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CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E CONTROLE INTERNO

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SUMÁRIO 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.................................................................................................... 2 
ABRANGÊNCIA ..................................................................................................................................... 2 
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS ................................................................................................................... 2 
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO EXECUTIVO ....................................................................................... 3 
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO LEGISLATIVO ..................................................................................... 3 
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO JUDICIÁRIO ....................................................................................... 3 
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE CONTROLE ............................................................................................... 3 
QUANTO A NATUREZA DO ÓRGÃO CONTROLADOR .................................................................................. 3 
CONTROLE ADMINISTRATIVO ............................................................................................................... 4 
CONTROLE LEGISLATIVO ...................................................................................................................... 4 
CONTROLE JUDICIAL ............................................................................................................................. 4 
QUANTO AO MOMENTO .......................................................................................................................... 4 
CONTROLE PRÉVIO ............................................................................................................................... 4 
CONTROLE CONCOMITANTE ................................................................................................................ 4 
CONTROLE POSTERIOR ......................................................................................................................... 4 
QUANTO À INICIATIVA DO CONTROLE ...................................................................................................... 4 
CONTROLE DE OFÍCIO........................................................................................................................... 4 
CONTROLE PROVOCADO ...................................................................................................................... 5 
QUANTO A EXTENSÃO OU ORIGEM .......................................................................................................... 5 
CONTROLE INTERNO ............................................................................................................................ 5 
 
 
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CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Controle na administração pública não é um assunto que bebe de uma única fonte. 
Precisamos observar a constituição, a doutrina, e variadas leis para chegarmos a uma 
conclusão. O Objetivo aqui é passar este assunto de forma clara e concisa, aproveitando 
conhecimentos diversos do Direito Administrativo, para que possamos ter uma compreensão 
ampla do tema. 
O titular do patrimônio público é o POVO, e não a administração pública. Então pode-se 
dizer que o controle da administração pública sujeita-se ao princípio da INDISPONIBILIDADE 
DO INTERESSE PÚBLICO, dessa maneira a administração pública é mera gestora, e deve pautar-
se pela TRANSPARÊNCIA. 
LEMBRE-SE – O Titular do Patrimônio Público é o POVO. 
 
PALAVRAS CHAVE – Indisponibilidade do Interesse Público e Transparência. 
Dessa maneira podemos conceituar o Controle Administrativo como o Conjunto de 
Instrumentos, para que os Poderes e o próprio povo possam orientar, fiscalizar e revisar a 
atuação administrativa. 
ABRANGÊNCIA 
Sobre a abrangência do Controle Administrativo, citemos o texto constitucional: 
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno de cada Poder. 
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou 
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, 
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos 
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações 
de natureza pecuniária. 
Dessa forma, TODA a Administração Pública, seja Direta ou Indireta, e ainda QUALQUER 
pessoa FÍSICA ou JURÍDICA que GUARDE, ARRECADE, GERENCIE, ADMINISTRE ou UTILIZE 
dinheiro público estará sujeita ao Controle da Administração Pública. 
IMPORTANTE – A OAB tem um tratamento diferente e controverso. O STF 
considera a instituição como uma entidade “Sui Generis”, isto é, NÃO FAZ PARTE DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, logo, não se sujeita a qualquer tipo de controle. 
O TCU enxerga de maneira diferente, manifestando-se em 2018 no sentido em 
que a OAB DEVE se submeter ao controle da Administração Pública. 
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS 
Antes de começarmos o estudo do controle propriamente dito, é importante lembrar das 
funções típicas e atípicas de cada poder, bem como do sistema de freios e contrapesos que 
tornam estes poderes interdependentes e separados, a própria CF traz a separação dos poderes 
como cláusula pétrea. 
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Estes poderes são o EXECUTIVO, LEGISLATIVO e JUDICIÁRIO, e temos como suas funções: 
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO EXECUTIVO 
Sem delongas, temos: 
 Função TÍPICA – ADMINISTRAR, EXECUTAR, DECIDIR ADMINISTRATIVAMENTE. 
 Funções ATÍPICAS – JULGAR (Um processo administrativo, por exemplo), 
LEGISLAR (Medidas Provisórias, por exemplo). 
IMPORTANTE – Apesar de suas funções atípicas, o poder executivo NÃO tem 
a prerrogativa de criar “coisa julgada” ou “criar lei”. 
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO LEGISLATIVO 
 Função TÍPICA – LEGISLAR (Discutir e editais leis) 
 Função ATÍPICA – ADMINISTRAR (Mesa diretora de uma assembleia, por 
exemplo), JULGAR (Crimes de Responsabilidade de Autoridades, por exemplo). 
ATENÇÃO – O Poder Legislativo também não pode criar “coisa julgada” 
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO JUDICIÁRIO 
 Função Típica – JULGAR (Criando “coisa julgada”) 
 Função ATÍPICA – ADMINISTRAR (Processos internos de um TJ, por exemplo), 
LEGISLAR (Regimentos e Regulamentos Internos) 
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE CONTROLE 
Deve-se ter em mente que as classificações do Controle da Administração Pública são 
DOUTRINÁRIAS, desta forma separarei as principais formas de controle classificadas pela 
Doutrina, sendo: 
 QUANTO À NATUREZA DO ÓRGÃO CONTROLADOR 
 QUANTO AO MOMENTO DO CONTROLE 
 QUANTO À INICIATIVA DO CONTROLE 
 QUANTO À EXTENSÃO OU ORIGEM DO CONTROLE 
 QUANTO AO ASPECTO CONTROLADO 
 QUANTO AO ÂMBITO DE ATUAÇÃO 
Vamos falar de cada uma delas: 
QUANTO À NATUREZA DO ÓRGÃO CONTROLADOR 
Segundo esta classificação, o controle pode dividir-se em: 
 Administrativo 
 Legislativo 
 Judicial 
ADIANTANDO – Cada um destes controles será explicado em detalhes mais à 
frente. 
 
