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ENERGISA TOCANTINS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA SA ENSAIO EM TRANSFORMADOR DE FORÇA, TC e TP. APOSTILA DE INSTRUÇÃO TÉCNICA DE ENSAIOS DMSL – DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO EM SUBESTAÇÃO E LINHAS Instrutor: Juracy Gomes 1. OBJETIVO Estabelecer um alinhamento de conhecimento, apresentando os conceitos e os procedimentos de ensaios realizados em transformador de força, TC e TP, manuseio dos instrumentos de ensaio, bem como a interpretação dos resultados dos ensaios realizados em campo. Em subestação, os ensaios elétricos tem a finalidade de validar ou não as características entéricas de fabricação dos equipamentos seja em comissionamento, manutenção preventiva ou corretiva. Para tanto, temos o respaldo de algumas NBR,s. NBR 5356 - Esta norma fixa as condições exigíveis aos transformadores de potência. NBR 5380 - Prescreve os métodos de ensaios relativos aos transformadores abrangidos pela NBR 5356. NBR 06855 – Transformador de Potencial. NBR 06556 – Transformador de corrente. 2. ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO OU ISOLAÇÃO DC Tem a finalidade de medir a resistência de isolamento entre as partes constituintes de um equipamento que devem ser isoladas entre se. Para tanto é utilizado o Megôhmetro mostrado na figura a baixo, que pode aplica de 1 a 5 kV em corrente continua de um enrolamento para outro do Equipamento por exemplo, onde a corrente registrada é proporcional a resistência a ser medida. Portanto, a graduação do amperímetro e feita em MΩ. Figura: Megôhmetro Digital Obs.: Para que se possa realizar o ensaio de resistência de isolamento de um determinado equipamento, o mesmo deve estar desconectado da rede, com sua carcaça aterrada. O equipamento deve estar limpo e seco. Além disso, deve se curto-circuitar todos os pontos do mesmo enrolamento, e a umidade relativa dor ar deve estar abaixo de 70 %. Para a medição da umidade relativa do ar, faz se uso do Termo higrômetro mostrado na figura a baixo. Figura: Termo higrômetro 3. ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA DE ISOLAMENTO O ensaio de Fator de Potência tem a finalidade de detectar defeitos na isolação do equipamento através da medição das perdas dielétricas. O instrumento mostrado na figura a baixo, e projetado para medir grandezas de volt ampere e perdas em watts, quando conectado a uma fonte de alimentação de 110 e 60 Hz. A partir dessas medições pode ser calculado o fator de potência. Figura: Modelos de Fator de Potência 3.1. POSIÇÃO DAS CHAVES DO FATOR DE PONTÊNCIA Posição T: Indica que o cabo de BT esta aterrando o terminal ligado a ele. Caso o cabo de AT estiver ligado na AT, a medição será entre o terminal de AT e o terminal de BT, mais todos os pontos ligados a terra (AT X BT+CA). Posição G: Indica que o cabo de BT estará no potencial de Guard (isolado das medições). Indica que a isolação será entre o terminal de alta tensão e os pontos ligados a terra (AT X CA). Posição ST: Indica que o cabo de BT estará isolando o medidor (não medira as fugas para terra). Ou seja, está sendo efetuado ensaio da isolamento entre dois terminais isolados e não aterrados (AT X BT). 3.2. ANALISE DOS RESULTADOS Transformador, TC,s e TP,s Buchas < 0,5 – Ótimo Papel rezina - Até 1,5 O,5 a 1,0 – Satisfatório Papel óleo – 0,8 1,0 a 2,0 – Duvidoso > 2,0 – Ruim 4. EMSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO A medição da relação de transformação em transformadores, TC,s e TP,s é padronizada como ensaio de rotina, e deve ser realizada em transformadores reparados ou submetidos à reformas ou, ainda, no comissionamento de TC e TP em campo. A sua importância se prende ao fato de que um acompanhamento efetivo poderá indicar a presença de problemas, bem como, a adaptabilidade do transformador ao sistema. Os métodos mais utilizado para a se obter a relação de transformação é através de variador de tensão com voltímetro e o da medição da relação de espiras através de um equipamento construído especificamente para esse fim que é o TTR mostrados a nas figuras a baixo. Figuras: Variador de tensão, Voltímetro e TTR Para se calcular a relação de transformação de um transformador de força, deve se levar em conta o diagrama vetorial do transformador e o erro aceitável entre a relação lida e a teórica é de 0,5 %. O transformador mais utilizado pela a Energisa é o do tipo Dyn1 conforme figura a baixo. A primeira letra (maiúscula) representa o enrolamento de tensão mais elevada, sendo utilizadas as seguintes letras D (Delta), Y (estrela) e Z (Zig-Zag). A segunda letra (minúscula) representa o enrolamento de tensão inferior, sendo utilizadas as seguintes letras d (delta), y (estrela) e z (Zig-Zag). A letra n indica que o neutro é acessível e o número 1 indica as horas do ponteiro de um relógio, ou seja, cada 30º representa uma hora (30º / 30º = 1 hora). Figura: Diagrama vetorial Dyn1 Ex: O Cálculo da relação de transformação de um transformador de diagrama vetorial Dyn1 com tensão AT de 34500 e BT 13800 é: 34500 / (13800 / √ 3) = 4,3313 Para TC,s deve se verificar as relação de transformação descrita na placa do equipamento, verificando sempre se o equipamento está fechado em série ou paralelo. Para o cálculo do erro deve se verificar a classe de exatidão de cada enrolamento secundário. Para TP,s a relação de transformação é definida pelo tensão primaria do equipamento, sendo que para cada nível de tensão da rede existe um TP especifico conforme a baixo. • 138000 – 1200:1 • 69000 – 600:1 • 34500 – 300:1 • 13800 – 120:1 5. ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ENROLAMENTO Este ensaio consiste em determinar a resistência elétrica dos enrolamentos em corrente contínua a uma determinada temperatura. Os valores encontrados quando comparados com os de fábrica podem fornecer indicação sobre a existência de espiras em curto-circuito, conexões e contatos em más condições. Para a realização da medição da resistência de enrolamento, se utiliza de 2 métodos: Método da Queda de Tensão: Este método conforme figura a baixo, consiste em aplicar uma corrente continua no enrolamento sob teste, medindo a queda de tensão sobre o enrolamento. Com os valores de tensão e corrente em mãos, aplica se a lei de ohm para calcular a resistência. Figuras: Método da queda de tensão Método da Ponte: Método da ponte é aquele em que se emprega a ponte de Wheatstone, ou a de Kelvin, para obter a resistência. Este método é aconselhável, quando se deseja uma maior precisão nas medidas. Hoje as pontes foram substituídas pelos Microhmímetro mostrados na figura 7, que tem a mesma função. Figuras: Ponte Kelvin e Microhmímetro 6. TRANSFORMADOR DE FORÇA O transformador de força é um dos principais equipamentos de um Sistema Elétrico e tem por finalidade transferir energia elétrica de um circuito para outro através do campo magnético, mantendo a mesma frequência, mas sob diferente nível de tensão. Os transformadores podem ser classificados por números de fases, tipo do núcleo, tipo de enrolamento e tipo de aplicação. É considerado como transformador de força, aquele com potência nominal igual ou superior a 500 KVA conforme figura a baixo. Figuras: Transformador de força 6.1. PRELIMINARES PARA REALIZAÇÃO DE ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DO TRANSFORMADOR DE FORÇA • Abrira OS do serviço junto ao COS; • Realizar a análise preliminar de risco da atividade; • Observar se o transformador está desligado, aterrado e com o nível de óleo correto; • cumprir com os Ditais; • Desconectar todos os cabos das buchas e afasta-los das mesmas (inclusive os das buchas de neutro); • Deve-se curto-circuitar as terminais das buchas do mesmo nível de tensão; • Verificar se a umidade relativa do ar está abaixo de 70%, com a medição atreves do termo higrômetro; • Conectar o megôhmetro aos terminais do equipamento e executar os ensaios; As isolações envolvidas num transformador de dois enrolamentos são as mostradas no esquema a baixo. Onde: AT X CA= Isolação entre o enrolamento de alta tensão e a carcaça: (carcaça aterrada). BT X CA= Isolação entre o enrolamento de baixa tensão e a carcaça (carcaça aterrada). AT X BT= Isolação entre os enrolamentos de alta e baixa tensão. 6.2. ENSAIOS MEDIÇÃO DE AT X CA LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT GUARD BT R CA MEDIÇÃO DE AT X BT LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT GUARD CA R BT MEDIÇÃO DE BT X CA LIGAR INSTRUM TRAFO AT BT GUARD AT R CA RESUMO ENSAIO ENROLAMENTO CONECTADO AO CABO ISOLAÇÃO MEDIDA AT (VERM) GUARD (VERDE) BT (PRETO) 1 AT BT CARCAÇA AT X CA 2 AT CARCAÇA BT AT X BT 3 BT AT CARCAÇA BT X CA Os valores obtidos no ensaio, devem ser inseridos na planilha modelo a baixo 7. TRANSFORMADOR DE 3 ENROLAMENTOS As isolações envolvidas num transformador de três enrolamentos são as mostradas no esquema: Onde AT X CA = Isolação entre o enrolamento de alta tensão e a carcaça (carcaça aterrada). BT X CA = Isolação entre o enrolamento de baixa tensão e a carcaça (carcaça aterrada). TE X CA = Isolação entre o enrolamento terciário e a carcaça (carcaça aterrada). AT X BT = Isolação entre o enrolamento de alta tensão e baixa tensão. AT X TE = Isolação entre o enrolamento de alta tensão e terciário. BT X TE = Isolação entre o enrolamento de baixa tensão e terciário. 