 
O artigo está divido em cinco seções, incluindo esta introdução. A seção 2 retrata 
brevemente alguns aspectos do saneamento básico no Brasil, ressaltando os aspectos legais 
e, mais especificamente, a situação do abastecimento de água e do esgotamento sanitário no 
 
 4 
Brasil e em Pernambuco. A seção 3 descreve a metodologia utilizada e a seção 4 mostra e 
discute os resultados obtidos. A última seção traça as considerações finais do artigo. 
 
2. Saneamento Básico no Brasil e em Pernambuco 
 
2.1. Histórico do saneamento no Brasil e em Pernambuco 
Na Lei nº 11.445/2007 (BRASIL, 2007) formaliza-se o conceito de saneamento 
básico como o conjunto de serviços e infraestrutura englobando o abastecimento de água 
potável, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e a 
drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. 
No entanto, as políticas de saneamento no Brasil surgiram bem antes da Lei nº 
11.445/2007. Segundo Heller e Nascimento (2005), a pesquisa sobre o tema remeteu-se, 
inicialmente, aos órgãos fornecedores dos serviços de saneamento no país, pois tinham a 
visão de tentar realizar avaliações do sistema utilizando como base os modelos e processos 
desenvolvidos em outros países. Paralelamente, houve a tentativa de adaptar os mesmos às 
especificidades nacionais. 
Ao longo da história do saneamento no Brasil, destacaram-se entre os órgãos 
competentes a Fundação Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) e o Departamento 
Nacional de Endemias Rurais (DNERU) até 1960. Em seguida, surgiu o Plano Nacional de 
Saneamento (Planasa), com seu período de auge na década de 1970. 
Entre as políticas públicas adotadas, o Planasa incluiu o financiamento de 
investimentos necessários em saneamento no país, incentivando cada estado da federação a 
possuir sua própria companhia de saneamento. A obtenção de fundos se dava pelo Sistema 
Financeiro de Saneamento (SFS), gerenciado pelo Banco Nacional de Habitação (BNH), que 
utilizava os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a concessão 
de empréstimos destinados à execução de obras, à operacionalização e ao aumento do acesso 
aos sistemas de água e esgoto no país. No entanto, o Planasa não conseguiu ter 
sustentabilidade ao longo dotempo (SAIANI; TONETO JÚNIOR, 2010). 
Apesar do aumento da oferta destes serviços em todo o país, pode-se citar como 
resultados do Planasa: 
• A rede de abastecimento de água expandiu-se mais rapidamente do que a de esgotamento 
sanitário, devido ao seu menor custo e retorno mais rápido por causa das tarifas vigentes, 
obedecendo à lógica da viabilidade econômica em detrimento da necessidade social 
(HELLER, 2007; ARRETCHE, 2013). 
 
 5 
• As regiões mais ricas, o Sudeste e o Sul, foram mais privilegiadas, sobretudo nas 
habitações das classes de maior renda das maiores cidades (ARRETCHE, 2013). Assim, 
os municípios com as melhores coberturas e qualidade dos serviços de abastecimento de 
água e esgotamento sanitário são também os que apresentam melhores IDH e os maiores 
contingentes populacionais. Os municípios com menos de 20 mil habitantes não foram 
priorizados (HELLER, 2007). 
As evidências levam a crer que o modelo instituído pelo Planasa contribuiu para 
piorar as assimetrias existentes entre as regiões mais ricas e mais pobres, provavelmente por 
causa de sua orientação de seguir a lógica de mercado, buscando a viabilidade econômica 
empresarial (HELLER, 2007). 
Mesmo com toda a centralização do sistema desenvolvido, o plano não teve como 
sustentar o seu desempenho, uma vez que o sistema tarifário do período não era suficiente 
para manutenção das operações, bem como o cenário econômico que o país passou a 
enfrentar. O período conturbado da década de 1980 e início dos anos 1990, com a presença 
de hiperinflação e as crises resultantes, fizeram com que o programa entrasse em declínio. 
A falta de novas políticas de atualização fez com que o sistema não fosse mais condizente 
com a realidade da época (SEROA DA MOTTA, 2006). 
Outro problema foi o fato de o orçamento federal ser ao mesmo tempo destinado 
aos Ministérios da Saúde, da Integração Regional e do Meio Ambiente, não existindo uma 
especificação clara das responsabilidades dos Ministérios e o papel das agências, 
atrapalhando o correto funcionamento do setor (SEROA DA MOTTA, 2006). 
Assim, após o Planasa, não houve políticas centralizadas de cunho nacional 
voltadas ao saneamento depois de 1970, somente projetos de leis pontuais e específicos que, 
mesmo tendo objetivo de melhorar a operacionalização do sistema, ainda não traziam um 
marco legal regulamentado corretamente. 
Em 2007, o governo federal sancionou a Lei nº 11.445, que determina as diretrizes 
sobre o saneamento e as políticas a serem adotadas, desde o planejamento e regulação até a 
aplicabilidade do serviço. A promulgação dessa lei abre espaço para discussões sobre os 
caminhos necessários para se alcançar o atendimento total dos serviços de saneamento, bem 
como a necessidade da presença de agências capacitadas a universalizar o serviço levando 
em consideração as especificidades de cada região (GALVÃO JUNIOR; PAGANINI, 2009). 
Pode-se considerar, portanto, que houve uma retomada da atenção ao estilo de plano nacional 
de saneamento seguindo a mesma linha do Planasa. 
 
