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Coleta Seletiva Visando Sustentabilidade em Condominio residencial

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2 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 
 
 
ANDREIA ZAPOTOSKI KEHRVLD 
LUCIANE NASCIMENTO PEREIRA LEJAMBRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLETA SELETIVA VISANDO SUSTENTABILIDADE 
EM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2016 
3 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 
 
 
ANDREIA ZAPOTOSKI KEHRVLD 
LUCIANE NASCIMENTO PEREIRA LEJAMBRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLETA SELETIVA VISANDO SUSTENTABILIDADE 
EM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado à FAMMA – Faculdade 
Metropolitana de Maringá, como parte dos requisitos 
para aprovação na disciplina tópicos II. 
Orientador: Prof. Me: Thiago Silva Prado 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2016 
4 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem como objetivo abordar os impactos ambientais causados pelo 
descarte inadequado de lixo residencial em um condomínio, destacando a 
importância da coleta seletiva, a conscientização dos condôminos para o descarte 
de forma adequada e a promoção da sustentabilidade e do bem estar geral. Diante 
deste contexto foi desenvolvido um modelo qualitativo baseado em técnicas 
exploratórias de dados por meio de estudo de caso. A pesquisa foi realizada em um 
edifício, localizado no município de Maringá-PR, através de questionário fechado. A 
análise observou que os condôminos têm consciência sobre a importância da coleta 
seletiva e que a grande maioria tem interesse em separar o lixo de forma adequada, 
porém o condomínio não dispõe de espaço adequado para essa atividade. 
Observou-se, ainda, um desconhecimento por parte dos moradores da programação 
da coleta seletiva disponibilizada pelo órgão competente no município. 
 
Palavras-chave: Sustentabilidade, Condomínio residencial, Resíduos sólidos, 
Coleta seletiva. 
 
ABSTRACT 
This article aims to address the environmental impacts caused by the inappropriate 
disposal of residential waste in a condominium, highlighting the importance of 
selective collection, the conscientization of condominium owners for proper disposal 
and the promotion of sustainability and general well-being. Within this context a 
qualitative model was developed based on exploratory data techniques through case 
study. The research was carried out in a building, located in the municipality of 
Maringá-PR, through a closed questionnaire. The analysis observed that 
condominium owners are aware of the importance of selective collection and that the 
vast majority have an interest in separating garbage adequately, but the 
condominium does not have adequate space for this activity. It was also observed an 
ignorance on the part of the inhabitants of the programming of the selective collection 
made available by the competent organ in the municipality 
 
Keywords: Sustainability, Residential Condominium, Solid Waste, Selective Collect. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A consciência e a educação ambiental são responsabilidades de toda a 
sociedade. No dia a dia, devido ao aumento do consumo, os resíduos gerados estão 
aumentando cada vez mais, e embora todos tenham conhecimento que o planeta 
Terra tem dado sinais de alerta sobre diversos problemas ambientais, a sociedade 
está caminhando lentamente na preservação do meio ambiente e na execução de 
ações que promovam a sustentabilidade para as futuras gerações. 
5 
 
A compreensão da necessidade do gerenciamento integrado dos resíduos 
sólidos propiciou a elaboração de políticas que consideram os 3R’s: reduzir, 
reutilizar e reciclar. Dessa forma, a gestão ambiental objetiva manter o meio 
ambiente saudável para atender as necessidades humanas atuais, sem 
comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras. 
Então, visando a gestão mais eficiente de condomínios residenciais que 
busquem a coleta e separação do lixo produzido neste, surgiu a indagação 
norteadora deste trabalho: quais são as práticas e ações organizacionais 
relacionadas à coleta seletiva e gestão eficiente em um condomínio residencial? 
Deste modo, espera-se que no decorrer da pesquisa esse questionamento 
seja respondido, por meio do referencial teórico proposto, bem como pelo estudo de 
caso realizado em um edifício. 
Nos estudos realizados buscou-se investigar-se com a implantação da coleta 
seletiva, haveria retorno financeiro, juntamente com a melhoria na qualidade de vida, 
tanto dos trabalhadores que fazem a coleta de lixo reciclável quanto para a 
comunidade em geral, por meio de uma destinação ambientalmente segura visando 
o aumento da consciência ecológica. 
Partindo dessa problemática, tem-se como objetivo geral analisar as práticas 
e ações organizacionais relacionadas à gestão eficiente dos descartes em um 
edifício e os objetivos específicos foram: rever a literatura relacionada à gestão 
eficiente dos dejetos; apresentar um diagnóstico dos desperdícios e das ações de 
melhoria; realizar o levantamento das quantidades de resíduos produzidos e propor 
à adequação da coleta seletiva política do município. 
A presente pesquisa justifica-se, primeiramente, pela necessidade de 
demonstrar que existem impactos ambientais causados em condomínios. Estes, 
supostamente, são inofensivos ao meio ambiente, todavia sua totalidade passa a ser 
um espaço, surpreendentemente, causador de problemas. Por isso, exige uma 
verdadeira gestão ambiental que auxilie na conservação e preservação da natureza, 
além de proporcionar melhores condições aos condôminos e trazer benefícios para 
diminuição de resíduos, bem como de energia elétrica e água. 
Sendo assim, esta pesquisa, se torna relevante devido à integração do 
conhecimento adquirido no curso de Administração de Empresas, juntamente com o 
conhecimento adquirido, com a pesquisa bibliográfica e a realidade dos condôminos. 
Também espera-se que sirva como fonte de conhecimento sobre o tema para a 
6 
 
comunidade em geral, e para a sociedade acadêmica como base dados para 
pesquisas futuras. 
Dentro deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver um 
modelo qualitativo, baseado em técnicas exploratórias de dados. Este é um estudo 
de caso num condomínio residencial, localizado no município de Maringá-PR, em 
que foi utilizado questionário fechado para levantamento de dados, com a pretensão 
de fazer uma análise realista da quantidade gerada de lixo domiciliar. O resultado 
deste tem o intuito de definir o perfil dos moradores e definir ações com objetivo de 
amenizar os impactos ambientais causados pelo descarte de lixo residencial de 
forma inadequada. Como solução para esse problema destaca-se a separação 
correta do lixo produzido e a conscientização dos condôminos com o objetivo de 
promover um maior grau de sustentabilidade e bem-estar geral dos moradores do 
local. 
 Os principais autores que embasarão a pesquisa são: Barbieri (2004), Altieri 
(2008), Braga e Dias (2008), Ferreira (1997), juntamente com a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004) e ABRELPE (2014). Este artigo está 
subdividido em dois capítulos: o primeiro trata de sustentabilidade no século XXI e o 
segundo sobre coleta seletiva, com foco no cotidiano de um condomínio residencial. 
Em seguida, está organizada a análise dos dados e, por fim, as considerações das 
autoras. 
 