7.1. ENSAIOS MEDIÇÃO DE AT X CA LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT GUARD BT+TE R CA MEDIÇÃO DE AT X BT LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT GUARD TE+CA R BT MEDIÇÃO AT X TE LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT GUARD BT+CA R TE MEDIÇÃO DE BT X CA LIGAR INSTRUM TRAFO GUARD AT+TER R CA AT BT MEDIÇÃO DE BT X TE LIGAR INSTRUM TRAFO AT BT GUARD AT+CA R TE MEDIÇÃO DE TE X CA LIGAR INSTRUM TRAFO AT TE GUARD AT+BT R CA RESUMO ENSAIO ENROLAMENTO CONECTADO AO CABO ISOLAÇÃO MEDIDA AT(VERMELHO) GUARD(VERDE) BT (PRETO) 1 AT BT+TE CARCAÇA AT X CA 2 AT TE+CA BT AT X BT 3 AT BT+CA TERCIARIO AT X TE 4 BT AT+TER CARCAÇA BT X TE 6 BT AT+CA TERCIARIO BT X TE 7 TE AT+BT CARCAÇA TE X CA 8. AUTO TRANSFORMADOR A isolação envolvida num auto transformador e a mostrada no esquema a baixa: Onde: AT + BT X CA= Isolação entre o enrolamento alta mais baixa tensão contra a carcaça. 8.1. ENSAIOS MEDIÇÃO DE AT + BT X CA LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT+BT GUARD R CA 9. REGULADORES DE TENSÃO O regulador de tensão é ensaiado da mesma maneira que o autotransformador. No caso de possuírem para raios entre a entrada e a saída do regulador, estes deverão ser mantidos conectados durante o ensaio. 10. REATOR O reator é ensaiado da mesma maneira que o autotransformador. 11. FATOR DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA Para a análise dos resultados da medição da resistência de isolamento é importante conhecer a temperatura do transformador quando da realização dos ensaios. Para transformadores imersos em liquido isolante, a temperatura dos enrolamentos a frio pode ser considerada como a do liquido isolante desde que o trafo tenha estado desenergizado há um número suficiente de horas, dependendo do tamanho. Quando o transformador estiver ligado até antes do ensaio a temperatura será tirada do seguinte processo: 1) Transformadores que possuem imagem térmica, usa essa temperatura. 2) Transformadores que não possuem imagem térmica: Medir a temperatura da parede do transformador; Medir a temperatura ambiente; Utilizar a formula; TO=Tp+2/3(Tp-Ta) Onde: TO = Temperatura do óleo desejada. Tp = Temperatura da parede do transformador. Ta = Temperatura ambiente. Para corrigir a temperatura referida a 20 ºC usa-se a fórmula: R20 = RT.K. Onde: R20 = Resistência de isolamento referida a 20ºC RT = Resistência de isolamento medida K = Fator de correção (conforme tabela) TABELA DE CORREÇÃO °C FATOR °C FATOR °C FATOR °C FATOR 0 – 0,250 21 – 1.065 41 – 4.250 61 – 17.000 1 - 0,270 22 – 1.145 42 – 4.500 62 – 18.200 2 – 0,290 23 – 1.230 43 – 4.850 63 – 19.500 3 – 0,310 24 – 1.310 44 – 5,220 64 – 21,000 4 – 0,334 25 – 1.400 45 – 5,600 65 – 21,400 5 – 0,360 26 – 1.510 46 – 5,980 66 – 24,200 6 – 0,380 27 – 1.680 47 – 6,400 67 – 25,800 7 – 0,410 28 – 1.730 48 – 6,850 68 – 27,700 8 – 0,440 29 – 1.840 49 – 7,350 69 – 29,600 9 – 0,470 30 – 1.980 50 – 7,850 70 – 31,750 10 – 0,500 31 – 2.120 51 – 8,350 71 – 34,000 11 – 0,540 32 – 2.280 52 – 9,100 72 – 36,400 12 – 0,580 33 – 2.440 53 – 9,100 73 – 39,000 13 – 0,620 34 - 2.620 54 – 10,400 74 – 41,700 14 – 0,665 35 – 2.800 55 – 11,200 75 – 44,700 15 – 0,704 36 – 3,000 56 – 12,050 76 – 48,730 16 – 0,765 37 – 3,220 57 – 12,900 77 – 52,000 17 – 0,820 38 – 3,440 58 – 13,800 78 – 56,000 18 – 0,875 39 – 3,700 59 – 14,850 79 – 59,600 19 – 0,935 40 – 3,950 60 – 15,850 80 – 63,750 20 – 1,000 11.1. VALORES ORIENTATIVOS DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO. Como ainda não existem valores limites para a avaliação dos resultados, pois os equipamentos apresentam características diversas devido a construção, resultados satisfatórios só são conseguidos quando compara-se os valores presentes com os valores anteriores. A tabela, a seguir contém valores orientativos de níveis mínimos de isolamento, referidos a 20° C. 12. ÍNDICE DE ABSORÇÃO E POLARIZAÇÃO. A Índice de absorção é a razão da leitura de 1 minuto pela leitura de 30 segundos. B Índice de polarização é a razão da leitura após a estabilização pela leitura de 1minuto. Quando o instrumento demora para estabilizar, deve ser anotada a leitura após 10 minutos A tabela mostra as condições do isolamento referidos aos índices de absorção e polarização. CONDIÇÃO DO ISOLAMENTO ÍNDICE DE ABSORÇÃO INDICIE DE POLARIZAÇÃO RUIM < 1,1 < 1,25 DUVIDOSO 1,1 A 1,25 1,25 A 2,0 SATISFATÓRIO 1,25 A 1,40 2,0 A 3,0 BOM 1,40 A 1,60 3,0 A 4,0 ÓTIMO > 1,60 > 4,0 Obs. Caso o índice de absorção for muito superior a 1,60 e de polarização muito superior a 4,0 pode ser indício que a isolação está muito ressecada, necessitando de tratamento para restabelecer a flexibilidade do isolamento. 13. ENSAIO DE FOTOR DE PONTÊCIA DE TRANSFORMADOR DE FORÇA DE 2 ENROLAMENTOS • Realizar a análise preliminar de risco da atividade; • Observar seo transformador está desligado, aterrado e com o nível de óleo correto; • Desconectar todos os cabos das buchas e afasta-los das mesmas (inclusive os das buchas de neutro); • Deve-se curto-circuitar as terminais das buchas de AT e BT separadas; • Verificar se a umidade relativa do ar está abaixo de 70 % atreves do termo higrômetro; • Conectar o megôhmetro aos terminais do transformador e executar os ensaios; Importante: O tanque do equipamento sempre deverá estar aterrado. As isolações envolvidas num transformador de 2 enrolamentos são as mostradas no esquema: Onde: CA = Isolação entre o enrolamento de alta tensão e a carcaça. CB = Isolação entre o enrolamento de baixa tensão e a carcaça. CAB = CBA = Isolação entre o enrolamento de alta e baixa tensão e a carcaça. 13.1. ENSAIOS MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CA+CAB (AT X BT+CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO T. LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT BT BT MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CA (AT X CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G. LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT BT BT MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CAB (AT X BT). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO ST. LIGAR INSTRUM TRAFO AT AT BT BT MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CB+CBA (BT X AT+CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO T. LIGAR INSTRUM TRAFO AT BT BT AT MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CB (BT X CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G. LIGAR INSTRUM TRAFO AT BT BT AT MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CAB (BT X AT). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO ST. LIGAR INSTRUM TRAFO AT BT BT AT RESUMO ENSAIO Nº ENR.CONECTADO AO CABO DE ALTA TENSÃO ENR. CONECTADO AO CABO DE BAIXA ENSÃO POSIÇÃO DA CHAVE BT ISOLAÇÃO ENSAIADA 1 ALTA BAIXA T CA+CAB 2 ALTA BAIXA G CA 3 ALTA BAIXA ST CAB 4 BAIXA ALTA T CB+CAB 5 BAIXA ALTA G CB 6 BAIXA ALTA ST CBA Os valores obtidos no ensaio, devem ser inseridos na planilha modelo a baixo. 14. TRANSFORMADOR DE 3 ENROLAMENTOS. As isolações envolvidas num transformador de 3 enrolamentos são as mostradas no esquema. Onde: CA = Isolação entre o enrolamento de alta tensão e a carcaça. CB = Isolação entre o enrolamento de baixa tensão e a carcaça. CT = Isolação entre o enrolamento terciário e a carcaça. CAB=CBA = Isolação entre o enrolamento de alta e baixa tensão. CAT=CAT = Isolação entre o enrolamento de alta tensão e o terciário. CBT =CTB = Isolação entre o enrolamento baixa tensão e o terciário. 14.1. ENSAIOS MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CA+CAB (AT X BT+CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G. LIGAR INSTR. TRAFO AT AT BT TERC TERRA BT MEDIÇÃO O DA ISOLAÇÃO CA (AT X CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G. LIGAR INSTR. TRAFO AT AT BT BT+TERC TERRA CARC MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CAB (AT X BT). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO ST. LIGAR INSTR. TRAFO AT AT BT BT TERRA TERC MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CB+CBT (BT X TE+CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO ST. LIGAR INSTR. TRAFO AT BT BT AT TERRA TERC MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CB (BT X CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G. LIGAR INSTR. TRAFO AT BT BT AT+TERC TERRA CARC MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CBT (BT X TE). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO ST. LIGAR INSTR. TRAFO AT BT BT TERC TERRA AT MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CT+CTA (TE X BT+CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G. MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CT (TE X CA). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G. LIGAR INSTR. TRAFO AT TERC BT AT+BT TERRA CARCAÇA MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CTA (TE X AT). CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO ST. LIGAR INSTR. TRAFO AT TERC BT AT TERRA BT RESUMO ENSAIO Nº ENROLAMENTO CONECTADO AO CABO DE ALTA TESÃO ENROLAMENTO CONECTADO AO CABO DE BAIXA TESÃO ENROLAMENTO ATERRADO POSIÇÃO DA CHAVE SELETORA DE BT ISOLAÇÃO ENSAIADA 01 ALTA TERC BAIXA G CA+CAB 02 ALTA BAIXA+TERC G CA 03 ALTA BAIXA TERC ST CAB 04 BAIXA ALTA TERC G CB+CBT 05 BAIXA ALTA+TERC G CB 06 BAIXA TERC ALTA ST CBT 07 TERC BAIXA ALTA G CT+CTA 08 TERC ALTA+BAIXA G CT 09 TERC ALTA BAIXA ST CTA 15. AUTOTRANSFORMADOR A isolação envolvida em um autotransformador é a mostrada no esquema. Onde: CA = Isolação entre o enrolamento de alta e baixa tensão contra a carcaça. 16. ENSAIO MEDIÇÃO DA ISOLAÇÃO CA CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO T. LIGAR INSTR. TRAFO AT AT + BT 17. REGULADOR DE TENSÃO O regulador de tensão é ensaiado da mesma maneira que o autotransformador no caso de possuírem para-raios entre a entrada e a sadia do regulador, estes deverão ser desconectados e afastados dos terminais durante o ensaio. 18. REATOR O reator é ensaiado da mesma maneira que autotransformador. 19. FATOR DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA Para se encontrar a temperatura do transformador, para efeito de aplicação do fator de correção, procede-se da mesma maneira que do ensaio de resistência de isolação DC. TABELA DE CORREÇÃO - REF A 20°C (Para transformadores imersos em óleo isolante com conservador e respirador) °C °C 10° C 1,38 36° C 0,49 12° C 1,31 38° C 0,45 14° C 1,24 40° C 0,42 16° C 1,16 42° C 0,38 18° C 1,08 44° C 0,36 20° C 1,00 46° C 0,33 22° C 0,91 48° C 0,30 24° C 0,83 50° C 0,28 26° C 0,76 52° C 0,26 28° C 0,70 54° C 0,23 30° C 0,63 56° C 0,21 32° C 0,58 58° C 0,19 34° C 0,53 60° C 0,17 20. VALORES TÍPICOS DE FATOR DE POTÊNCIA PARA TRANSFORMADORES REATORES E REGULADORES DE TENSÃO FATOR DE POTÊNCIA A 20 °C CONDIÇÕES DE ISOLAMENTO 0,5 % ÓTIMO 0,5 A 1,0% SATISFATÓRIO 1,0 A 2,0% INVESTIGAR DUVIDOSO 2,0% INSATISFATÓRIO 21. ENSAIO DA RESISTÊNCIA ÔHMICA Para a medida da resistência ôhmica dos enrolamentos usa-se a ponte de wheatstone ou Microhmímetro para baixa resistência. Quando em comissionamento do transformador, reator ou regulador de tensão devem ser medidas todas as derivações de tensão, e no caso de ser ensaio normal, somente será medida a derivação que está ligada. As medições são efetuadas conforme as ligações do transformador sob ensaio. Em transformadores com ligação em estrela com neutro acessível a medição deve ser feita entre cada fase e o neutro e quando o neutro não for acessível ou ligação em triângulo, a medição será feita entre fases. 21.1. ESQUEMAS DE LIGAÇÕES Ligação em estrela com neutro acessível neste caso mede-se diretamente a resistência ôhmica de cada fase. Ligação estrela com neutro não acessível. Neste caso medimos a resistência ôhmica entre duas fases e a resistência ôhmica de cada fase será: AN= - AB+AC-BC , BN= AB+BC-AC , CN= AC+BC-AB LIGAÇÃO TRIÂNGULO Em transformadores ligados em triângulo a resistência de enrolamento é medida diretamente conforme esquema de ligação. Obs.: Após o termino de cada medição é necessário que se desligue o instrumento de ensaio antes de desconectar os fios ligados aos terminais do transformador para evitar danos devidos ao fenômeno de auto indução que pode gerar uma tensão elevada, dependendo do número de espiras e do núcleo. Sempre que possível curto circuitar os terminais do transformador antes de desligar osfios do instrumento. Ao se iniciar a medição acontece o problema da estabilização da leitura, devendo pôr isso ser dado tempo para que a corrente circulante se estabilize e a leitura seja constante. Medição de resistência de enrolamento são realizadas em campo, com a finalidade de detectar possíveis avarias nos enrolamentos, conexões frouxas e problema no comutador de derivações. É um ensaio essencialmente comparativo. Os resultados de um ensaio de campo são comparados com os de fabrica ou outros ensaios realizados em campo. É importante a comparação entre fases onde essa variação não ponderar ser superior a 1%. A resistência elétrica varia coma temperatura, isto é, terá diferentes valores se medições forem feitas em diferentes temperaturas. Daí a necessidade de se “corrigir” os resultados para uma única temperatura de referência. 21.2. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA ÔHMICA DO ENROLAMENTO EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA. Para se encontrar a temperatura do enrolamento do transformador procede-se da mesma maneira que no ensaio de resistência de isolação. Para efeito de analise a temperatura da resistência ôhmica deve ser referida a 75 °C (NBR 5356) e obedecer a formula: RT 75 = RT 234,5+T2 (PARA ENROLAMENTOS CONFECCIONADOS EM COBRE) 234,5+T Onde: RT75 = Resistência ôhmica referida a 75°C RT = Resistência ôhmica medida T2 = Temperatura de referencia (75 °C) T1 = Temperatura calculada ou medida do enrolamento EXEMPLO = R75 = 234,5+75 234,5+T(medida) Os valores obtidos no ensaio devem ser inseridos no modelo de planilha a baixo. 22. ENSAIO DE CORRENTE DE EXCITAÇÃO Para a medição da corrente de excitação utiliza-se o medidor de fator de potência. 22.1. EXECUÇÃO DOS ENSAIOS. 22.2. TRANSFORMADORES ESTRELA-ESTRELA. 22.3. TRANSFORMADORES ESTRELA-TRIANGULO 22.4. TRANSFORMADOR TRIANGULO-ESTRELA 22.5. TRANSFORMADORES TRIANGULO-TRIANGULO Os valores obtidos no ensaio devem ser inseridos no modelo de planilha a baixo. 23. ANALISE DOS RESULTADOS 23.1. PARA TRANSFORMADORES LIGADOS EM ESTRELA A característica desses transformadores é apresentar as correntes das duas fases externas semelhantes e maiores que a corrente da fase do meio. 23.2. PARA TRANSFORMADORES LIGADOS EM TRIÂNGULO A característica desses transformadores é apresentar duas correntes semelhantes e uma terceira menor. Depende do tipo de ligação pôr isso não pode ser determinada de antemão qual será menor. OBS.: Os valores absolutos da corrente são característica de cada transformador pôr isso, para analise, deve ser consultado valor encontrado em fabrica ou no ensaio anterior. 24. ENSAIO DA RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO O ensaio de relação de transformação, também conhecido como TTR mede a relação entre espiras de 2 enrolamento. Como a relação entre espiras de dois enrolamento (N1 e N2) é diretamente proporcional a relação de tensão deste mesmos enrolamento (V1 e V2) é correto afirmar que o ensaio mede a relação de tensão entre dois enrolamento. Para se medir a relação de transformação de um transformador de força, e necessário que se conheça o diagrama fasorial do transformador. Os ensaios são realizados ligando-se os cabos H ao enrolamento de mais alta tensão e os cabos de baixa X respectivamente ao enrolamento de mais baixa tensão. Os valores obtidos no ensaio devem ser inseridos no modelo de planilha a baixo. 24.1. GRUPO FASORIAL DOS TRANSFORMADORES E LIGAÇÃO NO TTR GRUPO VETORIAL TRANSFORMADOR SOB ENSAIO TERMINAIS DO TRANSFORM. NOS TERMINAIS DO TTR VALOR MEDIDO A.T. U.1 B.T. U.2 H1(V) H2(P) X1(V) X2(P) Dy 1 Dy 1 Dy 1 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3+H2 H1+H3 H1+H2 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X0 X0 X0 X2+X3 X1+X3 X2+X1 X3 X1 X2 U1x1,732 U2 U1 0,866xU2 0,866xU1 U2 Yd 1 Yd 1 Yd 1 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H0 H0 H0 H2+H3 H3+H1 H2+H1 H3 H1 H2 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2+X3 X3+X1 X2+X1 U1 U2x1,732 U1x0,866 U2 U1 U2x0,866 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 X3 X2 X1 X3 X2 X1 X3 X2 X1 X0 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 H3 H1 H3 H1 H2 H0 H3 H1 H2 H2 GRUPO VETORIAL TRANSFORMADOR SOB ENSAIO TERMINAIS DO TRANSFORM. NOS TERMINAIS DO TTR VALOR MEDIDO A.T. U.1 B.T. U.2 H1(V ) H2(P) X1(V) X2(P) Dy 11 Dy 11 Dy 11 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H3+H2 H3+H1 H1+H2 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X0 X0 X0 X2+X3 X3+X1 X1+X2 X3 X1 X2 U1x1,732 U2 U1 0,866xU2 0,866xU1 U2 Yd 11 Yd 11 Yd 11 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H0 H0 H0 H2+H3 H3+H1 H1+H2 H2 H3 H1 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X2+X3 X3+X1 X1+X2 U1 U2x1,732 U1x0,866 U2 U1 U2x0,866 Yz 11 Yz 11 Yz 11 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2+H3 H3+H1 H1+H2 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X0 X0 X0 X2+X3 X3+X1 X1+X2 X3 X1 X2 U1x1,732 U2 U1 U2x0,866 U1 x 0,866 U2 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 X3 X2 X1 X3 X2 X1 X3 X2 X1 X0 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 H3 H1 H3 H3 H1 H2 H1 H2 H2 H0 H1 H2 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H3 X2 X3 X1 X0 X2 X3 X1 X2 X3 X1 1 0 2 25. ANALISE DOS RESULTADOS. O erro permitido entre a relação de transformação teórica e a lida no instrumento não deve ser superior a 0,5%. Este erro é encontrado pela formula: ERRO% = RL - RT 100 OU RT ERRO% = ((RL / RT) - 1) x 100 Onde: RL= Relação lida no instrumento RT= Relação teórica ERRO%= Erro percentual 26. ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA E CAPACITANCIA EM BUCHAS CONDENSIVAS As buchas condensivas podem ser ensaiadas quando montadas no transformador ou em suporte adequado. Para tanto as buchas mais novas possui o tap capacitivo. Caso não tenha, ainda é possível ensaiar a bucha utilizando o método do colar. Figura: Corte de uma bucha condensiva Esta derivação para ensaio deverá ficar, em condições normais deoperação, sempre aterrada. O não aterramento poderá provocar abertura de arco interno e consequente explosão da bucha. 26.1. PRELIMINARES PARA O ENSAIO DE BUCHA • Desconectar todos os cabos das buchas e afasta-los das mesmas, inclusive das buchas de neutro. • Curto circuitar todas as buchas em que vão ser efetuadas medições, inclusive o neutro do enrolamento energizado para evitar possíveis interferências. • Curto circuitar e aterrar as buchas dos enrolamento que não serão medidas. • Retirar a tampa de proteção da derivação de ensaios do tap capacitivo. • Conforme o tipo da mesma providenciar o isolamento e ligação ao cabo de BT do instrumento de ensaio. Utilizar dispositivo próprio para o tipo de bucha que pode ser Gob de fabricação Asea, ABB ou GE. • Conectar o cabo de AT do instrumento ao terminal da bucha. • Conectar o cabo de BT do instrumento na derivação de ensaio. • Os ensaio são executados na posição ST da chave de baixa tensão. 26.2. ENSAIO 27.3. ANALISE DOS RESULTADOS Os valores admissíveis para buchas são os seguintes: Buchas tipo papel / resina: 1,5% Buchas tipo papel / óleo: 0,7% A capacitância da bucha é calculada da seguinte forma: C (10 kV) = 265 x mA C (2,5 kV) = 0,425 x mVA FATOR CORREÇÃO DE TEMPERATURA PARA BUCHAS Cº ASEA e ABB GE 20 1,00 1,00 22 1,03 1,00 24 1,05 1,00 26 1,07 0,99 28 1,09 0,99 30 1,12 0,98 32 1,14 0,97 34 1,17 0,97 36 1,19 0,96 38 1,21 0,96 40 1,23 0,94 42 1,26 0,93 44 1,28 0,91 46 1,30 0,89 48 1,31 0,87 50 1,33 0,86 52 1,34 0,84 54 1,36 0,82 56 1,37 0,79 58 1,37 0,77 60 1,38 0,75 Os valores obtidos no ensaio devem ser inseridos no modelo de planilha a baixo. 28. ENSAIO EM TRANSFORMADOR DE CORRENTE Transformador de corrente é um equipamento que tem a finalidade de detectar a corrente de 1 barra ou cabo e transformá-la em uma outra de valor menor para ser transmitida a um instrumento de medição ou proteção. Foram desenvolvidos porque é impraticável a ligação de instrumentos em circuitos de alta corrente, sendo portanto necessário reduzir a corrente primária para valores secundários menores sem introduzir erros (normalizados) de relação de transformação. 28.1. OBJETIVO Esta instrução tem por objetivo estabelecer os procedimentos a serem observados quando for ensaiado um transformador de corrente, bem como avaliar seu estado tendo por base esses ensaios. Em ensaio de TC, é de fundamental importância a interpretação da placa de identificação, onde além dos dados de identificação é possível verificar as relações existentes, fechamentos possíveis é quantidade de enrolamento de medição e proteção. Na figura a baixo podemos observar todas essas características dispostas na placa Na figura seguinte podemos identificar o esquema de fechamento primário do TC onde fechado P2 com P3, temos o fechamento serie que nos permite as menores relação. Fechado P1 com P3 e P2 com P4, temos o fechamento paralelo que permite as maiores relação. 29. ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO OU ISOLAÇÃO DC Este ensaio visa determinar o estado da isolação do TC antes da colocação do mesmo em serviço, bem como acompanhar sua deterioração ao longo do tempo após energizado. As isolações envolvidas num transformador de corrente são as mostradas no esquema: Onde: P x C = Isolação entre o enrolamento primário e a carcaça (núcleo + carcaça aterrada). S x C = Isolação entre o enrolamento secundário e a carcaça (núcleo + carcaça aterrada). P x S = Isolação entre o enrolamento primário e o enrolamento secundário. 29.1. PRELIMINARES. Realizar a análise preliminar de risco. Observar se o TC está desligado, aterrado e com o nível de óleo correto. Desconectar os cabos do primário e secundário. Verificar se o tanque está aterrado. Verificar se a porcelana está limpa e sem partes quebradas ou trincadas. Verificar se há vazamentos de óleo. • Curto circuitar todos os terminais dos enrolamentos primários entre si e também os terminais dos enrolamentos secundários entre si. • Conectar o instrumento de ensaio e executar os ensaios. 29.2. ENSAIOS ENSAIO Nº1: MEDIÇÃO DE P x C ENSAIO Nº2: MEDIÇÃO DE P x S LIGAR INSTR TC AT PRIM GUARD CARC R SEC LIGAR INSTR TC AT PRIM GUARD SEC R CARC ENSAIO Nº3 MEDIÇÃO DE S x C LIGAR INSTR TC AT SEC GUARD PRIM R CARC ENSAIO Nº3: MEDIÇÃO DE S x P LIGAR INSTR TC AT SEC GUARD CARC R PRIM ENSAIO Nº4: MEDIÇÃO DE 1S x 2S LIGAR INSTR TC AT S 1 S 2 R S 2 S3 GUARD PRIM + CARC 29.3. PROCESSO DE MEDIÇÃO. Os valores obtidos no instrumento devem ser tomadas aos 30s, 60s até a estabilização e inseridos na plantinha de ensaio mostrada a baixo. 29.4. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Não existe, no momento, valores limites que nos permita avaliar os resultados obtidos no campo, assim torna-se necessária a comparação dos valores obtidos em fabrica ou de equipamentos similares ou ainda entre valores obtidos em ensaios anteriores. A tabela abaixo apresenta valores apenas orientativos de níveis mínimos de isolamento: TENSÃO DO ENROLAMENTO RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO (M) 20 °C 30 °C 40 °C 50 °C 60 °C 66 kV E ACIMA 1.200 600 300 150 75 22 A 44 k V 1.000 500 250 125 65 6,6 A 10 k V 800 400 200 100 50 ABAIXO 400 200 100 50 25 30. ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA O ensaio de fator de potência, visa detectar os defeitos na isolação do TC, podendo verificar se o TC pode entrar em operação em casso de comissionamentos manutenção preventiva ou corretiva. A figura abaixo ilustra as isolações envolvidas: Onde: Cp = Isolação entre o enrolamento primário e carcaça. Cs = Isolação entre o enrolamento secundário e carcaça. Cps = Isolação entre os enrolamentos primário e secundário. 30.1. ENSAIO ENSAIO Nº1 MEDIÇÃO DO ISOLAMENTO Cp+Cps CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO T. LIGAR INSTR TC AT PRIM BT SECUN ATER TANQ ENSAIO Nº2 MEDIÇÃO DO ISOLAMENTO Cp CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G. LIGAR INSTR TC AT PRIM BT SEC ATER TANQ ENSAIO Nº3 MEDIÇÃO DO ISOLAMENTO Cps CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO ST. LIGAR INSTR TC AT PRIM BT SEC ATER TANQ 30.2. CORREÇÃO DA TEMPERATURA. Para análise dos resultados, os valores de FP encontrados devem referir a 20 °C. Utiliza-se a temperatura ambiente como base de temperatura do TC e aplica-se correções conforme tabela. TEMP ° C CORREÇÃO TEMP ° C CORREÇÃO 20 1,00 33 0,62 21 0,97 34 0,60 22 0,93 35 0,58 23 0,90 36 0,56 24 0,86 37 0,54 25 0,83 38 0,52 26 0,80 39 0,50 27 0,77 40 0,48 28 0,74 41 0,47 29 0,71 42 0,45 30 0,69 43 0,44 31 0,67 44 0,42 32 0,65 45 0,41 30.3. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS Prioritariamente deve-se analisar os resultados obtidos comparando-se com os resultados anteriores, porem quando isso não for possível guiar-se pela tabela orientativa. TENSÃO ISOLAÇÃO FP (%) TEMP(°C) ATÉ 88 k V ÓLEO 1,5 20 ACIMA 88k V ÓLEO 1,0 20 Os valores obtidos no ensaio devem ser inseridos na planilha modelo a baixo.31. ENSAIO DA RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO Este ensaio tem a finalidade de verificar se o TC está ligado na relação de transformação correta. Para ensaio de relação de transformação do TC, podemos usar o TTR, onde é necessário se fazer a configuração do instrumento para esse fim. Um detalhe importante na utilização do TTR e que os cabos de H serão conectados no secundário e os cabos X serão conectados no primário. Caso contrário você poderá não ter êxito na leitura do instrumento. Outro método que pode ser utilizado é utilizando uma fonte de corrente alternada (mala de carga), aplicando a corrente desejada no primário e coletando no secundário. 31.1. PRELIMINARES. Desconectar todos os cabos externos ligados ao TC (caso os cabos do primário sejam ligados a uma seccionadora em cada lado e sejam curtos, não é necessário desconecta- los); Curto circuitar os enrolamentos secundários que não vão ser ensaiados caso use a fonte; Com o TTR não a necessidade de curto circuitar os terminais secundários; 31.2. ENSAIO COM A FONTE Montar o esquema de testes conforme figura a baixo. Conectar uma fonte de corrente alternada e um amperímetro aos terminais do TC; Conectar um amperímetro aos terminais de um enrolamento secundário do TC. Aplicar uma corrente o mais próxima possível da nominal, ou senão, um múltiplo dela e anotar os valores das correntes indicadas nos amperímetros; Calcular a relação de transformação; 31.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Com o TTR o erro de relação de transformação calculado deve ser comparados com o da placa. Com a fonte a precisão deste ensaio está subordinada a precisão dos amperímetros utilizados. Quanto mais próxima da nominal a corrente aplicada ao primário, melhor é a precisão. Não se recomenda o uso de amperímetro alicate na medição da corrente secundária visto que sua precisão em baixas correntes é muito baixa. Os valores obtidos no ensaio, devem ser inseridos na planilha modelo a baixo 31.4. OBSERVAÇÃO Quando em comissionamentos, deve se fazer o ensaio de relação de transformação do TC em todas as relações. Quando o ensaio for de acompanhamento, ensaiar na relação ligada. 