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a.a Apolar Polar 0 Polar - Polar + Aromático Glicina ✓ Alanina ✓ Valina ✓ Isoleucina ✓ Leucina ✓ Prolina ✓ Metionina ✓ Fenilalanina ✓ ✓ Triptofano ✓ ✓ Asparagina ✓ Glutamina ✓ Serina ✓ Treonina ✓ Tirosina ✓ ✓ Cisteína ✓ Ac. Aspártico ✓ Ac. Glutamínico ✓ Lisina ✓ Arginina ✓ Histidina ✓ BIOFÍSICA Proteínas (polímero linear de aminoácidos) CLASSES DE PROTEÍNAS Estrutura • Globulares • Fibrilares Função • Enzimas • Estruturais • Transporte Localização • Membranares (hidrofóbicas) • Solúveis (hidrofílicas) Aminoácidos (constituinte básico das proteínas) Composto por: • Grupo Amina • Carbono Quiral Obrigatório num a.a • Hidrogénio • Grupo carboxílico • Cadeia Lateral difere entre a.a Enantiómeros- possui isómeros óticos EX: Alanina (cadeia lateral CH3) L-Alanina __ D-Alanina Só existe nos seres vivos OS 20 AMINOÁCIDOS APOLARES (9 a.a) • Compostos maioritariamente por Carbono • Mais internos • Repelem outros a.a e H2O POLARES NEUTROS • Estão mais à superfície • Integram-se com outros grupos POLARES CARREGADOS NEGATIVO • Ácidos • COOH – COO- • Com interações iónicas com os + POLARES CARREGADOS POSITIVO • Com NH na cadeia lateral • Com interações iónicas com os – Hidrogénio Glicina → Mais pequeno → Cadeia lateral + simples (H) → Em espelho → Sem isómero → Flexivel Prolina (pouca torsão na cadeia principal Metionina e Cisteína → Têm enxofre → Duas cisteínas nuntas estabilizam uma proteína ESTRUTURA PROTEICA Exterior • Formada por a.a polares • É solúvel Interior • Formada por a.a apolares PONTO ISOTÉRICO: PH ao qual a proteína é globalmente neutra • + ácido, - PH, proteína positiva • + básico, + PH, proteína negativa NOTA sobre a Mioglobina → Transporta O2 nos tecidos → Interage com o ferro → Tem uma cadeia de carbono → Maioritariamente composta por a.a apolares PROTEINAS TRANSMEMBRANARES: • Possuem dupla helice • Encondem os a.a apolares da cadeia principal As cadeias laterais podem ser: • IONIZADAS 𝑝𝐻 = 𝑝𝐾 − 𝑙𝑜𝑔 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑛ã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜 • MODIFICADAS: → Fosforiladas → Glicosiladas → Cadeias de Dessulfureto (cisteína-cisteína) → Hidroxiladas e Carboxiladas Reação de condensação: • Ocorre quando dois a.a se ligam • (grupo amina-grupo carboxilo) • Ligação peptídica formada • Liberta-se 1 molécula de H2O ESTRUTURA DE PROTEÍNAS PRIMÁRIA Sequência de Proteínas Não informa quanto à tridimensão SECUNDÁRIA Hélice Folha Não informa quanto à tridimensão TERCIÁRIA Estrutura tridimensional Indica a tridimensão QUATERNÁRIA Arranjo de todas as cadeias Indica a tridimensão Estruturas secundárias Hélix • o oxigénio do carbonilo do resíduo i ” forma uma ponte de hidrogénio com a amida do resíduo “ • a soma de todas as pontes de hidrogénio torna a hélice estável • a propensão para a formação de uma alfa hélice depende da sequência dos resíduos • enrolamento por right handed, uma vez que só temos isómero L. + Frequente: glutamato e prolina (não quer torção) - Frequente: glicina (ela quer liberdade) Folha • Paralela ou Antiparalela • Antiparalela: pontes de H + estáveis • Paralela: pontes de H - estáveis • Enrolamento que esconde os grupos hidrofóbicos ESTABILIDADE DE PROTEÍNAS Forças não covalentes • Forças de Van der Waals • Interações hidrofóbicas • Pontes de hidrogénio • Interações iónicas Forças covalentes • Pontes de dissulfureto Cisteína + Cisteína ___ Cistina - Ligação co 1 A de comprimento FUNÇÃO DE PROTEÍNAS TRANSPORTE Hemoglobina e Mioglobina - Altera a estrutura para aumentar a eficiência no transporte de O2 - A ligação de O2 à proteína altera a sua estrutura e isto leva à saturação de hemoglobina pelo aumento da concentração de O2. Evolução dos mamíferos aquáticos • Quanto maiores as necessidades de O2, mais carregada está a mioglobina. ESTRUTURA Colagénio - Tem ¼ de todas proteínas do corpo - Composta por tripla hélix - Está nos tendões, ossos e dentes - Composto pela repetição de 3 a..a: Glicina + Prolina + Hidroxiprolina - Para a produção da hidroxiprolina, por adição do oxigénio à prolina, é necessária vitamina C - Forte + Forte CATALASE- aumenta a velocidade das reações • O oxigénio pode facilmente ser convertido em diferentes compostos muito reativos. • O peróxido de hidrogénio pode atacar os enxofres e os iões metálicos das proteínas. • O peróxido de hidrogénio pode dar origem a radicais livres que atacam o DNA • A Catalase é uma das enzimas mais eficientes que se pode encontrar nas células • Uma molécula de catalase pode catalisar a decomposição de até 40 000 000 moléculas de peróxido de hidrogénio por segundo. Reação em 2 passos: 1. molécula de H2O2 liga se e um O é extraído, permanecendo ligado ao ferro. A molécula de água é libertada 2. liga se uma segunda molécula de H2O2 que também é partida. Liberta se uma molécula de água e uma de O2 Cristalografia Difracção de raios X de cristais de macromoléculas Para que serve? - Obter modelos tridimensionais da estrutura de macromoléculas a um nivel atómico. - A maior parte das estruturas 3D de macromoléculas foram obtidas por 3 métodos: cristalografia (80%) 80%), NMR (16%) e teoricamente (previsão) (2%) O que são cristais e porque são necessários? - Nos cristais existem repetições exatas do mesmo motivo simétrico Ao contrário do que acontece em solução, as moléculas num cristal estão dispostas de um modo ordenado regular, simétrico e que se repete. Amostra Proteica É pura? - A pureza é o pré-requisito mais importante para a cristalização É dobrada? -Verificar a atividade da proteína e o espectro de CD para ver se tem estrutura secundária É fresca? - As proteínas decompõem-se com o tempo e a mistura torna-se heterogénea - Devemos tentar configurar os testes o mais rápido possível, de preferência no mesmo dia da última etapa da purificação É monodisperso? - Monodispersidade significa que a proteína existe em solução como espécies oligoméricas únicas - Isso significa que a proteína está livre de oligómeros específicos e agregados Parâmetros que afetam a cristalização - Concentração de proteínas; - Tipo de tampão & pH; - Força iônica da solução e espécies iônicas; - Precipitantes: tipo e concentração (PEG 400 a PEG 20000, álcoois, sais de NaCl etc..); - Aditivos (íons bivalentes, crioprotetores); - Detergentes (para proteínas de membrana); - Temperatura; - Impurezas. Porque se utilizam raios X e não uma radiação com outro comprimento de onda? - Como o comprimento da ligação covalente típica é de 0,12nm, uma resolução atómica significa “ver” dois átomos separados por esta distância como objetos distintos. Bioenergética → Fosforilação oxidativa → ATP sintetase Mitocôndria: membrana externa + espaço intramembranar + membrana interna Complexos I, II, III, IV: Bombeiam protões para o espaço intramembranar (TRANSPORTE ATIVO) ATP SINTASE (88% eficiente) Introdução ATP sintase desempenha um papel fundamental nas nossas células, produzindo a maior parte do ATP usado nos mecanismos celulares. Motores rotativos - A ATP sintase é composta por dois motores giratórios, cada um alimentado por um tipo de energia diferente. - O motor intramembranar, F0, é um motor elétrico. Alimenta se do fluxo de protões que atravessa a membrana - O fluxo de protões induz a rotação do rotor. O rotor está ligado a um 2ª motor, domínio extracelularF1. - F1 funciona como um “motor químico”, consome ATP para produzir trabalho mecânico Qual é o truque para produzir energia? Porque estão os dois motores ligados? - Como o modo de operação é reversível, um dos motores força o outro a funcionar como gerador. - Nas células o F0 usa o gradiente de protões para fazer rodar o eixo que por sua vez força F1 a produzir ATP. F0: - domínio membranar - motor elétrico - inibe-se por oligomissina F1: - domino extramembranar - motor químico - Subunidades 3 e 3 Reversibilidade da ATP Sintetase • Consumo de ATP: roda o eixo (F0) • Meio com ADP: produz-se ATP (F1) NOTAS: • Um filamento de actina de comprimento 1 m m, rodava a uma frequência de seis rotações por segundo rps • A intensidade da força que é necessário aplicar a um filamento de actina de comprimento L para o mover lateralmente num meio fluido a uma velocidade constante v é F=3 h Lv , onde h o coeficiente de viscosidade do meio) tem o valor de 0.001N.s/m2. - Qual o trabalho mecânico de rodar o filamento de actina fixo numa das extremidades? - A variação de energia livre para a hidrólise do ATP nas condições da experiência é de 54kJ/mol. - Sabendo que a hidrólise de uma molécula de ATP faz rodar o elemento de 120º (um terço de volta), calcule o rendimento deste motor. ROTOR - O rotor é composto por 12 cópias idênticas da mesma proteína, a bomba de protões é constituída por uma cadeia única - A bomba tem uma arginina que entrega um protão ao aspartato do rotor. - O Aspartato está normalmente carregado negativamente, não gosta do ambiente hidrofóbico da membrana. - O rotor só gira quando os aspartatos estão protonados neutros - Os protões são recolhidos por outros aminoácidos da bomba assim que os aspartatos voltam a entrar em contacto com a bomba, após rotação. São libertados depois do outro lado da membrana. SINTESE DE ATP A síntese de ATP requere os seguintes passos - Fixação