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ESQUIZOFRENIA PARANOIDE

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ESQUIZOFRENIA PARANOIDE – ESQUIZOFRENIA DO TIPO PARANOICA
A esquizofrenia paranoide também denominada esquizofrenia com paranoia – É o subtipo da doença mais comumente diagnosticado.
Os principais sintomas desse tipo de Esquizofrenia são as alucinações, delírios, sensação de perseguição e pensamentos sobre conspirações. Normalmente, as alucinações e os delírios giram em torno do mesmo tema e se mantêm consistentes ao longo do tempo.
O esquizofrênico paranoide também pode apresentar fala e escrita confusas, alterações no humor, mudanças na personalidade e desinteresse com a vida social, o que pode resultar em isolamento social.
Na fase inicial da doença, portanto, é possível notar que a pessoa apresenta indícios como:
· Desinteresse com a vida social e gradativo isolamento, afastando-se de amigos e convívios que faziam parte de sua rotina;
· alterações no humor, sinalizada por uma certa apatia e/ou irritabilidade exacerbada;
· concentração prejudicada e desmotivação, repercutindo em sua produtividade nas atividades profissionais ou do dia a dia;
· Desleixo com a aparência e higiene pessoal;
· dificuldades para dormir;
· Fala e escrita confusas;
· mudanças na personalidade.
É importante salientar que essa lista não esgota os sintomas preliminares da esquizofrenia paranoide. Apenas sugere comportamentos que não devemos negligenciar.
É importante que mesmo com poucos sintomas seja realizada uma avaliação médica, pois pode ser revelado algum distúrbio e mesmo que seja leve pode ser melhor tratado e controlado.
Quando a esquizofrenia chega ao estágio em que os delírios e alucinações ocorrem, a doença fica mais evidente. Ainda assim, pela falta de informação adequada, pessoas próximas podem relativizar as narrativas ou episódios que testemunham. Geralmente, sem conhecimento as pessoas associam os episódios a uso de drogas e álcool ou outros, atribuem conotações espirituais, religiosas – até porque as alucinações incluem relatos de conversas com espíritos, demônios ou divindades.
Conceitualmente, alucinação é uma perturbação sensorial, que gera falsas impressões visuais, táteis, olfativas, auditivas e gustativas (ou seja, em qualquer um dos 5 sentidos). No diagnóstico da esquizofrenia, a percepção de alucinações frequentes é um sintoma claro. Costumam ser mais de natureza auditiva e visual, embora os outros sentidos possam ser afetados.
Dentre os exemplos de alucinações comumente reportadas, os pacientes afirmam:
· Ouvir vozes de fontes externas, que conversam com ele e, geralmente, dizem coisas que deve fazer – ou o xingam, humilham e julgam;
· Ouvir, dentro da mente, vozes ou pensamentos alheios, que também impõem ordens e comandos, ou enfatizam ideias negativas de culpa, escárnio e degradação;
· escutar músicas, assobios, risadas, zumbidos, chiados ou ruídos estranhos, que ninguém mais percebe;
· Sentir que seus pensamentos estão sendo escutados por todos;
· Ver personagens minúsculos surgirem entre objetos e pessoas reais;
· Ver imagens de pessoas, objetos, entidades, pontos de luz ou cores;
· Ver a si mesmo projetado fora do corpo ou ter capacidade de se enxergar por dentro;
· Ver cenas de acontecimentos (por vezes terríveis, como incêndios e assassinatos);
· Enxergar letras ou palavras onde não estão;
· Tocar em objetos ou ser tocado por pessoas que, na verdade, não existem;
· Sentir gostos ou cheiros estranhos na comida ou bebida (muitas vezes concluindo que há veneno nas mesmas).
O Delírio para o esquizofrênico é como uma crença ou convicção, ou seja, o paciente delirante assume como verdade um juízo próprio da realidade, que não pode ser removido com argumentações ou raciocínios lógicos, apresentados por outra pessoa.