32. ENSAIO DE POLARIDADE. Este ensaio visa determinar o sentido da corrente primaria e secundaria nos seus terminais, ou seja, determinar quais são os terminais positivo e negativo num determinado instante. O ensaio de polaridade pode ser feito junto com o ensaio de relação de transformação com o TTR, uma vez que, fazendo a conexão TTR de forma correta, a leitura da relação de transformação mostrada no display será positivo. Neste caso temos polaridade subtrativa. Caso contrário, sendo a leitura do TTR negativa teremos polaridade aditiva. Outro método normalmente utilizando é o método do golpe indutivo utilizando o polarímetro que é uma fonte de corrente continua, conforme mostrado na figura a baixo. Figura: Polarímetro analógico Esquema de um polarímetro convencional 32.2. ENSAIOS Conectar aos terminais primários do TC os cabos AT do polarímetro. Conectar aos terminais do secundário os cabos BT do polarímetro, observando-se as polaridades (observar na placa do TC). Pressione o botão de teste e verifique a deflexão do ponteiro do voltímetro (primeira deflexão). Se a deflexão for para a direita a polaridade será subtrativa é se for a esquerda será aditiva. 32.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS A polaridade correta é a subtrativa. Caso contrário, deverá ser invertida a fiação externa ligada aos terminais secundários do TC. Quando o TC possuir mais de um enrolamento, ensaiar cada um separadamente, mantendo os outros curto circuitados. Quando o TC possuir um enrolamento com 2 ou mais derivações, utilizar os terminais extremos do mesmo, mantendo os outros abertos. Quando se usar polarímetro, observar o esquema de ligações mostrado no mesmo. Se a indicação for de duas setas, a indicação de polaridade subtrativa será e a de aditiva será . 33. ENSAIO DA RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS Este ensaio visa comparar os valores da medição da resistência ôhmica dos enrolamentos, no campo, com os valores obtidos na recepção em fabrica. 33.1. PRELIMINARES Isolar o TC das barras energizadas. Desconectar todos os cabos externos ligados ao Tc. 33.2. ENSAIOS Para a realização do ensaio de resistência ôhmica de enrolamento do TC, pode se utilizar o Microhmímetro, ponte kelvin ou ainda pelo método da queda de tensão. As medições são feitas nos enrolamento primário fechado em serie e também em paralelo e em todas as derivações do enrolamento secundário preenchendo os dados na planilha exemplo a baixo. 33.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Para efeito de comparação, os resultados devem ser referidos a 75°C, segundo as normas, o cálculo da correção é o seguinte: R 75 = Rmed 309,5 234,5 + T Onde: R 75 = Resistência a 75 °C. Rmed = Resistência ôhmica medida. T = Temperatura ambiente. 33.4. OBSERVAÇÃO Valor da resistência medida deve ser anotado somente após o instrumento atingir a estabilização da leitura. Enrolamentos não utilizados, deve ficar curto circuitado e aterrado. * Nunca desconecte os fios de ligação do instrumento com o mesmo ligado, e sem estar curto circuitado os terminais do TC. 34. ENSAIO EM TRANSFORMADOR DE POTENCIAL Transformador de Potencial (TP) é um equipamento usado principalmente para sistemas de medição de tensão elétrica, sendo capaz de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a máxima suportável pelos instrumentos de medição. Em subestação, sua principal aplicação é na medição de tensões com valores elevados, ou seja, em seu circuito primário (entrada) é conectada a tensão a ser medida, sendo que no secundário (saída) será reproduzida uma tensão reduzida e diretamente proporcional a do primário. Assim, com redução do nível de tensão e maior segurança, pode-se enviado para medidores e relés de proteção. 34.1. OBJETIVO Esta instrução tem por objetivo estabelecer os procedimentos a serem observados quando do ensaio de um transformador de potencial, bem como a avaliação de seu estado a partir desses ensaios. Existem no mercado duas famílias de TP’s, que são os indutivos e os capacitivos. Devido o pouco uso do TP capacitivo na Energisa TO somente serão abordados os ensaios de TP’s indutivos. 34.2. PRELIMINARES Observar se o TP está desligado, aterrado e com o nível de óleo correto; Desconectar os cabos do primário e secundário; Verificar se o tanque está aterrado; Verificar se a porcelana está limpa, sem partes quebradas ou trincadas; Verificar se há vazamentos de óleo; 34.3. ENSAIO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO Este ensaio visa determinar o estado da isolação do TP antes da colocação do mesmo em serviço, bem como acompanhar sua deterioração ao longo do tempo após energizado. As isolações envolvidas num transformador de potencial são as mostradas no esquema: ONDE: RP = Isolação entre o enrolamento primário e a carcaça. RS = Isolação entre o enrolamento secundário e a carcaça RPS = Isolação entre o enrolamento primário e o enrolamento secundário. *Observar o isolador do terminal de aterramento do primário (P2) para verificar se o mesmo tem condições de suportar 5000 V. caso contrário aplicar apenas a tensão suportável. 34.4. ENSAIOS ENSAIO Nº1 – MEDIÇÃO DE Rp LIGAR INSTRUMENTO TP AT PRIMÁRIO G SECUNDARIO R TANQUE ENSAIO Nº 2 MEDIÇÃO DE Rps LIGAR INSTRUMENTO TP AT PRIMÁRIO G TANQUE R SECUNDÁRIO ENSAIO Nº 3 MEDIÇÃO DE Rs. LIGAR INSTRUMENTO TP AT SECUNDÁRIO G PRIMÁRIOR TANQUE ENSAIO Nº 4 MEDIÇÃO DE Rsp LIGAR INSTRUMENTO TP AT SECUNDÁRIO G TANQUE R PRIMÁRIO ENSAIO Nº 5E6 MEDIÇÃO DE R S1-S2 (RS2-S3) LIGAR INSTRUMENTO TP AT X1 X2 G X2 X3 R PRIM+TANQUE 34.5. PROCESSO DE MEDIÇÃO Os valores obtidos no instrumento devem ser tomadas aos 30s,60s e após a estabilização da leitura do instrumento e devem ser inseridos na planilha modelo a baixo. 34.6. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Até o momento não se chegou a valores limites que nos permita avaliar os resultados obtidos no campo, assim torna-se necessária a comparação dos valores obtidos no ensaios de fábrica e de equipamentos similares ou entre valores obtidos em ensaios anteriores. A tabela abaixo apresenta valores apenas orientativos de níveis mínimos de isolamento. TENSÃO DO ENROLAMENTO RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO (M) 20 °C 30 °C 40 °C 50 °C 60 °C 66 KV A 44 KV 1200 600 300 150 75 22 A 44 KV 1000 500 250 125 65 6,6 A 10 KV 800 400 200 100 50 ABAIXO 400 200 100 50 25 35. ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA Este ensaio visa detectar os defeitos na isolação do TP, podendo verificar as condições do mesmo. A figura abaixo ilustra as isolações envolvidas. Onde: CP = Isolamento entre o enrolamento primário e carcaça; CS = Isolamento entre o enrolamento secundário e carcaça; CPS = Isolamento entre o enrolamento primário e secundário; 35.1 . PRELIMINARES Isolar o TP das barras energizadas Desconectar todos os cabos externos ligados ao TP. *Observar o isolador do terminal de aterramento do primário (P2) para verificar se o mesmo tem condições de suportar 2500 V. Caso contrário aplicar apenas a tensão suportável. 36.2. ENSAIO ENSAIO Nº1 MEDIÇÃO DO ISOLAMENTO Cp+Cps CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO T LIGAR INSTRUMENTO TP CABO AT PRIMÁRIO CABO BT SECUNDÁRIO ATERRAR TANQUE ENSAIO Nº 2 MEDIÇÃO DO ISOLAMENTO Cp CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO G LIGAR INSTRUMENTO TP CABO AT PRIMÁRIO CABO BT SECUNDÁRIO ATERRAR TANQUE ENSAIO Nº 3 MEDIÇÃO ISOLAMENTO Cps CHAVE SELETORA DE BT NA POSIÇÃO ST LIGAR INSTRUMENTO TP CABO AT PRIMÁRIO CABO BT SECUNDÁRIO ATERRAR TANQUE 36.3. CORREÇÃO DA TEMPERATURA Para análise dos resultados, os valores de FT encontrados devem se referir a 20 °C. Utiliza-se a temperatura ambiente como base da temperatura do TP e aplica-se as correção conforme tabela: TEMP °C CORREÇÃO TEMP °C CORREÇÃO TEMP °C CORREÇÃO 20 1,00 29 0,71 38 0,52 21 0,97 30 0,69 39 0,50 22 0,93 31 0,67 40 0,48 23 0,90 32 0,65 41 0,47 24 0,86 33 0,62 42 0,45 25 0,83 34 0,60 43 0,44 26 0,80 35 0,58 44 0,42 27 0,77 36 0,56 45 0,41 28 0,74 37 0,54 46 0,40 36.4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS Deve-se procurar analisar os resultados comparando-se os obtidos com os anteriores. Se isto não for possível utilizar a tabela orientativa. TENSÃO KV) ISOLAÇÃO FP (%) TEMP. (°C) ATE 88 ÓLEO 1,5 20 ACIMA 88 ÓLEO 1,0 20 Os valores obtidos no ensaio devem ser inseridos na planilha modelo a baixo. 37. ENSAIO DE POLARIDADE O ensaio de polaridade devem ser obtidos da mesma maneira do TC. Que pode ser através da leitura do TTR ou utilizando um polarímetro. 38. ENSAIO DA RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO Este ensaio tem a finalidade de verificar se o TP está ligado na relação correta ou ainda verificar a relação de transformação. Para a realização do ensaio, pode-se utilizar o TTR na mesma configuração utilizada para ensaio de transformador de força. Pode-se também aplicar tensão através de um TP auxiliar ao primário e medir a tensão de saída, porém nem sempre é possível contar com um TP auxiliar. 