do ADP e do fosfato (esquerda) - Formação de uma nova ligação fosfato - Libertação do ATP (direita) • A rotação do eixo força a alterações conformacionais nas subunidades αβ do F1 permitindo a síntese. • Note se que o eixo tem uma forma peculiar (assimétrica) para provocar as alterações conformacionais. Mecanismo da síntese de ATP - O complexo F1 tem 3 subunidades αβ, cada uma com um local de ligação do ADP. COMPLEXO I: NADH DESIDROGENASE - O Complexo I é um enorme complexo que associa dois mecanismos • o transporte de eletrões do NADH para a ubiquinona • o transporte de protões através da membrana (contra o gradiente) Transporte de eletrões: - O braço periférico do complexo I é responsável pelo transporte dos eletrões. - O NADH tem o local de ligação no extremo do braço. - Os eletrões são removidos pelo cofator FMN mononucleótido de flavina ) e encaminhados por uma cadeia de centros ferro enxofre até ao local de ligação da ubiquinona , que os transporta até ao próximo complexo da cadeia transportadora. Transporte ativo dos protões - Cada par de eletrões retirados do NADH permite o transporte de 4 protões. (2 por canal) - Cada protão passa por um transportador diferente - O último transportador tem uma cauda que liga comunica com outros transportadores e permite sincronizar o transporte CITOCROMO C - O Citocromo c contem um grupo heme . - O ferro está ativamente envolvido na transferência de eletrões - Os eletrões são transferidos diretamente entre os grupos heme dos dois citocromos quando estes estão suficientemente perto um do outro. CITOCROMO C OXIDASE - O citocromo c oxidase usa vários iões metálicos para encaminhar os eletrões para as moléculas de oxigénio. - O citocromo c liga se junto aos dois átomos de cobre. - A molécula de oxigénio liga se mais a baixo, a meio do complexo, entre o ferro do heme e um átomo de cobre . Um segundo grupo heme ajuda na transferência de eletrões. Inibidores da fosforilação oxidativa • Complexo I → Rotenona amital • Complexo III → Antimicina A • Complexo IV → Cianeto azida CO • ATP sintase → Oligomicina Inibição das enzimas leva a: (menos)Transporte de eletrões (menos) Consumo de O2 (menos) Síntese de ATP Desacopladores da fosforilação oxidativa • moléculas hidrofóbicas • transportam protões através da membrana interna mitocondrial , dissipando o gradiente de protões, mas não produz ATP + transporte de eletrões + consumo de O2 - síntese de ATP EX: Desacoplamento pela 2,4- DNP (transporta H+ pela membrana diretamente por difusão e não via ATP sintase) Desacoplamento pela termogenina (UCP) (energia transformada em calor- usado na hibernação) Nota sobre os complexos: • Complexo I: NADH desidrogenase • Complexo II: Succinate (+ ubiquinol) • Complexo III: Ubiquinona • Complexo IV: citocromo C oxidase Bioeletricidade Neurónios • O axónio constitui a parte do neurónio que conduz um sinal elétrico chamado potencial de ação. • O citoplasma é mau condutor de corrente elétrica por ser viscoso e conter macromoléculas → implica gasto de ATP NOTA: • Quanto maior o raio do axónio • Menor é a resistência • Maior é a velocidade de propagação → axónio mielinizado: λ = 0,7 cm → axónio não mielinizado: λ = 0,05 cm - Num axónio mielinizado o impulso pode propagar se numa maior distância sem necessidade de amplificação. - Os nós de Ranvier permitem que só haja fluxo nessa zona, evitando perdas desnecessárias de energia. Fatores que influenciam o fluxo de e-: • gradiente de concentração • gradiente de potencial elétrico concentração + potencial elétrico gradiente eletroquímico Bomba de Sódio e Potássio Potássio: sai Sódio: Entra Cloro: Em equilíbrio Potencial de repouso de K+: • Se o potencial for de -70mv • Potássio sai, uma vez que o equilíbrio são - 90,8 mv • Isto calcula-se pela EQUAÇÃO DE NERST (relação entre a diferença de potencial e a concentração em equilíbrio Ps: A membrana é capaz de armazenar energia e é pouco permeável ao sódio e ao potássio Fases da polarização de neurónio: 1. Fase de Repouso: Canais de Na+ e K+ fechados 2. Fase de despolarização: aumento do potencial de membrana- entra Na+ 3. Fase de repolarização: altos valores de potencial- fecha-se Na+ e abre-se K+ 4. Fase de hiperpolarização: apenas canais de sódio ativos- atinge-se potencial de repouso do K+- fecho dos canais K+ - 3 Na+ e 2 K+: Gasto de 1 ATP Avanço do impulso nervoso: o Na+ difunde-se para a frente e isto faz o impulso deslocar-se. Sensor de potencial de membrana: → Interruptor de terminal C - A helice M10 tem 3 argininas - Carregam positivamente, atuando como sensor Canal de potássio sensível ao potencial: - 4 cópias - Cada cópia tem 6 hélices - Parte central do canal constituída pelas hélices 5 e 6 e pelo segmento H5 entre elas O filtro seletivo (mimetiza o que o ião faz em meio aquoso) - Constitui a parte mais estreita do canal e determina qual é o catião que consegue passar. - Estudos de mutagénese revelam que o segmento H5 é essencial para a seletividade ao K+ - Quando o K entra no canal, as águas de hidratação são substituidas pelos O dos carbonilos do filtro. - Dentro do filtro existem 4 locais de ligação do K delimitados por 5 aneis de átomos de O. Cada anel tem 4 Oxigénios, um de cada subunidade. - Cada K+ interage com 8 oxigénios. - K+ & H2O passam alternadamente no canal • O k+ em solução aquosa liga-se ao hidrogénio originando uma esfera de hidratação Sensibilidade ao potencial: - Hélices 1-4 constituem o domínio sensível ao potencial, sem este domínio, perde-se a sensibilidade ao potencial - A hélice 4 assume importância especial. - Na hélice 4, em cada 3 resíduos um é Arg ou Lys(que têm cadeia positiva) - Quando potencial varia, a hélice 4 muda de posição Período refratário • qualquer estímulo para gerar potencial de ação é inútil, pois os canais de sódio estão em estado inativo (período refratário) • limita a frequência de potenciais de ação • promove a unidirecionalidade da propagação do potencial de ação NEUROTRANSMISSÃO - Quando a terminação do axónio de um neurónio estabelece ligações com as dendrites ou corpo celular de um outro neurónio, as membranas modificam se e formam uma sinapse: químicas e elétricas SISTEMA DE CONDUÇÃO ELÉTRICA E MÚSCULO CARDÍACO (associado ao calcio) Dois tipos de células no músculo cardíaco: • os cardiomiócitos, células musculares com a capacidade de se contraírem facilmente (99%) • as células marca passo do sistema condutor, situadas no nódulo sinusal ou sinoatrial. Pacemaker potentials (Potenciais marca passo) • Potenciais de ação sem estímulo externo • Nos animais, a contração do músculo cardíaco é iniciada por impulsos elétricos denominados potenciais de ação cardíacos. • O ritmo a que são gerados estes impulsos controla o ritmo da contração cardíaca. • As células que produzem estes impulsos rítmicos e controlam o ritmo cardíaco são denominadas células marca passo • Na maior parte dos mamíferos, estas células concentram se no nódulo sinoatrial. HCN channels também chamados Pacemaker channels ou Funny channels → Os canais de nucleotídeos cíclicos ativados por hiperpolarização (HCN) canalizam proteínas integrais da membrana que servem como canais de catiões não seletivos dependentes de voltagem nas membranas plasmáticas do coração → A corrente através dos canais HCN desempenha um papel fundamental na controle da ritmicidade cardíaca e neuronal e é chamado de corrente do marcapasso. → A ligação de nucleotídeos cíclicos reduz o potencial limiar dos canais HCN. • A excitação dos cardiomiocitos está associada á libertação do cálcio, que levam à libertação dos canais de miosina • Miosina liga-se à actina, só na presença de Ca+- há contração muscular Mecânica dos fluídos Hidrostática: é a parte da física que estuda os fluidos em repouso - pressão num ponto → pressão na superfície → pressão na coluna de água • - pressão, + velocidade, + cinética • - pressão do que o exterior: colapso Equação da continuidade • Líquido incompressível- tudo o que entra tudo sai: densidade constante Equação de Bernoulli • Fluído ideal: arranjo constante de moléculas, sem atrito → Pi = Pf Fluidos Viscosos Tipos de escoamento: Turbulento ou Laminar Analogia entre circuitos hidráulicos e elétricos APLICAÇÕES AO SISTEMA CIRCULATÓRIO • A camada mais externa é de tecido conjuntivo, chamado túnica adventícia; uma camada do meio de músculo liso chamada túnica média, e a camada mais interna alinhada com as células endoteliais chamada túnica íntima. - Tensão nos vasos sanguíneos: Tensão de cisalhamento, tensão tangencial, ou tensão de corte, Tensão normal • Tensão na parede: força/área do vaso • Tensão de corte: A força de atrito causada pelo gradiente de velocidade dispõe o endotélio e as camadas internas das artérias na direção do fluxo sanguíneo - Efeitos nas células endoteliais: → A tensão de corte estimula a síntese pelo endotélio de óxido nítrico (NO) → Há indução do vasorelaxamento devido ao menos estado de contração das células musculares. A Física da Audição e da Visão MECANISMO DO OUVÍDO MÉDIO: → Os ossículos transformam um movimento ligeiro, numa superfície grande (tímpano) em vibrações mais fortes numa superfície mais pequena (janela oval) → Área da membrana do tímpano (55mm2) é 17 x superior à área da janela oval (3,2mm2) → Sistema de alavanca aumenta a força na janela oval 1,3 x relativamente à do tímpano → Então a pressão sobre o líquido da cóclea é 22 x maior que a exercida pela onda sonora sobre a membrana do tímpano • Vibração da membrana basilar causa o deslizamento da membrana tectorial pelas células sensoriais EVOLUÇÃO E OUTROS SISTEMAS AUDITIVOS: • Os estatocistos são os órgãos de equilíbrio dos invertebrados aquáticos, como os bivalves, os cefalópodese os crustáceos. São redondos, com um epitélio de células ciliadas, contendo fluido e estatólitos no seu interior. • Estatólitos são estruturas calcárias que, ao se moverem por efeito da gravidade e pelos próprios movimentos do animal, se colocam sobre o epitélio ciliado. O estatólito gira segundo a posição do organismo e vai de encontro aos cílios sensoriais, o que permite ao organismo orientar-se. Linha lateral dos peixes e anfíbios - Células sensoriais em contacto com o meio gelatinoso da cúpula Sistemas auditivo dos peixes - Alguns peixes conseguem detetar ondas sonoras. - As vibrações propagam-se até uma bolsa de ar, bexiga natatória. - Os ossículos transmitem as vibrações até ao ouvido interno. Sistemas auditivo dos anfíbios - O girino usa os pulmões em desenvolvimento como caixa de ressonância para vibrações dentro de água (em semelhança com os peixes) - A rã tem um tímpano com uma área grande que lhe permite detetar vibrações no ar. O desenvolvimento do tímpano é um grande passo evolutivo. Não há cóclea. Sistemas auditivo das aves - As aves ouvem melhor do que os anfíbios devido à introdução da cóclea. - As aves não têm ouvido externo por razões aerodinâmicas. Sistemas auditivo dos insectos - Sistema auditivo muito simples mas eficiente. - Pode estar localizado em diferentes partos do corpo dependendo da espécie. - No mosquito está nas antenas. Nas traças e borboletas na base das asas. O gafanhoto no torax. - Os insetos têm as células sensoriais diretamente em contacto com o tímpano. - O tímpano delimita uma cavidade cheia de ar. - As vibrações escapam por outra membrana. Ouvido externo e a ecolocalização - Os morcegos podem estimar a elevação de seu alvo usando os padrões de interferência dos ecos refletindo do ouvido externo Perceção do som • A intensidade do som • Quando ouvimos um som estamos a detetar diferentes níveis de pressão de ar. • A intensidade do som é medida em Wm-2 O ouvido humano consegue detetar sons entre 10-12 Wm-2 e 1 Wm-2 Timbre - Distinguir sons da mesma frequência que foram produzidos por fontes sonoras diferentes - O Lá central do piano possui a frequência de 440 Hz. A nota equivalente produzida por um violino possui a mesma frequência. - O que permite ao ouvido diferenciar os dois sons e identificar sua fonte é a forma da onda SISTEMA VISUAL • A luz passa pela pupila • A Íris é uma camada circular de tecido muscular, forma a pupila e controla a quantidade de luz que entra no interior do olho • A Íris é pigmentada e determina a cor dos olhos • A Íris faz parte do sistema nervoso autónomo. Reage à quantidade de luz. • Também dilata e expande quando olhamos para alguma coisa com interesse. • Belladona (relaxar músculos dilatar pupilas) - Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela) e o ponto cego - A fóvea é a região central da retina do olho humano onde se concentram os cones e onde se forma a imagem que será transmitida ao cérebro. A fóvea está no eixo ótico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focado , e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução - A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual que é a capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos. - Os bastonetes permitem a visão para intensidades luminosas muito pequenas (noite, crepúsculo),porém recebem apenas impressão de luminosidade e nenhuma impressão cromática. - Bastonetes, têm rodopsina, proteína com um grupo não proteico o 11-cis-retinal, derivado da vitamina A. - Já os cones permitem a impressão colorida em claridades média e grande (visão diurna). Seu limite sensível é aproximadamente 1000 vezes mais alto que o dos bastonetes. - Existem três tipos de cones diferentes. Na retina, a interação desses sistemas de cones é responsável pela percepção das cores. - Cada tipo de cone é sensível basicamente a uma parte do espectro visível. Um tipo de cone é sensível ao azule violeta, o outro ao verde e o terceiro ao amarelo. - Existem três tipos de cones que apresentam fotopigmentos fundamentais que respondem à luz de comprimentos de ondas (λ): o cianopigmento – cones S (λ curto) – sensível a cor azul, o cloropigmento – cones M (λ médio) – sensível a cor verde e o eritopigmento – cones L (λ longo) – sensível a cor vermelha. Causa dos olhos vermelhos nas fotografias tiradas com flash. • Reflete fotões que assim têm mais uma oportunidade de passar pelos cones e bastonetes. • Animais noturnos tem uma camada chamada tapetum lucidum que reflete melhor os fotões Dois olhos • faz com que duas imagens simultâneas cheguem ao cérebro, esse, por sua vez, usa, como base da formação da imagem apenas um dos olhos, e o outro é colocado a segundo plano, e sua imagem é usada basicamente para dar noção de profundidade. • O olho usado como base para a visão é chamado de olho dominante, normalmente é o olho direito, mas quando a pessoa é canhota ou tem um problema de visão maior no olho direito o cérebro acaba por escolher o esquerdo como olho dominante. NOTA: Louva a Deus: Únicos insetos com perceção estereoscópica de profundidade Adaptação para visão noturna: - brilho (gato) - Animais noturnos tem uma camada chamada tapetum lucidum que reflete melhor os fotões - tempo de acumulação (Os fotocetores podem acumular a receção de fotões até 4 s)- sapos - juntar recetores (c/ perda de resolução)- traças Propriedade das ondas: REFLEXÃO - Em superfícies planas o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. - O espalhamento das reflexões permite que um objeto seja visível de várias direções REFRAÇÃO - A refração é a mudança na direção de propagação das ondas quando mudam de meio. - Tal acontece porque a velocidade das ondas é diferente nos dois meios. - Como a frequência tem que se manter constante o comprimento de onda varia Depende do meio Depende do ângulo - Lentes convergentes – duplamente convexas - Lentes divergentes – duplamente concavas Iridescência - Fenómeno ótico que faz certos tipos de superfícies refletirem as cores. - As cores iridescentes são geralmente azuis e verdes. PERCEÇÃO DA LUMINOSIDADE E DA COR - A resposta dos olhos aos níveis de luminosidade é semelhante à resposta do ouvido aos níveis do som NOTA: O olho humano (ao contrário do ouvido) não consegue decompor uma onda nas suas componentes. Existem assim, por exemplo, duas cores amarelo Cores complementares, quando adicionadas, dão cor branca Ilusões Óticas: Os olhos não enviam informação correspondente à imagem fotográfica para não saturar o cérebro BIOQUÍMICA NOTA: Catabolismo: complexo → simples (gasto ATP) Anabolismo: simples → complexo (ganho ATP) Todas as vias metabólicas têm um objetivo: • funções das vias metabólicas; • em que tecidos são particularmente importantes; • como são reguladas; • pontos de ramificação no metabolismo. Regulação de vias metabólicas • Reações irreversíveis: etapas limitantes de vias metabólicas • Enzimas sujeitas a regulação, asseguram que: - a taxa de uma via metabólica está adaptada às necessidades das células; - as vias de síntese e degradação de qualquer molécula nunca estão ativas simultaneamente. Mecanismos de controlo da atividade enzimática: • Disponibilidade de substrato. • Regulação alostérica. • Controlo hormonal: - por fosforilação reversível de proteínas; - por regulação da taxa de transcrição. Metabolismo de carbohidratos 1. Digestão e absorção de carbohidratos 2. Entrada de glucose para o interior das células 3. Glicólise 4. Fermentação Lática 5. Produção de ATP a partir de fosfocreatina CARBOHIDRATOS DA DIETA (dezenas centenas g/dia) 1. Polissacarídeos (~65 %) - Amilopectina - Amilose 2. Dissacarídeos (~31%) - Sacarose - Lactose 3. Monossacarídeos (~3%) - Frutose - Glucose NOTA: Peixes carnívoros: - Têm baixa capacidade para utilizar carbohidratos como fonte de energia; o teor em carbohidratos em alimentos preparados para estes peixes é geralmente inferior a 20% vs 25 45% em peixes omnívoros - após uma refeição, a maior parte da energia é produzida por oxidação de lípidos e aminoácidos. Os CH da dieta são absorvidos após hidrolise a monossacarídeos 1º PASSO: • HIDROLISE PARCIAL pelas -amilase salivar e pancreática - endossacaridases hidrolizam ligações glicosídicas - 1,4 internas 2º PASSO: • HIDROLIZE TOTAL pelas oligossacaridases/ dissacaridases existentes na superfície do epitélio intestinal - Estas enzimas atuam também sobre muitos dissacarídeos e oligossacarídeos da dieta - Oligossacaridases/ dissacaridases presentes à superfície da membrana do intestino delgado (exossacaridases) 3º PASSO • A ABSORÇÃO, mediada por transportadores (proteínas transmembranares) - O SGLT1 é um Simporter de sódio e glucose 4º PASSO • A glucose é TRANSPORTADA do intestino para o sangue por meio do transportados GLUT2 (proteína transmembranar) 5º PASSO • Uma vez no sangue, a