Exemplos clássicos de delírios experimentados por pacientes com esquizofrenia paranoide são:
· Percepção de que algo está sendo tramado contra ele;
· Sentir que é alvo de espionagem, conspiração, envenenamento ou perseguição;
· Interpretar trechos de livros, jornais, revistas ou comentários televisivos como recados dirigidos especialmente a ele;
· Acreditar ser outra pessoa (como Napoleão, para citar uma referência emblemática) ou algum deus;
· Crer que é amado por uma pessoa que nem o conhece, como um artista, um ídolo, uma personalidade famosa ou mesmo um estranho que vê na rua;
· Afirmar ser muito próximo de figuras notórias;
· Contar que possui uma grande fortuna ou talentos especiais, superpoderes e dons sobrenaturais;
· Convicção da infidelidade do cônjuge, agindo de forma possessiva e com ciúmes exacerbados;
· Acreditar que existem insetos ou parasitas infectando seus órgãos, bem como perceber deformações em parte de seu corpo;
· Crer que seus pensamentos estão sendo controlados por agentes externos (como o governo ou alienígenas).
CAUSAS:  A hipótese mais aceita é de que a doença seja multifatorial, sugerindo que os sintomas se desenvolvem em pessoas com alguma vulnerabilidade biológica, somada a agentes estressores psicológicos, ambientais ou físicos.
Possíveis causas: 
· Predisposição genética e hereditariedade;
· Desequilíbrio bioquímico alteração nos níveis de neurotransmissores.
· Infecções ao longo da gestação;
· falta de oxigênio ou traumas no momento do parto ;
· Desnutrição durante a gestação ou baixo peso ao nascer;
· Pais com idade avançada na ocasião da concepção;
· Infecções virais;
· uso de drogas na adolescência.
· Pessoas que sofreram experiências psicológicas negativas, abuso sexual ou algum tipo de abuso físico.
DIAGNÓSTICO: A imprecisão quanto às causas acaba dificultando o diagnóstico do transtorno. E os sintomas, especialmente nas fases iniciais, podem passar despercebidos. O atraso no diagnóstico a média é uma demora de 7 anos entre os primeiros sintomas e a confirmação da doença impede o tratamento precoce, que traria resultados mais efetivos. Como não existe uma base biológica clara, que possa ser assumida como causa da esquizofrenia, também não é possível detectá-la através de exames laboratoriais. No entanto, existem duas medidas elementares para o diagnóstico do transtorno. E, uma delas é, precisamente, a solicitação de exames de sangue, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
A outra medida é a avaliação psiquiátrica, que se respalda por critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM-5) e da Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
O psiquiatra realizará entrevistas, tanto com o paciente quanto seus familiares, investigará seu histórico, observará a descrição dos sintomas e há quanto tempo ocorrem, dentre outros aspectos. Essa etapa do diagnóstico também precisa trabalhar com o princípio de exclusão. Como as doenças mentais podem apresentar sintomas semelhantes, é preciso que psiquiatra descarte as possibilidades do paciente apresentar, por exemplo, depressão ou bipolaridade.
Não há cura para esquizofrenia mas há tratamento realizado a base de antipsicóticos A internação (hospitalização) só ocorre em casos excepcionais: durante um período de crise ou quando os sintomas estão muito acentuados, colocando o paciente em risco. Por vezes, quando a medicação não atinge resultados satisfatórios, a terapia eletroconvulsiva pode ser considerada uma alternativa. Além disso a psicoterapia é outra etapa importante do tratamento, pois auxilia o paciente a lidar com o transtorno. Uma das técnicas de melhor eficácia nos casos de esquizofrenia paranoide é a  terapia cognitivo comportamental que ajudam na:
· Na melhor compreensão da doença;
· na identificação de fatores estressores e desencadeantes das crises, reduzindo os índices de recaídas;
· Na diminuição da severidade de alucinações e delírios, visto que a terapia propicia a instrumentalização de estratégias para reconhecê-las;
· Na conquista de maior autonomia e autoestima;
· No convívio e adaptação social.

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