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Aula Caldeiras fundamentos

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Geração de Vapor
Profª Maria Regina Thomaz
DEFINIÇÃO 
NR-13: “Caldeiras a vapor são equipamentos 
destinados a produzir e acumular vapor sob 
pressão superior à atmosférica, utilizando 
qualquer fonte de energia, excetuando-se os 
refervedores e equipamentos similares 
utilizados em unidades de processo. “ 
Tipo de Caldeiras
Flamotubular: Os produtos de combustão 
circulam pelo interior dos tubos, que ficam 
imersos na água a ser vaporizada. 
Aquatubular: A água a ser vaporizada 
circula pelos tubos, e os produtos de 
combustão pelo exterior deles. 
Caldeiras Flamotubulares
 
Baixo rendimento térmico;
 
Maior espaço ocupado;
 
Ideal para pequenas instalações;
 
Simples construção. 
Verticais: 
Os tubos são colocados verticalmente num 
corpo cilíndrico fechado nas extremidades 
por placas, chamadas espelhos ; 
A fornalha interna fica no corpo cilíndrico 
logo abaixo do espelho inferior. 
Os gases de combustão sobem através 
dos tubos, aquecendo e vaporizando a 
água que está em volta deles. 
As fornalhas externas são 
utilizadas principalmente 
no aproveitamento da 
queima de combustíveis 
de baixo poder calorífico, 
tais como: serragem, 
palha, casca de café e de 
amendoim e óleo 
combustível. 
Horizontais 
Abrangem vários modelos, desde as 
caldeiras Cornuália e Lancaster, de grande 
volume de água, até as modernas unidades 
compactas. 
As principais caldeiras horizontais 
apresentam tubulões internos nos quais 
ocorre a combustão e através dos quais 
passam os gases quentes. Podem ter de 1 a 
4 tubulões por fornalha.
 
Tipos: Cornuália; Lancaster; Multitubular; 
Locomóvel; Escocesa. 
Cornuália: é constituída de um tubulão 
horizontal ligando a fornalha ao local de 
saída de gases; 
Funcionamento simples; 
Rendimento Baixo; 
Lancaster: A caldeira Lancaster é de 
construção idêntica à anterior, porém 
tecnicamente mais evoluída; 
É constituída de dois a quatro tubulões 
internos; 
Algumas delas apresentam tubos de fogo e 
de retorno. 
Multitubular: a queima de combustível 
é efetuada em uma fornalha externa; 
Os gases quentes passam pelos tubos de 
fogo; 
Queima de qualquer tipo de 
Combustível. 
Locomóvel: apresenta uma dupla 
parede em chapa na fornalha, pela qual 
a água circula; 
Fácil transferência de Local; 
Utilizada em Serrarias e em Campos 
de Petróleo. 
Escocesa: o modelo de caldeira 
industrial mais difundido no mundo; 
É destinada à queima de óleo ou gás; 
Criada basicamente para uso marítimo. 
arias e em Campos de Petróleo. 
CALDEIRA AQUATUBULAR 
 
Maior Rendimento; 
Maior produção de Vapor; 
Maior Superfície de Aquecimento. 
TUBULÃO DE ÁGUA INFERIOR 
É o elemento de ligação dos tubos para 
possibilitar a circulação de água na caldeira, 
tem por função de acumular lama formada 
pela reação dos produtos químicos com a 
água da caldeira. 
A água que sai deste elemento é 
encaminhada para tratamento. 
Tubulão de água superior 
É um corpo cilíndrico contendo em seu interior 
água e vapor formado pela troca térmica entre 
os gases da combustão e a água em 
circulação na caldeira. 
Sua principal função é separar a água do 
vapor (ambos saturados). 
Estes tubos contém conexões para visores de 
nível, válvulas de segurança, instrumentos de 
indicação e controle, além de tubos de ligação 
com superaquecedor de vapor. 
Tubulão de água inferior 
Tubos de alimentação de água 
São distribuídos no tubulão superior através 
de furos dispostos em toda a extensão do 
tubulão. 
Este tubos são geralmente posicionados 45º 
para baixo e direcionados na parte traseira do 
costado do tubulação. 
Tubos de purga contínua 
Localiza-se abaixo do nível de água 
aproximadamente, com furos em toda a 
extensão. 
É deste tubo que se faz coleta de água para 
análise de sólidos, fosfatos, dispersantes, pH, 
sulfito, alcalinidade, sílica,a qual é feito o 
controle químico da água da caldeira. 
Defletor 
É constituído de chapas, colocados no 
costado frontal do tubulão de vapor, formando 
uma câmara para receber o vapor dos tubos 
geradores. 
Separadores de vapor 
Consiste em chicanas e filtros que destinam-
se a reter água do vapor, de maneira que 
esse entre “seco” no superaquecedor. 
Tubos de circulação 
São tubos traseiros do feixe tubular que 
conduzem a água do tubulão de vapor para o 
tubulão de água, chamadas de tubos 
descendentes. 
Tubos geradores 
São tubos dianteiros do feixe tubular ascendentes e 
descendentes, que conduzem a mistura água e 
vapor saturado para o tubulão de vapor. 
Estes tubos são que recebem maior quantidade de 
calor da fornalha e a caldeira propriamente dita. 
Parede d’água – Tubulação da Caldeira
 
