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2 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ANDREIA ZAPOTOSKI KEHRVLD LUCIANE NASCIMENTO PEREIRA LEJAMBRE COLETA SELETIVA VISANDO SUSTENTABILIDADE EM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MARINGÁ 2016 3 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ANDREIA ZAPOTOSKI KEHRVLD LUCIANE NASCIMENTO PEREIRA LEJAMBRE COLETA SELETIVA VISANDO SUSTENTABILIDADE EM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL Artigo apresentado à FAMMA – Faculdade Metropolitana de Maringá, como parte dos requisitos para aprovação na disciplina tópicos II. Orientador: Prof. Me: Thiago Silva Prado MARINGÁ 2016 4 RESUMO Este trabalho tem como objetivo abordar os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de lixo residencial em um condomínio, destacando a importância da coleta seletiva, a conscientização dos condôminos para o descarte de forma adequada e a promoção da sustentabilidade e do bem estar geral. Diante deste contexto foi desenvolvido um modelo qualitativo baseado em técnicas exploratórias de dados por meio de estudo de caso. A pesquisa foi realizada em um edifício, localizado no município de Maringá-PR, através de questionário fechado. A análise observou que os condôminos têm consciência sobre a importância da coleta seletiva e que a grande maioria tem interesse em separar o lixo de forma adequada, porém o condomínio não dispõe de espaço adequado para essa atividade. Observou-se, ainda, um desconhecimento por parte dos moradores da programação da coleta seletiva disponibilizada pelo órgão competente no município. Palavras-chave: Sustentabilidade, Condomínio residencial, Resíduos sólidos, Coleta seletiva. ABSTRACT This article aims to address the environmental impacts caused by the inappropriate disposal of residential waste in a condominium, highlighting the importance of selective collection, the conscientization of condominium owners for proper disposal and the promotion of sustainability and general well-being. Within this context a qualitative model was developed based on exploratory data techniques through case study. The research was carried out in a building, located in the municipality of Maringá-PR, through a closed questionnaire. The analysis observed that condominium owners are aware of the importance of selective collection and that the vast majority have an interest in separating garbage adequately, but the condominium does not have adequate space for this activity. It was also observed an ignorance on the part of the inhabitants of the programming of the selective collection made available by the competent organ in the municipality Keywords: Sustainability, Residential Condominium, Solid Waste, Selective Collect. INTRODUÇÃO A consciência e a educação ambiental são responsabilidades de toda a sociedade. No dia a dia, devido ao aumento do consumo, os resíduos gerados estão aumentando cada vez mais, e embora todos tenham conhecimento que o planeta Terra tem dado sinais de alerta sobre diversos problemas ambientais, a sociedade está caminhando lentamente na preservação do meio ambiente e na execução de ações que promovam a sustentabilidade para as futuras gerações. 5 A compreensão da necessidade do gerenciamento integrado dos resíduos sólidos propiciou a elaboração de políticas que consideram os 3R’s: reduzir, reutilizar e reciclar. Dessa forma, a gestão ambiental objetiva manter o meio ambiente saudável para atender as necessidades humanas atuais, sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras. Então, visando a gestão mais eficiente de condomínios residenciais que busquem a coleta e separação do lixo produzido neste, surgiu a indagação norteadora deste trabalho: quais são as práticas e ações organizacionais relacionadas à coleta seletiva e gestão eficiente em um condomínio residencial? Deste modo, espera-se que no decorrer da pesquisa esse questionamento seja respondido, por meio do referencial teórico proposto, bem como pelo estudo de caso realizado em um edifício. Nos estudos realizados buscou-se investigar-se com a implantação da coleta seletiva, haveria retorno financeiro, juntamente com a melhoria na qualidade de vida, tanto dos trabalhadores que fazem a coleta de lixo reciclável quanto para a comunidade em geral, por meio de uma destinação ambientalmente segura visando o aumento da consciência ecológica. Partindo dessa problemática, tem-se como objetivo geral analisar as práticas e ações organizacionais relacionadas à gestão eficiente dos descartes em um edifício e os objetivos específicos foram: rever a literatura relacionada à gestão eficiente dos dejetos; apresentar um diagnóstico dos desperdícios e das ações de melhoria; realizar o levantamento das quantidades de resíduos produzidos e propor à adequação da coleta seletiva política do município. A presente pesquisa justifica-se, primeiramente, pela necessidade de demonstrar que existem impactos ambientais causados em condomínios. Estes, supostamente, são inofensivos ao meio ambiente, todavia sua totalidade passa a ser um espaço, surpreendentemente, causador de problemas. Por isso, exige uma verdadeira gestão ambiental que auxilie na conservação e preservação da natureza, além de proporcionar melhores condições aos condôminos e trazer benefícios para diminuição de resíduos, bem como de energia elétrica e água. Sendo assim, esta pesquisa, se torna relevante devido à integração do conhecimento adquirido no curso de Administração de Empresas, juntamente com o conhecimento adquirido, com a pesquisa bibliográfica e a realidade dos condôminos. Também espera-se que sirva como fonte de conhecimento sobre o tema para a 6 comunidade em geral, e para a sociedade acadêmica como base dados para pesquisas futuras. Dentro deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver um modelo qualitativo, baseado em técnicas exploratórias de dados. Este é um estudo de caso num condomínio residencial, localizado no município de Maringá-PR, em que foi utilizado questionário fechado para levantamento de dados, com a pretensão de fazer uma análise realista da quantidade gerada de lixo domiciliar. O resultado deste tem o intuito de definir o perfil dos moradores e definir ações com objetivo de amenizar os impactos ambientais causados pelo descarte de lixo residencial de forma inadequada. Como solução para esse problema destaca-se a separação correta do lixo produzido e a conscientização dos condôminos com o objetivo de promover um maior grau de sustentabilidade e bem-estar geral dos moradores do local. Os principais autores que embasarão a pesquisa são: Barbieri (2004), Altieri (2008), Braga e Dias (2008), Ferreira (1997), juntamente com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004) e ABRELPE (2014). Este artigo está