SUSTENTABILIDADE NO SÉCULO XXI 
 
 Desde os primórdios da nossa história já estavam presentes as 
preocupações com a preservação ambiental. Há relatos que os romanos adotaram 
medidas para disciplinar o descarte dos resíduos domiciliares. Também esteve 
presente ao longo dos séculos o conflito entre a preservação ambiental e o 
crescimento econômico. A urbanização foi uns dos fatores que contribuiu na 
Revolução Industrial que ocorreu no século XVII, trazendo consigo o crescimento 
econômico, perspectiva de prosperidade, maior qualidade de vida e vários 
problemas ambientais. Barbieri (2004). 
A sustentabilidade é a gestão do negócio de maneira a 
promover o crescimento e gerar lucro, reconhecendo e 
facilitando a realização das aspiraçõeseconômicas e não 
7 
 
econômicas das pessoas de quem a empresa depende, dentro 
e fora da organização (SAVITZ; WEBER, 2007, p.3). 
 
A palavra sustentabilidade está presente em nosso dia a dia e isso se deve à 
conscientização de todos para preservação ao meio ambiente com o uso de 
produtos e métodos que não o agridam, visando o uso consciente dos recursos 
disponíveis. Conforme Keinert e Karruz (2002), até meados dos anos 1980, a ideia 
de sustentabilidade era direcionada apenas para as Ciências Naturais, a Biologia ou 
Ecologia, ou Aplicadas, Agronomia ou Engenharia de Pesca. Porém a partir de 
1987, surgiu a ideia de relacionar o conceito de desenvolvimento com a palavra 
sustentável. Com isso, uma noção antes totalmente desconhecida pelas Ciências 
Sociais foi buscada para constituir a principal ideia normativa do progresso humano 
neste início de século. 
Brüseke (1995) afirma que o relatório: Nosso Futuro Comum, lançado em 
1987, conhecido como Relatório Brundtland, no qual o termo desenvolvimento 
sustentável foi utilizado pela primeira vez, veio contemplar a necessidade de um 
novo tipo de desenvolvimento sustentável, apto para manter o progresso. Nele, foi 
exposta a pobreza como uma das principais causas e um dos principais efeitos dos 
problemas ambientais do mundo, desta forma, o conceito de desenvolvimento 
sustentável foi definido como o atendimento das necessidades diárias, sem 
comprometer as gerações futuras. O referido Relatório Brundtland, abriu o caminho 
para interesses relacionados com qualidade de vida e a necessidades levaria à 
inclusão não só da exigência de que o desenvolvimento seja harmonioso em relação 
ao ambiente, mas também ao reconhecimento do próprio bem estar dos cidadãos, 
sendo assim, os requisitos de um desenvolvimento sustentável será atingido 
somente se satisfizerem as necessidades do indivíduo. 
Dessa forma, em uma visão mais ampla a sustentabilidade está relacionada 
diretamente à questão da qualidade de vida, sejam eles culturais, políticos, 
econômicos, sociais e individuais. As preocupações das empresas em relação à 
sustentabilidade são de fato abrangentes, pois optam por práticas mais 
responsáveis de negócio, buscando a qualidade de vida e a preservação do meio 
ambiente. 
Os conceitos de sustentabilidade são muito complexos e existem várias 
formas de apresentação. Segundo Altieri (2008), é definida de forma ampla, significa 
que a atividade econômica deve suprir as necessidades presentes, sem restringir as 
8 
 
opções futuras. Conforme Kamiyama (2011), a palavra sustentável é originada do 
latim: sus-tenere e significa sustentar, suportar ou manter. É utilizada, na língua 
inglesa, desde o século XIII, mas somente a partir dos anos 1980 que o termo 
sustentável realmente começou a ser utilizado com maior frequência. 
De acordo com Barbieri e Cajazeira (2009), as dimensões da sustentabilidade 
são: social, econômica, ecológica, espacial, cultural, política e institucional. Desta 
forma, uma organização sustentável busca alcançar seus objetivos atendendo 
simultaneamente os seguintes critérios: equidade social, prudência ecológica e 
eficiência econômica. 
O autor Furman (2009), afirma que no Brasil, o direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado é direito fundamental sendo essencial à garantia do 
direito à vida, conforme prescreve o art. 225 da Constituição Federal de 1988, a 
saber: 
Artigo 225 - Todos tem direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder 
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo 
para os presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988). 
 
Jacobi (1999) ressalta que o avanço para uma sociedade sustentável é cheio 
de obstáculos, na medida em que possui uma consciência restrita a respeito das 
problemáticas do modelo de desenvolvimento sustentável. Com isso, as causas 
básicas que provocam atividades ecologicamente incorretas são provenientes dos 
valores adotados por ela. Estes acarretam, principalmente, a necessidade de 
estimular uma participação mais ativa da comunidade no debate do destino dos 
resíduos gerados, como uma forma de esclarecer os danos que as ações diárias 
trazem ao meio ambiente, identificando os problemas, propondo objetivos e 
soluções para conscientização e a construção de uma sociedade sustentável pelo 
exercício de uma cidadania ativa e na mudança dos valores individuais e coletivos 
tornando transparentes os procedimentos através de práticas centradas na 
educação ambiental, que possam garantir a criação de novos estilos de vida, 
desenvolver uma consciência ética que questione o atual modelo de 
desenvolvimento marcado pelo seu caráter predatório e pelo reforço das 
desigualdades socioambientais. 
Nesta perspectiva, a sustentabilidade ambiental urbana deve considerar a 
importância de estimular as pessoas na busca de informação, conscientização e 
9 
 
motivação, pois o momento atual exige uma sociedade mais instruída e motivada 
para assumir iniciativas voltadas para sustentabilidade e ao desenvolvimento, de 
modo que suas ações diárias não agridam o meio ambiente. 
 
COLETA SELETIVA COM FOCO NO COTIDIANO DE UM CONDOMÍNIO 
RESIDENCIAL 
 
Primeiramente é preciso entender a definição de resíduos sólidos que são 
definidos pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), por meio da 
NBR 10.004/04, sendo caracterizados como restos das atividades humanas, 
considerados pelos geradores como: inúteis, indesejáveis ou descartáveis e podem 
estar no estado sólido, semissólido ou líquido, desde que não seja passível de 
tratamento convencional. 
Segundo Braga e Dias (2008), as Ciências Econômicas definem resíduos 
como um sinal de produção ineficiente. Este conceito se aplica, em virtude do fato 
de que os resíduos são onerosos, principalmente, para as empresas, não tanto 
pelas taxas de deposição impostas pela regulamentação ambiental, mas devido ao 
desperdício, em termos de valor de compra dos materiais. 
 
 
A Norma Brasileira (NBR 10004, 2004, p.1), aplicam-se as seguintes 
definições: 
3.1 resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semi-
sólido, que resultam de atividades de origem industrial, 
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de 
varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes 
de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em 
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como 
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o 
seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, 
ou exijam para isso soluções técnica e economicamente 
inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. 
 
