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2020 em números 20202020 em númerosem números Conselho Nacional de Justiça Presidente Ministro José Antonio Dias Toffoli Corregedor Nacional de Justiça Ministro Humberto Martins Conselheiros Ministro Emmanoel Pereira Luiz Fernando Tomasi Keppen Rubens de Mendonça Canuto Neto Tânia Regina Silva Reckziegel Mário Augusto Figueiredo de Lacerda Guerreiro Candice Lavocat Galvão Jobim Flávia Moreira Guimarães Pessoa Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva Ivana Farina Navarrete Pena Marcos Vinícius Jardim Rodrigues André Luis Guimarães Godinho Maria Tereza Uille Gomes Henrique de Almeida Ávila Secretário Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica: Richard Pae Kim Juízes Auxiliares: Carl Olav Smith Dayse Starling Motta Lívia Cristina Marques Peres Secretário-Geral: Carlos Vieira von Adamek Diretor-Geral: Johaness Eck Poder Judiciário Departamento de Pesquisas Judiciárias Brasília, 2020 2020 em números C775j Justiça em Números 2020: ano-base 2019/Conselho Nacio- nal de Justiça - Brasília: CNJ, 2020. Anual. 236 f:il. I Poder Judiciário - estatística - Brasil. II Administração pública - estatística - Brasil. CDU: 342.56 É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA EXPEDIENTE Departamento de Pesquisas Judiciárias Diretora Executiva Gabriela de Azevedo Soares Diretor de Projetos Igor Caires Machado Diretor Técnico Igor Guimarães Pedreira Pesquisadores Danielly Queirós Elisa Colares Igor Stemler Rondon de Andrade Estatísticos Filipe Pereira Davi Borges Jaqueline Barbão Apoio à Pesquisa Alexander Monteiro Cristianna Bittencourt Pâmela Tieme Aoyama Pedro Amorim Ricardo Marques Thatiane Rosa Revisora Marlene Bezerra Estagiário Rodrigo Ortega Tierno Diagramação Ricardo Marques Secretaria de Comunicação Social Secretário de Comunicação Social Rodrigo Farhat Capa Marcus Vinicius Carlos Rolim Póvoa 2020 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA SAF SUL Quadra 2 Lotes 5/6 - CEP: 70070-600 Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br Apresentação Com a criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pela Emenda Constitucional nº 45/2004, o país passou a contar com uma instituição responsável por liderar o processo de aperfeiçoamento do Poder Judiciário brasileiro, capacitando-o para as exigências de eficiência, transparência e responsa- bilidade que os novos tempos impõem. É nesse sentido que o Conselho apresenta, anualmente, o Relatório Justiça em Números - uma radiografia completa da Justiça, com informações detalhadas sobre o desempenho dos órgãos que integram o Poder Judiciário, seus gastos e sua estrutura. Este relatório, produzido pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), apresenta onze anos de dados estatísticos coletados pelo CNJ, com uso de metodologia de coleta de dados padronizada, consolidada e uniforme em todos os noventa tribunais. A transparência é uma poderosa ferramenta de gestão. O conhecimento desses dados possibilita a execução de uma política de administração judiciária fundada em dados técnicos, o que contribui para o fortalecimento da responsabilização e da accountability no Poder Judiciário. Em sua 16ª edição, o Relatório Justiça em Números 2020 traz informações circunstanciadas a respeito do fluxo processual no sistema de justiça brasileiro coletadas em 2019, as quais compreendem o tempo de tramitação dos processos, os indicadores de desempenho e produtividade, as estatísticas por matéria do direito, além de números sobre despesas, arrecadações, estrutura e recursos humanos. O Poder Judiciário finalizou o ano de 2019 com 77,1 milhões de processos em tramitação, que aguardavam alguma solução definitiva. Tal número representa uma redução no estoque processual, em relação a 2018, de aproximadamente 1,5 milhão de processos em trâmite, sendo a maior queda de toda a série histórica contabilizada pelo CNJ, com início a partir de 2009. A produtividade média dos magistrados também foi a maior dos últimos onze anos. O Relatório aponta que, apesar da vacância de 77 cargos de juízes no ano de 2019, houve aumento no número de processos baixados e, consequentemente, elevação da produtividade média dos magistrados em 13%, atingindo o maior valor da série histórica observada, com média de 2.107 processos baixados por magistrado. Por sua vez, o índice de produtividade dos servidores da área judiciária cresceu 14,1%, o que significa uma média de 22 casos a mais baixados por servidor em relação a 2018. O aumento da produtividade ocorreu de forma coordenada, pois foi verificada em ambos os graus de jurisdição. Esse esforço culminou em uma taxa de congestionamento de 68,5%, sendo o menor índice verificado em toda a série histórica. Importante ressaltar que tais dados são públicos e facilmente acessíveis por meio de variadas fer- ramentas de transparência, como relatórios analíticos, painéis dinâmicos de livre navegação e base de dados em formato aberto. Em 2020, foi reformulado o Painel de Acompanhamento da Política Nacional de Priorização do 1º Grau, como ferramenta de transparência e publicidade das informações que são enviadas pelos Tribu- nais ao CNJ. No painel, é possível identificar dados sobre as ações destinadas a remanejar, de forma mais equânime, a força de trabalho entre os órgãos do Poder Judiciário, visando à melhora dos serviços prestados em primeira instância pelos tribunais. Outro importante avanço na gestão judiciária ocorrido em 2020 foi o lançamento do DataJud – Base Nacional de Dados do Poder Judiciário. Trata-se de ferramenta de captação e recebimento de dados, que reúne informações pormenorizadas a respeito de cada processo judicial em uma base única. A implantação do DataJud, já em fase de execução, irá permitir a extinção e simplificação de diversos cadastros e sistemas existentes, promovendo economia de recursos públicos e alocação mais produtiva da mão de obra existente. Com a base única, novos dados poderão ser coletados, os quais poderão subsidiar novas análises e diagnósticos. Essa inovação, fruto do trabalho incessante e dedicado da equipe do CNJ, permitirá um avanço ainda maior na gestão de dados do Poder Judiciário, em direção à política de dados abertos com base na ciência de dados e no suporte fornecido pelas novas tecnologias de informação. Assim, o Relatório Justiça em Números, a partir desta 16ª edição, também se encontra em processo de evolução em direção à maior transparência e eficiência, o qual culminará em melhorias em formato e conteúdo já a partir da próxima edição. Além dos relevantes avanços alcançados no último ano, o Relatório Justiça em Números 2020 apresenta também os gargalos da Justiça brasileira. A litigiosidade no Brasil permanece alta e a cultura da conciliação, incentivada mediante política permanente do CNJ desde 2006, ainda apresenta lenta evolução. Em 2019, apenas 12,5% de processos foram solucionados via conciliação. Em relação a 2018, houve aumento de apenas 6,3% no número de sentenças homologatórias de acordos, em que pese a disposição do novo Código de Processo Civil (CPC), que, em vigor desde 2016, tornou obrigatória a realização de audiência prévia de conciliação e mediação. Conforme registrado no presente Relatório, aproximada- mente 31,5% de todos os processos que tramitaram no Poder Judiciário foram solucionados. No entanto, as conclusões do Relatório Justiça em Números 2020 fornecem razões para otimismo, dando novo fôlego aos magistrados, aos servidores e aos demais trabalhadores do sistema de justiça para continuarem trabalhando com afinco em prol de um Judiciário melhor para a sociedade. O Poder Judiciário brasileiro caminha no rumo certo, ao se aprimorar em eficiência, transparência e responsabilidade, conforme evidenciado pela melhora sem precedentes nos seus indicadores de desempenho e produtividade. Quem ganha é o jurisdicionado e a sociedade brasileira como um todo, que podem contar com um Poder Judiciário cadavez mais comprometido com a realização efetiva da justiça e da paz social. Ministro Dias Toffoli Presidente do Conselho Nacional de Justiça SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 9 2 METODOLOGIA 13 2.1 Infográficos 16 2.2 Diagrama de Venn 16 2.3 Classificação dos tribunais segundo o porte 17 2.4 Mapas 18 2.5 O índice de produtividade comparada da justiça (IPC-Jus) 19 2.5.1 A construção do IPC-Jus 19 2.5.2 Gráfico de quadrante e de fronteira 21 3 O PODER JUDICIÁRIO 23 3.1 Estrutura do primeiro grau 31 3.2 Classificação dos tribunais por porte 38 3.3 Infográficos 45 4 RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS 74 4.1 Despesas e receitas totais 74 4.2 Despesas com pessoal 80 4.3 Quadro de pessoal 86 5 GESTÃO JUDICIÁRIA 92 5.1 Litigiosidade 93 5.1.1 Acesso à Justiça 99 5.1.2 Indicadores de produtividade 105 5.1.3 Indicadores de desempenho e de informatização 112 5.1.4 Recorribilidade interna e externa 120 5.2 O Primeiro Grau de jurisdição em números 125 5.2.1 Distribuição de recursos humanos 125 5.2.2 Indicadores de produtividade 131 5.2.3 Indicadores de desempenho e de informatização 141 5.2.4 0Recorribilidade interna e externa 146 5.3 Gargalos da execução 150 5.3.1 Execuções fiscais 155 5.3.2 Índices de produtividade nas fases de conhecimento e execução 163 5.3.3 Indicadores de desempenho nas fases de conhecimento e execução 167 6 ÍNDICE DE CONCILIAÇÃO 171 7 TEMPOS DE TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS 178 8 JUSTIÇA CRIMINAL 192 9 COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ESTADUAL 198 9.1 Varas exclusivas de Execução Fiscal ou de Fazenda Pública 200 9.2 Varas exclusivas de Violência Doméstica 203 9.3 Varas exclusivas cíveis 207 9.4 Varas exclusivas Criminais 210 10 ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE COMPARADA DA JUSTIÇA – IPC-JUS 215 10.1 Justiça Estadual 216 10.1.1 Resultados 216 10.1.2 Análises de cenário 219 10.2 Justiça do Trabalho 223 10.2.1 Resultados 223 10.2.2 Análises de cenário 227 10.3 Justiça Federal 230 10.3.1 Resultados 230 10.3.2 Análises de cenário 233 11 DEMANDAS MAIS RECORRENTES SEGUNDO AS CLASSES E OS ASSUNTOS 237 11.1 Assuntos mais recorrentes 237 11.2 Classes mais recorrentes 248 12 AGENDA 2030 NO ÂMBITO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO 253 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS 257 14 REFERÊNCIAS 260 ANEXO II - LISTA DE TABELAS E FIGURAS 262 9 1 Introdução O Relatório Justiça em Números é o principal documento de publicidade e transparência do Poder Judiciário, que consolida em uma única publicação dados gerais da atuação do Poder Judiciário e abrange informações relativas às despesas, às receitas, acesso à justiça e uma vasta gama de indicadores processuais, com variáveis que mensuram o nível de desempenho, de informatização, de produtividade e de recorribilidade da justiça. O diagnóstico, anualmente elaborado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), sob a supervisão da Secretaria Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica (SEP) do CNJ, apresenta informações detalhadas por tribunal e por segmento de justiça, além de uma série histórica de 11 anos, de 2009 a 2019. As informações são apuradas desde o início da criação do CNJ e o primeiro relatório foi elaborado em 2006, com dados do ano-base 2004. Em 2009, em um processo de ampla revisão e aprimoramento dos glossários e indicadores do Sistema de Esta- tísticas do Poder Judiciário (SIESPJ), importantes alterações de conceito foram realizadas, e, por isso, os dados aqui apresentados adotam o recorte temporal a partir desse ano, mantido o histórico para consulta no próprio site do CNJ. A 16º edição do Relatório Justiça em Números reúne informações dos 90 órgãos do Poder Judiciário, elenca- dos no art. 92 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, excluídos o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça. Assim, o Justiça em Números inclui: os 27 Tribunais de Justiça Estaduais (TJs); os cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs); os 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs); os 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs); os três Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs); o Superior Tribunal de Justiça (STJ); o Tribunal Superior do Trabalho (TST); o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). Esses 15 anos de publicação do Relatório do Justiça em Números mostram grande evolução, tanto em termos de resultado, quanto em conteúdo e forma de apresentação. Os relatórios, com informações dos anos de 2004 a 2019 mudaram bastante com o passar do tempo, evoluindo de um sintético compêndio de dados estatísticos a um relatório completo, que possibilita visão panorâmica do Judiciário brasileiro e que utiliza conceitos de infográficos e de métodos de análise multivariada na análise da produtividade e na classificação por portes. O Relatório Justiça em Números é integralmente disponibilizado em versão web, na forma de Painel interativo, que permite a consulta dinâmica aos dados de forma customizada e livre, com acesso à base de dados e em integral consonância com a política de dados abertos. Todas essas informações estão disponíveis no portal do Programa Justiça em Números, em https://www.cnj.jus. br/pesquisas-judiciarias/justica-em-numeros/. Neste ano, a principal novidade do Relatório consiste na inclusão de novos gráficos relativos aos indicadores de acesso à justiça e às comparações entre 1º grau e 2º grau e a inclusão de um novo capítulo destinado exclusivamente à análise dos processos relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da agenda 2030. Breve História do Justiça em Números As primeiras edições do Justiça em Números, com dados relativos aos anos de 2004 a 2008, foram o início do processo de conhecimento da Justiça brasileira, que tinha por intuito servir como instrumento de gestão e de aper- feiçoamento do Poder Judiciário na prestação jurisdicional. Com base no princípio de atualização permanente, a 3ª edição da pesquisa, com dados referentes a 2005, utilizou-se de um novo sistema de coleta de pesquisa, embora tenha preservado as mesmas categorias de dados implantadas desde a publicação da 1ª edição. As três primeiras edições do Justiça em Números serviram, portanto, de balizamento para aprimorar os meios de coleta de dados, reformular o sistema de informação da pesquisa e fundamentar a Resolução nº 15, editada em 20 de abril de 2006, que dispunha sobre a regulamentação do Sistema de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ). Em decorrência dessa regulamentação, os indicadores estatísticos contidos no Justiça em Números passaram a ser obrigatórios para os órgãos do sistema judiciário nacional. 10 Os diversos encontros realizados entre o CNJ e os tribunais para debater e sugerir melhorias nas variáveis, indi- cadores e glossários culminaram na edição da Resolução CNJ nº 76, em 12 de maio de 2009. A referida resolução manteve as categorias gerais estabelecidas pela Resolução CNJ nº 15/2006, e introduziu importantes modificações nos conceitos das variáveis e dos indicadores. Uma importante alteração foi na categoria “insumos, dotações e graus de utilização”, em que foram incluídos dados sobre despesas, pessoal, recolhimentos/receitas, informática e espa- ços físicos ocupados. Os dados de litigiosidade passaram a ser separados entre fase de conhecimento e execução, detalhando-os entre criminais e não criminais, execuções judiciais penais de penas privativas ou não privativas de liberdade, demais execuções judiciais e execuções de títulos executivos extrajudiciais, com indicação das execuções fiscais. Dados por classe e assunto das Tabelas Processuais Unificadas (TPU), instituídas pela Resolução CNJ nº 46/2006, também passaram a ser solicitados. Em 2008 (ano-base 2007) foi feito o primeiro relatório analítico do Justiça em Números, com seleção de indica- dores e comentários a respeito do desempenho do judiciário, por segmento de justiça. Até então o relatório apenas reunia os indicadores em forma de tabelas, gráficos e glossários. Em 2010 (ano-base 2009), pela primeira vez pas- sou-se a utilizar o conceito de portes, dividindo os tribunais da JustiçaEstadual e Trabalhista entre pequeno, médio e grande, método até hoje aplicado e utilizado na gestão judiciária. Também foi a primeira apresentação de estatísticas desagregadas entre processos criminais e não criminais, fiscais e não fiscais. Em 2012 (ano-base 2011), mudou-se o paradigma das técnicas de visualização. Foram inseridos os primeiros infográficos, que permitem uma leitura mais direta e simples para qualquer leigo das estatísticas judiciárias. A edição também apresentou novos métodos de análise de dados, sobretudo visando à ampliação da capacidade de auxiliar os tribunais brasileiros a se aprimorarem, em especial quanto ao gerenciamento dos seus recursos. A principal novidade nesse ponto referiu-se à incorporação, no relatório, de técnicas que iniciavam a aplicação no Judiciário em estudos acadêmicos, mas amplamente difundidas na área de engenharia de produção. Trata-se de método análise de eficiência, denominado por análise envoltória de dados (DEA). A edição de 2012 também incluiu pela primeira vez um panorama completo do judiciário, que passou a abranger os Tribunais Regionais Eleitorais, os Tribunais Militares Estaduais, o STJ, o TSE e o STM. Aos poucos, nos anos seguintes a qualidade da informação foi sendo aprimorada, com dados cada vez mais con- fiáveis e seguros e com significativas melhorias no formato de apresentação dos dados do Relatório. As principais características inauguradas nos relatórios anteriores foram mantidas, com avanços nas técnicas de visualização das informações (infográficos e mapas) e na concepção do indicador de eficiência dos tribunais, que passou a ser denominado por IPC-Jus (Índice de Produtividade Comparada da Justiça). Pela primeira vez, em 2015 (ano-base 2014), foram apresentadas as informações sobre a estrutura do Poder Judiciário, com detalhamento das comarcas e varas instaladas por unidade da federação. A partir daquele ano, o público começou a ter condições de avaliar a distribuição das serventias judiciais no território e todas as reper- cussões decorrentes na entrega da justiça aos cidadãos. O relatório passou a apresentar em capítulo separada, as classes processuais e os assuntos mais frequentemente demandados, com inúmeros reflexos no modo de se pensar a gestão da jurisdição no Brasil. Entre os anos de 2015 e 2016 importantes avanços ocorreram no SIESPJ. Os anexos da Resolução CNJ nº 76/2009 passaram por profunda revisão, com aprimoramento e inclusão de indicadores até então não conhecidos, como por exemplo o tempo médio de tramitação e o índice de conciliação. Foi implementação do Módulo de Produtividade Mensal, que com a mesma parametrização do Justiça em Números detalha as informações por mês e por unidade judiciária. Foram desenvolvidos painéis públicos, fornecendo ampla transparência à sociedade dos dados do Poder Judiciário. Em 2017 (ano-base 2016), os principais indicadores do SIESPJ passaram apresentados de modo consolidado, sem separação por capítulos individualizados por segmento de justiça, o que permitiu melhor visualização global do Poder Judiciário e facilitou as análises comparativas entre tribunais e unidades da federação, sempre com a preocupação de manter e apresentar as séries históricas disponíveis. Nos últimos anos, grandes avanços estão sendo feitos no Sistema de Estatísticas. A criação do Selo Justiça em Números, que em 2019 foi reformulado como Prêmio CNJ de Qualidade, se solidificou com um importante mecanismo 11 de incentivo e reconhecimento daqueles tribunais que se empenham no cotidiano com vistas à melhor a qualidade de seus registros processuais, com normalização dos metaadados e utilização das Tabelas Processuais Unificadas. Desde 2015, em razão do Selo Justiça em Números, o CNJ tem recebido os dados de todos os processos baixados e em tramitação de todos os tribunais do país. Esse imenso banco, recentemente denominado por DataJud, constitui a Base Nacional de Dados do Poder Judiciário, é baseado do Modelo Nacional de Interoperabilidade (MNI) e é fonte riquíssima de dados processuais. O trabalho conjunto que vem sendo realizado em parceria entre o Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) e a Diretoria de Tecnologia de Informação (DTI) do CNJ, possibilitou que todos os tribunais enviassem ao CNJ os metadados relativos aos processos judiciais, mesmo diante da grande diversidade de sistemas existentes. As potencialidades e os benefícios não são poucos. A implantação em definitivo do DataJud possibilitará a elimi- nação de diversos cadastros e sistemas existentes no CNJ, o que evitará retrabalho e permitirá maior economia de recursos públicos. Além disso, a base de dados confere mais segurança às estatísticas que serão apresentadas, pois todo o processamento de regras passa a ser centralizado no CNJ. As possibilidades de diagnósticos se expandem, na medida em que passa a ser possível calcular indicadores de desempenho e de produtividade, como por exemplo, tempo médio, congestionamento e atendimento à demanda, para qualquer tipo processual. Passados esses quinze anos de instalação do CNJ e quatorze anos de funcionamento do DPJ, é possível verificar que o conjunto de esforços implementados, culminou no aumento gradativo da produtividade do judiciário e a melhoria na qualidade das informações. O Relatório Justiça em Números é cada vez mais utilizado pelo meio acadêmico e pela sociedade, na busca de dados seguros da atuação do judiciário. O CNJ se prepara para uma nova etapa na área de dados do Judiciário. As pesquisas realizadas pelo CNJ pas- saram a utilizar conceitos de inteligência artificial para classificação dos processos e identificação de similaridades. O DataJud alça a produção de informações do judiciário a outro nível de desenvolvimento e será uma importante ferramenta para realização de estudos jurimétricos na Ciência de Dados. O Relatório de 2020 O presente relatório está estruturado em treze capítulos. Após a introdução, o segundo capítulo detalha a meto- dologia utilizada no relatório. O terceiro capítulo mostra o panorama da atuação do Poder Judiciário em três seções: a primeira delineia a estrutura das unidades judiciárias de primeiro grau, com os quantitativos de varas, juizados especiais, zonas eleitorais e auditorias militares, indicador de acesso à justiça e cartografia das unidades judiciárias; a segunda seção mostra a classificação dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribu- nais Regionais Eleitorais de acordo com o porte (pequeno, médio e grande); e a terceira seção retrata os principais indicadores por meio de infográficos. O quarto capítulo apresenta informações relativas aos recursos financeiros e humanos do Poder Judiciário nacio- nal, subdividindo-se em três seções: despesas e receitas totais; despesas com pessoal e quadro de pessoal. Em “Gestão Judiciária”, quinto capítulo, são divulgados os dados relativos à movimentação processual, organizada em três tópicos. O primeiro exibe os principais indicadores de desempenho e produtividade. O segundo tópico detalha os indicadores por instância, como mecanismo de acompanhamento da Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição instituída pela Resolução CNJ nº 194/2014. No terceiro tópico, é feita análise dos pro- cessos de execução e seu impacto nos indicadores de produtividade, com particular atenção às execuções fiscais. O sexto capítulo aborda os indicadores de conciliação. O sétimo apresenta análise dos tempos médios de tra- mitação processual. O oitavo retrata a justiça criminal, descrevendo ações e execuções penais com indicadores de tempo de tramitação. O nono capítulo expõe os dados das varas exclusivas de execução fiscal/fazenda pública, de violência doméstica e familiar contra a mulher, cíveis e criminais. 12 No décimo capítulo, é mostrado o Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus), indicador sintético que compara a eficiência relativa dos tribunais, segundo a técnica de análise de fronteiradenominada Data Envelopment Analysis (DEA). São também apresentados estudos de cenário, com o objetivo de contrastar o desempenho atual dos tribunais com o desempenho esperado para esses órgãos, segundo um modelo retrospectivo. O décimo primeiro capítulo descreve dados sobre as demandas existentes no Poder Judiciário, com segmentação dos casos novos por classe processual e por assunto. O décimo segundo capítulo, de forma inédita mostra o quantitativo de casos novos por Objetivos de Desenvol- vimento Sustentável (ODS) constantes na Agenda global 2030, que é coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Por fim, em considerações finais, estão sumarizados os principais resultados e tendências verificados no diag- nóstico e nos anexos constam a metodologia e as listas de tabelas e figuras. Os gráficos apresentados no relatório possibilitam leitura conjunta dos órgãos do Poder Judiciário, pois na mesma página e na mesma figura encontram-se informações relativas aos noventa tribunais. É importante ressaltar que, mesmo com tal metodologia de visualização gráfica, se deve evitar as comparações entre segmentos, pois as variáveis e os indicadores podem apresentar comportamentos diversos em razão da própria natureza processual. Por essa razão, em alguns gráficos é possível que ocorram variações nas ordens de grandeza entre os ramos de justiça. Diante disso, optou-se por manter, na maioria dos casos, a escala do próprio segmento, para melhor visualização gráfica. Seguindo o princípio da transparência, todos os dados reunidos neste relatório estão disponíveis aos magistrados, servidores e cidadãos brasileiros por meio de painéis, que são ferramentas interativas on-line que permitem a livre navegação pelas estatísticas oficiais. Para utilizar essas ferramentas, o usuário deve acessar o link https://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/pai- neis-cnj/, em que as informações estão em padrão de dados abertos. A íntegra da base de dados que dá origem a este relatório pode ser acessada pelo link: https://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/justica-em-numeros/. 13 2 Metodologia O Relatório Justiça em Números é regido pela Resolução CNJ nº 76, de 12 de maio de 2009, e compõe o Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário (SIESPJ). Os seguintes tribunais integram o SIESPJ: • Superior Tribunal de Justiça (STJ); • Superior Tribunal Militar (STM); • Tribunal Superior do Trabalho (TST); • Tribunal Superior Eleitoral (TSE); • 5 Tribunais Regionais Federais (TRFs); • 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs); • 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs); • 3 Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs); • 27 Tribunais de Justiça (TJs). Os dados do SIESPJ devem ser obrigatoriamente informados pela presidência dos tribunais, que pode delegar a magistrado ou a serventuário especializado integrante do Núcleo de Estatística a função de gerar, conferir e transmitir os dados estatísticos. A presidência dos tribunais é responsável pela fidedignidade das informações apresentadas ao Conselho Nacional de Justiça. O SIESPJ abrange os indicadores estatísticos fundamentais do Judiciário e consolida informações de receitas, despesas, estrutura e litigiosidade de todos os órgãos. Os dados referentes ao módulo de litigiosidade são informados semestralmente, enquanto os demais, anualmente. Os dados estatísticos do primeiro semestre do ano-base são transmitidos no período de 10 de julho a 31 de agosto do mesmo ano-base. Os dados anuais e do segundo semestre são transmitidos no período de 10 de janeiro a 28 de fevereiro do ano seguinte ao ano-base. Os prazos para retificações dos dados são entre 15 de março e 15 de abril e entre 15 de setembro e 15 de outubro. As falhas de fornecimento de dados devem ser corrigidas pelos tribunais no prazo de dez dias, a contar da notificação. O Departamento de Pesquisas Judiciárias recebe os dados estatísticos enviados pelos tribunais sob a supervisão da Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento. A primeira edição do Relatório Justiça em Números ocorreu no ano de 2004 e ampliou os princípios norteadores do Banco Nacional de Dados do Poder Judiciário (BNDPJ), que serviu de balizamento para fundamentar a Resolução CNJ nº 15, editada em 20 de abril de 2006. Tal resolução representou um marco para a metodologia de coleta de dados estatísticos nos tribunais das esferas federal, estadual e trabalhista e para a inauguração da série histórica em 2004, que perdurou até 2008. Com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento do SIESPJ e dar prosseguimento ao processo de aprimo- ramento dos dados do Relatório Justiça em Números, foi editada a Resolução CNJ nº 76/2009, regulamento que tem norteado a coleta e a sistematização dos dados a partir do ano de 2009, ponto inicial da série histórica vigente. Desde então, os dados de litigiosidade, quando aplicáveis a cada ramo de justiça, passaram a ser coletados na forma do diagrama abaixo. 14 Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ nº 76/2009 Criminal Não criminal Criminal Não criminal Não criminais Fiscais Não Fiscais 2º Grau e Turmas Recursais 1º Grau Fase de Conhecimento Fase de Execução Execuções Extrajudiciais Execuções Judiciais Penas Privativas de Liberdade Penas não Privativas de Liberdade Criminal Não criminal Não criminais Juizados Especiais Fase de Conhecimento Fase de Execução Execuções Extrajudiciais Execuções Judiciais Penas não Privativas de Liberdade 15 Em 2011, concluiu-se a elaboração dos indicadores estatísticos do Superior Tribunal de Justiça, da Justiça Elei- toral, da Justiça Militar da União e da Justiça Militar dos Estados, que passaram a constar nos anexos da Resolução CNJ nº 76/2009. Em 2015, duas grandes mudanças ocorreram no Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário: a criação do módulo de produtividade mensal e a revisão dos indicadores. O módulo de produtividade mensal resultou da migração do antigo sistema Justiça Aberta, que era gerido pela Corregedoria Nacional de Justiça, para o SIESPJ. A sistematização do envio dos dados foi reformulada, os conceitos e a forma de apuração de dados de litigiosidade foram alterados e alinhados com os utilizados no Relatório Justiça em Números. A partir de 2016, com a implantação do módulo de produtividade, os tribunais passaram a transmitir as infor- mações mensalmente e por serventia, enviadas sempre até o dia 20 do mês subsequente ao mês de referência. Os dados, que são permanentemente atualizados, estão disponíveis para acesso público em https://www.cnj.jus.br/ pesquisas-judiciarias/paineis-cnj/. Conduzida pela Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ, a revisão dos glossários e indicadores do Anexo I da Resolução CNJ nº 76/2009 criou indicadores e aperfeiçoou antigos. Os novos indicadores têm suas séries históricas iniciadas em 2015. Em 2018, o módulo de produtividade sofreu nova reformulação, quando foram incluídas variáveis com o intuito de medir a conciliação na fase pré-processual, decisões interlocutórias e, nos órgãos colegiados, votos vencedores e processos que aguardam vista de outro gabinete. Apresenta-se o fluxo do Relatório Justiça em Números desde o envio dos dados e da retificação pelos tribunais até o formato atual do relatório: Fluxo do Relatório Justiça em Números Infográficos Mapas Textos Analíticos Visualização da informação Informação de valor agregado Análise dos dados Retificação dos dados Tabulação dos dados Envio dos dados Índice de Produtividade Comparada da Justiça IPC-Jus Tabelas e Gráficos As descrições das técnicas e metodologias utilizadas neste relatório são apresentadas a seguir. 16 2.1 Infográficos Os infográficos são, por definição, um conjunto de recursos gráficos utilizados na apresentação e na sintetiza- ção de dados, com o objetivo de facilitar a compreensão visual das informações. Por essa forma, são expressos de maneira clara e intuitiva os seguintesdados: orçamento; força de trabalho; tempo médio de tramitação do processo; dados gerais de litigiosidade; indicadores de produtividade do ramo de justiça; indicadores de produtividade dos magistrados; e indicadores de produtividade dos servidores da área judiciária. Na primeira parte dos infográficos, encontram-se os dados para o ano-base de 2019 sobre as despesas do tribunal e a força de trabalho subdivida entre magistrados, servidores e auxiliares (juízes leigos, conciliadores, terceirizados, estagiários e voluntários). São apresentados graficamente o tempo da inicial até a sentença; o tempo da inicial até a baixa e o tempo do processo pendente, separados por grau de jurisdição; e no 1º grau, pelas fases de conhecimento e execução. A última parte expõe os principais indicadores de cada ramo de justiça, separados por grau, tipo e fase, nas seguintes categorias: movimentação processual, gestão do tribunal e produtividade por magistrado e por servidor. 2.2 Diagrama de Venn O Judiciário possui característica peculiar, pois os juízes podem acumular função no juízo comum (1º grau), nos juizados especiais e nas turmas recursais. Dessa forma, para compor o total de magistrados, é preciso separá-los em alguns grupos: a) exclusivos de 1º grau; b) exclusivos de juizados especiais; c) exclusivos de turmas recursais; d) acumulam 1º grau e juizados especiais; e) acumulam 1º grau e turmas recursais; e f) acumulam juizados especiais e turmas recursais. Uma forma de apresentar esquematicamente problemas relativos aos conjuntos e suas intersecções é o Diagrama de Venn, técnica muito utilizada na matemática. O Diagrama de Venn consiste no uso de figuras geométricas fechadas, normalmente círculos, simbolizando con- juntos que permitem verificar a existência ou não de intersecção. Assim, a área sobreposta de dois ou mais círculos significa que existem elementos que fazem parte dos conjuntos simultaneamente. As figuras que não se tocam indicam inexistência de intersecção. No relatório, os Diagramas de Venn são utilizados para ilustrar a distribuição dos magistrados e dos servidores entre as diversas áreas de lotação. Para aumentar a informação disponibilizada pelo diagrama, o tamanho do círculo correspondente a cada área será proporcional à quantidade de magistrados ou servidores alocados nela. Como exemplo, a Figura 218 apresenta a jurisdição dos magistrados nos dois primeiros graus de jurisdição. Exemplo de uso do Diagrama de Venn 13.817 4.182 1.674 2.463 76 1º grau Juizados Especiais Turmas Recursais 2º grau Tribunais Superiores O gráfico indica que não existe nenhuma intersecção entre o 2º grau, formado por desembargadores e juízes subs- titutos de 2º grau, e o conjunto do 1º grau, com juízes de direito. Observa-se que estes podem atuar simultaneamente em áreas distintas, o que mostra que não seria possível simplesmente somar as quantidades apresentadas, devido às intersecções existentes. A soma dos magistrados que atuam em cada área é de 19.673, enquanto a quantidade de juízes de direito é de 15.552, o que demonstra que há 4.121 magistrados com acúmulo de atividades. As diversas intersecções não foram mostradas devido à dificuldade de visualização das informações em tal nível de detalhe. 