subdividido em dois capítulos: o primeiro trata de sustentabilidade no século XXI e o segundo sobre coleta seletiva, com foco no cotidiano de um condomínio residencial. Em seguida, está organizada a análise dos dados e, por fim, as considerações das autoras. SUSTENTABILIDADE NO SÉCULO XXI Desde os primórdios da nossa história já estavam presentes as preocupações com a preservação ambiental. Há relatos que os romanos adotaram medidas para disciplinar o descarte dos resíduos domiciliares. Também esteve presente ao longo dos séculos o conflito entre a preservação ambiental e o crescimento econômico. A urbanização foi uns dos fatores que contribuiu na Revolução Industrial que ocorreu no século XVII, trazendo consigo o crescimento econômico, perspectiva de prosperidade, maior qualidade de vida e vários problemas ambientais. Barbieri (2004). A sustentabilidade é a gestão do negócio de maneira a promover o crescimento e gerar lucro, reconhecendo e facilitando a realização das aspiraçõeseconômicas e não 7 econômicas das pessoas de quem a empresa depende, dentro e fora da organização (SAVITZ; WEBER, 2007, p.3). A palavra sustentabilidade está presente em nosso dia a dia e isso se deve à conscientização de todos para preservação ao meio ambiente com o uso de produtos e métodos que não o agridam, visando o uso consciente dos recursos disponíveis. Conforme Keinert e Karruz (2002), até meados dos anos 1980, a ideia de sustentabilidade era direcionada apenas para as Ciências Naturais, a Biologia ou Ecologia, ou Aplicadas, Agronomia ou Engenharia de Pesca. Porém a partir de 1987, surgiu a ideia de relacionar o conceito de desenvolvimento com a palavra sustentável. Com isso, uma noção antes totalmente desconhecida pelas Ciências Sociais foi buscada para constituir a principal ideia normativa do progresso humano neste início de século. Brüseke (1995) afirma que o relatório: Nosso Futuro Comum, lançado em 1987, conhecido como Relatório Brundtland, no qual o termo desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez, veio contemplar a necessidade de um novo tipo de desenvolvimento sustentável, apto para manter o progresso. Nele, foi exposta a pobreza como uma das principais causas e um dos principais efeitos dos problemas ambientais do mundo, desta forma, o conceito de desenvolvimento sustentável foi definido como o atendimento das necessidades diárias, sem comprometer as gerações futuras. O referido Relatório Brundtland, abriu o caminho para interesses relacionados com qualidade de vida e a necessidades levaria à inclusão não só da exigência de que o desenvolvimento seja harmonioso em relação ao ambiente, mas também ao reconhecimento do próprio bem estar dos cidadãos, sendo assim, os requisitos de um desenvolvimento sustentável será atingido somente se satisfizerem as necessidades do indivíduo. Dessa forma, em uma visão mais ampla a sustentabilidade está relacionada diretamente à questão da qualidade de vida, sejam eles culturais, políticos, econômicos, sociais e individuais. As preocupações das empresas em relação à sustentabilidade são de fato abrangentes, pois optam por práticas mais responsáveis de negócio, buscando a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. Os conceitos de sustentabilidade são muito complexos e existem várias formas de apresentação. Segundo Altieri (2008), é definida de forma ampla, significa que a atividade econômica deve suprir as necessidades presentes, sem restringir as 8 opções futuras. Conforme Kamiyama (2011), a palavra sustentável é originada do latim: sus-tenere e significa sustentar, suportar ou manter. É utilizada, na língua inglesa, desde o século XIII, mas somente a partir dos anos 1980 que o termo sustentável realmente começou a ser utilizado com maior frequência. De acordo com Barbieri e Cajazeira (2009), as dimensões da sustentabilidade são: social, econômica, ecológica, espacial, cultural, política e institucional. Desta forma, uma organização sustentável busca alcançar seus objetivos atendendo simultaneamente os seguintes critérios: equidade social, prudência ecológica e eficiência econômica. O autor Furman (2009), afirma que no Brasil, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito fundamental sendo essencial à garantia do direito à vida, conforme prescreve o art. 225 da Constituição Federal de 1988, a saber: Artigo 225 - Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988). Jacobi (1999) ressalta que o avanço para uma sociedade sustentável é cheio de obstáculos, na medida em que possui uma consciência restrita a respeito das problemáticas do modelo de desenvolvimento sustentável. Com isso, as causas básicas que provocam atividades ecologicamente incorretas são provenientes dos valores adotados por ela. Estes acarretam, principalmente, a necessidade de estimular uma participação mais ativa da comunidade no debate do destino dos resíduos gerados, como uma forma de esclarecer os danos que as ações diárias trazem ao meio ambiente, identificando os problemas, propondo objetivos e soluções para conscientização e a construção de uma sociedade sustentável pelo exercício de uma cidadania ativa e na mudança dos valores individuais e coletivos tornando transparentes os procedimentos através de práticas centradas na educação ambiental, que possam garantir a criação de novos estilos de vida, desenvolver uma consciência ética que questione o atual modelo de desenvolvimento marcado pelo seu caráter predatório e pelo reforço das desigualdades socioambientais. Nesta perspectiva, a sustentabilidade ambiental urbana deve considerar a importância de estimular as pessoas na busca de informação, conscientização e 9 motivação, pois o momento atual exige uma sociedade mais instruída e motivada para assumir iniciativas voltadas para sustentabilidade e ao desenvolvimento, de modo que suas ações diárias não agridam o meio ambiente. COLETA SELETIVA COM FOCO NO COTIDIANO DE UM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL Primeiramente é preciso entender a definição de resíduos sólidos que são definidos pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), por meio da NBR 10.004/04, sendo caracterizados como restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como: inúteis, indesejáveis ou descartáveis e podem estar no estado sólido, semissólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional. Segundo Braga e Dias (2008), as Ciências Econômicas definem resíduos como um sinal de produção ineficiente. Este conceito se aplica, em virtude do fato de que os resíduos são onerosos, principalmente, para as empresas, não tanto pelas taxas de deposição impostas pela regulamentação ambiental, mas devido ao desperdício, em termos de valor de compra dos materiais. A Norma Brasileira (NBR 10004, 2004, p.1), aplicam-se as seguintes