Para o melhor entendimento, os resíduos sólidos urbanos são classificados 
em classes. Segundo a NBR 10.004 (2004), os resíduos urbanos classificam-se em: 
 a) Resíduos Classe I – Perigosos: aqueles que apresentam periculosidade, 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade; 
10 
 
b) Resíduos Classe II – Não Perigosos: aqueles que não apresentam periculosidade 
como, por exemplo: restos de alimentos, sucata de metais ferrosos e não ferrosos, 
papel e papelão, plástico, borracha, madeira, material têxtil, minerais não-metálicos, 
areia de fundição, bagaço de cana, entre outros; 
c) Resíduo Classe IIA – Não Inertes: aqueles que apresentam biodegradabilidade, 
combustibilidade e solubilidade em água; 
d) Resíduos Classe IIB – Inertes: aqueles que, quando submetidos a contato 
dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não 
tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos 
padrões de potabilidade de água. Excetuando os seguintes aspectos: cor, turbidez, 
dureza e sabor. 
Em função disso, Braga e Dias (2008) afirmam que os resíduos também 
podem ser classificados de acordo com a sua origem, como: 
•Resíduo Domiciliar/Comercial: aquele gerado pelas atividades residenciais e que 
contém grande quantidade de matéria orgânica, plástico, papel, metais e vidro, entre 
outros; 
• Resíduo Público: aquele gerado pelos serviços de limpeza pública e que contêm 
areia, papel e resíduos vegetais, entre outros; 
• Resíduo Especial: aquele gerado como consequência de atividades industriais e 
domiciliares e que merecem tratamento para prevenir a poluição ou acidentes, 
manipulação e transporte especial, entre eles, pilhas, baterias, embalagens de 
agrotóxicos, medicamentos, venenos, lâmpadas fluorescentes, óleos, fluidos de 
refrigeração, solventes e resíduos eletrônicos; 
• Resíduo de Serviço de Saúde: aquele gerado pelas atividades em clínicas de 
saúde, veterinárias, odontológicas, hospitais, enfermarias e postos de pronto 
atendimento. É constituído por material infectante, químico, radiativo e/ou 
perfuro/cortante; 
• Resíduo Radioativo, de baixa, média ou alta atividade: aquele gerado pela 
queima de combustível nuclear composto por urânio enriquecido com isótopo 
atômico 235, pelos serviços de saúde, pesquisa científica e mineração de rochas 
radioativas. 
 Assim, entendemos que o gerenciamento dos resíduos sólidos é de suma 
importância para o desenvolvimento da sustentabilidade através do 
reaproveitamento de materiais que anteriormente eram descartados e agrediam o 
11 
 
meio ambiente. Os autores Ribeiro e Besen (2007), ressaltam que com o 
considerável aumento da consciência ecológica das populações urbanas, surgiram 
diversas alternativas para se aproveitar os produtos contidos no lixo urbano. No caso 
dos resíduos sólidos domésticos ou urbanos, as principais alternativas restringem-se 
a implementação de programas de coleta seletiva em áreas ou bairros selecionados 
das cidades, nos quais podem ser reaproveitados vidros, plásticos, metais e papéis. 
No Brasil, a preocupação com os resíduos sólidos teve início no ano de 1954, 
com a publicação da Lei Federal nº 2.312 que introduziu como uma de suas 
diretrizes que a coleta e o destino final dos resíduos deverão processar-se em 
condições que não tragam inconvenientes à saúde e ao bem-estar público. Em 21 
de janeiro de 1961, a Lei Federal nº 49.974 confirmou tal diretriz no art. 40 do 
Código Nacional de Saúde (BRASIL, 2001). 
Dessa maneira, Braga e Dias (2008) afirmam que o gerenciamento de 
resíduos sólidos pode ser definido como as ações associadas ao controle da 
geração, armazenamento, coleta, transporte, processamento e disposição de 
resíduos sólidos de modo que esteja de acordo com os melhores princípios de 
saúde pública, economia, engenharia, conservação dos recursos naturais, estética e 
outras considerações ambientais e, também, possa representar as atitudes e 
mudanças de hábitos das comunidades. De uma maneira geral, o gerenciamento de 
resíduos sólidos inclui todas as funções administrativas, legais, financeiras, de 
planejamento e de engenharia envolvidas na solução dos problemas relativos aos 
resíduos sólidos. 
Ainda esses autores ressaltam que o problema do gerenciamento dos 
resíduos sólidos nas sociedades atuais tornou-se complexo devido à quantidade e 
diversidade dos resíduos, à explosão das áreas urbanas, à limitação dos recursos 
financeiros públicos em muitas cidades, aos impactos da tecnologia e às limitações 
tanto de energia quanto de recursos naturais. Portanto, necessita-se que o 
gerenciamento dos resíduos sólidos seja realizado de maneira ordenada e eficiente. 
Assim, os aspectos e as relações fundamentais envolvidas podem ser identificados 
e ajustados para a uniformização dos dados e um melhor entendimento das ações 
necessárias ao bom andamento das políticas públicas de fornecimento de serviços 
municipais de gerenciamento de resíduos sólidos 
Com base em Demajorovic (1995), o adequado gerenciamento dos resíduos 
constitui uma alternativa que contribui para alcançar o desenvolvimento sustentável, 
12 
 
uma vez que permite economizar recursos naturais, matéria-prima, energia, água e 
saneamento ambiental reduzindo a poluição do ar, água, solo e subsolo. A relação 
entre resíduos e a problemática ambiental torna-se mais visível quando se trata de 
resíduos sólidos, uma vez que seu grau de dispersão é bem menor do que os 
líquidos e gasosos. 
Devido o aumento da geração de lixo, a coleta desses resíduos tem sido 
falha, tendo seu descarte em lixões a céu aberto, sem nenhum tratamento e, 
consequentemente, prejudicando ao meio ambiente. A partir dessa reflexão, Braga e 
Dias (2008) relatam que atualmente as mudanças nos padrões de consumo, o 
desenvolvimento industrial e os avanços tecnológicos têm provocado alterações na 
composição e na quantidade de resíduos gerados. Ainda segundo o referido autor, o 
Brasil chega ao início do século XXI, com uma população estimada de 170 milhões 
de habitantes, e a taxa de crescimento demográfico em torno de 1,4% ao ano. 
Apesar da taxa de crescimento demográfico estar caindo sistematicamente, estima-
se que a população brasileira deverá atingir 211 milhões em 2020. 
A geração de Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil em 2014, conforme dados 
levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos 
Especiais (ABRELPE) foi de aproximadamente 78,6 milhões de toneladas, 
representando assim um aumento de 2,9% de um ano para outro, sendo esse índice 
superior à taxa de crescimento populacional no país no período, que foi de 0,9% 
sendo esses os dados referentes à geração anual e per capita em 2014, 
comparados com 2013. 
Conforme a ABRELPE (2014), a comparação feita entre a quantidade de 
resíduos sólidos urbanos gerados e a quantidade coletada em 2014, mostra que o 
país contou com um índice de cobertura de coleta de 90,6%, levando à 
compreensão de que pouco mais de sete milhões de toneladas deixaram de ser 
coletadas no país no ano de 2014 e tiveram destino impróprio. Referente à coleta 
seletiva, em 2014, cerca de 65% dos municípios registraram alguma iniciativa de 
melhoria. Embora seja grande a quantidade de municípios com iniciativas de coleta 
seletiva, é necessário ressaltar que muitas vezes estas atividades resumem-se à 
falta de disponibilização de pontos de entrega voluntária ou convênios com 
cooperativas de catadores. 
Ao se comparar os dados publicados nas edições do Panorama, de 2010 a 
2014, nota-se que a evolução na gestão de resíduos sólidos no país tem sido 
13 
 