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CONTROLE ADMINISTRATIVO 
Decorre do Poder de Autotutela conferido à própria Administração Pública, que deve 
fiscalizar e revisar seus próprios atos, buscando a correta atuação de seus órgãos. 
CONTROLE LEGISLATIVO 
Executado pelo Poder Legislativo, de maneira direta ou com o auxílio do Tribunal de 
Contas. 
CONTROLE JUDICIAL 
Realizado pelo Poder Judiciário, SOMENTE mediante PROVOCAÇÃO, uma vez que este 
poder é INERTE. 
IMPORTANTE – O Controle Judicial irá se expressar
SOMENTE sobre critérios 
de LEGALIDADE. 
QUANTO AO MOMENTO 
Dentro desta classificação o Controle da Administração Pública pode ser: 
 PRÉVIO ou A PRIORI 
 CONCOMITANTE ou PARI-PASSU 
 POSTERIOR ou A POSTERIORI 
Vamos a eles: 
CONTROLE PRÉVIO 
Quando o controle é exercido ANTES do início da prática OU da conclusão do ato 
administrativo, sendo requisito de validade ou para a produção de efeitos do ato. 
Podemos tomar como exemplo um Mandado de Segurança Preventivo, que busca impedir 
a prática de determinado ato ilegal. 
CONTROLE CONCOMITANTE 
Exercido durante a realização do ato. São exemplos: Fiscalizações, auditorias, 
acompanhamentos de corregedorias etc. 
CONTROLE POSTERIOR 
Feito após o ato, sendo para CORRIGI-LO, REVOGÁ-LO, ANULÁ-LO, ATESTAR A 
VALIDADE, entre outros. 
Como exemplo, pode-se citar a Homologação de um Concurso Público ou Procedimento 
Licitatório. 
QUANTO À INICIATIVA DO CONTROLE 
Seguindo esta classificação, o controle pode se dividir entre: 
 Controle de Ofício 
 Controle Provocado 
CONTROLE DE OFÍCIO 
Não necessita da provocação da parte interessada, ou seja, é iniciado pela própria 
administração pública, baseado na Autotutela Administrativa. 
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CONTROLE PROVOCADO 
Depende da iniciativa da parte interessada, que procura o órgão/autoridade para que se 
inicie o controle, tal qual em uma denúncia, por exemplo. 
QUANTO À EXTENSÃO OU ORIGEM DO CONTROLE 
De acordo com a origem, o controle pode ser: 
 INTERNO 
 EXTERNO 
 POPULAR 
Por ser a “subclassificação” mais ampla, e que merece um cuidado especial, falarei apenas 
do Controle Interno por hora. 
CONTROLE INTERNO 
O Controle Interno é exercido de UM PODER, SOBRE ELE MESMO, ou seja, DENTRO DO 
MESMO PODER. Se expressa pelo: 
 Poder Hierárquico 
 Poder Disciplinar 
 Por órgãos especializados de controle (como o CNJ no âmbito do poder judiciário, 
e o controle de Ministérios sobre determinados atos administrativos de suas 
autarquias vinculadas). 
LEMBRE-SE – Os Poderes Hierárquico e Disciplinar se manifestam apenas 
INTERNAMENTE na Administração Pública. 
Importante dizer que o controle interno alcança apenas os atos de natureza 
administrativa, mesmo se exercido no âmbito dos poderes Legislativo e Judiciário! Ou seja, o 
Controle Interno alcança a função TÍPICA do poder executivo e ÁTIPICA dos poderes legislativo 
e judiciário. 
IMPORTANTE – O Controle Interno alcança apenas os ATOS DE NATUREZA 
ADMINISTRATIVA. 
A própria CESPE já se manifestou neste sentido, conforme segue: 
CESPE – 2018 - Controle interno se refere, sempre, a atos de natureza 
administrativa 
GABARITO – CERTO 
CESPE – 2016 - O controle administrativo interno é cabível apenas em relação 
a atividades de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos 
Poderes Legislativo e Judiciário 
GABARITO - CERTO 
O Controle Interno vem disciplinado na Constituição Federal, no artigo 74, tendo a 
seguinte transcrição: 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de 
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, 
a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
 
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II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à 
eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem 
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito 
privado; 
 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, 
bem como dos direitos e haveres da União; 
 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão 
institucional. 
FIQUE LIGADO – O Inciso IV é o mais cobrado em Provas de Concurso. 
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem 
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão 
ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária. 
ATENÇÃO – A Responsabilidade dos responsáveis pelo Controle Interno é 
SOLIDÁRIA. 
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato 
é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades 
ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 
 O Controle Interno então busca uma atuação mais CONSULTIVA, buscando orientar e 
fiscalizar a Administração Pública sob sua tutela. 
 
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