 6 
Entre as várias disposições que foram empregadas através da Lei nº 11.445/2007, 
vale ressaltar o “Art. 9º: O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de 
saneamento básico, devendo, para tanto: I - elaborar os planos de saneamento básico, nos 
termos desta Lei (...)”. Ou seja, foi determinado que os titulares dos serviços de saneamento 
citados na lei fossem incentivados a desenvolver os planos municipais de saneamento básico 
(PMSB). 
Outro destaque relativo à lei promulgada em 2007, foi o surgimento do Plano 
Nacional de Saneamento Básico (Plansab). Segundo Brasil (2013), esse plano foi moldado 
em três etapas. Primeiramente, foi feita a elaboração do “Pacto pelo Saneamento Básico: 
mais saúde, qualidade de vida e cidadania”. Em seguida, foi levantada situação do 
Saneamento no Brasil e, por fim, a consulta pública, para após esse levantamento das 
discussões com a sociedade, fosse feita a versão final e consolidada do plano. 
 
O PLANSAB procura deslocar o tradicional foco dos planejamentos clássicos em 
saneamento básico, pautados na hegemonia de investimentos em obras físicas, 
para um melhor balanceamento destas com medidas estruturantes, a partir do 
pressuposto de que o fortalecimento das ações em medidas estruturantes 
assegurará crescente eficiência, efetividade e sustentação aos investimentos em 
medidas estruturais (BRASIL, 2013, p.15). 
Brasil (2013) revela que as competências institucionais relacionadas ao saneamento 
básico no país estão atribuídas a diversos órgãos públicos. A gestão de recursos financeiros 
fica sob a responsabilidade do Ministério das Cidades1 (MC), através da Secretária Nacional 
de Saneamento de Ambiental (SNSA). A atuação direta do MC é feita para os municípios 
com população superior a 50 mil habitantes e para os municípios com população inferior, o 
órgão responsável é a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). 
Quanto à fiscalização, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza 
o controle em relação à qualidade da água em portos, aeroportos e afins. O Ministério do 
Meio Ambiente (MMA) é o responsável pelo âmbito das políticas dos resíduos sólidos. 
Vinculada ao MMA, a Agência Nacional de Águas (ANA) é a responsável pela 
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, de acordo com a Lei Nº 
9984/2000. 
Em Pernambuco, apenas em 1858 foram iniciados os serviços relacionados à coleta 
de lixo e esgotamento sanitário na capital. A primeira rede de esgoto só foi instalada em 
 
1 Vale ressaltar que esse texto foi escrito antes da reforma ministerial ocorrida em janeiro de 2019 com a troca 
da Presidência da República, quando o Ministério das Cidades foi extinto. 
 
 7 
1859. Já em 1909, foi implementado pelo governo estadual a Comissão do Saneamento para 
uma vasta instalação do sistema de esgotamento em Recife (RECIFE, 2017). 
No entanto, poucas obras seguiram a linha determinada pela comissão e ainda o 
esgotamento coletado era diretamente lançado ao mar sem qualquer tratamento, mesmo com 
a inauguração, em 1915, de uma nova rede coletora de esgotos na cidade. Recife (2017) 
aponta que somente em 1952 teve início o tratamento do esgoto da capital. 
 