38.1. ENSAIO DA RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS Este ensaio visa comparar os valores da medição da resistência ôhmica dos enrolamentos no campo, com os valores obtidos na recepção em fabrica. 38.2. PRELIMINARES Isolar o TP das barras energizadas. Desconectar os cabos externos ligados ao TP 38.3. ENSAIO Para a realização do ensaio de resistência ôhmica de enrolamento do TP, pode se utilizar o Microhmímetro, ponte kelvin ou utilizar o método de queda de tensão. As medições são feitas nos enrolamento primário e em todas as derivações do enrolamento secundário preenchendo os dados na planilha de ensaio. 38.4. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Para efeito de comparação, os resultados devem ser referidos a 75 °C, segundo as normas. Cálculo da correção é o seguinte: R 75 = Rmed 309,5 234,5+ T Onde: R 75 = Resistência referida a 75 °C Rmed = Resistência medida T = Temperatura ambiente Os valores obtidos no ensaio devem ser inseridos na planilha modelo a baixo. 38.5. OBSERVAÇÃO O valor da resistência medida deve ser anotado somente após o instrumento atingir a estabilização da leitura. Os enrolamentos secundários que não for utilizado, devem permanecer aberto. *Nunca desconecte os fios de ligação do instrumento com o mesmo ligado e sem estar curto circuitado os terminais do TP. 39. PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Para a proteção do transformador de força é utilizado alguns dispositivos comumente chamados de proteções intrínsecas, ou seja, especifica do equipamento, tais como, relé de gás (63), relé de fluxo do comutador (63) dispositivo de temperatura de óleo (26), dispositivo de temperatura do enrolamento (49), dispositivo de nível do óleo (71), Válvula de alivio de pressão (DAP). Além da proteção intrínseca, o transformador de força é protegido pela proteção diferencial (87T), que irar atuar para faltas internas, dentro da zona delimitada pelos TC,s de buchas, quando a corrente diferencial (I1 - I2) for superior a um valor previamente estabelecido. 39.1 PROTEÇÃO DE TEMPERATURA DE ÓLEO A temperatura do óleo isolante do transformador de força pode ser monitorada através do termômetro de óleo ou por controladores microprocessados. Os termômetros de óleo mostrado na figuras abaixo, possui dois ponteiros de indicação de temperatura, o branco indica a temperatura do óleo em tempo real e o vermelho e controlado externamente, sendo que o primeiro movimenta-se apenas por ação da temperatura, enquanto o outro é impulsionado pela ação do ponteiro branco, que em virtude do aumento da temperatura, empurra o ponteiro vermelho, na redução da temperatura o ponteiro vermelho fica imóvel, sujeito apenas à ação externa, possibilitando-se a verificação da temperatura máxima atingida em um dado período. O termômetro possui na extremidade um bulbo que é colocado no ponto mais quente do óleo, logo abaixo da tampa, podendo ser ligado direto no termômetro ficando na parte superior da tampa principal do transformador de força, ou ligado por um capilar que permite a instalação do termômetro próximo ao painel de comado. A temperatura de regulagem recomendada para os ponteiros são: 75 °C para acionamento da ventilação forçada, 85 °C para alarme e 95 °C para desligamento. O ponteiro indicador de temperatura máxima do período, Após a inspeção periódica programando, deve retorna até encostar-se ao ponteiro principal, isso é feito através de controle manual do técnico. Na ocorrência de elevação da temperatura do óleo até o valor ajustado de desligamento 95 °C, o contato elétrico do termômetro e acionado, enviando um sinal positivo para que seja aberto o disjuntor de proteção do lado AT e BT do transformador de força. Figuras: Termômetros de Óleo Existe no mercado vários modelos de termômetro. No termômetro a baixo o controle externo é dado pela movimentação da regulagem na tampa de vidro do termômetroonde há um fixador com uma haste na cor preta. A haste preta é movimentada externamente, sendo necessário o uso de uma chave de fenda pequena para deslocar o ponteiro vermelho até encostar- se ao ponteiro indicador de temperatura (branco). Posterior a esse procedimento, coloque a haste do controle externo (preta) em uma posição que não atrapalhe o deslocamento dos cursores, para ter acesso ao parafuso que faz o deslocamento da haste preta é necessário a retirada da tampa prata externa mostrado na figura a baixo. Para ter acesso aos dois ponteiros de ligação é necessário retirar a tampa superior do termômetro que é composta pelo vidro e seu suporte. O ajuste dos ponteiros é feito de forma manual, o contato 13-14 é referente ao ponteiro verde e o contato 23-24 é referente ao ponteiro amarelo. Figura: Termômetro de Óleo Caso se tenha necessidade de fazer controle de ventilação forçada, alarme e desligamento do transformador de força, faz se necessário o uso de um termômetro como o da fingira a baixo, que possui 4 contatos ajustáveis. Figura: Termômetro de Óleo 39.2. PROTEÇÃO DE TEMPERATURA DE ENROLAMENTO (IMAGEM TÉRMICA) A temperatura do enrolamento do transformador de força pode ser monitorada através do termômetro de imagem térmica ou através de controladores microprocessados. Essa proteção intrínseca é denominada imagem térmica, por reproduzir indiretamente a temperatura do enrolamento, que é a parte mais quente do transformador de força, que nada mais é do que a temperatura do óleo acrescida da sobre-elevação da temperatura do enrolamento em relação ao óleo. Uma das técnicas ultimadas para medir essa temperatura é através de um sistema composto de uma resistência de aquecimento e um sensor de temperatura simples ou duplo mostrado na figura a baixo, ambos encapsulados e montados em um poço protetor imerso em uma câmara de óleo. O conjunto é instalado na tampa do transformador, equalizando- se com a temperatura do topo do óleo, indicando assim a temperatura do ponto mais quente do enrolamento. A resistência de aquecimento é alimentada por um transformador de corrente associado ao enrolamento de baixa tensão do transformador de força, que aquece a resistência acionando contatos de alarme ou desligamento do transformador. Figura: Termômetro de Enrolamento Via de regra, os valores ajustados e 95 °C para alarme é e 105 °C para desligamento. Na ocorrência de elevação da temperatura até os valores de ajuste, é enviado um sinal de alarme para o centro de operação, se assim for configurado, e com 105 °C é enviado um sinal positivo para a abertura dos disjuntores AT e BT. 39.3. CONTROLADORES ELETRÔNICOS DE TEMPERATURA Os controladores eletrônicos de temperatura mostrados na figura a baixo foram desenvolvidos para substituir, com vantagens da tecnologia microprocessada, os termômetros de óleo e enrolamento tradicionais, utilizados em transformadores e reatores de potência. Este equipamento recebe o valor da resistência de um sensor, geralmente PT100, e o transforma, através de um transdutor incorporado em temperatura equivalente, a qual é vista no monitor de temperatura, com painel frontal digital. Desempenham diversas funções de controle e acionamento de contatos, sendo que através do teclado frontal podemos configurar os parâmetros de sua atuação e ler os valores medidos e sentados. Dentre os modelos de monitores de temperatura, os mais conhecido no mercado é o TM1, Electron que possuem entrada para sensor de temperatura, normalmente este sensor é um PT100, possui também entrada para um sinal de TC, utilizado para compensação da temperatura do enrolamento, ou seja, entre outras funções, fornece a temperatura do óleo e do enrolamento. Além destes dois o mais utilizado atualmente é o rele Sel 2414, que além de fazer o monitoramento de óleo e enrolamento e também controle da ventilação forçada, faz controle do sistema de regulação, paralelismo, indicação de tap dentre outras funções. Por outro lado o PT100 é construído com sensor de platina que permite a leitura da temperatura de – 25°C até 850°C. Quando há variação de temperatura, sua resistência ôhmica muda, permitindo desta forma a conversão desta resistência em temperatura através do transdutor de temperatura. Os controladores microprocessados são necessários quando o cliente solicita indicação digital de temperatura no transformador, pois os termômetros usuais são analógicos. Podem possuir saídas analógicas para transdutores indicadores instalados remotamente e ainda protocolo de comunicação RS 485 (modelo padrão, DNP 3.0 opcional). Figura: Monitor TM1 e PT100 39.4. ESQUEMA ELÉTRICO DO TM1 O monitor de temperatura Electron (MASTERTEMP) mostrado na figura a baixo, permite até dois sensores de temperatura Pt100 e até três entradas de sinal de corrente proveniente do TC de Imagem térmica, possui cinco saídas analógicas configuráveis podendo ser de 0a1mA, 0a5mA, 0a10mA, 0a20mA ou 4ª20mA, que espelham as temperaturas do óleo e a temperatura