17 2.3 Cla ssificação dos tribunais segundo o porte A classificação dos tribunais em portes tem por objetivo criar agrupamentos de forma a respeitar características distintas existentes no mesmo ramo de justiça. A separação é feita sempre em três grupos, quais sejam: grande, médio e pequeno porte. Os ramos de Justiça com essa separação são: Justiça Estadual (27 tribunais), Justiça do Trabalho (24 tribunais) e Justiça Eleitoral (27 tribunais). Tendo em vista que a Justiça Federal é subdivida em ape- nas cinco regiões e que a Justiça Militar Estadual conta com apenas três tribunais, não faria sentido classificá-los conforme tal metodologia. Para a classificação dos tribunais em portes, utiliza-se a técnica estatística de análise multivariada denominada análise de componentes principais.1 A partir da sua aplicação, passa a ser possível reduzir o número de dimensões em análise. No caso específico, quatro variáveis são sintetizadas em apenas um fator (escore) obtido por meio de uma combinação linear das variáveis originais. As cinco variáveis utilizadas no cálculo do escore foram: despesa total da Justiça, casos novos, casos pendentes, total de magistrados e força de trabalho.2 A seguir, apresenta-se a técnica estatística de análise de componentes principais, utilizada para cálculo dos escores, e, consequentemente, para a definição dos grupos. Análise de Componentes Principais (ACP) Trata-se de método de análise multivariada, utilizada para resumir grande número de variáveis em poucas dimen- sões. É uma tentativa de compreender relações complexas impossíveis de serem trabalhadas com métodos univaria- dos ou bivariados, permitindo, assim, visualizações gráficas e análises mais aprofundadas por parte do pesquisador. Por meio de transformação ortogonal, um conjunto de informações possivelmente correlacionadas é reescrita com a utilização de fatores não correlacionados e gerados por meio de combinações lineares das variáveis originais. Segundo Johnson e Wichern (2007), seja um vetor com p variáveis aleatórias denominadas por Xʼ={x1,x2,...,xp} com matriz de covariância dada por autovalores λ1>=λ2>=...>=λp. Y1=a1ʼX=a11x1+a12x2+...+a1pxp Y2=a2ʼX=a21x1+a22x2+...+a2pxp ... Yp=apʼX=ap1x1+ap2x2+...+appxp Com Var(yi)=aiʼ∑ai, para i=1,2,...,p Cov(yi,yk)=aiʼ∑ak, para i,k=1,2,...,p As componentes principais (escores) são as combinações lineares não correlacionadas {y1,y2,...,yp}, que possuem a maior variância possível. Dessa forma, a primeira componente principal é a que produz combinação linear com variância máxima; a segunda componente tem a segunda maior variância e, assim, sucessivamente. Matematica- mente, pode-se escrever: Primeira componente principal = combinação linear a1ʼX que maximiza Var(a1ʼX), sujeito a a1ʼa1=1. Segunda componente principal = combinação linear a2ʼX que maximiza Var(a2ʼX), sujeito a a2ʼa2=1 e Cov(a1ʼX;a2ʼX)=0. ... 1 Técnica estatística voltada para casos em que se deseja sintetizar a informação fornecida por diversas variáveis/indicadores. 2 Por força de trabalho, devem ser entendidos os servidores efetivos, os cedidos, os requisitados e os servidores sem vínculo efetivo com a administração públi- ca, assim como as demais categorias que integram a força de trabalho auxiliar, tais como terceirizados, estagiários, juízes leigos, conciliadores e voluntários. 18 i-ésima componente principal = combinação linear aiʼX que maximiza Var(aiʼX), sujeito a aiʼai=1 e Cov(aiʼX;akʼX)=0 para k<i. Dessa forma, o vetor aleatório Xʼ={x1,x2,...,xp}, com matriz de covariância associada dada por ∑ e com pares de autovalores-autovetores dados por ((λ1,e1),...,(λp,ep)), onde λ1>=λ2>=...>=λp>=0, tem a i-ésima componente principal igual a: Yi=eiʼX=ei1 x1+ei2 x2+...+eip xp , para i=1,2,...,p A partir de então tem-se: Var(yi)=eiʼ∑ei=λi, para i=1,2,...,p Cov(yi,yk)=eiʼ∑ek=0, para i≠k Além disso, essa combinação resulta que: σ11+σ22+...+σpp=∑ var(xi)=λ1+λ2+...+λp=∑ var(yi) Ou seja, a soma das variâncias das p componentes principais é igual à soma das variâncias das p variáveis origi- nais. Consequentemente, a proporção de variância populacional explicada pela k-ésima componente principal é igual: (Proporção da variância explicada pela k-ésima componente principal)=λk/(λ1+...λp), para k=1,2,...,p Por esse resultado, pode-se concluir que, quando um número pequeno de componentes (digamos, 1, 2 ou até 3, a depender da quantidade de variáveis em análise) consegue explicar uma proporção satisfatória da variância populacional, ou seja, cerca de 80% a 90% dos dados, o pesquisador pode utilizar os fatores para suas análises, em vez das variáveis originais, sem perda de muita informação. Considerando que as variáveis utilizadas nesse modelo possuemescalas bastante distintas e para que todas pudessem ter o mesmo peso de influência no modelo, optou-se pelo uso dos dados padronizados pela distribuição normal, que se resume à substituição da matriz de covariância pela de correlação. Ferramenta importante na interpretação de fatores é a rotação fatorial. Nela, os eixos dos fatores (escores) são rotacionados em torno da origem até que alguma outra posição seja alcançada. Conforme detalha Hair et al. (2005), existem diversos métodos de rotação fatorial. Neste trabalho, optou-se pela varimax, na qual a soma de variâncias das cargas da matriz fatorial é maximizada.3 Utilizando essa técnica, foi possível obter um escore único por ramo de justiça, capaz de resumir todo o conteúdo das quatro variáveis, e com variância explicada de 98% nos tribunais da Justiça Estadual, de 98% nos tribunais da Justiça do Trabalho e de 91% nos tribunais da Justiça Eleitoral. Os tribunais foram ordenados por meio do fator (escore) resultante da análise fatorial e posteriormente classificados em 3 grupos predefinidos: pequeno, médio e grande porte. 2.4 Mapas Os mapas foram desenvolvidos nas Justiças Estadual, Trabalhista, Federal, Eleitoral e Militar Estadual com a finalidade de representar, em perspectiva nacional, o número de habitantes por unidade judiciária do 1º grau. Os dados representados em cada mapa estão dispostos em grupos com o mesmo número de divisões. Para tanto, calculou-se a amplitude do indicador (maior valor deduzido do menor valor) e dividiu-se por cinco. Esse resultado é o intervalo de cada grupo. Por exemplo, suponha um indicador em que o menor valor é de 1.000 e o maior, 5.000. Assim, a amplitude é de 4.000 (igual a 5.000 – 1.000). Dividindo-se a amplitude de 4.000 por 5, obtém-se que cada classe conterá um intervalo de 800. Dessa forma, a primeira classe abrangerá os tribunais cujo indicador está entre 1.000 (inclusive) e 1.800 (exclusive), a segunda classe de 1.800 a 2.600, e, assim, sucessivamente até a quinta classe. 3 Mais detalhes sobre tipos de rotação e o método de componentes principais podem ser encontrados em Johnson e Wichern (2007), Hair et al. (2005) e Rencher (2002). 19 A vantagem dessa abordagem é que ela permite identificar realmente aqueles tribunais que se destacam, nos grupos extremos, sob a ótica do indicador. 2.5 O índice de produtividade comparada da justiça (IPC-Jus) As seções a seguir apresentam o detalhamento das fórmulas utilizadas no cálculo do IPC-Jus, bem como o mecanismo de construção dos gráficos de fronteira de quadrantes, que auxiliam na compreensão do resultado do modelo DEA. 2.5.1 A c onstrução do IPC-Jus O Sistema de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ) conta com 810 variáveis encaminhadas pelos tribunais e posteriormente transformadas em indicadores pelo CNJ. São muitos os indicadores que podem mensurar a eficiência de um tribunal, e o grande desafio da ciência estatística consiste em transformar dados em informações sintéticas, que sejam capazes de explicar o conteúdo dos dados que se deseja analisar. Para alcançar tal objetivo, optou-se por construir o IPC-Jus, uma medida de eficiência relativa dos tribunais, utilizando-se uma técnica de análise denominada DEA (do inglês, Data Envelopment Analysis) ou Análise Envoltória de Dados. O método estabelece comparações entre o que foi produzido (denominado output, ou produto) considerando-se os recursos (ou insumos) de cada tribunal (denominados inputs). Trata-se de metodologia de análise de eficiência que compara o resultado otimizado com a eficiência de cada unidade judiciária em questão. Dessa forma, é possível estimar dados quantitativos sobre o quanto cada tribunal deve aumentar sua produtividade para alcançar a fronteira de produção, observando-se os recursos que cada um dispõe, além de estabelecer um indicador de avaliação para cada unidade. O método DEA foi desenvolvido por Charnes et al. (1978) e aplicado inicialmente com maior frequência na área de engenharia de produção. Recentemente, passou a ser aplicado no Brasil na área forense, com o intuito de medir o resultado de tribunais, como nos artigos de Fochezatto (2010) e Yeung e Azevedo (2009). Trata-se de modelo simples (com poucas variáveis de inputs e outputs) e, ao mesmo tempo, com alto poder explicativo. Além de selecionar as variáveis de insumos e produtos que comporão a análise, é preciso escolher o tipo de modelo a ser aplicado. Mello et al. (2005) detalham de forma bastante didática os tipos de modelos disponíveis. Os modelos DEA clássicos são o CCR (CHARNES, COOPER e RHODES, 1978) e o BCC (BANKER, CHARNES e COOPER, 1984). O modelo CCR, apresentado originalmente por Charnes et al. (1978), constrói uma superfície linear por partes não paramétrica, envolvendo os dados e trabalhando com retornos constantes de escala, isto é, qualquer variação nas entradas (inputs) produz variação proporcional nas saídas (outputs). Esse modelo também é conhecido por Constant Returns to Scale (CRS). O modelo BCC, apresentado por Banker et al. (1984), considera retornos variáveis de escala, isto é, substitui o axioma da proporcionalidade entre inputs e outputs pelo axioma da convexidade. Por isso, esse modelo também é conhecido como Variable Returns to Scale (VRS). Ao tratar a fronteira de produção de forma convexa, o modelo BCC permite que as unidades que operam com baixos valores de inputs tenham retornos crescentes de escala, enquanto as que operam com altos valores de inputs tenham retornos decrescentes de escala. Na análise de eficiência dos tribunais, adotou-se o modelo CCR, ou seja, com retornos constantes de escala. Além disso, o modelo é orientado ao output, o que significa que o interesse está em identificar quanto o tribunal pode aumentar em termos de produto (maximizando o resultado), mantendo seus recursos fixos, já que a redução de orçamento e da força de trabalho muitas vezes não é viável. Segundo Yeung e Azevedo (2009), o modelo CCR orientado ao output pode ser escrito como um problema de programação linear da seguinte forma: max((ϕ,λ,s+,s-)) Z0=ϕ+ϵs++ϵs- Sujeito a 20 ϕY0-Yλ+s+=0 Xλ+s-=X0 λ,s+,s->=0, em que X0 é o vetor de inputs, Y0 é o vetor de outputs e ϕ representa o montante de output necessário para transformar uma unidade (DMU4) ineficiente em eficiente. A variável s- mede o excesso de inputs de uma unidade ineficiente e s+ mede a falta de output. A técnica DEA foi aplicada aos dados do Relatório Justiça em Números com o objetivo de verificar a capaci- dade produtiva de cada tribunal, considerando-se os insumos disponíveis. A seleção das variáveis para a definição dos inputs foi feita com o intuito de contemplar a natureza dos três principais recursos utilizados pelos tribunais: os recursos humanos, os financeiros e os próprios processos. A princípio, foram testados métodos de seleção de variáveis, tais como o Método I - O Stepwise Exaustivo Completo, o Método Multicritério para Seleção de Variáveis e o Método Multicritério Combinatório Inicial para Seleção de Variáveis (SENRA, 2007). Entretanto, esses modelos favoreceram os inputs que tiveram maior correlação linear com o output (total de processos baixados), beneficiando, em alguns casos, variáveis semelhantes, como, por exemplo, número de servidores e, logo em seguida, a despesa com pessoal ativo. Sendo assim, o processo de seleção partiu da categorização das variáveis nos critérios definidos a seguir, permitindo-se a utilização em parte do Método Multicritério em conjunto com critérios subjetivos. Os inputs foram divididos em: a) Exógeno (não controlável): relativos à própria demanda judicial. Os testes empreendidos levaram em con- sideração tanto o quantitativo de casos pendentes, quanto o de processos baixados, revelando-se a soma desses, ou seja, o total de processos que tramitaram como variável explicativa para os resultados de eficiência. b) Endógeno (controlável): • Recursos financeiros: utilizou-se a despesa total de cada tribunal desconsiderandoa despesa com pessoal inativo e as despesas com projetos de construção e obras, tendo em vista que tais recursos não contribuem diretamente para a produção ou a produtividade dos tribunais. • Recursos humanos: como dados de força de trabalho foram utilizados os números de magistrados e de servidores efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo, excluídos os cedidos a outros órgãos. Com relação ao output, a variável total de processos baixados é aquela que melhor representa o fluxo de saída dos processos do Judiciário sob a perspectiva do jurisdicionado que aguarda a resolução do conflito. Sendo assim, o modelo do IPC-Jus considera o total de processos baixados com relação ao total de processos que tramitaram; o quantitativo de magistrados e servidores (efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo); e a despesa total do tribunal (excluídas as despesas com pessoal inativo e com obras). As despesas com recursos humanos separadas por grau de jurisdição permitem o cálculo do IPC-Jus do 1º grau e 2º grau, isoladamente. Dessa forma, o IPC-Jus do total abarca a área administrativa, as despesas de capital e outras despesas correntes, e o IPC-Jus do 1º e 2º grau considera apenas a força de trabalho da área judiciária. Como resultado da aplicação do modelo DEA, tem-se um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, revelando que, quanto maior o valor, melhor o desempenho da unidade, significando que ela foi capaz de produzir mais (em baixa de processos) com menos recursos disponíveis (de pessoal, de processos e de despesas). Essa é a medida de eficiência do tribunal, aqui denominada por IPC-Jus. Adicionalmente, ao dividir o total de processos baixados de cada tribunal por seu respectivo percentual de efi- ciência alcançado, tem-se a medida do baixado ideal (ou target), que representa quanto o tribunal deveria ter baixado para alcançar a eficiência máxima (100%) no ano-base. É importante esclarecer que o baixado ideal é uma métrica que analisa o passado e não o futuro, ou seja, sig- nifica que, caso o tribunal tivesse conseguido baixar a quantidade de processos necessários conforme o modelo comparativo, teria, em 2015, alcançado a curva de eficiência. Não quer dizer, entretanto, que se o tribunal baixar 4 DMU representa cada unidade de produção analisada no modelo DEA. Do inglês, Decision Making Unit. 21 essa mesma quantidade, ou até mais, no ano subsequente, o alcance da eficiência ocorreria. Dessa forma, o IPC-Jus considera o resultado alcançado no passado com base nos recursos disponíveis naquele ano e coloca na fronteira aqueles que conseguiram produzir mais, com menos insumos. Portanto, as mudanças dos insumos e dos produtos dos demais tribunais no próximo ano irão realocar a curva da fronteira e, consequentemente, a posição do tribunal em face dos demais. A metodologia DEA foi aplicada na Justiça Estadual, na Justiça Trabalhista e também na Justiça Federal. O modelo não contemplou a Justiça Militar Estadual porque ela conta com apenas três tribunais, e logo, inadequado do ponto de vista metodológico. O modelo também não foi adotado na esfera da Justiça Eleitoral, tendo em vista que, neste caso, o objetivo prin- cipal dos tribunais regionais consiste na realização das eleições e não somente na atividade jurisdicional na forma de baixa de processos (output do modelo). Apesar de a Justiça Federal também conter número reduzido de tribunais (5), as informações de primeiro grau foram desagregadas por seções judiciárias. Portanto, neste ramo de justiça, considerou-se como unidade de pro- dução cada seção judiciária (UF), além do 2º grau de cada tribunal. Dessa forma, há 32 unidades produtivas (DMUs) que foram comparadas por meio da aplicação do DEA. A eficiência consolidada do tribunal (TRF) foi calculada lan- çando-se mão da divisão da soma em todas DMUs do valor baixado realizado pela soma em todas DMUs do baixado ideal (target), ou seja: Eficiência Totalj=(∑ Baixado Reali)/(∑ Baixado Ideali) onde j={1,2,3,4,5}, representa cada TRF e nj representa o número de unidades produtivas de cada TRF. Esse mesmo método também foi utilizado para mensuração da eficiência total dos ramos de Justiça Estadual, Federal e do Trabalho. 2.5.2 Grá fico de quadrante e de fronteira Os gráficos de quadrantes (ou Gartner) têm por objetivo classificar os tribunais em quatro grupos, em que são analisadas duas variáveis ou indicadores conjuntamente. Os dois eixos são cortados nos valores equivalentes à média de cada elemento analisado. Além de cada um dos tribunais, também consta no gráfico o valor correspondente ao total do ramo de justiça. Nesse caso, os cálculos são produzidos com base nas consolidações do segmento, somando-se as variáveis que compõem cada indicador para, somente depois, aplicar a respectiva fórmula. Por esse motivo, o total do ramo pode diferir da média, que corresponde ao valor localizado no centro dos quadrantes. Os gráficos de fronteira são utilizados para visualizar os resultados da técnica DEA quando apenas duas variáveis ou dois indicadores são utilizados. Para efeitos deste relatório, optou-se pela apresentação de dois indicadores em cada gráfico, compostos sempre por variáveis adotadas no modelo de DEA, a fim de facilitar a compreensão da meto- dologia proposta para análise da eficiência, além de permitir interpretações mais detalhadas de alguns indicadores disponíveis no Relatório Justiça em Números. Cada indicador contempla o output (quantitativo de processos bai- xados) e um dos inputs (processos em tramitação ou número de magistrados ou número de servidores ou despesa). Os gráficos de quadrante estão apresentados em conjunto com o gráfico de fronteira, sem perda de informação. O gráfico é incrementado pela informação do porte dos tribunais, o que facilita a análise do seu comportamento diante dos demais. Dessa forma, esses gráficos mostram, simultaneamente, quatro dimensões distintas, pois, além dos dois indica- dores e do porte, os tamanhos de cada ponto estão associados à eficiência do tribunal, sendo que quanto maior o símbolo, maior a eficiência relativa (IPC-Jus). Esses gráficos serão de grande utilidade para ajudar na compreensão do modelo multivariado, que considera simultaneamente todos esses insumos e o produto. Se uma unidade de produção alcança o valor máximo de insumo/ produto, então ela é uma unidade eficiente e está localizada na linha de produção do gráfico de fronteira. Além disso, 22 cada quadrante apresenta uma interpretação singular sobre as unidades. No primeiro quadrante, estão as unidades cujas duas variáveis estão em níveis altos. No segundo, encontram-se as unidades cuja variável representada na horizontal está em menor nível e a variável representada na vertical está no maior. Já o terceiro quadrante detalha unidades com ambas as variáveis em menor nível. O quarto quadrante indica as que têm maior nível na variável representada na horizontal e menor nível na vertical. Na Figura 219, demonstra-se exemplo de gráfico de fronteira. Os tribunais que estão na linha azul são aqueles mais eficientes (tribunais 1 a 4). O tribunal 5, apesar de possuir taxa de congestionamento menor que a do tribunal 2, também possui menor índice de produtividade dos magistrados (IPM). O tribunal 6 é o menos eficiente, pois se encontra mais afastado da linha de produção e combina maior con- gestionamento com menor produtividade. As linhas pontilhadas horizontais e verticais representam, respectivamente, a média do IPM e da taxa de congestionamento. Nesse exemplo, o segundo quadrante seria aquele que os tribunais deveriam visar, pois representam maior IPM com menor taxa de congestionamento. Já o quarto quadrante seria o que deveria ser evitado, pois combina menor IPM com maiores taxas de congestionamento. Exemplo da representação de gráfico de quadrantes e de fronteira 0% 20% 40% 60% 80% 0 50 0 1.0 00 1.5 00 2. 00 0 2. 50 0 3. 00 0 3. 50 0 Taxa de congestionamento Ín di ce d e Pr od ut iv id ad edo s M ag is tra do s (IP M ) Tribunal 3 Tribunal 4 Tribunal 6 Tribunal 5 Tribunal 1 Tribunal 2 Os gráficos de fronteira e de quadrante foram produzidos para a Justiça Estadual, Trabalhista e Federal, ramos em que o método DEA foi aplicado. Nos Tribunais Regionais Federais, os gráficos contemplam, além dos resultados dos cinco TRFs, também das 27 seções judiciárias e do 2º grau. Por se tratar de análise complementar à modelagem DEA, utilizada no cálculo do IPC-Jus, os gráficos de quadrante e de fronteira não serão utilizados na Justiça Eleitoral e na Justiça Militar Estadual. Nas seções da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal serão apresentados em detalhes os resultados do IPC-Jus decorrentes da aplicação do método DEA, com os percentuais obtidos por tribunal. 23 3 O Poder Judiciário O Poder Judiciário brasileiro divide-se em cinco ramos: Justiça Estadual, Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Justiça Eleitoral e Justiça Militar. Cada um desses ramos possui órgãos, que são organizados em instâncias. Também fazem parte do Judiciário os tribunais superiores, o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça, que, como citado, por possuírem seus próprios relatórios e estatísticas e, portanto, não serão abordados neste diagnóstico. Diante disso, segue sumário explicativo das competências e da estrutura de cada segmento de justiça e dos quatro tribunais superiores: STJ, STM, TSE e TST. Justiça Estadual Integrante da justiça comum, é responsável por julgar matérias que não sejam da competência dos demais segmentos do Judiciário, ou seja, sua competência é residual. Como ela se organiza A organização da justiça é de competência de cada um dos estados, já o Judiciário do Distrito Federal é organizado e mantido pela União. Por essa razão, a maior parte dos casos que chegam ao Judiciário decorre da Justiça Estadual, que é caracterizada pelas questões mais comuns e variadas, tanto na área cível quanto na criminal. Como é sua estrutura Do ponto de vista administrativo, a Justiça Estadual é estruturada em duas instâncias ou graus de jurisdição: • 1º grau: composto pelos Juízes de Direito, pelas varas, pelos fóruns, pelos tribunais do júri (encarregado de julgar crimes dolosos contra a vida), pelos juizados especiais e suas turmas recursais. • 2º grau: representado pelos Tribunais de Justiça (TJs). Nele, os magistrados são desembargadores, que têm entre as principais atri- buições o julgamento de demandas de competência originária e de recursos interpostos contra decisões proferidas no primeiro grau. Juizados especiais Criados pela Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, têm competência para a conciliação, o processamento, o julgamento e a execução das causas cíveis de menor complexidade (causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo, por exemplo) e das infrações penais de menor poten- cial ofensivo, ou seja, as contravenções penais e os crimes para os quais a lei defina pena máxima não superior a dois anos. As turmas recursais, por sua vez, integradas por juízes em exercício no primeiro grau, são encarregadas de julgar recursos apresentados contra decisões dos juizados especiais. 24 Justiça do Trabalho Concilia e julga as ações judiciais entre empregados e empregadores avulsos e seus tomadores de serviços e outras controvérsias decor- rentes da relação do trabalho, além das demandas que tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive as coletivas. Como ela se organiza São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juízes do trabalho, atuantes, estes últimos, nas varas do trabalho. Como ela é formada A jurisdição da Justiça do Trabalho é dividida em 24 regiões. Do ponto de vista hierárquico e institucional, cada uma dessas regiões é estruturada em dois graus de jurisdição, organizados da seguinte forma. • 1º grau: composto pelas varas de trabalho onde atuam os juízes do trabalho. Sua competência é determinada pela localidade em que presta serviços ao empregador, independentemente do local da contratação (seja de caráter nacional ou internacional). • 2º grau: composto pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs). Neles são julgados recursos ordinários contra decisões das varas do trabalho, os dissídios coletivos, ações originárias, ações rescisórias de suas decisões ou das varas e os mandados de segurança contra atos de seus juízes. 25 Justiça Federal De acordo com o disposto nos artigos 92 e 106 da Constituição Federal, a Justiça Federal, ramo integrante da estrutura do Poder Judiciário, é constituída pelos Tribunais Regionais Federais e pelos juízes federais. A Justiça Federal, juntamente com a Justiça Estadual, compõe a chamada justiça comum. Compete, especificamente, à Justiça Federal, julgar as causas em que a União, entidades autárquicas ou empresas públicas federais sejam interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes; as causas que envolvam estados estrangeiros ou tratados internacionais; os crimes políticos ou aqueles praticados contra bens, serviços ou interesses da União; os crimes contra a organização do trabalho; a disputa sobre os direitos indígenas, entre outros. Exclui-se da competência da Justiça Federal as causas de falência, as de acidente de trabalho e as de competência das justiças especializadas. Em conformidade com a Emenda à Constituição nº 45/2004, a Justiça Federal também passou a julgar causas relativas a graves violações de direitos humanos, desde que seja suscitado pelo Procurador-Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça incidente de deslocamento de competência. Como é sua estrutura A organização do primeiro grau de jurisdição da Justiça Federal está disciplinada pela Lei nº 5.010, de 30 de maio de 1966, que determina que em cada um dos esta- dos, assim como no Distrito Federal, será constituída uma seção judiciária. Locali- zada nas capitais das unidades da federação, as seções judiciárias são formadas por um conjunto de varas federais, onde atuam os juízes federais. Cabe a eles o julgamento originário da maior parte das ações submetidas à Justiça Federal. O segundo grau de jurisdição da Justiça Federal é composto por cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs), com sedes em Brasília (TRF 1ª Região), Rio de Janeiro (TRF 2ª Região), São Paulo (TRF 3ª Região), Porto Alegre (TRF 4ª Região) e Recife (TRF 5ª Região). Os TRFs são compostos de duas ou mais seções judiciárias, conforme apresen- tado a seguir. • TRF 1ª Região - Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mara- nhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins; • TRF 2ª Região - Espírito Santo e Rio de Janeiro; • TRF 3ª Região - Mato Grosso do Sul e São Paulo; • TRF 4ª Região - Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina; • TRF 5ª Região - Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Nas comarcas onde não houver vara federal, os juízes estaduais são compe- tentes para processar e julgar determinados tipos de processos (art. 15, Lei nº 5.010/1966). 26 Justiça Eleitoral Ramo especializado do Poder Judiciário brasileiro, responsável pela orga- nização e realização de eleições, referendos e plebiscitos, pelo julgamento de questões eleitorais e pela elaboração de normas referentes ao processo eleitoral. Como foi criada Pelo Código Eleitoral de 1932 (Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932). Atualmente, é regida principalmente pelo Código Eleitoral de 1965 (Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965) e sua existência e estrutura possuem previsão legal nos artigos 118 a 121 da Constituição Federal de 1988, os quais, dentre outras determinações, instituem o Tribunal Superior Eleitoral como seu órgão máximo, de última instância, e impõem a existência de um Tribunal Regional Eleitoral na capital de cada estado e no Distrito Federal. Como é a sua estrutura A Justiça Eleitoral é estruturadaem dois graus de jurisdição, entretanto não possui quadro próprio de magistrados. • 1º Grau: composto por um juiz eleitoral em cada zona eleitoral, escolhido dentre os juízes de direito; e pelas juntas eleitorais, de existência provisória, apenas nas eleições, compostas por um juiz de direito e por dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade. • 2º Grau: é representado pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que possuem em sua composição dois desembargadores do Tribunal de Justiça, dois juízes de direito, um juiz do Tribunal Regional Federal (desembargador federal) ou um juiz federal e dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. Os juízes dos TREs, salvo por motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Juntas Eleitorais Órgãos colegiados de caráter temporário do primeiro grau da Justiça Eleitoral, constituídos apenas no período de realização de eleições (60 dias antes do pleito até a diplomação dos eleitos) e suas principais atribuições são de apura- ção dos votos e expedição dos diplomas aos eleitos. As demais competências estão elencadas no artigo 40 do Código Eleitoral. 27 Justiça Militar Estadual Ramo especializado do Poder Judiciário brasileiro, responsável por processar e julgar os militares dos estados (polícia militar e corpo de bombeiros militar) nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil. Como ela se organiza Cada estado tem competência para criar sua Justiça Militar Estadual por meio de lei de iniciativa dos Tribunais de Justiça. Porém, a criação de um Tribunal de Justiça Militar Estadual só é possível se o estado possuir um efetivo superior a vinte mil integrantes das forças militares estaduais, dentre polícia militar e corpo de bombeiros militar (§3º do artigo 125 da CF/88). Todas as unidades da federação possuem Jus- tiça Militar Estadual, sendo que três estados dispõem de Tribunal de Justiça Militar (Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo). Como é sua estrutura A Justiça Militar Estadual é estruturada em duas instâncias ou graus de jurisdição. • 1ª Grau: constituído pelas auditorias militares, composta por um juiz de direito, também denominado juiz auditor, responsável pelos atos de ofício, e pelos Conselhos de Justiça, órgãos colegiados formados por quatro juízes militares (oficiais das armas) e o próprio juiz auditor, com a função de processar crimes militares. • 2º Grau: representado pelos Tribunais de Justiça Militar, nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Nos demais estados e no Distrito Federal, essa função cabe aos próprios Tribunais de Justiça (TJs). 28 Justiça Militar da União Ramo do Poder Judiciário brasileiro, a quem compete processar e julgar militares das Forças Armadas e civis que cometerem crimes militares previstos em lei. É o segmento de justiça mais antigo do Brasil, tendo sido o Superior Tribunal Militar a primeira Corte do País a ser criada, em 1º de abril de 1808, pelo então Príncipe- Regente de Portugal, Dom João VI. Como é sua estrutura A JMU é estruturada em dois graus de jurisdição, primeira instância e tribunal superior, Superior Tribunal Militar (STM), além de Auditoria de Correição. • 1ª instância: composta por 19 auditorias, divididas em 12 circunscrições judiciárias militares (CJM). As auditorias têm jurisdição mista, ou seja, cada uma julga os feitos relativos à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica. O julgamento é realizado pelos Conselhos de Justiça, formados por quatro oficiais e pelo juiz-auditor. • Auditoria de Correição: É exercida pelo Juiz-Auditor Corregedor, com autuação em todo o território nacional. A Auditoria de Correição é um órgão de fiscalização e orientação judiciário-administrativa. Os recursos às decisões de primeira instância são remetidos diretamente para o STM, a quem cabe, também, julgar originalmente os oficiais-generais. 29 Tribunais Superiores São os órgãos máximos de seus ramos de justiça, atuando tanto em causas de competência originária quanto como revisores de decisões de 1º ou 2º graus. São eles: Superior Tribunal de Justiça (STJ), Superior Tribunal Militar (STM), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal Supe- rior do Trabalho (TST). Os magistrados que compõem esses colegiados são denominados Ministros. Superior Tribunal de Justiça Composto por 33 ministros, é o tribunal superior da justiça comum (esta- dual e federal) para causas infraconstitucionais (que não se relacionam diretamente com a Constituição Federal). Sua principal função é uniformizar e padronizar a interpretação da legislação federal brasileira, ressalvadas as questões de competência das justiças especializadas (Eleitoral e Tra- balhista). Suas competências estão previstas no art. 105 da Constituição Federal, dentre as quais está o julgamento em recurso especial de causas decididas em última ou única instância pelos Tribunais Regionais Federais, pelos Tribunais de Justiça ou pelos Tribunais de Justiça Militar dos estados quando a decisão recorrida contrariar a lei federal. Superior Tribunal Militar Órgão da Justiça Militar da União, composto por quinze ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República depois de aprovados pelo Senado Federal, sendo três oficiais-generais da Marinha, quatro oficiais-generais do Exército, três oficiais-generais da Aeronáutica — todos da ativa e do posto mais elevado da carreira — e cinco civis escolhidos pelo Presidente da República. O STM, um dos três tribunais superiores especializados do Brasil, tem a atribuição de julgar os recursos oriundos da primeira instância da Justiça Militar da União, bem como a competência originária para processar e julgar os oficiais-generais e decretar a perda do posto e da patente dos oficiais das Forças Armadas julgados indignos ou incompatíveis para o oficialato 30 Tribunal Superior Eleitoral Órgão máximo da Justiça Eleitoral, o TSE é composto por 7 ministros titulares e 7 ministros substitutos: 3 titulares e 3 substitutos provenien- tes do STF, 2 titulares e 2 substitutos oriundos do STJ e 2 titulares e 2 substitutos da classe jurista, advogados indicados pelo STF e nomeados pela Presidência da República. Sua principal função é zelar pela lisura de todo o processo eleitoral. Ao TSE cabe, entre outras atribuições previstas no Código Eleitoral, julgar os recursos decorrentes das deci- sões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), inclusive sobre matéria administrativa. Tribunal Superior do Trabalho Órgão máximo da Justiça do Trabalho, o TST é composto por 27 minis- tros. Sua principal função é a de uniformizar as decisões sobre ações trabalhistas, consolidando a jurisprudência desse ramo do direito. O TST possui competência para o julgamento de recursos de revista, recursos ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRTs e dissí- dios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de mandados de segurança e embargos opostos às suas decisões e ações rescisórias, dentre outras constantes no art. 114 da Constituição Federal. 