Aula 5 - Publicidade e Advocacia

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Ética geral e pro�ssional
Aula 5 - Publicidade e Advocacia
INTRODUÇÃO
Nesta aula, vamos conhecer as regras para publicidade da advocacia conforme estabelece o Código de Ética e
Disciplina (CED) de 2015, no horizonte da advertência de que a advocacia não é atividade empresária, sendo,
portanto, vedada a captação de clientela por meios e práticas típicas da atividade empresária.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Identi�car as orientações deontológicas para publicidade informativa;
Reconhecer os deveres previstos no Código de Ética de 2015 para publicidade;
Identi�car as restrições para publicidade da advocacia.
AS REGRAS DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
Fonte da Imagem: Bloomicon / Shutterstock
As regras pertinentes à publicidade pro�ssional são previstas 
nos Códigos de Ética de cada pro�ssão.
Por quê?
Porque os códigos de ética estabelecem os limites éticos que devem ser respeitados pelos pro�ssionais ao
divulgar sua atividade. Não há direitos irrestritos, mas sempre liberdade sob leis.
Fonte: Henk Vrieselaar / Shutterstock
É importante relembrar, nesta parte, que o advogado possui lugar especial conforme estabelece o caput do art. 2°
do EOAB, segundo o qual é indispensável à administração da justiça, por isso, presta um serviço público e exerce
função social.
Fonte da Imagem:
No Código de Ética, encontramos no art. 2°, caput, a mesma ideia do EOAB, com destaque no seu papel de
defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da
moralidade, da justiça e da paz social. Signi�ca dizer que a atuação do advogado deve considerar, em primeiro
lugar, o seu papel, a sua essencialidade (GONZAGA; NEVES; BEIJATO Jr., 2016).
Assim, a advocacia não se insere nas atividades consideradas atividades empresárias ou práticas mercantis. A
vedação presente no art. 5° do CED de 2015 decorre de sua indispensabilidade e na relação que estabelece com
clientes e colegas de pro�ssão. Por isso, há a proibição expressa quanto à possibilidade de captação de clientela,
sendo passível de punição ético disciplinar perante o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB.
Dentre os exemplos que podemos elencar como atividades típicas de mercantilização, vedadas ao advogado,
destacamos:
Clique no “check” abaixo:
01
Contratação de um agenciador de causas mediante pagamento de comissão ou não;
02
Publicidade ostensiva com caráter mercantilista;
03
Divulgação da atividade advocatícia em conjunto com outras atividades — proibição expressa no art. 1º, § 3º do
EOAB: “É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade”.
Desse modo, Gonzaga et al (2016) nos dizem que:
PUBLICIDADE INFORMATIVA
No art. 39 do CED de 2015, encontramos a observação segundo a qual a publicidade pro�ssional do advogado
tem caráter meramente informativo e deve priorizar a discrição e sobriedade da pro�ssão, não podendo con�gurar
captação de clientela ou mercantilização da pro�ssão. Este Capítulo VIII do Código de Ética que trata dos artigos
39 a 46 devem ser lidos em conjunto com o Provimento 94/2000. É neste documento que encontraremos a
de�nição para a expressão “publicidade informativa”, a saber:
Fonte: Henk Vrieselaar / Shutterstock
Publicidade informativa corresponde ao anúncio ou publicidade contendo a identi�cação pessoal e curricular do
Advogado, número de inscrição e endereço do escritório. Poderá acrescentar as áreas ou matérias jurídicas de
exercício preferencial. Se desejar, o diploma, títulos acadêmicos, relativos à pro�ssão de advogado, a indicação
das associações culturais e cientí�cas de que faça parte, relativas à advocacia. Podendo conter, se for o caso, o
nome dos advogados integrantes do escritório, horário de atendimento e idiomas falados ou escritos.
Desse modo, já percebemos que não há possibilidade de frases de efeito, menção a cargos públicos exercidos
anteriormente e/ou o uso de expressões que possam seduzir ou enganar o leitor com promessas de resultado,
valores, gratuidade ou forma de pagamento, por exemplo (Prov. 94/2000 – art. 4º).