2.2. Abastecimento de água e esgotamento sanitário no Brasil e em Pernambuco 
 
Segundo o Instituto Trata Brasil (2017), em 2015, o Brasil apresentou um nível de 
cobertura dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário de 83,3% e 57,3%, 
respectivamente. Para o mesmo ano, 38% da água utilizada pelos indivíduos não receberam 
qualquer tratamento de esgoto. Das regiões mais afetadas, os menores indicadores de 
cobertura do esgotamento sanitário estão na região Norte e Nordeste, com 27% e 16%, 
respectivamente. 
Essa ineficiência afeta diretamente a degradação dos recursos ambientais advinda 
da falta de um sistema de saneamento adequado e, consequentemente, traz impactos 
negativos na qualidade de vida da população. 
O estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil (2017) aborda diversas externalidades 
negativas geradas pela falta de saneamento, ou pelo saneamento de má qualidade, que atinge 
a população, como: na saúde, doenças gastrointestinais associadas veiculação hídrica; no 
mercado de trabalho, perda de produtividade devido ao afastamento dos empregados de suas 
funções rotineiras; no setor de educação, pois os jovens que não possuem acesso aos serviços 
de saneamento apresentam nível de escolarização menor. Devido à infraestrutura de 
saneamento precária, a atividade turística também é prejudicada, podendo se reduzir de 
acordo com o nível de poluição local. 
Um importante mecanismo para conseguir a universalização do sistema de 
saneamento, juntamente com a redução das externalidades que a sua baixa qualidade resulta, 
está fortemente relacionado aos investimentos para melhoriade sua infraestrutura. Políticas 
que incentivem a criação, manutenção e ampliação dos serviços de água e esgoto estão 
positivamente relacionadas com a promoção da melhora na qualidade de vida e bem-estar 
da população. 
Wegrzynovski (2008) aponta que a falta de saneamento tem suas disparidades 
agravadas tanto no caráter socioeconômico como racial, quando a população pobre sente 
 
 8 
mais com a ineficiência do sistema e, mais ainda, a parcela considerada negra e parda que 
sofre duas vezes mais pela falta de acesso ao sistema do que a população branca. 
Regionalmente, o problema é mais agravado, pois, a partir da avaliação sobre o percentual 
da população residente sem acesso ao saneamento básico adequado, é apontado que a região 
Sudeste, que apresentou o melhor nível de abastecimento do país, se distancia dos piores 
indicadores da região Norte. O déficit de saneamento em 2006 para região Sudeste foi de 
10,7% e já da região Norte, em 59,5%. Assim, o estudo defende a necessidade de 
investimentos para melhoria do saneamento e, consequentemente, uma redução das 
desigualdades regionais. 
De acordo com o 5º Balanço do PAC (BRASIL, 2017), foram destinados R$ 73,4 
bilhões em gastos com investimentos no país em pesquisas e projetos relacionados ao 
abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos urbanos. No 
mesmo período, os empreendimentos executados trouxeram benefícios a 3.758 munícipios 
do país. Só em abastecimento de água tratada à população, o relatório apresenta um 
investimento de R$ 6,5 bilhões em obras, trazendo uma abrangência de benefícios a 5,2 
milhões de famílias no Brasil. 
O Instituto Trata Brasil (2016) mostra que as obras relacionadas ao PAC destinadas 
ao setor de saneamento possuem como fontes de financiamento dos recursos feitos pela 
Caixa Econômica Federal (CEF), o Orçamento Geral da União (OGU) e do Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No período de 2009 a 2015 de 
acompanhamento das obras, 44% foi financiado pela CEF, pelo OGU e BNDES em 39% e 
17%, respectivamente. 
Os estudos apontados, embora possuam diferenças quanto ao foco dado sobre o 
setor de saneamento e dificuldades de se atingir a universalização, todos convergem para a 
ideia de que sem altos investimentos em infraestrutura dificilmente será atingido uma 
redução das externalidades geradas pela má qualidade dos serviços à população. 
Em Pernambuco, atualmente, o sistema de esgoto de Recife ainda remete ao mesmo 
iniciado em 1915 e, portanto, o atendimento atinge apenas a 33% da população, de acordo 
com o Censo de 2010 (IBGE, 2011). 
A análise, ainda que parcial, da variação dos indicadores de abastecimento de água 
e esgotamento sanitário pode nos oferecer algumas informações sobre a situação dos 
municípios pernambucanos após a lei do saneamento. Avaliações mais detalhadas, 
relacionando crescimento populacional e migrações para esses municípios, são necessárias 
para aprofundar o conhecimento regional em futuras pesquisas. A variável política também 
 