bastante lenta. A geração de resíduos vem crescendo a cada ano, aumentando a 
demanda por serviços de logística, infraestrutura e, principalmente, recursos 
humanos e financeiros. De 2010 a 2014, a produção de resíduos cresceu 29%, a 
cobertura dos serviços de coleta passou de 88,98% para 90,68% e a quantidade de 
postos de trabalho diretos subiu mais de 18%. 
A implantação da destinação final adequada dos resíduos sólidos urbanos e 
rejeitos no Brasil, estabelecida para ocorrer até agosto de 2014 pela Lei 
12.305/2010, não. Deste modo, o percentual de resíduos encaminhados para aterros 
sanitários permaneceu praticamente inalterado nos últimos anos, 57,6%, em 2010 e 
58,4%, em 2014, porém as quantidades destinadas inadequadamente aumentaram, 
e chegaram a cerca de 30 milhões de toneladas por ano, em 2014. 
A ABRELPE (2014) ressalta que um dos instrumentos para atendimento da 
meta de disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos prevista na Lei 
consiste na implantação de sistemas de coleta seletiva que propiciem o recolhimento 
dos resíduos, no mínimo, em duas frações: secos e úmidos. Tais sistemas deveriam 
estar disponíveis e em funcionamento em todo o país, porém essa a situação não se 
confirma. Na realidade, menos de 65% dos municípios brasileiros contam com 
iniciativas de coleta seletiva. 
 Com o aumento da geração de lixo domiciliar, deve-se pensar em coleta 
seletiva para minimizar os danos que esse lixo causa ao meio ambiente,proporcionando sustentabilidade e qualidade de vida para as próximas gerações. 
Singer (2002) ressalta que além de contribuir significativamente para a 
sustentabilidade urbana, a coleta seletiva vem incorporando gradativamente um 
perfil de inclusão social e geração de renda para os setores mais carentes e 
excluídos do acesso aos mercados formais de trabalho. 
Com base em Ribeiro e Lima (2000), é importante ressaltar as vantagens 
ambientais da coleta seletiva, destacam-se a redução do uso de matéria prima e a 
economia dos recursos naturais renováveis e não renováveis, além da redução da 
disposição de lixo nos aterros sanitários e dos impactos ambientais decorrentes. Os 
resíduos domésticos possuem um potencial muito grande para a reciclagem, pois 
contém em sua composição muita matéria orgânica, além de substâncias que 
possuem mercado comprador, tais como: papel e papelão, metais ferrosos e não 
ferrosos, plásticos e vidros. 
14 
 
Pode-se compreender com base nos autores Braga e Dias (2008), que a 
coleta dos resíduos e o seu transporte para áreas de tratamento ou destinação final 
são ações que inibem o desenvolvimento de vetores transmissores de doenças que 
encontram alimento e abrigo nos resíduos residenciais e comerciais. A coleta regular 
consiste na coleta de resíduos sólidos executada em dia, local e horário 
determinados, enquanto a coleta especial contempla os resíduos não recolhidos 
pela coleta regular como, por exemplo: entulhos, animais mortos, podas de jardins e 
resíduos tóxicos domiciliares. Esta coleta também pode ser regular ou programada 
para onde e quando houver resíduos a serem removidos. 
A partir dessa reflexão, podemos afirmar que para a adequada gestão dos 
resíduos é necessário que o material a ser recolhido seja tratado e disposto em 
locais adequados ficando afastados do ponto de origem. 
Com base em Braga e Dias (2008), a coleta dos resíduos envolve uma fase 
preliminar, que deve ser da responsabilidade do gerador e que compreendem da 
coleta interna, caçambas acondicionamento e armazenamento. Por outro lado, a 
fase externa está relacionada aos serviços de limpeza e de responsabilidade da 
administração municipal. Na fase interna, os resíduos devem ser alocados em locais 
e recipientes adequados, tais como: 
• Recipientes primários: aqueles que entram em contato direto com o resíduo como: 
sacos plásticos, tambores, cestos, entre outros; 
 • Coletores urbanos, comunitários e institucionais: aqueles utilizados pelas 
administrações municipais para a coleta em áreas públicas como: cestos fixos ou 
móveis, e, ainda, coletores para recicláveis. Na fase externa, os resíduos dispostos 
nos recipientes primários e coletores urbanos, comunitários ou institucionais, e 
dependendo do tipo, a coleta é realizada por veículos com ou sem compactador. 
Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001 Publicada no DOU no 
117-E, de 19 de junho de 2001, Seção 1, página 80 Estabelece o código de cores 
para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e 
transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. 
(Figura 1). 
 
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, 
no uso das atribuições e Considerando que a reciclagem de 
resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, 
15 
 
para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais 
não renováveis, energia e água; 
Considerando a necessidade de reduzir o crescente impacto 
ambiental associado à extração, geração, beneficiamento, 
transporte, tratamento e destinação final de matérias primas, 
provocando o aumento de lixões e aterros sanitários; [...], 
resolve: Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes 
tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e 
transportadores, bem como nas campanhas informativas para 
a coleta seletiva. (BRASIL, 2001) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Código de cores para resíduos 
 
 
Fonte: CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001. 
 
É importante analisarmos os riscos ocupacionais e os acidentes que podem 
ocorrer com a falta da separação adequada do lixo gerado, para melhor 
exemplificarmos o Velloso (1995) expõe que a saúde do trabalhador envolvido nos 
processos de operação do sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos está 
relacionada não só aos riscos ocupacionais inerentes aos processos, mas também 
às suas condições de vida. 
Com base em Ferreira (1997), as doenças relacionadas ao trabalho com 
resíduos sólidos, os riscos de acidentes e de agravos à saúde dependem da 
atividade exercida pelo trabalhador. O acidente mais comum entre trabalhadores 
que manuseiam os resíduos sólidos são cortes com vidros. As estatísticas deste tipo 
16 
 