MEIOS UTILIZADOS PARA A PUBLICIDADE PROFISSIONAL
A publicidade pro�ssional do advogado poderá ocorrer:
Fonte: Henk Vrieselaar / Shutterstock
A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a
destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de
captação de clientela (art. 46 e parágrafo único, CED c/c Art. 5º, parágrafo único, do Prov. 94/2000).
O art. 40 do CED estabelece que os meios utilizados para a publicidade pro�ssional hão de ser aqueles
compatíveis com o que se entende por publicidade informativa. Nesse sentido, proíbe-se:
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A publicidade em veículos como rádio, cinema e televisão (inciso I). Proíbem-se, também, o uso
de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade (incisos II c/c Art. 6º, a –
d, do Prov. 94/2000).
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As inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público são
igualmente vedadas (inciso III), bem como, a divulgação de serviços de advocacia juntamente
com a de outras atividades ou, até mesmo, a indicação de vínculos entre uns e outras (inciso IV).
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O oferecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários,
culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual
participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet,
sendo permitida a referência a e-mail (inciso V).
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O uso de recurso de mala direta. Merece destaque a observação do art. 40, inciso VI do CED que
veda expressamente a utilização de mala direta, a distribuição de pan�etos ou formas
assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. Ressalte-se que o artigo
menciona a distribuição de tais documentos. No que se refere ao envio de mala direta é
importante observar o art. 3º do Prov. 94/2000 que autoriza especi�camente o envio de
comunicação de mudança de endereço e de alteração de outros dados de identi�cação do
escritório nos diversos meios de comunicação escrita, bem como correspondência aos clientes e
colegas de pro�ssão.
Vamos, agora, analisar alguns casos para, em seguida, compreender o que o CED nos diz a
respeito.
Jorge, advogado recém formado, está montando seu escritório de advocacia e está planejando colocar um painel
na fachada de seu escritório apresentando os seus serviços.
De acordo com o CED, Jorge poderá fazer uso de placas ou painéis como meio de publicidade do seu escritório?
Escreva sua resposta aqui:
Resposta Correta
Maria é uma advogada sócia-diretora do escritório Souza e Associados e foi convidada pelo jornal de sua cidade
para conceder uma entrevista esclarecendo dúvidas de determinada área jurídica aos leitores do mesmo.
Ela poderá aproveitar a entrevista para realizar a captação de clientela?
Escreva sua resposta aqui:
Resposta Correta
Marcos, sócio-diretor do escritório de advocacia Ferreira e Silva, foi convidado por uma faculdade de sua cidade
para patrocinar a I Jornada de estudos jurídicos.
Com base no CED, ele poderá realizar esse patrocínio?
Escreva sua resposta aqui:
Resposta Correta
Fonte da Imagem:
O art. 44 do CED observa, ainda, que na publicidade pro�ssional que promover ou nos cartões de visita e material
de escritório como papel e envelopes timbrados, o advogado deverá inserir seu nome ou o da sociedade de
advogado sempre acompanhado do número ou os números de inscrição na OAB.
Informar o número de inscrição nos quadros da OAB é dever do advogado. Em tais documentos, poderá incluir, no
que couber, os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honorí�cas relacionadas exclusivamente à vida
pro�ssional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o
endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code (glossário), logotipo e a fotogra�a do escritório,o horário de
atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido (art. 44, § 1º do CED).
, É proibida “a inclusão de fotogra�as pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do
advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito,
em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário” (art. 44, § 2º, CED).
ATIVIDADES
Leia a ementa do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP (glossário) que observa uma situação em que o
advogado participou de um programa de televisão e, em seguida, responda as questões que seguem.
1. Qual o tipo de publicidade permitida à prática da advocacia?
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_QR
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/GON817/galeria/aula5/docs/A5_t6.pdf
Escreva sua resposta aqui:
Resposta Correta
2. Quais as restrições à publicidade pro�ssional da advocacia?
Escreva sua resposta aqui:
Resposta Correta
Glossário