definições: 3.1 resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semi- sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. Para o melhor entendimento, os resíduos sólidos urbanos são classificados em classes. Segundo a NBR 10.004 (2004), os resíduos urbanos classificam-se em: a) Resíduos Classe I – Perigosos: aqueles que apresentam periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade; 10 b) Resíduos Classe II – Não Perigosos: aqueles que não apresentam periculosidade como, por exemplo: restos de alimentos, sucata de metais ferrosos e não ferrosos, papel e papelão, plástico, borracha, madeira, material têxtil, minerais não-metálicos, areia de fundição, bagaço de cana, entre outros; c) Resíduo Classe IIA – Não Inertes: aqueles que apresentam biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água; d) Resíduos Classe IIB – Inertes: aqueles que, quando submetidos a contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água. Excetuando os seguintes aspectos: cor, turbidez, dureza e sabor. Em função disso, Braga e Dias (2008) afirmam que os resíduos também podem ser classificados de acordo com a sua origem, como: •Resíduo Domiciliar/Comercial: aquele gerado pelas atividades residenciais e que contém grande quantidade de matéria orgânica, plástico, papel, metais e vidro, entre outros; • Resíduo Público: aquele gerado pelos serviços de limpeza pública e que contêm areia, papel e resíduos vegetais, entre outros; • Resíduo Especial: aquele gerado como consequência de atividades industriais e domiciliares e que merecem tratamento para prevenir a poluição ou acidentes, manipulação e transporte especial, entre eles, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, medicamentos, venenos, lâmpadas fluorescentes, óleos, fluidos de refrigeração, solventes e resíduos eletrônicos; • Resíduo de Serviço de Saúde: aquele gerado pelas atividades em clínicas de saúde, veterinárias, odontológicas, hospitais, enfermarias e postos de pronto atendimento. É constituído por material infectante, químico, radiativo e/ou perfuro/cortante; • Resíduo Radioativo, de baixa, média ou alta atividade: aquele gerado pela queima de combustível nuclear composto por urânio enriquecido com isótopo atômico 235, pelos serviços de saúde, pesquisa científica e mineração de rochas radioativas. Assim, entendemos que o gerenciamento dos resíduos sólidos é de suma importância para o desenvolvimento da sustentabilidade através do reaproveitamento de materiais que anteriormente eram descartados e agrediam o 11 meio ambiente. Os autores Ribeiro e Besen (2007), ressaltam que com o considerável aumento da consciência ecológica das populações urbanas, surgiram diversas alternativas para se aproveitar os produtos contidos no lixo urbano. No caso dos resíduos sólidos domésticos ou urbanos, as principais alternativas restringem-se a implementação de programas de coleta seletiva em áreas ou bairros selecionados das cidades, nos quais podem ser reaproveitados vidros, plásticos, metais e papéis. No Brasil, a preocupação com os resíduos sólidos teve início no ano de 1954, com a publicação da Lei Federal nº 2.312 que introduziu como uma de suas diretrizes que a coleta e o destino final dos resíduos deverão processar-se em condições que não tragam inconvenientes à saúde e ao bem-estar público. Em 21 de janeiro de 1961, a Lei Federal nº 49.974 confirmou tal diretriz no art. 40 do Código Nacional de Saúde (BRASIL, 2001). Dessa maneira, Braga e Dias (2008) afirmam que o gerenciamento de resíduos sólidos pode ser definido como as ações associadas ao controle da geração, armazenamento, coleta, transporte, processamento e disposição de resíduos sólidos de modo que esteja de acordo com os melhores princípios de saúde pública, economia, engenharia, conservação dos recursos naturais, estética e outras considerações ambientais e, também, possa representar as atitudes e mudanças de hábitos das comunidades. De uma maneira geral, o gerenciamento de resíduos sólidos inclui todas as funções administrativas, legais, financeiras, de planejamento e de engenharia envolvidas na solução dos problemas relativos aos resíduos sólidos. Ainda esses autores ressaltam que o problema do gerenciamento dos resíduos sólidos nas sociedades atuais tornou-se complexo devido à quantidade e diversidade dos resíduos, à explosão das áreas urbanas, à limitação dos recursos financeiros públicos em muitas cidades, aos impactos da tecnologia e às limitações tanto de energia quanto de recursos naturais. Portanto, necessita-se que o gerenciamento dos resíduos sólidos seja realizado de maneira ordenada e eficiente. Assim, os aspectos e as relações fundamentais envolvidas podem ser identificados e ajustados para a uniformização dos dados e um melhor entendimento das ações necessárias ao bom andamento das políticas públicas de fornecimento de serviços municipais de gerenciamento de resíduos sólidos Com base em Demajorovic (1995), o adequado gerenciamento dos resíduos constitui uma alternativa que contribui para alcançar o desenvolvimento sustentável, 12 uma vez que permite economizar recursos naturais, matéria-prima, energia, água e saneamento ambiental reduzindo a poluição do ar, água, solo e subsolo. A relação entre resíduos e a problemática ambiental torna-se mais visível quando se trata de resíduos sólidos, uma vez que seu grau de dispersão é bem menor do que os líquidos e gasosos. Devido o aumento da geração de lixo, a coleta desses resíduos tem sido falha, tendo seu descarte em lixões a céu aberto, sem nenhum tratamento e, consequentemente, prejudicando ao meio ambiente. A partir dessa reflexão, Braga e Dias (2008) relatam que atualmente as mudanças nos padrões de consumo, o desenvolvimento industrial e os avanços tecnológicos têm provocado alterações na composição e na quantidade de resíduos gerados. Ainda segundo o referido autor, o Brasil chega ao início do século XXI, com uma população estimada de 170 milhões de habitantes, e a taxa de crescimento demográfico em torno de 1,4% ao ano. Apesar da taxa de crescimento demográfico estar caindo sistematicamente, estima- se que a população brasileira deverá atingir 211 milhões em 2020. A geração de Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil em 2014, conforme dados levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) foi de aproximadamente 78,6 milhões de toneladas, representando assim um aumento de 2,9% de um ano para outro, sendo esse índice superior à taxa de crescimento populacional no país no período, que foi de 0,9% sendo esses os dados referentes à geração anual e per capita em 2014, comparados com 2013. Conforme a ABRELPE (2014), a comparação feita entre a quantidade de resíduos sólidos urbanos gerados e a quantidade coletada em 2014, mostra que o país contou com um