de acidente são subnotificadas, uma vez que os cortes de pequena gravidade não 
são, na maioria das vezes, informados pelos trabalhadores, que não os consideram 
acidentes de trabalho. 
De acordo com Ferreira (1997), a principal causa destes acidentes é a falta de 
informação e conscientização da população em geral que não se preocupa em isolar 
ou separar vidros quebrados dos resíduos apresentados à coleta domiciliar. A 
adoção obrigatória de sacos plásticos para o acondicionamento dos resíduos 
sólidos, com efeitos positivos na qualidade dos serviços de limpeza urbana e, 
infelizmente, amplia os riscos pela opacidade dos mesmos e ausência de qualquer 
rigidez que possa proteger o trabalhador. A utilização de luvas pelo trabalhador 
atenua, mas não impede a maior parte dos acidentes, que não atingem apenas as 
mãos, mas também braços e pernas. 
Os efeitos na saúde humana e no meio ambiente são muitas vezes graves, 
pois doenças e a contaminação dos solos trazem sérias consequências para a 
sociedade em geral. Com base ainda em Ferreira (1997), os mais frequentes 
agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos resíduos sólidos municipais e 
nos processos dos sistemas de seu gerenciamento, capazes de interferir na saúde 
humana e no meio ambiente são: 
 Agentes físicos: o odor emanado dos resíduos pode causar mal estar, 
cefaléias e náuseas em trabalhadores e pessoas que se encontrem proximamente a 
equipamentos de coleta ou de sistemas de manuseio, transporte e destinação final. 
Ruídos em excesso, durante as operações de gerenciamento dos resíduos, podem 
promover a perda parcial ou permanente da audição, cefaléia, tensão nervosa, 
estresse, hipertensão arterial. Um agente comum nas atividades com resíduos é a 
poeira, que pode ser responsável por desconforto e perda momentânea da visão, e 
por problemas respiratórios e pulmonares, além dos Responsáveis por ferimentos e 
cortes nos trabalhadores da limpeza urbana, os objetos perfurantes e cortantes são 
sempre apontados entre os principais agentes de riscos nos resíduos sólidos. Nem 
sempre lembrada, a questão estética é bastante importante, uma vez que a visão 
desagradável dos resíduos pode causar desconforto e náusea (FERREIRA, 1997). 
 Agentes químicos: resíduos químicos, dentre os quais merecem destaque 
pela presença mais constante: pilhas e baterias; óleos e graxas; 
pesticidas/herbicidas; solventes; tintas; produtos de limpeza; cosméticos; remédios; 
aerossóis. 
17 
 
 Uma significativa parcela destes resíduos é classificada como perigosa e pode ter 
efeitos deletérios à saúde humana e ao meio ambiente. Metais pesados como 
chumbo, cádmio e mercúrio, incorporam-se à cadeia biológica, têm efeito 
acumulativo e podem provocar diversas doenças como saturnismo e distúrbios no 
sistema nervoso, entre outras. Pesticidas e herbicidas têm elevada solubilidade em 
gorduras que, combinada com a solubilidade química em meio aquoso, pode levar à 
magnificação biológica e provocar intoxicações agudas no ser, assim como efeitos. 
 Agentes biológicos: Os agentes biológicos presentes nos resíduos sólidos 
podem ser responsáveis pela transmissão direta e indireta de doenças. 
Microrganismospatogênicos ocorrem nos resíduos sólidos municipais mediante a 
presença de lenços de papel, curativos, fraldas descartáveis, papel higiênico, 
absorventes, agulhas e seringas descartáveis e camisinhas (FERREIRA, 1997). 
 Ferreira (1997) afirma que alguns agentes que podem ser ressaltados são: os 
agentes responsáveis por doenças do trato intestinal (Ascaris lumbricoides; 
Entamoeba coli; Schistosoma mansoni); o vírus causador da hepatite 
(principalmente do tipo B), pela sua capacidade de resistir em meio adverso; e o 
vírus causador da AIDS, mais pela comoção social que desperta do que pelo risco 
associado aos resíduos, já que apresenta baixíssima resistência em condições 
adversas. Além desses, devem também ser referidos os micro-organismos 
responsáveis por dermatites. A transmissão indireta se dá pelos vetores que 
encontram nos resíduos, condições adequadas de sobrevivência e proliferação. 
Dessas acepções, podemos ressaltar que a conscientização da população de 
uma forma geral é de grande importância para o futuro das próximas gerações, a 
preservação do meio em que vivemos começa com pequenas atitudes diárias e 
individuais. Um exemplo disso é a separação do lixo domiciliar para que possa ser 
reaproveitado, trazendo sustentabilidade e preservação da natureza. 
METODOLOGIA 
 
 A natureza da pesquisa pode ser exploratória, descritiva ou explicativa. 
A pesquisa exploratória tem como objetivo o conhecimento do 
problema a ser abordado, através do estudo bibliográfico e 
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com 
o problema pesquisado e análise de exemplos, assumindo 
18 
 
principalmente a forma de pesquisas bibliográficas e estudos 
de caso. (SILVA; MENEZEZ, 2001, p.2). 
 
Quanto ao tipo a pesquisa é qualitativa, pois segundo Moresi (2003) 
considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um 
vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não 
pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de 
significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de 
métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de 
dados e o pesquisador é o instrumento chave e os pesquisadores tendem a analisar 
seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de 
abordagem. 
O estudo de caso foi realizado em um condomínio residencial, localizado no 
Município de Maringá - PR. Com base nos autores Silva e Menezez (2001),podemos 
afirmar que o estudo de caso envolve o estudo detalhado do objeto de pesquisa, de 
maneira que se permita um conhecimento mais amplo. Em função disso Moresi 
(2003), ressalta que o estudo de caso é restrito a uma ou poucas unidades a serem 
estudadas, sendo uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão 
público, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter explicativo podendo ser, 
ou não ser, realizado no campo. 
Aplicou-se questionário fechado para coleta de dados, e podemos 
compreender com base nos autores Amaro, Póvoa e Macedo (2005), que o 
questionário é uma ferramenta de investigação, que visa recolher informações, 
fundamentando-se na inquisição de um grupo representativo. Para isso, coloca-se 
uma série de questões abordando um tema de interesse para os investigadores e 
conclusivos para analise da pesquisa realizada. 
 Segundo os autores acima citados, um questionário é útil quando o 
investigador quer buscar informação sobre um determinado objeto de pesquisa. 
Deste modo, através da aplicação dele, a um público especifico a ser estudado, é 
possível recolher dados que permitam conhecer melhor as suas falhas e limitações. 
A importância dos questionários é devida a possibilidade de interrogar um elevado 
número de pessoas, num espaço de tempo relativamente curto. 
 Perrien (1986 apud NOGUEIRA, 2002, p.2), os questionários fechados 
permitem a aplicação direta de tratamentos estatísticos com auxílio de 
computadores tendo respostas imediatas reduzindo as falhas e análises 
19 
 
indesejáveis. As questões iniciais devem abordar temas abertos e de fácil resposta, 
com o objetivo de envolver o pesquisado. Já as questões mais importantes devem 
ser inseridas no meio do questionário e as questões de caráter demográfico fiquem 
ao final. 
 Sendo assim, foi realizada a análise do conteúdo coletado a partir do 
questionário, verificando o lixo gerado em suas residências no dia a dia de cada 
condômino e o destino dado ao mesmo. Também serão observadas quais as 
melhorias necessárias a serem implantadas. 
 
ANÁLISE DE DADOS 
 
 O presente estudo tinha a intenção de investigar as práticas e ações 
organizacionais relacionadas à gestão sustentável em um condomínio residencial na 
cidade de Maringá - PR. Este pretendia envolver o total de condôminos (96 
apartamentos), no entanto deste total somente 43 responderam o questionário 
proposto, sendo que 6 apartamentos estão desocupados,15 estão ausentes e 32 
não quiseram participar. 
A seguir estão organizadas em tabelas as perguntas realizadas aos 
condôminos, juntamente com as respostas que utilizaremos para fazer a devida 
analise do estudo de caso. 
 