 9 
é muito importante para o entendimento dos resultados, pois os ciclos de investimento e 
eleitoral nem sempre são coincidentes, o que leva o gestor quase sempre a optar por 
alternativas que maximizem resultados no curto prazo e que sejam mais visíveis. 
A próxima seção apresenta a metodologia adotada no trabalho. Na seguinte, está a 
avaliação espacial dos municípios pernambucanos sobre os indicadores de abastecimento de 
água e esgotamento sanitário e a verificação do grau de concentração de acordo com o 
alcance que a cobertura dos serviços possui. 
 
3. METODOLOGIA 
Esta pesquisa tem caráter descritivo e exploratório. As informações sobre a base de 
dados e os procedimentos metodológicos são mostrados a seguir: 
 
3.1 Base de dados 
A base de dados foi extraída do Sistema Nacional de Informações sobre 
Saneamento (SNIS) disponibilizado pelo Ministério das Cidades para os anos de 2006 e 
2016. Estes anos foram escolhidos pelo fato de ter como objetivo avaliar a situação anterior 
à Lei nº 11.445/07 e uma mais atual, dado que a lei foi promulgada em janeiro de 2007. 
Assim, o ano de 2006 caracteriza-se como referência anterior à lei. 
A metodologia dos dados coletados pelo SNIS consiste em questionários enviados 
às empresas operadoras responsáveis pelo atendimento dos serviços de saneamento de cada 
município. Estas operadoras retornam o preenchimento dos questionários de forma 
voluntária. Porém, um dos critérios de seleção de projetos e de liberação de recursos por 
meio dos programas do Ministério das Cidades, incluindo o Programa de Aceleração do 
Crescimento (PAC), é o envio regular de dados ao SNIS. Após os operadores realizarem o 
preenchimento dos dados e o sistema coletá-los, existe a verificação da consistência dos 
dados e após todas as conferências, são lançados para sua versão final (SNIS, 2018). 
 
3.2 Indicadores de abastecimento de água e de esgotamento sanitário 
 
O indicador de abastecimento de água foi calculado a partir da divisão entre a 
quantidade de habitantes com acesso à rede de água e o total de habitantes de cada município. 
Da mesma forma, foi construído o de esgotamento: a quantidade de habitantes com acesso 
ao esgotamento sanitário dividido pelo total de habitantes de cada munícipio. 
 
 10 
Foram filtradas as variáveis nos anos de 2006 e 2016: POP_TOTAL (População 
Total do Município segundo o IBGE), AG001 (População Total Atendida com 
Abastecimento de Água) e ES001 (População Total Atendida com Esgotamento Sanitário) 
para o Estado de Pernambuco. 
Em seguida, utilizou-se os indicadores citados e calculou-se a média e o desvio 
padrão dos municípios que compões a região, mapa de porcentagem por cinco faixas de 
atendimento dos setores: menor que 1%; 1% - 10%; 10% - 50%; 50% - 90%; e maior que 
99%. 
Depois calculou-se o I de Moran dos municípios correspondentes junto com os seus 
respectivos gráficos de dispersão para cada ano. Assim, após o cálculo do índice básico, 
adotou-se como método para essa avaliação espacial a estatística de I de Moran. Segundo 
Almeida (2012), o coeficiente utiliza como medida de autocovariância através de produto 
cruzado. Sua fórmula consiste: 
𝐼 = 
𝑛
𝑆0
 