glucose é DISTRIBUÍDA por todas células para: - Armazenamento Fígado e Músculo: Glicogénio Tecido Adiposo: Glutationa Lipidica - Produção de ATP Cérebro, Rim, Eritrócitos Nota: o destino desta glucose vai depender, em alguns casos, do status hormonal que prevalecer na altura COMO OCORRE A ENTRADA DE GLUCOSE NAS CÉLULAS? • A glucose entra nas células através dos transportadores de glucose • Os transportadores de glucose permitem fluxo da Glucose nos dois sentidos Ex: o GLUT2 do hepatócito é responsável quer pela entrada (hiperglicémia) quer pela saída (hipoglicémia => gluconeogénese) de glucose COMO SE GARANTE O SEQUESTRO DE GLUCOSE DENTRO DAS CÉLULAS? Transforma-se: Glucose →→→→→→ Glucose 6 fosfato (G 6 P) (hexocinase e glucocinase) • Os transportadores da glucose, não são capazes de transportar G6P, o que leva à retenção da glucose - Propriedades da hexocinase e glucocinase • Hexocinase - Km = 0.1 mM - Presente na maioria das células - Tem a capacidade de atuar sobre a Glc mesmo quando é extremamente baixa no sangue • Glucocinase - Km = 10 mM - Presente no fígado e células do pâncreas - A atividade é proporcional à glucose e é particularmente ativa quando a glucose é alta. - - Permite ao fígado retirar e sequestrar grandes quantidades de glucose do sangue em situações de hiperglicemia. . GLICÓLISE “Quebra do açúcar” 1º PASSO (IMPORTANTE) • Fosforilação da glucose • Gasto de 1 ATPs • Libertação de 1 ADP • Forma-se glucose-6-fosfato (pode ter vários fins como piruvato, ribose, glicogénio, etc) → Mediada por hexocinase e glucocinase 2º PASSO • Conversão da glucose-6-fosfato em frutose-6-fosfato 3º PASSO (IMPORTANTE) • Conversão da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato • Gasto de 1 ATP • Libertação de 1 ADP → Mediada por 3. Fosfofrutocinase (FFK1) 4º PASSO • frutose-6-fosfato divide- se em: gliceraldeido-3-fosfato e dihidroxiacetona- fosfato 5º PASSO (associado à dihidroxiacetona-fosfato)6º PASSO (IMPORTANTE) • Oxidação e Fosforilação do gliceraldeido- 3-fosfato • Gasto de 2NAD+ • Origina 2NADPH+ → Mediada por Gliceraldeído-3-P Desidrogenase (GAPDH) 7 /8 /9º PASSO • Libertação de 2 ATP • Libertação de 2H2O • No fim temos fosfoenolpiruvato 10º PASSO (IMPORTANTE) • Conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato (2) • Libertação de 2 ATP → Mediada por piruvato cinase Balanço final: 2ATP e 2NADH (produzem-se 4ATPs até aqui, mas gastam-se 2ATP) Regulação da glicólise ADP ou AMP sinalizam a falta de energia 3 pontos principais de controlo: • Hexocinase (HK) - feedback negativo • Fosfofrutocinase 1 (FFK 1) - inibido por: H+, ATP, citrato - ativado por: AMP, frutose-6-bifosfato • Piruvato cinase (PK) - inibido por: ATP e alanina - ativado por: frutose-6-bifosfato Nota: + sinalização por insulina: + concentração de Frutose-2,6-bifosfato Inibidores da glicólise Mercúrio (Hg): - liga se a resíduos de cisteína do centro activo de enzimas - impede síntese líquida de ATP sem inibir a glicólise (rendimento de ATP=0) - ex:. Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase Agentes alquilantes: têm o mesmo efeito - ex: iodoacetamida NADH - A concentração citosólica de NAD+/NADH é muito pequena (50 200 M) - Rapidamente todo o NAD+ passaria a existir como ADH (o que bloquearia a glicólise) - Este NADH não poderá reduzir diretamente o Complexo I da cadeia respiratória pois a membrana interna da mitocôndria é impermeável a NADH Como se regenera o NAD+? • Shuttle do malato aspartato • Shuttle do glicerol fosfato • A conversão piruvato lactato Mecanismo quimiosmótico 1 NADH ≈ 3 ATPs 1 FADH2 ≈ 2 ATPs NADH – NAD+: complexo I FADH2 – FAD: complexo II Produção de ATP na mitocôndria: • Á mediada que os e- vão sendo transportados na cadeia, os complexos vão bombeando protões: gradiente químico utilizado para produzir ATP SHUTTLE DO MALATO ASPARTATO - Mais eficiente energeticamente - Condições aeróbicas → O oxaloacetato forma malato e regenera-se NAD+ → O malato é transportado para dentro da matriz mitocondrial, onde é novamente convertido em oxaloacetato, formando NADH Transaminação de aminoácidos Transferência do grupo amino de um aminoácido para um -cetoácido (piruvato, OAA, -cetoglutarato) - PLP = piridoxal fosfato (derivado da vitamina B6) Aspartato Oxalato SHUTTLE DO GLICEROL FOSFATO - Condições aeróbicas → NADH da glicólise reduz a dihidroxiacetona fosfato em glicerol-3-fosfato → Liberta-se NAD+, que entra novamente na glicólise → A reação contrária reduz FAD em FADH2, que cede os e- à cadeia respiratória a- Glicerol 3 Pi desidrogenase citosólica b- Glicerol 3 Pi desidrogenase mitocondrial A CONVERSÃO PIRUVATO LACTATO Vias de metabolização do piruvato A canalização dos e- do NADH para a cadeia de transporte de eletrões mitocondrial nem sempre é possível: Exemplos • os eritrócitos não têm mitocôndrias • muitos miócitos são pobres em mitocôndrias (fibras musculares “brancas”) • mesmo os miócitos com grande capacidade oxidativa (… com muitas mitocôndrias), poderão ter problemas em situações de exercício intenso (défice de O2) No entanto, têm capacidade de continuar a debitar esforço. Como? • Convertendo piruvato em lactato e excretando o lactato para o sangue. Lactacto desidrogenase (LDH) • Existe em todas as células • Cataliza uma reação reversível - Na fermentação láctica, uma glucose é transformada em 2x Ácido Láctico - Sobreprodução => Acidose láctica Rendimento Energético Da Glicólise: Produção de ATP durante o exercício físico: fosfocreatina • Em condições energéticas favoráveis, a creatina cinase sintetiza fosfocreatina (requer ATP) • Em situações de exercício intenso / isquemia, a fosfocreatina é utilizada para a produção de ATP. • A creatina é sintetizada no fígado e rins a partir de aminoácidos ( Gly , Arg , Met ) ou obtida na dieta GUCANEOGÉNESE Formação/síntese nova de Glucose NOTA: O nosso cérebro precisa de cerca de 120 g de Glucose por dia (mais de metade da quantidade de glucose armazenada na forma de glicogénio no músculo e fígado). • Qualquer molécula que possa ser converida em piruvato ou oxaloacetato pode servir como ponto de partida para a gluconeogénese.: - Processo essencialmente hepático Fígado e Rins: hipoglicemia/jejum - Visa manter normoglicémia (cérebro, eritrócitos, cristalino, córnea, etc. são completamente dependentes de glucose para gerar ATP). Glicólise vs Gliconeogénese Músuculo Fígado E cérebro Mediado pela creatina cinase Gliconeogénese: Em grande parte esta via é o “inverso” da glicólise –7 das 10 reações da glicólise são reversíveis. Existem 3 exceções (“shunts”): -Fosfoenolpiruvato (PEP) => piruvato -Frutose 1,6-bifosfato (F-1,6-biP) => F-6-P -Glucose-6-fosfato (G-6-P) => glucose NOTA: O ponto de entrada dos substratos na gliconeogénese varia. SUBSTRATOS PRECURSORES DE GLUCOSE De onde provêm estes substratos? • Lactato produzido em células que fazem fermentação lática • Alanina libertada pelos músculos • Glicerol libertado pelo tecido adiposo (jejum; lipólise: TG → Glicerol + 3 ácidos gordos) CICLO DE CORI (músculos/eritrócitos- fígado) • Nos músculos ATP é produzido pela glicólise para rápida contração. • Lactato é produzido e passa para o fígado onde é usado o ATP para a síntese de glucose (gliconeogénese) durante a recuperação CICLO DE ALANINA GLUCOSE (músculos-fígado) - Interconversão entre Piruvato e Alanina: reação de transaminação Alanina transaminase (ALT) ou Alanina aminotransferase (usa como substrato a alanina) Vantagem deste ciclo: - O miócito exporta para o fígado excesso de N (síntese de ureia). Este N provém de outros a.a. cujos carbonos também estarão a ser mobilizados para oxidação Nota: Nos Músculos durante a glicólise a conversão/regeneração de NADH RESUMO gliconeogénese LACTATO/ ALANINA 1º PASSO: Temos LACTATO OU ALANINA 2º PASSO. Conversão em PIRUVATO 3º PASSO: Conversão em OXALOACETATO - gasto de ATP (2) - Mediado pela Piruvato Carboxilase - Cofator biotina (vitamina B7) 4º PASSO: Conversão em FOSFOENOLPIRUVATO - gasto de GTP (2) - Mediado pela Fosfoenolpiruvato Carboxilase OUTROS PASSOS- gasto de 2ATP FIM: Frutose 1,6 Bifosfato • BALANÇO FINAL: GASTO DE 6ATP (4ATP + 2GTP)- para uma glucose GLICEROL NOTA: Quando a gliconeogénese é induzida (hipoglicémia), muitos processos catabólicos são também induzidos Um destes é a lipólise: hidrolize dos triglicéridos armazenados no tecido adiposo TG →3 AG+glicerol 1º PASSO: Temos GLICEROL 2º PASSO: Conversão em GLICEROL-3- FOSFATO - gasto ATP (2) - Mediado pela Glicerol Cinase (abundante no fígado e ausente no tecido adiposo) 3º PASSO: Conversão em DIHIDROXIACETONA - ganho de NADH - Mediado pela glicerol-3-fosfato desidrogenase OUTROS PASSOS FIM: Frutose-1,6-Bifosfato • BALANÇO FINAL: GASTO DE 2ATP- para uma glucose NOTAS: - A produção de glicose por degradação do glicerol é + vantajosa, do que por degradação de lactato/alanina. numa proporção de 2ATP-6ATP - Todo este ATP vem da oxidação de ácidos gordos. CONVERSÃO F-1,6-P em glicose 1. Temos frutose-1,6-bifosfato 2. Conversão em FRUTOSE-6-FOSFATO - perda de um fosfato - Mediada pela frutose Bifosfatase 1 • A reação catalizada pela FFK-1é irreversível; o problema é resolvido pela F-1,6-bifosfatase 3. Conversão em GLUCOSE-6-FOSFATO (no citoplasma) - Entra no Retículo endoplasmático mediado por uma proteína transmembranarTransportador G6P 4. Conversão em GLUCOSE - A G6P perde o fosfato - Mediado pela Glucose 6 fosfatase • A reação catalizada pela glucocinase é irreversível; o problema é resolvido pela Glucose-6-fosfatase, uma enzima do retículo endoplasmático (só existe no fígado e rim).. 