índice de cobertura de coleta de 90,6%, levando à compreensão de que pouco mais de sete milhões de toneladas deixaram de ser coletadas no país no ano de 2014 e tiveram destino impróprio. Referente à coleta seletiva, em 2014, cerca de 65% dos municípios registraram alguma iniciativa de melhoria. Embora seja grande a quantidade de municípios com iniciativas de coleta seletiva, é necessário ressaltar que muitas vezes estas atividades resumem-se à falta de disponibilização de pontos de entrega voluntária ou convênios com cooperativas de catadores. Ao se comparar os dados publicados nas edições do Panorama, de 2010 a 2014, nota-se que a evolução na gestão de resíduos sólidos no país tem sido 13 bastante lenta. A geração de resíduos vem crescendo a cada ano, aumentando a demanda por serviços de logística, infraestrutura e, principalmente, recursos humanos e financeiros. De 2010 a 2014, a produção de resíduos cresceu 29%, a cobertura dos serviços de coleta passou de 88,98% para 90,68% e a quantidade de postos de trabalho diretos subiu mais de 18%. A implantação da destinação final adequada dos resíduos sólidos urbanos e rejeitos no Brasil, estabelecida para ocorrer até agosto de 2014 pela Lei 12.305/2010, não. Deste modo, o percentual de resíduos encaminhados para aterros sanitários permaneceu praticamente inalterado nos últimos anos, 57,6%, em 2010 e 58,4%, em 2014, porém as quantidades destinadas inadequadamente aumentaram, e chegaram a cerca de 30 milhões de toneladas por ano, em 2014. A ABRELPE (2014) ressalta que um dos instrumentos para atendimento da meta de disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos prevista na Lei consiste na implantação de sistemas de coleta seletiva que propiciem o recolhimento dos resíduos, no mínimo, em duas frações: secos e úmidos. Tais sistemas deveriam estar disponíveis e em funcionamento em todo o país, porém essa a situação não se confirma. Na realidade, menos de 65% dos municípios brasileiros contam com iniciativas de coleta seletiva. Com o aumento da geração de lixo domiciliar, deve-se pensar em coleta seletiva para minimizar os danos que esse lixo causa ao meio ambiente,proporcionando sustentabilidade e qualidade de vida para as próximas gerações. Singer (2002) ressalta que além de contribuir significativamente para a sustentabilidade urbana, a coleta seletiva vem incorporando gradativamente um perfil de inclusão social e geração de renda para os setores mais carentes e excluídos do acesso aos mercados formais de trabalho. Com base em Ribeiro e Lima (2000), é importante ressaltar as vantagens ambientais da coleta seletiva, destacam-se a redução do uso de matéria prima e a economia dos recursos naturais renováveis e não renováveis, além da redução da disposição de lixo nos aterros sanitários e dos impactos ambientais decorrentes. Os resíduos domésticos possuem um potencial muito grande para a reciclagem, pois contém em sua composição muita matéria orgânica, além de substâncias que possuem mercado comprador, tais como: papel e papelão, metais ferrosos e não ferrosos, plásticos e vidros. 14 Pode-se compreender com base nos autores Braga e Dias (2008), que a coleta dos resíduos e o seu transporte para áreas de tratamento ou destinação final são ações que inibem o desenvolvimento de vetores transmissores de doenças que encontram alimento e abrigo nos resíduos residenciais e comerciais. A coleta regular consiste na coleta de resíduos sólidos executada em dia, local e horário determinados, enquanto a coleta especial contempla os resíduos não recolhidos pela coleta regular como, por exemplo: entulhos, animais mortos, podas de jardins e resíduos tóxicos domiciliares. Esta coleta também pode ser regular ou programada para onde e quando houver resíduos a serem removidos. A partir dessa reflexão, podemos afirmar que para a adequada gestão dos resíduos é necessário que o material a ser recolhido seja tratado e disposto em locais adequados ficando afastados do ponto de origem. Com base em Braga e Dias (2008), a coleta dos resíduos envolve uma fase preliminar, que deve ser da responsabilidade do gerador e que compreendem da coleta interna, caçambas acondicionamento e armazenamento. Por outro lado, a fase externa está relacionada aos serviços de limpeza e de responsabilidade da administração municipal. Na fase interna, os resíduos devem ser alocados em locais e recipientes adequados, tais como: • Recipientes primários: aqueles que entram em contato direto com o resíduo como: sacos plásticos, tambores, cestos, entre outros; • Coletores urbanos, comunitários e institucionais: aqueles utilizados pelas administrações municipais para a coleta em áreas públicas como: cestos fixos ou móveis, e, ainda, coletores para recicláveis. Na fase externa, os resíduos dispostos nos recipientes primários e coletores urbanos, comunitários ou institucionais, e dependendo do tipo, a coleta é realizada por veículos com ou sem compactador. Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001 Publicada no DOU no 117-E, de 19 de junho de 2001, Seção 1, página 80 Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. (Figura 1). O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições e Considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, 15 para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não renováveis, energia e água; Considerando a necessidade de reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias primas, provocando o aumento de lixões e aterros sanitários; [...], resolve: Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. (BRASIL, 2001) Figura 1: Código de cores para resíduos Fonte: CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001. É importante analisarmos os riscos ocupacionais e os acidentes que podem ocorrer com a falta da separação adequada do lixo gerado, para melhor exemplificarmos o Velloso (1995) expõe que a saúde do trabalhador envolvido nos processos de operação do sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos está relacionada não só aos riscos ocupacionais inerentes aos processos, mas também às suas condições de vida. Com base em Ferreira (1997), as doenças relacionadas ao trabalho com resíduos sólidos, os riscos de acidentes e de agravos à saúde dependem da atividade exercida pelo trabalhador. O acidente mais comum entre trabalhadores que manuseiam os resíduos sólidos são cortes com vidros. As estatísticas deste tipo 16 de acidente são subnotificadas, uma vez que os cortes de pequena gravidade não são, na maioria das vezes, informados pelos trabalhadores, que não os consideram acidentes de trabalho. De acordo com Ferreira (1997), a principal causa destes acidentes é a falta de informação e conscientização da população em geral que não se preocupa em isolar ou separar vidros quebrados dos resíduos