𝛴𝑖𝛴𝑗 𝑤𝑖𝑗 𝑧𝑖𝑧𝑗
∑ 𝑧²𝑛𝑖=1
. 
Onde: n seria a quantidade de regiões, z os valores da variável a ser estudada, Wz 
seriam os valores médios de interesse da região vizinha, ponderados por uma matriz de 
ponderação espacial W. 
Entre as matrizes de pesos espaciais, baseadas na contiguidade, as mais usuais são 
as matrizes rainha e torre. Nesse trabalho será adotada a matriz de contiguidade rainha, para 
avaliar a existência de autocorrelação. Calcula-se o valor esperado do I de Moran: 
E(𝐼) = 
−1
(𝑛−1)
 . 
Em que, se o I calculado for maior que o I crítico haverá a existência de 
autocorrelação positiva e, da mesma forma, se o I calculado for menor que o I crítico, 
classifica-se a existência de autocorrelação negativa. No caso deste estudo o valor esperado 
do I de Moran, seria: 
E(I)= -0,00543. 
Ainda segundo Almeida (2012), ao calcular o I de Moran, é possível encontrar três 
tipos de resultados. Primeiro, saber se os dados seguem uma distribuição aleatória ou não. 
Segundo, após encontrar significância estatística dos dados, o seu sinal, se positivo reflete 
que os dados estão concentrados em regiões e se for negativo, sugere que os mesmos estão 
dispersos. Terceiro e último, é possível descobrir a intensidade da autocorrelação espacial, 
pois quanto mais próximo de 1 mais forte e da mesma forma, quanto mais próximo de -1, 
maior a dispersão dos dados. 
 
 11 
Para encontrar os resultados pretendidos utilizou-se o o software GeoDa, que é um 
software livre capaz de realizar as análises de autocorrelação espacial. Na próxima seção 
serão apresentados os resultados obtidos. 
 
4. Resultados e Discussão 
 
Foram avaliados osindicadores de água e esgoto dos anos de 2006 e 2016 em sua 
média e desvio padrão, exibidos na Tabela 1. Em relação à média dos serviços, pode-se 
observar que para abastecimento de água e de esgoto houve um aumento de seus respectivos 
indicadores médios de 2006 para 2016. Já o desvio padrão, para abastecimento de água 
houve uma redução do desvio e para o de esgoto houve um aumento do desvio. A priori, 
esse comportamento de aumento do desvio padrão indica divergência entre os resultados dos 
munícipios e redução do desvio configura convergência dos resultados dos indicadores dos 
municípios, ou seja, os resultados sugerem uma convergência dos indicadores municipais 
analisados para água e divergência no índice de esgoto. 
 
Tabela 1 – Média e desvio padrão dos indicadores de serviços de água e esgoto em 
Pernambuco – 2006 e 2016 
 Média Desvio Padrão 
ÁGUA 2006 0,528971656 0,257270840 
ÁGUA 2016 0,644414875 0,245552865 
ESGOTO2006 0,022678570 0,086475360 
ESGOTO2016 0,159393169 0,281961394 
Fonte: Elaboração própria a partir de SNIS (2018). 
 
Esse resultado pode indicar que a busca das municipalidades em resolver o problema 
de fornecimento de água encanada é enfrentada como uma prioridade em relação ao 
esgotamento sanitário, principalmente em municípios menores, que são a maioria em 
Pernambuco. Habitualmente, os gestores enxergam a construção de uma rede coletora de 
esgotos como um investimento caro com pouco retorno político, já que é uma obra que 
apesar de extremamente eficaz no que tange à redução de custos com saúde, fica embaixo 
da terra, portanto, muito menos vantajosa no curto prazo. Por outro lado, alcançar a 
população com água encanada surte efeitos imediatos na qualidade de vida dos habitantes 
dos municípios, com efeitos também muito importantes no bem-estar e, por conseguinte, um 
grande trunfo eleitoral e político. 
 
 12 
Vale ressaltar que para a tabela acima os resultados são de um intervalo de dez anos 
de diferença entre os anos escolhidos, mesmo havendo variações, elas não foram grandes em 
si, principalmente ao levar em consideração a diferença de períodos. 
A Figura 1 mostra a distribuição espacial do índice de atendimento aos serviços de 
água em 2006 e 2016, em Pernambuco. Pode-se observar que a quantidade de municípios 
por faixa de porcentagem não mudou muito entre os períodos, mas pela figura percebe-se 
que houve um reajustamento dos municípios que compõe cada porcentagem, ou seja, alguns 
municípios que melhoraram seus indicadores de abastecimento, mas que em sua quantidade 
total a distribuição continuou a mesma. 
Figura 1 – Distribuição espacial dos indicadores de abastecimento de água em 
Pernambuco– 2006 e 2016 
 
 
Fonte: Elaboração própria a partir de SNIS (2018) por meio de GeoDa. 
 