5. A GLUCOSE sai do RE - Mediado por uma proteína transmembranar Transportador de glucose 6. A GLUCOSE sai da célula - Mediado por uma proteína transmembranar GLUT 2 REGULAÇÃO DA GLUCONEOGÉNESE 1. Acetil CoA - advém do metabolismo de ácidos gordos - informa da existência de ATP disponível • Em jejum (falta de glicólise) o tecido adiposo ativa a lipólise • Há libertação de ácidos gordos • Há oxidação dos ácidos gordos • Produz-se Acetil CoA Quanto + Acetil CoA + Piruvato carboxilase + Gluconeogénese + glucose 2. AMP (fosfato totalmente consumido) - Indica o baixo nível de ATP - Controla a atividade da frutose bifosfatase • Sinalização por insulina (+) frutose (inibição da gliconeogénese) • Sinalização por glucagon (-) frutose (quer gliconeogénese) Notas: • Estes passos (acetil coA + AMP) impedem que a glucose e gliconeogénese ocorram simultaneamente, porque isso seria fútil (ou se gasta ou se produz) • Quantos (+) lípidos temos, gastamos (-) carbohidratos VIA DAS PENTOSES FOSFATO Objectivos da via: I. (INTERCONVERSÃO DE PENTOSES PI) converter alguma glucose em ribose 5 Pi (precursor de nucleótidos- para RNA e DNA) e outros monossacarídeos II. (FASE OXIDATIVA)- obter NADPH O NADPH é utilizado em: • Mts reações anabólicas (e.g ., síntese de lípidos) • Manutenção da glutationa no estado reduzido (mt importante na defesa contra o stress oxidativo, ex: eritrócitos) FASE OXIDATIVA Produz: • NADPH –necessário para: (i) proteção antioxidante (sistema da glutationa) (ii) Biossíntese de outras moléculas (ex. ácidos gordos, colesterol) • Ribose-5-fosfato –necessário para síntese de nucleótidos, … 1º PASSO: Temos glucose-6-fosfato 2º PASSO: • Conversão em 6-FOSFOGLUCONATO - Mediado pela Glucose-6-Fosfato Desidrogenase - produz 1 NADPH +/OU • Conversão em RIBULOSE-5-FOSFATO - produz 1 NADPH Nota: Neste passo a ribulose-5-fosfato, transforma-se diretamente ou com o passo da 6-fosfogluconato antes 3º PASSO: Temos RIBULOSE-6-FOSFATO (pode ter 2 vias) Originar G6P originar nucleótidos/coenzimas INTERCONVERSÃO DE PENTOSES-Pi (não oxidativa) - catalisada por transcetolases e transaldolases - permite a conversão de ribose-5-P em Glc-6- P(reentra na fase oxidativa da via das pentoses fosfato para produção de NADPH) - ocorre em tecidos que precisam mais de NADPH do que ribose-5-P (ex. Fígado e tecido adiposo) (a prof deu pouca relevância a este esquema, por isso, não o vou explicar) REGULAÇÃO DA GLUCOSE-6-FOSFATO DESIDROGENASE (presente na fase oxidativa da vida das pentoses fosfato) → inibida por NADPH- regulador negativo → ativada por desfosforilação (sinalização por insulina - Quando a NADH está em grandes quantidades, inibe-se a enzima, para não desperdiçar glucose Favismo (doença) • Ocorre em zonas de malária (+ stress oxidativo afeta o inseto da malária) • deficiência em Glc 6 P desidrogenase • provoca anemia aguda induzida por substâncias que aumentam o stress oxidativo nos eritrócitos (ex. vicina, presente nas favas) SÍNTESE E DEGRADAÇÃO DE GLICOGÉNIO Glicogénio: Surge em muitos tecidos mas é particularmente abundante no fígado (onde pode atingir 10% da massa do orgão). No músculo esquelético também existe mt glicogénio (300 600 g) Estrutura do glicogénio - Polímero de glucose linear (α1->4) com ramificações α 1->6 • Grânulos citosólicos • Fonte rápida de energia via metabolismo aeróbico ou anaeróbico • Esgota se no fígado ao fim de 12- 24h de jejum, e nos músculos ao fim de 1 h de exercício vigoroso. (o glicogénio é mobilizado para produção de ATP) Propriedades do glicogénio • o seu armazenamento não se traduz num aumento da força osmótica • É um polímero altamente ramificado => O elevado nº de extremidades possibilita síntese e degradação do glicogénio rápida; • Aumenta solubilidade GLICOGÉNESE Síntese de glicogénio Glucose → Glucose6P → Glucose-1-P (forma ativada da glucose) UDP- Glucose 1. Há UDP-Glucose 2. Conversão em UTP-Glucose - Gasto de ATP - Mediada pelo glicogénio sintetase • transfere glucose de UDP-glucose para uma extremidade não redutora do glicogénio • introduz apenas as ligações α 1,4 REGULAÇÃO da glicogénio sintetase ATIVAÇÃO - glucose 6 P (regulação alostérica) - desfosforilação (sinalização por insulina INIBIÇÃO - glucagon/adrenalina - glicogénio Enzima ramificadora (ramificações α 1,6) • Catalisa a transferência de um fragmento terminal de 6 7 resíduos de Glc de uma extremidade não redutora (contendo pelo menos 11 Glc) para o grupo hidroxilo do C 6 de outra Glc, gerando nova ramificação. • Aumenta o nº de extremidades não redutoras para ação da glicogénio sintetase e da glicogénio fosforilase (degradação do glicogénio) FUNÇÃO DA GLICOGENINA Problema: A glicogénio sintase não atua sobre glucose livre, não sendo capaz de produzir glicogénio sozinha Solução : GLICOGENINA - pequena proteína com a capacidade de se autoglicosilar fornecendo assim a (Glucose)n à glicogénio sintase. - GLICOGENINA + GLUCOSE = glicogénio sintetase GLICOGENÓLISE (degradação de glicogénio) QUANDO QUEREMOS ATP GLICOGÉNIO FOSFORILASE (glucose)n + Pi → (glucose)n-1+ Glu-1-P -específica para ligações α1,4 - retira a glicose das extremidades da ramificação - Como a fosforilase não é capaz de desramificar sozinha usa-se a ENZIMA DESRAMIFICADORA → Atividade transferase → Corta a ligação 1,6-glucosidade Regulação alostérica (competição/inibição enzimática) • ativada por AMP e inibida por ATP (músculos) (+) AMP, (-ATP), degradação do glicogénio • inibida por glucose (fígado) Regulação hormonal (associado aos níveis de glucose no sangue) - ativada por fosforilação (glucagon/adrenalina) - inibida por desfosforilação (insulina) NOTA: A glucose inibe a glicogenólise DESTINO DA GLUCOSE-6-P (depende do sítio onde foi gerada) Glicogenólise no Fígado - ativada durante o jejum / hipoglicemia (efeitos do glucagon) - glucose libertada para o sangue Glicogenólise nos Músculos - ativada durante o exercício físico (efeitos do AMP, cálcio e epinefrina) - glucose 6 P entra na glicólise para produção de ATP BIOENERGÉTICA E METABOLIMO REDOX Deficiência em B1: - Compromete a PDH - Compromete a aceti CoA - Piruvato é convertido em lactato COMPLEXO DA PIRUVATO DESIDROGENASE (PDH) → Transforma piruvato em Acetil CoA → Implica gasto de energia (-33,4 Kl/mol) Importante para a produção de CO2 (descarboxilação do piruvato) DIMINUIÇÃO da atividade da PDH Causas: -deficiência em tiamina (Vit. B1) -intoxicação com arsénio- PRESENTE NA ÁGUA- (liga-se a resíduos de cisteína do centro ativo da PDH e enzimas do ciclo de Krebs) Consequência: - ACIDOSE REGULAÇÃO DA PDH Regulação alostérica: Inibida: (retroinibição) - Acetil CoA - NADH2. Regulação hormonal: Ativada: - Insulina (alimentado) (+) insulina (+) piruvato (+) acetil CoA Inibida: Glucagon (jejum) VIAS DE PRODUÇÃO/UTILIZAÇÃO DE ACETIL COA PRODUÇÃO: - piruvato - ácidos gordos (beta oxidação) - metabolismo de a.a (cetogénicos) USADA: - Síntese de corpos cetónicos (jejum) - Sintese de ácidos gordos - Ciclo de Krebs - Sintese de colesterol CICLO DE KREBS (gerar energia) - produz-seGTP e ATP - produz-se NADH e FADH2 Nota: - 4 desidrogenações (formação NADH) - 1 fosforilação (formação de GTP) - 1 hidratação _ GTP é interconversivel em ATP Regulação da PDH e do ciclo de Krebs NADH PRINCIPAL INIBIDOR O ciclo de Krebs é principalmente regulado pela disponibilidade de substratos e inibição pelos produtos das reações (especialmente NADH e ATP) PDH: inibida por ATP, acetil coA, NADH e a.gordos ONDE OCORRE ISTO? → Glicólise ocorre no citoplasma → Ciclo de Krebs na matriz mitocôndrial → Fosforilação oxidativa ocorre na membrana interna da mitocôndria . Nota: Excepto succinato desidrogenase, localizada na membrana interna da mitocôndria MECANISMO QUIMIOSMÓTICO 3 ATP/NADH 2 ATP/FADH2 RENDIMENTO DE ATP (oxidação de 1 glucose) Função CATABÓLICA do ciclo de Krebs Nota: O Ciclo de Krebs vale a pena, porque tem caracter catabólico e de gerar ATO, transformando NADH e FADH2 em ATP Função ANABÓLICA do ciclo de Krebs - produzir intermediários (simples→ complexo) METABOLISMO REDOX E STRESS OXIDATIVO Espécies reativas de oxigénio (ROS) Produção de ROS na mitocôndria Radicais superóxido (O2.-) produzidos nos complexos I, II e III • Em condições fisiológicas, 1-2 % dos eletrões são transferidos diretamente para oxigénio molecular- produção de O2. (peroxido) • Envelhecimento e muitas patologias estão associados com disfunção mitocondrial → produção de O2.