Tabela 1 – Sobre coleta 
Desconheço Já ouvi falar 
Conheço, mas 
não pratico 
Conheço, pratico 
Total: 0% 47% 23% 30% 
 Fonte: dados coletados pelas autoras. 
 Primeiramente na tabela 1 os moradores foram questionados se sabiam o que 
é a coleta seletiva, dos 43 moradores entrevistados, 47% responderam que já 
ouviram falar sobre a coleta seletiva, 23% dos condôminos conhecem, mas não 
praticam e apenas 30% dos moradores afirmam que além de conhecer, praticam a 
coleta seletiva do lixo gerado em suas residências, fazendo as devidas separações 
entre lixo orgânico e reciclável. 
20 
 
 Segundo Vilhena e D’Almeida (2000), a coleta seletiva é um processo de 
extrema importância para o sucesso da reciclagem, a coleta seletiva de lixo, 
compreende a separação e coleta de materiais recicláveis na residência. Sendo 
assim, Neiva (2001), afirma que o principal problema enfrentado para o crescimento 
da reciclagem dos diversos tipos de materiais é a inexistência ou a ineficiência de 
programas de coleta seletiva. Esses programas devem propiciar a separação do lixo 
em papel, plástico, vidro, metal e matéria orgânica, assegurando melhor qualidade 
desses materiais e facilitando a sua reciclagem. Para o seu sucesso, a separação do 
lixo, deve começar nas próprias residências com cada um exercendo seu papel de 
cidadão. 
 
Tabela 2 – Qual sua opinião sobre a alternativa proposta de se implantar a 
coleta seletiva no condomínio 
Excelente Boa Indiferente Ruim 
Total: 86% 14% 0% 0% 
 Fonte: dados coletados pelas autoras. 
 
 Os participantes quando questionados na tabela 2, sobre a proposta de 
implantação e a importância da coleta seletiva no condomínio, 86% dos moradores 
consideram excelente, 14% boa. Sobre a importância da coleta seletiva, Gradvohl 
(2001) informa que os materiais recicláveis consistem em média 35% do lixo gerado 
nas cidades brasileiras. Para diminuir os impactos ambientais, esse lixo deve ser 
reaproveitado por meio da reciclagem para retornar ao mercado. Isso resultaria em 
sustentabilidade e preservação do meio ambiente, porém os materiais reciclados 
devem encontrar mercado para sua reutilização, caso contrário voltará aos aterros 
com destinação final inadequada, causado por gerenciamento incorreto. 
 Tendo em vista a importância da coleta seletiva, Almeida (2016) afirma que é 
impossível viver sem produzir lixo, mas é possível reduzir essa produção. E aponta 
as opções de reutilizar objetos úteis do nosso dia a dia e separar os resíduos sólidos 
recicláveis do lixo orgânico para a coleta seletiva. Uma vez implantado um sistema 
de gestão de resíduos os materiais recicláveis são separados de acordo a sua 
natureza,papel, plástico, vidro, metal e óleo, sendo os principais resíduos gerados 
21 
 
pelos condomínios residenciais. A reciclagem e a reutilização destes resíduos se 
mostram uma solução extremamente benéfica ao meio ambiente, pois além de 
poupar os recursos naturais da terra, esta ajuda a desafogar os condenados aterros 
sanitários das regiões metropolitanas. 
 
Tabela 3 – Qual sua opinião sobre a criação de uma lei que envolva a coleta 
seletiva obrigatória em condomínios? 
Excelente Boa Indiferente Ruim 
Total: 75% 23% 2% 0% 
 Fonte: dados coletados pelas autoras. 
 
 A próxima questão (Tabela 3) relata a opinião de cada morador sobre criação 
de uma lei que regulamente a coleta seletiva, tornando-a obrigatória em 
condomínios. Do total de entrevistados, 75% afirmam ser excelente a 
regulamentação da coleta seletiva no condomínio, 23% opinaram como sendo boa, 
2% ficou indiferente a indagação e 0% ruim. De acordo com Pereira (2002), 
condomínio é constituído por um conjunto de propriedades, cabendo a cada morador 
igual direito, idealmente, sobre o todo e cada uma das partes, ou seja, o condomínio 
é algo em comum a todos e, tanto os benefícios oriundos, quanto qualquer mal que 
possa sobrevir, em se tratando de condomínio, é de responsabilidade de todos. 
Desta forma, conforme Araújo (2008) pode-se dizer que condomínio é uma 
associação de pessoas que dividem uma propriedade comum, possuidoras de 
direitos e deveres iguais. O condomínio tem como característica a convivência em 
comunidade, pois apesar de cada condômino possuir seu apartamento, todos estão 
dentro de um só edifício. Devido a isso, devem respeitar vizinhos e tentar conviver 
com os mesmos de forma pacífica. Devem procurar sempre a melhor forma de 
convivência e para que haja esta convivência pacífica, um dos fatores essenciais é a 
boa administração do condomínio. E é a contabilidade, neste atual cenário 
econômico que assume a função de administração. 
 
 
 
 
 
22 
 
Tabela 4 – Qual seu interesse em participar da coleta seletiva nesse 
condomínio? 
Não me interesso Talvez me interesse Interesso-me 
Total: 0% 14% 86% 
 Fonte: dados coletados pelas autoras. 
 
 A cima na Tabela 4,quando questionados sobre o interesse de participar da 
coleta seletiva no condomínio, 86% se interessam, 14% talvez se interessem e 0% 
não teriam interesse. Ribeiro e Do Carmo Lima (2006), a coleta seletiva é uma 
ferramenta para o incentivo, reutilização e a separação do material para a 
reciclagem com o objetivo de promover a mudança de comportamento dos 
condôminos, principalmente em relação aos desperdícios de consumo diários. 
Também busca-se diminuir a produção de resíduos e maximizar o reaproveitamento, 
além de diminuir os impactos ambientais decorrentes da geração de resíduos 
sólidos e promover a sustentabilidade. 
 De acordo com Teixeira e Zanin (1999), a coleta seletiva pode ser realizada 
por meio da coleta seletiva domiciliar, quando um veículo percorre um trajeto similar 
ao da coleta comum, recolhendo em cada ponto de geração, residencial ou 
comercial, os materiais previamente separados, ou podem ser entregues em Pontos 
de entrega voluntária (PEVs) ou Locais de entrega voluntária (LEVs). Estes são 
locais que apresentam condições de receber e armazenar os materiais separados e 
levados pela população, e por fim, pelos catadores, que trabalham informalmente de 
porta em porta e recolhem, principalmente, os materiais recicláveis de maior valor no 
momento. 
 
Tabela 5 - Você sabe quanto de lixo é produzido, em média, em sua residência 
por semana? 
1 saco preto 
100 litros 
Pouco menos de 1 
saco preto de 100 
litros 
Meio saco preto 
de100 litros 
grande 
Menos de meio saco 
preto 100 litros 
grandes 
Total: 47% 23% 16% 14% 
 Fonte: dados coletados pelas autoras. 
 