31 3.1 Estr utura do primeiro grau O primeiro grau do Poder Judiciário possui 14.792 unidades judiciárias, número semelhante ao apresentado no ano anterior. Esse quantitativo é subdividido em 10.680 varas estaduais, trabalhistas e federais (72%); 1.436 (9,7%) juizados especiais; 2.644 (17,9%) zonas eleitorais; 19 auditorias militares da União; e 13 auditorias militares estaduais, conforme observado nas Figuras 1, 2 e 3. A maior parte das unidades judiciárias pertence à Justiça Estadual, que possui 9.545 varas e juizados especiais e 2.677 comarcas (48,1% dos municípios brasileiros são sede da Justiça Estadual). A Justiça do Trabalho está sediada em 624 municípios (11,2% dos municípios) e a Justiça Federal em 278 (5% dos municípios). Figura 1: Unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de justiça Justiça EstadualJustiça Eleitoral Justiça do Trabalho Justiça Federal Auditoria Militar da União Justiça Militar Estadual 9.545 64,5% 2.644 17,9% 1.587 10,7% 984 6,7% 19 0,1% 13 0,1% Figura 2: Diagrama do número de unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de justiça Total de unidades judiciárias 14.792 Justiça Eleitoral 2.644 (17,9%) Justiça Militar Estadual 13 (0,1%) Auditorias Militares da União 19 (0,1%) Justiça do Trabalho 1.587 (10,7%) Varas 8.303 (87%) Varas 790 (80,3%) Juizados 1.242 (13%) JEFs 194 (19,7%) Justiça Estadual 9.545 (64,5%) Justiça Federal 984 (6,7%) 32 Figura 3: Número de municípios-sede e unidades judiciárias por tribunal 8 12 18 23 41 40 61 62 55 55 58 63 16 107 79 69 112 111 127 184 150 203 161 165 81 296 320 53 54 61 104 118 122 136 143 152 182 223 228 211 273 288 313 318 376 392 399 512 732 550 577 631 861 1.536 TJRR TJAP TJAC TJRO TJTO TJSE TJAM TJPI TJAL TJMS TJRN TJPB TJDFT TJMA TJMT TJES TJPA TJSC TJGO TJCE TJPE TJBA TJPR TJRS TJRJ TJMG TJSP 11 7 11 16 9 9 18 14 12 20 26 6 15 22 19 30 27 32 41 55 27 100 65 32 14 15 22 23 23 24 26 27 32 32 38 35 37 48 56 60 70 88 97 132 146 153 158 231 TRT22 TRT20 TRT19 TRT16 TRT21 TRT17 TRT24 TRT13 TRT11 TRT14 TRT23 TRT10 TRT7 TRT18 TRT8 TRT12 TRT6 TRT5 TRT9 TRT4 TRT1 TRT15 TRT3 TRT2 7 8 9 1 20 27 32 37 40 43 52 48 45 57 65 79 77 85 87 88 97 165 74 140 158 254 240 8 9 10 19 29 29 33 42 49 50 57 60 60 68 82 92 99 100 105 109 122 199 165 165 186 304 393 TRE−RR TRE−AC TRE−AP TRE−DF TRE−RO TRE−SE TRE−TO TRE−AL TRE−MS TRE−ES TRE−MT TRE−AM TRE−RN TRE−PB TRE−PI TRE−GO TRE−SC TRE−PA TRE−MA TRE−CE TRE−PE TRE−BA TRE−RJ TRE−RS TRE−PR TRE−MG TRE−SP 43 26 62 51 96 127 149 197 217 294 3 4 6 TRF5 TRF2 TRF4 TRF3 TRF1 TJMMG TJMRS TJMSP Estadual Municípios−Sede Unidades Judiciárias Trabalho Municípios−Sede Unidades Judiciárias Eleitoral Municípios−Sede Unidades Judiciárias Municípios−Sede Unidades Judiciárias Militar Estadual Federal 33 A Figura 4 mostra o percentual da população de cada unidade da Federação que se encontra em município-sede da Justiça Estadual. Observa-se que 89,7% da população brasileira reside em município-sede da Justiça Estadual, o que demonstra que as estruturas físicas do Poder Judiciário estão acessíveis à população. Isso significa que, apesar das comarcas corresponderem a 48,1% dos municípios, elas estão em locais com grande abrangência populacional. No Distrito Federal e nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Sergipe e Amapá, as comarcas estão localizadas de forma que quase a totalidade da população resida em cidades providas por varas. Por outro lado, os estados de Tocantins, Amazonas e Rondônia possuem menos de 72% da população residente em sede de comarca. Figura 4: Percentual da população residente em municípios-sede de comarca Total RO AM TO PB PI RN RR AL MS AC AP SE MA SC BA MT GO PA PE ES CE DF MG PR RS SP RJ 89,7% 58,5% 71,0% 71,8% 76,8% 79,1% 81,0% 86,2% 87,6% 92,3% 92,7% 98,0% 99,2% 80,1% 84,0% 86,1% 90,1% 92,1% 93,8% 95,5% 97,1% 99,8% 100,0% 81,6% 85,4% 86,2% 94,6% 99,6% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle 34 As Figuras de 5 a 9 apresentam as estruturas territoriais das comarcas brasileiras, com mapeamento dos muni- cípios que são sede de comarca. Os municípios destacados de verde são aqueles em que há comarca. Os dados foram extraídos do sistema Módulo de Produtividade Mensal, que possui um cadastro nacional de todas as unidades judiciárias e suas respectivas comarcas. Figura 5: Distribuição geográfica das comarcas na região Sul Figura 6: Distribuição geográfica das comarcas na região Sudeste 35 Figura 7: Distribuição geográfica das comarcas na região Centro-Oeste Figura 8: Distribuição geográfica das comarcas na região Nordeste 36 Figura 9: Distribuição geográfica das comarcas na região Norte Na Figura 10 estão a localização e concentração das unidades judiciárias no território. Percebe-se grande con- centração na faixa litorânea do País, com distribuição mais dispersa nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e nos estados da região Norte. Figura 10: Localização das unidades judiciárias da Justiça Estadual, Federal, Trabalhista e Militar 37 As Figuras de 11 a 15 apresentam a distribuição populacional por unidade judiciária e por segmento de justiça, com informações agrupadas por unidade da federação. Na Figura 11, nota-se que os três maiores índices de habitantes por unidade judiciária de primeiro grau estão nos estados do Pará e do Maranhão, seguidos pelo estado do Amazonas. Esses três estados possuem 9% da população brasileira, 37% da extensão territorial do Brasil e apenas 7% das unidades judiciárias. O Maranhão apresenta o maior índice de habitantes por unidade judiciária também na Justiça do Trabalho, 23 varas do trabalho. O confronto dessa informação com a disposta na Figura 4, em que esta UF aponta o menor índice de população atendida pelas comarcas estaduais dentre os tribunais de médio porte, pode indicar problema de acesso à justiça, comparativamente aos demais estados. Figura 11: Habitantes por unidade judiciária Abaixo de 2.379 2.379 |− 2.876 2.876 |− 3.373 3.373 |− 3.870 Acima de 3.870 RR ES MT TO AP MS DF RS RN RO PI PB RJ AC GO SC SE PR PE AL BA CE MG SP AM PA MA Abaixo de 15.123 15.123 |− 18.816 18.816 |− 22.509 22.509 |− 26.202 Acima de 26.202 RR RO MT ES TO DFT AC RN MS AP PB GO PE SE SC RS BA PR AL CE PI MG MA PA RJ AM SP Abaixo de 63.674 63.674 |− 87.430 87.430 |− 111.186 111.186 |− 134.942 Acima de 134.942 PI RO TO MS RN PB MT PR MA AM RS MG SC BA RR GO PE SE AL ES CE AP PA AC RJSP DF Figura 12: Habitantes por varas e juizados especiais estaduais Figura 13: Habitantes por zona eleitoral Nathalie Dalle 38 Figura 14: Habitantes por vara do trabalho Figura 15: Habitantes por vara e juizado especial federal TRT14 TRT4 TRT23 TRT2 TRT24 TRT9 TRT1 TRT12 TRT10 TRT3 TRT6 TRT18 TRT11 TRT15 TRT13 TRT19 TRT21 TRT20 TRT17 TRT8 TRT5 TRT22 TRT7TRT16 Abaixo de 113.701 113.701 |− 160.852 160.852 |− 208.002 208.002 |− 255.153 Acima de 255.153 AP DF RS RJ RR SC PR MS AC RO ES MT TO SP RN AL PB PEPI SE MG CE GO BA PA MA AM Abaixo de 165.724 165.724 |− 225.731 225.731 |− 285.739 285.739 |− 345.746 Acima de 345.746 3.2 Classificação dos tribunais por porte O Brasil é um país de vasta extensão territorial, diante disso alguns tribunais de um mesmo ramo possuem rea- lidades muito distintas. Assim, é recomendável o uso de estatísticas comparativas, levando-se em consideração as diferenças. Dessa forma, a classificação dos tribunais por porte tem por objetivo criar grupos que respeitem as particularidades existentes em um mesmo ramo de justiça. Para a categorização por porte, foram consideradas as variáveis: despesas totais; casos novos; processos pen- dentes; número de magistrados; número de servidores (efetivos, requisitados, cedidos e comissionados sem vínculo efetivo); e número de trabalhadores auxiliares (terceirizados, estagiários, juízes leigos e conciliadores). A consolidação dessas informações forma um escore único, por tribunal, a partir do qual se procede ao agrupamento: tribunais de grande, médio ou pequeno porte5. As figuras de 16 a 18 mostram a distribuição dos portes conforme os segmentos de justiça. As Tabelas de 1 a 3 apresentam os dados utilizados para o agrupamento, os escores obtidos, o ranking e a classificação em grupos de cada um dos tribunais da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral. Os tribunais dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul aparecem como de grande porte nos três ramos de Justiça, enquanto os tribunais dos estados do Acre, Roraima, Rondônia, Alagoas, Sergipe e Mato Grosso do Sul entre os de pequeno porte. Outro aspecto relevante é a simetria entre os portes,as regiões geográficas e os dados demográficos. Nota-se que, na Justiça Estadual, as regiões Sul e Sudeste são compostas, basicamente, por tribunais de grande porte (com exceção do TJSC e do TJES). Os cinco maiores tribunais estaduais (TJRS, TJPR, TJSP, TJRJ e TJMG) concentram 64% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 51% da população brasileira, ao passo que os cinco menores tribunais estaduais (TJRR, TJAC, TJAP, TJTO, TJAL) abarcam apenas 2% do PIB e 3% da população. 5 Detalhes técnicos estão disponíveis no anexo metodológico, que contém informações sobre a técnica estatística empregada, no caso a análise de componentes principais. 39 Figura 16: Distribuição territorial dos Tribunais de Justiça segundo o porte 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 TJSP TJRJ TJMG TJPR TJRS TJBA TJSC TJGO TJPE TJDFT TJCE TJMT TJMA TJES TJPA TJMS TJPB TJRN TJAM TJPI TJSE TJRO TJAL TJTO TJAP TJAC TJRR TJSP TJRJ TJMG TJPR TJRS TJBA TJSC TJGO TJPE TJDFT TJCE TJMT TJMA TJES TJPA TJMS TJPB TJRN TJAM TJPI TJSE TJRO TJAL TJTO TJAP TJAC TJRR 40 Figura 17: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho segundo o porte 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 TRT2 TRT15 TRT1 TRT3 TRT4 TRT9 TRT5 TRT6 TRT12 TRT18 TRT8 TRT10 TRT7 TRT11 TRT13 TRT17 TRT23 TRT14 TRT16 TRT24 TRT21 TRT19 TRT20 TRT22 TRT2 TRT15 TRT1 TRT3 TRT4 TRT9 TRT5 TRT6 TRT12 TRT18 TRT8 TRT10 TRT7 TRT11 TRT13 TRT17 TRT23 TRT14 TRT16 TRT24 TRT21 TRT19 TRT20 TRT22 41 Figura 18: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais Eleitorais segundo o porte 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 TRE-SP TRE-MG TRE-PR TRE-RJ TRE-RS TRE-PI TRE-CE TRE-BA TRE-PA TRE-MA TRE-SC TRE-PE TRE-GO TRE-PB TRE-RN TRE-AM TRE-MT TRE-ES TRE-MS TRE-AL TRE-TO TRE-DF TRE-SE TRE-RO TRE-AP TRE-AC TRE-RR TRE-SP TRE-MG TRE-PR TRE-RJ TRE-RS TRE-PI TRE-CE TRE-BA TRE-PA TRE-MA TRE-SC TRE-PE TRE-GO TRE-PB TRE-RN TRE-AM TRE-MT TRE-ES TRE-MS TRE-AL TRE-TO TRE-DF TRE-SE TRE-RO TRE-AP TRE-AC TRE-RR 42 Tabela 1: Classificação dos tribunais da Justiça Estadual segundo o porte, ano-base 2019 Grupo Tribunal Escore* Despesa Total da Justiça Casos Novos Casos Pendentes Número de Magistrados Força de Trabalho (servidores e auxiliares) 1º Grupo: Grande Porte 1 TJ - São Paulo 4,330 13.116.881.764 5.622.173 19.138.363 2.650 67.512 2 TJ - Rio de Janeiro 1,192 4.236.570.724 2.029.251 9.988.598 889 26.108 3 TJ - Minas Gerais 1,034 5.790.909.062 1.649.265 3.772.400 1.083 28.037 4 TJ - Paraná 0,540 2.827.494.419 1.365.021 3.760.331 922 18.377 5 TJ - Rio Grande do Sul 0,492 3.959.425.090 1.413.893 3.006.945 751 15.772 2º Grupo: Médio Porte 1 TJ - Bahia 0,383 3.828.881.756 1.412.185 3.398.217 578 12.518 2 TJ - Santa Catarina 0,181 2.313.120.572 1.090.499 3.437.310 507 12.546 3 TJ - Pernambuco -0,026 1.730.121.595 668.870 2.166.273 553 10.069 4 TJ - Goiás -0,080 2.249.339.914 547.665 1.486.451 379 12.059 5 TJ - Distrito Federal e Territórios -0,101 2.935.602.287 451.363 657.087 382 11.050 6 TJ - Ceará -0,228 1.363.113.238 477.814 1.222.783 417 7.629 7 TJ - Mato Grosso -0,263 1.577.333.608 467.767 967.849 291 8.485 8 TJ - Maranhão -0,320 1.224.320.222 377.101 1.079.872 347 5.820 9 TJ - Espírito Santo -0,323 1.420.245.494 303.677 889.068 324 6.692 10 TJ - Pará -0,333 1.194.773.320 266.711 1.086.636 332 6.808 3º Grupo: Pequeno Porte 1 TJ - Mato Grosso do Sul -0,406 994.817.442 396.380 931.143 208 5.148 2 TJ - Paraíba -0,434 845.518.977 219.927 674.221 285 5.069 3 TJ - Rio Grande do Norte -0,446 962.845.551 275.997 499.105 241 4.737 4 TJ - Amazonas -0,505 694.570.312 250.755 654.257 205 2.986 5 TJ - Piauí -0,517 672.115.674 208.159 547.994 198 3.318 6 TJ - Sergipe -0,518 613.662.256 290.392 384.208 158 4.180 7 TJ - Rondônia -0,535 708.144.828 262.930 334.374 139 3.533 8 TJ - Alagoas -0,546 576.927.475 206.211 488.922 160 3.149 9 TJ - Tocantins -0,555 618.058.071 211.556 373.351 143 3.055 10 TJ - Amapá -0,659 340.566.101 81.197 84.190 86 1.704 11 TJ - Acre -0,666 296.883.079 67.200 120.496 65 2.044 12 TJ - Roraima -0,691 238.684.391 55.319 58.851 56 1.298 43 Tabela 2: Classificação dos tribunais da Justiça do Trabalho segundo o porte, ano-base 2019 Grupo Tribunal Escore* Despesa Total da Justiça Casos Novos Casos Pendentes Número de Magistrados Força de Trabalho (servidores e auxiliares) 1º Grupo: Grande Porte 1 TRT 02ª Região - São Paulo 3,089 2.877.165.377 618.068 964.830 617 6.452 2 TRT 15ª Região - Campinas 1,645 1.725.289.935 483.800 566.873 391 4.313 3 TRT 01ª Região - Rio de Janeiro 1,460 2.009.038.328 357.357 516.382 302 4.924 4 TRT 03ª Região - Minas Gerais 1,172 2.100.573.487 308.623 274.367 316 4.508 5 TRT 04ª Região - Rio Grande do Sul 0,988 1.756.086.476 267.036 374.526 288 3.833 2º Grupo: Médio Porte 1 TRT 09ª Região - Paraná 0,456 1.117.232.192 212.990 303.262 205 3.026 2 TRT 05ª Região - Bahia 0,436 1.400.658.234 172.830 276.885 205 2.853 3 TRT 06ª Região - Pernambuco 0,011 939.282.129 141.860 162.514 148 2.270 4 TRT 12ª Região - Santa Catarina -0,185 798.697.964 127.934 120.832 126 1.718 5 TRT 18ª Região - Goiás -0,335 576.275.200 110.097 90.490 101 1.694 6 TRT 08ª Região - Pará e Amapá -0,346 632.353.795 90.696 73.778 117 1.622 7 TRT 10ª Região - Distrito Federal e Tocantins -0,375 639.920.463 79.823 120.531 99 1.364 8 TRT 07ª Região - Ceará -0,448 447.939.632 79.869 105.376 81 1.513 3º Grupo: Pequeno Porte 1 TRT 11ª Região - Amazonas e Roraima -0,588 499.659.004 49.853 42.782 70 1.177 2 TRT 13ª Região - Paraíba -0,602 512.287.641 43.310 46.561 68 1.101 3 TRT 17ª Região - Espírito Santo -0,610 381.964.395 56.879 65.815 68 1.039 4 TRT 23ª Região - Mato Grosso -0,627 340.428.487 46.781 58.917 77 1.051 5 TRT 14ª Região - Rondônia e Acre -0,677 367.964.942 36.357 28.494 65 1.051 6 TRT 16ª Região - Maranhão -0,684 239.587.120 57.211 83.395 56 771 7 TRT 24ª Região - Mato Grosso do Sul -0,708 282.420.241 44.246 54.574 60 783 8 TRT 21ª Região - Rio Grande do Norte -0,711 301.777.164 36.796 44.897 54 936 9 TRT 19ª Região - Alagoas -0,738 242.831.858 35.176 67.418 50 750 10 TRT 20ª Região - Sergipe -0,803 194.336.857 30.919 50.049 37 659 11 TRT 22ª Região - Piauí -0,819 157.176.857 41.686 40.223 35 592 44 Tabela 3: Classificação dos tribunais da Justiça Eleitoral segundo o porte, ano-base 2019 Grupo Tribunal Escore* Despesa Total da Justiça Casos Novos Casos Pendentes Número de Magistrados Força de Trabalho (servidores e auxiliares) 1º Grupo: Grande porte 1 TRE - São Paulo 3,539 851.465.657 16.241 7.147 400 6.233 2 TRE - Minas Gerais 2,464 681.941.169 13.425 3.697 311 5.247 3 TRE - Paraná 0,767 352.447.115 6.236 4.073 193 1.613 4 TRE - Rio de Janeiro 0,722 556.321.430 2.714 3.035 172 2.075 5 TRE - Rio Grande do Sul 0,423 337.247.859 4.660 2.124 172 1.620 2º grupo: Médio porte 1 TRE - Piauí 0,295 195.675.292 2.644 8.035 89 634 2 TRE - Ceará 0,169 239.076.016 4.091 2.907 116 1.431 3 TRE - Bahia 0,162 282.695.233 745 1.228 205 1.896 4 TRE - Pará 0,114 210.827.915 2.941 4.183 107 1.169 5 TRE - Maranhão 0,001 215.921.121 2.919 3.002 119 919 6 TRE - Santa Catarina -0,003 233.303.617 3.735 2.214 106 1.096 7 TRE - Pernambuco -0,012 249.383.174 3.118 1.109 129 1.418 8 TRE - Goiás -0,020 210.103.009 4.195 2.275 99 1.058 9 TRE - Paraíba -0,224 166.022.885 4.306 1.876 75 688 10 TRE - Rio Grande do Norte -0,334 143.385.348 3.427 1.879 67 632 11 TRE - Amazonas -0,362 155.518.731 1.968 2.262 67 709 3º grupo: Pequeno porte 1 TRE - Mato Grosso -0,453 148.742.730 2.710 1.076 62 661 2 TRE - Espírito Santo -0,459 126.804.198 2.480 1.632 57 640 3 TRE - Mato Grosso do Sul -0,589 119.056.639 1.578 764 56 736 4 TRE - Alagoas -0,611 117.759.642 1.952 869 49 524 5 TRE - Tocantins -0,671 99.466.161 2.089 649 40 496 6 TRE - Distrito Federal -0,711 106.399.707 269 1.556 27 587 7 TRE - Sergipe-0,735 100.373.420 1.290 709 36 429 8 TRE - Rondônia -0,747 94.731.879 1.211 831 34 392 9 TRE - Amapá -0,897 55.299.604 638 763 17 276 10 TRE - Acre -0,906 72.288.905 628 521 16 254 11 TRE - Roraima -0,922 43.894.917 1.219 378 15 234 45 3.3 Infográficos Neste tópico são apresentados os principais indicadores para o Poder Judiciário e por segmentos de justiça, pro- porcionando visão geral dos recursos orçamentários e humanos, dos indicadores de litigiosidade, dos tempos médios dos processos e das demandas mais recorrentes segundo classe e assunto. Para a visualização de cada tribunal, basta utilizar o QR-code abaixo para acessar os painéis do “Justiça em Números” e selecionar a unidade desejada. http://paineis.cnj.jus.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=qvw_l%2FPainelCNJ.qvw&host=QVS%40neodimio03&anonymou- s=true&sheet=shResumoDespFT 46 Magistrados Força de Trabalho Poder Judiciário 86%14%0% 13.817 4.182 1.674 2.463 76 1º grau Juizados Especiais Turmas Recursais 2º grau Tribunais Superiores 1º grau Juizados Especiais 2º grau Tribunais Superiores Turmas Recursais Turmas Regionais de Uniformização Administrativa 24% 16% 58% 59% 15% 23% 3% 1% 160.540 29.501 30.902 56.880 3.383 1.764 18 Funções comissionadas Cargos em comissão 21%66%12%1% magistrado e servidor função comissionada cargo em comissão 2º grauSuperiores 1º grau administrativo 26% 18% 19% 56% 51% 65% 15% 30% 14% 3% 1% 2% Servidores Despesa Total R$ 100.157.648.446 Informática R$ 2.180.051.491 (23,2%) Total: 446.142 Magistrados: 18.091 Servidores: 276.331 -Efetivos: 227.189 -Cedidos/Requisitados: 22.211 -Sem vínculo Efetivo: 18.775 Auxiliares: 159.876 Cargos Existentes: 22.706 ProvidosVagos 18.0914.615 Cargos Existentes: 276.331 ProvidosVagos 230.135*46.196 Recursos Humanos R$ 90,8 Bilhões (90,6%) (0,8%) R$ 78.019.153.724 (85,9%) R$ 6.267.841.178 (6,9%) R$ 3.600.331.078 (4,0%) R$ 2.156.149.470 (2,4%) R$ 731.331.891 Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Outras despesas correntes Outras Despesas R$ 9,4 Bilhões (9,4%) Despesas de Capital R$ 2.139.984.023 (22,8%) R$ 7.242.857.081 (77,2%) *incluindos os servidores cedidos para outros órgãos. 47 Tempo médio do processo baixado no Poder Judiciário Justiça Comum Fiscal 8 anos Não fiscal 5 anos e 8 meses Juizados Especiais 2º grau 10 meses Turmas Recursais 1 ano e 2 meses Execução Extrajudicial 1º grau 7 anos e 9 meses Execução Extrajudicial Juizados Especiais 1 ano e 6 meses Conhecimento 1º grau 1 ano Conhecimento Juizados Especiais 1 ano e 7 meses Execução Judicial 1º grau 2 anos e 5 meses Execução Judicial Juizados Especiais 1 ano e 8 meses 2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau Turma Recursal Conhecimento Execução Tempo da Sentença Tempo da Baixa Tempo do Pendente 2 anos 1 mês 3 anos 11 meses 7 anos 10 meses 1 ano 6 anos 6 meses 10 meses 2 anos 4 anos 9 meses 2 anos 3 meses 1 ano 8 meses 1 ano 9 meses 1 ano 2 meses 1 ano 7 meses 1 ano 8 meses 11 meses 10 meses 1 ano 1 mês 48 Justiça Estadual Justiça do Trabalho Justiça Federal Justiça Eleitoral Movimentação processual Casos novos 20.669.278 4,3% 3.530.197 2,0% 5.201.412 23,7% 93.429 -54,6% Criminal 2.566.017 -0,2% - - 111.911 -7,0% 2.592 -3,9% Não criminal 18.103.261 4,9% 3.530.197 2,0% 5.089.501 24,6% 90.837 -55,2% Julgados 22.881.729 14,2% 4.026.010 -7,8% 3.963.302 -2,9% 129.325 -18,8% Criminal 2.624.858 -6,7% - - 79.912 2,6% 3.297 6,1% Não criminal 20.256.871 17,6% 4.026.010 -7,8% 3.883.390 -3,0% 126.028 -19,3% Baixados 24.997.305 13,2% 4.185.708 -3,9% 5.359.157 21,6% 171.862 -15,8% Criminal 2.958.184 8,8% - - 153.832 26,5% 3.782 14,7% Não criminal 22.039.121 13,8% 4.185.708 -3,9% 5.205.325 21,5% 168.080 -16,3% Casos pendentes 61.209.295 -2,7% 4.533.771 -6,7% 10.636.165 5,5% 60.794 -59,1% Criminal 6.813.666 -0,5% - - 207.361 -3,2% 6.563 -25,9% Não criminal 54.395.629 -3,0% 4.533.771 -6,7% 10.428.804 5,6% 54.231 -61,2% Indicadores de produtividade IAD (baixados/cn) 121% 9,53 p.p. 119% -7,24 p.p. 103% -1,77 p.p. 184% 84,66 p.p. Taxa de congestionamento 71% -3,01 p.p. 52% -0,75 p.p. 66% -3,1 p.p. 26% -15,98 p.p. Taxa de congest. líquida 68% -3,4 p.p. 43% -2,28 p.p. 54% -1,77 p.p. 24% -16,41 p.p. Indicadores de gestão Índice de conciliação 11% -0,58 p.p. 24% -0,31 p.p. 11% 3,28 p.p. 0,2% -0,31 p.p. Recorribilidade externa 7% -0,65 p.p. 51% 0,83 p.p. 20% 0,76 p.p. 2,9% -4,07 p.p. Recorribilidade interna 8% -0,49 p.p. 20% 2,81 p.p. 10% 0,04 p.p. 2,2% -1,97 p.p. Processos eletrônicos 88% 4,54 p.p. 99% 1,16 p.p. 94% 12,49 p.p. 8,2% -24 p.p. Indicadores por magistrado Casos novos 1.571 5,8% 821 1,5% 2.146 2,7% 33 -54,6% Carga de trabalho 7.715 3,4% 2.927 -4,8% 9.107 8,8% 84 -34,1% Carga de trabalho líquida 6.981 3,1% 2.497 -6,7% 6.745 14,8% 82 -34,2% Processos Julgados 1.987 16,5% 1.216 -8,0% 2.178 -4,1% 46 -18,8% IPM (baixados) 2.171 15,5% 1.264 -4,0% 2.945 20,1% 61 -15,8% Indicadores por servidor da área judiciária Casos novos 132 3,4% 95 6,0% 187 7,8% 8 -44,9% Carga de trabalho 646 1,1% 339 -0,6% 792 14,2% 21 -20,2% Carga de trabalho líquida 585 0,8% 289 -2,6% 586 20,6% 20 -20,3% IPS-Jud (baixados) 182 13,0% 146 0,2% 256 26,1% 15 2,0% Litigiosidade p.p.: postos percentuais Nathalie Dalle Nathalie Dalle 49 Justiça Militar Estadual Auditorias Militaresda União Tribunais Superiores Total Movimentação processual Casos novos 4.523 -6,4% 1.513 -4,1% 713.994 20,3% 30.214.346 6,8% Criminal 3.094 -8,4% 1.513 -4,1% 121.355 16,8% 2.806.482 0,2% Não criminal 1.429 -1,7% - - 592.639 21,0% 27.407.864 7,5% Julgados 3.410 -27,9% 1.382 -1,8% 708.480 -14,4% 31.713.638 7,6% Criminal 2.037 -36,5% 1.382 -1,8% 125.873 9,3% 2.837.359 -5,9% Não criminal 1.373 -9,7% - - 582.607 -18,2% 28.876.279 9,1% Baixados 4.189 -21,0% 1.413 9,4% 665.342 4,4% 35.384.976 11,6% Criminal 2.616 -32,3% 1.413 9,4% 125.104 11,6% 3.244.931 9,6% Não criminal 1.573 9,4% - - 540.238 2,8% 32.140.045 11,9% Casos pendentes 3.704 8,8% 1.913 -8,5% 651.297 8,1% 77.096.939 -1,9% Criminal 2.603 16,6% 1.913 -8,5% 47.334 -9,1% 7.079.440 -0,7% Não criminal 1.101 -6,0% - - 603.963 9,7% 70.017.499 -2,1% Indicadores de produtividade IAD (baixados/cn) 93% -17,11 p.p. 93% 11,51 p.p. 93% -14,2 p.p. 117% 5,1 p.p. Taxa de congestionamento 47% 7,83 p.p. 58% -4,28 p.p. 49% 0,86 p.p. 69% -2,72 p.p. Taxa de congest. líquida 46% 8,09 p.p. 55% -5,38 p.p. 48% 3,66 p.p. 64% -3,08 p.p. Indicadores de gestão Índice de conciliação - - - - 0,09% 0,06 p.p. 13% -0,15 p.p. Recorribilidade externa 11% 0,42 p.p. 14% 2,73 p.p. 9,08% 2,09 p.p. 11% -0,93 p.p. Recorribilidade interna 15% 4,99 p.p. - - 27,15% 3,07 p.p. 11% -0,11 p.p. Processos eletrônicos 58% 16,74 p.p. 100% 0 p.p. 86,87% -0,09 p.p. 90% 5,39 p.p. Indicadores por magistrado Casos novos 97 -9,1% 27 -14,7% 9.363 17,8% 1.520 4,7% Carga de trabalho 208 -8,0% 95 -1,7% 20.858 2,1% 6.962 3,1% Carga de trabalho líquida 205 -7,8% 91 -3,9% 25.683 7,4% 6.115 3,2% Processos Julgados 83 -27,9% 39 -1,8% 9.265 -16,5% 1.888 8,9% IPM (baixados) 102 -21,0% 40 9,4% 8.735 2,2% 2.107 13,0% Indicadores por servidor da área judiciária Casos novos 17 -11,0% 4 -14,4% 224 28,3% 126 5,6% Carga de trabalho 36 -10,0% 14 -1,2% 499 11,5% 579 4,0% Carga de trabalho líquida 36 -9,7% 13 -3,5% 513 17,8% 508 4,1% IPS-Jud (baixados) 18 -22,7% 6 9,8% 209 11,3% 175 14,1% Litigiosidade p.p.: postos percentuais 50 Total: 302.052 Magistrados: 12.349 Servidores: 173.462 -Efetivos: 145.185 -Cedidos/Requisitados:10.249 -Sem vínculo Efetivo: 18.028 Auxiliares: 116.241 Cargos Existentes: 16.100 ProvidosVagos 12.3493.751 Cargos Existentes: 185.208 ProvidosVagos 145.916*39.292 Justiça Estadual 2º Grau 1º Grau (Juizados Especiais) (Turmas Recursais) (1º grau) 86%14% 9.367 3.204 1.456 1.747 112.149 20.300 18.749 29.502 907 Administrativa2º Grau (Juizados Especiais) (Turmas Recursais) (1º grau) 1º Grau 17%72%11% Funções comissionadas Cargos em comissão 22% 15% 65% 63% 14% 22% magistrado e servidor função comissionada cargo em comissão 2º grau 1º grau administrativo 26% 17% 15% 59% 54% 72% 14% 30% 13% Despesa Total R$ 57.330.927.222 Magistrados Força de Trabalho Servidores Informática R$ 1.343.436.932 (21,6%) *incluindos os servidores cedidos para outros órgãos. R$ 42.414.724.141 (83,0%) R$ 4.093.794.429 (8,0%) R$ 2.246.338.066 (4,4%) R$ 1.793.139.336 (3,5%) R$ 562.783.675 (1,1%) Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 51,1 Bilhões (89,2%) Outras despesas correntes Outras Despesas R$ 6,2 Bilhões (10,8%) Despesas de Capital R$ 1.034.895.884 (16,6%) R$ 5.185.251.691 (83,4%) 51 Tempo médio do processo baixado na Justiça Estadual Justiça Comum Fiscal 7 anos e 10 meses Não fiscal 5 anos e 11 meses Juizados Especiais 2º grau 1 ano Turmas Recursais 8 meses Execução Extrajudicial 1º grau 7 anos e 7 meses Execução Extrajudicial Juizados Especiais 1 ano e 6 meses Conhecimento 1º grau 3 anos e 7 meses Conhecimento Juizados Especiais 1 ano e 6 meses Execução Judicial 1º grau 4 anos e 2 meses Execução Judicial Juizados Especiais 1 ano e 7 meses 2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau Turma Recursal Conhecimento Execução Tempo da Sentença Tempo da Baixa Tempo do Pendente 2 anos 6 meses 4 anos 2 meses 6 anos 11 meses 0 ano 12 meses 3 anos 7 meses 7 anos 0 mês 0 ano 8 meses 2 anos 5 meses 4 anos 9 meses 1 ano 10 meses 1 ano 10 meses 2 anos 3 meses 0 ano 8 meses 1 ano 6 meses 1 ano 7 meses 0 ano 7 meses 0 ano 9 meses 1 ano 2 meses 52 Movimentação Processual Casos Novos: 20.669.278 2º Grau: 2.497.172 Criminal: 602.856 Não Criminal: 1.894.316 1º Grau: 12.155.205 Conhecimento: 7.201.344 Execução: 4.953.861 Criminal: 1.363.988 Não Criminal: 5.837.356 Criminal: 377.582 Não Criminal: 4.576.279 Turmas Recursais: 823.761 Juizados Especiais: 5.193.140 Conhecimento: 4.013.150 Execução: 1.179.990 Criminal: 197.210 Não Criminal: 3.815.940 Criminal: 6.501 Não Criminal: 1.173.489 Criminal: 17.880 Não Criminal: 805.881 Sentenças: 22.881.729 2º Grau: 2.552.639 Criminal: 614.874 Não Criminal: 1.937.765 1º Grau: 13.983.396 Conhecimento: 7.656.517 Execução: 6.326.879 Criminal: 1.467.274 Não Criminal: 6.189.243 Criminal: 233.408 Não Criminal: 6.093.471 Turmas Recursais: 786.517 Juizados Especiais: 5.559.177 Conhecimento: 4.485.836 Execução: 1.073.341 Criminal: 270.258 Não Criminal: 4.215.578 Criminal: 21.289 Não Criminal: 1.052.052 Criminal: 17.755 Não Criminal: 768.762 Baixados: 24.997.305 2º Grau: 2.569.660 Criminal: 613.015 Não Criminal: 1.956.645 1º Grau: 15.778.455 Conhecimento: 9.499.260 Execução: 6.279.195 Criminal: 1.732.850 Não Criminal: 7.766.410 Criminal: 364.907 Não Criminal: 5.914.288 Turmas Recursais: 854.729 Juizados Especiais: 5.794.461 Conhecimento: 4.617.425 Execução: 1.177.036 Criminal: 222.825 Não Criminal: 4.394.600 Criminal: 6.742 Não Criminal: 1.170.294 Criminal: 17.845 Não Criminal: 836.884 Pendentes: 61.209.295 2º Grau: 2.102.555 Criminal: 323.675 Não Criminal: 1.778.880 1º Grau: 52.893.618 Conhecimento: 19.443.449 Execução: 33.450.169 Criminal: 4.397.619 Não Criminal: 15.045.830 Criminal: 1.767.798 Não Criminal: 31.682.371 Turmas Recursais: 714.266 Juizados Especiais: 5.498.856 Conhecimento: 4.183.193 Execução: 1.315.663 Criminal: 290.782 Não Criminal: 3.892.411 Criminal: 21.809 Não Criminal: 1.293.854 Criminal: 11.983 Não Criminal: 702.283 53 Força de Trabalho Magistrados Servidores Jud. Movimentação Processual Estoque Casos Novos Julgados Baixados Indicadores de Produtividade IAD Taxa Congest. Conhecimento Execução Indicadores por Magistrado Casos Novos Carga de Trab. Proc. Julgados Proc. Baixados Indicadores por Servidor Casos Novos Carga de Trab. Proc. Baixados Total 2º Grau 1º Grau Turmas Recursais Juizados Especiais 1.747 9.367 1.456 3.204 12.349 18.749 112.149 907 20.300 143.960 2.102.555 52.893.618 714.266 5.498.856 61.209.295 2.497.172 12.155.205 12.155.205 5.193.140 20.669.278 2.552.639 13.983.396 786.517 5.559.177 22.881.729 2.569.660 15.778.455 5.193.140 5.794.461 24.997.305 102,9% 129,8% 103,8% 111,6% 120,9% 45,0% 77,0% 45,5% 48,7% 71,0% 1.429 1.203 569 1.407 1.571 3.056 8.140 1.180 3.738 7.715 1.461 1.625 543 1.772 1.987 1.471 1.833 590 1.847 2.171 138 97 940 228 132 295 655 1.950 605 646 142 148 976 299 182 62,6% não se aplica 84,2% não se aplica 52,8% 82,3% não se aplica 67,2% não se aplica 47,5% 54 Justiça do Trabalho 3.077559 2º Grau 1º Grau 85%15% 22.7856.911 8.821 Administrativa2º Grau Funções comissionadas Cargos em comissão 1º Grau 23%59%18% 20% 20% 59% 46% 21% 34% magistrado e servidor função comissionada cargo em comissão 2º grau 1º grau administrativo 20% 19% 20% 58% 45% 59% 22% 36% 21% Despesa Total R$ 20.540.947.778 Total: 53.636 Magistrados: 3.636 Servidores: 38.517 -Efetivos: 36.356 -Cedidos/Requisitados: 1.939 -Sem vínculo Efetivo: 222 Auxiliares: 11.483 Cargos Existentes: 3.928 ProvidosVagos 3.636292 Cargos Existentes: 41.036 ProvidosVagos 37.289*3.747 Magistrados Força de Trabalho Servidores Informática R$ 190.943.889 (13,4%) *incluindos os servidores cedidos para outros órgãos. Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 19,1 Bilhões (93,1%) R$ 17.549.615.145 (91,8%) R$ 945.196.133 (4,9%) R$ 406.621.408 (2,1%) R$ 166.535.812 (0,9%) R$ 45.937.527 (0,2%) R$ 854.039.970 (59,8%) Outras despesas correntes Outras Despesas R$ 1,4 Bilhão (6,9%) Despesas de Capital R$ 573.001.783 (40,2%) 55 Fiscal 7 anos e 1 mês Não fiscal 5 anos e 6 meses 2º grau 10 meses Execução Extrajudicial 1º grau 6 anos e 5 meses Conhecimento 1º grau 1 ano Execução Judicial 1º grau 2 anos e 5 meses Tempo médio do processo baixado na Justiça do Trabalho 2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau Tempo da Sentença Tempo da Baixa Tempo do Pendente 1 ano 1 ano 1 mês 4 anos 10 meses 10 meses 1 ano 2 anos 6 meses 5 meses 8 meses 3 anos 11 meses 56 Sentenças: 4.026.010 1º Grau: 3.036.686 Conhecimento: 2.198.363 Execução: 838.323 2º Grau: 989.324 Pendentes: 4.533.771 1º Grau: 3.741.548 Conhecimento: 1.243.785 Execução: 2.497.763 2º Grau: 792.223 Casos Novos: 3.530.197 1º Grau: 2.632.093 Conhecimento: 1.814.400 Execução: 817.693 2º Grau: 898.104 Baixados: 4.185.708 1º Grau: 3.244.352 Conhecimento: 2.304.063 Execução: 940.289 2º Grau: 941.356 Movimentação Processual 57 Força de Trabalho Magistrados Servidores Jud. Movimentação Processual Estoque Casos Novos Julgados Baixados Indicadores de Produtividade IAD Taxa Congest. Conhecimento Execução Indicadores por Magistrado Casos Novos Carga de Trab. Proc. Julgados Proc. Baixados Indicadores por Servidor Casos Novos Carga de Trab. Proc. Baixados Total 2º Grau 1º Grau 559 3.077 3.636 6.911 22.785 29.696 792.223 3.741.548 4.533.771 898.104 2.632.093 3.530.197 989.324 3.036.686 4.026.010 941.356 3.244.352 4.185.708 104,8% 123,3% 118,6% 45,7% 53,6% 52,0% 1.607 662 821 3.583 2.794 2.927 1.770 1.103 1.216 1.684 1.179 1.264 135 83 95 300 351 339 141 148 146 35,1% não se aplica 72,7% 72,7% não se aplica 35,1% 58 Justiça Federal 2º Grau 1º Grau (Juizados Especiais) (Turmas Recursais) (1º grau) 93%7% 1.315 978136 218 (Turmas Regionais de Uniformização) (Juizados Especiais) (Turmas Recursais) (1º grau) 14.785 9.201 3.460 5.852 857 Administrativa2º Grau Funções comissionadas Cargos emcomissão 1º Grau 25% 16% 61% 52% 14% 32% 18 21%66%13% magistrado e servidor função comissionada cargo em comissão 2º grau 1º grau administrativo 24% 16% 23% 62% 55% 66% 13% 30% 11% Despesa Total R$ 12.136.304.726 Total: 44.590 Magistrados: 1.951 Servidores: 27.505 -Efetivos: 25.268 -Cedidos/Requisitados: 2.032 -Sem vínculo Efetivo: 205 Auxiliares: 15.134 Cargos Existentes: 2.511 ProvidosVagos 1.951560 Cargos Existentes: 28.073 ProvidosVagos 26.054*2.019 Magistrados Força de Trabalho Servidores Informática R$ 249.081.244 (33,5%) *incluindos os servidores cedidos para outros órgãos. R$ 10.150.681.272 (89,1%) R$ 670.039.322 (5,9%) R$ 411.126.504 (3,6%) R$ 93.591.055 (0,8%) R$ 67.100.322 (0,6%) Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 11,4 Bilhões (93,9%) Outras Despesas R$ 0,7 Bilhão (6,1 %) Despesas de Capital R$ 272.380.816 (36,6%) Outras despesas correntes R$ 471.385.434 (63,4%) 59 Justiça Comum Fiscal 10 anos Não fiscal 3 anos e 1 mês Juizados Especiais 2º grau 2 anos e 5 meses Turmas Recursais 1 ano e 9 meses Execução Extrajudicial 1º grau 9 anos e 2 meses Conhecimento 1º grau 2 anos e 10 meses Conhecimento Juizados Especiais 1 ano e 9 meses Execução Judicial 1º grau 4 anos e 6 meses Execução Judicial Juizados Especiais 1 ano e 10 meses Tempo médio do processo baixado na Justiça Federal 2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau Turma Recursal Conhecimento Execução Tempo da Sentença Tempo da Baixa Tempo do Pendente 2 anos 4 meses 3 anos 9 meses 8 anos 4 meses 2 anos 5 meses 2 anos 10 meses 8 anos 3 meses 2 anos 1 ano 7 meses 7 anos 10 meses 2 anos 8 meses 1 ano 5 meses 11 meses 1 ano 9 meses 1 ano 9 meses 1 ano 10 meses 1 ano 3 meses 1 ano 7 meses 60 Pendentes: 10.636.165 2º Grau: 1.170.794 Criminal: 33.635 Não Criminal: 1.137.159 1º Grau: 6.430.391 Conhecimento: 1.158.570 Execução: 5.271.821 Criminal: 143.763 Não Criminal: 1.014.807 Criminal: 26.895 Não Criminal: 5.244.926 Turmas Recursais: 725.353 Juizados Especiais: 2.306.683 Conhecimento: 1.798.584 Execução: 508.099 Criminal: 2.979 Não Criminal: 1.795.605 Criminal: 89 Não Criminal: 725.264 Turma Regional de Uniformização: 2.944 Baixados: 5.359.157 2º Grau: 651.362 Criminal: 23.800 Não Criminal: 627.562 1º Grau: 1.287.753 Conhecimento: 732.926 Execução: 554.827 Criminal: 110.468 Não Criminal: 622.458 Criminal: 15.455 Não Criminal: 539.372 Turmas Recursais: 674.641 Juizados Especiais: 2.739.052 Conhecimento: 2.470.663 Execução: 268.389 Criminal: 3.837 Não Criminal: 2.466.826 Criminal: 272 Não Criminal: 674.369Turma Regional de Uniformização: 6.349 Sentenças: 3.963.302 2º Grau: 555.259 Criminal: 24.140 Não Criminal: 531.119 1º Grau: 912.874 Conhecimento: 499.139 Execução: 413.735 Criminal: 47.691 Não Criminal: 451.448 Criminal: 6.395 Não Criminal: 407.340 Turmas Recursais: 523.713 Juizados Especiais: 1.965.789 Conhecimento: 1.956.396 Execução: 9.393 Criminal: 1.437 Não Criminal: 1.954.959 Criminal: 249 Não Criminal: 523.464Turma Regional de Uniformização: 5.667 Movimentação Processual Casos Novos: 5.201.412 2º Grau: 542.001 Criminal: 23.891 Não Criminal: 518.110 1º Grau: 1.115.582 Conhecimento: 648.299 Execução: 467.283 Criminal: 75.614 Não Criminal: 572.685 Criminal: 10.377 Não Criminal: 456.906 Turmas Recursais: 536.048 Juizados Especiais: 3.003.387 Conhecimento: 1.808.548 Execução: 1.194.839 Criminal: 1.793 Não Criminal: 1.806.755 Criminal: 236 Não Criminal: 535.812Turma Regional de Uniformização: 4.394 61 136 1.315 218 978 1.951 3.460 14.785 857 9.201 21.653 1.170.794 6.430.391 725.353 2.306.683 10.636.165 542.001 1.115.582 1.115.582 3.003.387 5.201.412 555.259 912.874 523.713 1.965.789 3.963.302 651.362 1.287.753 3.003.387 2.739.052 5.359.157 120,2% 115,4% 125,9% 91,2% 103,0% 64,3% 83,3% 51,8% 45,7% 66,5% 3.985 836 2.641 1.878 2.146 15.585 6.460 7.331 5.312 9.107 4.083 752 2.580 2.041 2.178 4.789 1.061 3.323 2.844 2.945 161 71 649 204 187 629 550 1.802 576 792 193 90 817 308 256 48,0% não se aplica 90,5% não se aplica 65,4% 87,5% não se aplica 61,3% não se aplica 42,1% Força de Trabalho Magistrados Servidores Jud. Movimentação Processual Estoque Casos Novos Julgados Baixados Indicadores de Produtividade IAD Taxa Congest. Conhecimento Execução Indicadores por Magistrado Casos Novos Carga de Trab. Proc. Julgados Proc. Baixados Indicadores por Servidor Casos Novos Carga de Trab. Proc. Baixados Total 2º Grau 1º Grau Turmas Recursais Juizados Especiais 62 Justiça Eleitoral 2.645191 2º Grau 1º Grau 10.4211.688 9.570 Administrativa 2º Grau 1º Grau Funções comissionadas Cargos em comissão 33% 71% 58% 1% 9% 28% 44%48%8% magistrado e servidor função comissionada cargo em comissão 2º grau 1º grau administrativo 33% 72% 44% 56% 1% 43% 11% 28% 13% Despesa Total R$ 6.166.153.371 Total: 36.503 Magistrados: 2.836 Servidores: 21.679 -Efetivos: 14.148 -Cedidos/Requisitados: 7.430 -Sem vínculo Efetivo: 101 -Requisitados extraordinariamente para realização de eleições: 602 Auxiliares: 11.988 Cargos Existentes: 2.836 Providos 2.836 Cargos Existentes: 14.897 ProvidosVagos 14.464*433 Magistrados Força de Trabalho Servidores Informática R$ 191.239.344 (32,7%) *incluindos os servidores cedidos para outros órgãos. Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 5,6 Bilhões (90,5%) R$ 4.941.257.124 (88,5%) R$ 312.559.369 (5,6%) R$ 230.955.011 (4,1%) R$ 55.862.909 (1,0%) R$ 41.504.833 (0,7%) R$ 428.306.465 (73,3%) Outras despesas correntes Outras Despesas R$ 0,6 Bilhão (9,5%) Despesas de Capital R$ 155.707.659 (26,7%) 63 2º grau 12 meses Execução Fiscal 1º grau 4 anos e 7 meses Conhecimento 1º grau 10 meses Tempo médio do processo baixado na Justiça Eleitoral 2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau Tempo da Sentença Tempo da Baixa Tempo do Pendente 1 ano 7 meses 0 ano 12 meses 0 ano 10 meses 4 anos 7 meses 0 ano 11 meses 64 Movimentação Processual Baixados: 171.862 2º Grau: 27.557 Criminal: 613 Não Criminal: 26.944 1º Grau: 144.305 Conhecimento: 143.825 Execução: 480 Criminal: 3.169 Não Criminal: 140.656 Casos Novos: 93.429 2º Grau: 7.337 Criminal: 605 Não Criminal: 6.732 1º Grau: 86.092 Conhecimento: 85.999 Execução: 93 Criminal: 1.987 Não Criminal: 84.012 Pendentes: 60.794 2º Grau: 20.616 Criminal: 472 Não Criminal: 20.144 1º Grau: 40.178 Conhecimento: 38.255 Execução: 1.923 Criminal: 6.091 Não Criminal: 32.164 Sentenças: 129.325 2º Grau: 24.999 Criminal: 631 Não Criminal: 24.368 1º Grau: 104.326 Conhecimento: 104.011 Execução: 315 Criminal: 2.666 Não Criminal: 101.345 65 2.836 1.688 10.421 12.109 20.616 40.178 60.794 7.337 86.092 93.429 24.999 104.326 129.325 27.557 144.305 171.862 375,6% 167,6% 183,9% 42,8% 21,8% 26,1% 38 33 33 272 70 84 131 39 46 144 55 61 5 9 8 33 19 21 17 15 15 21,0% não se aplica 80,0% 80,0% não se aplica 21,0% Força de Trabalho Magistrados Servidores Jud. Movimentação Processual Estoque Casos Novos Julgados Baixados Indicadores de Produtividade IAD Taxa Congest. Conhecimento Execução Indicadores por Magistrado Casos Novos Carga de Trab. Proc. Julgados Proc. Baixados Indicadores por Servidor Casos Novos Carga de Trab. Proc. Baixados Total 2º Grau 1º Grau 66 Justiça Militar Estadual 2º Grau 1º Grau 2021 49%51% 15094 162 Funções comissionadas Cargos em comissão 1º grau2º grau Administrativa 40%37%23% 18%36%45% 35%26%39% Despesa Total R$ 161.946.711 Total: 583 Magistrados: 41 Servidores: 406 -Efetivos: 314 -Cedidos/Requisitados: 40 -Sem vínculo Efetivo: 52 Auxiliares: 136 Cargos Existentes: 53 ProvidosVagos 4112 Cargos Existentes: 406 ProvidosVagos 316*90 Magistrados Força de Trabalho Servidores Informática R$ 2.648.954 (21,7%) magistrado e servidor função comissionada cargo em comissão 2º grau 1º grau administrativo 55% 41% 33%31% 20% 39% 15% 39% 28% *incluindos os servidores cedidos para outros órgãos. Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 149,8 Milhões (92,5%) R$ 127.922.272,6 (85,4%) R$ 12.967.315,2 (8,7%) R$ 4.820.250,2 (3,2%) R$ 3.291.989,0 (2,2%) R$ 752.877,3 (0,5%) Outras despesas correntes Outras Despesas R$ 12,2 Milhões (7,5%) Despesas de Capital R$ 2.459.582 (20,2%) R$ 9.732.425 (79,8%) 67 2º grau 7 meses Execução Fiscal 1º grau 1 ano 4 meses Conhecimento 1º grau 1 ano e 4 meses Tempo médio do processo baixado na Justiça Militar Estadual 2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau Tempo da Sentença Tempo da Baixa Tempo do Pendente 6 meses 11 meses 2 anos 2 meses 7 meses 1 ano 4 meses 1 ano 4 meses 4 meses 1 ano 1 mês 1 ano 8 meses 68 Movimentação Processual Sentenças: 3.410 2º Grau: 1.725 Criminal: 1.015 Não Criminal: 710 1º Grau: 1.685 Conhecimento: 1.612 Execução: 73 Criminal: 1.022 Criminal: 590 Não Criminal: 73 Baixados: 4.189 2º Grau: 1.744 Criminal: 1.004 Não Criminal: 740 1º Grau: 2.445 Conhecimento: 2.363 Execução: 82 Criminal: 1.612 Não Criminal: 751 Não Criminal: 82 Casos Novos: 4.523 2º Grau: 1.692 Criminal: 1.006 Não Criminal: 686 1º Grau: 2.831 Conhecimento: 2.293 Execução: 538 Criminal: 1.663 Não Criminal: 630 Criminal: 425 Não Criminal: 113 Pendentes: 3.704 2º Grau: 977 Criminal: 516 Não Criminal: 461 1º Grau: 2.727 Conhecimento: 1.640 Execução: 1.087 Criminal: 1.204 Não Criminal: 436 Criminal: 883 Não Criminal: 204 69 21 20 41 94 150 244 977 2.727 3.704 1.692 2.831 4.523 1.725 1.685 3.410 1.744 2.445 4.189 103,1% 86,4% 92,6% 35,9% 52,7% 46,9% 81 115 97 156 262 208 82 84 83 83 122 102 19 16 17 36 37 36 19 17 18 41,0% não se aplica 93,0% 93,0% não se aplica 41,0% Força de Trabalho Magistrados Servidores Jud. Movimentação Processual Estoque Casos Novos Julgados Baixados Indicadores de Produtividade IAD Taxa Congest. Conhecimento Execução Indicadores por Magistrado Casos Novos Carga de Trab. Proc. Julgados Proc. Baixados Indicadores por Servidor Casos Novos Carga de Trab. Proc. Baixados Total 2º Grau 1º Grau 70 Força de Trabalho Superior Tribunal de Justiça Despesa Total R$ 1.535.755.800 Total: 4.971 Ministros: 33 Servidores: 2.808 -Efetivos: 2.545 -Cedidos/Requisitados: 189 -Sem vínculo Efetivo: 74 Auxiliares: 2.130 Cargos Existentes: 33 Providos 33 Cargos Existentes: 2.922 ProvidosVagos 2.700*222 Ministros Servidores Informática R$ 60.229.078 (70,5%) *incluindos os servidores cedidos para outros órgãos. Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 1,4 Bilhão (94,4%) R$ 1.195.969.864 (82,5%) R$ 118.129.142 (8,1%) R$ 115.171.623 (7,9%) R$ 14.889.775 (1,0%) R$ 6.118.506 (0,4%) Outras despesas correntes Outras Despesas R$ 85,5 Milhões (5,6%) Despesas de Capital R$ 21.232.077 (24,8%) R$ 64.244.814 (75,2%) 71 Tribunal Superior do Trabalho Despesa Total R$ 1.160.002.414 Total: 3.417 Magistrados: 27 Servidores: 2.119 -Efetivos: 1.799 -Cedidos/Requisitados: 275 -Sem vínculo Efetivo: 45 Auxiliares: 1.271 Cargos Existentes: 27 Providos 27 Cargos Existentes: 2.123 ProvidosVagos 1.948175 Ministros Força de Trabalho Servidores Informática R$ 19.557.089 (22%) Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 1,1 Bilhão (92,3%) R$ 897.396.336 (83,8%) R$ 76.882.406 (7,2%) R$ 74.177.034 (6,9%) R$ 18.520.143 (1,7%) R$ 4.005.985 (0,4%) Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Outras Despesas R$ 89 Milhões (7,7%) Outras despesas correntes Despesas de Capital R$ 58.295.676 (65,5%) R$ 30.724.834 (34,5%) 72 Tribunal Superior Eleitoral Despesa Total R$ 581.506.711 Total: 1.945 Ministros: 14 Servidores: 854 -Efetivos: 792 -Cedidos/Requisitados: 48 -Sem vínculo Efetivo: 14 Auxiliares: 1.077 Cargos Existentes: 14 Providos 14 Cargos Existentes: 897 ProvidosVagos 8970 Ministros Força de Trabalho Servidores Informática R$ 115.126.471 (70%) Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 417,1 Millhões (71,7%) R$ 303.736.688,0 (72,8%) R$ 80.885.643,7 (19,4%) R$ 28.570.811,2 (6,8%) R$ 2.950.092,6 (0,7%) R$ 953.293,8 (0,2%) Outras Despesas R$ 164 Milhões (28,3%) Despesas de Capital R$ 14.925.373 (9,1%) Outras despesas correntes R$ 149.484.809 (90,9%) 73 Vagos 218 Justiça Militar da União 70%30% 3816 STM Auditorias Militares Administrativa STM Autitorias Militares Funções comissionadas Cargos em comissão 399 176 250 48%30%21% 56% 40%20% 41% 40% 3% Despesa Total R$ 544.103.712 Total: 1.295 Ministros: 16 Juízes: 38 Servidores: 825 -Efetivos: 782 -Cedidos/Requisitados: 9 -Sem vínculo Efetivo: 34 Auxiliares: 416 Cargos Existentes: 54 Providos 54 Cargos Existentes: 769 Providos 551 Magistrados Força de Trabalho Servidores Informática R$ 7.788.490 (13,7%) magistrado e servidor função comissionada cargo em comissão 2º grau administrativo 58% 34% 46% 66% 54% 42% Benefícios Terceirizados Estagiários Outras Pessoal e encargos Recursos Humanos R$ 487 Milhões (89,6%) R$ 437.850.881 (89,8%) R$ 26.100.909 (5,4%) R$ 15.365.141 (3,2%) R$ 5.840.097 (1,2%) R$ 2.174.872 (0,4%) R$ 49.686.639 (87,5%) Outras despesas correntes Outras Despesas R$ 56,8 Milhões (10,4%) Despesas de Capital R$ 7.085.174 (12,5%) 74 4 Recursos financeiros e human os Este capítulo apresenta dados sobre recursos orçamentários e humanos do Poder Judiciário, com informações sobre despesas, receitas e força de trabalho. 4.1 Despesas e receitas totais E m 2019, as despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 100,2 bilhões, aumento de 2,6% em relação a 2018. As despesas referentes aos anos anteriores foram corrigidas conforme o índice de inflação IPCA, o que elimina o efeito da inflação. Esse crescimento foi ocasionado, especialmente, em razão da variação na rubrica das despesas com recursos humanos, que cresceram em 2,2%, e das outras despesas correntes, que cresceram em 7,4%. É importante destacar que, nos últimos 8 anos (2011-2019), o volume processual cresceu em proporção às despesas, com elevação média anual de 4,7% ao ano na quantidade de processos baixados e de 2,5% no volume do acervo, acompanhando a variação de 3,4% das despesas. As despesas totais do Poder Judiciário correspondem a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, ou a 2,7% dos gastos totais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Em 2019, o custo pelo serviço de Justiça foi de R$ 479,16 por habitante, R$ 10,7 a mais, por pessoa, do que no ano de 2018, conforme apresentado na Figura 196. Cabe informar que 18,5% das despesas são referentes a gastos com inativos, dessa forma pode-se afirmar que o Judiciário cumpre o papel previdenciário no pagamento de aposentadorias e pensões7. Descontadas tais despesas, o gasto efetivo para o funcionamento do Poder Judiciário é de R$ 81,6 bilhões, a despesa por habitante é de R$ 390,38, e consome-se 1,2% do PIB. A despesa da Justiça Estadual, segmento que abrange 79% dos processos em tramitação, corresponde a 57,2% da despesa total do Poder Judiciário (Figura 22). Na Justiça Federal, a relação é de 14% dos processos para 12% das despesas, e na Justiça Trabalhista, 6% dos processos e 21% das despesas. Figura 19: Série histórica das despesas por habitante 351,52 364,13 409,98 436,01 427,46 441,66 459,08 457,96 472,54 468,42 479,16 173,58 191,38 227,84 257,63 267,34 294,46 333,72 349,36 367,45 367,95 390,38 0 96 192 288 384 480 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Despesas por habitante (total) Despesas por habitante (sem inativos) 6 Todas as variáveis de recursos financeiros calculadas neste Relatório estão deflacionadas segundo o IPCA, na data-base de 31/12/2019. 7 Em alguns tribunais os inativos são pagos por fundos e não compõem o orçamento do tribunal. Nesse caso, os gastos não estão computados.75 Figura 20: Séries históricas das despesas por habitante, por ramo de justiça. Despesas por habitante (total) Despesas por habitante (sem inativos) Estadual 194,81 208,51 214,48 238,83 235,71 242,96 259,48 260,57 270,68 267,57 274,27 99,66 113,66 124,22 146,53 153,58 168,81 193,97 204,92 218,27 215,62 230,34 0 56 112 168 224 280 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 19,00 19,03 17,44 19,22 18,42 19,86 18,27 18,34 18,28 9,43 10,09 9,45 11,36 12,77 13,77 12,52 12,76 13,19 0 4 8 12 16 20 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho 93,90 93,15 91,22 91,41 91,30 91,78 96,14 92,46 95,50 95,71 98,27 42,14 44,29 46,36 49,21 52,09 55,32 64,14 64,39 66,57 68,81 72,60 0 20 40 60 80 100 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 29,30 31,43 28,26 30,67 26,46 28,4228,61 29,83 29,50 15,78 18,29 17,20 20,14 18,80 21,72 22,17 24,04 24,58 0 8 16 24 32 40 2011 2013 2015 2017 2019 Federal 56,66 56,62 55,24 54,48 53,97 56,28 57,82 55,88 58,68 56,18 58,06 28,87 30,57 31,70 33,07 34,59 38,38 43,55 44,06 47,39 46,18 49,10 0 12 24 36 48 60 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual 1,99 2,19 2,05 2,02 2,05 2,04 2,12 2,11 2,06 0,94 1,16 1,15 1,20 1,31 1,31 1,42 1,45 1,50 0,00 0,44 0,88 1,32 1,76 2,20 2011 2013 2015 2017 2019 76 Figura 21: Despesas por habitante, por tribunal. Estadual 230,3 148,8 149,6 195,2 210,4 264,2 282,8 301,1 358,0 386,9 389,5 393,5 474,2 136,9 130,9 176,1 181,0 201,7 265,6 282,3 274,7 387,9 788,5 169,1 206,0 200,1 248,1 269,4 274,3 171,2 172,9 205,3 210,4 267,0 282,8 336,6 358,0 393,0 394,0 402,7 567,6 139,0 149,3 176,1 181,3 261,6 320,5 322,8 353,4 453,9 973,6 245,4 247,5 273,6 285,7 348,0 Estadual TJAM TJAL TJPI TJPB TJSE TJRN TJAC TJMS TJTO TJRR TJAP TJRO TJPA TJCE TJMA TJPE TJBA TJGO TJSC TJES TJMT TJDFT TJRJ TJPR TJMG TJSP TJRS Sem inativos Total Eleitoral Superiores 24,6 27,7 32,1 25,5 37,8 36,1 37,7 59,1 62,4 63,8 69,6 75,9 16,4 21,2 20,6 21,9 26,3 28,0 26,6 36,4 36,3 34,6 51,3 14,6 25,1 26,2 26,8 22,9 29,5 31,6 35,3 35,3 42,8 42,8 43,7 63,2 65,4 72,5 75,9 82,0 19,3 24,5 26,1 26,2 29,9 31,1 32,6 38,3 41,3 42,1 59,8 18,5 29,6 30,9 32,2 32,2 Eleitoral TRE−ES TRE−AL TRE−DF TRE−MT TRE−MS TRE−SE TRE−TO TRE−AP TRE−RR TRE−RO TRE−AC TRE−BA TRE−PA TRE−PE TRE−CE TRE−GO TRE−MA TRE−SC TRE−AM TRE−PB TRE−RN TRE−PI TRE−SP TRE−RS TRE−PR TRE−MG TRE−RJ Sem inativos Total Trabalho 72,6 30,6 44,7 64,3 73,0 72,3 84,4 87,3 86,7 72,5 101,1 126,6 36,5 45,8 72,1 75,7 77,0 73,6 71,0 93,8 57,8 69,9 74,3 92,6 102,5 98,3 34,5 48,0 72,8 84,5 88,6 95,0 98,0 101,6 107,1 127,5 172,8 49,1 67,0 82,1 95,7 97,8 98,4 111,5 139,5 76,1 99,2 116,4 123,8 154,4 Trabalho TRT16 TRT22 TRT19 TRT20 TRT21 TRT17 TRT23 TRT24 TRT11 TRT13 TRT14 TRT7 TRT8 TRT18 TRT5 TRT9 TRT6 TRT12 TRT10 TRT15 TRT3 TRT1 TRT2 TRT4 Sem inativos Total 390,4 1,5 1,2 1,8 1,9 49,1 39,3 40,2 47,5 67,1 76,4 13,2 1,5 2,5 3,9 5,3 479,2 2,1 1,6 2,7 2,7 58,1 46,4 47,8 55,9 77,9 92,9 18,3 2,6 2,8 5,5 7,3 Poder Judiciário Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal Militar Estadual Federal TRF1 TRF5 TRF3 TRF4 TRF2 Superior STM TSE TST STJ Sem inativos Total 77 Figura 22: Despesa total por ramo de justiça Justiça Estadual 57.330.927.222 57,2% Justiça do Trabalho 20.540.947.778 20,5% Justiça Federal 12.136.304.726 12,1% Justiça Eleitoral 6.166.153.371 6,2% Tribunais Superiores 3.821.368.637 3,8% Justiça Militar Estadual 161.946.711 0,2% Os gastos com recursos humanos são responsáveis por 90,6% da despesa total e compreendem, além da remu- neração com magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e assistências devidos, tais como auxílio-alimentação, diárias, passagens, entre outros. Devido ao alto montante dessas despesas, elas serão detalhadas na próxima seção. Os 9% de gastos restantes referem-se às despesas de capital (2,1%) e outras despesas correntes (7,2%), que somam R$ 2,1 bilhões e R$ 7,2 bilhões, respectivamente. A série histórica de gastos com informática apresentou tendência de crescimento entre os anos de 2009 e 2014 e se manteve estável, com sutis oscilações, nos últimos 5 anos. As despesas de capital apresentaram comporta- mento crescente entre os anos de 2009 a 2012, quando iniciou a tendência de queda, observada até 2015. Desde então, tais despesas têm se mantido relativamente estáveis, com elevação de 0,04% no último ano (Figura 23). Essas despesas abrangem a aquisição de veículos, de equipamentos e de programas de informática, de imóveis e outros bens permanentes, além das inversões financeiras. Figura 23: Série histórica das despesas com informática e com capital Bi lh õe s de R $ R$ 1,14 R$ 1,26 R$ 1,70 R$ 2,08 R$ 2,27 R$ 2,37 R$ 2,26 R$ 2,50 R$ 2,39 R$ 2,38 R$ 2,18R$ 2,06 R$ 2,76 R$ 3,10 R$ 3,66 R$ 3,22 R$ 3,12 R$ 2,11 R$ 2,09 R$ 2,35 R$ 2,14 R$ 2,14 Despesas com informática Despesas de capital R$ 0,00 R$ 0,74 R$ 1,48 R$ 2,22 R$ 2,96 R$ 3,70 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Apesar da expressiva despesa do Poder Judiciário, os cofres públicos receberam durante o ano de 2019, em decorrência da atividade jurisdicional, cerca de R$ 76,43 bilhões, um retorno da ordem de 76% das despesas efetua- das. Esse foi o maior montante auferido na série histórica. Somente em 2009 e 2018, a arrecadação havia superado o patamar de 60% (Figura 24). Calculam-se na arrecadação os recolhimentos com custas, fase de execução, emolumentos e eventuais taxas (R$ 13,1 bilhões, 17,2% da arrecadação), as receitas decorrentes do imposto causa mortis nos inventários/arrolamentos judiciais (R$ 7,5 bilhões, 9,9%), a atividade de execução fiscal (R$ 47,9 bilhões, 62,7%), a execução previdenciária (R$ 78 3,1 bilhões, 4,1%), a execução das penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (R$ 21,7 milhões, 0,03%) e a receita de imposto de renda (R$ 4.665,2 milhões, 6,1%). O acréscimo de 2019 nas receitas deve-se, predominantemente, às receitas de execução fiscal que cresceram em quase R$ 10 bilhões em um ano (26%), em particular, na Justiça Estadual. Em razão da própria natureza de sua atividade jurisdicional, a Justiça Federal é a responsável pela maior parte das arrecadações: 42% do total recebido pelo Poder Judiciário (Figura 25), sendo o único ramo que retornou aos cofres públicos valor superior às suas despesas (Figura 26). Tratam-se, majoritariamente, de receitas oriundas da atividade de execução fiscal, ou seja, dívidas pagas pelos devedores em decorrência de ação judicial. Dos R$ 47,9 bilhões arrecadados em execuções fiscais, R$ 31,9 bilhões (66,5%) são provenientes da Justiça Federal e R$ 15,8 bilhões (33%) da Justiça Estadual. Parte dessas arrecadações é motivada por cobrança do Poder Executivo, como ocorre, por exemplo, em impostos causa mortis, que podem, inclusive, incorrer extrajudicialmente, em valores não computados neste Relatório. Figura 24: Série histórica das arrecadações 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 65,3% 47,7% 46,3% 40,7% 50,1% 39,6% 56,4% 46,1% 53,7% 62,7% 76,3% 30% 56% 82% 108% 134% 160% Bi lh õe s de R $ R$ 43,8 R$ 33,1 R$ 36,5 R$ 34,4 R$ 43,1 R$ 35,4 R$ 52,9 R$ 43,5 R$ 52,7 R$ 61,2 R$ 76,4 Percentual de receitas em relação às despesas Total de receitas R$ 0 R$ 17 R$ 34 R$ 51 R$ 68 R$ 85 Figura 25: Arrecadações por ramo de justiça Justiça Estadual 35.931.946.234 47,0% Justiça Federal 31.994.894.203 41,9% Justiça do Trabalho 8.458.230.965 11,1% Tribunais Superiores 46.694.265 0,1% Justiça Militar Estadual 1.254.709 0,0% 79 Figura 26: Percentual de receitas em relação às despesas, por ramo de justiça 76% 1% 2% 41% 63% 264% 0% 50% 100% 150% 200% 250% 300% Poder Judiciário Tribunais Superiores Militar Estadual Justiça Federal Justiça do Trabalho Justiça Estadual A relação entre o totalarrecadado com custas e emolumentos e o número de processos (exceto criminais e jui- zados especiais, já que não estão sujeitos às custas) pode ser verificada na Figura 27, em que é possível observar o impacto médio dos valores praticados com custas e emolumentos, em conjunto com as concessões de AJG nos tribunais. Os Tribunais de Justiça dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso arrecadaram, no ano de 2019, maior volume financeiro em decorrência de suas tabelas de custas proporcionalmente ao número de processos, com arrecadação superior a R$ 1.600,00 por processo ingressado. O TJDFT é o de menor arrecadação dentre os Tribunais de Justiça (R$ 209,38), com indicador semelhante aos Tribunais Regionais do Trabalho (média de R$ 230). A Justiça Federal apresenta a menor média de valor arrecadado com custas e emolumentos, com R$ 139,01 por processo ingressado. 80 Figura 27: Valores arrecadados em relação ao número de processos ingressados sujeitos a cobrança de custas Estadual TJAL TJRN TJSE TJAP TJAC TJRR TJPB TJMS TJTO TJAM TJPI TJRO TJDFT TJPE TJCE TJSC TJES TJBA TJMA TJPA TJMT TJGO TJRS TJRJ TJPR TJSP TJMG Estadual Trabalho Trabalho Poder judiciárioFederal Federal TRF5 TRF4 TRF1 TRF3 TRF2 Poder Judiciáio R$ 0,00 R$ 1.000,00 R$ 2.000,00 R$ 3.000,00 R$ 230,00 R$ 48,85 R$ 49,30 R$ 72,43 R$ 176,68 R$ 185,20 R$ 188,03 R$ 282,57 R$ 333,22 R$ 408,29 R$ 445,52 R$ 1.386,01 R$ 109,96 R$ 154,47 R$ 212,28 R$ 289,41 R$ 341,70 R$ 342,11 R$ 346,73 R$ 415,85 R$ 137,43 R$ 151,60 R$ 170,96 R$ 205,27 R$ 297,07 R$ 0,00 R$ 500,00 R$ 1.500,00 R$ 1.110,88R$ 139,01 R$ 105,19 R$ 126,73 R$ 134,60 R$ 146,11 R$ 198,55 R$ 0,00 R$ 400,00 R$ 1.000,00 Superiores TST STJ R$ 7 R$ 167,34 R$ 0,00 R$ 400,00 R$ 1.000,00 R$ 0,00 R$ 400,00 R$ 1.000,00 R$ 1.396,02 R$ 281,00 R$ 295,50 R$ 386,07 R$ 474,35 R$ 567,29 R$ 568,70 R$ 707,61 R$ 743,69 R$ 797,30 R$ 885,85 R$ 991,23 R$ 1.104,19 R$ 209,38 R$ 526,33 R$ 636,91 R$ 710,20 R$ 890,24 R$ 1.057,81 R$ 1.101,83 R$ 1.183,77 R$ 1.602,14 R$ 1.740,22 R$ 524,59 R$ 940,96 R$ 1.527,89 R$ 2.119,37 R$ 2.360,09 TRT19 TRT22 TRT16 TRT11 TRT13 TRT14 TRT20 TRT17 TRT21 TRT23 TRT24 TRT7 TRT12 TRT8 TRT18 TRT9 TRT10 TRT5 TRT6 TRT2 TRT15 TRT1 TRT4 TRT3 4.2 Despesas com pessoal As despesas com recursos humanos são responsáveis por 90,6% do gasto total do Poder Judiciário. Observa-se, a partir da Figura 28, que esses gastos crescem proporcionalmente ao gasto total do Poder Judiciário. O percentual gasto com pessoal permaneceu relativamente estável ao longo dos 11 anos da série histórica, com o menor valor aferido em 2012 (88,8%) e o maior, em 2018 (90,9%). As séries históricas por ramo de justiça (Figura 30) indicam queda no último ano do percentual na Justiça Esta- dual e Militar Estadual, com crescimento nas demais. O segmento com maior proporção de recursos destinados ao pagamento de pessoal é o Federal — 93,9% — e as menores proporções estão nos Tribunais Superiores e na Justiça Estadual, 89,6% e 89,2%, respectivamente. O detalhamento dessa rubrica mostra que 85,9% dos gastos destinam-se ao pagamento de subsídios e remune- rações dos magistrados e servidores ativos e inativos, que incluem também pensões, impostos de renda e encargos sociais; 6,9% são referentes ao pagamento de benefícios (ex.: auxílio-alimentação, auxílio-saúde); 2,4% correspondem ao pagamento de despesas em caráter eventual e indenizatório, como diárias, passagens e auxílio-moradia; 4% são gastos com terceirizados e 0,8% com estagiários (Figura 29). 81 Figura 28: Série histórica das despesas 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 90,1% 89,5% 89,7% 88,8% 89,8% 89,5% 89,5% 90,1% 90,4% 90,9% 90,6% 70% 78% 86% 94% 102% 110% Bi lh õe s de R $ R$ 67,1 R$ 69,5 R$ 78,9 R$ 84,6 R$ 85,9 R$ 89,6 R$ 93,9 R$ 94,4 R$ 98,1 R$ 97,7 R$ 100,2 R$ 60,4 R$ 62,2 R$ 70,8 R$ 75,1 R$ 77,2 R$ 80,2 R$ 84,1 R$ 85,1 R$ 88,7 R$ 88,8 R$ 90,8 Percentual de gasto com RH Despesa Total Despesa com RH R$ 0,0 R$ 18,2 R$ 36,4 R$ 54,6 R$ 72,8 R$ 91,0 Figura 29: Despesas com recursos humanos Pessoal e encargos 78.019.153.724 85,9% Benefícios 6.267.841.178 6,9% Terceirizados 3.600.331.078 4,0% Estagiários 731.331.891 0,8% Outras 2.156.149.470 2,4% 82 Figura 30: Série histórica das despesas com recursos humanos, por ramo de justiça Estadual 88% 86% 88% 88% 88% 89% 89% 89% 89% 90% 89% 70% 75% 80% 86% 91% 96% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 83% 88% 95% 84% 84% 79% 83% 86% 90% 70% 75% 80% 86% 91% 96% 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho95% 95% 95% 92% 93% 93% 92% 94% 94% 93% 93% 70% 75% 80% 86% 91% 96% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 89% 82% 89% 85% 89% 88% 90% 89% 91% 70% 75% 80% 86% 91% 96% 2011 2013 2015 2017 2019 Federal 93% 91% 91% 91% 91% 90% 89% 93% 92% 94% 94% 70% 75% 80% 86% 91% 96% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual 92% 83% 89% 88% 92% 94% 92% 95% 92% 70% 75% 80% 86% 91% 96% 2011 2013 2015 2017 2019 83 As despesas com cargos em comissão e funções comissionadas representaram 13,1% do total de gastos com pes- soal no Poder Judiciário, sendo o percentual gasto com cargos em comissão de 9,9% e com funções comissionadas de 3,1%. Os percentuais por tribunal podem ser visualizados na Figura 31, eles variam de 5%, no TRE-RJ, a 33%, no TJSC. Na Justiça Eleitoral, o TRE-RR apresenta o maior percentual de despesas com cargos e funções comissionadas (15,6%). Na Justiça do Trabalho, o maior percentual está no TRT1 (10,3%). As diferenças nos valores dos cargos em comissão irão depender não somente da estrutura de níveis e quantidades de cargos e funções disponíveis, como também da forma de provimento, ou seja, se ocupante de quadro efetivo ou se comissionado sem vínculo, hipótese em que recebe 100% da gratificação. Na Figura 32, estão apresentadas as despesas médias mensais da Justiça com pagamento de magistrados e servidores. É importante esclarecer que os valores incluem os pagamentos de remunerações, indenizações, encar- gos sociais, previdenciários, impostos de renda, despesas com viagens a serviço (passagens aéreas e diárias8), não correspondendo, portanto, aos salários, tampouco aos valores recebidos pelos servidores públicos. Desse modo, observa-se que as despesas representam uma média mensal de aproximadamente R$ 50,9 mil por magistrado; de R$ 16,3 mil por servidor; de R$ 4,1 mil por terceirizado; e de R$ 930,04 por estagiário. Frise-se, ainda, que no cálculo estão considerados os pagamentos com inativos e pensionistas, o que pode acarretar diferenças quando feita a comparação entre tribunais, uma vez que a modalidade de tais vencimentos pode ocorrer às expensas do órgão ou por meio de fundos de pensão, nesse caso não computados. Ademais, por se tratar de valor médio, é importante esclarecer que eventuais indenizações recebidas em razão de decisão judicial destinadas a um pequeno grupo de indivíduos podem impactar de sobremaneira as médias apresentadas na Figura 32, especialmente em órgãos de pequeno ou médio porte, que possuem menor quantitativo de funcionários. Dessa forma, e pelas razões explicitadas, há diferenças entre os segmentos de justiça custeados pela União, nos quais os vencimentos são uniformes. Reitera-se, portanto, que os valores apresentados não correspondem ao salário dos magistrados e servidores, mas tão somente ao custo da justiça. Registra-se, ainda, que a soma do imposto de renda (até 27,5%) com a previ- dência social (11%), ambos incidentes sobre a remuneração total, a depender da data de ingresso no funcionalismo público, podem gerar impactos de quase 40% na folha de pagamento. No âmbito da Justiça Eleitoral, o subsídio é pago pelo órgão de origem, restando apenas gratificações e despe- sas eventuais a cargo dos TREs. O custo com promotores eleitorais foi computado nas despesas com magistrados. 8 As diárias têm por objetivo o custeio de viagens e destinam-seao pagamento de hospedagem, alimentação e transporte durante o período de trânsito. 84 Figura 31: Percentual de despesas com cargos e funções comissionadas em relação à despesa total com pessoal, por tribunal Estadual 1,8% 3,0% 0,6% 1,0% 4,2% 2,6% 0,0% 2,9% 0,6% 1,3% 3,7% 1,0% 0,0% 2,8% 4,8% 2,8% 0,0% 1,7% 0,8% 0,2% 0,0% 4,1% 2,2% 6,1% 2,4% 0,1% 3,6% 0,0% 15,1% 3,4% 5,4% 6,4% 6,4% 8,9% 9,3% 9,5% 10,8% 12,8% 13,6% 22,8% 25,2% 2,8% 3,8% 5,5% 6,7% 8,8% 13,4% 14,7% 18,8% 22,4% 30,9% 3,0% 9,6% 11,2% 11,3% 31,6% Estadual TJMS TJPB TJSE TJPI TJRR TJRN TJAC TJAP TJAL TJRO TJAM TJTO TJDFT TJPE TJGO TJBA TJES TJMA TJPA TJCE TJMT TJSC TJRJ TJPR TJMG TJRS TJSP Funções comissionadas Cargos em comissão Eleitoral 5,9% 6,5% 6,5% 7,4% 6,4% 6,4% 8,9% 6,4% 8,3% 6,8% 6,8% 8,4% 7,6% 6,5% 6,0% 5,8% 6,3% 8,0% 5,8% 6,8% 6,1% 7,0% 6,9% 4,7% 5,1% 4,0% 5,8% 5,3% 2,2% 2,9% 3,5% 3,7% 3,8% 3,9% 4,0% 4,1% 5,3% 5,4% 5,6% 7,2% 2,2% 2,2% 2,2% 2,3% 2,3% 2,4% 2,4% 2,7% 2,9% 3,2% 3,4% 0,8% 0,9% 1,4% 1,6% 1,6% Eleitoral TRE−MT TRE−AL TRE−ES TRE−RO TRE−SE TRE−MS TRE−TO TRE−DF TRE−AP TRE−AC TRE−RR TRE−BA TRE−GO TRE−SC TRE−PB TRE−PA TRE−PI TRE−MA TRE−CE TRE−AM TRE−PE TRE−RN TRE−SP TRE−MG TRE−RJ TRE−PR TRE−RS Funções comissionadas Cargos em comissão Trabalho 4,4% 3,6% 4,7% 5,4% 5,7% 3,6% 4,4% 5,2% 3,8% 4,9% 4,4% 3,8% 4,8% 4,0% 4,6% 4,6% 4,5% 4,4% 4,4% 4,4% 5,4% 3,6% 4,4% 5,7% 3,0% 3,5% 2,5% 2,6% 2,7% 2,9% 3,0% 3,1% 3,1% 3,2% 3,4% 3,7% 3,7% 2,3% 2,6% 2,9% 2,9% 3,4% 3,5% 3,9% 4,8% 2,9% 3,2% 3,2% 4,6% 5,0% Trabalho TRT16 TRT17 TRT13 TRT11 TRT21 TRT24 TRT14 TRT23 TRT19 TRT20 TRT22 TRT5 TRT18 TRT10 TRT6 TRT8 TRT7 TRT9 TRT12 TRT3 TRT4 TRT15 TRT1 TRT2 Funções comissionadas Cargos em comissão 3,1% 0,6% 0,0% 2,9% 0,0% 5,3% 5,4% 5,3% 7,4% 4,8% 4,6% 5,2% 6,3% 6,8% 3,3% 4,1% 9,9% 19,9% 15,4% 17,9% 23,5% 2,2% 2,0% 2,0% 2,1% 2,3% 2,5% 5,7% 4,8% 4,9% 5,2% 6,7% Poder Judiciário Poder Judiciário Militar Estadual Militar Estadual TJMMG TJMRS TJMSP Federal Federal TRF1 TRF4 TRF5 TRF3 TRF2 Superior Superiores TSE TST STM STJ Funções comissionadas Cargos em comissão 85 Figura 32: Custo médio mensal dos tribunais com magistrados e servidores, incluindo benefícios, encargos, previdência social, diárias, passagens, indenizações judiciais e demais indenizações eventuais e não eventuais Estadual 13.492 11.377 11.895 10.529 16.279 10.096 16.637 15.496 16.049 8.105 11.784 17.058 16.212 11.733 12.257 14.511 14.164 22.610 15.936 18.553 12.138 12.193 14.092 12.903 11.775 11.524 13.141 16.229 52.445 37.709 40.049 41.238 44.956 47.942 49.755 52.028 54.073 54.551 58.659 71.338 75.966 35.634 42.617 49.850 54.138 54.592 54.907 56.958 60.463 74.231 76.787 43.515 45.932 51.805 52.241 63.158 Estadual TJRO TJPI TJAL TJAM TJPB TJRR TJRN TJAP TJAC TJSE TJTO TJMS TJPA TJCE TJMT TJMA TJDFT TJES TJBA TJPE TJGO TJSC TJRS TJSP TJRJ TJPR TJMG Servidores Magistrados Eleitoral 15.919 13.672 17.663 16.851 14.514 25.810 20.137 19.024 23.848 16.570 20.320 19.750 9.369 24.806 17.444 20.718 16.112 22.870 17.521 17.410 11.382 13.285 18.953 21.489 14.616 20.910 16.852 12.133 8.628 5.482 5.752 7.404 9.097 9.189 9.872 10.037 10.054 10.131 10.828 10.893 4.937 5.030 5.143 5.330 5.427 5.589 8.152 9.300 10.018 10.238 10.673 5.094 9.894 10.275 10.529 10.625 Eleitoral TRE−MS TRE−AL TRE−RO TRE−DF TRE−AP TRE−TO TRE−ES TRE−SE TRE−MT TRE−AC TRE−RR TRE−CE TRE−PI TRE−GO TRE−RN TRE−PA TRE−PB TRE−AM TRE−MA TRE−BA TRE−PE TRE−SC TRE−PR TRE−MG TRE−RJ TRE−RS TRE−SP Servidores Magistrados Trabalho 22.956 22.406 24.901 22.188 22.332 22.154 23.331 25.057 21.344 21.647 20.187 21.288 21.634 26.498 23.113 23.189 26.284 23.040 18.995 22.196 22.347 22.253 22.997 21.710 25.382 42.480 39.307 39.396 39.507 40.483 41.124 46.256 48.480 48.707 51.042 52.703 53.207 34.961 35.372 35.918 36.910 45.690 49.321 50.462 52.333 39.118 40.181 42.043 46.472 46.967 Trabalho TRT13 TRT11 TRT21 TRT23 TRT14 TRT20 TRT16 TRT24 TRT17 TRT19 TRT22 TRT6 TRT10 TRT5 TRT18 TRT12 TRT9 TRT7 TRT8 TRT3 TRT2 TRT15 TRT4 TRT1 Servidores Magistrados 16.344 15.942 10.664 20.889 15.847 22.660 24.267 21.939 22.177 21.955 22.821 23.515 22.871 25.900 24.029 22.074 50.868 47.963 39.214 51.995 53.202 52.001 50.616 51.110 52.060 52.813 53.118 51.028 7.477 42.785 48.261 75.397 Poder Judiciário Poder Judiciário Militar Estadual Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal Federal TRF4 TRF2 TRF3 TRF5 TRF1 Superior Superiores TSE STM STJ TST Servidores Magistrados 86 4.3 Quadro de pessoal O quadro de pessoal é ap resentado considerando três categorias: a) magistrados, que abrange os juízes, os desembargadores e os ministros; b) servidores, incluindo o quadro efetivo, os requisitados e os cedidos de outros órgãos pertencentes ou não à estrutura do Poder Judiciário, além dos comissionados sem vínculo efetivo, excluindo-se os servidores do quadro efetivo que estão requisitados ou cedidos para outros órgãos; e c) trabalhadores auxiliares, compreendendo os terceirizados, os estagiários, os juízes leigos, os conciliadores e os colaboradores voluntários. Em 2019, o Poder Judiciário contava com um total de 446.142 pessoas em sua força de trabalho, sendo 18.091 magistrados (4,1%), 268.175 servidores (60,1%), 73.944 terceirizados (16,6%), 65.529 estagiários (14,7%) e 20.403 conciliadores, juízes leigos e voluntários (4,57%). Dentre os servidores, 78,8% estão lotados na área judiciária e 21,2% atuam na área administrativa. O diagrama da Figura 33 mostra a estrutura da força do trabalho do Poder Judiciário em relação aos cargos e às instâncias. Na Justiça Estadual, estão 68,3% dos magistrados, 64,7% dos servidores e 79,4% dos processos em trâmite. Na Justiça Federal, encontram-se 10,8% dos magistrados, 10,3% dos servidores e 13,8% dos processos em trâmite. Na Justiça Trabalhista, 20,1% dos magistrados, 14,4% dos servidores e 5,9% dos processos (Figuras 34 e 39). Figura 33: Diagrama da força de trabalho Força de trabalho total 446.142 2º grau: 2.463 (13,6%) 2º grau: 30.920 (14,6%) Tribunais Superiores: 76 (0,4%) Área administrativa: 56.880 (21,2%) 1º Grau (varas, juizados especiais e turmas recursais): 15.552 (86%) 1º grau, juizados especiais e turmas: 176.992 (83,8%) Tribunais Superiores: 3.383 (1,6%) Servidores efetivos, requisitados e comissionados: 268.175 (60,1%) Força de trabalho auxiliar: 159.876 (35,8%) Magistrados: 18.091 (4,1%) Área judiciária: 211.295 (78,8%) Figura 34: Total de magistrados por ramo de justiça Justiça Estadual 12.349 68,3% Justiça do Trabalho 3.636 20,1% Justiça Federal 1.951 10,8% Tribunais Superiores 76 ( 0,4%) Justiça Militar Estadual 41 ( 0,2%) Auditoria Militar da União 38 ( 0,2%) 87 Figura 35: Cargos de magistrados providos por 100.000 habitantes, por ramo de justiça 8,65 0,05 0,04 0,93 1,74 5,91 0 2 4 6 8 10 Poder Judiciário Tribunais Superiores Justiça Federal Justiça do Trabalho Justiça Estadual Justiça Estadual Estadual Ao final de 2019, havia 22.706 cargos criados por lei, sendo 18.091 providos e 4.615 cargos vagos (20,3%), conforme Figura 36. Dentre os 18.091 magistrados, 76 são ministros (0,4%)9; 15.552 são juízes de direito (86%); 2.313 são desembar- gadores (13%); e 150 são juízes substitutos de 2º grau (0,8%). Existem, nos Tribunais Superiores, 35 magistrados convocados fora da jurisdição (7 no TST, 10 no TSE e 18 no STJ), e, nos demais tribunais, 327 juízes em tal situação. Ao todo 2% dos magistrados exercem atividade administrativa nos tribunais, afastados da jurisdição de origem. Em 2019 os números de cargos existentes, providos e vagos permaneceram próximos aos verificados no ano anterior, fazendo com que o percentual de cargos vagos aumentasse em 0,6 ponto percentual, patamar próximo aos anos de 2009 e 2011. O maior percentual de cargos não providos está na Justiça Estadual e na Justiça Militar Estadual, com 23% (Figura 37). Nos tribunais, o maior percentual decargos de magistrados existentes e não providos está no TJAC, com 69%. Os cargos vagos são, em sua maioria, de juízes — enquanto no 2º grau existem 75 cargos de desembargadores criados por lei e não providos (3%), no 1º grau há 4.540 cargos não providos (22,6%). Considerando a soma de todos os dias de afastamento, obtém-se média de 1.294 magistrados que permaneceram afastados da jurisdição durante todo o exercício de 2019, representando absenteísmo de 7,2%. Tais afastamentos podem ocorrer em razão de licenças, convocações para instância superior, entre outros motivos. Para esse cálculo, não foram computados períodos de férias e recessos. Isso significa que, em média, 16.797 magistrados efetivamente atuaram na jurisdição durante todo o ano. Além do número total de cargos de magistrados existentes e providos, outro indicador relevante é a média de cargos de magistrados providos a cada cem mil habitantes: 8,7 em 2019. No período de 2009 a 2019 esse índice variou pouco: a menor média foi observada em 2009 (8,4) e a maior em 2010 (8,9). Figura 36: Série histórica dos cargos de magistrados 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 20,3% 18,5% 20,3% 23,6% 23,4% 22,4% 19,2% 17,4% 19,4% 19,7% 20,3% 10% 15% 20% 26% 31% 36% 20.003 20.722 21.210 21.829 22.314 22.421 21.761 21.688 22.525 22.639 22.706 15.946 16.883 16.908 16.686 17.088 17.404 17.589 17.914 18.162 18.168 18.091 Percentual de cargos vagos Cargos efetivos existentes Cargos efetivos providos 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 88 Figura 37: Percentual de cargos vagos de magistrado, por tribunal Estadual TJAM TJTO TJPB TJSE TJAP TJRR TJPI TJRN TJMS TJRO TJAL TJAC TJMT TJSC TJMA TJBA TJGO TJDFT TJCE TJES TJPE TJPA TJPR TJRJ TJRS TJSP TJMG Estadual 23,3% 2,4% 3,4% 5,0% 5,4% 7,5% 13,8% 20,2% 27,6% 30,7% 32,9% 45,4% 68,6% 2,7% 18,1% 19,9% 23,2% 24,8% 25,1% 26,6% 26,7% 27,7% 28,9% 2,4% 16,1% 24,3% 24,8% 34,4% 0% 20% 40% 60% 80% Trabalho TRT17 TRT20 TRT13 TRT16 TRT21 TRT19 TRT22 TRT24 TRT14 TRT11 TRT23 TRT7 TRT5 TRT9 TRT8 TRT10 TRT12 TRT6 TRT18 TRT4 TRT3 TRT15 TRT2 TRT1 Trabalho 7,4% 0,0% 0,0% 2,9% 3,4% 3,6% 3,8% 5,4% 6,2% 8,5% 10,3% 10,5% 2,4% 4,2% 4,2% 5,6% 5,7% 6,0% 6,9% 8,2% 2,4% 8,1% 8,2% 11,5% 12,7% 0% 5% 10% 15% TRF TRF4 TRF2 TRF3 TRF5 TRF1 Federal 22,3% 7,2% 16,1% 19,0% 24,1% 34,2% 0% 10% 20% 30% 40% Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Militar Estadual 22,6% 6,7% 26,3% 31,6% 0% 10% 20% 30% 40% 9 Incluídos os 33 ministros do STJ, os 27 ministros do TST e os 16 ministros do STM 89 A Figura 38 permite visualizar as intersecções existentes na jurisdição dos magistrados. Dos 15.552 juízes de direito, 13.817 atuam no juízo comum, sendo 9.894 (71,6%) de forma exclusiva, 2.808 (20,3%) com acúmulo de função em juizados especiais e 1.115 (8,1%) em conjunto com turmas recursais. Magistrados exclusivos em juizados especiais são apenas 1.176, ou seja, correspondem a 7,6% dos juízes e a 28,1% daqueles que atuam em juizados cumulativamente ou não (4.182), enquanto 198 (4,7%) acumulam com as turmas recursais. Dos que exercem juris- dição em turmas recursais (1.674), 2,3% o fazem de forma exclusiva. Na Justiça Federal, 100% dos magistrados de turma recursal são exclusivos e, na Justiça Estadual, apenas 9,8%. Figura 38: Jurisdição dos magistrados 13.817 4.182 1.674 2.463 76 1º grau Juizados Especiais Turmas Recursais 2º grau Tribunais Superiores Ao final de 2019, o Poder Judiciário possuía um total de 268.175 servidores, sendo 227.189 do quadro efetivo (84,7%), 21.609 requisitados e cedidos de outros órgãos (8,1%) e 18.775 comissionados sem vínculo efetivo (7%). Considerando o tempo total de afastamento, aproximadamente 12.385 servidores (4,6%) permaneceram afastados durante todo o exercício de 2019. Do total de servidores, 211.295 (78,8%) estavam lotados na área judiciária e 56.880 (21,2%) na área administrativa. Entre os que atuam diretamente com a tramitação de processos, 176.992 (83,8%) estão no primeiro grau de jurisdição (Figura 41), que concentra 84,6% dos processos ingressados e 93,9% do acervo processual. É importante ressaltar que a Resolução CNJ nº 219/2016 estabelece que a área administrativa deve ser composta por, no máximo, 30% da força de trabalho. A Figura 40 demonstra essa distribuição por segmento de justiça, na qual é possível observar que as Justiças Estadual, Federal e Trabalhista estão dentro do limite de 30%. Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 46.196 cargos criados por lei e ainda não providos, que representam 16,7% dos cargos efetivos existentes. Observa-se, na Figura 42, grande redução desse percentual no ano de 2018 e posterior aumento em 2019. Cerca de 67% dos cargos existentes estão na Justiça Estadual. O segmento com maior percentual de cargos de servidores vagos é o da Justiça Militar Estadual, com 22%. O menor está na Justiça Eleitoral, com 3% (Figura 43). Figura 39: Total de servidores por ramo de justiça Justiça Estadual 173.462 64,7% Justiça do Trabalho 38.517 14,4% Justiça Federal 27.505 10,3% Justiça Eleitoral 21.679 ( 8,1%) Tribunais Superiores 6.356 ( 2,4%) Justiça Militar Estadual 406 ( 0,2%) Auditoria Militar da União 250 0,1% 90 Figura 40: Percentual de servidores lotados na área administrativa, por ramo de justiça 21% 17% 21% 23% 40% 44% 47% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Poder Judiciário Militar Estadual Tribunais Superiores Justiça Federal Justiça Eleitoral Justiça do Trabalho Justiça Estadual Figura 41: Lotação dos servidores 1º grau Juizados Especiais 2º grau Tribunais Superiores Turmas Recursais Turmas Regionais de Uniformização Administrativa 160.540 29.501 30.902 56.880 3.383 1.764 18 Figura 42: Série histórica dos cargos de servidores efetivos 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 10% 14% 18% 23% 27% 31% 240.711 245.279 291.956 294.468 298.784 300.629 300.992 300.890 296.557 277.593 276.331 193.180 199.729 232.575 236.848 242.496 245.335 245.007 241.956 238.335 236.362 230.135 Percentual de cargos vagos Cargos efetivos existentes Cargos efetivos providos 0 68.000 136.000 204.000 272.000 340.000 19,7% 18,6% 20,3% 19,6% 18,8% 18,4% 18,6% 19,6% 19,6% 14,9% 16,7% 91 Figura 43: Percentual de cargos vagos de servidores, por ramo de justiça 17% 3% 7% 9% 9% 21% 22% 0% 5% 10% 15% 20% 25% Justiça Militar Estadual Poder Judiciário Tribunais Superiores Justiça Federal Justiça Eleitoral Justiça do Trabalho Justiça Estadual Em 2019, houve redução tanto no número de servidores quanto no número de magistrados, registrando queda de, respectivamente, 2% e 0,4% entre os anos de 2018 e 2019. Nesses 11 anos da série histórica, houve crescimento acumulado do número de servidores em 17,9% e do número de magistrados em 13,5%. O Poder Judiciário conta, ainda, com o apoio de 159.876 trabalhadores auxiliares, especialmente na forma de terceirizados (46,3%) e estagiários (41%), conforme observado na Figura 44. Em 2019, houve aumento tanto do número de funcionários terceirizados, em 0,02%, quanto do de estagiários, 1,4%. No período 2009-2019, houve aumento nas duas formas de contratação, sendo de 89,3% entre os terceirizados e de 84,3% entre os estagiários. Figura 44: Força de trabalho auxiliar 46,3%41,0% 7,2% 2,5% 1,6% 1,4% Auxiliares Conciliadores Estagiários Juízes leigos Terceirizados Trabalhadores de serventias privatizadas Voluntários 159.876 92 5 Gestão judiciária Neste capítulo, são apresentados os dados gerais de movimentação processual e litigiosidade e os resultados dos principais indicadores de desempenho por segmento de justiça. Ele está dividido em três tópicos: 1) litigiosidade, que mostra o fluxo processual da justiça e os indicadores de produtividade; desempenho; percentual de processos eletrônicos; e recorribilidade consolidados por tribunal e por segmento de justiça; 2) política de priorização do pri- meiro grau, comparandoos dados do 1º grau com os do 2º grau de jurisdição — considerando como 1º grau a justiça comum, os juizados especiais e as turmas recursais e incluindo no 2º grau as turmas regionais de uniformização da justiça federal; e 3) gargalos da execução, que compara as fases de conhecimento e execução do 1º grau. No decorrer desses tópicos são expostos os seguintes indicadores, por grau de jurisdição e por fase (conheci- mento e execução): a) Casos Novos por Magistrado: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de execução extrajudicial com o número de magistrados em atuação, não computadas as execuções judiciais. b) Casos Novos por Servidor: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de execução extrajudicial com o número de servidores da área judiciária, não computadas as execuções judiciais. c) Carga de Trabalho por Magistrado: este indicador calcula a média de trabalho de cada magistrado durante o ano de 2019. É dado pela soma dos processos baixados, dos casos pendentes, dos recursos internos jul- gados, dos recursos internos pendentes, dos incidentes em execução julgados e dos incidentes em execução pendentes. Em seguida, divide-se pelo número de magistrados em atuação. Cabe esclarecer que, na carga de trabalho, todos os processos são considerados, inclusive as execuções judiciais.10 d) Carga de Trabalho por Servidor: mesmo procedimento do indicador anterior, porém com a divisão pelo número de servidores da área judiciária. e) IPM (índice de produtividade dos magistrados): indicador que computa a média de processos baixados por magistrado em atuação. f) IPS-Jud (índice de produtividade dos servidores da área judiciária): indicador que computa a média de pro- cessos baixados por servidor da área judiciária. g) IAD (índice de atendimento à demanda): indicador que verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos pelo menos em número equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para evitar aumento dos casos pendentes. h) Taxa de congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de solução ao final do ano-base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados). Cumpre informar que, de todo o acervo, nem todos os processos podem ser baixados no mesmo ano, devido à exis- tência de prazos legais a serem cumpridos, especialmente nos casos em que o processo ingressou no final do ano-base. i) Índice de processos eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronica- mente (divisão do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais). j) Recorribilidade interna: indicador que computa o número de recursos internos interpostos em relação ao número de decisões terminativas e de sentenças proferidas. k) Recorribilidade externa: indicador que computa o número de recursos encaminhados aos tribunais em relação ao número de acórdãos e de decisões publicadas. Nos indicadores IPM, IPS-Jud, carga de trabalho, casos novos por magistrado e por servidor não são considerados, na base de cálculo, a soma de todos os dias de afastamento. Dessa forma, o denominador utiliza o número médio de magistrados e servidores que permaneceu ativo durante todo o exercício de cada ano de referência. Cumpre informar 10 Ao contrário dos casos novos por magistrado, em que somente as execuções extrajudiciais e os casos novos de conhecimento são computados. 93 que tal metodologia entrou em vigor no ano-base 2015 e que, até 2014, somente os afastamentos de magistrados por mais de seis meses eram descontados na apuração dos indicadores. Para os servidores, utilizava-se o quantita- tivo em efetivo exercício no final de cada ano-base. Tais mudanças podem impactar na série histórica e devem ser levadas em consideração na leitura dos dados. 5.1 Litigiosidade O Poder Judiciário finalizou o ano de 2 019 com 77,1 milhões de processos em tramitação, que aguardavam alguma solução definitiva. Desses, 14,2 milhões, ou seja, 18,5%, estavam suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório, e esperavam alguma situação jurídica futura. Dessa forma, desconsiderados tais processos, tem-se que, em andamento, ao final do ano de 2019 existiam 62,9 milhões ações judiciais. O ano de 2017 foi marcado pelo primeiro ano da série histórica em que se constatou freio no acervo, que vinha crescendo desde 2009 e manteve-se relativamente constante em 2017. Em 2018, pela primeira vez na última década, houve de fato redução no volume de casos pendentes, com queda de quase um milhão de processos judiciais. Em 2019, a redução foi ainda maior, com aproximadamente um milhão e meio de processos a menos em tramitação no Poder Judiciário. A variação acumulada nesses dois últimos anos foi na ordem de -3%. Esse resultado deriva do cres- cente aumento do total de processos baixados, que atingiu o maior valor da série histórica no ano de 2019, valor bem superior ao quantitativo de novos processos no Poder Judiciário, conforme observado nas figuras 45 e 46. Assim, o IAD, que mede a relação entre o que se baixou e o que ingressou, no ano de 2019, foi de 117,1%. Os resultados positivos mostram reflexo das políticas que vem sendo adotadas pelo CNJ, como Metas Nacionais e Prêmio CNJ de Qualidade, como ferramentas de gestão, de controle e incentivo ao aprimoramento da prestação jurisdicional. Em 2019 o acervo retornou ao patamar do ano de 2015, quando, na época, a tendência era unicamente pelo crescimento. O resultado decorre, em especial, dos desempenhos da Justiça Estadual, que reduziu o estoque em cerca de 1,7 milhão de processos no último ano, e da Justiça do Trabalho, que reduziu o estoque em 1 milhão de processos nos dois últimos anos (Figura 51). Há de se destacar que a redução dos processos ingressados na Justiça do Trabalho pode estar relacionada à reforma trabalhista aprovada em julho de 2017, a qual entrou em vigor em novembro daquele ano. Na Justiça Federal, ao contrário, permanece apresentando tendência de crescimento. Durante o ano de 2019, em todo o Poder Judiciário, ingressaram 30,2 milhões de processos e foram baixados 35,4 milhões. Houve crescimento dos casos novos em 6,8%, com aumento dos casos solucionados em 11,6%. Tanto a demanda pelos serviços de justiça como o volume de processos baixados atingiram, no último ano, o maior valor da série histórica. Se forem consideradas apenas as ações judiciais efetivamente ajuizadas pela primeira vez em 2019, sem computar os casos em grau de recurso e as execuções judiciais (que decorrem do término da fase de conhecimento ou do resultado do recurso), tem-se que ingressaram 20,2 milhões ações originárias em 2019, 3,3% a mais que no ano anterior. A redução do estoque não foi ainda maior devido aos processos que retornam à tramitação (casos pendentes) sem previamente figurarem como casos novos. São, por exemplo, os casos de sentenças anuladas na instância superior; ou de remessas e retornos de autos entre tribunais em razão de questões relativas à competência; ou de devolução dos processos à instância inferior para aguardar julgamento em matéria de recursos repetitivos ou de repercussão geral; ou de mudança de classe processual. Somente em 2019 foram reativados 1,8 milhão de processos. Outros fatores que contribuem para o crescimento do estoque são os problemas na autuação e na apuração dos dados. O projeto Prêmio CNJ de Qualidade, pelo DataJud, visa corrigir esse tipo de inconsistência, uma vez que o DPJ tem recebido os dados detalhados por processo, o que substituirá a partir de 2021 a remessa de informações agregadas. É oportuno esclarecer que, conforme o glossário da Resolução CNJ nº 76/2009, consideram-se baixados os processos: • Remetidos para outros órgãos judiciais competentes, desde que vinculados a tribunais diferentes; • Remetidos para as instâncias superiores ou inferiores; • Arquivados definitivamente; • Em que houvedecisões que transitaram em julgado e iniciou-se a liquidação, o cumprimento ou a execução. Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle 94 É importante esclarecer que é computada apenas uma baixa por processo e por fase/instância (conhecimento ou execução, 1º ou 2º grau); os casos pendentes são todos aqueles que não receberam movimento de baixa em nenhuma das fases analisadas; para contabilização do número de casos novos, também são considerados os ingressos na dimensão fase/instância. Assim, um processo que inicia a fase de execução pode ser, ao mesmo tempo, um caso novo de execução e um baixado de conhecimento. Os dados por segmento de justiça demonstram que o resultado global do Poder Judiciário reflete quase direta- mente o desempenho da Justiça Estadual, com 79,4% dos processos pendentes. A Justiça Federal concentra 13,8% dos processos e a Justiça Trabalhista, 5,9%. Os demais segmentos juntos acumulam 0,9% dos casos pendentes. A Justiça Eleitoral apresenta sazonalidade de movimentos processuais, com altas especialmente nos anos eleitorais (2012, 2014, 2016, 2018), e de forma mais acentuada nos anos de eleições municipais (2012 e 2016). Pelos motivos expostos, a avaliação por segmento de justiça é de suma importância. Durante o ano de 2019, 32 milhões de sentenças e decisões terminativas foram proferidas, com aumento de 2.230 mil casos (7,6%) em relação a 2018. Registra-se, também, crescimento acumulado de 33,9% da produtividade em 11 anos. Destaca-se a diferença entre o volume de processos pendentes e o volume que ingressa a cada ano, conforme Figura 51. Na Justiça Estadual, o estoque equivale a 3 vezes a demanda e na Justiça Federal, a 2 vezes. Nos demais segmentos, os processos pendentes são mais próximos do volume ingressado. Em 2019, seguiram a razão de 1,3 pendente por caso novo na Justiça do Trabalho e a 0,9 pendente por caso novo nos Tribunais Superiores. Na Justiça Eleitoral e na Justiça Militar Estadual ocorre o inverso: o acervo é menor que a demanda. Tais diferenças significam que, mesmo que não houvesse ingresso de novas demandas e fosse mantida a produ- tividade dos magistrados e dos servidores, seriam necessários aproximadamente 2 anos e 2 meses de trabalho para zerar o estoque. Esse indicador pode ser denominado como “tempo de giro do acervo”. O tempo de giro do acervo na Justiça Estadual é de 2 anos e 5 meses, na Justiça Federal é de 2 anos, na Justiça do Trabalho é de 1 ano e 1 mês, na Justiça Militar Estadual é de 11 meses e nos Tribunais Superiores é de 1 ano, conforme observado na Figura 50. Figura 45: Série histórica dos casos novos e processos baixados M ilh õe s 25,3 24,1 25,8 27,7 28,1 28,4 28,6 28,9 30,4 31,7 35,4 24,6 24,0 26,1 28,0 28,5 29,0 27,8 29,1 28,8 28,3 30,2 Processos baixados Casos novos 0,0 7,2 14,4 21,6 28,8 36,0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Nathalie Dalle Nathalie Dalle 95 Figura 46: Série histórica dos casos pendentes M ilh õe s 60,7 61,9 64,4 67,1 71,6 72,0 77,1 79,9 79,5 78,6 77,1 9,8 12,8 14,2 14,1 14,2 0,8 1,8 1,8 Casos pendentes Processos suspensos Processos reativados 0 16 32 48 64 80 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 47: Série histórica das sentenças e decisões M ilh õe s 23,7 23,1 23,6 24,8 25,9 27,0 27,5 27,7 28,3 29,5 31,7 20,7 20,0 19,8 20,7 21,9 22,6 22,9 23,2 23,8 24,6 26,9 2,7 3,0 3,4 3,6 3,5 3,8 4,0 3,8 3,9 4,1 4,1 Total Sentenças de 1º Grau Decisões Terminativas no 2º grau 0,0 6,4 12,8 19,2 25,6 32,0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 48: Casos novos, por ramo de justiça Figura 49: Casos pendentes, por ramo de justiça Justiça Estadual 20.669.278 68,4% Justiça Federal 5.201.412 17,2% Justiça do Trabalho 3.530.197 11,7% Tribunais Superiores 713.994 ( 2,4%) Justiça Eleitoral 93.429 ( 0,3%) Justiça Militar Estadual 4.523 ( 0,0%) Auditoria Militar da União 1.513 0,0% Justiça Estadual 61.209.295 79,4% Justiça Federal 10.636.165 13,8% Justiça do Trabalho 4.533.771 5,9% Tribunais Superiores 651.297 ( 0,8%) Justiça Eleitoral 60.794 ( 0,0%) Justiça Militar Estadual 3.704 ( 0,1%) Auditoria Militar da União 1.913 0,0% 96 Figura 50: Tempo médio de giro do acervo, por tribunal Estadual TJRR TJSE TJAP TJRO TJAC TJRN TJAL TJTO TJAM TJMS TJPB TJPI TJDFT TJMT TJES TJBA TJGO TJMA TJSC TJCE TJPE TJPA TJMG TJRS TJPR TJSP TJRJ 2a e 5m 1a 1a e 1m 1a e 2m 1a e 2m 1a e 7m 1a e 8m 1a e 11m 2a e 3m 2a e 4m 2a e 5m 2a e 9m 3a e 1m 1a e 7m 1a e 10m 1a e 11m 2a 2a 2a e 3m 2a e 4m 2a e 4m 2a e 7m 2a e 10m 2a 2a e 3m 2a e 10m 2a e 10m 2a e 10m 0 1 2 3 Eleitoral TRE−TO TRE−MT TRE−AL TRE−RR TRE−MS TRE−SE TRE−RO TRE−AC TRE−ES TRE−AP TRE−DF TRE−PE TRE−RN TRE−PB TRE−GO TRE−SC TRE−CE TRE−MA TRE−BA TRE−AM TRE−PA TRE−PI TRE−MG TRE−RS TRE−SP TRE−PR TRE−RJ 4m 2m 3m 3m 3m 4m 4m 4m 5m 5m 7m 5a e 2m 2m 3m 3m 4m 4m 5m 5m 7m 8m 1a e 1m 1a e 8m 2m 3m 3m 4m 5m 0 1 2 3 4 5 6 Trabalho TRT11 TRT14 TRT22 TRT21 TRT13 TRT17 TRT24 TRT23 TRT16 TRT20 TRT19 TRT8 TRT18 TRT12 TRT6 TRT9 TRT7 TRT10 TRT5 TRT3 TRT15 TRT2 TRT4 TRT1 1a e 1m 6m 9m 9m 1a 1a 1a 1a 1a e 1m 1a e 1m 1a e 2m 1a e 6m 9m 9m 9m 1a 1a e 2m 1a e 3m 1a e 5m 1a e 5m 8m 1a e 1m 1a e 3m 1a e 3m 1a e 4m 0 0 1 2 Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMMG TJMRS Federal TRF5 TRF1 TRF4 TRF2 TRF3 Superior STM STJ TSE TST 2a e 2m 11m 9m 1a 1a e 2m 2a 1a e 5m 1a e 9m 1a e 9m 2a e 1m 2a e 9m 1a 4m 8m 1a e 5m 1a e 6m 0 0 1 2 2 2 3 0 0 1 2 2 2 3 0 0 1 2 2 2 3 0 0 1 2 2 2 3 Estadual Eleitoral Trabalho Superiores Federal Militar Estadual Poder Judiciário 97 Figura 51: Séries históricas da movimentação processual, por ramo de justiça Estadual M ilh õe s 49,450,3 52,354,1 58,057,3 62,1 63,4 62,9 62,9 61,2 18,3 17,1 18,1 19,1 19,4 19,9 20,1 20,221,0 22,1 25,0 17,8 17,5 18,6 19,8 20,520,3 19,5 19,5 19,9 19,8 20,7 0,0 12,8 25,6 38,4 51,2 64,0 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 0,5 0,5 0,6 0,6 0,7 0,7 0,6 0,6 0,7 0,4 0,5 0,5 0,5 0,6 0,5 0,6 0,6 0,7 0,5 0,5 0,5 0,6 0,5 0,5 0,5 0,6 0,7 Casos pendentes Processos baixados Casos novos 0,0 0,1 0,3 0,4 0,6 0,7 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho M ilh õe s 3,3 3,4 3,4 4,0 4,5 4,6 5,1 5,4 5,5 4,9 4,5 3,3 3,4 3,7 3,8 4,0 4,2 4,3 4,2 4,5 4,4 4,2 3,4 3,3 3,7 3,9 4,0 4,0 4,1 4,3 4,3 3,5 3,5 0,0 1,1 2,2 3,4 4,5 5,6 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 0,1 0,4 0,1 0,1 0,1 0,4 0,1 0,1 0,1 0,1 0,5 0,4 0,1 0,1 0,6 0,5 0,2 0,2 0,1 0,8 0,1 0,1 0,1 1,0 0,2 0,2 0,1 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 2011 2013 2015 2017 2019 Federal M ilh õe s M ilh õe s M ilh õe s M ilh õe s 7,8 8,0 8,1 8,1 8,5 9,4 9,1 10,0 10,3 10,1 10,6 3,5 3,4 3,6 3,9 3,8 3,7 3,6 3,3 3,7 4,4 5,4 3,3 3,0 3,3 3,1 3,4 4,1 3,7 3,8 3,8 4,2 5,2 0,0 2,2 4,4 6,6 8,8 11,0 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual 6,5 5,2 4,0 3,0 3,1 3,1 3,3 3,4 3,7 6,3 6,9 6,4 5,1 4,3 4,8 5,0 5,3 4,2 7,2 6,0 5,6 4,4 4,2 3,8 5,2 4,8 4,5 0,0 1,5 2,9 4,4 5,8 7,3 2011 2013 2015 2017 2019 98 Figura 52: Séries históricas das sentenças e decisões, por ramo de justiça Estadual M ilh õe s 17,5 16,6 16,3 17,0 18,1 19,1 19,5 19,0 19,4 20,0 22,9 15,8 14,8 14,3 14,8 15,9 16,7 16,9 16,7 17,1 17,7 20,3 1,7 1,8 2,1 2,2 2,2 2,4 2,6 2,4 2,3 2,4 2,6 0,0 4,6 9,2 13,8 18,4 23,0 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 0,4 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,8 0,7 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0,0 0,2 0,3 0,5 0,7 0,8 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho M ilh õe s 3,3 3,5 3,8 3,8 4,0 4,1 4,2 4,3 4,6 4,4 4,0 2,7 2,8 3,1 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,3 3,0 0,6 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 1,0 1,1 1,0 0,0 0,9 1,9 2,8 3,8 4,7 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 0,1 0,5 0,4 0,1 0,1 0,6 0,4 0,2 0,1 0,1 0,4 0,4 0,1 0,1 0,6 0,4 0,10,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,3 0,4 0,5 0,6 2011 2013 2015 2017 2019 Federal M ilh õe s M ilh õe s M ilh õe s M ilh õe s 2,7 2,9 3,0 3,0 2,9 3,0 3,1 3,0 3,3 4,1 4,0 2,3 2,4 2,4 2,4 2,4 2,5 2,5 2,5 2,7 3,5 3,4 0,5 0,5 0,6 0,6 0,5 0,5 0,6 0,5 0,5 0,5 0,6 0,0 0,8 1,6 2,5 3,3 4,1 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual6,1 6,1 6,0 4,6 4,3 4,9 4,9 4,7 3,4 3,0 3,1 3,3 2,6 2,4 1,7 1,7 1,7 1,7 3,1 3,0 2,7 2,1 1,9 3,2 3,1 3,0 1,7 Total Sentenças de 1º Grau Decisões Terminativas no 2º grau 0,0 1,2 2,4 3,7 4,9 6,1 2011 2013 2015 2017 2019 99 5.1.1 Ace sso à Justiça Esta seção trata da demanda da população pelos serviços da justiça e das concessões de assistência judiciária gratuita nos tribunais. Em média, a cada grupo de 100.000 habitantes, 12.211 ingressaram com uma ação judicial no ano de 2019. Nesse indicador, são considerados somente os processos de conhecimento e de execução de títulos extrajudiciais, excluindo, portanto, da base de cálculo as execuções judiciais iniciadas. O indicador de cada tribunal é apresentado na Figura 54. O estado de Minas Gerais, apesar de figurar como tribunal de grande porte em todos os segmentos (TJMG, TRT3 e TRE-MG), é, dentre os de grande porte, o que apresenta a menor demanda por habitante. Na Justiça Estadual, o tribunal mais demandado é o TJRO (17.454) e o menos demandado é o TJPA (2.963). Na Justiça trabalhista, os índices variam de 597 (TRT16) a 2.101 (TRT2). Na Justiça Federal, o único com demanda acima do patamar de 2.500 casos por cem mil habitantes é o TRF da 4ª Região, que abrange os estados da Região Sul do País. A Figura 55 relaciona os processos arquivados com assistência judiciária gratuita com o número de habitantes. Verifica-se aumento na série histórica, atingindo o maior indicador no ano de 2019, com 3.065 arquivados com assistência judiciária gratuita por cem mil habitantes. As informações por tribunal constam na Figura 56. Figura 53: Série histórica do número de casos novos por mil habitantes Ca so s no vo s po r 1 .0 00 h ab ita nt es 119 116 124 133 129 130 122 127 123 118 122 0 28 56 84 112 140 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Nathalie Dalle Nathalie Dalle 100 Figura 54: Casos novos por cem mil habitantes, por Tribunal Estadual TJPB TJAM TJAL TJPI TJAC TJRN TJRR TJAP TJSE TJTO TJMS TJRO TJPA TJCE TJMA TJPE TJES TJGO TJBA TJMT TJDFT TJSC TJMG TJPR TJSP TJRS TJRJ Estadual 8.653 5.206 5.564 5.820 6.063 6.215 6.771 7.269 8.731 9.630 11.791 12.433 17.454 2.963 4.757 5.106 6.573 7.008 7.363 7.916 11.528 12.663 13.053 7.027 10.169 10.335 10.824 11.086 0 5.000 10.000 15.000 20.000 Eleitoral TRE−DF TRE−SE TRE−MS TRE−AL TRE−ES TRE−AC TRE−AP TRE−MT TRE−RO TRE−TO TRE−RR TRE−BA TRE−PE TRE−PA TRE−MA TRE−CE TRE−AM TRE−SC TRE−GO TRE−PI TRE−RN TRE−PB TRE−RJ TRE−SP TRE−RS TRE−PR TRE−MG Eleitoral 45 9 56 57 58 62 71 75 78 97 133 201 5 33 34 42 45 49 52 60 81 101 107 16 35 41 55 63 0 50 100 150 200 250 Trabalho TRT16 TRT21 TRT19 TRT13 TRT11 TRT22 TRT20 TRT23 TRT17 TRT24 TRT14 TRT7 TRT8 TRT5 TRT6 TRT18 TRT10 TRT9 TRT12 TRT3 TRT1 TRT15 TRT4 TRT2 Trabalho 1.301 597 734 766 800 842 891 1.021 1.035 1.078 1.215 1.312 649 716 896 1.062 1.235 1.254 1.355 1.363 1.201 1.574 1.691 1.830 2.101 0 500 1.000 1.500 2.000 Poder Judiciário Poder Judiciário Militar Estadual Militar Estadual TJMMG TJMSP TJMRS Federal Federal TRF3 TRF1 TRF2 TRF5 TRF4 Superior Superior STM TSE TST STJ 12.211 1.497 1.249 1.538 1.869 1.869 1.568 1.600 1.749 1.900 3.103 342 0 1 156 184 0 5.000 10.000 15.000 0 5.000 10.000 15.000 0 5.000 10.000 15.000 0 5.000 10.000 15.000 101 Figura 55: Série histórica do número de processos arquivados com assistência judiciária gratuita por cem mil habitantes 1.699 2.492 2.615 2.535 3.065 0 620 1.240 1.860 2.480 3.100 2015 2016 2017 2018 2019 102 Figura 56: Número de processos arquivados com assistência judiciária gratuita por cem mil habitantes, por tribunal Estadual TJRN TJPI TJRR TJTO TJSE TJPB TJAL TJAM TJAP TJAC TJMS TJRO TJGO TJES TJBA TJPE TJCE TJSC TJPA TJMA TJDFT TJMT TJPR TJMG TJRS TJSP TJRJ Estadual 1.828 88 105 294 300 338 1.053 1.681 1.883 4.302 4.741 4.946 9.388 221 351 917 1.287 1.396 1.671 1.972 2.176 3.114 9.088 1.314 1.729 1.764 1.840 2.698 0 2.000 6.000 10.000 Trabalho TRT23 TRT13 TRT20 TRT11 TRT16 TRT22 TRT17 TRT21 TRT19 TRT24 TRT14 TRT5 TRT6 TRT12 TRT8 TRT7 TRT9 TRT10 TRT18 TRT15 TRT3 TRT4 TRT1 TRT2 Trabalho 626 0 28 38 173 407 441 478 610 630 861 987 5 20 215 476 520 522 763 837 0 780 903 1.021 1.899 0 500 1.000 1.500 2.000 Poder Judiciário Poder Judiciário Federal Federal TRF2 TRF1 TRF3 TRF5 TRF4 3.065610 88 347 572 1.135 1.165 0 1.000 2.000 3.0000 1.000 2.000 3.000 Para obter o índice de processos que tiveram concessão de assistência judiciária gratuita (AJG), retiram-se as ações criminais e os processos de juizado especial da base e calcula-se a razão entre o número de processos arqui- vados definitivamente com o AJG dividido e o total de feitos arquivados. O percentual de casos solucionados com o benefício foi de 31% no ano de 2019. Em comparação aos demais segmentos, a Justiça Militar Estadual é a de maior percentual (Figura 58). A concessão da AJG havia crescido entre os anos de 2015 e 2018, porém reduziu em 2019. O índice foi de 27% em 2015, atingiu 34% em 2018 e caiu para 31% em 2019. 103 Figura 57: Série histórica do percentual de processos de justiça gratuita arquivados definitivamente 26,9% 31,7% 33,0% 33,6% 31,4% 0,0% 6,8% 13,6% 20,4% 27,2% 34,0% 2015 2016 2017 2018 2019 104 Figura 58: Percentual de processos de justiça gratuita arquivados definitivamente por tribunal Estadual TJRN TJPI TJSE TJRR TJTO TJAL TJPB TJMS TJAM TJRO TJAP TJAC TJGO TJBA TJSC TJPE TJES TJCE TJDFT TJPA TJMA TJMT TJRJ TJPR TJMG TJSP TJRS Estadual 27% 2% 2% 3% 4% 4% 24% 24% 42% 43% 57% 63% 63% 3% 13% 17% 18% 24% 32% 32% 55% 65% 77% 14% 26% 29% 40% 50% 0% 20% 40% 60% 80% Trabalho TRT23 TRT13 TRT20 TRT11 TRT22 TRT17 TRT16 TRT21 TRT19 TRT24 TRT14 TRT5 TRT6 TRT12 TRT9 TRT10 TRT8 TRT18 TRT7 TRT15 TRT4 TRT3 TRT1 TRT2 Trabalho 56% 0% 4% 4% 19% 53% 56% 68% 71% 73% 77% 81% 1% 2% 17% 42% 52% 70% 80% 89% 0% 67% 72% 82% 94% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Poder judiciário Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal TRF2 TRF1 TRF3 TRF4 TRF5 Superior Poder judiciário Militar Estadual FederalSuperiores STM TSE TST STJ 31%80% 50% 63% 89% 34% 5% 19% 36% 46% 78% 13% 0% 13% 0% 20% 40% 60% 80% 100%0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 105 5.1.2 Indicador es de produtividade Neste tópico, são apresentados os índices de produtividade e a carga de trabalho dos magistrados e dos servi- dores da área judiciária. Os índices de produtividade dos magistrados (IPM) e dos servidores (IPS-Jud) são calculados pela relação entre o volume de casos baixados e o número de magistrados e servidores que atuaram durante o ano na jurisdição. A carga de trabalho indica o número de procedimentos pendentes e resolvidos no ano, incluindo não somente os processos principais como também os recursos internos e os incidentes em execução julgados e em trâmite. O IPM e o IPS-Jud variaram positivamente no último ano, em 13% e 14,1%, respectivamente. Registre-se que é a maior produtividade dos últimos 11 anos para ambos os indicadores. As cargas de trabalho também cresceram, embora em menor escala. O volume de processos médio sob a gestão dos magistrados foi de 6.962 em 2019 (aumento de 13%). Houve crescimento na ordem de 4% para os servidores. A Figura 59 apresenta a série histórica do indicador de produtividade por magistrado. Esse indicador tem cres- cido desde 2014 e atingiu o maior valor da série histórica no ano de 2019. Nesse período de 5 anos, a produtividade aumentou em 24,2%, alcançando a média de 2.107 processosbaixados por magistrado em 2019, ou seja, uma média de 8,4 casos solucionados por dia útil do ano, sem descontar períodos de férias e recessos. O aumento do IPM foi verificado na Justiça Estadual, na Justiça Federal e nos Tribunais Superiores. Nas Justiças Trabalhista, Eleitoral e Militar ocorreu o oposto, com redução. A Figura 60 mostra a carga de trabalho do magistrado em sua versão bruta e líquida, ou seja, com e sem a inclu- são dos processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório como parte do acervo, respectivamente. Tais processos somam 14,2 milhões (18,5% dos casos pendentes). Assim como carga de trabalho bruta, a carga líquida também cresceu (3,2%). A Figura 61 indica a série histórica do IPM e da carga de trabalho por segmento de justiça em um mesmo gráfico. O distanciamento entre as duas linhas deve-se à contagem do acervo na carga de trabalho que, a depender do seg- mento de justiça, pode corresponder até ao triplo do fluxo de entrada e saída processual. A Figura 62 exibe o detalhamento de tais indicadores por tribunal. São notáveis as diferenças de produtividade dentro de cada ramo de justiça. Na Justiça Estadual, a maior produtividade está no TJRJ, com 4.281, enquanto a menor, no TJPB, com 886, ou seja, diferença de 3.395 casos baixados por magistrado. Diferenças significativas também são encontradas na Justiça Federal: a variação entre o TRF mais produtivo e menos produtivo é de 1.928 processos. Na Justiça do Trabalho, existem diferenças, mas em menor magnitude. Nesse segmento, o maior valor foi alcançado no TRT22 (1.685), e o menor, no TRT14 (601). 