- danos oxidativos Oxidação da hemoglobina no eritrócito • Hgb(Fe(II))O2 autooxida-se lentamente • Agentes químicos, drogas e componentes alimentares induzem methemoglobinemia (pró oxidantes)- levam ao aumento de ROS Produção de H2O2 durante a oxidação de ácidos gordos • O peroxido de hidrogénio é um produto lateral da reação de a.g. Produção de ROS via ciclo redox de quinonas ex. Paraquat • herbicida altamente tóxico (converte O2 em O2-) Composto NADH shuttle Fosforila substrato Fosforila oxidativa Glucose 2 NADH Malato- aspartato 2 ATP 6 ATP Glicerol3P 4 ATP Piruvato 2 NADH S/ shuttle 6 ATP Acetil CoA 6 NADH S/ shuttle 18 ATP Ciclo de Krebs 2 FADH2 S/ shuttle 4 ATP 4 ATP BALANÇO FINAL 36-38 ATP (depende do shuttle) Espécies reativas de oxigénio e danos oxidativos RADICAL HIDROXILO (OH-) • produzido por redução do H2O2 catalisada por Fe 2+ ou Cu reação de Fenton) • oxida qualquer tipo de biomolécula proteínas, lípidos, ácidos nucleicos ) provocando morte celular Peroxidação de lípidos - é irreversível. COMO PARAR? Peróxidos lipídicos são instáveis e fragmentam se- Morte celular + ROS + Oxidação Defesas antioxidantes • Superoxido dismutase • Catalase • Glutationa SUPERÓXIDO DISMUTASES (SOD): • Sod1 CuZnSOD (citosol e espaço intermembranar • od2 MnSOD (mitocondria) Final: 2 O2- CATALASE - em eucariotas superiores: peroxissomas Final: 2 H2O + O2 GLUTATIONA • -glutamil cisteinil glicina • Tiol não proteico mais abundante nas células (1 10 mM • Produzida no fígado (unicamente) fornece glutationa a outros tecidos Função: • defesa antioxidante - cofator da Glutationa peroxidase • destoxificação de xenobióticos - cofator da Glutationa S transferase (GST) • transporte de aminoácidos GLUTATIONA PEROXIDASE - requer selénio - Remove peroxido de hidrogénio Função: - Redução de peróxidos lipídicos NOTA: o NADPH ajuda a regenerar glutationa Sem patologias Deixa de haver balanço Função da vitamina E (Toc), ubiquinol (Q10) e ascorbato Asc ) contra a peroxidação de lípidos - Parecido com a glutationa Metabolismo de lípidos ÁCIDOS GORDOS - Cadeia hidrofóbica de hidrocarbonetos ( C4-C36 ) com grupo carboxílico terminal. - podem ser lineares, ramificados, saturados, insaturados, dicarboxílicos - os mais comuns são cadeias lineares com 12 a 24 carbonos (C). classificação em função do tamanho: - cadeia curta: 4 6 C - cadeia média: 8 12 C - cadeia longa: 14 22 C - cadeia muito longa: 24 C Propriedades físico Químicas dos ác. gordos Solubilidade em meio aquoso: • reduzida • diminui com o aumento do nº de C Ponto de fusão: • aumenta com o nº de C • diminui com o grau de insaturação NOTA: organismos regulam a composição lipídica para assegurar uma fluidez das membranas constante sob diferentes condições • ex. a razão entre AG insaturados / saturados diminui (aumenta grau de saturação) com o aumento da T a que as bactérias são cultivadas Importância biológica dos ácidos gordos • Constituintes de glicolípidos (e g LPS bacteriano) e proteolípidos (existem mts proteinas palmitoíladas, miristoíladas, etc o ácido gordo funciona Como âncora membranar) • Precursores de outros lípidos - Fosfolípidos e outros lípidos de membrana (e.g., glicoesfingolípidos - Hormonas (e.g., as eicosanoides prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanos - Mensageiros intracelulares (e.g., diacilglicerol - Triglicéridos (TG) principal reserva energética de quase todos os organismos. Alguns tipos de lípidos de armazenamento ou Estruturais Suporte: glicerol ou esfingosina ligado a: • um ou mais AG • um grupo polar TRIGLICÉRIDO (OU TRIACILGLICEROL) → 3 AG esterificados com um glicerol → Moléculas não polares, hidrofóbicas Funções: - armazenamento de energia; - isolamento contra temperaturas baixas (ex., animais polares; hibernação) Triglicéridos como reserva energética – Porquê? • Os átomos de carbono dos ácidos gordos estão mais reduzidos (nº de oxidação menor) do que os carbonos dos carbohidratos e proteínas: - Oxidação de ác. Gordos produz o dobro da energia • Devido à elevada hidrofobicidade, os TGs são armazenados em gotículas desprovidas de água => mais calorias por unidade de volume ( 200 g de glicogénio contêm 400 g de água). - Adipócitos de um mamífero: Gotas lipídicas praticamente enchem as células • Os TGs constituem uma forma inócua de armazenamento de ác. gordos, pois estes são tóxicos a concentrações elevadas (sabões que danificam membranas). DIGESTÃO DE LÍPIDOS - 90% dos lípidos da dieta são TG (contendo maioritariamente AG de cadeia longa - 10% são fosfolípidos, colesterol (livre e esterificado), ácidos gordos livres, etc. 1. LIPASE GÁSTRICA - digere uma pequena fração dos TG - estabilizar a emulsão lipídica. 2. LIPASE PANCREÁTICA - hidrolisa a maior parte dos TG: - TG + 2 H2O → 2 monoacilglicerol + 2 AG - há intervenção de sais biliares (acelera o processo) ABSORÇÃO DE LÍPIDOS • Os 2 monoacilglicerol e AG atravessam a membrana do enterócito por difusão - Os AG são sequestrados por uma FABP citosólica e rapidamente ativados • Os AG de cadeia curta ou média podem passar diretamente para o sangue (veia porta) chegando rapidamente ao fígado • Os enterócitos sintetizam triglicerídeos a partir de 2 monoacilglicero e acil CoA e incorporam os TG nas quilomicra SÍNTESE DE TG NO ENTERÓCITO 1. a via do 2 monoacilglicerol 1º PASSO: Os AG de cadeia longa são ativados a Acil CoA pelas acil CoA sintetases: (AG + CoA + ATP → acil CoA + AMP + PPi) • Os 2 monoacilglicerol e os AGs activados são utilizados para re-sintetizar TGs no enterócito: MAG : acilCoA aciltransferase DAG : acilCoA aciltransferase Quilomicra - Os TGs sintetizados nos enterócitos são exportados (exocitados) em lipoproteínas designadas QUILOMICRA 1 2 LIPOPROTEÍNA LIPASE - Uma vez no sangue, as quilomicra são alvo da LIPOPROTEÍNA LIPASE (LPL) uma lipase que existe adsorvida nas paredes dos capilares - actua sobre lipoproteínas detentoras de Apolipoproteína CII (ApoCII) - A LPL actua sobre os TGs das quilomicra (e de outras lipoproteínas - Este processo culmina na hidrolize completados TGs a ácidos gordos + glicerol TG → Glicerol + 3 AG • Após a ação da LPL - formam se umas lipoproteínas mais pequenas e mais densas, ricas em colesterol (se presente na dieta - estas lipoproteínas designam se REMANESCENTES DE QUILOMICRA e são endocitadas pelo hepatócito Processamento dos lípidos da dieta • Os AGs são consumidos pelos miócitos, hepatócitos e adipócitos - REGULAÇÃO HORMONAL: Se insulina/glucagon for alta: • os AG são armazenados sob a forma de TG ( adipócitos) Se insulina/glucagon for baixa: - os AG são oxidados (miócitos , hepatócitos) GLICEROL O glicerol é consumido pelo fígado e rim e convertido em glicerol 3 P. Tal requer a enzima GLICEROL CINASE (esta enzima não existe no adipócito) O destino final do glicerol 3 P vai depender da razão insulina/glucagon - se for alta, poderá ser directa ou indirectamente (DHAP --> acetil CoA) canalizado para a síntese de AGs; - se for baixa, a DHAP segue para a Gluconeogénese (Glc). SÍNTESE DE GLICEROL 3 P NOS ADIPÓCITOS (VIA glicólise) - No adipócito o glicerol 3 P não pode ser sintetizado a partir de Glicerol (não possui glicerol cinase). - A grande maioria do glicerol 3 P é obtida a partir da GLICÓLISE - O adipócito só tem acesso a glucose quando insulina/glucagon é alta (hiperglicémia)). - Nesta situação são sintetizados TGs. (Nota: o GLUT4 é insulino dependente) - Em hipoglicemia não há consumo de AGs para a síntese de TGs. SÍNTESE DE GLICEROL3P NOS HEPATÓCITOS (GLICÓLISE E FOSFORILAÇÃO DO GLICEROL) No hepatócito quando insulina/glucagon é alta (hiperglicemia) - Glicerol 3 P é sintetizado: • por fosforilação do glicerol; • a partir de DHAP (via glicólise). LIPÓLISE (TECIDO ADIPOSO) -Hidrólise sequencial de Triglicéridos: Como é controlada? 1 Modulando a atividade da LIPASE HORMONA SENSÍVEL (LHS) 2 Regulando o recrutamento/acessibilidade da TG lipase (TGL) e LHS para as gotículas lipídicas- controlado pela PERILIPINA (proteína que forra as gotículas lipídicas) Regulação da lipólise • As Lipases são activadas pelas hormonas glucagon (hipoglicemia ) e epinefrina (hipoglicemia e stress). (+) glucagon e epifenia (+) adenilato ciclase (+) cAMP (+) proteína CINASE A (+) fosforilação Alvos da Proteína cinase A (PKA) - LHS: fosforilada é 2-3 X mais ativa - Perilipina: fosforilação aumenta a taxa lipolítica por um factor 50. A forma fosforilada da perilipina 1. dissocia se da CGI 58 a qual recruta a ATGL para as gotículas lipídicas 2. recruta a LHS para as gotículas lipídicas QUAL O DESTINO DOS PRODUTOS ? - Glicerol => fígado, rim e outros - Ácidos gordos => sangue onde são transportados pela albumina sérica 50 da proteína sérica total) Destino dos ácidos gordos livres (em hipoglicemia ou stress) - São consumidos pelo miócito (cardíaco e esquelético) e hepatócito - São queimados para obtenção de energia (-OXIDAÇÃO ) maioritariamente na mitocôndria. 1º PASSO: Activação pelas acil CoA Sintetases, os AGs são transformados em acil CoAs 2º PASSO: Transporte para a matriz mitocondrial onde se encontram as enzimas da -oxidação - “PROBLEMA” a membrana interna da mitocôndria é impermeável a CoA ou Derivados de CoA! - O “Problema” é resolvido pelo ciclo da CARNITINA. 