apresentados à coleta domiciliar. A adoção obrigatória de sacos plásticos para o acondicionamento dos resíduos sólidos, com efeitos positivos na qualidade dos serviços de limpeza urbana e, infelizmente, amplia os riscos pela opacidade dos mesmos e ausência de qualquer rigidez que possa proteger o trabalhador. A utilização de luvas pelo trabalhador atenua, mas não impede a maior parte dos acidentes, que não atingem apenas as mãos, mas também braços e pernas. Os efeitos na saúde humana e no meio ambiente são muitas vezes graves, pois doenças e a contaminação dos solos trazem sérias consequências para a sociedade em geral. Com base ainda em Ferreira (1997), os mais frequentes agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos resíduos sólidos municipais e nos processos dos sistemas de seu gerenciamento, capazes de interferir na saúde humana e no meio ambiente são: Agentes físicos: o odor emanado dos resíduos pode causar mal estar, cefaléias e náuseas em trabalhadores e pessoas que se encontrem proximamente a equipamentos de coleta ou de sistemas de manuseio, transporte e destinação final. Ruídos em excesso, durante as operações de gerenciamento dos resíduos, podem promover a perda parcial ou permanente da audição, cefaléia, tensão nervosa, estresse, hipertensão arterial. Um agente comum nas atividades com resíduos é a poeira, que pode ser responsável por desconforto e perda momentânea da visão, e por problemas respiratórios e pulmonares, além dos Responsáveis por ferimentos e cortes nos trabalhadores da limpeza urbana, os objetos perfurantes e cortantes são sempre apontados entre os principais agentes de riscos nos resíduos sólidos. Nem sempre lembrada, a questão estética é bastante importante, uma vez que a visão desagradável dos resíduos pode causar desconforto e náusea (FERREIRA, 1997). Agentes químicos: resíduos químicos, dentre os quais merecem destaque pela presença mais constante: pilhas e baterias; óleos e graxas; pesticidas/herbicidas; solventes; tintas; produtos de limpeza; cosméticos; remédios; aerossóis. 17 Uma significativa parcela destes resíduos é classificada como perigosa e pode ter efeitos deletérios à saúde humana e ao meio ambiente. Metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio, incorporam-se à cadeia biológica, têm efeito acumulativo e podem provocar diversas doenças como saturnismo e distúrbios no sistema nervoso, entre outras. Pesticidas e herbicidas têm elevada solubilidade em gorduras que, combinada com a solubilidade química em meio aquoso, pode levar à magnificação biológica e provocar intoxicações agudas no ser, assim como efeitos. Agentes biológicos: Os agentes biológicos presentes nos resíduos sólidos podem ser responsáveis pela transmissão direta e indireta de doenças. Microrganismospatogênicos ocorrem nos resíduos sólidos municipais mediante a presença de lenços de papel, curativos, fraldas descartáveis, papel higiênico, absorventes, agulhas e seringas descartáveis e camisinhas (FERREIRA, 1997). Ferreira (1997) afirma que alguns agentes que podem ser ressaltados são: os agentes responsáveis por doenças do trato intestinal (Ascaris lumbricoides; Entamoeba coli; Schistosoma mansoni); o vírus causador da hepatite (principalmente do tipo B), pela sua capacidade de resistir em meio adverso; e o vírus causador da AIDS, mais pela comoção social que desperta do que pelo risco associado aos resíduos, já que apresenta baixíssima resistência em condições adversas. Além desses, devem também ser referidos os micro-organismos responsáveis por dermatites. A transmissão indireta se dá pelos vetores que encontram nos resíduos, condições adequadas de sobrevivência e proliferação. Dessas acepções, podemos ressaltar que a conscientização da população de uma forma geral é de grande importância para o futuro das próximas gerações, a preservação do meio em que vivemos começa com pequenas atitudes diárias e individuais. Um exemplo disso é a separação do lixo domiciliar para que possa ser reaproveitado, trazendo sustentabilidade e preservação da natureza. METODOLOGIA A natureza da pesquisa pode ser exploratória, descritiva ou explicativa. A pesquisa exploratória tem como objetivo o conhecimento do problema a ser abordado, através do estudo bibliográfico e entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos, assumindo 18 principalmente a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. (SILVA; MENEZEZ, 2001, p.2). Quanto ao tipo a pesquisa é qualitativa, pois segundo Moresi (2003) considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave e os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. O estudo de caso foi realizado em um condomínio residencial, localizado no Município de Maringá - PR. Com base nos autores Silva e Menezez (2001),podemos afirmar que o estudo de caso envolve o estudo detalhado do objeto de pesquisa, de maneira que se permita um conhecimento mais amplo. Em função disso Moresi (2003), ressalta que o estudo de caso é restrito a uma ou poucas unidades a serem estudadas, sendo uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter explicativo podendo ser, ou não ser, realizado no campo. Aplicou-se questionário fechado para coleta de dados, e podemos compreender com base nos autores Amaro, Póvoa e Macedo (2005), que o questionário é uma ferramenta de investigação, que visa recolher informações, fundamentando-se na inquisição de um grupo representativo. Para isso, coloca-se uma série de questões abordando um tema de interesse para os investigadores e conclusivos para analise da pesquisa realizada. Segundo os autores acima citados, um questionário é útil quando o investigador quer buscar informação sobre um determinado objeto de pesquisa. Deste modo, através da aplicação dele, a um público especifico a ser estudado, é possível recolher dados que permitam conhecer melhor as suas falhas e limitações. A importância dos questionários é devida a possibilidade de interrogar um elevado número de pessoas, num espaço de tempo relativamente curto. Perrien (1986 apud NOGUEIRA, 2002, p.2), os questionários fechados permitem a aplicação direta de tratamentos estatísticos com auxílio de computadores tendo respostas imediatas reduzindo as falhas e análises 19 indesejáveis. As questões iniciais devem abordar temas abertos e de fácil resposta, com o objetivo de envolver o pesquisado. Já as questões mais importantes devem ser inseridas no meio do questionário e as questões de caráter demográfico fiquem ao final. Sendo assim, foi realizada a análise do conteúdo coletado a partir do questionário, verificando o lixo gerado em suas residências no dia a dia de cada condômino e o destino dado ao mesmo. Também serão observadas quais as melhorias necessárias a serem implantadas. ANÁLISE DE DADOS O presente estudo tinha a intenção