Deve-se ressaltar que houve uma significativa melhora para alguns municípios e que 
a análise já leva em consideração o crescimento populacional em razão de sua infraestrutura 
de água e esgotamento sanitário. Assim, podemos verificar se os municípios têm respondido 
à altura a esse crescimento populacional com a infraestrutura necessária. O caso de Recife 
(em destaque nas Figuras 1 e 2) é emblemático, pois durante esse período a população 
cresceu consideravelmente enquanto o saneamento, apesar do crescimento, não foi capaz de 
 
 13 
atender a essa nova demanda. O município reduziu sua proporção de abastecimento de água 
por habitante e caiu para uma faixa anterior, como mostra a Figura 1. 
Por outro lado, alguns municípios muito menores podem ter enfrentado redução 
populacional ao invés de incremento, o que pode dar a falsa impressão de que obtiveram 
melhoras, enquanto outros permaneceram estáticos tanto em população quanto em 
investimentos em saneamento. 
Seguindo a mesma proposta, na Figura 2, encontram-se as figuras com os indicadores 
de esgotamento sanitário nos municípios pernambucanos, em 2006 e 2016. Em 2006, a 
maioria dos municípios situavam-se no intervalo de 50% a 90% de esgotamento. 
Figura 2 – Distribuição espacial dos indicadores de esgotamento sanitário em Pernambuco 
– 2006 e 2016 
 
Fonte: Elaboração própria a partir de SNIS (2018) por meio de GeoDa. 
 
Por meio da Tabela 2, pode-se observar a quantidade de municípios por porcentagens 
de atendimento dos serviços de água e esgoto. A partir dos dados, percebe-se que tanto para 
abastecimento de água quanto para o esgotamento sanitário há uma redução do atendimento 
dos serviços. Existiam dois municípios que se enquadravam em mais de 99% de cobertura 
dos serviços em 2006, mas na mesma análise para o ano de 2016 estes se reduziram para a 
faixa de 90-99% de atendimento. 
 
 
 
 14 
Tabela 2 –Número de municípios por faixas percentuais para os indicadores de serviços de 
água e esgoto em Pernambuco – 2006 e 2016 
Porcentagens 
Abastecimento de água Esgotamento Sanitário 
2006 2016 2006 2016 
<1% 0 0 0 0 
1%-10% 18 18 0 0 
10%-50% 74 74 0 0 
50%-90% 75 75 167 167 
90-99% 16 18 16 18 
>99% 2 0 2 0 
Fonte: Fonte: Elaboração própria a partir de SNIS (2018). 
 
No caso do abastecimento de água, os municípios de Cortês (Mata Pernambucana) e 
Ilha de Itamaracá (Região Metropolitana de Recife) reduziram seus indicadores de cobertura 
da faixa de mais de 99% de atendimento em 2006 para a de 90% e 99% da cobertura do 
serviço, em 2016. Além disso, observa-se que a maioria dos municípios se concentram no 
intervalo de porcentagem entre 10% e 50% e o intervalo entre 50% e 90% do índice de 
cobertura. Além disso, para as porcentagens extremas, 18 municípios pernambucanos 
chegam a 10% de abastecimento de água tanto em 2006 como em 2016. 
Enquanto que para o esgotamento sanitário, a maioria dos municípios situavam-se no 
intervalo de 50% a 90% de esgotamento em 2006 e em dez anos de diferença percebe-se 
uma piora do serviço nos municípios de Paulista (Região Metropolitana de Recife) e 
Petrolina (Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e 
Juazeiro). Uma vez que em 2006 estavam na faixa de mais de 99% de cobertura do serviço 
e em 2016 regrediram para a eixo entre 90% e 99% de cobertura de atendimento. 
Nas Figuras 3 e 4, apresenta-se os diagramas de dispersão de Moran juntamente com 
seus indicadores no tocante ao abastecimento de água e esgoto em 2006 e 2016. 
Para 2006 e 2016, o I de Moran foi de -0,046 e -0,023, respectivamente para o índice 
de água e de 0,000124 e 0,067300 para o índice de esgoto. Assim, embora haja uma 
autocorrelação negativa entre os municípios no nível de água, a redução do índice nos indica 
a diminuição da dispersão dos municípios e seus vizinhos. 
No caso, do índice de esgoto a aumento dos indicadores leva a indicação que está 
havendo uma maior concentração dos municípios entre os anos, uma vez que há a presença 
de autocorrelação positiva em ambos os anos. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Administrativa_Integrada_de_Desenvolvimento_do_Polo_Petrolina_e_Juazeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Administrativa_Integrada_de_Desenvolvimento_do_Polo_Petrolina_e_Juazeiro
 
 15 
Figura 3 – Diagramas de dispersão de Moran sobre o índice de abastecimento de água em 
Pernambuco – 2006 e 2016 
 
Fonte: Fonte: Elaboração própria a partir de SNIS (2018) por meio de GeoDa. 
 