3º PASSO: - Oxidação CICLO DA CARNITINA Transporte para a mitocôndria - envolve a reação de transesterificação reversivel - Enzimas: Carnitina Aciltransferase I e II - Transportador: translocase • a maioria dos AG são AGCL transporte é carnitina dependente • os AGCML (≥ 24C) são inicialmente oxidados nos peroxissomas (encurtados) • os AGCM e AGCC atravessam a MIM por difusão passiva (carnitina independente) Β OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GORDOS (MITOCONDRIAL) 1. Desidrogenação Acil CoA desidrogenases - introduzem ligação dupla entre C α e C β (C2 e C 3) - flavoproteínas (cofator: FAD) 2. Hidratação Enoil CoA hidratase - adição de H 2 O na ligação dupla do trans Δ2enoil CoA 3. Desidrogenação β hidroxiacil CoA desidrogenases (NAD+) 4. Tiólise Tiolase - β ceto acil CoA clivado por reação com grupo tiol da CoA 4 isoformas • VLCAD: Very Long Chain Acyl CoA Dehydrogenase (C12-C24) • LCAD: Long Chain Acyl CoA Dehydrogenase acil CoA ramificados (acilCoA ramificados) • MCAD: Medium Chain Acyl CoA D ehydrogenase (C4-C 14) • SCAD: Short Chain Acyl CoA Dehydrogenase (C4- C8) BALANÇO ENERGÉTICO DA 𝞫 OXIDAÇÃO MITOCONDRIAL Β oxidação de ácidos gordos (mitocondrial) Nos miócitos: - o acetil CoA é oxidado (ciclo de Krebs Nos hepatócitos: - o acetil CoA é usado para a síntese de corpos cetónicos SÍNTESE DE CORPOS CETÓNICOS- FÍGADO Em hipoglicemia , o fígado: 1) está em gluconeogénese => [Oxaloacetato] 2) faz oxidação para obter ATP . - [Oxaloacetato] , ciclo de krebs, acetil CoA -No limite, a [CoA] livre tenderia para 0 (estaria toda sob a forma de acetil CoA), a oxidação pararia e o fígado não teria energia para a gluconeogénese. • No fígado existe outra via metabólica para dar um destino à acetil CoA e, assim, regenerar CoA livre: SÍNTESE DE CORPOS CETÓNICOS CORPOS CETÓNICOS - Sintetizados no fígado a partir de acetil CoA formada durante a oxidação de ácidos gordos Acetona - produzida em menores quantidades - tóxica - volátil ( Acetoacetato e β hidroxibutirato - oxidados a acetil CoA em tecidos extra hepáticos (ex. músculos, cérebro) Balanço global: 2 acetil CoA→ acetoacetato + 2 CoA β hidroxibutirato OXIDAÇÃO DE CORPOS CETÓNICOS ( tecidos extra hepáticos*) • Destino dos corpos cetónicos - Uma fração é perdida na urina - Oxidados nos músculos (permite poupar glucose para o cérebro) e no cérebro Nota*: 𝞫 cetoacil CoA transferase não existe no fígado SÍNTESE DE ÁCIDOS GORDOS Qual o destino dos açucares (e de alguns aminoácidos) numa situação de hiperglicemia? - a Acetil CoA não seguirá o ciclo de Krebs - a Acetil CoA será utilizada na síntese de ácidos gordos (ocorre no citosol) - A membrana interna da mitocôndria é impermeável a CoA e derivados de CoA. Como se processa o transporte? O “SHUTTLE” DO CITRATO Duas versões - curta (menor) ciclo de krebs - longa (principal) • Balanço: 1 acetilo “out” gasto 2 ATPs 1 NADH convertido em NADPH O ciclo permite: • A saída de acetilos da mitocôndria • Gerar NADPH no citosol → O NADPH será utilizado na síntese de AGs → 14 NADPHs por cada ác palmítico sintetizado → Os restantes NADPHs virão da via das pentoses fosfato (particularmente robusta no fígado e tecido adiposo) A SÍNTESE DE MALONIL COA (CITOSOL) - 7 em cada 8 moléculas de acetil CoA serão convertidas em malonil CoA Catalizada pela Acetil CoA CARBOXILASE - Esta reacção é o passo LIMITANTE na síntese de ácidos gordos. - Tem como objectivo activar moléculas de Acetil CoA de modo a possibilitar a sua condensação durante a síntese de ácidos gordos REGULAÇÃO DA ACETIL COA CARBOXILASE Regulação alostérica: Positiva: citrato Negativa: Palmitoíl-CoA (feedback negativo) Regulação por: fosforilação (inativa) desfosforilação (ativa) ALVO DA: - proteína cinase AMP dependente - cAMP dependente proteína cinase (PKA - Proteína fosfatase 2A (regulada pela PKA) reverte fosforilação activa a carboxilase Nota: (+) AMP, não há síntese de a.g (para não gastar ATP) SÍNTESE E OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GORDOS SÃO MUTUAMENTE EXCLUSIVAS • Pois o malonil CoA sintetizado pela Acetil CoA carboxilase , para além de ser o bloco de construção de ácidos gordos é um: POTENTE INIBIDOR da CAT I (ciclo da carnitina) • Logo, quando acetil CoA carboxilase está activa , [malonil CoA] é elevadae a CAT I está inibida => NÃO entram acil CoAs na mitocôndria (não ocorre a oxidação de ác. gordos). ESTRATÉGIA DO ÁCIDO PALMITICO • O produto final desta síntese é ác. palmítico (C16:0) => 8 moléculas de acetil CoA - 7 das quais previamente activadas a malonil CoA ( pela acetil CoA carboxilase) Sintese: 1: se com uma molécula de acetil CoA 2: condensação sequencial de 7 moléculas de malonil CoA • Cada ciclo de elongação requer 4 electrões 2 NADPHs). • Sãonecessários 7 ciclos => 14 NADPHs origem do NADPH - Shutle do citrato (8 NADPH) - Via das pentoses Pi (6 NADPH) SINTETASE DOS ÁCIDOS GORDOS MECANISMO - O carboxílico introduzido nas moléculas Acetil CoA pela acetil CoA carboxilase serve apenas para tornar o metileno nucleofílico (reactivo). Na condensação este carboxílico é eliminado. (liberta CO2) - Ao nível do substrato, acontece virtualmente o inverso da oxidação: Ao fim do 7º ciclo de elongação e redução obtém se ác. palmítico (C16:0) - este é libertado da sintetase por uma tioesterase Nota: Existem algumas excepções a esta regra: Na glândula mamária produzem-se ác. gordos com menos de 16 carbonos; nas glândulas sebáceas produzem se ác. gordos de cadeia ramificada (produção de ceras mais hidrofóbicas) ESTEQUIOMETRIA DA SÍNTESE DO ÁC. PALMÍTICO (C16:0) Conversão de glucose em ácido palmítico (balanço energético) ELONGASES E DESSATURASES Elongases • A partir do ác. palmítico sintetizamos ác. gordos com mais carbonos (i.e., outros AGCL e AGCML) • Elongases: particularmente abundantes no Retículo endoplasmático • Mecanismo: semelhante ao da sintetase dos ác. Gordos Dessaturases: • Existem 3 dessaturases humanas: - C9 - C6 - C5 Ácidos gordos essenciais: Ácido linoleico C18:2(D9,12 ) w6 Ácido linolénico C18:3(D9,12,15 ) w3 W6 e w3- precursores das hormonas eicosanoides e de lípidos com efeito Anti-inflamatório (resolvinas) Qual o destino dos ácidos gordos sintetizados de novo? Em resumo: hiperglicemia => ácido palmítico => elongação e dessaturação - A grande maioria será utilizada para sintetizar TGs no adipócito e no fígado - O hepatócito exportará estes TGs para o sangue utilizando uma estratégia semelhante à usada pelo enterócito com os AGs provenientes da dieta, i.e empacotamento em lipoproteínas denominadas VLDL (são as longas) O DESTINO DAS VLDL Tal como as quilomicra (sintetizadas no enterócito) também as VLDL possuem Apo C II => vão ser alvo da lipoproteína lipase (LPL) => perdem TGs => Transformam se em IDL (lipoproteínas de densidade intermédia) e, mais tarde, em LDL (lipoproteínas de densidade baixa, particularmente ricas em colesterol) COLESTEROL Lípido importante na estrutura membranar - Precursor de hormonas esteróides (estrogéneos, androgéneos, glucocorticoides,…) - Precursor dos ácidos biliares - Praticamente todas as células sintetizam colesterol mas o fígado é responsável por uma grande fracção do colesterol sintetizado no nosso organismo - O fígado fornece colesterol a outras células/órgãos (e.g., gónadas e adrenais - O fígado coordena a síntese endógena com a via exógena. Biossíntese 1. síntese de mevalonato - Reações iguais às da síntese de corpos cetónicos (mitocôndria) - Esta via ocorre no citosol - HMG CoA REDUTASE (enzima do RE) - Controlo da síntese do colesterol 2. síntese de isoprenos activados 3. condensação dos isoprenos activados em esqualeno (30ºC) 4. ciclização do esqualeno em lanosterol e conversão em colesterol - A transformação do lanosterol em colesterol é extremamente complexa. - São necessárias 19 reacções , muitas delas envolvendo consumo de NADPH e O2. O processo ocorre no RE e envolve o sistema do CytP450 e Cytb5. Substratos para a síntese: • Acetil CoA • ATP • NADPH • O2 -Quantidade sintetizada por dia = 1 g Transporte e Homeostase O fígado tem um papel central na homeostase do colesterol coordena a síntese endógena com a via exógena • O colesterol hepático é enviado para o sangue sob a forma de VLDL • As VLDL (muito ricas em TGs) maturam a IDL (“intermediate density lipoproteins”) por perda de TGs, e mais tarde a LDL (“low density lipoproteins”). As LDL são particularmente ricas em colesterol. • Muitas IDL e LDL retornam ao Fígado . • Uma fracção das LDL é endocitada por tecidos extra hepáticos. LIPOPROTEÍNAS - O colesterol e outros lípidos são transportados no plasma em lipoproteínas - Superfície feita de proteínas (apolipoproteínas) e camada fosfolipídica - Interior: colesterol , TGs, esteres de colesterol 4 principais famílias de lipoproteínas • Nome de acordo com a posição de sedimentação (densidade) em centrifugação • Cada família de lipoproteínas apresenta diferente composição RESUMO METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS A DIGESTÃO PROTEICA Proteínas da dieta: Induzem produção da hormona gastrina - Estimula produção de pepsina (protease) - Estimula secreção de HCl O pH 1,5- 2,5 Desnaturação das proteínas (ligações peptídicas mais expostas) Pepsina tem mais acesso ao substrato O pâncreas exócrino secreta várias Pró-proteases activadas no lúmen intestinal tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS (A.A.) A degradação de a.a. ocorre: - Dieta demasiado rica em a.a . (os a.a. não podem ser armazenados no - Jejum prolongado (ou diabetes) mobilização proteica (catabolismo) com fins energéticos e gluconeogénicos - “Turnover” proteico normal os a.a. serão oxidados (energia) se não forem necessários para a síntese de proteínas novas Como se retira o grupo amino dos amino ácidos? Dois mecanismos: 1) TRANSAMINAÇÃO - a.a. + cetoglutarato cetoácido + glutamato Ou - a.a. + piruvato