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COMO CITAR ESTE MATERIAL LÚCIO, Donavan de Souza. Rinossinusites e Síndromes Gripais. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Acolhimento com Classificação de Risco na Atenção Primária em Saúde. Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências e/ou emergências na Atenção Primária em Saúde. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. Sintomas gripais A síndrome gripal é uma síndrome aguda caracterizada por febre acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros diagnósticos¹. O período de transmissão é de um dia antes até sete dias depois em adultos e de até 14 dias depois em crianças¹. É importante avaliar, cuidadosamente, o quadro clínico do paciente com síndrome gripal e investigar se há um ou mais sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), observando os seguintes sinais: Dispneia; Saturação < 95% em ambiente; Sinais de desconforto respiratório; Aumento da frequência respiratória; Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente. A maioria dos casos pode ser manejada na Atenção Primária, entretanto, devemos encaminhar para avaliação hospitalar: Adultos com: - Alteração no nível de consciência ou paralisia; - Frequência respiratória > 30; - PA diastólica menor 60mmHg < ou sistólica < 90mmHg. Crianças com: - Cianose; - Batimento de asa de nariz; - Taquipneia; - Toxemia; - Tiragem intercostal; - Desidratação/vômitos/inapetência, letargia; - Dificuldade para ingestão de líquidos ou amamentação; - Estado geral comprometido; - Presença de comorbidades/imunodepressão. A vacina de vírus vivo inativado reduz o risco de influenza em crianças de 30% para 11%, em idosos de 6% para 2,4% e em adultos de 2% para 1%. Para os profissionais de saúde não vacinados para influenza sazonal expostos a aerossóis ou a secreções de pacientes com Síndrome Gripal sem o uso adequado de EPI, e que no contexto atual não fechem critério para casos suspeitos de coronavírus, coronavírus, é recomendado a quimioprofilaxia com oseltamivir 75mg, uma vez por dia, por cinco dias4,5. , Rinossinusites, Síndromes Gripais e COVID-19 Rinossinusites agudas As rinossinusites agudas são infecções predominantemente virais, caracterizadas por início súbito de coriza, obstrução nasal, espirros, irritação na garganta, às vezes com tosse e febre geralmente baixa¹. Os sintomas são piores nos três primeiros dias e costumam regredir entre o 7º e o 10º dia¹. Raramente são complicadas por infecção bacteriana, o que ocorre em menos de 2% dos casos². O uso de antibióticos é reservado para casos com sinais de complicação como edema palpebral, restrições ao movimento extraocular, proptose, equimose, alterações da acuidade visual, edema e dor da região frontal; os pacientes com possíveis complicações graves devem ser encaminhados para avaliação em serviços de urgência ou referência¹ ³. Sinais e sintomas COMO CITAR ESTE MATERIAL LÚCIO, Donavan de Souza. Rinossinusites e Síndromes Gripais. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Acolhimento com Classificação de Risco na Atenção Primária em Saúde. Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências e/ou emergências na Atenção Primária em Saúde. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. Sinais e sintomas Alguns sinais e sintomas devem ser avaliados durante a realização do acolhimento ao paciente com Síndrome Gripal. Observe na tabela abaixo os principais sinais e sintomas que devem ser considerados e a conduta proposta a cada um deles no atendimento imediato, prioritário e do dia¹: Sinais e sintomas Sintomas gripais O Ministério da Saúde¹ recomenda iniciar a utilização de Oseltamivir até 48h após o início dos sintomas para: gestantes, pessoas com doenças pulmonares, carvidovasculares, renais, hepáticas, hematológicas ou neuromusculares, obesos com IMC>40, diabéticos, pessoas <2 anos ou >60 anos, pessoas<19 anos em uso prolongado de ácido acetil salicílico (risco de Síndrome de Reye) e populações indígenas. O