São tubos dianteiros do feixe tubular 
ascendentes e descendentes, que conduzem 
a mistura água e vapor saturado para o 
tubulão de vapor. 
Estes tubos são que recebem maior 
quantidade de calor da fornalha e a caldeira 
propriamente dita. 
A parede d’água pode ser frontal, traseiro ou 
lateral. Quanto à construção, podem ser: 
Aletados ou membranados; 
Tangentes; 
Espaçados. 
Superaquecedor 
É destinado a aumentar a temperatura do 
vapor saturado, tornando este mais seco sem 
aumentar sua pressão. 
É constituído de tubos lisos/aletados 
resistentes a altas temperaturas, que 
aproveitam os gases de combustão para dar o 
devido aquecimento ao vapor saturado, 
transformando-o em vapor superaquecido. 
Economizador 
O economizador tem a finalidade de aquecer 
a água de alimentação da caldeira. 
Normalmente está localizado na parte alta da 
caldeira entre o tambor de vapor e os tubos 
geradores de vapor, e os gases são obrigados 
a circular através dele, antes de saírem pela 
chaminé. 
Existem vários tipos de economizadores e na 
sua construção podem ser empregados tubos 
de aço maleável ou tubos de aço fundido com 
aletas. 
Pré-aquecedor de ar 
O pré-aquecedor de ar é um equipamento 
(trocador de calor) que eleva a temperatura 
do ar antes que este entre na fornalha. O 
calor é cedido pelos gases residuais quentes 
ou pelo vapor da própria caldeira.
A instalação desses equipamentos oferece a 
vantagem de melhorar a eficiência da 
caldeira pelo aumento da temperatura de 
equilíbrio na câmara de combustão. 
Alimentação de bagaço 
Queimadores 
Os queimadores são peças destinadas a 
promover, de forma adequada e eficiente, a 
queima dos combustíveis em suspensão. 
Equipamentos auxiliares 
• Sopradores de Fuligem (ramonadores) 
Os sopradores de fuligem permitem uma distribuição 
rotativa de um jato de vapor no interior da caldeira e tem 
por finalidade, fazer a remoção da fuligem e depósitos 
formados na superfície externa da zona de convecção das 
caldeiras. 
Válvulas de segurança 
As válvulas de segurança e de alívio de pressão 
são dispositivos que protegem automaticamente 
os equipamentos de processo de um eventual 
excesso de pressão. 
Caldeiras e vasos de pressão obrigatoriamente 
necessitam desses dispositivos de segurança para 
sua proteção, em cumprimento à legislação 
através de normas como a NR-13 , e atendendo 
aos códigos nacionais e internacionais de projeto. 
Indicadores de nível 
Os indicadores de nível tem por objetivo 
indicar o nível de água dentro do tubulão de 
evaporação. Em geral, são constituídos por 
um vidro tubular. 
Sistemas de controle de água de 
alimentação 
Os sistemas de controle de água de 
alimentação devem regular o abastecimento 
de água ao tubulão de evaporação para 
manter o nível entre limites desejáveis. Esse 
limites devem ser observados no indicador de 
nível. A quase totalidade das caldeiras são 
equipadas com sistemas automatizados, que 
proporcionam maior segurança, maiores 
rendimentos e menores gastos de 
manutenção. 
Sensores de temperatura 
Os sensores fazem a medição da temperatura 
dos fluidos. São mais utilizados os PT-100. 
Medem a temperatura dos gases de 
combustão, do ar de entrada, da água de 
entrada, do vapor gerado e do combustível. 
Tratamento de águapara caldeiras 
A água para caldeiras deve receber tratamento 
que permita: remoção total ou parcial de sais de 
cálcio e magnésio, os quais produzem 
incrustações. O processo, designado por 
abrandamento da água pela cal soldada, consiste 
na injeção de soluções de CaO (cal) e NaCO3 
(carbonato de sódio) para precipitar o carbonato 
de cálcio e formar hidróxido de magnésio 
floculado, de modo a serem removidos antes de 
a água ser bombeada para a caldeira. As 
principais grandezas de qualidade da água são: 
Dureza total e PH. 
Eliminação da dureza
 