cetoácido + alanina 2) DESAMINAÇÃO OXIDATIVA: Glutamato + NAD+ NADH + cetoglutarato + NH4+ (toxico) O objectivo final é excretar o excesso de N , retendo os carbonos - A forma como este N em excesso é excretado depende do organismo: (correlação com o acesso a água) Muitos vertebrados aquáticos secretam o catião amónio para o ambiente: ➢ Difusão passiva pelas células epiteliais ➢ Transporte activo pelas brânquias Animais: - Excretam Amoniaco (peixes etc.) - Excretam Ureia (vertebrados e tubarões) - Excretam ácido úrico (pássaros, repteis) REMOÇÃO DO CATIÃO AMÓNIO • O catião amónio livre é tóxico • O catião amónio pode ser retido numa serie de reacções de transaminação - Transaminações permitem a transferência: grupo amino de um a.a cetoácido (piruvato, OAA cetoglutarato) e gerar um a.a . que pode ser usado (ex., glutamato) TRANSAMINAÇÃO Existem vária transaminases. - Muitas utilizam o cetoglutarato como aceitador de grupos amino; diferem no dador do grupo amino. Ex: - alanina aminotransferase, - aspartato aminotransferase. - São enzimas abundantes, facilmente mesuráveis e relativamente estáveis no sangue. - Aparecem no sangue como o resultado de lise celular (extremamente valiosas em bioquímica clínica como marcadores de lesão hepática e cardiaca) • De um modo geral, a função das transaminases é canalizar os grupos amino para o cetoglutarato. GRUPO PROSTÉTICO (Vit. B6) (transaminase) PLP= pridoxal fosfato (derivado da vitamina B6) - A Vit. B6 está fortemente ligada às transaminases por interacções não covalentes. - Num dado passo do ciclo catalítico a interacção é mesmo covalente . DESAMINAÇÃO OXIDATIVA (regeneração do cetoglutarato) A Glutamato desidrogenase (mitocôndria) No fígado o amónio será utilizado na produção de Ureia- ciclo da Ureia (excretadanos rins). E nos outros tecidos? Tecidos extra- hépáticos (músculo, cérebro) • Nos tecidos extra hepáticos o excesso de NH4+ é utilizado para sintetizar glutamina, a qual é posteriormente enviada (sangue) para o fígado. • Num só amino ácido (GLUTAMINA), estes tecidos exportam dois grupos amino . • Esta é a razão pela qual a glutamina é o a.a. mais abundante no sangue. • No fígado a glutamina é transformada em glutamato e NH4+ por acção da GLUTAMINASE (enzima hepática) Glutamina: GLUTAMATO + NH4+ - Mediada pela glutaminase CICLO ALANINA GLUCOSE - Nos tecidos extra hepáticos existe um mecanismo adicional para a exportação do excesso de azoto para o fígado - Com uma só molécula (ALANINA) o músculo envia o N proveniente do catabolismo dos a.a. e o piruvato proveniente da glicólise para o fígado No fígado o excesso de Glutamato é metabolizado nas mitocôndrias - produz-se: • NH4+ • aspartato e oxaloacetato (por meio do cetoglutarato) SINTESE DA UREIA (USANDO NH4+) A síntese de carbamoíl fosfato 1. O bicarbonato é fosforilado pelo ATP 2. A amónia perde o grupo fosfato para gerar carbamato ____ação da carbamoíl fosfato sintetase____ 3. Fosforilação do carbamato que origina a CARBAMOIL FOSFATO REGULAÇÃO DA CARBAMOÍL FOSFATO SINTETASE I (CPS1) A curto prazo • A CPS1 é activada por N acetilglutamato (regulador alostérico obrigatório) - Este regulador é sintetizado pela N acetilglutamato sintase (NAGS), - Responde aos níveis de arginina A longo prazo: (jejum prolongado ou dieta cronicamente muito rica em proteínas) - Os níveis de CPS1 e de outras enzimas do ciclo da ureia podem variar por uma factor de 10 a 20. O CICLO DA UREIA (N2H) N2: - Um N provém do aspartato - Um N provém do carbomioil fosfato • Quase todos os bloqueios na via causam depleção de arginina (-) arginina (-) N acetilglutamato sintase (NAGS) (-) CPS1 (+) NH4+ • É necessário ATP e indiretamente acetil CoA (para a reacção da NAGS) para a síntese de ureia => defeitos na utilização de ácidos gordos ou defeitos na síntese de corpos cetónicos também provocam hiperamonémia A NEUROTOXICIDADE DO AMÓNIO A ENCEFALOPATIA HEPÁTICA O ciclo glutamato glutamina no cérebro • O glutamato (neurotransmissor) libertado para a fenda sináptica é captado pelo astrócito e transformado em glutamina . Esta é exportada para o neurónio e transformada em glutamato (pela glutaminase) • Em hiperamonémia, o astrócito sintetiza mais glutamina.. Esta glutamina tem vários efeitos no astrócito, provavelmente ao nível das mitocondrias (toxicidade) levando a aumento de volume celular e edema . CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS (o destino dos carbonos) Os aminoácidos podem ser: - Glucogénicos podem ser convertidos em GLUCOSE (ex. Alanina) - Cetogénicos: podem ser convertidos em CORPOS CETÓNICOS (ex. Leucina) - Ou ambos resultam em mais do que um Intermediário (ex. Isoleucina) RESUMO DA BIOSSÍNTESE DE AMINO ÁCIDOS Sintetizados a partir de intermediários de: - Glicólise • 3-fosfoglicerato • Fosfoenolpiruvato • Piruvato - Ciclo de Krebs • Oxaloacetato • cetoglutarato - Via das pentoses fosfato • Ribose-5-fosfato • Eritrose-4-fosfato BIOSSÍNTESE DE AMINOÁCIDOS - Glutamato e glutamina - Alanina - Aspartato e Aspargina - Serina e Glicina A INTERCONVERSÃO serina glicina, a CLIVAGEM da glicina e os DERIVADOS do folato Tetra hidrofolato (H4 folato) • É formado a partir de Folato (Vitamina B9) - vitamina que deve ser tomada antes e durante a gravidez para diminuir a possibilidade de malformações congénitas do tubo neuronal do feto (e.g., espinha bífida • Cofactor importante envolvido em reacções de transferência de um átomo de Carbono (catabolismo de a.a.) COFACTORES ENVOLVIDOS NO CATABOLISMO DE a.a. São “transportadores” de unidades de um carbono em diferentes estados de oxidação. • Tetrahidrofolato (THF), - O THF é muito importante na síntese de nucleótidos ; a sua falta afetará principalmente células com elevadas taxas mitóticas - transportador de unidades de 1 carbono Em diferentes estados de oxidação (de metilo a formilo) - usado na conversão da Homocisteína em metionina - Síntese de novo de purinas - Síntese de novo de dTMP • Biotina (CO2) • S-adenosil- metionina (SAM) (CH3) Nota: A DHF redutase é um alvo terapêutico muito importante em oncologia. Existem inibidores potentes da DHF redutase, e.g., metotrexato , que assim privam as células de nucleótidos (não há replicação do DNA => não há mitose ). Metionina ( a.a. essencial) - é uma fonte de cisteína ( a.a. condicionalmente essencial) - precursor da SAM. Se este passo não ocorrer à taxa necessária (e.g., na avitaminose B12 )), o THF fica quase todo sob a forma de N5 metil THF, faltando as formas de THF necessárias para síntese de purinas e dTMP. Não havendo nucleótidos, não será possível as células entrarem em mitose. NOTA: R é um de muitos substratos possíveis que são metilados por metilases (ou metiltransferases) que usam o SAM como dador de metilos. Estas metilases estão envolvidas, por exemplo, na síntese de creatina e adrenalina e na metilação de DNA, proteínas e lípidos. AMINOÁCIDOS COMO PRECURSORES DE OUTRAS MOLÉCULAS HEME Sintetizado em praticamente todas as células, mas especialmente na: • medúla óssea - Síntese de heme para a eritropoiese (hemoglobina ; 70% do Fe no nosso organismo ; Fe total: 3 4 g) • fígado - Síntese de heme para os CytP450 Exemplos de proteínas que possuem HEME: - Hemoglobina, mioglobina (4% Fe total) - Citocromos P450 - Citocromos da cadeia de transporte de electrões - catalase , peroxidases, A síntese do Heme 1. A aminolevulinato sintetase ( ALA sintetase) cataliza a etapa limitante na síntese do heme. ( MITOCÔNDRIA) 2 a 5. (CITOSOL) 6 a 8 (MITOCONDRIA) A PBG sintetase (ou ALA desidratase ) possui um cisteína no centro activo extremamente susceptível a metais pesados Regulação da síntese do Heme MELANINA - É sintetizada a partir de Tirosina Mutações no gene que codifica a Tirosinase => (hipopigmentação) - Albinismo (grande suscetibilidade a queimaduras solares e cancro de pele) OS AMINO ÁCIDOS COMO PERECURSORES D E NEUROTRANSMISSORES (Síntese de catecolaminas_dopamina, noradrenalina e adrenalina) A L-DOPA ––(levodopa; L dihidroxifenilalanina), ao contrário da dopamina, atravessa a barreira hemato encefálica (usa o transportador dos aminoácidos “grandes e neutros”). É usada no tratamento da Doença de Parkinson (O gama aminobutírico (GABA), a serotonina e a histamina) A histamina está também envolvida na resposta inflamatória (armazenada em grânulos nos basófilos e mastócitos). Perante um estímulo (e.g., um antigénio) é rapidamente secretada indo atuar localmente em células que possuam recetores de histamina. Os efeitos são variados (e.g, aumento da permeabilidade vascular para facilitar a migração de linfócitos) Óxido Nítrico (NO) Sintase do óxido nítrico – NOS iNOS i= induzível (Macrófagos e outras células após estimulação (e.g. LPS bacteriano) produzem iNOS => produção massiva de NO agente reativo (é um radical livre) e citotóxico reage com o ferro em grupos Heme e centros Fe S matando micro organismos. É mediador da inflamação/vasodilatação/rubor eNOS e= endotelial (A eNOS do endotélio vascular é ativada por diversos sinais. O NO produzido atuará no músculo liso das paredes do vasos relaxando o => vasodilatação PRECURSORES DE NUCLEÓTIDOS -Síntese de purinas (adenina e guanina) - Síntese de pirimidinas (CTP citidina trifosfato)
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