dos enrolamentos, possui saída digital (RS485) com protocolos Modbus RTU e DNP 3.0. Figura: Esquema de ligação monitor Electron 39.5. ESQUEMA ELÉTRICO DO MASTERTEMP Atualmente o relé mais utilizado para fazer o monitoramento e controle de transformador de força é o relé SEL 2414 conforme mostrado na figura a baixo. Tradicionalmente, o carregamento de transformadores é controlado por um método baseado na corrente ou potência do equipamento. Este tipo de controle pode acarretar cortes de carga em transformadores que estejam operando com cargas muito acima dos valores nominais do equipamento. O SEL-2414 foi desenvolvido para ser uma alternativa mais confiável para esse tipo de controle, pois o realiza com base nas temperaturas do óleo e dos enrolamentos do transformador, levando em conta ainda informações da temperatura ambiente, do perfil de carga e do sistema de resfriamento. Este monitoramento fornece dados confiáveis para os Centros de Operação, que podem otimizar a utilização dos transformadores e controlar melhor a sua perda de vida útil. Figura: Relé SEL 2414 O SEL 2414 Substitua até Cinco Equipamentos 1. Monitor térmico do óleo e enrolamento 2. Controle da ventilação forçada 3. Relé 90 - regulação de tensão 4. Controle e indicação de TAP 5. Controle de paralelismo Para facilitar a instalação e utilização do SEL-2414, a SEL elaborou seis projetos (A,B,C,D,E e F) que atendem a maior parte das aplicações do monitor. Estes projetos contam, de forma variada, com os três elementos detalhados abaixo: Monitor Térmico, Relé 90 e Paralelismo. Além disso, faz parte deste fornecimento o diagrama de ligação completo do equipamento, o diagrama lógico das funções implementadas, uma lista de variáveis para facilitar as atividades de supervisão e controle, e ainda ajustes em português, com comentários e explicações sobre cada parâmetro a ser ajustado. As opções de comunicações flexíveis propiciam fácil integração com os sistemas SCADA. Escolha ®entre os protocolos Ethernet (Modbus TCP, DNP3 LAN/WAN, IEC 61850, Telnet, FTP) e seriais (Modbus RTU e DNP3). Projeto A: Monitoramento Térmico Aplicação compatível com o monitoramento de um enrolamento Projeto B: Monitoramento Térmico e Relé 90 Aplicação compatível com matriz de diodo e monitoramento de um enrolamento. 39.6. VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO As válvulas de alívio de pressão mostrada na figura a baixo, são instalados em transformadores imersos em líquido isolante com a finalidade de desliga-los contra possível deformação ou ruptura do tanque em casos de defeito interno. Com aparecimento de pressão elevada o dispositivo é regulado para abrir sob uma pressão de 0,7 kgf/cm².Figura: Válvula de alivio de pressão As válvulas de alivio de pressão podem ser de dois tipos básicos: A primeira é do tipo membrana, ou também conhecido como tubo de explosão, no qual o alívio de pressão ocorrerá pelo rompimento da membrana. Sempre que o transformador for submetido a vácuo, essa membrana deve ser isolada do tanque, e quando manuseada, devem ser tomados os devidos cuidados para não danificá-la. Observar que é usual utilizar-se uma proteção para a membrana durante o transporte, devendo, obrigatoriamente, ser retirada antes do início funcionamento do transformador. A figura a baixo mostra o segundo tipo de válvula de alivio de pressão, que é a mais usada atualmente, seu princípio de funcionamento, baseia-se em uma válvula com mola, provida de um sistema de amplificação instantânea da força de atuação. Fecha-se automaticamente após a operação, impedindo, assim, a entrada de qualquer agente externo no interior do transformador. Não necessita ser isolada do tanque quando este é submetido a vácuo. Figura: Válvula de alivio de pressão 39.7. RELÉ DE GÁS (TIPO BUCHHOLZ) O relé de gás tipo Buchholz mostrado na figura a baixo, tem por finalidade proteger o transformador de força contra defeitos, tais como: Perda de óleo, descargas internas, isolação defeituosa nos enrolamentos, do ferro ou mesmo contra a terra. O relé Buchholz é instalado para transformadores justamente para, em tempo hábil, indicar por meio de alarme ou através do desligamento do transformador, defeitos como os acima citados e, deste modo, possibilitar sua recuperação. O relé Buchholz normalmente é instalado entre o tanque principal e o tanque de expansão do óleo do transformador (conservador). Antes da energização do transformador, devem-se proceder as seguintes verificações: 1. Verificar a correta montagem do relé, em relação ao fluxo do óleo, o qual deverá estar com a seta direcionada ao tanque de expansão. 2. Verificar possíveis vazamentos decorrentes da montagem do relé no transformador. 3. Purgar o ar (sangria) do relé através da válvula localizada na tampa. 4. Retirar a tampa do dispositivo de teste e travamento de boias do relé, pino trava, retirar o inserto e recolocar a tampa. Figura: Relé de Gás tipo Buchholz A carcaça do relé é de ferro fundido, possuindo duas aberturas flangeadas e ainda dois visores providos de uma escala graduada indicativa do volume de gás. Internamente encontram-se duas boias montadas uma sobre a outra. Quando do acúmulo de uma certa quantidade de gás no relé, a boia superior é forçada a descer. Por sua vez, uma produção excessiva de gás provoca uma circulação de óleo no relé, é a boia inferior que reage, antes mesmo que os gases formados atinjam o relé. Em ambos os casos, ao sofrerem o deslocamento, as boias acionam um contato elétrico. Caso o alarme atue sem que o transformador seja desligado, deve-se desliga-lo imediatamente e, em seguida, fazer o teste do gás contido no interior do relé. Neste caso, a origem do defeito pode ser avaliada de acordo com o resultado do teste do gás, ou seja: a) Gás combustível (presença de acetileno): neste caso, provavelmente, há um defeito a ser reparado na parte elétrica; b) Gás incombustível (sem acetileno): neste caso temos o ar puro. O transformador poderá ser ligado novamente, sem perigo, após a desaeração (sangria) do relé. 39.8. INDICADOR DE NÍVEL DE ÓLEO O indicador é empregado para indicar com precisão o nível de óleo do transformador, sendo instalado numa das extremidades do tanque de expansão, tal acessório é provido de contatos para alarme ou desligamento, um sistema de boia, mostrador e componentes eletromecânicos. O sistema de boia com compartimento de haste variável aciona um imã permanente e transmite a altura do nível de óleo do interior do tanque de expansão para o ponteiro. Pode-se ter casos em que o indicador vem acoplado com micro interruptores, visando o acionamento de alarme quando de uma eventual ultrapassagem do nível do ponto máximo ou mínimo. O mostrador dos indicadores magnéticos de nível possui três indicações, ou seja: MIN, que corresponde ao nível mínimo, 25°C, que corresponde à temperatura ambiente assinalada, e MAX, que corresponde ao nível máximo conforme figura a baixo. Figura: Indicador de nível de óleo Como testar o indicador de nível de óleo: A atuação dos contatos e feita pressionando o dispositivo de teste para baixo e girando para direita ou esquerda. 39.9. RELÉ DE FLUXO O relé de fluxo mostrado na figura a baixo é instalado entre o comutador sob carga do transformador de força e o tanque de expansão do comutador. É projetado para atuar quando ocorrerem falhas no comutador, que produzam um deslocamento súbito do óleo isolante do tanque do comutador para o tanque de expansão do comutador, sendo sua operação ocasionada pelo fluxo de óleo superior a 1,2m/s. Figura: Relé de fluxo 40. ÓLEO MINERAL ISOLANTE Os transformadores de potência utilizam óleo com a função de isolar e refrigerar o equipamento durante sua operação. Basicamente o óleo, juntamente com o papel Kraft, constituem a isolação dos transformadores, sendo portanto parte da capacitância formada entre seus enrolamentos de tensões diferentes, e entre estes enrolamentos e o tanque, que abriga o que é chamado de parte ativa. O líquido isolante mais utilizado atualmente é o óleo mineral naftênico. Estudos tem sido desenvolvidos com o intuito de possibilitar o uso, em escala mais ampla, do óleo vegetal em transformadores. Tempos atrás, o ascarel foi um líquido isolante muito utilizado em transformadores e capacitores de potência, tendo sido proibido por sua toxicidade, bem como não ser biodegradável. 40.1. ÓLEO NAFTÊNICO Proveniente do refino do petróleo, o óleo mineral de base naftênica é hoje o fluido isolante mais usado na fabricação de transformadores de potência. Para tanto, apresenta certas características, que listamos abaixo. • Boa condutividade térmica; • Alto ponto de fulgor; • Baixo custo de produção em larga escala; • Alta capacidade de regeneração; • Grande quantidade de testes físico-químicos, facilitando a manutenção; • Baixa toxicidade; • Biodegradabilidade; As características gerais do óleo mineral isolante novo são: O óleo isolante tem duas finalidades dentro dos transformadores: facilitar a troca de calor da parte interna do transformador com a parte externa; e melhorar a isolação da parte ativa do transformador. Como o óleo facilita a troca de calor da parte interna do transformador, ele permite que o transformador trabalhe a uma potência mais alta do que poderia trabalhar se não utilizasse óleo isolante. Isso ocorre, pois o resfriamento do transformador mantém sua parte ativa a uma temperatura mais baixa. Assim ele pode operar com uma potência maior para chegar à mesma temperatura que teria sem o óleo isolante. Outra utilidade do óleo isolante é a melhora de isolação da parte ativa do transformador. O meio papel Kraft e óleo isolante tem um alto poder de isolação. Além disso, o óleo isolante melhora a resistência mecânica do papel Kraft. 