106 Figura 59: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados 1.590 1.471 1.571 1.715 1.705 1.696 1.748 1.727 1.783 1.864 2.107 0 440 880 1.320 1.760 2.200 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 60: Série histórica da carga de trabalho dos magistrados 5.525 5.371 5.650 6.055 6.232 6.168 6.671 6.701 6.667 6.752 6.962 6.072 5.934 5.831 5.925 6.115 Carga de trabalho Carga de trabalho líquida 0 1.400 2.800 4.200 5.600 7.000 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 107 Figura 61: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados, por ramo de justiça Estadual 6.151 5.970 6.292 6.666 6.927 6.874 7.474 7.384 7.322 7.464 7.715 7.078 6.788 6.630 6.769 6.981 1.635 1.491 1.585 1.701 1.703 1.733 1.781 1.747 1.790 1.879 2.171 0 1.560 3.120 4.680 6.240 7.800 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 12.408 13.862 16.55317.063 19.63019.03019.196 20.43420.858 18.51217.878 18.177 19.244 20.387 4.509 5.719 6.448 6.438 7.703 7.224 7.939 8.544 8.735 Carga de trabalho Carga de trabalho líquida Índice de produtividade 0 4.200 8.400 12.600 16.800 21.000 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho 2.258 2.359 2.403 2.594 2.708 2.780 3.053 3.073 3.207 3.075 2.927 2.632 2.691 2.837 2.677 2.497 1.048 1.104 1.156 1.165 1.176 1.239 1.287 1.250 1.328 1.317 1.264 0 660 1.320 1.980 2.640 3.300 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 54 252 165 73 63 322 225 127 84 62 308 223 124 82 31 138 129 44 37 182 176 72 61 0 66 132 198 264 330 2011 2013 2015 2017 2019 Federal 7.505 6.625 7.274 8.272 8.207 7.741 8.011 8.397 8.307 8.370 9.107 5.674 5.671 5.591 5.873 6.745 2.266 1.906 2.122 2.565 2.435 2.112 2.168 2.021 2.130 2.452 2.945 0 1.840 3.680 5.520 7.360 9.200 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual340 324 281 219 191 212 213 226 208 185 207 209 223 205161 177 164 127 105 124 121 129 102 0 68 136 204 272 340 2011 2013 2015 2017 2019 108 Figura 62: Índice de produtividade dos magistrados, por tribunal Estadual TJPB TJAP TJPI TJRR TJTO TJAC TJRN TJAM TJAL TJMS TJSE TJRO TJDFT TJPA TJCE TJMA TJES TJPE TJMT TJGO TJBA TJSC TJPR TJRS TJMG TJSP TJRJ Estadual 2.171 886 952 971 1.171 1.212 1.292 1.315 1.436 1.611 1.922 2.233 2.261 1.165 1.267 1.341 1.433 1.505 1.675 2.005 2.010 3.096 3.170 1.631 1.891 2.019 2.663 4.281 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−SE TRE−AL TRE−ES TRE−AP TRE−RO TRE−AC TRE−MT TRE−RR TRE−TO TRE−BA TRE−PA TRE−PE TRE−AM TRE−PI TRE−MA TRE−CE TRE−SC TRE−GO TRE−PB TRE−RN TRE−RJ TRE−RS TRE−PR TRE−SP TRE−MG Eleitoral 61 11 44 62 63 64 74 75 78 82 88 94 10 36 42 53 55 57 57 66 75 91 110 46 59 59 66 87 0 20 40 60 80 100 120 140 Trabalho TRT14 TRT13 TRT23 TRT21 TRT19 TRT24 TRT17 TRT11 TRT20 TRT16 TRT22 TRT10 TRT8 TRT5 TRT7 TRT6 TRT18 TRT12 TRT9 TRT4 TRT3 TRT1 TRT2 TRT15 Trabalho 1.264 601 749 749 925 931 989 1.062 1.173 1.186 1.462 1.685 913 957 1.018 1.149 1.195 1.226 1.399 1.411 1.150 1.415 1.420 1.443 1.541 0 500 1.000 1.500 2.000 Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal TRF2 TRF4 TRF3 TRF5 TRF1 Superior Poder Judiciário Militar Estadual Federal Superiores STM TSE TST STJ 2.107 102 51 83 171 2.945 1.668 2.757 2.974 3.182 3.596 8.735 54 105 9.492 12.325 0 5.000 10.000 15.000 0 5.000 10.000 15.000 0 5.000 10.000 15.000 0 5.000 10.000 15.000 109 No ano de 2019 cada servidor baixou, em média, 175 processos — aumento de 14,1% na produtividade. A carga de trabalho foi de 579 casos, computados o acervo, os recursos internos e os incidentes em execução. Ao descon- siderar os casos pendentes, que estavam suspensos ou sobrestados ou em arquivo provisório, a carga de trabalho dos servidores foi de 508 casos, ou seja, houve aumento em relação aos anos anteriores. A produtividade por servidor aumentou em 13% na Justiça Estadual, em 0,2% na Justiça do Trabalho, em 26,1% na Justiça Federal e em 11,3% nos Tribunais Superiores. Considerando as peculiaridades da Justiça Eleitoral, com realização de eleições municipais e presidenciais a cada dois anos de forma intercalada, não faz sentido analisar a variação anual de seus indicadores, mas apenas cada ciclo de quatro anos. Nesse sentido, comparativamente ao ano de 2015, a produtividade aumentou em 63,4%. Figura 63: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário 141 129 126 131 129 130 138 139 148 154 175 0 36 72 108 144 180 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 64: Série histórica da carga de trabalho dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário 490 470 452 464 472 474 526 539 555 556 579 479 478 486 488 508 Carga de trabalho Carga de trabalho líquida 0 116 232 348 464 580 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 110 Figura 65: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária, por ramo de justiça Estadual 517 495 508 513 538 530 603 619 632 639 646 571 569 573 580 585 137 124 128 131 132 134 144 146 155 161 182 0 130 260 390 520 650 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 360 382 397 402 451 432 445 448 499 435 418 435 435 513 131 157 155 152 177 164 184 187 209 Carga de trabalho Carga de trabalho líquida Índice de produtividade 0 104 208 312 416 520 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho 261 254 257 275 291 300 328 336 359 341 339 283 294 318 297 289 121 119 123 124 126 134 138 137 149 146 146 0 72 144 216 288 360 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 14 61 40 17 16 77 49 26 21 15 73 49 25 20 8 34 32 10 9 43 38 15 15 0 16 32 48 64 80 2011 2013 2015 2017 2019 Federal 657 631 652 714 571 652 644 639 677 693 792 456 432 456 486 586 198 181 190 221 169 178 174 154 174 203 256 0 160 320 480 640 800 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual57 57 46 37 36 36 37 40 36 35 35 37 40 36 27 31 27 22 20 21 21 23 18 0 12 24 36 48 60 2011 2013 2015 2017 2019 111 Figura 66: Índice de produtividade dos servidores da área judiciária, por tribunal Estadual TJAC TJAP TJPB TJRR TJPI TJTO TJRN TJAL TJRO TJSE TJMS TJAM TJDFT TJPA TJCE TJGO TJMA TJPE TJMT TJES TJBA TJSC TJMG TJPR TJSP TJRSTJRJ Estadual 182 57 83 91 97 97 112 126 145 160 166 167 218 84 111 115 136 139 150 157 174 269 272 154 196 196 213 294 0 50 100 150 200 250 300 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−AL TRE−ES TRE−RO TRE−MT TRE−AC TRE−TO TRE−AP TRE−SE TRE−RR TRE−BA TRE−PA TRE−PE TRE−AM TRE−GO TRE−SC TRE−MA TRE−CE TRE−PI TRE−PB TRE−RN TRE−RJ TRE−RS TRE−MG TRE−PR TRE−SP Eleitoral 15 1 10 12 15 15 16 16 20 22 24 24 2 8 8 12 15 16 18 23 26 32 54 9 14 16 18 24 0 10 20 30 40 50 60 Trabalho TRT13 TRT14 TRT23 TRT21 TRT19 TRT17 TRT24 TRT11 TRT20 TRT22 TRT16 TRT10 TRT8 TRT5 TRT18 TRT6 TRT7 TRT9 TRT12 TRT4 TRT3 TRT1 TRT2 TRT15 Trabalho 146 77 85 89 104 109 122 131 144 151 204 218 110 112 121 128 129 137 151 153 121 142 143 190 206 0 50 100 150 200 Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Federal TRF2 TRF5 TRF4 TRF3 TRF1 Superior Poder Judiciário Militar Estadual Federal Superior STM TSE TST STJ 175 18 14 19 20 256 143 219 255 269 324 209 5 11 203 251 0 100 200 300 400 0 100 200 300 400 0 100 200 300 400 0 100 200 300 400 112 5.1.3 Indicadores de de sempenho e de informatização Neste item são apresentados os indicadores de desempenho do Poder Judiciário, incluindo a taxa de conges- tionamento e o índice de atendimento à demanda (IAD), além do percentual de processos eletrônicos nos tribunais. A taxa de congestionamento mede o percentual de processos que ficaram represados sem solução, compara- tivamente ao total tramitado no período de um ano. Quanto maior o índice, maior a dificuldade do tribunal em lidar com seu estoque de processos. A taxa de congestionamento líquida, por sua vez, é calculada retirando do acervo os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório. Cumpre informar que nem todos os processos em tramitação estão aptos a serem baixados. É o caso, por exemplo, das execuções penais, que precisam permanecer no acervo enquanto o cumprimento da pena estiver em andamento. O IAD, por sua vez, reflete a capacidade das cortes em dar vazão ao volume de casos ingressados. O nível de informatização dos tribunais é calculado considerando o total de casos novos ingressados eletronicamente em relação ao total de casos novos físicos e eletrônicos, des- consideradas as execuções judiciais iniciadas. A Figura 67 apresenta a série histórica para esses quatro indicadores simultaneamente, no período de 2009 a 2019. A taxa de congestionamento do Poder Judiciário oscilou entre 70,6%, no ano de 2009, e 73,4%, em 2016. A partir deste ano, a taxa cai gradativamente até atingir o menor índice da série histórica no ano de 2019, com taxa de 68,5%. Em 2019, houve redução na taxa de congestionamento de 2,7 pontos percentuais, fato bastante positivo e, até então, nunca observado. Ao longo de 10 anos, a maior variação na taxa de congestionamento havia ocorrido entre os anos de 2009 e 2010, com aumento em 1,4 ponto percentual. A taxa de congestionamento varia bastante entre os tribunais (Figura 71). Na Justiça Estadual, com taxa de congestionamento de 71%, os índices vão de 49,1% (TJRR) a 75,4% (TJPI). Na Justiça do Trabalho, com taxa de congestionamento de 52%, os índices partem de 34,9% (TRT11) e chegam a 60,6% (TRT19), e na Justiça Federal, com 66,5% de congestionamento, a menor taxa está no TRF5 (58,8%) e a maior, no TRF3 (73,6%). Os segmentos da Justiça Estadual, Federal, Eleitoral e do Trabalho conseguiram reduzir suas taxas de congestionamento. A maior redução foi na Justiça Federal (3,1 pontos percentuais). Esses resultados mostram que, apesar dos números positi- vos, ainda há margem para melhora. A taxa de congestionamento líquida é calculada excluindo-se os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório. Em 2019, ela foi de 64%, ou seja, 4,6 pontos percentuais a menos que a taxa total (68,5%). O índice na taxa líquida reduziu na mesma escala que a bruta, 3 pontos percentuais em relação ao ano de 2018, atingindo o menor valor da série histórica. Os segmentos de Justiça mais impactados pelo volume de processos suspensos são a Justiça Federal, com redução na taxa de congestionamento bruta para líquida em 12,3 pontos percentuais, e a Justiça do Trabalho, com redução de 9,4 pontos percentuais, conforme as Figuras 68 e 71. Quanto ao índice de atendimento à demanda (IAD), o indicador global no Poder Judiciário alcançou 117,1% no ano de 2019, culminando em redução do estoque em 1.515 mil processos. Os segmentos da Justiça Estadual, Federal, Eleitoral e do Trabalho superaram o patamar mínimo desejável de 100% no IAD, com destaque para a Justiça do Trabalho, que baixou 118,6% dos casos novos, com todos os 24 TRTs registrando índices acima de 100%. Todos os tribunais da Justiça Eleitoral também apresentaram indicador superior a 100%. Durante o ano de 2019, apenas 10% do total de processos novos ingressaram fisicamente. Em apenas um ano, entraram 23 milhões de casos novos eletrônicos (Figura 69). Nem todos esses processos tramitam no PJe, pois a Resolução CNJ nº 185/2013, que instituiu o PJe, abriu a possibilidade de utilização de outro sistema de tramitação eletrônica em caso de aprovação de requerimento proposto pelo tribunal, em plenário. A exigência, no caso de auto- rização, é que os tribunais adotem o Modelo Nacional de Interoperabilidade (MNI). Nos 11 anos cobertos pela série histórica, foram protocolados, no Poder Judiciário, 131,5 milhões de casos novos em formato eletrônico. É notória a curva de crescimento do percentual de casos novos eletrônicos, sendo que no último ano o incremento foi de 5,4 pontos percentuais. O percentual de adesão já atinge 90%. 113 Destaca-se a Justiça Trabalhista, segmento com maior índice de virtualização dos processos, com 100% dos casos novos eletrônicos no TST e 98,9% nos Tribunais Regionais do Trabalho, sendo 96,8% no 2º grau e 100% no 1º grau e com índices muito semelhantes em todos os Tribunais Regionais do Trabalho, mostrando a existência de um trabalho coordenado e uniforme nesse segmento (Figura 73). Na Justiça Eleitoral, o PJe passou a ser adotado em 2017 apenas em alguns poucos tribunais. Esse segmento possui o menor percentual de casos novos eletrônicos, tendo somente três tribunais apresentado mais de 30% dos processos ingressados de forma eletrônica. A Justiça Militar Estadual começou a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe) ao final de 2014, mas ainda abarca 57,9% dos casos novos, talvez em razão de seus processos de natureza criminal. Na Justiça Federal, 94,3%, e na Justiça Estadual, 88,3%. Outros onze tribunais se destacam positivamente por terem alcançado 100% de processos eletrônicos nos dois graus de jurisdição: TJAC, TJAL, TJAM, TJMS, TJPR, TJSE, TJTO, TRF4, TJMRS, STM, TRT10, TRT11, TRT13, TRT16, TRT18, TRT24, TRT7, TRT9. Na Justiça Eleitoral, chama a atenção o resultado do TRE-BA. Com 81,7%, é o único a superar a marca de 80% de casos novos eletrônicos. Na Justiça Estadual, constata-se que o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo ainda está em processo de implementação da política de entrada de casos novos por meio eletrônico, com índice inferior a 40%. Levantamento realizado pelo CNJ em maio de 2020 para avaliar o impacto da pandemia COVID-19 nos Tribunais revelou que 27% do acervo ainda é físico, mas que uma parcela significativa dos tribunais já está atuando com 100% dos processos em andamento na forma eletrônica. Apenas 13 de 62 tribunais (19%) declararam possuir menos de 90% de acervo eletrônico. São eles: TJES (21% do acervo eletrônico), TJRS (23% eletrônico), TJMG (31% eletrônico), TJPA (38% eletrônico), TJSP (53% eletrônico), TJPE (62% eletrônico), TJCE (79% eletrônico), TJSC (84% eletrônico), TRF-1 (37% eletrônico), TRF-5 (86% eletrônico), TJM-SP (30% eletrônico), TJM-MG (57% eletrônico) e TRT 10 (83% eletrônico). A Justiça Eleitoral não participou da pesquisa, pela inaplicabilidade da Resoluções CNJ nºs 313/2020 e 322/2020, que estabelecem medidas de funcionamento do Poder Judiciário para prevençãoao contágio do novo Coronavírus. Os dados detalhados por sistema revelaram que 20% do acervo tramita no PJe, 19% no SAJ, 9% no ProJud, 7% no E-Proc, 2% no Themis, 17% em outros sistemas eletrônicos e 27% no em autos físicos. Figura 67: Série histórica da taxa de congestionamento e do índice de atendimento à demanda 102,9% 100,5% 98,9% 98,8% 98,4% 98,0% 102,9% 99,3% 105,5% 112,0% 117,1% 70,6% 72,0% 71,4% 70,8% 71,8% 71,7% 72,9% 73,4% 72,4% 71,3% 68,5% 70,1% 69,9% 68,2% 67,1% 64,0% Índice de Atendimento à Demanda Taxa de Congestionamento bruta Taxa de Congestionamento líquida 0% 24% 48% 72% 96% 120% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 114 Figura 68: Séries históricas da taxa de congestionamento e do índice de atendimento à demanda, por ramo de justiça Estadual 102,8% 97,8% 97,3% 96,6% 94,6% 98,1% 103,2% 103,5% 105,8% 111,4% 120,9% 73,0% 74,6% 74,3% 73,9% 74,9% 74,2% 75,6%75,8%74,9% 74,0% 71,0% 74,2% 73,6% 72,2% 71,3% 67,8% 0% 26% 52% 78% 104% 130% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 78,8% 102,3% 91,1% 85,6% 108,8%104,7% 110,4%107,4% 93,2% 59,0% 53,3% 55,7% 56,3% 54,5% 55,7%51,0% 48,6%49,5% 50,9% 51,8% 47,3% 44,1% 47,8% Índice de Atendimento à Demanda Taxa de Congestionamento bruta Taxa de Congestionamento líquida 0% 24% 48% 72% 96% 120% 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho 96,7% 103,4%100,4% 98,0% 100,1% 105,5% 104,9% 98,7% 103,7% 125,8% 118,6% 49,7% 49,4% 47,7% 51,1% 53,0% 52,1% 54,7% 56,2% 55,2% 52,8% 52,0% 46,8% 49,4% 48,8% 44,9% 42,6% 0% 26% 52% 78% 104% 130% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 122,9% 55,5% 289,1% 128,0% 115,5% 60,5% 298,0% 99,3% 183,9% 42,4% 44,2% 20,7% 36,5% 40,4% 42,8% 21,2% 42,1% 26,1% 38,6%40,3% 20,3% 40,8% 24,4% 0% 60% 120% 180% 240% 300% 2011 2013 2015 2017 2019 Federal 108,0% 112,4% 108,5% 124,4% 112,5% 91,3% 98,2% 87,9% 97,1% 104,8% 103,0% 68,9% 70,2% 69,6% 67,7% 69,2% 71,7% 71,6% 75,0% 73,4% 69,6% 66,5% 59,1% 62,3% 59,7% 56,0% 54,2% 0% 26% 52% 78% 104% 130% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual 87,0% 115,0% 114,4% 114,8% 101,7% 126,0% 96,5% 109,7% 92,6% 50,9% 42,8% 38,3% 37,4% 41,9% 39,1% 40,0% 39,1% 46,9% 39,9% 37,7% 38,8% 38,2% 46,3% 0% 26% 52% 78% 104% 130% 2011 2013 2015 2017 2019 115 Figura 69: Série histórica do percentual de processos eletrônicos 11,2% 13,2% 18,4% 20,3% 30,4% 45,3% 56,3% 69,8% 79,7% 84,6% 90,0% 0% 18% 36% 54% 72% 90% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 116 Figura 70: Séries históricas do percentual de processos eletrônicos, por ramo de justiça Estadual 4,2% 5,7% 10,9% 13,8% 22,3% 36,8% 50,7% 69,5% 77,9% 83,7% 88,3% 0% 22% 44% 66% 88% 110% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 70,3% 80,1% 82,2% 77,6% 81,2% 85,3% 85,1% 87,0% 86,9% 0% 22% 44% 66% 88% 110% 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho 2,8% 2,1% 5,4% 13,4% 33,3% 56,9% 77,0% 92,1% 96,3% 97,7% 98,9% 0% 22% 44% 66% 88% 110% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 0,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 11,4% 32,2% 8,2%0% 22% 44% 66% 88% 110% 2011 2013 2015 2017 2019 Federal 59,5% 65,3% 64,6% 65,3% 68,4% 73,2% 63,6% 65,9% 74,6% 81,8% 94,3% 0% 22% 44% 66% 88% 110% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 13,7% 33,4% 34,0% 41,1% 57,9% 0% 22% 44% 66% 88% 110% 2011 2013 2015 2017 2019 117 Figura 71: Taxa de congestionamento total e líquida, por tribunal Estadual 71,0% 49,1% 52,8% 53,8% 54,6% 61,7% 69,8% 62,0% 65,9% 68,9% 70,7% 73,1% 75,4% 61,1% 64,6% 65,4% 66,5% 66,6% 69,8% 69,6% 69,9% 73,7% 71,8% 66,2% 68,9% 74,2% 74,0% 74,2% Estadual TJRR TJSE TJAP TJRO TJAC TJAM TJRN TJAL TJTO TJMS TJPB TJPI TJDFT TJMT TJES TJBA TJGO TJSC TJMA TJCE TJPA TJPE TJMG TJRS TJSP TJPR TJRJ 0% 18% 36% 54% 72% 90% 67,8% 42,5% 50,2% 50,5% 51,8% 58,0% 58,4% 61,5% 63,9% 64,3% 64,9% 72,5% 74,4% 54,2% 62,1% 63,2% 65,8% 66,0% 66,2% 68,0% 68,6% 70,3% 71,3% 64,4% 65,1% 68,7% 68,8% 73,8% Eleitoral 26,1% 14,7% 17,5% 21,9% 22,2% 24,0% 23,7% 24,6% 31,0% 29,4% 37,8% 83,7% 16,8% 23,3% 20,3% 21,5% 24,1% 30,5% 30,7% 36,9% 38,7% 52,4% 62,2% 12,0% 17,4% 21,3% 27,8% 26,3% Eleitoral TRE−TO TRE−MT TRE−AL TRE−RR TRE−SE TRE−MS TRE−RO TRE−ES TRE−AC TRE−AP TRE−DF TRE−PE TRE−GO TRE−RN TRE−PB TRE−SC TRE−CE TRE−MA TRE−BA TRE−AM TRE−PA TRE−PI TRE−MG TRE−RS TRE−SP TRE−RJ TRE−PR 0% 18% 36% 54% 72% 90% 24,4% 12,3% 14,6% 20,3% 20,9% 22,1% 23,1% 24,6% 25,6% 29,3% 37,6% 83,2% 16,6% 18,5% 19,1% 20,5% 23,2% 28,3% 30,2% 35,4% 37,9% 49,1% 61,9% 10,2% 17,1% 18,9% 24,6% 25,5% Trabalho 52,0% 42,2% 34,9% 52,2% 49,7% 42,7% 50,0% 50,5% 49,2% 54,7% 52,8% 60,6% 42,6% 43,2% 43,5% 54,0% 49,8% 55,0% 58,7% 58,9% 40,7% 56,8% 55,0% 54,8% 51,7% Trabalho TRT14 TRT11 TRT23 TRT13 TRT22 TRT17 TRT24 TRT21 TRT20 TRT16 TRT19 TRT8 TRT18 TRT12 TRT9 TRT6 TRT7 TRT10 TRT5 TRT3 TRT1 TRT4 TRT2 TRT15 0% 14% 28% 42% 56% 70% Tx. de congestionamento totalTx. de congestionamento líquida Tx. de congestionamento totalTx. de congestionamento líquida 42,6% 30,9% 33,5% 37,6% 38,8% 40,2% 41,0% 45,6% 45,9% 48,0% 48,5% 57,5% 20,0% 31,0% 37,2% 40,1% 41,1% 43,2% 44,0% 55,0% 33,1% 42,3% 43,8% 45,1% 45,8% 68,5% 46,9% 43,2% 49,7% 53,2% 66,5% 64,0% 67,3% 63,9% 58,8% 73,6% 49,5% 39,8% 59,7% 58,3% 25,6% Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMMG TJMRS Federal TRF4 TRF2 TRF1 TRF5 TRF3 Superior Poder Judiciário Militar Estadual Federal Superiores STJ TST TSE STM 0% 16% 32% 48% 64% 80% 0% 16% 32% 48% 64% 80% 0% 16% 32% 48% 64% 80% 0% 16% 32% 48% 64% 80% 64,0% 46,3% 43,2% 47,7% 53,0% 54,2% 49,7% 52,1% 52,7% 54,6% 59,8% 47,8% 39,3% 57,2% 57,5% 118 Figura 72: Índice de atendimento à demanda, por tribunal Estadual TJTO TJPI TJAP TJMS TJRO TJRR TJRN TJAC TJPB TJAM TJSE TJAL TJDFT TJCE TJMT TJBA TJMA TJPE TJGO TJSC TJPA TJES TJRS TJPR TJMG TJSP TJRJ Estadual 120,9% 79,7% 85,9% 89,1% 97,4% 105,8% 110,1% 111,0% 111,5% 112,8% 112,8% 118,4% 122,6% 92,7% 110,0% 113,1% 121,0% 125,0% 127,0% 136,2% 136,6% 145,3% 154,6% 96,1% 97,0% 116,5% 118,6% 171,3% 0% 50% 100% 150% 200% Eleitoral TRE−RR TRE−DF TRE−ES TRE−MS TRE−AL TRE−SE TRE−TO TRE−MT TRE−AP TRE−AC TRE−RO TRE−PA TRE−PB TRE−CE TRE−PE TRE−GO TRE−AM TRE−PI TRE−SC TRE−RN TRE−MA TRE−BA TRE−SP TRE−PR TRE−MG TRE−RS TRE−RJ Eleitoral 183,9% 108,6% 112,3% 146,5% 155,9% 159,1% 173,9% 180,0% 187,5% 196,7% 199,2% 210,8% 129,2% 158,8% 162,0% 175,8% 178,1% 181,9% 185,0% 187,2% 215,6% 231,7% 282,4% 163,0% 182,8% 201,7% 216,9% 291,0% 0% 100% 200% 300% Trabalho TRT14 TRT13 TRT23 TRT17 TRT24 TRT19 TRT21 TRT22 TRT16 TRT20 TRT11 TRT10 TRT7 TRT18 TRT8 TRT5 TRT6 TRT9 TRT12 TRT15 TRT1 TRT4 TRT2 TRT3 Trabalho Superiores 118,6% 107,5% 108,9% 115,2% 115,8% 120,7% 124,4% 125,7% 129,3% 130,3% 134,2% 160,0% 106,4% 107,9% 108,0% 109,7% 111,9% 115,4% 121,2% 122,5% 109,3% 109,7% 115,0% 128,9% 129,8% 0% 50% 100% 150% 200% Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal Poder Judiciário Militar Estadual Federal TRF5 TRF1 TRF4 TRF2 TRF3 Superior TSE TST STM STJ 117,1% 92,6% 90,2% 91,3% 99,4% 103,0% 91,6% 93,4% 95,5% 99,5% 150,9% 93,2% 62,0% 78,7% 88,5% 105,7% 0% 50% 100% 150% 0% 50% 100% 150% 0% 50% 100% 150% 0% 50% 100% 150% 119 Figura 73: Percentual de casos novos eletrônicos, por tribunal Estadual TJAP TJPI TJRO TJPB TJRN TJRR TJSE TJAC TJAL TJAM TJMS TJTO TJES TJPA TJDFT TJCE TJMA TJPE TJMT TJBA TJGO TJSC TJRS TJMG TJRJ TJSP TJPR Estadual 88,3% 74,9% 75,9% 81,5% 89,4% 91,2% 99,8% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 37,5% 71,2% 81,9% 82,3% 83,6% 84,9% 87,1% 93,6% 95,7% 98,4% 58,3% 64,5% 92,4% 98,4% 100,0% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Eleitoral TRE−TO TRE−MT TRE−MS TRE−AL TRE−SE TRE−ES TRE−RO TRE−AC TRE−AP TRE−DF TRE−RR TRE−PB TRE−MA TRE−AM TRE−GO TRE−PI TRE−CE TRE−PE TRE−SC TRE−PA TRE−RN TRE−BA TRE−MG TRE−PR TRE−RS TRE−RJ TRE−SP Eleitoral 8,2% 4,2%4,7% 5,4% 8,2% 12,6% 14,6% 19,7% 24,8% 27,4% 69,5% 71,0% 1,4% 1,8% 3,5% 4,9% 6,6% 6,6% 7,3% 9,4% 13,1% 17,8% 81,7% 2,8% 3,1% 4,7% 6,3% 6,6% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Trabalho TRT17 TRT23 TRT22 TRT19 TRT21 TRT14 TRT20 TRT24 TRT11 TRT13 TRT16 TRT12 TRT5 TRT8 TRT6 TRT10 TRT7 TRT18 TRT9 TRT2 TRT3 TRT1 TRT15 TRT4 Trabalho 98,9% 98,2% 98,6% 99,3% 99,4% 99,6% 99,7% 99,8% 99,9% 100,0% 100,0% 100,1% 97,9% 98,4% 98,8% 99,3% 99,9% 100,0% 100,0% 100,0% 97,9% 98,4% 98,4% 99,3% 99,9% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMMG TJMRS Federal TRF1 TRF3 TRF2 TRF5 TRF4 Superior Poder Judiciário Militar Estadual Federal Superiores TSE STJ STM TST 90,0% 57,9% 40,6% 67,6% 100,0% 94,3% 84,3% 96,8% 99,2% 99,8% 100,0% 86,9% 40,0% 76,0% 100,0% 100,0% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120 5.1.4 Recorribilidade interna e externa A recorribilidade externa é calculada pela proporção entre o número de recursos dirigidos a órgãos jurisdicionais de instância superior ou com competência revisora em relação ao órgão prolator da decisão e o número de decisões passíveis de recursos dessa natureza. São computados, por exemplo, recursos como a apelação, o agravo de ins- trumento, os recursos especiais e extraordinários. Já a recorribilidade interna é dada pela relação entre o número de recursos endereçados ao mesmo órgão juris- dicional prolator da decisão recorrida e o número de decisões por ele proferidas, no período de apuração. Nesse índice são considerados, por exemplo, os embargos declaratórios e infringentes, os agravos internos e regimentais. O diagrama apresentado na Figura 74 ilustra o fluxo de funcionamento do sistema recursal do Poder Judiciário. Os círculos correspondem às instâncias e aos tribunais que recebem processos judiciais. As linhas e suas respectivas setas indicam os caminhos possíveis que um processo pode percorrer na hipótese de recurso. Em cada instância/ tribunal, é demonstrado o número de casos novos originários e recursais, bem como os percentuais de recorribili- dade interna e externa. Nota-se que quanto maior a instância, maior o índice de recorribilidade, tanto externa quanto interna. Os Tribunais Superiores acabam se ocupando, predominantemente, de casos eminentemente recursais, os quais correspondem a 87,5% de suas cargas de trabalho. Situação similar ocorre no 2º grau. A Justiça do Trabalho e a Justiça Federal correspondem aos segmentos com maior proporção de casos novos de 2º grau em grau de recursos: 96,8% e 97%, respectivamente. Nos Tribunais Estaduais, a proporção é de 79,7%, nos Tribunais Regionais Eleitorais, 35,7%, e nos Tribunais de Justiça Militar, 69,9%. Os índices de recorribilidade externa tendem a ser maiores entre o 2º grau e os tribunais superiores, do que entre o 1º e 2º grau. Chegam aos Tribunais de 2º grau 8% das decisões de 1º grau, e chegam aos tribunais superiores 25% das decisões de 2º grau. Mas os números variam significativamente entre os segmentos de justiça. A justiça trabalhista é a única que apresenta comportamento inverso, pois a recorribilidade do 1º para o 2º grau (57%) supera a do 2º grau para o TST (41%). Em ambas as instâncias, trata-se do segmento com maior recorribilidade externa no Poder Judiciário. A recorribilidade dos juizados especiais para as turmas recursais é maior do que da justiça comum para o 2º grau, tanto na Justiça Estadual quanto na Justiça Federal. Das decisões proferidas nos JEFs, 25% chegam às turmas recursais e das decisões proferidas nas varas federais, 13% chegam aos TRFs. Na Justiça Estadual, a recorribilidade externa é de 11% nos Juizados Especiais e de 5% nas varas estaduais. 121 Fi gu ra 7 4: D ia gr am a da re co rr ib ili da de e d em an da p ro ce ss ua l 1º g ra u 2º g ra u Su pe rio re s Tr ibu na is de Ju st iç a Tr ibu na is Re gio na is do Tr ab alh o Tr ibu na is Re gio na is Fe de ra is Tr ibu na is de Ju st iça M ilit ar Tr ibu na is Re gio na is Ele ito ra is Va ra s Es ta du ai s Tu rm as R ec ur sa is (E st ad ua l) Tu rm as R ec ur sa is (F ed er al ) Ju iz ad os E sp ec ia is (E st ad ua l) Ju iz ad os E sp ec ia is (F ed er al ) Va ra s Fe de ra is Au di to ria s M ilit ar es Va ra s do T ra ba lh o Ca rtó rio s El ei to ra is Au di to ria s Su pr em o Tr ib un al F ed er al Ca so s N ov os o rig in ár io s Ca so s N ov os re cu rs ais Re co rri bi lid ad e in te rn a Re co rri bi lid ad e ex te rn a Su pe rio r T rib un al de J us tiç a Su pe rio r T rib un al M ilit ar Tr ib un al S up er io r do T ra ba lh o Tr ib un al S up er io r El ei to ra l 88 .0 45 (2 3% ) 29 6. 85 5 ( 77 %) 32 % 9% 18 % 50 7.4 65 (2 0% ) 1.9 89 .70 7 ( 80 %) 18 % 5% 12 .15 5. 20 5 6% 28 .07 5 ( 3% ) 79 5.6 86 (9 7% ) 13 % 11 % 5.1 93 .14 0 4% 25 % 16 .5 01 (3 %) 52 5.5 00 (9 7% ) 33 % 13 % 1.1 15 .5 82 14 % 9.1 53 (2 %) 52 6. 89 5 ( 98 %) 10 % 25 % 3.0 03 .3 87 2% 41 % 50 9 ( 30 %) 1.1 83 (7 0% ) 26 % 7% 2. 83 1 3% 67 5 ( 0,2 %) 32 5.0 80 (9 9,8 %) 20 % 41 % 28 .6 83 (3 %) 86 9.4 21 (9 7% ) 24 % 57 % 2.6 32 .0 93 18 % 20 % 48 7 ( 21 %) 1.8 83 (7 9% ) 46 % 13 % 4.7 21 (6 4% ) 2.6 16 (3 6% ) 10 % 1% 86 .0 92 0, 3% 15 % 23 9 ( 25 %) 73 0 ( 75 %) 39 % 14 % 1.5 13 - 122 Os dados apresentados na Figura 75 consideram tanto os recursos internos como os do 1º grau para o 2º grau e do 2º grau para os Tribunais Superiores. Observa-se que há oscilação em ambas as séries históricas de recorribili- dade. Em 2019 a taxa de recorribilidade externa foi de 10,8% e de recorribilidade interna de 10,5%. Ambas as taxas apresentaram redução em relação ao ano de 2018. A Figura 76 apresenta os indicadores de recorribilidade por segmento de justiça, destacando-se a taxa de recor- ribilidade externa da Justiça do Trabalho no ano de 2019, com 51% e aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior. Na Figura 77, os índices de recorribilidade por tribunal indicam como são grandes as variações entre os tribunais. O TRT23 apresentou o maior índice de recorribilidade externa do Poder Judiciário (61%), enquanto o TSE apresentou a maior taxa de recorribilidade interna (46%). Figura 75: Série histórica dos índices de recorribilidade interna e externa 10,3% 10,9% 11,3% 12,0% 15,8% 14,6% 14,5% 12,6% 11,1% 11,8% 10,8% 7,3% 7,9% 9,9% 10,4% 9,9% 9,8% 9,5% 8,5% 9,3% 10,6% 10,5% Recorribilidade externa Recorribilidade interna 0,0% 3,2% 6,4% 9,6% 12,8% 16,0% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 123 Figura 76: Séries históricas dos índices de recorribilidade interna e externa, por ramo de justiça Estadual 6,0%6,6%7,2%7,2% 10,3%9,6%9,5%8,1% 7,4% 7,6% 6,9%5,3% 5,7%7,4%8,0%7,7% 7,5%7,2%6,3% 7,2% 8,5% 8,0% 0,0% 11,6% 23,2% 34,8% 46,4% 58,0% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Superior 9,3% 9,4% 9,9% 9,2% 7,9% 6,8% 6,0% 7,0% 9,1% 28,5% 26,7% 26,7% 23,9% 30,4% 25,6% 26,1% 24,1% 27,2% 0,0% 11,6% 23,2% 34,8% 46,4% 58,0% 2011 2013 2015 2017 2019 Trabalho 53,0% 49,8% 50,4% 57,4% 55,6% 50,8% 50,2% 44,8% 42,2% 50,2% 51,1% 14,3% 14,0% 14,5% 15,7% 14,8% 13,9% 13,7% 13,0% 13,6% 17,1% 19,9% 0,0% 11,6% 23,2% 34,8% 46,4% 58,0% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Eleitoral 5,0% 17,0% 5,5% 7,8% 6,2% 5,0% 4,4% 7,0% 2,9% 2,7% 2,8% 1,8% 8,6% 3,6% 1,1% 1,0% 4,1% 2,2% Recorribilidade externa Recorribilidade interna 0,0% 11,6% 23,2% 34,8% 46,4% 58,0% 2011 2013 2015 2017 2019 Federal 25,4% 30,8% 26,3% 27,5% 26,7% 28,3% 34,2% 30,4% 20,5% 18,8% 19,5% 9,9% 11,9% 14,1% 15,0% 14,0% 13,8% 13,2% 12,0% 11,6% 9,8% 9,8% 0,0% 11,6% 23,2% 34,8% 46,4% 58,0% 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Militar Estadual 16,1% 21,9% 21,4% 21,3%18,1% 18,9% 17,2% 10,9% 11,3%6,8% 7,6% 9,3% 12,1% 10,5% 6,7% 7,9% 9,9% 14,9% 0,0% 11,6% 23,2% 34,8% 46,4% 58,0% 2011 2013 2015 2017 2019 124 Figura 77: Índices de recorribilidade interna e externa, por tribunal Estadual 8,0% 4,3% 1,1% 7,2% 5,5% 5,7% 3,2% 6,9% 4,0% 6,8% 1,1% 6,1% 3,6% 5,5% 11,6% 3,3% 6,7% 5,4% 9,4% 5,4% 3,8% 1,2% 4,2% 12,8% 3,0% 9,6% 10,3% 8,6% 6,9% 4,2% 4,2% 4,4% 4,9% 4,9% 4,9% 5,5% 5,6% 10,5% 11,6% 12,6% 14,5% 0,0% 5,2% 6,3% 7,4% 8,7% 9,5% 10,1% 13,3% 13,3% 20,3% 5,3% 6,7% 7,0% 7,7% 20,7% Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa Eleitoral 2,2% 1,4% 0,4% 1,8% 1,4% 1,2% 1,6% 3,5% 2,5% 2,4% 2,3% 16,8% 0,9% 0,3% 0,5% 2,1% 3,1% 1,5% 4,7% 2,3% 2,9% 14,6% 0,9% 0,8% 1,1% 1,8% 13,2% 3,4% 2,9% 1,2% 1,2% 1,2% 1,5% 1,7% 2,6% 2,6% 2,8% 2,8% 6,8% 7,8% 1,5% 1,7% 2,0% 2,3% 2,5% 3,2% 3,4% 3,5% 3,9% 14,6% 21,4% 1,2% 2,2% 3,1% 4,3% 5,5% Eleitoral TRE−RR TRE−TO TRE−AL TRE−AC TRE−RO TRE−MS TRE−AP TRE−MT TRE−SE TRE−ES TRE−DF TRE−PI TRE−PB TRE−SC TRE−PE TRE−PA TRE−CE TRE−GO TRE−AM TRE−MA TRE−BA TRE−RN TRE−PR TRE−RS TRE−SP TRE−MG TRE−RJ Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa Trabalho 19,9% 11,5% 19,5% 15,4% 10,3% 12,4% 20,4% 24,6% 27,2% 14,3% 31,1% 19,2% 12,7% 19,6% 13,6% 24,2% 13,6% 17,7% 25,3% 25,0% 20,6% 16,8% 23,8% 21,8% 18,0% 51,1% 32,3% 35,0% 35,1% 37,5% 40,2% 44,7% 46,4% 47,1% 49,2% 52,5% 61,2% 35,8% 38,1% 39,1% 44,6% 45,3% 47,1% 49,3% 52,6% 50,9% 55,3% 56,0% 56,4% 60,8% Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa 10,5% 14,9% 4,8% 21,6% 9,8% 9,8% 12,5% 7,4% 13,0% 13,4% 4,6% 27,2% 19,8% 31,8% 39,2% 46,3% 10,8% 11,3% 9,2% 9,8% 34,5% 19,5% 10,8% 15,6% 21,0% 23,2% 23,6% 9,1% 8,9% 15,1% 20,5% Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Federal TRF2 TRF5 TRF3 TRF4 TRF1 Superior Militar Estadual Federal Superiores TST STJ STM TSE Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa Estadual TJRO TJPI TJAM TJRR TJRN TJSE TJAL TJAC TJPB TJAP TJTO TJMS TJMT TJBA TJPA TJPE TJES TJDFT TJMA TJSC TJGO TJCE TJSP TJRJ TJMG TJPR TJRS Trabalho TRT22 TRT21 TRT14 TRT16 TRT11 TRT24 TRT13 TRT20 TRT19 TRT17 TRT23 TRT7 TRT6 TRT8 TRT10 TRT18 TRT12 TRT5 TRT9 TRT3 TRT15 TRT1 TRT2 TRT4 125 5.2 O Primeiro Grau de jurisdiçã o em números O Conselho Nacional de Justiça instituiu a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição pela Resolução CNJ nº 194, de 26 de maio de 2014, com o objetivo de desenvolver, em caráter permanente, iniciativas voltadas ao aperfeiçoamento da qualidade, da celeridade, da eficiência, da eficácia e da efetividade dos serviços judiciários da primeira instância dos tribunais brasileiros. Na mesma linha, o CNJ publicou, na sequência, outras duas resoluções: • Resolução CNJ nº 195, de 3 de junho de 2014, a qual determina que a distribuição do orçamento nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo grau seja proporcional à demanda e ao acervo processual; • Resolução CNJ nº 219, de 26 de abril de 2016, a qual determina que a distribuição de servidores, de cargos em comissão e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo grau seja propor- cional à demanda e cria critérios objetivos para cálculo da lotação paradigma das unidades judiciárias. Em 2019, o CNJ lançou o Painel de Acompanhamento da Política, que permitiu o monitoramento da aplicação da Resolução nº 219/2016 de forma dinâmica, com dados expostos por tribunal. Em 2020 o painel foi aprimorado e passou a exibir mais detalhes das informações, como a série histórica, as médias de casos novos no triênio, o número de servidores, dos valores dos cargos em comissão e dos valores das funções comissionadas que devem ser alocados em cada grau de jurisdição e a adequação do limite de 30% na área administrativa para servidores, funções de confiança e cargos em comissão. Esta seção tem como objetivo comparar os resultados do 1º grau11 e do 2º grau a partir dos principais indicadores de desempenho, segmentados de acordo com o porte de cada tribunal, buscando compreender como os recursos humanos estão distribuídos nos tribunais e, ainda, como tal distribuição impacta os resultados globais. 5.2.1 Distribuição de recursos hum anos Os artigos 3º e 12 da Resolução CNJ nº 219/2016 determinam que a quantidade total de servidores das áreas de apoio direto à atividade judicante e a alocação de cargos em comissão e de funções de confiança de 1º e de 2º graus devem ser proporcionais à quantidade média de processos (casos novos) distribuídos a cada grau de jurisdição no último triênio. Desde 1º de julho de 2017, a redistribuição proporcional da força de trabalho entre instâncias passou a ser obrigatória. Neste item, verifica-se como os cargos e as funções estão distribuídos, comparando-se os percentuais do 1º grau de jurisdição em relação aos percentuais do 2º grau nos seguintes aspectos: número de servidores lotados nas áreas judiciárias; processos novos e em trâmite; despesas realizadas; cargos em comissão e funções comissionadas. O Poder Judiciário concentra, no 1º grau de jurisdição, 94% do acervo processual; 85% dos processos ingres- sados no último triênio; 84% dos servidores lotados na área judiciária; 71% do quantitativo de cargos em comissão; 62% em valores pagos aos cargos em comissão, 77% do número de funções comissionadas e 75% dos valores pagos pelo exercício das funções de confiança. Na Justiça Eleitoral, não há cargos em comissão no 1º grau, pois todos estão alocados na área administrativa ou na área judiciária de 2º grau. Na Justiça Militar Estadual, apenas o TJM-RS declarou possuir funções comissionadas. Constata-se na Figura 78 que os segmentos da Justiça Eleitoral, Militar Estadual e do Trabalho possuem, pro- porcionalmente, mais servidores lotados na área judiciária do que a demanda processual no 1º grau de jurisdição, demonstrando assim cumprimento mais efetivo da Resolução CNJ nº 219/2016. Com relação aos cargos em comissão, há grande diferença em relação à demanda processual em todos os ramos de justiça. Em 2016, ano de publicação da Resolução, havia no 1º grau de jurisdição do Poder Judiciário cerca de 87,1% do total de processos ingressados e 84,9% do total de servidores lotados na área judiciária de 1º grau. Em 2019, a pro- 11 Em consonância com o conceito da Resolução CNJ nº 219/2006, nesta seção, o 1º grau será considerado como a soma do juízo comum, dos juizados especiais e das turmas recursais. 126 porção de servidores no 1º grau subiu sutilmente, para 85,1%, entretanto a média trienal de novos processos reduziu para 86,6% (Figura 79). Dessa forma, ainda resta 1,5 ponto percentual para atingir a equivalência. As informações detalhadas por tribunal estão disponíveis nos painéis da Política, em: https://paineisanalytics.cnj. jus.br/single/?appid=5903cd99-fb51-4e0a-902c-69a1ccc927f2&sheet=66ff6851-b32f-4090-bf18-9c5da393378 7&lang=pt-BR&opt=ctxmenu,currsel. Figura 78: Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no primeiro grau de jurisdição, por ramo de justiça Militar Estadual Trabalho Eleitoral Estadual Federal 57% 61% 40% 44% 76% 77% 57% 74% 77% 86% 2% 86% 88% 87% 74% 83% 89% 84% 62% 82% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Funções comissionadas Cargos em comissão Servidores da área judiciária Média de Casos novos no triênio 127 Figura 79: Série histórica do percentual de servidores na área administrativa, de servidores na área judiciária de 1º grau e de cargos e funções no 1º grau 18,4% 18,6% 18,1% 17,7% 18,2% 84,7% 84,9% 85,2% 85,5% 85,1% 71,6% 73,0% 74,8% 76,0% 76,3% Servidores na área administrativa Servidores na área judiciária de 1º grau Cargos e funções comissionadas no 1º grau 0,0% 17,2% 34,4% 51,6% 68,8% 86,0% 2015 2016 2017 2018 2019 O artigo 11 da Resolução CNJ nº 219/2016 determina que a quantidade total de servidores lotados nas áreas de apoio indireto à atividade judicante (apoio administrativo) devecorresponder a, no máximo, 30% (trinta por cento) do total de servidores, devendo ser excluídos da base de cálculo os servidores lotados nas escolas judiciais e da magistratura e nas áreas de tecnologia da informação. Verifica-se na Figura 80 que somente os Tribunais de Justiça Militar dos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentam mais de 30% dos servidores lotados na área administrativa. Destaca-se que esse critério não se aplica aos tribunais superiores e à Justiça Eleitoral, devido à sua peculiaridade. Observa-se na Figura 81 que somente o Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul e o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá apresentaram menos da metade dos servidores lotados na área judiciária de 1º grau, tendo a maioria dos tribunais (54 de 90) apresentado percentual superior a 80%. Já em relação aos cargos e funções comissionadas no 1º grau (Figura 82), somente 30 tribunais apresentaram percentual acima de 80%. Apesar da Resolução CNJ nº 219/2006 não se aplicar aos tribunais superiores (TST, TSE e STM), e se aplicar no que couber à JMU e à Justiça Eleitoral, os gráficos serão apresentados também para tais órgãos, pelo princípio da transparência. 