•Precipitação com fosfatos 
•Tratamento com quelatos 
•Controle do pH e da alcalinidade 
•Eliminação do oxigênio dissolvido 
•Controle do teor de cloretos e sólidos totais 
Clarificação: O processo consiste na previa 
floculação, decantação e filtração da água 
com vistas a reduzir a presença de sólidos 
em suspensão. 
•Abrandamento: Consiste na remoção total 
ou parcial dos sais de cálcio e magnésio 
presentes na água, ou seja, consiste na 
redução de sua dureza. 
•Desmineralização ou troca iônica 
•Desgazeificação 
São empregados equipamentos especiais 
que aquecem a água e desta forma, são 
eliminados os gases dissolvidos. Pode ser 
utilizado vapor direto para o aquecimento 
da água a ser desgazeificada. 
•Remoção de sílica 
Como já foi abordado, a sílica produz uma 
incrustação muito dura e muito perigosa. Os 
tratamentos normalmente empregados no 
interior da caldeira não eliminam a sílica. Os 
métodos mais usados para essa finalidade 
são a troca e tratamento com óxido de 
magnésio calcinado. 
•Métodos internos 
Os tratamentos internos se baseiam na 
eliminação da dureza, ao controle do pH e 
da sua alcalinidade, na eliminação do 
oxigênio dissolvido e no controle dos 
cloretos e do teor total de sólidos. 
Manutenção das Caldeiras 
Todo tratamento para obter bons resultados 
depende de um controle eficiente e 
sistemático, quer dos parâmetros químicos e 
físicos, como de certas operações e 
procedimentos. 
•Controle químico 
•Limpeza química das caldeiras 
•Proteção de caldeiras contra 
corrosões 
Oxidação 
Um dos principais responsáveis pela 
deterioração das caldeiras é a corrosão, que 
age como fator de redução da espessura das 
superfícies submetidas à pressão. A corrosão 
não é sentida pelos instrumentos de operação 
da caldeira, ou seja, os pressostatos e as 
válvulas de segurança não detectam sua 
evolução por que não é acompanhada por 
elevação de pressão. 
Oxidação 
Corrosão interna 
•Oxidação generalizada do ferro 
•Corrosão galvânica 
•Corrosão por aeração diferencial 
•Corrosão salina 
•Fragilidade cáustica 
•Corrosão por gases dissolvidos 
Corrosão externa 
Esse tipo de corrosão acontece nas 
superfícies expostas aos gases de 
combustão e é função do combustível 
utilizado e das temperaturas. Nas 
caldeiras aquatubulares, as superfícies 
de aquecimento mais quente são 
aquelas do superaquecedor, podendo 
ocorrer corrosão tanto nas caldeiras que 
queimam o oleio como carvão. 
NORMAS REGULAMENTADORAS 
•NR 4 - Serviços especializados em engenharia de 
segurança e em medicina do trabalho (SESMT). 
•NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
•NR 6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI 
•NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade 
•NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão 
•NR-15 - Atividades e Operações Insalubres 
•NR 17 - Ergonomia 
•NR 23 - Proteção Contra Incêndios 
•NR 26 - Sinalização de Segurança 
Grande parte da geração de energia elétrica do hemisfério 
norte utiliza vapor de água como fluído de trabalho em ciclos 
termodinâmicos, transformando a energia química de 
combustíveis fósseis ou nucleares em energia mecânica, e em 
seguida, energia elétrica.
 