40.2. PROPRIEDADES FÍSICAS DO ÓLEO ISOLANTE Cor: o óleo novo tem uma cor amarelo-pálida e é transparente, a cor muda e escurece na medida em que o óleo vai se deteriorando efeito de altas correntes; Ponto de fulgor: é a menor temperatura na qual se formam vapores inflamáveis na superfície do óleo e são identificados pela formação de um lampejo quando em presença de uma chama; Ponto de fluidez: é a temperatura mais baixa na qual o óleo, em condições perfeitamente estabelecidas, escoa; Densidade: a densidade do óleo está, normalmente, em torno de 0,9 na temperatura de 15°C; Viscosidade: é a resistência que o óleo oferece ao escoamento contínuo sem turbulência, inércia ou outrasforças. A quantidade de calor que o óleo é capaz de transferir, por hora, do transformador para o meio ambiente depende desta propriedade; Ponto de anilina: é a temperatura em que há a separação da anilina de uma mistura de anilina e óleo. O ponto de anilina está de certa forma relacionado com a propriedade de dissolver materiais com os quais entra em contato e com seu conteúdo aromático; Tensão interfacial: na superfície de separação entre o óleo e a água forma-se uma força de atração entre as moléculas dos dois líquidos que é chamada de tensão interfacial, sendo medida em N/m. Uma diminuição da tensão interfacial indica, com bastante antecedência em relação aos outros métodos, o início da deterioração do óleo; Solubilidade da água no óleo: a água pode existir no óleo sob a forma dissolvida, não dissolvida (em suspensão) ou livre (depositada). A quantidade de água em solução no óleo depende da temperatura e do grau de refino. Quanto mais alta a temperatura, tanto maior a quantidade de água dissolvida no óleo, e quanto mais bem refinado for o óleo, tanto menor será a solubilidade da água. 40.3. PROPRIEDADES ELÉTRICAS DO ÓLEO ISOLANTE O óleo isolante apresenta duas propriedades elétricas no que diz respeito à composição desse componente. A primeira e a rigidez dielétrica que é a tensão alternada na qual ocorre à descarga que interrompe na camada de óleo situada entre dois eletrodos e em condições perfeitamente determinadas. A rigidez dielétrica do óleo é pouco afetada pela água nele dissolvida. Por outro lado, a água livre em suspensão no óleo diminui acentuadamente sua rigidez dielétrica, sendo que em um óleo deteriorado, a água livre tem maior possibilidade de ficar em suspensão que no óleo novo. Outro fator que contribui para a redução da rigidez dielétrica são as partículas sólidas em suspensão (fibras celulósicas, carvão, poeira, etc. A segunda característica é o fator de potência, que é igual ao cosseno do ângulo de fase ou o seno do ângulo de perdas. Para efeitos de ensaios o valor não deve ser superior a 1. Este aumenta de valor na medida em que a deterioração do óleo progride. O fator de potência nos informa uma ideia da quantidade de corrente que flui pelo óleo e que é uma medida de sua contaminação e de sua deterioração. 40. ANÁLISE DE GASES DISSOLVIDOS Através da análise dos gases dissolvidos (DGA) no óleo isolante é possível avaliar a condição de operação do isolamento do equipamento, com a detecção de eventuais processos de falha que possam estar ocorrendo e tomar alguma ação em virtude desse processo. A análise de gases dissolvidos no óleo pela cromatografia gasosa, DGA, tem provado ser viável e preditiva. Alguns problemas que poderiam caminhar para falhas catastróficas em transformadores que podem ser detectadas são: arco elétrico (frequentemente devido à perda ou mau contato de conexões dentro dos transformadores causados por vibrações); corona (descargas elétricas no enrolamento); sobre aquecimento do óleo (sobrecarga do transformador, aquecimento exagerado do óleo isolante e de outras partes do equipamento, ou óleo em más condições necessitando de reciclagem ou regeneração, resultando em transferência de calor ineficiente); e degradação da celulose (o papel de material isolante enrolado em torno das bobinas torna-se frágil e começa a se deteriorar). A detecção de certos gases gerados no óleo do transformador em serviço é frequentemente a primeira indicação de seu mau funcionamento. A ocorrência destes eventos pode resultar na decomposição dos materiais isolantes e consequentemente na formação de vários gases combustíveis e não combustíveis. Algumas vantagens do DGA são: 1. Aviso antecipado da ocorrência de faltas; 2. Evita o uso impróprio das unidades; 3. Aceitação de unidades novas ou reparadas; 4. Agendamento conveniente de manutenções; 5. Monitoramento de unidades em sobrecarga; Do ponto de vista operacional, os procedimentos de detecção e análise dos gases combustíveis. Devem seguir as seguintes prioridades (IEEE, 1991): Detecção: detectar a geração de algum gás que excede as quantidades consideradas “normais” e utilizar critérios apropriados que possam identificar as possíveis anormalidades que por ventura estejam ocorrendo; Avaliação: avaliar a confiabilidade de operação do transformador, usando um conjunto de critérios ou recomendações; Ação: recomendar ação, que vai desde a confirmação da existência da falha com análise suplementar, redução da carga, ou até mesmo a retirada da unidade de serviço. A baixo segue o fluxograma do DGA Figura: Fluxograma de análise da DGA 40.1. CROMATOGRÁFICO O instrumento consiste no TRANSPORT X (Analisador Portátil de Gás dissolvido) ilustrado na figura a baixo, que representa uma nova geração de equipamento de teste para a análise de gás dissolvido em óleo, permitindo resultados precisos, rápidos e confiáveis no campo. O conhecimento preciso das condições do óleo em dispositivos é de suma importância para os equipamentos elétricos. A análise de gás dissolvido tem sido essencial nesta área por muitos anos, permitindo que falhas sejam detectadas nos seus primeiros estágios, evitando paradas e otimizando recursos. Figura: Análise no Transport X O TRANSPORT X fornece medições de todos os gases gerados em falhas mais umidade. A espectrografia fotoacústica infravermelha e o método de medição utilizado, onde os gases são extraídos e medidos a partir de uma amostra. Possibilita também o teste de: Amostras de gás tomadas do tanque de um transformador e amostras de gás de um relé Buchholz (63 Norma ANSI), amostra de óleo de disjuntores (52 Norma ANSI) e comutadores de taps. Os principais gases presentes no óleo são o acetileno (C2H2), etileno (C2H4), metano (CH4), etano (C2H6), hidrogênio (H2), óxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2). 40.2. INDICAÇÃO DO GAS CHAVE a) Gás Chave Acetileno (C2H2): indicação da existência de descargas elétricas, desde arcos francos até níveis inferiores de descargas parciais; b) Gás Chave Etileno (C2H4): indicativo de óleo superaquecido; c) Hidrocarbonetos saturados (metano - etano):são formados em quantidades significativas quando da decomposição do óleo a partir de 150 0C a 180 0C. Entretanto, um lento acúmulo de metano (CH4) e etano (C2H6) ocorre durante o envelhecimento normal dos materiais isolantes; d) Hidrogênio (H2): associado com o metano (CH4), com pequenas concentrações de etano (C2H6) e etileno (C2H4), indica que há a produção de descargas parciais. Se o hidrogênio for encontrado em grande quantidade, com concentrações pequenas de outros gases, indica a existência de água e sua decomposição eletroquímica (eletrólise); e) Monóxido e dióxido de carbono (CO e CO2): sempre estão presentes visto que são produzidos pelo envelhecimento, mesmo que normal do óleo e principalmente da celulose. O monóxido de carbono se apresenta, predominante, quando da decomposição do papel à temperatura muito elevadas, especialmente em situação de ocorrência de arcos. A tabela a seguir, apresenta de forma resumida o exposto Exemplo de uma análise cromatográfica onde os ensaios foram realizados conforme NBR 7070 e diagnósticos baseados na norma NBR 7274. Resultados como se apresentam sugerem a ocorrência de: 1. Valor de H2 indicando descargas parciais ou geração por pintura interna; 2. Relação CO2/CO demonstrando degradação da celulose provocada pelo envelhecimento e/ou celulose super aquecida. Deverá ser feita nova amostragem para avaliação/acompanhamento da taxa de crescimento de gases. Próxima amostragem: 3 meses 41. RIGIDEZ DIELÉTRICA A rigidez dielétrica de um líquido isolante é uma média de sua capacidade de resistir à tensão elétrica sem falhar, ou seja, o valor de tensão na qual ocorre uma ruptura do fluido
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