128 Figura 80: Percentual de servidores na área administrativa por tribunal Estadual Eleitoral Trabalho Militar Estadual Federal Superior 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Estadual TJRN TJAM TJAL TJPI TJAC TJRR TJTO TJAP TJMS TJSE TJPB TJRO TJBA TJCE TJGO TJES TJSC TJDFT TJPE TJPA TJMA TJMT TJMG TJRJ TJPR TJRS TJSP 15% 12% 15% 18% 18% 18% 20% 21% 22% 24% 25% 29% 29% 9% 10% 10% 14% 16% 16% 19% 20% 21% 21% 9% 9% 12% 13% 15% 0% 5% 10% 20% 30% Eleitoral TRE−TO TRE−MT TRE−AL TRE−ES TRE−RO TRE−MS TRE−DF TRE−AC TRE−SE TRE−AP TRE−RR TRE−SC TRE−BA TRE−MA TRE−PA TRE−GO TRE−PE TRE−AM TRE−PB TRE−PI TRE−RN TRE−CE TRE−PR TRE−RS TRE−RJ TRE−MG TRE−SP 38% 22% 25% 26% 30% 31% 33% 34% 40% 45% 47% 47% 20% 21% 24% 25% 25% 28% 29% 36% 41% 52% 61% 25% 28% 29% 35% 67% 0% 20% 40% 60% 80% Trabalho TRT16 TRT17 TRT24 TRT23 TRT21 TRT19 TRT20 TRT14 TRT13 TRT22 TRT11 TRT9 TRT10 TRT8 TRT12 TRT18 TRT6 TRT5 TRT7 TRT15 TRT4 TRT3 TRT2 TRT1 18% 18% 19% 20% 21% 24% 24% 24% 26% 26% 26% 28% 15% 18% 19% 20% 21% 21% 22% 28% 12% 12% 14% 15% 19% 0% 5% 10% 20% 30% Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal TRF4 TRF1 TRF3 TRF5 TRF2 Superior TST STJ STM TSE 18% 31% 25% 35% 38% 19% 12% 19% 20% 21% 22% 38% 28% 32% 61% 64% 129 Figura 81: Percentual de servidores lotados na área judiciária de 1º grau em relação ao total de servidores da área judiciária, por tribunal Estadual TJAM TJTO TJAL TJRO TJPI TJMS TJPB TJAP TJRR TJRN TJSE TJAC TJDFT TJSC TJGO TJMT TJMA TJPE TJES TJBA TJPA TJCE TJPR TJRS TJRJ TJMG TJSP Estadual 87% 79% 80% 86% 86% 87% 87% 89% 89% 89% 89% 89% 90% 78% 81% 84% 85% 86% 87% 89% 90% 91% 92% 81% 85% 87% 88% 89% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Eleitoral TRE−AP TRE−RR TRE−SE TRE−AC TRE−TO TRE−AL TRE−RO TRE−DF TRE−MT TRE−ES TRE−MS TRE−PI TRE−RN TRE−PB TRE−CE TRE−MA TRE−GO TRE−SC TRE−AM TRE−PA TRE−PE TRE−BA TRE−MG TRE−SP TRE−PR TRE−RS TRE−RJ Eleitoral 86% 49% 64% 67% 71% 75% 80% 81% 83% 86% 88% 90% 64% 72% 74% 76% 80% 86% 87% 89% 89% 89% 92% 87% 88% 90% 91% 91% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Trabalho TRT22 TRT17 TRT13 TRT11 TRT21 TRT16 TRT24 TRT20 TRT14 TRT23 TRT19 TRT10 TRT9 TRT7 TRT12 TRT5 TRT6 TRT18 TRT8 TRT4 TRT1 TRT2 TRT15 TRT3 Trabalho 77% 63% 68% 74% 75% 76% 76% 77% 79% 79% 81% 83% 72% 75% 75% 76% 78% 80% 82% 86% 74% 75% 76% 77% 79% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Poder judiciário Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Federal Poder judiciário Militar Estadual Federal TRF3 TRF2 TRF4 TRF5 TRF1 85% 61% 48% 63% 69% 84% 76% 78% 86% 87% 89% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 130 Figura 82: Percentual de cargos em comissão e funções comissionadas alocadas para o 1º grau, em relação ao total destinado para a área judiciária, por tribunal Estadual TJAM TJMS TJAL TJRN TJPB TJRO TJRR TJAP TJAC TJTO TJPI TJSE TJSC TJMA TJMT TJDFT TJES TJPA TJBA TJGO TJPE TJCE TJPR TJRS TJMG TJRJ TJSP Estadual 77% 65% 72% 74% 76% 79% 82% 83% 84% 86% 86% 87% 91% 67% 70% 72% 73% 73% 73% 74% 74% 79% 85% 67% 67% 73% 77% 84% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Eleitoral TRE−RR TRE−AC TRE−AP TRE−TO TRE−SE TRE−RO TRE−DF TRE−AL TRE−MT TRE−MS TRE−ES TRE−PB TRE−PI TRE−GO TRE−MA TRE−RN TRE−SC TRE−PA TRE−CE TRE−AM TRE−PE TRE−BA TRE−RJ TRE−MG TRE−PR TRE−RS TRE−SP Eleitoral 83% 43% 46% 57% 61% 61% 64% 68% 73% 73% 78% 79% 72% 73% 74% 75% 77% 81% 83% 85% 85% 86% 91% 87% 88% 89% 90% 93% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Trabalho TRT22 TRT17 TRT13 TRT11 TRT16 TRT23 TRT24 TRT20 TRT21 TRT14 TRT19 TRT9 TRT12 TRT7 TRT10 TRT5 TRT6 TRT8 TRT18 TRT4 TRT2 TRT1 TRT15 TRT3 Trabalho 71% 56% 64% 66% 71% 71% 73% 73% 73% 73% 75% 79% 68% 70% 71% 72% 73% 76% 81% 85% 64% 66% 71% 72% 77% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal Poder Judiciário Militar Estadual Federal TRF2 TRF3 TRF4 TRF5 TRF1 76% 40% 14% 35% 55% 80% 70% 71% 82% 83% 87% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 131 5.2.2 Indicadores de produtividade O 1º grau de jurisdição possui as maiores cargas de trabalho e produtividade por magistrado e por servidor da área judiciária. Já em relação aos casos novos por magistrado e por servidor, os indicadores do 2º grau superaram os do 1º grau no ano de 2019. É importante destacar que a Justiça Federal e a Justiça do Trabalho apresentaram maiores cargas de trabalho e produtividade por magistrado no 2º grau do que no 1º grau. Os indicadores de casos novos por servidor e por magistrado, apresentados nas Figuras de 83 a 86, desconsi- deram as execuções judiciais iniciadas, consoante com os critérios da Resolução CNJ nº 76/2009, mas diferente da Resolução CNJ nº 219, que considera para a distribuição de servidores tanto os casos de conhecimento quanto os de execução. Os casos novos por servidor, que entre os anos de 2009 a 2016 eram menores no 2º grau, praticamente se igualaram em 2017 e, pela primeira vez, em 2018, a demanda processual por servidor lotado no 2º grau superou a demanda do 1º grau. Isso significa que houve avanços, mas não se pode concluir que há total cumprimento da política. Além das informações variarem bastante por tribunal, ao analisar a carga de trabalho, que inclui o acervo na base de cálculo, observa-se que ainda existem diferenças significativas entre os graus de jurisdição, sendo a taxa do 1º grau quase o dobro da de 2º grau (Figura 85). Na figura 88, é possível observar que o índice da carga de trabalho dos magistrados, que considera os processos em tramitação, recursos internos e incidentes em execução, subiu no 1º e 2º graus, tanto na versão bruta quanto na líquida (Figura 88). Esses indicadores atingiram os maiores valores da série histórica, sendo o indicador de 1º grau quase o dobro do de 2º grau. A figura 92 mostra a tendência de crescimento da produtividade dos magistrados e servidores (IPM e IPS) ao longo dos anos, que melhorou nas duas instâncias, e também atingiu o maior valor da série histórica. No 1º grau, o IPM aumentou em 14,1% e, no 2º grau, em 7,3%. 132 Figura 83: Casos novos por magistrado, de acordo com tribunal Estadual 1.429 1.668 614 1.647 541 1.188 458 1.715 580 2.396 2.428 1.641 912 1.017 1.072 1.569 1.007 1.145 1.165 1.070 1.634 1.424 785 1.346 1.602 1.561 1.865 1.064 1.596 680 902 944 1.029 1.065 1.072 1.187 1.232 1.243 1.346 1.737 1.947 812 886 1.030 1.075 1.104 1.246 1.446 1.502 2.133 2.341 1.445 1.556 1.750 1.903 2.749 Estadual TJPB TJRR TJRN TJAP TJPI TJAC TJAL TJAM TJTO TJSE TJMS TJRO TJPA TJES TJMA TJDFT TJCE TJPE TJGO TJMT TJSC TJBA TJPR TJMG TJRS TJSP TJRJ 2º grau 1º grau Eleitoral 38 17 16 23 12 21 32 25 17 14 11 98 81 37 13 24 2416 45 41 35 107 17 44 46 24 138 82 33 7 30 38 41 43 45 46 47 59 61 66 1 23 26 28 30 31 35 35 43 45 62 15 26 33 39 42 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−RO TRE−SE TRE−AL TRE−MT TRE−AP TRE−ES TRE−AC TRE−TO TRE−RR TRE−BA TRE−PE TRE−MA TRE−PA TRE−PI TRE−AM TRE−SC TRE−CE TRE−GO TRE−RN TRE−PB TRE−RJ TRE−RS TRE−PR TRE−SP TRE−MG 2º grau 1º grau Trabalho 1.607 847 1.333 1.009 811 1.783 670 1.445 1.135 675 1.955 1.150 1.682 1.017 799 1.519 1.788 1.643 949 1.491 1.630 1.831 1.678 1.737 2.555 662 371 395 416 432 453 518 520 533 552 602 844 511 530 612 614 654 724 753 793 598 703 726 801 843 Trabalho TRT14 TRT23 TRT13 TRT21 TRT24 TRT19 TRT17 TRT20 TRT11 TRT16 TRT22 TRT5 TRT10 TRT8 TRT6 TRT9 TRT12 TRT7 TRT18 TRT4 TRT3 TRT2 TRT1 TRT15 2º grau 1º grau Federal Militar Estadual Poder judiciário 2º grau 1º grau 1.604 81 45 59 138 4.018 1.782 3.928 5.215 6.070 2.660 1.463 115 55 99 187 1.995 1.307 1.635 2.079 2.187 3.010 Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal TRF2 TRF3 TRF1 TRF4 TRF5 133 Figura 84: Série histórica de casos novos por magistrado 1.428 1.351 1.445 1.594 1.571 1.553 1.492 1.546 1.469 1.397 1.463 1.321 1.301 1.364 1.485 1.423 1.515 1.527 1.536 1.501 1.577 1.604 1º Grau 2º Grau 0 340 680 1.020 1.360 1.700 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 85: Série histórica de casos novos por servidor da área judiciária 131 121 120 125 122 122 120 127 124 117 123 100 102 95 105 101 108 115 120 122 130 132 1º Grau 2º Grau 0 28 56 84 112 140 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 134 Figura 86: Casos novos por servidor da área judiciária, por tribunal. Estadual 138 41 86 102 50 94 142 102 106 80 87 215 55 92 53 129 62 101 100 83 95 130 111 145 223 134 124 223 131 42 68 73 90 95 102 109 112 132 133 140 207 71 83 92 101 105 106 115 123 180 190 116 129 166 183 187 Estadual TJAC TJRR TJPB TJAP TJRN TJSE TJPI TJAL TJRO TJTO TJMS TJAM TJPA TJDFT TJCE TJGO TJES TJMA TJPE TJMT TJSC TJBA TJMG TJSP TJRJ TJPR TJRS 2º grau 1º grau Eleitoral 5 3 4 4 3 3 4 4 2 34 6 3 7 3 3 3 2 6 4 4 2 2 20 4 5 3 2 7 9 1 6 8 9 9 9 11 14 15 16 19 0 5 6 7 9 9 9 17 20 27 27 3 7 9 10 16 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−RO TRE−AL TRE−MT TRE−AC TRE−ES TRE−TO TRE−RR TRE−AP TRE−SE TRE−BA TRE−PE TRE−PA TRE−AM TRE−MA TRE−SC TRE−GO TRE−CE TRE−PI TRE−PB TRE−RN TRE−RJ TRE−RS TRE−MG TRE−PR TRE−SP 2º grau 1º grau Trabalho Federal 135 62 91 67 71 79 157 133 101 68 193 83 137 130 113 81 127 126 122 83 116 153 137 155 236 83 49 51 52 58 61 67 68 70 71 99 126 66 67 72 72 78 86 87 98 70 74 87 105 123 Trabalho TRT13 TRT23 TRT21 TRT14 TRT19 TRT20 TRT24 TRT17 TRT11 TRT16 TRT22 TRT5 TRT8 TRT6 TRT10 TRT9 TRT18 TRT12 TRT7 TRT4 TRT3 TRT1 TRT2 TRT15 2º grau 1º grau 132 19 12 24 21 161 67 155 205 283 102 123 16 15 16 16 191 130 173 200 218 221 Poder Judiciário Militar Estadual Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal TRF2 TRF3 TRF1 TRF4 TRF5 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 135 Figura 87: Carga de trabalho do magistrado, por tribunal Estadual 3.056 950 1.363 3.597 4.337 4.681 2.688 844 4.898 3.871 2.283 2.713 2.795 1.935 2.788 3.182 2.939 2.911 3.367 3.257 2.049 2.094 2.962 4.169 3.060 3.188 3.617 1.990 8.548 2.222 2.618 3.365 3.586 3.946 4.133 4.151 4.800 5.004 5.664 5.698 7.592 3.340 4.857 4.917 5.116 5.352 6.195 6.377 6.732 10.843 12.563 6.583 7.126 7.134 12.140 21.269 Estadual TJAP TJRR TJPB TJRN TJTO TJPI TJAC TJSE TJAL TJRO TJAM TJMS TJDFT TJES TJMA TJPA TJCE TJMT TJPE TJGO TJBA TJSC TJMG TJPR TJRS TJSP TJRJ 2º grau 1º grau Eleitoral 272 272 113 256 122 95 261 164 41 131 112 93 302 219 426 316 190 133 178 306 135 299 163 661 297 499 846 847 70 12 51 74 76 80 89 98 101 101 112 115 9 43 52 68 77 77 81 86 115 135 136 40 62 65 72 83 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−RO TRE−SE TRE−AL TRE−MT TRE−AP TRE−ES TRE−RR TRE−AC TRE−TO TRE−BA TRE−PE TRE−PA TRE−CE TRE−AM TRE−MA TRE−SC TRE−GO TRE−PB TRE−PI TRE−RN TRE−RJ TRE−RS TRE−PR TRE−SP TRE−MG 2º grau 1º grau Trabalho 3.583 1.413 1.984 2.465 2.947 1.602 1.624 3.055 1.566 3.001 4.266 2.523 1.530 2.651 4.984 2.179 2.636 3.152 1.873 3.955 3.531 4.008 5.613 3.892 4.339 2.794 1.098 1.605 1.644 2.037 2.046 2.244 2.395 2.702 2.982 3.093 3.394 1.883 2.306 2.484 2.528 2.625 2.689 2.928 3.321 2.495 2.578 3.141 3.405 3.625 Trabalho TRT14 TRT13 TRT23 TRT24 TRT21 TRT11 TRT17 TRT19 TRT20 TRT16 TRT22 TRT8 TRT18 TRT5 TRT10 TRT6 TRT12 TRT7 TRT9 TRT3 TRT4 TRT15 TRT2 TRT1 2º grau 1º grau 3.868 156 74 101 293 15.653 5.449 15.090 9.260 32.403 14.477 7.422 262 154 260 372 8.578 5.291 7.500 7.851 9.115 11.440 Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal Federal TRF2 TRF4 TRF5 TRF1 TRF3 2º grau 1º grau Militar Estadual 2º grau 1º grau Poder Judiciário 2º grau 1º grau 136 Figura 88: Série histórica da carga de trabalho do magistrado 5.916 5.747 6.058 6.522 6.731 6.620 7.149 7.202 7.132 7.181 7.422 6.501 6.364 6.213 6.274 6.477 2.912 2.953 3.099 3.269 3.218 3.426 3.464 3.380 3.520 3.797 3.868 3.170 3.048 3.185 3.454 3.580� � � � � � 1º Grau (carga bruta) 1º Grau (carga líquida) 2º Grau (carga bruta) 2º grau (carga líquida) 0 1.500 3.000 4.500 6.000 7.500 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 89: Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária 543 516 501 512 522 521 576 591 604 600 626 524 522 527 524 546 221 232 216 231 229 245 261 263 287 313 319 239 238 259 284 296� � � � � � 1º Grau (carga bruta) 1º Grau (carga líquida) 2º Grau (carga bruta) 2º grau (carga líquida) 0 126 252 378 504 630 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 137 Figura 90: Carga de trabalho do servidor da área judiciária, por tribunal Estadual 295 76 87 192 247 220 287 201 230 170 240 366 256 103 267 327 119 202 196 262 233 296 271 376 456 433 282 251 699 162 194 197 362 363 365 385 421 422 474 610 955 259 446 446 468 504 507 576 587 881 1.060 490 764 823 901 1.284 Estadual TJAC TJAP TJRR TJRN TJPB TJSE TJRO TJPI TJTO TJAL TJMS TJAM TJDFT TJPA TJCE TJGO TJMA TJMT TJES TJPE TJBA TJSC TJMG TJRS TJSP TJPR TJRJ 2º grau 1º grau Eleitoral 33 50 31 39 12 34 28 46 9 14 28 40 27 20 53 39 31 22 24 31 17 30 31 65 33 28 51 44 19 1 11 15 16 18 18 22 23 26 34 35 2 9 12 17 19 22 26 33 49 84 91 9 16 17 21 29 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−RO TRE−AL TRE−AC TRE−MT TRE−RR TRE−ES TRE−TO TRE−SE TRE−AP TRE−BA TRE−PE TRE−PA TRE−AM TRE−GO TRE−SC TRE−MA TRE−CE TRE−PB TRE−RN TRE−PI TRE−RJ TRE−RS TRE−MG TRE−PR TRE−SP 2º grau 1º grau Trabalho 300 119 122 169 132 164 219 184 214 414 182 421 249 225 196 405 234 173 164 281 294 286 343 518 359 351 172 188 214 248 291 304 316 324 373 508 510 205 250 306 323 323 346 379 396 261 303 392 458 491 Trabalho TRT14 TRT13 TRT23 TRT21 TRT11 TRT24 TRT19 TRT17 TRT20 TRT22 TRT16 TRT8 TRT18 TRT6 TRT5 TRT12 TRT10 TRT7 TRT9 TRT3 TRT4 TRT1 TRT15 TRT2 2º grau 1º grau 319 36 44 41 19 628 205 355 703 1.273 573 626 37 32 42 43 823 528 577 746 876 1.212 Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMMG TJMRS Federal Poder Judiciário Militar Estadual Federal TRF2 TRF5 TRF4 TRF1 TRF3 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 138 Figura 91: Índice de produtividade dos magistrados (IPM), por tribunal Estadual 1.471 1.057 629 425 1.931 602 1.366 467 577 1.199 1.535 2.623 1.063 944 995 998 1.144 1.145 888 1.520 1.343 788 1.374 1.477 1.906 1.669 1.992 1.122 2.296 873 1.013 1.023 1.151 1.307 1.311 1.507 1.567 1.654 2.012 2.197 2.507 1.208 1.296 1.382 1.461 1.541 1.765 2.067 2.119 3.522 3.624 1.657 1.887 2.079 2.810 5.239 Estadual TJPB TJPI TJAP TJTO TJRR TJRN TJAC TJAM TJAL TJMS TJSE TJRO TJDFT TJPA TJCE TJMA TJES TJPE TJMT TJGO TJBA TJSC TJPR TJRS TJMG TJSP TJRJ 2ºgrau 1º grau Eleitoral 144 34 80 81 162 65 13 76 113 97 73 61 217 79 130 227 107 73 50 69 151 71 135 509 197 488 50 591 55 3 39 58 60 63 71 72 79 80 82 101 4 32 37 46 47 53 58 66 70 93 107 26 53 59 59 75 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−SE TRE−RO TRE−AL TRE−ES TRE−AP TRE−MT TRE−RR TRE−AC TRE−TO TRE−BA TRE−PA TRE−PE TRE−CE TRE−AM TRE−PI TRE−MA TRE−SC TRE−GO TRE−PB TRE−RN TRE−RJ TRE−RS TRE−SP TRE−PR TRE−MG 2º grau 1º grau Trabalho 1.684 879 1.257 1.280 983 944 1.382 1.371 1.447 787 1.490 1.336 1.054 1.514 775 1.643 1.525 913 1.799 1.750 1.666 2.063 2.130 1.639 2.387 1.179 562 653 682 920 921 931 988 1.109 1.274 1.457 1.782 882 929 1.003 1.122 1.176 1.203 1.323 1.342 1.040 1.280 1.306 1.367 1.380 Trabalho TRT14 TRT13 TRT23 TRT19 TRT21 TRT24 TRT17 TRT20 TRT11 TRT16 TRT22 TRT10 TRT5 TRT8 TRT6 TRT18 TRT7 TRT12 TRT9 TRT4 TRT3 TRT2 TRT1 TRT15 2º grau 1º grau 1.704 83 53 52 144 4.836 1.772 6.579 3.558 2.641 9.606 2.141 122 49 120 198 2.792 1.656 2.476 2.906 3.226 3.301 Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal Poder Judiciário Militar Estadual Federal TRF2 TRF4 TRF3 TRF5 TRF1 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 139 Figura 92: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados (IPM) 1.630 1.497 1.590 1.730 1.725 1.717 1.758 1.763 1.811 1.876 2.141 1.245 1.242 1.342 1.480 1.418 1.407 1.498 1.347 1.427 1.589 1.704 1º Grau 2º Grau 0 440 880 1.320 1.760 2.200 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 93: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud) 150 134 132 136 134 135 142 145 153 157 181 94 98 94 105 101 101 113 105 116 131 141 1º Grau 2º Grau 0 38 76 114 152 190 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 140 Figura 94: Índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud), por tribunal Estadual 142 42 39 65 85 54 70 78 74 201 154 94 54 50 90 112 78 73 63 89 108 111 126 151 238 273 136 142 188 59 89 94 98 103 123 132 157 162 167 170 263 94 113 115 147 150 163 169 183 286 306 155 190 202 209 316 Estadual TJAC TJAP TJPB TJRR TJPI TJTO TJRN TJAL TJMS TJSE TJRO TJAM TJDFT TJPA TJCE TJGO TJMA TJPE TJMT TJES TJBA TJSC TJMG TJSP TJRS TJPR TJRJ 2º grau 1º grau Eleitoral 17 6 21 24 8 22 3 12 34 9 18 18 19 10 12 22 15 9 9 22 8 9 25 50 22 20 5 25 15 0 8 12 12 13 16 16 18 23 26 26 1 7 8 11 15 18 20 23 36 40 66 6 14 16 19 24 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−RO TRE−AL TRE−AC TRE−ES TRE−MT TRE−RR TRE−TO TRE−AP TRE−SE TRE−BA TRE−PA TRE−PE TRE−AM TRE−GO TRE−SC TRE−MA TRE−CE TRE−PI TRE−PB TRE−RN TRE−RJ TRE−RS TRE−MG TRE−PR TRE−SP 2º grau 1º grau Trabalho 141 78 74 88 116 78 96 200 103 79 147 96 126 84 123 129 122 80 134 124 119 172 129 196 220 148 76 88 89 108 112 134 139 139 165 240 267 109 121 121 127 131 156 159 160 122 134 148 188 201 Trabalho TRT13 TRT14 TRT23 TRT19 TRT21 TRT17 TRT20 TRT24 TRT11 TRT16 TRT22 TRT8 TRT10 TRT5 TRT18 TRT6 TRT7 TRT12 TRT9 TRT4 TRT3 TRT1 TRT2 TRT15 2º grau 1º grau 141 19 14 22 21 194 67 101 307 141 377 181 17 14 17 19 268 165 237 246 308 317 Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Federal Poder Judiciário Militar Estadual Federal TRF2 TRF5 TRF4 TRF3 TRF1 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 141 5.2.3 Indicadores de desempenho e de informatização Desde 2012, o percentual de processos que ingressa eletronicamente no Poder Judiciário tem crescido linear- mente, em curva acentuada. Na série histórica apresentada na Figura 95, é possível constatar que a curva do 1º grau está acima da do 2º grau em todo o período, havendo maior aproximação entre os indicadores em 2019 devido à grande evolução quanto à virtualização dos processos de 2º grau. A avaliação detalhada por tribunal e instância está disposta na Figura 96. A Justiça do Trabalho se destaca de forma positiva por apresentar 100% dos processos de 1º grau ingressados eletronicamente. A Justiça Eleitoral foi a única que deu início ao processo de informatização pelo 2º grau, sendo que somente o TRE-BA apresentou indicador superior a 50% no 1º grau. Fora esse segmento, apenas em catorze tribunais se verifica informatização mais avançada no 2º do que no 1º grau: TJAP, TJCE, TJDFT, TJMT, TJPA, TJPI, TJRJ, TJRR, TJSC, TRF1, TRF2, TJMSP, TRT13, TRT16 (Figura 95). Na Figura 98 consta a comparação do índice de atendimento à demanda (IAD) entre o 1º e 2º grau. Observa-se que o indicador do 2º grau superou o do 1º grau somente nos anos de 2012 e 2013. Em 2019, o IAD no 2º grau foi de 106%, enquanto no 1º grau, foi de 119%. Esse foi o segundo ano que o 2º grau conseguiu baixar mais processos que o total distribuído (IAD maior que 100%). A Figura 99 apresenta os dados comparativos para a taxa de congestionamento, com diferenças significativas entre as duas instâncias, tanto na taxa bruta quanto na taxa líquida. No congestionamento bruto, a diferença entre as instâncias é de 21 pontos percentuais e na versão líquida, de 21,3 pontos percentuais. A queda na taxa de conges- tionamento em 2019 se deu em todas as dimensões analisadas, ou seja, no 1º e no 2º grau e com ou sem computar os casos suspensos/sobrestados (bruta e líquida). O 2º grau, com melhor resultado, possui taxa de congestionamento líquida de 45% e um estoque próximo à demanda. No 1º grau o estoque equivale a 2,8 vezes o quantitativo de casos novos. Em uma situação hipotética, sem ingresso de novas demandas e mantida a produtividade atual, seriam necessários 1 ano para zerar o estoque do 2º grau e 2 anos e 5 meses para zerar o estoque do 1º grau (tempo de giro do acervo). Figura 95: Série histórica do índice de casos novos eletrônicos 12,8% 14,6% 19,0% 21,0% 31,1% 46,9% 58,5% 73,0% 82,2% 85,8% 90,7% 0,2% 2,5% 5,9% 7,6% 17,3% 29,8% 39,8% 48,5% 63,8% 78,0% 86,8% 1º Grau 2º Grau 0,0% 18,2% 36,4% 54,6% 72,8% 91,0% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 142 Figura 96: Índice de casos novos eletrônicos, por tribunal Estadual 81% 100% 97% 72% 81% 86% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 0% 80% 100% 86% 99% 58% 60% 39% 81% 99% 38% 53% 100% 100% 91% 89% 73% 73% 82% 91% 92% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 42% 70% 80% 81% 85% 88% 88% 97% 97% 98% 63% 66% 92% 100% 100% Estadual TJPI TJAP TJRO TJPB TJRN TJRR TJAC TJAL TJAM TJMS TJSE TJTO TJES TJPA TJCE TJDFT TJMT TJMA TJPE TJBA TJGO TJSC TJRS TJMG TJRJ TJPR TJSP 2º grau 1º grau Eleitoral 69% 92% 69% 94% 48% 42% 71% 100% 99% 48% 102% 100% 62% 53% 103% 96% 0% 58% 40% 52% 69% 57% 97% 66% 55% 44% 40% 62% 3% 1% 2% 2% 2% 2% 8% 11% 11% 13% 30% 45% 0% 0% 0% 1% 2% 3% 3% 3% 3% 11% 54% 0% 0% 2% 2% 3% Eleitoral TRE−AL TRE−TO TRE−AP TRE−MS TRE−MT TRE−SE TRE−AC TRE−RO TRE−ES TRE−RR TRE−DF TRE−AM TRE−PB TRE−PI TRE−SC TRE−MA TRE−PE TRE−GO TRE−CE TRE−RN TRE−PA TRE−BA TRE−MG TRE−RJ TRE−PR TRE−RS TRE−SP 2º grau 1º grau Trabalho 97% 99% 99% 97% 95% 99% 100% 100% 100% 100% 100% 95% 100% 93% 97% 100% 96% 95% 100% 100% 100% 93% 95% 98% 95% 100% 99% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Trabalho TRT22 TRT21 TRT19 TRT17 TRT14 TRT20 TRT13 TRT24 TRT11 TRT16 TRT23 TRT10 TRT12 TRT6 TRT7 TRT5 TRT8 TRT18 TRT9 TRT4 TRT2 TRT1 TRT15 TRT3 2º grau 1º grau 87% 63% 53% 57% 100% 97% 95% 94% 100% 100% 97% 91% 54% 32% 75% 100% 94% 83% 98% 99% 100% 100% Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMMG TJMRS Federal Poder Judiciário Militar Estadual Federal TRF1 TRF3 TRF2 TRF4 TRF5 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 143 Figura 97: Índice de atendimento à demanda (IAD), por tribunal Estadual 103% 81% 79% 53% 94% 117% 98% 102% 99% 83% 108% 63% 70% 94% 87% 93% 100% 76% 73% 126% 97% 98% 107% 122% 110% 104% 107% 106% 123% 80% 90% 90% 98% 105% 112% 112% 114% 114% 120% 121% 130% 93%113% 115% 122% 132% 132% 137% 142% 151% 160% 91% 95% 118% 121% 179% Estadual TJTO TJAP TJPI TJMS TJRO TJRR TJAC TJAM TJRN TJSE TJPB TJAL TJDFT TJCE TJMT TJBA TJPE TJMA TJGO TJSC TJPA TJES TJRS TJPR TJMG TJSP TJRJ 2º grau 1º grau Eleitoral 376% 200% 99% 502% 523% 651% 307% 75% 298% 691% 555% 355% 333% 552% 422% 668% 348% 434% 304% 154% 371% 126% 269% 353% 724% 1.149% 208% 423% 168% 42% 121% 130% 139% 139% 147% 150% 158% 160% 166% 177% 117% 132% 151% 153% 160% 162% 177% 190% 222% 241% 308% 151% 179% 180% 182% 201% Eleitoral TRE−DF TRE−RR TRE−MS TRE−AC TRE−SE TRE−AL TRE−ES TRE−AP TRE−RO TRE−TO TRE−MT TRE−PA TRE−CE TRE−PB TRE−AM TRE−PE TRE−GO TRE−PI TRE−SC TRE−MA TRE−RN TRE−BA TRE−SP TRE−MG TRE−RJ TRE−PR TRE−RS 2º grau 1º grau Trabalho 105% 125% 104% 147% 96% 95% 116% 116% 127% 78% 76% 117% 104% 102% 96% 97% 108% 90% 109% 98% 94% 93% 102% 127% 113% 123% 104% 108% 120% 121% 125% 128% 132% 137% 138% 151% 170% 107% 109% 110% 113% 117% 121% 126% 129% 115% 116% 120% 130% 137% Trabalho TRT13 TRT14 TRT19 TRT23 TRT17 TRT21 TRT22 TRT20 TRT24 TRT16 TRT11 TRT10 TRT18 TRT7 TRT8 TRT6 TRT5 TRT12 TRT9 TRT1 TRT15 TRT4 TRT2 TRT3 2º grau 1º grau 106% 103% 118% 105% 87% 120% 184% 99% 108% 99% 91% 119% 86% 73% 82% 107% 101% 87% 91% 93% 99% 166% Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Federal Poder Judiciário Militar Estadual Federal TRF1 TRF5 TRF4 TRF2 TRF3 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 144 Figura 98: Série histórica do índice de atendimento à demanda 104% 101% 99% 99% 98% 99% 104% 101% 107% 114% 119% 94% 95% 98% 100% 100% 93% 98% 88% 95% 101% 106% 1º Grau 2º Grau 0% 24% 48% 72% 96% 120% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 99: Série histórica da taxa de congestionamento 72,0% 73,5% 73,1% 72,7% 73,6% 73,3% 74,9% 75,0% 74,0% 73,1% 70,3% 72,3% 71,6% 70,1% 69,1% 65,9% 51,2% 51,9% 49,7% 47,0% 48,3% 52,3% 49,7% 54,6% 53,7% 52,1% 49,3% 44,2% 48,9% 48,1% 46,6% 44,6% � � � � � � 1º Grau (taxa bruta) 1º grau (taxa líquida) 2º Grau (taxa bruta) 2º Grau (taxa líquida) 0,0% 15,2% 30,4% 45,6% 60,8% 76,0% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 145 Figura 100: Taxa de congestionamento, por tribunal Estadual 45% 49% 52% 38% 49% 64% 36% 65% 55% 56% 37% 67% 74% 44% 46% 50% 57% 34% 61% 62% 47% 69% 64% 53% 31% 36% 45% 38% 72% 49% 54% 54% 55% 62% 63% 66% 70% 70% 73% 74% 75% 63% 66% 66% 67% 68% 70% 70% 71% 72% 74% 68% 73% 75% 76% 76% Estadual TJRR TJAP TJSE TJRO TJRN TJAC TJAL TJTO TJAM TJMS TJPB TJPI TJDFT TJMT TJES TJBA TJGO TJMA TJCE TJSC TJPE TJPA TJMG TJRS TJRJ TJPR TJSP 2º grau 1º grau Eleitoral 43% 52% 32% 34% 25% 26% 27% 25% 49% 33% 64% 85% 35% 60% 43% 46% 13% 58% 24% 80% 39% 19% 72% 90% 25% 30% 37% 19% 22% 9% 12% 19% 19% 21% 23% 23% 26% 27% 29% 73% 12% 19% 19% 19% 21% 25% 32% 37% 39% 54% 60% 9% 9% 15% 18% 34% 2º grau 1º grau Trabalho 46% 45% 39% 28% 62% 45% 46% 33% 38% 22% 42% 28% 41% 35% 32% 26% 48% 45% 63% 42% 31% 53% 53% 56% 36% 54% 33% 43% 45% 50% 51% 51% 52% 55% 55% 58% 64% 43% 45% 46% 53% 55% 56% 57% 62% 43% 51% 56% 57% 59% Trabalho TRT11 TRT22 TRT14 TRT16 TRT17 TRT24 TRT21 TRT23 TRT13 TRT20 TRT19 TRT8 TRT18 TRT12 TRT6 TRT9 TRT7 TRT5 TRT10 TRT3 TRT15 TRT4 TRT1 TRT2 2º grau 1º grau 49% 36% 39% 40% 21% 64% 64% 67% 49% 62% 70% 70% 53% 46% 54% 68% 67% 58% 63% 66% 68% 74% Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMMG TJMRS Federal Federal TRF5 TRF1 TRF4 TRF2 TRF3 2º grau 1º grau Militar Estadual 2º grau 1º grau Poder Judiciário 2º grau 1º grau Eleitoral TRE−MT TRE−TO TRE−RO TRE−RR TRE−AL TRE−SE TRE−MS TRE−AP TRE−AC TRE−ES TRE−DF TRE−PE TRE−SC TRE−GO TRE−PB TRE−RN TRE−MA TRE−CE TRE−PA TRE−AM TRE−BA TRE−PI TRE−PR TRE−MG TRE−RS TRE−SP TRE−RJ 146 5.2.4 0Recorribilidade interna e externa A recorribilidade no Poder Judiciário é mais usual na 2ª instância e nos Tribunais Superiores, do que quando comparada com a 1ª instância. A recorribilidade interna do 2º grau chega a ser 3 vezes mais frequente que a do 1º grau (Figura 102). Os embargos de declaração interpostos no 1º grau representam 7,3% das decisões, sendo mais aplicado na Justiça Trabalhista (17,9%). No 2º grau, são os recursos internos: os agravos, os embargos de declaração, as arguições de inconstitucionalidade e os incidentes de uniformização de jurisprudência. A recorribilidade interna no 2º grau supera significativamente a do 1º, sendo de 21,7% no total do Poder Judiciário. Nos TRFs está a maior recorribilidade interna de 2º grau, com percentual de 32,6% (Figura 101). Das decisões de 2º grau, 25,3% são endereçadas como recursos aos Tribunais Superiores e, das decisões de 1º grau, 9,7% delas são remetidas aos tribunais na forma de recurso. Ou seja, a chance de recorrer do 2º grau para um Tribunal Superior é o equivalente a 2,6 vezes a recorribilidade do 1º grau para o respectivo Tribunal, conforme demonstram as Figuras 103 e 104. A série histórica mostra que os índices de recorribilidade interna no 1º e 2º graus reduziram no período de 2012 a 2016, mas posteriormente voltou a subir. Na recorribilidade externa, em ambas as instâncias, houve redução no último ano. 147 Figura 101: Recorribilidade interna, por tribunal Estadual 18,4% 23,7% 11,1% 16,1% 10,7% 20,6% 13,9% 12,4% 12,1% 22,9% 11,9% 24,8% 7,5% 17,7% 3,0% 8,1% 16,4% 20,5% 15,0% 19,7% 1,8% 17,0% 14,1% 16,4% 20,5% 40,0% 18,7% 18,9% 6,0% 0,0% 0,0% 0,5% 0,7% 2,9% 2,9% 3,3% 4,7% 4,8% 4,8% 5,3% 7,2% 0,3% 0,9% 2,6% 2,8% 4,1% 4,4% 5,1% 6,5% 7,4% 11,5% 0,7% 5,1% 6,0% 7,9% 10,8% Estadual TJSE TJPI TJMS TJAP TJRR TJRO TJAC TJTO TJAL TJRN TJPB TJAM TJSC TJGO TJPA TJCE TJES TJMA TJPE TJMT TJDFT TJBA TJRJ TJRS TJPR TJMG TJSP 2º grau 1º grau Eleitoral 9,9% 3,2% 10,4% 4,4% 8,2% 2,5% 7,3% 10,0% 9,8% 11,4% 12,2% 19,0% 7,4% 9,2% 13,3% 4,0% 8,2% 21,5% 8,6% 16,8% 26,4% 22,0% 18,7% 7,6% 8,3% 9,5% 5,7% 12,9% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,3% 0,3% 0,3% 0,9% 1,0% 2,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,2% 0,3% 0,4% 1,5% 0,0% 0,0% 0,2% 1,1% 14,4% Eleitoral TRE−AC TRE−AP TRE−RO TRE−TO TRE−RR TRE−MS TRE−AL TRE−SE TRE−MT TRE−ES TRE−DF TRE−AM TRE−CE TRE−PA TRE−PB TRE−RN TRE−PI TRE−PE TRE−MA TRE−SC TRE−BA TRE−GO TRE−RS TRE−PR TRE−SP TRE−RJ TRE−MG 2º grau 1º grau Trabalho 24,5% 15,5% 13,5% 23,6% 12,7% 24,1% 26,0% 27,6% 22,3% 34,1% 37,6% 38,6% 21,6% 21,1% 20,3% 22,3% 26,7% 37,5% 32,0% 27,5% 29,1% 19,6% 15,7% 28,7% 25,4% 17,9% 8,6% 10,6% 11,4% 12,2% 12,7% 16,5% 17,6% 18,3% 20,4% 22,7% 27,1% 10,5% 10,6% 11,6% 15,7% 17,5% 19,4% 21,8% 22,7% 16,7% 17,2% 17,4% 19,1% 23,1% Trabalho TRT16 TRT22 TRT19 TRT11 TRT14 TRT23 TRT24 TRT21 TRT13 TRT20 TRT17 TRT7 TRT8 TRT18 TRT12 TRT6 TRT5 TRT9 TRT10 TRT3 TRT4 TRT15 TRT2 TRT1 2º grau 1º grau 21,7% 26,1% 22,1% 34,4% 5,6% 32,6% 23,8% 52,6% 37,5% 31,6% 30,8% 7,3% 2,8% 1,9% 3,0% 3,9% 5,6% 1,4% 3,8% 8,0% 8,6% 8,6% Poder Judiciário Militar Estadual TJMMG TJMSP TJMRS Federal Federal TRF1 TRF5 TRF4 TRF3 TRF2 2º grau 1º grau Militar Estadual 2º grau 1º grau Poder Judiciário 2º grau 1º grau 148 Figura 102: Série histórica da recorribilidade interna 4,2% 4,5% 6,0% 6,6% 6,2% 6,1% 5,4% 5,4% 6,2% 7,5% 7,3% 23,6% 23,7% 24,3% 24,3% 24,6% 23,4% 23,8% 19,7% 20,7% 21,5% 21,7% 1º Grau 2º Grau 0% 5% 10% 15% 20% 25% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 103: Série histórica da recorribilidade externa 8,5% 9,0% 9,4% 10,3% 13,6% 12,5% 12,5% 11,1% 9,7% 10,4% 9,7% 34,4% 35,0% 35,4% 30,9% 36,4% 36,6% 35,9% 28,6% 27,5% 28,1% 25,3% 1º Grau 2º Grau 0,0% 7,4% 14,8% 22,2% 29,6% 37,0% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 149 Figura 104: Recorribilidade externa, por tribunal Estadual 18% 35% 29% 12% 13% 15% 3% 100% 13% 27% 17% 10% 15% 0% 2% 8% 43% 22% 0% 12% 90% 20% 17% 25% 22% 18% 11% 10% 6% 4% 4% 4% 4% 5% 5% 5% 5% 10% 11% 13% 14% 0% 5% 6% 7% 9% 9% 10% 12% 13%21% 4% 6% 6% 8% 23% Estadual TJPI TJRO TJRN TJRR TJSE TJAM TJAL TJAC TJPB TJAP TJTO TJMS TJMT TJBA TJPA TJPE TJDFT TJES TJMA TJGO TJSC TJCE TJSP TJMG TJRJ TJPR TJRS 2º grau 1º grau Eleitoral 13% 3% 24% 9% 7% 4% 4% 10% 0% 21% 11% 14% 19% 34% 23% 2% 5% 13% 3% 14% 11% 29% 13% 44% 25% 18% 6% 1% 0% 0% 0% 0% 1% 1% 2% 2% 2% 4% 6% 1% 1% 1% 1% 2% 2% 2% 2% 2% 9% 0% 1% 1% 2% 3% Eleitoral TRE−AC TRE−MS TRE−TO TRE−RO TRE−AL TRE−SE TRE−AP TRE−MT TRE−RR TRE−DF TRE−ES TRE−RN TRE−PB TRE−PA TRE−CE TRE−PI TRE−PE TRE−AM TRE−SC TRE−MA TRE−GO TRE−BA TRE−RS TRE−PR TRE−SP TRE−RJ TRE−MG 2º grau 1º grau Trabalho 41% 51% 38% 32% 42% 30% 40% 36% 34% 71% 37% 37% 31% 39% 42% 39% 40% 43% 40% 36% 44% 41% 41% 40% 44% 57% 26% 34% 36% 40% 40% 47% 54% 54% 56% 58% 62% 38% 38% 38% 48% 48% 49% 54% 63% 54% 63% 65% 67% 71% Trabalho TRT22 TRT14 TRT21 TRT11 TRT16 TRT24 TRT20 TRT13 TRT23 TRT19 TRT17 TRT7 TRT6 TRT8 TRT10 TRT18 TRT12 TRT5 TRT9 TRT3 TRT15 TRT1 TRT2 TRT4 2º grau 1º grau 25% 41% 50% 4% 30% 25% 28% 37% 45% 19% 8% 10% 7% 5% 10% 37% 19% 10% 15% 18% 24% 26% Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal Federal TRF2 TRF5 TRF3 TRF4 TRF1 2º grau 1º grau Militar Estadual 2º grau 1º grau Poder Judiciário 2º grau 1º grau 150 5.3 Gargalos da execução As informações aqui apresentadas s e referem unicamente ao 1º grau (justiça comum e juizados especiais), excluídas as turmas recursais. Esta seção se destina à análise dos processos em fase de execução, que constituem grande parte dos casos em trâmite e etapa de maior morosidade. O Poder Judiciário contava com acervo de 77 milhões de processos pendentes de baixa no final do ano de 2019, sendo que mais da metade desses processos (55,8%) se referia à fase de execução. As Figuras 105 e 106 exibem as séries históricas dos casos novos, pendentes e baixados diferenciados entre processos de conhecimento e de execução. Os dados mostram que, apesar de ingressar no Poder Judiciário quase duas vezes mais casos em conhecimento do que em execução, no acervo a situação é inversa: a execução é 54,5% maior. Na execução, as curvas de processos baixados e novos seguem quase paralelas, tendo, pela primeira vez na série histórica, o quantitativo de processos baixados superado o número de casos novos no ano de 2019. Já no conhecimento, as curvas se mantiveram semelhantes até 2014 e depois disso observa-se descolamento, com incre- mento anual na produtividade e com redução dos litígios. Os casos pendentes na fase de execução apresentaram clara tendência de crescimento do estoque entre os anos de 2009 e 2017 e permanece quase que estável até 2019 (Figura 106). Já os casos pendentes na fase de conheci- mento oscilam mais, tendo havido incremento do estoque em 2015 e 2016 e queda entre 2017 e 2019. Tais reduções culminaram em um estoque atual nos mesmos patamares de sete anos atrás. Na Figura 107 estão os casos novos, pendentes e baixados de execução, incluindo execuções judiciais criminais (de pena privativa de liberdade e pena não privativa de liberdade), execuções judiciais não criminais e execuções de títulos executivos extrajudiciais, discriminadas entre fiscais e não fiscais. A maior parte dos processos de execução é composta pelas execuções fiscais, que representam 70% do estoque em execução. Esses processos são os principais responsáveis pela alta taxa de congestionamento do Poder Judiciário, representando aproximadamente 39% do total de casos pendentes e congestionamento de 87% em 2019. Há de se destacar, no entanto, que há casos em que o Judiciário esgotou os meios previstos em lei e ainda assim não houve localização de patrimônio capaz de satisfazer o crédito, permanecendo o processo pendente. Ademais, as dívidas chegam ao judiciário após esgotados os meios de cobrança administrativos — daí a difícil recuperação. O impacto da execução é significativo principalmente nos segmentos da Justiça Estadual, Federal e Trabalhista, correspondendo, respectivamente, a 56,8%, 54,3%, e 55,1% do acervo total de cada ramo, conforme consta na Figura 108. Em alguns tribunais, a execução chega a consumir mais de 60% do acervo. É o caso do: TJDFT, TJPE, TJRJ, TJSP na Justiça Estadual; TRF3 na Justiça Federal; e TRT10, TRT13, TRT14, TRT18, TRT19, TRT2, TRT21, TRT22, TRT23, TRT7, TRT8, TRT9 na Justiça do Trabalho. A Figura 109 apresenta a comparação da taxa de congestionamento na execução e no conhecimento de 1º grau por tribunal e ramo de justiça. Verifica-se que a taxa na execução supera a do conhecimento na maioria dos casos. A maior taxa na execução de cada segmento está no TJAM, com congestionamento de 88,8% na execução e 59,8% no conhecimento; TRF1 – congestionamento de 91,1% na execução e 41,4% no conhecimento; e TRT2 – congestio- namento de 83,8% na execução e 30,3% no conhecimento. 