de investigar as práticas e ações organizacionais relacionadas à gestão sustentável em um condomínio residencial na cidade de Maringá - PR. Este pretendia envolver o total de condôminos (96 apartamentos), no entanto deste total somente 43 responderam o questionário proposto, sendo que 6 apartamentos estão desocupados,15 estão ausentes e 32 não quiseram participar. A seguir estão organizadas em tabelas as perguntas realizadas aos condôminos, juntamente com as respostas que utilizaremos para fazer a devida analise do estudo de caso. Tabela 1 – Sobre coleta Desconheço Já ouvi falar Conheço, mas não pratico Conheço, pratico Total: 0% 47% 23% 30% Fonte: dados coletados pelas autoras. Primeiramente na tabela 1 os moradores foram questionados se sabiam o que é a coleta seletiva, dos 43 moradores entrevistados, 47% responderam que já ouviram falar sobre a coleta seletiva, 23% dos condôminos conhecem, mas não praticam e apenas 30% dos moradores afirmam que além de conhecer, praticam a coleta seletiva do lixo gerado em suas residências, fazendo as devidas separações entre lixo orgânico e reciclável. 20 Segundo Vilhena e D’Almeida (2000), a coleta seletiva é um processo de extrema importância para o sucesso da reciclagem, a coleta seletiva de lixo, compreende a separação e coleta de materiais recicláveis na residência. Sendo assim, Neiva (2001), afirma que o principal problema enfrentado para o crescimento da reciclagem dos diversos tipos de materiais é a inexistência ou a ineficiência de programas de coleta seletiva. Esses programas devem propiciar a separação do lixo em papel, plástico, vidro, metal e matéria orgânica, assegurando melhor qualidade desses materiais e facilitando a sua reciclagem. Para o seu sucesso, a separação do lixo, deve começar nas próprias residências com cada um exercendo seu papel de cidadão. Tabela 2 – Qual sua opinião sobre a alternativa proposta de se implantar a coleta seletiva no condomínio Excelente Boa Indiferente Ruim Total: 86% 14% 0% 0% Fonte: dados coletados pelas autoras. Os participantes quando questionados na tabela 2, sobre a proposta de implantação e a importância da coleta seletiva no condomínio, 86% dos moradores consideram excelente, 14% boa. Sobre a importância da coleta seletiva, Gradvohl (2001) informa que os materiais recicláveis consistem em média 35% do lixo gerado nas cidades brasileiras. Para diminuir os impactos ambientais, esse lixo deve ser reaproveitado por meio da reciclagem para retornar ao mercado. Isso resultaria em sustentabilidade e preservação do meio ambiente, porém os materiais reciclados devem encontrar mercado para sua reutilização, caso contrário voltará aos aterros com destinação final inadequada, causado por gerenciamento incorreto. Tendo em vista a importância da coleta seletiva, Almeida (2016) afirma que é impossível viver sem produzir lixo, mas é possível reduzir essa produção. E aponta as opções de reutilizar objetos úteis do nosso dia a dia e separar os resíduos sólidos recicláveis do lixo orgânico para a coleta seletiva. Uma vez implantado um sistema de gestão de resíduos os materiais recicláveis são separados de acordo a sua natureza,papel, plástico, vidro, metal e óleo, sendo os principais resíduos gerados 21 pelos condomínios residenciais. A reciclagem e a reutilização destes resíduos se mostram uma solução extremamente benéfica ao meio ambiente, pois além de poupar os recursos naturais da terra, esta ajuda a desafogar os condenados aterros sanitários das regiões metropolitanas. Tabela 3 – Qual sua opinião sobre a criação de uma lei que envolva a coleta seletiva obrigatória em condomínios? Excelente Boa Indiferente Ruim Total: 75% 23% 2% 0% Fonte: dados coletados pelas autoras. A próxima questão (Tabela 3) relata a opinião de cada morador sobre criação de uma lei que regulamente a coleta seletiva, tornando-a obrigatória em condomínios. Do total de entrevistados, 75% afirmam ser excelente a regulamentação da coleta seletiva no condomínio, 23% opinaram como sendo boa, 2% ficou indiferente a indagação e 0% ruim. De acordo com Pereira (2002), condomínio é constituído por um conjunto de propriedades, cabendo a cada morador igual direito, idealmente, sobre o todo e cada uma das partes, ou seja, o condomínio é algo em comum a todos e, tanto os benefícios oriundos, quanto qualquer mal que possa sobrevir, em se tratando de condomínio, é de responsabilidade de todos. Desta forma, conforme Araújo (2008) pode-se dizer que condomínio é uma associação de pessoas que dividem uma propriedade comum, possuidoras de direitos e deveres iguais. O condomínio tem como característica a convivência em comunidade, pois apesar de cada condômino possuir seu apartamento, todos estão dentro de um só edifício. Devido a isso, devem respeitar vizinhos e tentar conviver com os mesmos de forma pacífica. Devem procurar sempre a melhor forma de convivência e para que haja esta convivência pacífica, um dos fatores essenciais é a boa administração do condomínio. E é a contabilidade, neste atual cenário econômico que assume a função de administração. 22 Tabela 4 – Qual seu interesse em participar da coleta seletiva nesse condomínio? Não me interesso Talvez me interesse Interesso-me Total: 0% 14% 86% Fonte: dados coletados pelas autoras. A cima na Tabela 4,quando questionados sobre o interesse de participar da coleta seletiva no condomínio, 86% se interessam, 14% talvez se interessem e 0% não teriam interesse. Ribeiro e Do Carmo Lima (2006), a coleta seletiva é uma ferramenta para o incentivo, reutilização e a separação do material para a reciclagem com o objetivo de promover a mudança de comportamento dos condôminos, principalmente em relação aos desperdícios de consumo diários. Também busca-se diminuir a produção de resíduos e maximizar o reaproveitamento, além de diminuir os impactos ambientais decorrentes da geração de resíduos sólidos e promover a sustentabilidade. De acordo com Teixeira e Zanin (1999), a coleta seletiva pode ser realizada por meio da coleta seletiva domiciliar, quando um veículo percorre um trajeto similar ao da coleta comum, recolhendo em cada ponto de geração, residencial ou comercial, os materiais previamente separados, ou podem ser entregues em Pontos de entrega voluntária (PEVs) ou Locais de entrega voluntária (LEVs). Estes são locais que apresentam condições de receber e armazenar os materiais separados e levados pela população, e por fim, pelos catadores, que trabalham informalmente de porta em porta e recolhem, principalmente, os materiais recicláveis de maior valor no momento. Tabela 5 - Você sabe quanto de lixo é produzido, em média, em sua residência por semana? 1 saco preto 100 litros Pouco menos de 1 saco preto de 100 litros Meio saco preto de100 litros grande Menos de meio saco preto 100 litros grandes Total: 47% 23% 16% 14% Fonte: dados coletados pelas autoras. 