Toda indústria de processo químico tem vapor como principal 
fonte de aquecimento: reatores químicos, trocadores de calor, 
evaporadores, secadores e inúmeros processos e 
equipamentos térmicos e mesmo outros setores industriais, 
como metalúrgico, metal-mecânico, eletrônica, etc., podem se 
utilizar de vapor como fonte de aquecimentos de diversos 
processos.
Vapor saturado tem a grande vantagem de manter 
temperatura constante durante a condensação a pressão 
constante. 
A pressão de condensação do vapor saturado controla 
indiretamente a temperatura dos processos. O controle de 
pressão, por ser um controle mecânico de ação direta é 
conseguido muito mais facilmente que o controle direto de 
temperatura. 
A faixa de temperaturas até 170 ºC utiliza vapor saturado até 
10 kgf/cm2 , cuja temperatura de saturação é 183 ºC. 
Nesta faixa está a grande maioria de pequenos e médios 
consumidores de vapor. 
Maiores temperaturas são possíveis a custa do aumento da 
pressão de saturação, o que implica num maior custo de 
investimento devido a necessidade de aumento da 
resistência mecânica e requisitos de fabricação e inspeção 
do gerador de vapor.
 
O limite da temperatura de vapor saturado é o ponto crítico, 
a 374 ºC e 218 atmosferas. 
Não é vantajoso utilizar-se vapor superaquecido para 
processos de aquecimento a temperaturas mais altas, já que 
seria perdida a facilidade de controle de temperatura e 
diminuição drástica da disponibilidade de energia por 
unidade de massa ou volume de vapor. 
Vapor superaquecido é utilizado e produzido para geração 
de energia elétrica ou mecânica em ciclos termodinâmicos, e 
neste caso a limitação de temperaturas de trabalho fica por 
conta dos materiais de construção empregados. 
Em utilização industrial, poderíamos arbitrar uma 
classificação de geradores de vapor em relação a pressão 
de trabalho: 
- baixa pressão: até 10 kgf/cm2 
- média pressão: de 11 a 40 kgf/cm2 
- alta pressão: maior que 40 kgf/cm2
Grandes caldeiras, as quais são utilizadas tanto para 
geração própria de energia elétrica quanto para processos 
de aquecimento, estão limitadas a pressões da ordem de 
100 kgf/cm2 . 
Existem caldeiras de maiores pressões, mas utilizadas 
somente em grandes centrais termoelétricas ou grandes 
complexos industriais, representando um número muito 
reduzido de unidades, em comparação com as milhares de 
pequenas caldeiras em operação.
As caldeiras são dispositivos de alta complexidade e, por 
lidarem com vapor de água sob alta pressão e alta 
temperatura, são instalações de alta periculosidade. 
Possuem variadas características construtivas, que diferem 
de modelo para modelo. 
Entretanto, algumas características são comuns a todas as 
caldeiras — algumas dessas características serão 
apresentadas nesta seção.
1 Aspectos gerais de caldeiras 
Caldeiras são o coração de plantas termelétricas e diversos 
outros segmentos da indústria. 
Convertem energia proveniente de quatro fontes de energia 
básicas: energia química de combustíveis fósseis, energia 
nuclear, e a partir da fissão ou da fusão de átomos.
2 Classificação de caldeiras
1. aquecimento ou fornecimento de calor para processador;
2. geração de energia elétrica; 
3. movimentação de máquinas e motores (motores de 
barcos e navios, por exemplo).
As caldeiras podem se destinar a suprir três demandas 
principais: 
Fonte: Adaptada de Rayaprolu (2009
Figura 1. Classificações de caldeiras quanto aos seus diferentes aspectos
Aspecto alimentação/queima : 
1. PF - pulverised-fuel : combustível pulverizado, operando 
com a finalidade tanto de gerar energia elétrica como de 
atender à demanda de vapor para determinados 
processos no parque industrial;
2. CFBC - circulating fluidized bed boilers: caldeiras com 
leito fluidizado circulante;
3. BFBC - bubbling fluidized bed combustion: caldeiras com 
combustão em leito fluidizado borbulhante.
BFBC : caldeiras com combustão em leito fluidizado 
borbulhante
 queima de biomassas com alto teor de umidade e baixo 
poder calorífico ( ex: bagaço de cana 55% de umidade) 
 leito fluidizado borbulhante é formado por um grande 
volume de areia, que se “fluidiza” ao receber uma 
quantidadede ar por baixo da grelha, a alta pressão, com 
bicos de sopragem adequadamente dimensionados 
 a massa de areia é aquecida por queimadores, e em 