uso de Oseltamivir reduz o tempo médio de sintomas em 17h em adultos e em 29h em crianças, entretanto não reduz hospitalização, nem complicações4. Recomenda-se uma dose de 75mg em adultos, duas vezes por dia, durante cinco dias e em crianças a administração deve ser de acordo com o peso¹. Observe na tabela abaixo as indicações de dosagem do Oseltamivir em crianças de acordo com o peso¹: Conduta proposta História de febre, dispneia, tosse ou algum outro problema recente. Atendimento do dia Atendimento Prioritário Atendimento imediato Febre, fatores ou grupo de risco e dificuldades na rede de apoio no caso de crianças. Comprometimento de vias aéreas, dispneia grave, sinais de choque (palidez, hipotensão, sudorese intensa), alteração do nível de consciência, sonolência, confusão mental, paralisia, sinais de desconforto respiratório, desidratação, vômitos, inapetência e estridor. Conduta Proposta Deve ser avaliado pela equipe de enfermagem e, se necessário, pelo médico. Deve ser avaliado por médico ou enfermeiro (o profissional que estiver mais disponível), avaliar necessidade de referenciar ao serviço de urgência. Deve ser atendido imediatamente. Deve-se avaliar oxigenoterapia, anafilaxia, instituir acesso venoso e posição de Trendelenburg (se choque), associar serviço móvel de urgência. Dosagem 30mg 2x/dia, durante 5 dias.<15kg Peso 45mg 2x/dia, durante 5 dias.15-23kg 60mg 2x/dia, durante 5 dias.23-40kg É importante ressaltar que é prudente a suspensão da medicação caso seja afastado o diagnóstico por vírus Influenza. Sinais e sintomas Alguns sinais e sintomas devem ser avaliados durante a realização do acolhimento ao paciente com Síndrome Gripal. Observe na tabela abaixo os principais sinais e sintomas que devem ser considerados e a conduta proposta a cada um deles no atendimento imediato, prioritário e do dia¹: COMO CITAR ESTE MATERIAL LÚCIO, Donavan de Souza. Rinossinusites e Síndromes Gripais. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Acolhimento com Classificação de Risco na Atenção Primária em Saúde. Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências e/ou emergências na Atenção Primária em Saúde. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. Sinais e sintomas No momento atual de uma pandemia mundial causada pelo novocoronavírua, é importante ressaltar que os sintomas da COVID-19, podem variar de um resfriado, a uma Síndrome Gripal como a presença de um quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo menos dois dos seguintes sintomas: sensação febril ou febre associada a dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, até uma pneumonia severa. Os sintomas mais comuns são: IMPORTANTE Após o atendimento aos pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19, deve-se realizar a retirada correta e o descarte adequado de todos os EPIs e, imediatamente após o descarte, a higienização das mãos. Os resíduos devem ser acondicionados, em sacos vermelhos ou na impossibilidade em sacos brancos leitosos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas, independentemente do volume e identificados pelo símbolo de substância infectante, como demonstrado na figura: Para saber mais sobre a COVID-19, suas formas de transmissão, diagnóstico, formas de proteção e o que fazer em caso de adoecimento, você pode consultar o site do Ministério da Saúde em coronavirus.saude.gov.br e https://aps.saude.gov.br/ape/corona. Febre de início súbito (mesmo que referida) Tosse Dor de garganta Dificuldade respiratória Perda de olfato (anosmia) Perda de paladar (ageusia) Distúrbios gastrointestinais (diárreia, naúseas e vômitos) Cansaço (astenia) Falta de arCoriza Diminuição do apetite (hiporexia) Resíduo infectante PARA SABER MAIS COMO CITAR ESTE MATERIAL Com vias a identificar e intervir nos fatores e nas situações de risco aos quais os trabalhadores podem estar expostos durante suas atividades laborais, visando eliminar ou, na sua impossibilidade, atenuar e controlar estes fatores e situações, são recomendadas algumas