23 
 
 Ao serem indagados sobre a quantidade de lixo produzido em média em suas 
residências por semana (Tabela 5), 4% alegaram produzir em média 1 saco com 
volume 100 litros, 47% pouco menos de 1 saco , 16% meio saco, 14% menos de 
meio saco. 
 Para Ribeiro e Lima (2000), o lixo gerado nas residências é de grande 
potencial para o reaproveitamento de materiais, pois contém em sua composição a 
matéria orgânica que pode ser transformada em adubo orgânico, além de materiais, 
tais como: papel e papelão, metais, plásticos e vidros que podem ser reaproveitados 
para artesanato ou até mesmo para o comércio, para produção de um novo produto, 
gerando assim sustentabilidade e preservação do meio ambiente. 
 Sendo assim, Hirama, Da Silva (2010) ressalta a importância do 
envolvimento da população que conscientes da responsabilidade social e ambiental 
da separação do seu material reciclável contribuirão para dar sustentabilidade às 
cooperativas e associações. Também ajudarão na sobrevivência daqueles que 
dependem dos resíduos sólidos recicláveis e a inserção dos trabalhadores do lixão 
para os sistemas de cooperativas. 
A maioria das pessoas acredita que a reciclagem é uma boa 
ideia. Entretanto, nem todos têm disposição para reciclar – o 
hábito de jogar coisas fora é difícil de ser quebrado. As 
pessoas precisam perceber boas razões para a reciclagem e 
este deve ser conveniente. Elas devem ser motivadas a 
superarem suas objeções ou inércia até que a reciclagem se 
torne um hábito. (REINFELD, 1994, apud CORTEZ, 2002, p. 
45). 
 
Tabela 6 - O que você faz com o lixo que produz? 
Joga no lixo 
Separa para coleta 
seletiva 
Separa para 
produção de 
artesanatos 
Outros 
Total: 68% 23% 16% 14% 
 Fonte: dados coletados pelas autoras. 
 
 Na tabela 6, ao serem abordados sobre a destinação que cada um faz com 
seu lixo, 68% responderam que jogam no lixo, 22% separa para coleta seletiva, 
porém informam que posteriormente o material reciclável é misturado com o lixo 
comum e tem a mesma destinação, sendo que no município de Maringá, o destino 
final é o aterro Pedreira e por fim 10% dos moradores informam que separam os 
24 
 
recicláveis para produção de artesanatos, para igrejas. Além disso, alguns 
moradores comentaram que já foi realizada coleta seletiva no prédio, mas não houve 
sucesso por falta de informação e motivação. Verificou-se que o estudo da 
quantidade de lixo produzido em casa diariamente é o primeiro passo para a 
conscientização, separação e destinação adequada dos resíduos. 
 Hirama e Da Silva (2010) afirmam que a coleta seletiva é o primeiro passo 
para a reciclagem, pois é através dela que ocorre a separação, descarte e 
recolhimento dos materiais, pois a disposição de lixo ou de resíduos diversos na 
superfície da solo causa inúmeros impactos ao ambiente e coloca em risco a saúde 
das pessoas. Os autores realizaram uma análise da experiência da implantação da 
coleta seletiva, no município de Maringá–PR, e revelam a totalidade de resíduos 
gerados diariamente que soma 326,95 toneladas de resíduos sólidos urbanos, 
sendo 80,41 toneladas/dia de recicláveis, 41,05 toneladas/dia de rejeito e 205,49 
toneladas/dia de matéria orgânica. Destaca-se o projeto de reciclagem denominado 
ReciclAção nesta cidade, criado com o objetivo de intensificar e otimizar a coleta 
seletiva do município. Devido à reciclagem ser uma questão cada vez mais 
necessária e valorizada nos dias atuais é de grande importância a compreensão e 
conscientização da população para diminuir a quantidade de lixo gerada e 
proporcionando a melhorada qualidade de vida da população. 
 Cortez (2002, p.55), considera que: 
 [...] o maior benefício resultante da coleta seletiva, sob o 
aspecto humano, é viabilizar a transferência cada vez maior 
dos catadores das áreas de destinação de lixo, insalubres e de 
alto grau de risco, para as centrais de triagem, onde o 
ambiente de trabalho é mais saudável. Nestes locais, as 
pessoas adquirem melhor qualidade de vida e espírito de 
equipe, diferente das disputas individuais pela sobrevivência, 
travadas diariamentenos lixões e aterros. 
 
 Contudo, Sapata (2006), informa que as cooperativas e associações de 
catadores são formalmente constituídas e autônomas, as quais se formaram a partir 
de papeleiros de rua, catadores de antigos lixões e adolescentes marginalizados. 
Estas contam com uma estrutura física de um galpão, geralmente de madeira, 
munido de cestos para catação manual e equipamentos, tais como: balanças, 
prensas, esteiras e picotadores de plástico e papel. 
 
 
25 
 
Tabela 7 – Você saberia separa corretamente o lixo reciclável? 
 
 
 
 
 
 Fonte: dados coletados pelas autoras. 
 
 Uma das questões (Tabela 7) analisou que se cada condômino sabe separar 
corretamente o lixo reciclável do orgânico, das respostas 81% responderam que sim 
e 19 % não sabem como faz a separação adequada dos materiais recicláveis. O lixo 
é definido segundo Rego, Barreto e Killinger (2002), como aquilo que não serve para 
ser utilizado, devendo ser descartado, porém, o que é lixo para algumas pessoas, 
pode ser de grande utilidade para outras através da reciclagem. A definição de um 
produto como lixo pode ser temporário, o lixo recolhido em um dado momento serve 
para ser vendido, constituindo-se como um meio de sobrevivência, ou quando esta 
atividade econômica deixa de existir, é considerado como um produto descartável. 
 Em termos de viabilidade, Olympio (1995), afirma que a reciclagem é mais 
barata do que o uso dos vazadouros ou a incineração, mais econômica porque 
quando o volume de lixo é menor paga-se menos para descarregá-lo, poupando 
dinheiro das cidades e dos consumidores. 
 
 
Tabela 8 – Sabe para onde o lixo de Maringá vai? 
 
 
 
 
 
 Fonte: dados coletados pelas autoras 
 
Na tabela 8 quando questionados se tinham conhecimento da destinação do 
lixo em Maringá, 63% dos condôminos responderam que não sabiam e 37% 
informaram que sabiam e até indicaram um aterro, porém ninguém soube informar 
qual aterro ou sua localização. 
 Ressaltando os benefícios da coleta seletiva para os condomínios, Durães 
(2013, p. 16), nos revela que: 
O ideal é que todos façam algo pelo meio ambiente, e os 
condomínios se enquadram nisto. A coleta seletiva é 
importante não só para a natureza, mas tem também um 
viés social, já que emprega pessoas que atuam em 
Sim Não 
Total: 81% 19% 
Sim Não 
Total: 37% 63% 
26 
 
cooperativas de lixo, pontua Marcelo Guedes, gerente 
comercial da CGM, empresa que há 17 anos trabalha com 
coleta, transporte e manuseio de resíduos. 
 