23 Ao serem indagados sobre a quantidade de lixo produzido em média em suas residências por semana (Tabela 5), 4% alegaram produzir em média 1 saco com volume 100 litros, 47% pouco menos de 1 saco , 16% meio saco, 14% menos de meio saco. Para Ribeiro e Lima (2000), o lixo gerado nas residências é de grande potencial para o reaproveitamento de materiais, pois contém em sua composição a matéria orgânica que pode ser transformada em adubo orgânico, além de materiais, tais como: papel e papelão, metais, plásticos e vidros que podem ser reaproveitados para artesanato ou até mesmo para o comércio, para produção de um novo produto, gerando assim sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Sendo assim, Hirama, Da Silva (2010) ressalta a importância do envolvimento da população que conscientes da responsabilidade social e ambiental da separação do seu material reciclável contribuirão para dar sustentabilidade às cooperativas e associações. Também ajudarão na sobrevivência daqueles que dependem dos resíduos sólidos recicláveis e a inserção dos trabalhadores do lixão para os sistemas de cooperativas. A maioria das pessoas acredita que a reciclagem é uma boa ideia. Entretanto, nem todos têm disposição para reciclar – o hábito de jogar coisas fora é difícil de ser quebrado. As pessoas precisam perceber boas razões para a reciclagem e este deve ser conveniente. Elas devem ser motivadas a superarem suas objeções ou inércia até que a reciclagem se torne um hábito. (REINFELD, 1994, apud CORTEZ, 2002, p. 45). Tabela 6 - O que você faz com o lixo que produz? Joga no lixo Separa para coleta seletiva Separa para produção de artesanatos Outros Total: 68% 23% 16% 14% Fonte: dados coletados pelas autoras. Na tabela 6, ao serem abordados sobre a destinação que cada um faz com seu lixo, 68% responderam que jogam no lixo, 22% separa para coleta seletiva, porém informam que posteriormente o material reciclável é misturado com o lixo comum e tem a mesma destinação, sendo que no município de Maringá, o destino final é o aterro Pedreira e por fim 10% dos moradores informam que separam os 24 recicláveis para produção de artesanatos, para igrejas. Além disso, alguns moradores comentaram que já foi realizada coleta seletiva no prédio, mas não houve sucesso por falta de informação e motivação. Verificou-se que o estudo da quantidade de lixo produzido em casa diariamente é o primeiro passo para a conscientização, separação e destinação adequada dos resíduos. Hirama e Da Silva (2010) afirmam que a coleta seletiva é o primeiro passo para a reciclagem, pois é através dela que ocorre a separação, descarte e recolhimento dos materiais, pois a disposição de lixo ou de resíduos diversos na superfície da solo causa inúmeros impactos ao ambiente e coloca em risco a saúde das pessoas. Os autores realizaram uma análise da experiência da implantação da coleta seletiva, no município de Maringá–PR, e revelam a totalidade de resíduos gerados diariamente que soma 326,95 toneladas de resíduos sólidos urbanos, sendo 80,41 toneladas/dia de recicláveis, 41,05 toneladas/dia de rejeito e 205,49 toneladas/dia de matéria orgânica. Destaca-se o projeto de reciclagem denominado ReciclAção nesta cidade, criado com o objetivo de intensificar e otimizar a coleta seletiva do município. Devido à reciclagem ser uma questão cada vez mais necessária e valorizada nos dias atuais é de grande importância a compreensão e conscientização da população para diminuir a quantidade de lixo gerada e proporcionando a melhorada qualidade de vida da população. Cortez (2002, p.55), considera que: [...] o maior benefício resultante da coleta seletiva, sob o aspecto humano, é viabilizar a transferência cada vez maior dos catadores das áreas de destinação de lixo, insalubres e de alto grau de risco, para as centrais de triagem, onde o ambiente de trabalho é mais saudável. Nestes locais, as pessoas adquirem melhor qualidade de vida e espírito de equipe, diferente das disputas individuais pela sobrevivência, travadas diariamentenos lixões e aterros. Contudo, Sapata (2006), informa que as cooperativas e associações de catadores são formalmente constituídas e autônomas, as quais se formaram a partir de papeleiros de rua, catadores de antigos lixões e adolescentes marginalizados. Estas contam com uma estrutura física de um galpão, geralmente de madeira, munido de cestos para catação manual e equipamentos, tais como: balanças, prensas, esteiras e picotadores de plástico e papel. 25 Tabela 7 – Você saberia separa corretamente o lixo reciclável? Fonte: dados coletados pelas autoras. Uma das questões (Tabela 7) analisou que se cada condômino sabe separar corretamente o lixo reciclável do orgânico, das respostas 81% responderam que sim e 19 % não sabem como faz a separação adequada dos materiais recicláveis. O lixo é definido segundo Rego, Barreto e Killinger (2002), como aquilo que não serve para ser utilizado, devendo ser descartado, porém, o que é lixo para algumas pessoas, pode ser de grande utilidade para outras através da reciclagem. A definição de um produto como lixo pode ser temporário, o lixo recolhido em um dado momento serve para ser vendido, constituindo-se como um meio de sobrevivência, ou quando esta atividade econômica deixa de existir, é considerado como um produto descartável. Em termos de viabilidade, Olympio (1995), afirma que a reciclagem é mais barata do que o uso dos vazadouros ou a incineração, mais econômica porque quando o volume de lixo é menor paga-se menos para descarregá-lo, poupando dinheiro das cidades e dos consumidores. Tabela 8 – Sabe para onde o lixo de Maringá vai? Fonte: dados coletados pelas autoras Na tabela 8 quando questionados se tinham conhecimento da destinação do lixo em Maringá, 63% dos condôminos responderam que não sabiam e 37% informaram que sabiam e até indicaram um aterro, porém ninguém soube informar qual aterro ou sua localização. Ressaltando os benefícios da coleta seletiva para os condomínios, Durães (2013, p. 16), nos revela que: O ideal é que todos façam algo pelo meio ambiente, e os condomínios se enquadram nisto. A coleta seletiva é importante não só para a natureza, mas tem também um viés social, já que emprega pessoas que atuam em Sim Não Total: 81% 19% Sim Não Total: 37% 63% 26 cooperativas de lixo, pontua Marcelo Guedes, gerente comercial da CGM, empresa que há 17 anos trabalha com coleta, transporte e manuseio de resíduos. Calderoni (1997) afirma que a reciclagem é, na sua essência, uma forma de educar e fortalecer nas pessoas o vínculo afetivo com o meio ambiente, despertando o sentimento do poder de cada um para modificar o meio em que vivem. A pesquisa realizada observou que os condôminos têm consciência sobre a