das seguintes medidas de controle da COVID-19 em ambiente de trabalho8: Máscaras cirúrgicas: Fornecimento aos casos suspeitos de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave logo na chegada ao centro de saúde. Higiene das mãos: Provimento de insumos adequados (lavatório/pia, sabonete líquido, toalhas de papel, lixeira com tampa e aberturas sem contato manual, dispensadores com preparações alcoólicas (gel ou solução 70%) na recepção e em outros pontos do serviço de saúde para uso do paciente e acompanhantes. Procedimentos com geração de aerossóis: No contexto de APS, deve-se colocar o paciente em uma sala com as portas fechadas e janelas abertas e restringir o número de profissionais durante a realização desse procedimento. Medidas de higiene respiratória: Orientações aos pacientes, acompanhantes e trabalhadores da área da saúde sobre medidas de higiene respiratória (se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com cotovelo flexionado ou lenço de papel; utilizar lenço de papel descartável para higiene nasal, descartar imediatamente após o uso e realizar a higiene das mãos; evitar tocar nas mucosas de olhos, nariz e boca; realizar a higiene das mãos com água e sabonete (40-60 segundos) ou preparação alcoólica a 70% (20-30 segundos). Ambientes de isolamento e manutenção de casos suspeitos de COVID-19: Espaço separado dos demais pacientes para atendimento e/ou espera para encaminhamento ao serviço de referência dos casos suspeitos de COVID-19. Acolhimento e triagem: Espaços localizados antes ou imediatamente após a chegada ao estabelecimento de saúde com objetivo de identificação e posterior isolamento de pacientes suspeitos de COVID-19. Uso de meios não presenciais de comunicação: Substituição de reuniões e atendimentos (orientativos e de triagem) presenciais por atendimento telefônico ou comunicações virtuais. LÚCIO, Donavan de Souza. Rinossinusites e Síndromes Gripais. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Acolhimento com Classificação de Risco na Atenção Primária em Saúde. Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências e/ou emergências na Atenção Primária em Saúde. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. Profissionais da limpeza: Nos locais sem geração de aerossóis, utilizar os seguintes equipamentos: luvas de borracha de material resistente, cano longo ou curto para proteção das mãos e proteção parcial de antebraços e máscara cirúrgica. Nos locais com geração de aerossóis, utilizar os seguintes equipamentos: máscara N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3; óculos de proteção; botas de material impermeável, com cano alto e de solado antiderrapante; avental impermeável; gorro e luvas de borracha de material resistente. Uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Treinamento de todos os trabalhadores dos serviços de saúde sobre quais EPIs usar em cada situação, sua colocação, sinais de dano ou avaria, sua retirada e descarte seguro. O material de treinamento deve ser de fácil compreensão e estar sempre disponível. Profissionais da saúde com sintomas respiratórios: Afastamento de trabalhadores doentes e sensibilização para que fiquem em isolamento domiciliar. Essa medida não deve implicar prejuízos trabalhistas aos profissionais. Profissionais no atendimento de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19: Utilizar os seguintes equipamentos: 1) gorro; 2) óculos de proteção ou protetor facial; 3) máscara; 4) avental impermeável de mangas compridas; 5) luvas de procedimento. Em relação ao tipo de máscara, para procedimentos geradores de gotículas, utilizar máscara cirúrgica, já para procedimentos geradores de aerossóis (ex.: intubação ou aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro, coletas de amostras nasotraqueais e broncoscopias) utilizar as de proteção respiratória (ex.: N95, N100, PFF2 ou PFF3). Normas e rotinas de procedimentos envolvidos na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de COVID-19: Elaboração e disponibilização