seguida o combustível começa a ser injetado, e passa a 
queimar no leito de areia, dispensando o uso
dos queimadores de partida, que são então apagados.
 grande volume de areia com temperatura controlada em 
850ºC, promove uma grande estabilização da combustão 
e queima completa do combustível;
 caldeira mais estável em termos de produção, pressão e 
temperatura do vapor;
 suportando melhor as variações de umidade, 
granulometria e poder calorífico do combustível, 
comparada a uma caldeira com grelha.
https://rincox.com.br/areia-para-leito-fluidizado-de-caldeira/
https://rincox.com.br/areia-para-leito-fluidizado-de-caldeira/
https://rincox.com.br/areia-para-leito-fluidizado-de-caldeira/
Aplicações dos modelos de caldeiras
 Caldeiras aquatubulares : aplicadas, em grande parte, em 
centrais térmicas, operando com ciclo Rankine, para 
gerar energia elétrica;
 Caldeiras flamotubulares: geração de vapor saturado, 
para atender à demanda de utilidades como vapor e água 
quente para processos industriais. indústria de alimentos 
(laticínios, bebidas, frigoríficos, entre outros). 
3. Caldeira aquatubular
Gerador de vapor aquatubulares são aqueles em que a água 
está contida dentro dos tubos, enquanto a combustão e a 
passagem dos gases à alta temperatura ocorrem do lado de 
fora dos tubos. 
Função de uma caldeira aquatubular, assim como de 
qualquer outra caldeira, é transferir energia térmica 
proveniente de alguma fonte para o fluido de trabalho. 
A fonte de energia abrange combustíveis fósseis, líquidos, 
sólidos e gasosos, além de fontes geotérmicas, energia solar 
térmica ou rejeito de calor de outros processos. 
Em todos os casos, a fonte de calor está na parte externa 
dos tubos que conduzem a água. 
O processo de evaporação gradual da água, que é 
posteriormente extraída de um reservatório situado na parte 
superior da caldeira. 
Caldeiras aquatubulares são equipamentos complexos, que 
possuem inúmeros trocadores de calor, bombas e sistemas 
de segurança.
Caldeira aquatubular/combustível pulverizado
Caldeira aquatubular/combustível pulverizado
Características técnicas
Caldeiras aquatubulares podem ser aplicadas em pequena, 
média e grande escala, mas são muito comuns em 
empreendimentos de grande porte, tendo como objetivo 
gerar vapor superaquecido para posterior expansão em 
turbinas. 
Há uma grande variedade de modelos construtivos de 
caldeiras aquatubulares.
Características técnicas
O princípio de operação das caldeiras aquatubulares é o 
mesmo, porém, sua forma construtiva pode variar 
significativamente em relação à combustão utilizada ou em 
relação ao circuito termo-hidráulico (sistema água/vapor). 
A combustão de combustíveis pulverizados, muito comum 
nesse tipo de caldeira, é obtida por meio da moagem do 
combustível (usualmente carvão) e da posterior pulverização 
do combustível em pó.
O carvão é reduzido a partículas que podem variar de 55 a 
100 micrometros. 
Uma parcela da energia inserida no ciclo é destinada aos 
moinhos, equipamentos de grande porte e difícil 
manutenção. 
A injeção de carvão pode ser feita em um esquema de 
queima frontal, ou queima tangencial. 
A câmara de combustão é revestida de tubos de água, que 
formam a chamada parede de água, onde ocorre a 
transferência de calor para gerar o vapor.
Forma de circulação da água nos dutos
 Circulação natural: a bomba de alimentação apenas 
garante a manutenção do nível de água do tubulão, à 
medida que ele diminui em função do consumo de vapor. 
A circulação natural ocorre devido à variação da massa 
específica da água, à medida que ela recebe o calor da 
fornalha.
Com a massa específica da água é muito menor do que a 
água líquida, ela tende a retornar ao tubulão superior 
naturalmente. Essa circulação, então, ocorre de forma 
permanente durante a operação da caldeira. 
Na prática, segundo Teir (2003), a pressão no sistema deve 
ser menor do que 170 bar para que haja uma circulação 
adequada.
• Circulação forçada: uma segunda bomba promove a 
circulação da água, acelerando seu retorno ao tubulão 
superior.
Comparação entre as vantagens e desvantagens desses dois 
sistemas. 
4 Caldeiras Flamotubulares
Os feixes de tubos são dispostos dentro de um reservatório 
de água. 
Como os tubos estão imersos, seu lado externo está em 
