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Projeto de Termodinâmica I Maria Eduarda Voigt Sarti (20103820) Objetivo: aquecer um fluxo de soro de leite de 25°C até 70°C através de um trocador de calor. 1° Etapa O processo se inicia com o enchimento do tanque de água (25°C) até aproximadamente 80% de seu volume. Volume total: 1000 L Volume preenchido: 800 L Massa de entrada: 0,5 Kg/s O tempo para o enchimento é: T= (800Kg) / (0,5 Kg/s) = 1600s = 26,67 min 2° Etapa Logo após, é desligado o fluxo para o aquecimento do tanque e através da combustão de álcool etílico até o ponto de ebulição da água (201,4°C a uma pressão de 16 bar). Calor o necessário para a vaporização: necessita-se de calor para aumentar a temperatura de 25°C até 201,4°C e este calor irá mudar o estado de líquido para vapor, calor sensível e calor latente respectivamente: Calor Sensível: Q = m. c. ∆T Q = (800Kg)*(4,9KJ/Kg°C)* (201.4°C − 25°C) Q = 691488 KJ Calor Latente: Q = mL Q = (800Kg)(2085KJ/Kg) Q = 1668000 Kj Calor total necessário para vaporização: 691488 KJ +1668000 KJ = 2359488 KJ A combustão do álcool etílico não será completa, e terá 90% de aproveitamento. O cálculo do calor produzido pode ser realizado através da quantidade de combustível por tempo a ser utilizada e a entalpia de combustão do álcool. Nesse caso: Fluxo de álcool etílico = 7 Kg/h Entalpia padrão de combustão: -1366,91 KJ/mol (0.9) * (−1366,91KJ/1mol) *(1mol/ 46x10^−3 Kg) (7Kg/1h) = 187207,2392 KJ/h Um medidor de temperatura acusa a chegada da água na temperatura de vaporização e imediatamente abre o fluxo de entrada de água líquida e a saída de vapor saturado. 3° Etapa O processo de aquecimento, nesse momento, já é contínuo com as massas de entrada e saída iguais (12,5 Kg/h), porém, como a água líquida se mistura com uma grande quantidade de água, a mesma quantidade de combustível para o aquecimento inicial é reduzida para não haver desperdício. O vapor parte para uma tubulação que tem uma bifurcação, na qual permite ir para dois caminhos: 1° Caminho: Começa na bifurcação que passa pela turbina e termina no misturador. Tem vazão de 10 Kg/h, e seu início pré-turbina há uma perda de calor (5% da entalpia de vaporização) entre a tubulação e o ambiente, com isso fazendo com que a sua temperatura diminua e o estado termodinâmico do vapor mude. Hvap = 2791,7 KJ/Kg Q = (2791,7 KJ/Kg) (0,05) = 139,585 KJ/Kg Para reverter isso, é colocada uma resistência na tubulação para aquecer o calor novamente. (139,585KJ/Kg) (10Kg/h) = 0,3877 kW Reestabelecido o estado termodinâmico, temos a entrada do vapor numa turbina que irá produzir trabalho. Como a turbina tem 50% de eficiência temos que: η = 0,5 = 1 − Tout/Tin Tin = 201,4°C Tout = 100,7°C Com a pressão e temperatura, podemos saber a entalpia de saída (Hout = 2 675,7 KJ/Kg), consequentemente o trabalho: 0 = (10Kg/h) (2791,7KJ/Kg − 2675,7 KJ/Kg) − Ẇ eixo Ẇ eixo = 1160 KJ/h O vapor que sai da turbina está com uma pressão de 1 bar e temperatura de 100,7°C. No caminho para o misturador temos uma perda de calor novamente. Hvap = 2675,7 KJ/Kg Q = (2675,7 KJ/Kg) (0,05) = 133,785 KJ/Kg Novamente há uma restituição com a resistência. (133,785 KJ/Kg) (10Kg/h) = 0,371625 kW 2° Caminho: O vapor vai direto par ao misturador. O fluxo de vapor é igual a 2,5 Kg/h, além disso no caminho temos uma perda de calor. Hvap = 2791,7 KJ/Kg Q = (2791,7 KJ/Kg) (0,05) = 139,585 KJ/Kg Logo, é restituída com a resistência, voltando ao estado de saída da caldeira (139,585KJ/Kg) (2,5Kg/h) = 0,97 x 10−2 kW 4° Etapa No misturador, ambos os vapores se misturam, a temperatura combinada de ambas será o resultado de uma média ponderada. T1 = 201,4°C T2 = 100,7°C T = (4T1 + T2) / 5 T = 120,84°C Dessa forma, resultam em um vapor com outro estado termodinâmico, logo após, esse vapor do misturador parte para o trocador, porém, antes tem uma perda de calor em que há a restituição pela resistência. (134,945KJ/Kg) (12,5Kg/h) = 0,4685 kW 5° Etapa No trocador de calor temos o vapor e o soro de leite em contracorrente. O calor necessário para elevar a temperatura do fluxo de soro de leite (7 Kg/h) de 25°C até 70°C é: Q̇ = m ̇L. c. ∆T Q̇ = (7Kg/h) (3,647KJ/Kg°C) (70°C − 25°C) Q = 1407,945 KJ/h O vapor perdendo esse fluxo de calor muda seu estado termodinâmico: O resultado da troca é o soro de leite com a sua temperatura final, e o vapor com a sua temperatura diminuída com o título maior que 0% e menor que 100%. Fluxograma do sistema de trocador de calor Referências Bibliográficas ALVES, A.P; MOREIRA, R.O; JÚNIOR, P. H. R; MARTINS, M. C. F; PERRONE, I.T; CARVALHO, A.F. Soro de leite: tecnologias para o processamento de coprodutos, Revista do Instituto de Laticínios Candido Tostes, Juiz de Fora, v. 69, n.3, p; 212-226, mai/jun, 2014. FELDER, R. M.; ROUSSEAU, R. W. Princípios elementares dos processos químicos. 3a edição, Rio de Janeiro: Editora, LTC, 2005. NETO, M. et al. Comportamento reológico de propriedades termofísicas do lactossoro resultante da produção de queijo artesanal do município de Jucati-PE. Revista Brasileira de Agrotecnologia, Jucati, v. 7, n. 1, p. 46-49, jan./2007. Disponível em: https://gvaa.com.br/revista/index.php/REBAGRO/article/view/4724/4144. Acesso em: 1 mar. 2022. SILVA, L. T. S. Propriedades termofísicas e comportamento reológico do leite e do soro de búfala. 65f. Mestrado Dissertação em Engenharia de Alimentos) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Itapetinga-Ba, 2014.
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