Figura 4 – Diagramas de dispersão de Moran sobre o índice de esgotamento sanitário em 
Pernambuco– 2006 e 2016 
 
Fonte: Elaboração própria a partir de SNIS (2018) por meio de GeoDa. 
 
Corroborando a análise anterior sobre as questões políticas que envolvem os 
investimentos em saneamento, podemos inferir também que cidades maiores, nas quais a 
população possui maior renda e onde a água encanada é um fato consumado há mais tempo, 
o investimento em saneamento se torna viável e importante para satisfazer populações mais 
exigentes. Problemas ambientais e de saúde pública, ligados à inexistência ou precariedadeda rede de coleta de esgotos também são mais evidentes em cidades de maior porte, pois a 
concentração espacial gera externalidades negativas crescentes. Assim, é natural o aumento 
 
 16 
dessa dispersão à medida que a renda dessas cidades aumenta e os problemas causados pela 
urbanização conjugada à falta de saneamento são mais graves. 
 
5. Considerações finais 
 
Dado a importância no bem-estar da sociedade a existência da universalização do 
saneamento no país, tentar evoluir o sistema a cada ano para atingir níveis mais altos da 
cobertura do serviço, se faz um grande desafio. 
A partir deste trabalho, observou-se que o estado de Pernambuco, diferentemente das 
tendências nacionais e da região, apresentou altos indicadores em sua cobertura do serviço 
de esgotamento, mas baixa porcentagem no abastecimento de água. Esse fato pode ser 
explicado de diversas maneiras: o fator político, o crescimento desigual das cidades e suas 
implicações já discutidas anteriormente, como as externalidades. Desta forma, o escopo 
deste trabalho não permite explorar com propriedade todos os aspectos relacionados ao 
fenômeno aqui descrito, no entanto nos dá mostras de que esses fatores são fundamentais 
para a explicação dessas disparidades entre os municípios. 
Da mesma forma, o papel da lei 11.445/2007 que regulamenta o saneamento básico 
no país, não indicou mudanças revolucionárias nos municípios pernambucanos. Uma vez 
que seus indicadores de cobertura do ano de 2006 e 2016 não passaram por grandes 
variações, houve aumento médio durante os anos, mas sendo uma diferença de dez anos 
entre os anos analisados, o crescimento se deu de forma bastante tímida. Esse fato evidencia 
a dificuldade de melhorar o serviço, bem como indicativos da necessidade de políticas 
públicas de incentivo para esse setor, principalmente para incrementar a rede de coleta de 
esgotos, onde os incentivos políticos são menores. 
Por fim, os resultados deste trabalho alinham-se aos embasamentos para a existência 
das externalidades negativas ligadas ao saneamento, já que a nível nacional, os municípios 
são relativamente capazes de levar o serviço de água a população, mas ainda possuem 
ineficiência na realização do tratamento adequado desta água após o uso, mas 
especificamente para Pernambuco não houve essa mesma tendência. Demonstrando assim, 
uma maior dificuldade do estado em atingir a universalização dos seus serviços saneadores. 
 
Referências 
ALMEIDA, E. Econometria Espacial Aplicada. Campinas: Alínea, 2012. 
 