Calderoni (1997) afirma que a reciclagem é, na sua essência, uma forma de 
educar e fortalecer nas pessoas o vínculo afetivo com o meio ambiente, despertando 
o sentimento do poder de cada um para modificar o meio em que vivem. 
A pesquisa realizada observou que os condôminos têm consciência sobre a 
importância da coleta seletiva e a maioria tem interesse de pôr em prática a 
separação do lixo de forma correta. Relataram que no condomínio não dispõe de um 
espaço adequado para o descarte correto do lixo reciclável e do orgânico. Também 
relataram que não tem conhecimento da programação da coleta seletiva, que a 
Secretaria Municipal de Urbanismo dispõe no município de Maringá, nem o próprio 
síndico sabia. Quando questionado se sabem onde é destino final do lixo produzido 
em suas casas, a grande maioria diz não saber o destino correto. Deste modo, o 
condomínio produz em média 30 sacos de lixo com volume de 100 litros por semana 
verifica-se, assim, que é de suma importância a implantação da separação correta 
entre recicláveis e orgânicos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Atualmente, com a preocupação crescente pela preservação do meio 
ambiente e sustentabilidade é preciso que seja feito o descarte de lixo de forma 
adequada para posterior reciclagem. Com a pesquisa realizada, pudemos observar 
a importância da conscientização dos moradores e a implantação da coleta seletiva, 
juntamente com local apropriado para armazenamento dos materiais recicláveis até 
a coleta ser realizada. 
De acordo com o questionário aplicado, um grande número de condôminos 
tem conhecimento sobre coleta seletiva, poucos a praticam, e alguns ainda 
desconhecem a importância desta. Mais de 80% dos entrevistados estão de acordo 
com a implantação da coleta seletiva em seu prédio, entendendo a necessidade de 
operacionar uma norma interna com objetivo de estimular todos os condôminos a 
participarem efetivamente do processo de coleta seletiva de lixo, visto que o 
condomínio produz relativamente um grande volume, aproximadamente 30 sacos de 
lixo de 100 litros por semana. Dentre os moradores, em média 68% das pessoas 
27 
 
descartam em lixeira comum, poucos separam para coleta seletiva, a grande maioria 
desconhece para onde vai todo esse lixo produzido em suas casas, e mais de 80% 
dizem saber realizar essa separação correta, porém não põem em prática. 
Diante disso, pode-se observar que a grande maioria tem consciência sobre a 
importância da coleta seletiva e, consequentemente, preocupa-se com o meio 
ambiente. Porém, alguns moradores mais antigos quando questionados relatam que 
no condomínio há alguns anos foi implantado a coleta seletiva de lixo, separando o 
reciclável, orgânico e o lixo destinado ao aterro sanitário como fraldas, absorventes 
e papel higiênico. Entretanto, as pessoas não aderiram corretamente a essa prática. 
Devido a isso, os lugares para onde eram destinados o lixo reciclável sem a devida 
higienização provocou mau cheiro nos corredores do prédio. 
Sendo assim, a falta de informação e disponibilidade de um espaço adequado 
para o descarte do lixo reciclável e do orgânico causou o abandonou dessa prática. 
Os objetivos da pesquisa foram alcançados e a metodologia usada 
esclareceu as dúvidas dos condôminos. Conforme a Lei Federal 12.305/10 que 
instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), todos os condomínios 
devem implantar o sistema de coleta seletiva. A nova lei está vigente desde agosto 
de 2014 e traz a responsabilidade tanto para os condôminos, que devem separar 
adequadamente seus resíduos (recicláveis, orgânicos e rejeitos), quanto para os 
condomínios, que devem instituir um Sistema de Coleta Seletiva adequado. 
Após análise realizada no condomínio, percebeu-se que a maneira mais 
efetiva de cooperarmos com o meio ambiente é fazer uma boa gestão dos nossos 
resíduos. Por isso, a coleta seletiva em condomínios é tão importante. Para 
demonstrar isso, realizou-se uma reunião com o síndico mostrando como implantar a 
coleta seletiva prática e adequada, aos moradores foi distribuído uma cartilha 
(Anexo I) que ensina o que é coleta seletiva, como deve ser feita, a importância da 
preocupação com o meio ambiente e a melhor forma de realizar esses descartes. 
Sugerimos algumas orientações como colocar mais uma lixeira no condomínio, pois 
o prédio já dispõe de um container marrom para resíduos orgânicos e um verde para 
material reciclável, mas as pessoas acabam colocando os lixos na lixeira sem a 
devida separação, ao síndico instruções para entrar em contato com a Secretaria 
Municipal do Desenvolvimento Urbano e habitacional (SEMUSP) para agendar dias 
e horário para coleta seletiva no condomínio, o qual coletará e enviará para as 
cooperativas. Já foi solucionado o problema com o óleo de cozinha, solicitando a 
28 
 
uma empresa que fizesse a coleta do mesmo. No condomínio, deixou-se um galão 
plástico de coleta onde os moradores devem depositar esse material. 
Ao encerrarmos nossa intervenção, agradecemos ao síndico e condôminos 
que abraçaram essa causa e colaboraram com que essa pesquisa se tornasse 
realidade por entenderem que o nosso meio ambiente é o bem mais precioso que 
existe e que devemos cuidar bem dele, permitindo que um grande número de 
pessoas se una em torno do mesmo objetivo para que as futuras gerações possam 
ter uma melhorqualidade de vida. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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APÊNDICE – Entrevista realizada aos condôminos 
1. Sobre a coleta seletiva? 
 ( ) Desconheço ( ) Já ouvi falar ( ) Conheço, mas não pratico ( ) 
Conheço, pratico 
2. Qual sua opinião sobre a alternativa proposta de se implantar a coleta 
seletiva no condomínio? 
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Indiferente ( ) Ruim 
3. Qual sua opinião sobre a criação de uma lei que envolva a coleta 
seletiva obrigatória em condomínios? 
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Indiferente ( ) Ruim 
4. Qual seu interesse em participar da coleta seletiva nesse condomínio? 
( ) Não me interesso ( ) Talvez me interesse ( ) Me interesso 
5. Você sabe quanto de lixo é produzido, em media, em sua residência por 
semana? 
( ) 1 Saco preto 100 litros grande ( ) Pouco menos de 1 saco preto 100 
litros grande ( ) meio saco preto 100 litros grande( ) menos de meio 
saco preto 100 litros grande 
6. O que você faz com o lixo que produz? 
( ) Joga no lixo ( ) Separa para coleta seletiva( ) Separa para produção 
de artesanatos ( ) Outros. O que?------------------------------------------------------- 
7. Você saberia separar corretamente o lixo reciclável? 
 ( ) Sim ( ) Não 
 
8. Sabe para onde o lixo de Maringá vai? 
( ) Sim ( ) Não 
 
 
 
http://www.redalyc.org/html/3213/%20321327191013/
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ANEXA – Cartilha entregue aos moradores 
 
 
 
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