de forma escrita das medidas tais como: fluxo dos pacientes dentro do serviço de saúde, procedimentos de colocação e retirada de EPI, procedimentos de remoção e processamento de roupas/artigos e produtos utilizados na assistência, rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies, rotinas para classificação e remoção dos resíduos, entre outros. Trabalhadores dos serviços de saúde que se enquadram como grupo de risco para COVID-19: De forma geral, trabalhadores acima de 60 anos, imunodeprimidos ou com doenças crônicas graves, gestantes ou lactantes não devem ser inseridos no atendimento e assistência a casos suspeitos ou confirmados. Devem ser realocados de função, em atividades de gestão ou apoio, preferencialmente em trabalho remoto (ex.: teleatendimento). COMO CITAR ESTE MATERIAL LÚCIO, Donavan de Souza. Rinossinusites e Síndromes Gripais. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Acolhimento com Classificação de Risco na Atenção Primária em Saúde. Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências e/ou emergências na Atenção Primária em Saúde. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. Com vias a identificar e intervir nos fatores e nas situações de risco aos quais os trabalhadores podem estar expostos durante suas atividades laborais, visando eliminar ou, na sua impossibilidade, atenuar e controlar estes fatores e situações, são recomendadas algumas das seguintes medidas de controle da COVID-19 em ambiente de trabalho8: COMO CITAR ESTE MATERIAL LÚCIO, Donavan de Souza. Rinossinusites e Síndromes Gripais. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Acolhimento com Classificação de Risco na Atenção Primária em Saúde. Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências e/ou emergências na Atenção Primária em Saúde. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. Referências: [1] BRASIL; SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE; MINISTÉRIO DA SAÚDE; DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. v. 1, (, 1). . Acesso em: 28 jun. 2020. [2] ORLANDI, R. R.; KINGDOM, T. T.; HWANG, P. H. International Consensus Statement on Allergy and Rhinology: Rhinosinusitis Executive Summary. International Forum of Allergy & Rhinology, v. 6, n. S1, p. S3–S21, 2016. https://doi.org/10.1002/alr.21694. [3] NATIONAL INSTITUE FOR HEALTH AND CARE EXCELLENCE. Sinusitis (acute): antimicrobial prescribing. NICE Guidance, , p. 24, 27 out. 2017. [4] AHOVUO‐SALORANTA, A.; RAUTAKORPI, U.-M.; BORISENKO, O. V.; LIIRA, H.; JR, J. W. W.; MÄKELÄ, M. Antibiotics for acute maxillary sinusitis in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 2, 2014. DOI 10.1002/14651858.CD000243.pub3. Disponível em: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD000243.pub3/abstract. Acesso em: 27 jun. 2020. [5] CRONIN, M. J.; KHAN, S.; SAEED, S. The role of antibiotics in the treatment of acute rhinosinusitis in children: a systematic review. Archives of Disease in Childhood, v. 98, n. 4, seç. Original article, p. 299–303, 1 abr. 2013. https://doi.org/10.1136/archdischild-2012-302983. [6] FALAGAS, M. E.; GIANNOPOULOU, K. P.; VARDAKAS, K. Z.; DIMOPOULOS, G.; KARAGEORGOPOULOS, D. E. Comparison of antibiotics with placebo for treatment of acute sinusitis: a meta-analysis of randomised controlled trials. The Lancet Infectious Diseases, v. 8, n. 9, p. 543–552, 1 set. 2008. https://doi.org/10.1016/S1473-3099(08)70202-0. [7] YOUNG, J.; DE SUTTER, A.; MERENSTEIN, D.; VAN ESSEN, G. A.; KAISER, L.; VARONEN, H.; WILLIAMSON, I.; BUCHER, H. C. Antibiotics for adults with clinically diagnosed acute rhinosinusitis: a meta-analysis of individual patient data. The Lancet, v. 371, n. 9616, p. 908–914, 15 mar. 2008. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(08)60416-X. [8] MINISTÉRIO DA SAÚDE. Recomendações de proteção aos trabalhadores dos serviços de saúde no atendimento de COVID-19 e outras síndromes gripais. abr. 2020. . Acesso em: 10 nov. 2020.
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