 17 
ARRETCHE, M. T. S.. Saneamento Básico. 2013. Disponível em: 
<http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/Contecsi2004/BrasilEmFoco/port/economia/saneam/a
present/index.htm>. Acesso em: 14 jan. 2013. 
BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Brasília, DF, 2007. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 7 
mar. 2018. 
BRASIL – MINISTÉRIO DAS CIDADES. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental 
– SNSA. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento: diagnóstico dos serviços 
de água e esgotos – 2015. Brasília: SNSA/MCIDADES, 2017. Disponível em: 
<http://www.snis.gov.br/diagnostico-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2015>. Acesso em: 11 
abr. 2018. 
BRASIL – MINISTÉRIO DAS CIDADES. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental 
– SNSA. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS. Diagnóstico dos 
Serviços de Água e Esgotos – 2016. Brasília: SNSA/MCIDADES, 2018. Disponível em: 
<http://www.snis.gov.br/diagnostico-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2016>. Acesso em: 11 
abr. 2018. 
BRASIL – MINISTÉRIO DAS CIDADES. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental 
– SNSA. Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB - 2013. Brasília: 
SNSA/MCIDADES, 2013. Disponível em: 
<http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/plansab_06-12-
2013.pdf> . Acesso em: 11 abr. 2018. 
BRASIL – MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. Secretária de Desenvolvimento da 
Infraestrutura - SDI. PAC 5º Balanço: 2015 – 2018. Brasília, DF, 2017. Disponível em: 
<http://www.pac.gov.br/pub/up/relatorio/c459e7bfc39c3f57794d61e42e24851b.pdf>. 
Acesso em: 23 maio 2018. 
GALVÃO JUNIOR, A.C.; PAGANINI, W.S. Aspectos conceituais da regulação dos 
serviços de água e esgoto no Brasil. Engenharia Sanitária e Ambiental [online], Rio de 
Janeiro, v. 14, n. 1, p. 79-88, 2009. 
HELLER, L.. Basic Sanitation in Brazil: Lessons from the past, opportunities from the 
present, challenges for the future. Journal of Comparative Social Welfare, v. 23, n.2, 
p.141-153, 2007. 
HELLER, L.; NASCIMENTO, N.O. Pesquisa e Desenvolvimento na Área de Saneamento 
no Brasil: Necessidades e Tendências. Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 10, 
n. I, p. 24-35, 2005. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍTICA – IBGE. Censo 
Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. Disponível em: 
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/93/cd_2010_caracteristicas_populac
ao_domicilios.pdf>. Acesso em: 18 fev.2018. 
INSTITUTO TRATA BRASIL. Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do 
Saneamento no Brasil. 2017. Disponível em: 
<http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/estudos/beneficios-ecosocio/relatorio-completo.pdf 
>. Acesso em: 12 fev. 2018. 
_______. Relatório - 7 anos de Acompanhamento do PAC saneamento: 2009 a 2015., 
2016. Disponível em: <http://tratabrasil.org.br/datafiles/de-olho-no-
pac/2016/relatorio.pdf>. Acesso em: 15 maio 2018. 
http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/Contecsi2004/BrasilEmFoco/port/economia/saneam/apresent/index.htm
http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/Contecsi2004/BrasilEmFoco/port/economia/saneam/apresent/index.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm
http://www.snis.gov.br/diagnostico-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2015
http://www.snis.gov.br/diagnostico-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2016
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/plansab_06-12-2013.pdf
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNSA/Arquivos_PDF/plansab_06-12-2013.pdf
http://www.pac.gov.br/pub/up/relatorio/c459e7bfc39c3f57794d61e42e24851b.pdf
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/93/cd_2010_caracteristicas_populacao_domicilios.pdf
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/93/cd_2010_caracteristicas_populacao_domicilios.pdf
http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/estudos/beneficios-ecosocio/relatorio-completo.pdf
http://tratabrasil.org.br/datafiles/de-olho-no-pac/2016/relatorio.pdf
http://tratabrasil.org.br/datafiles/de-olho-no-pac/2016/relatorio.pdf
 
 18 
RECIFE. AUTARQUIA DE SANEAMENTO DO RECIFE – SANEAR. Plano Municipal 
de Saneamento Básico. Recife, PE, 2017. 
SAIANI, C. C. S.; TONETO JÚNIOR, R.. Evolução do Acesso a Serviços de Saneamento 
Básico no Brasil (1970 A 2004). Revista Economia e Sociedade, v. 19, n. 1 (38), p. 79-106, 
2010. 
SEROA DA MOTTA, R. As Opções de Marco Regulatório de Saneamento no Brasil. 
Plenarium, Brasília, n. 3, p. 100-116, 2006. 
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM SANEAMENTO (Brasil) (SNIS). Série 
Histórica SNIS. Disponível em: http://app3.cidades.gov.br/serieHistorica/. Acessado em: 
fevereiro de 2018. 
WEGRZYNOVSKI, R. Saneamento: tão perto e tão longe das soluções. Revista Desafios 
do Desenvolvimento - IPEA. Brasília, n. 41, p. 30-36, 2008. 
 
http://app3.cidades.gov.br/serieHistorica/

Continue navegando