importância da coleta seletiva e a maioria tem interesse de pôr em prática a separação do lixo de forma correta. Relataram que no condomínio não dispõe de um espaço adequado para o descarte correto do lixo reciclável e do orgânico. Também relataram que não tem conhecimento da programação da coleta seletiva, que a Secretaria Municipal de Urbanismo dispõe no município de Maringá, nem o próprio síndico sabia. Quando questionado se sabem onde é destino final do lixo produzido em suas casas, a grande maioria diz não saber o destino correto. Deste modo, o condomínio produz em média 30 sacos de lixo com volume de 100 litros por semana verifica-se, assim, que é de suma importância a implantação da separação correta entre recicláveis e orgânicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente, com a preocupação crescente pela preservação do meio ambiente e sustentabilidade é preciso que seja feito o descarte de lixo de forma adequada para posterior reciclagem. Com a pesquisa realizada, pudemos observar a importância da conscientização dos moradores e a implantação da coleta seletiva, juntamente com local apropriado para armazenamento dos materiais recicláveis até a coleta ser realizada. De acordo com o questionário aplicado, um grande número de condôminos tem conhecimento sobre coleta seletiva, poucos a praticam, e alguns ainda desconhecem a importância desta. Mais de 80% dos entrevistados estão de acordo com a implantação da coleta seletiva em seu prédio, entendendo a necessidade de operacionar uma norma interna com objetivo de estimular todos os condôminos a participarem efetivamente do processo de coleta seletiva de lixo, visto que o condomínio produz relativamente um grande volume, aproximadamente 30 sacos de lixo de 100 litros por semana. Dentre os moradores, em média 68% das pessoas 27 descartam em lixeira comum, poucos separam para coleta seletiva, a grande maioria desconhece para onde vai todo esse lixo produzido em suas casas, e mais de 80% dizem saber realizar essa separação correta, porém não põem em prática. Diante disso, pode-se observar que a grande maioria tem consciência sobre a importância da coleta seletiva e, consequentemente, preocupa-se com o meio ambiente. Porém, alguns moradores mais antigos quando questionados relatam que no condomínio há alguns anos foi implantado a coleta seletiva de lixo, separando o reciclável, orgânico e o lixo destinado ao aterro sanitário como fraldas, absorventes e papel higiênico. Entretanto, as pessoas não aderiram corretamente a essa prática. Devido a isso, os lugares para onde eram destinados o lixo reciclável sem a devida higienização provocou mau cheiro nos corredores do prédio. Sendo assim, a falta de informação e disponibilidade de um espaço adequado para o descarte do lixo reciclável e do orgânico causou o abandonou dessa prática. Os objetivos da pesquisa foram alcançados e a metodologia usada esclareceu as dúvidas dos condôminos. Conforme a Lei Federal 12.305/10 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), todos os condomínios devem implantar o sistema de coleta seletiva. A nova lei está vigente desde agosto de 2014 e traz a responsabilidade tanto para os condôminos, que devem separar adequadamente seus resíduos (recicláveis, orgânicos e rejeitos), quanto para os condomínios, que devem instituir um Sistema de Coleta Seletiva adequado. Após análise realizada no condomínio, percebeu-se que a maneira mais efetiva de cooperarmos com o meio ambiente é fazer uma boa gestão dos nossos resíduos. Por isso, a coleta seletiva em condomínios é tão importante. Para demonstrar isso, realizou-se uma reunião com o síndico mostrando como implantar a coleta seletiva prática e adequada, aos moradores foi distribuído uma cartilha (Anexo I) que ensina o que é coleta seletiva, como deve ser feita, a importância da preocupação com o meio ambiente e a melhor forma de realizar esses descartes. Sugerimos algumas orientações como colocar mais uma lixeira no condomínio, pois o prédio já dispõe de um container marrom para resíduos orgânicos e um verde para material reciclável, mas as pessoas acabam colocando os lixos na lixeira sem a devida separação, ao síndico instruções para entrar em contato com a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano e habitacional (SEMUSP) para agendar dias e horário para coleta seletiva no condomínio, o qual coletará e enviará para as cooperativas. Já foi solucionado o problema com o óleo de cozinha, solicitando a 28 uma empresa que fizesse a coleta do mesmo. No condomínio, deixou-se um galão plástico de coleta onde os moradores devem depositar esse material. Ao encerrarmos nossa intervenção, agradecemos ao síndico e condôminos que abraçaram essa causa e colaboraram com que essa pesquisa se tornasse realidade por entenderem que o nosso meio ambiente é o bem mais precioso que existe e que devemos cuidar bem dele, permitindo que um grande número de pessoas se una em torno do mesmo objetivo para que as futuras gerações possam ter uma melhorqualidade de vida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT– Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004 -Resíduos Sólidos -Classificação. 2004. ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil- 2009. São Paulo: Abrelpe, 2009. Disponível em<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2014.pdf> Acesso em 26 jun. 2016. ALTIERI, M. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 5. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008. 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( ) Desconheço ( ) Já ouvi falar ( ) Conheço, mas não pratico ( ) Conheço, pratico 2. Qual sua opinião sobre a alternativa proposta de se implantar a coleta seletiva no condomínio? ( ) Excelente ( ) Boa ( ) Indiferente ( ) Ruim 3. Qual sua opinião sobre a criação de uma lei que envolva a coleta seletiva obrigatória em condomínios? ( ) Excelente ( ) Boa ( ) Indiferente ( ) Ruim 4. Qual seu interesse em participar da coleta seletiva nesse condomínio? ( ) Não me interesso ( ) Talvez me interesse ( ) Me interesso 5. Você sabe quanto de lixo é produzido, em media, em sua residência por semana? ( ) 1 Saco preto 100 litros grande ( ) Pouco menos de 1 saco preto 100 litros grande ( ) meio saco preto 100 litros grande( ) menos de meio saco preto 100 litros grande 6. O que você faz com o lixo que produz? ( ) Joga no lixo ( ) Separa para coleta seletiva( ) Separa para produção de artesanatos ( ) Outros. O que?------------------------------------------------------- 7. Você saberia separar corretamente o lixo reciclável? ( ) Sim ( ) Não 8. Sabe para onde o lixo de Maringá vai? ( ) Sim ( ) Não http://www.redalyc.org/html/3213/%20321327191013/ 33 ANEXA – Cartilha entregue aos moradores 34 35
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