contato com a água, enquanto o lado interno é percorrido 
pelos gases de combustão. 
Em geral, são caldeiras de pequeno e médio porte, utilizadas 
na maioria dos processos industriais para fornecer vapor 
saturado, além de água quente. 
A caldeira flamotubular pode ser considerado um grande 
vaso de pressão que age como um reservatório que contém 
a mistura água-vapor, como mostra a Figura a seguir. A 
combustão que ocorre na câmara gera gases de combustão 
quentes, que transferem energia para o líquido que o rodeia, 
através dos tubos de passagem.
A caldeira flamotubular consiste no fato dos tubos conterem, 
em seu interior, os gases quentes e, em sua parte externa, a 
água. 
O queimador, geralmente opera com óleo ou gás natural, que 
permite a formação de uma chama quase horizontal, que 
percorre boa parte do tubo de chama, ou câmara de 
combustão. 
Na Figura a seguir pode-se verificar o resultado de uma 
simulação numérica computacional indicando o campo de 
temperatura esperado, dando uma noção do formato de chama 
dentro da câmara de combustão de uma caldeira de três 
toneladas de consumo de vapor por hora.
Fonte: Ermel, (s.d.) 
No anteparo existente na outra extremidade da caldeira, os gases 
de combustão à alta temperatura são direcionados ao feixe de 
tubos que os conduz até a chaminé. Durante todo o caminho 
percorrido, a transferência de energia para a água força a 
formação de vapor saturado na camada superior da caldeira.
O vapor é extraído pela tomada superior, indicada na Figura 7. 
Características técnicas segundo Rayaprolu (2013), para 
caldeiras flamotubulares:
1) adequadas para utilização apenas com combustíveis limpos, 
como é o caso do gás natural ou do óleo;
2) estrutura interna por onde os gases de combustão circulam é 
complexa e naturalmente acumula sujeiras e incrustações;
3) constantes mudanças de direção e os pequenos diâmetros dos 
tubos demandam uma rotina frequente de manutenção dessas 
caldeiras;
4) por um vaso de pressão, o formato cilíndrico garante uma 
distribuição homogênea das tensões e auxilia na integridade 
estrutural da caldeira;
5) soldas e acessos devem seguir normas de segurança 
criteriosas (SARKAR, 2015).
Carvão, lenha ou mesmo biomassa, não podem ser utilizados, em 
função da maior exigência de manutenção, devido ao alto nível de 
material particulado ou formação de fuligem.
Outra questão importante envolvendo caldeiras flamotubulares é o 
poder calorífico do combustível utilizado.
Esse tipo de caldeira apresenta dimensões reduzidas, assim, a 
área de transferência de energia dos gases para a água não é 
grande.
Dessa forma, é necessário que a combustão esteja contida na 
região da câmara de combustão, ou tubo de chama, para que, ao 
chegar no anteparo da outra extremidade, apenas gases de 
combustão sejam transportados.
Segundo Rayaprolu (2013), caldeiras flamotubulares são 
projetadas para atenderem a consumos de vapor de até 35 
toneladas por hora e pressões de trabalho menores do que 25,3 
Bar ou 2,53 Mpa.
Com geometria tubular, são dispostas no sentido horizontal, mas 
caldeiras de pequeno porte podem ter seu arranjo construtivo no 
sentido vertical. 
Como possui um reservatório grande, esse vaso de pressão 
contém uma grande quantidade de vapor saturado e pode 
representar grande risco de morte aos operadores, no caso de um 
acidente. 
Caldeira de baixo custo, compacta, de rápida produção,alguns 
fabricantes podem não destinar a qualidade necessária para que 
esse equipamento suporte adequadamente as condições de 
operação. 
A característica construtiva de caldeiras flamotubulares faz com 
que o grande reservatório de água seja também um grande 
reservatório térmico. 
Ainda as flamotubulares:
a) suportam grandes variações no consumo instantâneo de 
vapor; 
b) tem uma vida útil esperada de 25 anos, sendo que há 
registros de operação de caldeiras com mais de 75 anos;
c) das rotinas de manutenção necessárias;
d) tratamento da água de alimentação é um dos pontos-chave 
para garantir o bom funcionamento do equipamento;
e) as de médio e grande porte são montadas no local final de 
instalação;
f) representam menor investimento inicial;
g) necessitam de intervalos menores de manutenção e limpeza, 
para garantir a disponibilidade e a vida útil.
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