151 Figura 105: Série histórica dos casos novos e baixados nas fases de conhecimento e execução M ilh õe s 14,9 14,6 15,0 16,6 16,9 17,1 16,1 16,7 15,7 14,7 15,6 6,0 5,5 6,6 6,6 6,8 6,7 6,5 7,0 7,6 7,7 8,6 15,9 15,8 15,9 17,0 17,1 17,5 17,3 17,9 18,5 18,3 19,8 5,9 4,8 5,7 6,0 6,3 6,1 6,0 6,0 6,4 7,5 9,2 � � � � � � � � � � � � Caso Novo Conhecimento Caso Novo Execução Baixados Conhecimento Baixados Execução 0 4 8 12 16 20 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 106: Série histórica dos casos pendentes nas fases de conhecimento e execução M ilh õe s 26,8 25,4 26,1 27,3 30,1 28,9 31,5 32,0 30,5 29,3 27,9 30,2 32,4 33,7 35,1 36,2 37,3 39,7 41,5 42,8 42,8 43,0 Pendentes Conhecimento Pendentes Execução 0,0 8,8 17,6 26,4 35,2 44,0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 152 Figura 107: Dados processuais do Poder Judiciário Conhecimento Criminal Não criminal Total Conhecimento Total Execução Execução Execução fiscal Total Execução Extrajudicial Execução não fiscal Total Execução Judicial Pena privativa de liberdade Pena não privativa de liberdade Não criminal Ex tra ju di ci al Ju di ci al 2º Grau Tribunais Superiores Turmas Recursais Turmas Regionais de Uniformização Casos novosProcessos baixados Pendentes Suspensos 8.614.882 9.220.743 4.689.990 3.679.263 4.294.520 3.291.714 167.228 212.612 228.242 174.937 3.924.892 5.541.480 865.406 975.127 3.059.486 4.566.353 15.574.961 19.771.493 13.931.778 17.695.764 1.643.183 2.075.729 4.394 6.349 1.359.809 1.529.370 3.946.306 4.191.679 713.994 665.342 10.157.407 7.600.169 7.600.169 2.760.804 558.025 709.638 42.897 43.047.532 9.729.871 7.911.479 609.230 1.209.162 33.317.661 3.138.385 30.179.276 27.868.382 23.025.038 4.843.344 2.944 1.439.619 4.087.165 651.297 153 Figura 108: Percentual de casos pendentes de execução em relação ao estoque total de processos, por tribunal Estadual TJPI TJPB TJAP TJAL TJRR TJRN TJRO TJSE TJTO TJAC TJAM TJMS TJMA TJCE TJES TJPA TJGO TJBA TJMT TJSC TJDFT TJPE TJMG TJRS TJPR TJRJ TJSP Estadual 56,8% 14,1% 26,5% 28,4% 35,3% 38,3% 39,0% 39,4% 40,8% 44,4% 45,8% 46,9% 51,5% 26,2% 27,8% 30,0% 34,4% 41,7% 43,4% 43,7% 56,5% 60,9% 61,5% 31,6% 43,0% 48,5% 66,7% 75,1% 0% 20% 40% 60% 80% Eleitoral TRE−SE TRE−AL TRE−DF TRE−MS TRE−RO TRE−RR TRE−AC TRE−ES TRE−AP TRE−TO TRE−MT TRE−SC TRE−PI TRE−RN TRE−PE TRE−MA TRE−PA TRE−AM TRE−PB TRE−GO TRE−BA TRE−CE TRE−RS TRE−PR TRE−SP TRE−MG TRE−RJ Eleitoral 3,2% 0,7% 2,1% 2,2% 2,9% 3,1% 4,5% 4,6% 5,6% 10,2% 10,6% 16,4% 0,4% 0,7% 1,1% 1,7% 1,9% 1,9% 2,0% 3,0% 3,3% 4,5% 6,5% 1,5% 2,5% 3,0% 3,7% 7,4% 0% 5% 10% 15% 20% Trabalho TRT11 TRT24 TRT17 TRT20 TRT16 TRT22 TRT23 TRT14 TRT13 TRT21 TRT19 TRT5 TRT12 TRT6 TRT9 TRT18 TRT8 TRT7 TRT10 TRT15 TRT1 TRT4 TRT3 TRT2 Trabalho Federal 55,1% 49,4% 50,8% 52,9% 54,2% 55,9% 61,3% 65,6% 68,0% 71,8% 73,9% 79,2% 45,3% 53,8% 59,3% 61,2% 62,0% 63,7% 67,9% 69,7% 36,8% 45,0% 47,9% 51,3% 66,9% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Poder Judiciário Militar Estadual Poder Judiciário Militar Estadual TJMMG TJMRS TJMSPFederal TRF4 TRF1 TRF5 TRF2 TRF3 55,8% 29,3% 13,3% 26,7% 40,0% 54,3% 47,3% 50,5% 51,6% 59,9% 61,4% 0% 20% 40% 60% 0% 20% 40% 60% 0% 20% 40% 60% 154 Figura 109: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, na 1ª instância, por tribunal Estadual 63% 43% 51% 48% 65% 52% 55% 54% 74% 62% 64% 69% 60% 65% 64% 63% 61% 65% 67% 61% 43% 70% 66% 66% 68% 65% 71% 54% 82% 61% 63% 66% 68% 68% 76% 77% 83% 83% 85% 85% 89% 73% 74% 76% 76% 77% 79% 80% 82% 84% 85% 72% 82% 82% 84% 87% Estadual TJRR TJRO TJSE TJAL TJAP TJRN TJAC TJPI TJTO TJMS TJPB TJAM TJGO TJBA TJES TJMT TJPE TJCE TJSC TJDFT TJPA TJMA TJMG TJRS TJRJ TJPR TJSP Conhecimento Execução Eleitoral 21% 23% 21% 18% 18% 23% 71% 6% 20% 28% 25% 10% 18% 18% 11% 18% 25% 36% 31% 38% 52% 21% 60% 18% 15% 9% 8% 31% 80% 45% 60% 63% 71% 76% 81% 83% 84% 85% 96% 100% 47% 69% 76% 78% 80% 81% 87% 88% 89% 95% 98% 66% 69% 75% 78% 93% Eleitoral TRE−SE TRE−AL TRE−RO TRE−RR TRE−MS TRE−DF TRE−MT TRE−AP TRE−ES TRE−AC TRE−TO TRE−SC TRE−GO TRE−PE TRE−PB TRE−MA TRE−PA TRE−CE TRE−AM TRE−BA TRE−RN TRE−PI TRE−SP TRE−RS TRE−MG TRE−PR TRE−RJ Conhecimento Execução Trabalho 35% 26% 27% 24% 28% 39% 35% 28% 32% 30% 41% 32% 22% 32% 25% 37% 34% 43% 32% 32% 31% 41% 40% 42% 30% 73% 39% 57% 63% 65% 65% 67% 71% 73% 74% 75% 81% 62% 63% 67% 70% 71% 72% 75% 83% 57% 70% 73% 77% 84% Trabalho TRT11 TRT22 TRT14 TRT21 TRT24 TRT17 TRT16 TRT23 TRT13 TRT20 TRT19 TRT8 TRT12 TRT18 TRT6 TRT9 TRT5 TRT7 TRT10 TRT3 TRT4 TRT15 TRT1 TRT2 Conhecimento Execução 58% 41% 50% 25% 60% 48% 55% 55% 42% 53% 41% 82% 93% 85% 93% 98% 88% 79% 83% 84% 90% 91% Poder Judiciário Militar Estadual TJMMG TJMSP TJMRS Federal Federal TRF2 TRF4 TRF5 TRF3 TRF1 Conhecimento Execução Militar Estadual Conhecimento Execução Poder Judiciário Conhecimento Execução 155 Ao serem detalhadas as taxas de congestionamento no conhecimento e na execução no 1º grau, constata-se que, dentre as segmentações apresentadas na Tabela 4, a taxa de congestionamento na fase de conhecimento não criminal (casos cíveis, atos infracionais, empresariais etc.) é a menor — destaca-se que ela é também a de maior demanda. Na execução fiscal está a segunda maior taxa de congestionamento e, por isso, a próxima seção detalha os dados dos processos de tal natureza. É importante esclarecer que a taxa de congestionamento na execução penal deve ser lida com cautela, pois os altos valores alcançados não caracterizam baixa eficiência do Poder Judiciário; significam tão somente que as execuções estão sendo cumpridas, uma vez que, enquanto a pena do condenado estiver em execução, o processo deve permanecer no acervo. Dessa forma, a taxa de congestionamento dessa fase não pode ser avaliada como um indicador de desempenho. Cumpre informar, ainda, que o número de processos em execução penal difere do total de presos, já que um mesmo indivíduo pode ser réu em mais de um processo, assim como um mesmo processo pode ter mais de um réu preso. Tabela 4: Taxa de congestionamento por tipo de processo, ano 2019 Classificação Taxa de Congestionamento Conhecimento Criminal 70% Conhecimento Não Criminal 56,5% Total Conhecimento 58,5% Execução Fiscal 86,9% Execução Extrajudicial não fiscal 82,4% Execução Judicial Não-Criminal 70,6% Execução Penal Não Privativa de Liberdade 76,4% Execução Penal Privativa de Liberdade 87,4% Total Execução 82,4% Total Geral 68,5% 5.3.1 Execuções fiscais Historicamente as execuções fiscais têm sido apontadas como o principal fator de morosidade do Poder Judi- ciário. O executivo fiscal chega a juízo depois que as tentativas de recuperação do crédito tributário se frustraram na via administrativa, provocando sua inscrição na dívida ativa. Dessa forma, o processo judicial acaba por repetir etapas e providências de localização do devedor ou patrimônio capaz de satisfazer o crédito tributário já adotadas, sem sucesso, pela administração fazendária ou pelo conselho de fiscalização profissional. Desse modo, acabam chegando ao Judiciário títulos de dívidas antigas e, por consequência, com menor probabilidade de recuperação. Os processos de execução fiscal representam 39% do total de casos pendentes e 70% das execuções pendentes no Poder Judiciário, com taxa de congestionamento de 87%. Ou seja, de cada cem processos de execução fiscal que tramitaram no ano de 2019, apenas 13 foram baixados. Desconsiderando esses processos, a taxa de congestiona- mento do Poder Judiciário cairia em 8,1 pontos percentuais, passando de 68,5% para 60,4% em 2019. O maior impacto das execuções fiscais está na Justiça Estadual, que concentra 85% dos processos. A Justiça Federal responde por 15%; a Justiça do Trabalho por 0,27%; e a Justiça Eleitoral por apenas 0,01%. O impacto desses processos nos acervos é mais significativo na Justiça Federal e Estadual. Na Justiça Federal, os processos de execução fiscal correspondem a 48% do seu acervo total de 1º grau (conhecimento e execução); na Justiça Estadual, a 43%; na Justiça do Trabalho, a 2%; e na Justiça Eleitoral, a 5%. 156 Apesar das execuções fiscais representarem cerca de 43% do acervo de 1º grau na Justiça Estadual, verifica-se, na Figura 111, que somente três tribunais possuem percentual superior a essa média: TJSP (63,5%), TJRJ (59,7%) e TJPE (54,2%). Nesses três tribunais aproximadamente 62,4% do total de processos de execução fiscal estão em trâmite no Poder Judiciário. Esse montante representa 26% do total de processos em trâmite no 1º grau do Poder Judiciário. Cabe lembrar que o art. 40 da Lei de Execução Fiscal, Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, diz que se não forem localizados bens penhoráveis do devedor, o juiz determinará a suspensão da execução fiscal pelo prazo máximo de um ano, e após decorrido este prazo, sem a localização do devedor ou bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos, mas sem baixa na distribuição (§ 2o). As diferenças vistas na Figura 111 podem decorrer da aplicação ou não desse item da norma, no âmbito dos tribunais, com protocolo de arquivar sem baixa. A maior taxa de congestionamento de execução fiscal está na Justiça Federal (93%), seguida da Justiça Estadual (86%) e da Justiça do Trabalho (84%). A menor é a da Justiça Eleitoral (80%), conforme se verifica na Figura 114. Assim como verificado no total de casos pendentes, houve redução dos processos pendentes de execução fis- cal pelo segundo ano consecutivo (-3,3%). Os casos novos também reduziram no último ano (-5,1%). A redução do acervo, aliada ao aumento do número de baixados (28,2%), fez com que a taxa de congestionamento reduzisse em 2,9 pontos percentuais em 2019 (Figura 112). O tempo de giro do acervo desses processos é de 6 anos e 7 meses, ou seja, mesmo que o Judiciário parasse de receber novas execuções fiscais, ainda seria necessário todo esse tempo para liquidar o acervo existente. 157 Figura 110: Total de execuções fiscais pendentes, por tribunal TJAP TJRR TJAC TJPI TJRO TJSE TJTO TJRN TJAL TJPB TJAM TJMS TJMA TJES TJCE TJMT TJDFT TJPA TJGO TJSC TJPE TJBA TJMG TJRS TJPR TJRJ TJSP Estadual 2.313 3.365 12.341 26.558 32.972 40.278 91.101 91.220 109.405 109.412 241.008 252.574 68.797 140.433 149.717 216.357 224.468 256.063 381.158 1.082.837 1.117.629 1.215.592 423.882 613.599 916.936 5.886.159 11.814.621 0 4.000.000 10.000.000 TRE−SE TRE−RR TRE−AL TRE−MS TRE−AC TRE−RO TRE−DF TRE−TO TRE−AP TRE−ES TRE−MT TRE−SC TRE−PE TRE−RN TRE−AM TRE−PI TRE−BA TRE−MA TRE−PB TRE−GO TRE−PA TRE−CE TRE−RS TRE−PR TRE−MG TRE−SP TRE−RJ Eleitoral 5 17 18 22 24 26 35 69 78 91 176 9 19 20 45 53 55 56 57 74 81 189 31 100 136 213 224 0 50 100 150 200 250 TRT21 TRT11 TRT13 TRT14 TRT20 TRT24 TRT22 TRT17 TRT19 TRT16 TRT23 TRT6 TRT8 TRT12 TRT18 TRT5 TRT7 TRT9 TRT10 TRT4 TRT15 TRT1 TRT3 TRT2 Trabalho Federal 792 870 927 1.062 1.114 1.225 1.548 1.663 1.963 2.070 2.072 1.161 1.957 2.341 2.850 2.959 4.412 6.500 7.605 4.103 4.805 5.753 7.134 13.9730 5.000 10.000 15.000 TRF5 TRF2 TRF4 TRF1 TRF3 367.825 448.487 689.493 1.266.264 1.803.630 0 500.000 1.500.000 158 Figura 111: Total de execuções fiscais pendentes em relação ao total de processos pendentes no 1º grau, por tribunal Estadual TJAP TJPI TJRR TJAC TJRO TJSE TJPB TJRN TJAL TJTO TJMS TJAM TJMA TJCE TJES TJMT TJPA TJGO TJSC TJDFT TJBA TJPE TJMG TJRS TJPR TJRJ TJSP Estadual 43% 3% 5% 6% 11% 11% 11% 17% 20% 24% 26% 28% 38% 7% 13% 16% 23% 25% 26% 33% 37% 37% 54% 12% 21% 25% 60% 64% 0% 20% 40% 60% 80% Eleitoral TRE−SE TRE−AL TRE−MS TRE−ES TRE−RO TRE−AC TRE−RR TRE−TO TRE−DF TRE−AP TRE−MT TRE−SC TRE−PI TRE−RN TRE−AM TRE−MA TRE−PE TRE−PB TRE−PA TRE−GO TRE−BA TRE−CE TRE−RS TRE−SP TRE−MG TRE−PR TRE−RJ Eleitoral 5% 1% 3% 4% 6% 6% 9% 11% 15% 21% 31% 38% 1% 1% 1% 3% 3% 3% 4% 4% 5% 6% 8% 2% 4% 6% 10% 10% 0% 10% 20% 30% 40% Trabalho TRT21 TRT13 TRT11 TRT24 TRT20 TRT19 TRT17 TRT16 TRT23 TRT14 TRT22 TRT6 TRT5 TRT12 TRT9 TRT8 TRT18 TRT7 TRT10 TRT15 TRT1 TRT4 TRT2 TRT3 Trabalho 2% 2% 2% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 4% 4% 5% 1% 1% 2% 3% 3% 4% 5% 7% 1% 1% 1% 2% 3% 0% 2% 4% 6% 8% Poder Judiciário Federal Poder Judiciário Federal TRF4 TRF1 TRF5 TRF2 TRF3 42% 48% 41% 42% 43% 52% 59% 0% 20% 40% 60% 0% 20% 40% 60% 159 Figura 112: Série histórica do impacto da execução fiscal nos processos novos e pendentes M ilh õe s 24,0 24,5 25,7 26,5 27,3 28,4 30,1 31,0 31,5 31,2 30,2 6,2 7,8 8,0 8,7 8,9 8,8 9,6 10,6 11,2 11,6 12,9 2,6 2,3 2,8 2,9 3,3 3,2 3,6 3,7 4,2 4,5 5,6 � � � � � � � � � � � � Execuções Fiscais Pendentes Demais Execuções Pendentes Execuções Fiscais Novas Demais Execuções Novas 0,0 6,4 12,8 19,2 25,6 32,0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 3,5 3,1 3,8 3,7 3,6 3,4 2,9 3,2 3,5 3,2 3,1 Figura 113: Série histórica do impacto da execução fiscal na taxa de congestionamento total 62,9% 63,2% 62,9% 62,3% 63,9% 62,9% 64,4% 65,2% 63,5% 62,8% 60,4% 86,8% 91,3% 89,7% 89,6% 90,1% 91,3% 92,1% 91,8% 91,7% 89,8% 86,9% Sem Execução Fiscal Execuçao Fiscal 0,0% 18,6% 37,2% 55,8% 74,4% 93,0% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 160 Figura 114: Taxa de congestionamento na execução fiscal, por tribunal Estadual TJRO TJAL TJAP TJRR TJRN TJSE TJPB TJPI TJTO TJMS TJAC TJAM TJPE TJGO TJCE TJSC TJES TJMT TJBA TJMA TJPA TJDFT TJMG TJRJ TJPR TJRS TJSP 86% 65% 66% 71% 77% 85% 85% 90% 90% 90% 91% 93% 96% 78% 80% 82% 82% 82% 83% 85% 91% 93% 95% 78% 82% 87% 87% 89% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Eleitoral TRE−SE TRE−AL TRE−RO TRE−RR TRE−MS TRE−DF TRE−MT TRE−AP TRE−ES TRE−AC TRE−TO TRE−SC TRE−GO TRE−PE TRE−PB TRE−MA TRE−PA TRE−CE TRE−AM TRE−BA TRE−RN TRE−PI TRE−SP TRE−RS TRE−MG TRE−PR TRE−RJ 80% 45% 60% 63% 71% 76% 81% 83% 84% 85% 96% 100% 47% 69% 76% 78% 80% 81% 87% 88% 89% 95% 98% 66% 69% 75% 78% 93% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Trabalho TRT11 TRT21 TRT22 TRT24 TRT17 TRT16 TRT23 TRT20 TRT14 TRT13 TRT19 TRT12 TRT18 TRT9 TRT6 TRT5 TRT8 TRT7 TRT10 TRT3 TRT15 TRT4 TRT1 TRT2 84% 56% 70% 74% 79% 82% 84% 85% 88% 89% 90% 94% 62% 75% 80% 81% 86% 88% 92% 95% 64% 82% 89% 91% 98% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Federal TRF4 TRF2 TRF1 TRF5 TRF3 87% 93% 89% 90% 92% 92% 96% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Estadual Eleitoral Trabalho Federal Poder Judiciário Poder Judiciário 161 O tempo médio de tramitação do processo de execução fiscal baixado no Poder Judiciário é de 8 anos. Verifica-se na Figura 115 que houve redução no tempo de baixa em relação ao ano anterior. Ao desconsiderar os processos de execução fiscal, o tempo médio de tramitação do processo baixado na fase de execução passaria de 5 anos e 11 meses para 3 anos e 3 meses no ano de 2019. Os tribunais da Justiça Federal apresentam os maiores tempos de tramitação dos processos de execução fiscal, em média 10 anos (Figura 116). A Justiça Estadual leva, em média, 7 anos e 10 meses para baixar um processo de execução fiscal, enquanto a Justiça do Trabalho 7 anos e 1 mês e a Justiça Eleitoral 4 anos e 7 meses. Figura 115: Série histórica do impacto da execução fiscal no tempo de tramitação do processo baixado na fase de execução Te m po (a no s) 5a e 2m 4a e 9m 5a e 6m 5a e 11m 5a e 11m 3a e 9m 2a e 11m 3a e 2m 3a 3a e 3m 7a e 4m 6a e 9m 8a e 3m 9a e 1m 8a Execução com processos fiscais Execução sem processos fiscais Execuçao Fiscal 0a 1a e 10m 3a e 9m 5a e 7m 7a e 5m 9a e 4m 2015 2016 2017 2018 2019 162 Figura 116: Tempo de tramitação do processo baixado na execução fiscal, por tribunal. Estadual TJAL TJAP TJTO TJRO TJSE TJRN TJRR TJAC TJMS TJPI TJAM TJPB TJDFT TJPE TJSC TJCE TJGO TJBA TJMT TJES TJPA TJMA TJMG TJRS TJRJ TJSP TJPR Estadual 7a e 10m 1a e 4m 3a e 4m 4a e 2m 4a e 8m 5a e 5m 6a e 2m 6a e 3m 6a e 9m 7a 9a e 8m 10a 10a e 2m 6a e 1m 6a e 5m 6a e 6m 6a e 11m 6a e 11m 7a 7a e 3m 9a 9a e 3m 10a e 9m 11m 6a e 1m 7a e 8m 8a e 11m 9a e 2m 0 2 4 6 8 10 12 Eleitoral TRE−TO TRE−MS TRE−ES TRE−DF TRE−SE TRE−AP TRE−RO TRE−AL TRE−AC TRE−RR TRE−MT TRE−PB TRE−MA TRE−BA TRE−GO TRE−SC TRE−PI TRE−AM TRE−CE TRE−RN TRE−PE TRE−PA TRE−PR TRE−RJ TRE−RS TRE−SP TRE−MG Eleitoral 4a e 7m 0a 3a e 3m 3a e 6m 4a e 2m 4a e 4m 5a 5a e 1m 5a e 5m 5a e 5m 6a e 3m 6a e 8m 0a 2a e 10m 3a e 4m 3a e 9m 3a e 9m 3a e 11m 4a e 1m 4a e 2m 5a e 10m 5a e 11m 6a e 3m 9m 1a 3a e 5m 3a e 7m 5a e 5m 0 2 4 6 8 Trabalho TRT20 TRT23 TRT11 TRT14 TRT21 TRT22 TRT16 TRT17 TRT19 TRT24 TRT13 TRT7 TRT9 TRT6 TRT8 TRT5 TRT10 TRT18 TRT12 TRT2 TRT15 TRT1 TRT4 TRT3 Trabalho 7a e 1m 2a e 3m 3a e 2m 5a e 5m 6a e 10m 7a e 6m 7a e 9m 8a e 5m 10a e 2m 10a e 2m 10a e 4m 11a e 2m 2a 2a e 2m 2a e 10m 4a e 5m 5a e 10m 10a e 6m 10a e 9m 11a e 4m 1a e 10m 3a e 10m 4a e 6m 4a e 8m 8a 0 2 4 6 8 10 12 14 Poder Judiciário Federal Poder Judiciário Federal TRF1 TRF3 TRF5 TRF4 TRF2 8a 10a 9a e 3m 9a e 6m 10a 10a e 10m 11a 0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12 163 5.3.2 Índices de produtividade nas fases de conhecimento e execução Este tópico destina-se à comparação de indicadores de produtividade entre as fases de conhecimento e de execução no primeiro grau, considerando apenas os juizados especiais e as varas, excluídas as turmas recursais. Como o mesmo magistrado pode atuar no processo tanto na fase de conhecimento quanto na de execução, não é possível calcular a real produtividade em cada fase. Sendo assim, a produtividade na fase de conhecimento corres- ponde ao total de processos baixados nessa fase em relação ao total de magistrados de 1º grau; e a produtividade na fase de execução diz respeito ao número de processos baixados nessa fase em relação aos mesmos magistrados de 1º grau. Dessa forma, o indicador total sempre corresponderá à soma das duas fases. Verifica-se que o quantitativo de processos baixados é sempre maior na fase de conhecimento do que na de execução, tanto na série histórica (Figura 118) quanto por tribunal (Figura 117). O IPM e o IPS-Jud na fase de conhe- cimento equivalem a mais que o dobro do valor desses indicadores na fase de execução. 164 Figura 117: Índice de produtividade do magistrado nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal Estadual 774 123 175 264 99 345 276 357 569 226 524 584 790 865 293 264 258 289 170 580 733 1.169 1.307 528 504 565 1.089 2.328 1.445 746 759 836 908 938 961 1.055 1.056 1.243 1.446 1.505 1.593 867 888 1.014 1.101 1.166 1.223 1.335 1.359 2.129 2.270 1.030 1.219 1.438 1.663 2.772 Estadual TJPB TJAP TJTO TJPI TJRR TJRN TJAC TJAL TJAM TJMS TJSE TJRO TJPE TJDFT TJPA TJCE TJES TJMA TJMT TJGO TJBA TJSC TJPR TJRS TJMG TJSP TJRJ Execução Conhecimento Eleitoral 0 0 0 0 1 0 0 2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 54 3 39 58 60 63 70 71 79 80 82 101 4 32 37 46 47 53 58 66 69 93 107 26 53 58 59 75 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−SE TRE−RO TRE−AL TRE−ES TRE−AP TRE−MT TRE−RR TRE−AC TRE−TO TRE−BA TRE−PA TRE−PE TRE−CE TRE−AM TRE−PITRE−MA TRE−SC TRE−GO TRE−PB TRE−RN TRE−RJ TRE−RS TRE−SP TRE−PR TRE−MG Execução Conhecimento Trabalho 342 203 218 224 442 324 320 347 604 342 450 735 307 225 344 344 383 338 491 408 352 460 272 319 274 837 359 435 458 480 596 611 641 670 767 1.007 1.048 621 657 659 779 820 838 850 915 688 819 1.034 1.048 1.106 Trabalho TRT14 TRT13 TRT23 TRT21 TRT19 TRT24 TRT17 TRT11 TRT20 TRT16 TRT22 TRT5 TRT10 TRT8 TRT6 TRT7 TRT18 TRT9 TRT12 TRT4 TRT3 TRT2 TRT1 TRT15 Execução Conhecimento 662 4 1 4 7 556 684 544 746 547 376 1.387 118 48 116 190 1.902 832 1.592 1.801 2.126 2.601 Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMMG TJMSP Federal Federal TRF2 TRF4 TRF3 TRF5 TRF1 Execução Conhecimento Militar Estadual Execução Conhecimento Poder Judiciário Execução Conhecimento 165 Figura 118: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados (IPM) 1.155 1.113 1.132 1.234 1.215 1.220 1.239 1.255 1.275 1.267 1.387 434 340 412 437 455 434 440 434 455 529 662 1.630 1.497 1.590 1.730 1.725 1.717 1.758 1.763 1.811 1.876 2.141 Conhecimento Execução 1º grau 0 440 880 1.320 1.760 2.200 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 119: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud) 106 100 94 97 94 96 100 103 108 106 117 39 30 34 34 35 33 35 35 38 43 55 150 134 132 136 134 135 142 145 153 157 181 Conhecimento Execução 1º grau 0 38 76 114 152 190 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 166 Figura 120: Índice de produtividade do servidor da área judiciária nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal Estadual 62 14 14 26 13 28 10 28 54 52 43 42 38 22 80 23 21 49 46 17 34 92 110 42 74 65 52 139 118 41 66 71 80 89 92 97 100 108 114 116 208 69 80 88 92 95 109 125 138 173 192 107 113 130 131 167 Estadual TJAC TJAP TJRR TJPB TJTO TJPI TJRN TJAL TJRO TJSE TJMS TJAM TJDFT TJPE TJPA TJCE TJGO TJMT TJMA TJES TJBA TJSC TJMG TJSP TJPR TJRS TJRJ Execução Conhecimento Eleitoral 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 8 12 12 13 16 16 18 23 25 26 1 7 8 11 15 18 20 23 36 40 66 6 14 16 19 24 Eleitoral TRE−DF TRE−MS TRE−RO TRE−AL TRE−AC TRE−ES TRE−MT TRE−RR TRE−TO TRE−AP TRE−SE TRE−BA TRE−PA TRE−PE TRE−AM TRE−GO TRE−SC TRE−MA TRE−CE TRE−PI TRE−PB TRE−RN TRE−RJ TRE−RS TRE−MG TRE−PR TRE−SP Execução Conhecimento Trabalho 43 25 32 54 29 38 47 78 48 43 110 74 37 40 31 37 40 59 50 49 41 48 35 39 40 105 51 56 58 60 70 87 87 91 96 157 166 72 81 90 91 91 101 106 110 81 86 113 149 161 Trabalho TRT13 TRT14 TRT21 TRT23 TRT19 TRT17 TRT11 TRT24 TRT20 TRT22 TRT16 TRT8 TRT5 TRT10 TRT18 TRT6 TRT9 TRT7 TRT12 TRT4 TRT3 TRT1 TRT2 TRT15 Execução Conhecimento 55 1 0 1 1 47 60 34 49 69 32 117 17 13 16 19 183 83 156 158 191 250 Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Federal Federal TRF2 TRF5 TRF4 TRF3 TRF1 Execução Conhecimento Militar Estadual Execução Conhecimento Poder Judiciário Execução Conhecimento 167 5.3.3 Indicadores de desempenho nas fases de conhecimento e execução Neste tópico são comparados os indicadores de desempenho entre as fases de conhecimento e de execução no primeiro grau, considerando a taxa de congestionamento e o índice de atendimento à demanda (IAD). A Figura 121 mostra que o índice de atendimento à demanda na fase de conhecimento foi superior a 100% ao longo de toda série histórica e obteve alta significativa, em 2019, atingindo o maior valor: 127%. Na fase de execução, o IAD superou pela primeira vez na série histórica o patamar mínimo necessário de 100%, com significativo avanço em 2019, passando de 96,9% para 107%. Esse fator propiciou a redução verificada nos casos pendentes de execução, uma vez que o quantitativo de processos baixados foi superior ao montante de casos novos. Os indicadores por tribunal podem ser visualizados na Figura 122. Figura 121: Série histórica do índice de atendimento à demanda 107% 108% 106% 102% 101% 102% 107% 107% 118% 125% 127% 99% 87% 87% 90% 92% 92% 93% 87% 85% 97% 107%104% 101% 99% 99% 98% 99% 104% 101% 107% 114% 119% Conhecimento Execução 1º grau 0% 26% 52% 78% 104% 130% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 168 Figura 122: Índice de Atendimento à Demanda nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal Estadual 122% 65% 84% 86% 93% 108% 109% 118% 99% 97% 112% 95% 123% 78% 157% 98% 109% 120% 161% 129% 173% 145% 193% 85% 95% 137% 95% 245% 126% 86% 87% 94% 101% 104% 113% 115% 121% 122% 126% 132% 140% 99% 116% 118% 121% 128% 129% 134% 145% 146% 150% 89% 95% 114% 147% 150% Estadual TJTO TJAP TJPI TJMS TJRO TJRR TJAM TJRN TJAC TJPB TJSE TJAL TJDFT TJPE TJCE TJMT TJBA TJGO TJMA TJPA TJSC TJES TJRS TJPR TJMG TJSP TJRJ Execução Conhecimento Eleitoral 516% 800% 700% 200% 1.600% 1.500% 1.500% 1.200% 950% 322% 1.600% 600% 600% 680% 33% 333% 50% 175% 779% 1.533% 580% 55% 167% 36% 120% 129% 139% 139% 146% 150% 155% 158% 166% 176% 116% 132% 151% 152% 160% 162% 177% 190% 222% 241% 310% 150% 178% 182% 182% 201% Eleitoral TRE−DF TRE−RR TRE−MS TRE−AC TRE−SE TRE−AL TRE−ES TRE−AP TRE−RO TRE−TO TRE−MT TRE−PA TRE−CE TRE−PB TRE−AM TRE−PE TRE−GO TRE−PI TRE−SC TRE−MA TRE−RN TRE−BA TRE−SP TRE−MG TRE−PR TRE−RJ TRE−RS Execução Conhecimento Trabalho 115% 137% 102% 153% 130% 131% 303% 127% 145% 143% 123% 123% 119% 123% 113% 118% 75% 126% 100% 127% 131% 196% 82% 78% 95% 127% 97% 105% 111% 116% 117% 122% 124% 125% 135% 144% 168% 106% 108% 109% 122% 125% 127% 127% 131% 115% 117% 131% 131% 143% Trabalho TRT14 TRT13 TRT21 TRT19 TRT23 TRT11 TRT17 TRT22 TRT24 TRT20 TRT16 TRT18 TRT8 TRT7 TRT5 TRT10 TRT12 TRT6 TRT9 TRT4 TRT3 TRT1 TRT15 TRT2 Execução Conhecimento 107% 15% 6% 14% 31% 50% 121% 63% 73% 169% 17% 127% 103% 87% 102% 117% 130% 85% 94% 105% 162% 163% Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Federal Federal TRF2 TRF5 TRF4 TRF3 TRF1 Execução Conhecimento Militar Estadual Execução Conhecimento Poder Judiciário Execução Conhecimento 169 A série histórica da taxa de congestionamento apresentada na Figura 123 aponta para valores relativamente estáveis ao longo dos anos, com decréscimo em 2019. Desconsiderados os processos de execução, a taxa de con- gestionamento do 1º grau do Judiciário cairia dos atuais 70% para 58%. Retirando também os processos suspensos, sobrestados e em arquivo provisório, a taxa líquida de congestionamento chegaria a 56% na fase de conhecimento. Em todos os segmentos de justiça, a taxa de congestionamento da fase de execução supera a da fase de conheci- mento, com diferença que chega a 24 pontos percentuais no total e que varia bastante por tribunal. Desconsideradas as justiças Eleitoral e Militar Estadual, a maior diferença é de 53 pontos percentuais, no TRT2. Figura 123: Série histórica da taxa de congestionamento 62,7% 61,7% 62,1% 61,6% 63,7% 62,3% 64,6% 64,2% 62,3% 61,5% 58,5% 62,5% 61,7% 59,6% 59,0% 55,9% 83,6% 87,2% 85,4% 85,5% 85,2% 85,9% 86,8% 87,3% 86,9% 85,1% 82,4% 81,8% 85,8% 83,8% 83,7% 83,4% 84,2% 84,9% 84,7% 83,8% 81,6% 78,1% � � � � � � � � � � � 72,0% 73,5% 73,1% 72,7% 73,6% 73,3% 74,9% 75,0% 74,0% 73,1% 70,3% � Conhecimento Conhecimento líquida Execução Execução líquida 1º grau 0,0% 17,6% 35,2% 52,8% 70,4% 88,0% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 170 Figura 124: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal Estadual 82% 61% 66% 63% 68% 77% 76% 89% 83% 85% 68% 85% 83% 82% 80% 76% 76% 74% 77% 73% 85% 79% 84% 87% 82% 72% 82% 84% 63% 43% 48% 51% 52% 54% 55% 60% 62% 64% 65% 69% 74% 43% 61% 61% 63% 64% 65% 65% 66% 67% 70% 54% 65% 66% 68% 71% Estadual TJRR TJSE TJRO TJAP TJAC TJRN TJAM TJTO TJMS TJAL TJPB TJPI TJDFT TJSC TJMT TJES TJBA TJPE TJGO TJMA TJCE TJPA TJSP TJRJ TJMG TJRS TJPR Execução Conhecimento Eleitoral 80% 83% 100%71% 63% 84% 60% 76% 45% 96% 85% 81% 76% 69% 78% 47% 95% 80% 87% 81% 88% 89% 98% 78% 75% 69% 66% 93% 21% 6% 10% 18% 18% 20% 21% 23% 23% 25% 28% 71% 11% 18% 18% 18% 21% 25% 31% 36% 38% 52% 60% 8% 9% 15% 18% 31% Eleitoral TRE−MT TRE−TO TRE−RR TRE−RO TRE−AP TRE−AL TRE−MS TRE−SE TRE−AC TRE−ES TRE−DF TRE−PE TRE−GO TRE−PB TRE−SC TRE−RN TRE−MA TRE−CE TRE−PA TRE−AM TRE−BA TRE−PI TRE−PR TRE−MG TRE−RS TRE−SP TRE−RJ Execução Conhecimento Trabalho 73% 63% 39% 57% 65% 71% 74% 81% 73% 67% 65% 75% 62% 67% 63% 75% 83% 71% 70% 72% 84% 57% 73% 70% 77% 35% 24% 26% 27% 28% 28% 30% 32% 32% 35% 39% 41% 22% 25% 32% 32% 32% 34% 37% 43% 30% 31% 40% 41% 42% Trabalho TRT14 TRT11 TRT22 TRT21 TRT16 TRT13 TRT19 TRT23 TRT17 TRT24 TRT20 TRT8 TRT18 TRT12 TRT7 TRT10 TRT9 TRT6 TRT5 TRT2 TRT3 TRT15 TRT4 TRT1 Execução Conhecimento 82% 93% 93% 85% 98% 88% 91% 84% 90% 79% 83% 58% 41% 25% 50% 60% 48% 41% 42% 53% 55% 55% Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMMG TJMRS Federal Federal TRF1 TRF5 TRF3 TRF2 TRF4 Execução Conhecimento Militar Estadual Execução Conhecimento Poder Judiciário Execução Conhecimento 171 6 Índice de conciliação O índice de conciliação é dado pelo percentual de sentenças e decisões resolvidas por homologação de acordo em relação ao total de sentenças e decisões terminativas proferidas. A conciliação é uma política adotada pelo CNJ desde 2006, com a implantação do Movimento pela Conciliação, em agosto daquele ano. Anualmente, o Conselho promove as Semanas Nacionais pela Conciliação, em que os tribunais são incentivados a juntar as partes e promover acordos nas fases pré-processual e processual. Por intermédio da Resolução CNJ nº 125/2010, foram criados os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) e os Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), que visam fortalecer e estruturar unidades destinadas ao atendimento dos casos de conciliação. No fim de 2018 e início de 2019, importantes avanços ocorreram na área, com fortalecimento do programa “Resolve”, que visa a realização de projetos e de ações que incentivem a autocomposição de litígios e a pacificação social por meio da conciliação e da mediação12; além da classificação dos CEJUSCs no conceito de unidade judiciária, pela edição da Resolução CNJ nº 219/2016, tornando obrigatório o cálculo da lotação paradigma em tais unidades. O Regulamento da Semana da Conciliação de 2020 traz importantes inovações na área de estatística para o tema. Pela primeira vez a premiação será calculada com a utilização do DataJud. Além disso, as Tabelas Processuais Unificadas foram adaptadas para permitir a medição de itens até então indisponíveis. O Regulamento criou um novo índice composto, denominado por ICoC – Índice de Composição de Conflitos, que por segmento de justiça analisará a efetividade da conciliação em seis etapas: a) remessa de processos aos CEJUSCs ou Câmaras de Conciliação/ Medição, como incentivo a promover a conciliação nestas unidades específicas; b) realização de audiências nos CEJUSC ou nas Câmaras de Conciliação/Mediação; c) índice de realização da audiências previstas no art. 334 do Código de Processo Civil – CPC; d) audiências (exceto as do art. 334) realizadas nas varas, juizados especiais, tri- bunais e turmas recursais; e) percentual de sentenças homologatórias de acordo em relação ao total de sentenças (não criminais); e f) índice de transação penal, composição civil e de acordos de não persecução penal. No fim de 2019, havia na Justiça Estadual 1.284 CEJUSCs instalados. A Figura 126 indica o número de CEJUSCs em cada Tribunal de Justiça. Esse número tem crescido ano após ano. Em 2014, eram 362 CEJUSCs, em 2015 a estrutura cresceu em 80,7% e avançou para 654 centros. Em 2016, o número de unidades aumentou para 808, em 2017 para 982 e em 2018 para 1.088. Na Figura 125 está exposto o percentual de sentenças homologatórias de acordo, comparativamente ao total de sentenças e decisões terminativas proferidas. Em 2019, 12,5% dos julgados foram por meio de sentenças homologa- tórias de acordo, índice que aponta para redução pelo terceiro ano consecutivo. Na fase de execução, as sentenças homologatórias de acordo corresponderam, em 2019, a 6,1% do total de sentenças, e na fase de conhecimento, a 19,6%. Há de se destacar o impacto do novo Código de Processo Civil (CPC), que entrou em vigor em março de 2016 e tornou obrigatória a realização de audiência prévia de conciliação e mediação. Em três anos, o número de sentenças homologatórias de acordo cresceu 5,6%, passando de 3.680.138 no ano de 2016 para 3.887.226 em 2019. Em relação ao ano anterior, houve aumento de 228.782 sentenças homologatórias de acordo (6,3%). 12 Informações disponíveis no relatório de atividades do CNJ no primeiro semestre de 2019 http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2019/07/eeed- 4439ca6ed4cbc59ea885da5f2269.pdf. Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle 172 Figura 125: Série histórica do índice de conciliação 17,2% 20,5% 20,1% 19,5% 19,6% 3,5% 5,0% 6,2% 6,0% 6,1% 0,3% 0,4% 0,7% 0,9% 1,3% 11,1% 13,6% 13,5% 12,7% 12,5% � � � � � � Conhecimento Execução 2º grau Total 0,0% 4,2% 8,4% 12,6% 16,8% 21,0% 2015 2016 2017 2018 2019 Figura 126: Centros Judiciários de Solução de Conflitos na Justiça Estadual, por tribunal TJAM TJRR TJMS TJAL TJRN TJAP TJSE TJPI TJAC TJRO TJPB TJTO TJES TJPA TJPE TJMA TJDFT TJSC TJCE TJMT TJGO TJBA TJRJ TJRS TJPR TJMG TJSP 7 8 9 10 12 14 16 20 24 26 34 41 12 13 22 23 29 36 41 43 83 150 33 46 135 166 231 0 50 100 150 200 250 A Justiça que mais faz conciliação é a Trabalhista, que solucionou 24% de seus casos por meio de acordo — valor que aumenta para 39% quando apenas a fase de conhecimento de primeiro grau é considerada. O TRT18 apresentou 173 o maior índice de conciliação do Poder Judiciário, com 31% de sentenças homologatórias de acordo. Ao considerar apenas a fase de conhecimento do 1º grau, o maior percentual é verificado no TRT19, com 46%. Na fase de conhecimento dos juizados especiais, o índice de conciliação foi de 20%, sendo de 23% na Justiça Estadual e de 12% na Justiça Federal. Na execução dos juizados especiais, os índices são menores e alcançam 21%. No 1º grau, a conciliação foi de 14,3%. No 2º grau, a conciliação é praticamente inexistente, apresentando índices muito baixos em todos os segmentos de justiça (Figura 128). As sentenças homologatórias de acordo representaram, em 2019, apenas 1,3% do total de processos julgados. O tribunal com maior índice de acordos no 2º grau é o TRT11, com 9,8%. Não houve variações significativas no indicador de conciliação no 2º e 1º graus em relação ao ano anterior, obser- vando-se aumento de 0,4 ponto percentual no 2º grau e aumento de 0,4 ponto percentual no 1º grau. A Figura 129 apresenta o indicador de conciliação por tribunal, distinguindo as fases de conhecimento e de execução. As maiores diferenças entre as fases são observadas na Justiça Trabalhista, que possui 39% no conhe- cimento e 10% na execução, ou seja, diferença de quase 30 pontos percentuais. Na Justiça Estadual, os índices são de 18% no conhecimento e de 4% na execução. A Justiça Federal apresenta situação diversa, uma vez que o índice de conciliação na fase de execução (31%) é superior à de conhecimento (11%), reflexo especialmente dos valores informados pelos TRFs da 3ª e 5ª Regiões. Ao considerar o índice de conciliação total, incluindo os procedimentos pré-processuais e as classes processuais que não são contabilizadas neste relatório (por exemplo, inquéritos, reclamação pré-processual, termos circuns- tanciados, cartas precatórias, precatórios, requisições de pequeno valor, entre outros), há redução no índice de conciliação de 12,5% para 9,6%. A maior redução ocorre na Justiça Estadual quanto ao total do segmento (de 11,3% para 8,2%), mas os números mudam nas avaliaçõespor tribunal. A Justiça do Trabalho também apresentou redução, passando de 23,7% para 22,8%. Na Justiça Federal, os indicadores aumentam de 10,6% para 10,9% (Figura 130). Nathalie Dalle Nathalie Dalle 174 Figura 127: Índice de conciliação, por tribunal Estadual TJPB TJRO TJTO TJPI TJAM TJAL TJRN TJAC TJRR TJAP TJMS TJSE TJGO TJBA TJMT TJSC TJMA TJCE TJPE TJES TJPA TJDFT TJSP TJRS TJPR TJRJ TJMG Estadual 11,3% 6,4% 11,3% 12,2% 12,7% 12,7% 12,8% 12,9% 13,3% 15,7% 15,8% 21,5% 24,8% 2,4% 6,9% 10,1% 10,1% 11,6% 12,3% 12,7% 12,7% 13,6% 14,6% 7,9% 11,5% 13,0% 13,7% 16,1% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% Eleitoral TRE−AC TRE−DF TRE−SE TRE−TO TRE−MS TRE−RO TRE−MT TRE−AL TRE−ES TRE−RR TRE−AP TRE−CE TRE−MA TRE−RN TRE−AM TRE−PB TRE−SC TRE−PE TRE−PA TRE−GO TRE−PI TRE−BA TRE−RS TRE−RJ TRE−PR TRE−SP TRE−MG Eleitoral 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1% 0,8% 1,2% 2,1% 4,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,2% 0,3% 0,3% 0,4% 0,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 2,5% 0% 1% 2% 3% 4% 5% Trabalho TRT16 TRT22 TRT17 TRT20 TRT11 TRT21 TRT13 TRT14 TRT24 TRT19 TRT23 TRT5 TRT10 TRT8 TRT6 TRT12 TRT9 TRT7 TRT18 TRT1 TRT15 TRT3 TRT4 TRT2 Trabalho 23,7% 16,0% 17,2% 18,7% 19,5% 19,9% 19,9% 20,7% 24,5% 26,5% 27,2% 27,2% 17,5% 21,1% 22,5% 24,6% 26,0% 27,3% 27,9% 31,0% 22,2% 22,3% 22,6% 23,8% 26,8% 0% 10% 20% 30% 40% Poder Judiciário Federal Poder Judiciário Federal TRF2 TRF4 TRF1 TRF5 TRF3 12,5% 10,6% 4,9% 6,6% 11,0% 13,3% 15,2% 0% 5% 10% 15% 0% 5% 10% 15% 175 Figura 128: Índice de conciliação por grau de jurisdição, por tribunal Eleitoral 0,0% 0,0% 0,0% 0,4% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,5% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,2% 0,9% 1,3% 4,5% 6,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1% 0,3% 0,3% 0,3% 0,4% 1,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 13,3% Eleitoral TRE−AC TRE−DF TRE−MS TRE−SE TRE−TO TRE−RO TRE−MT TRE−AL TRE−ES TRE−RR TRE−AP TRE−CE TRE−MA TRE−RN TRE−AM TRE−PB TRE−SC TRE−PA TRE−PE TRE−GO TRE−PI TRE−BA TRE−RJ TRE−RS TRE−PR TRE−SP TRE−MG 2º grau 1º grau Estadual 0,6% 0,8% 0,7% 0,1% 1,0% 0,5% 1,0% 0,2% 0,7% 4,0% 0,6% 0,0% 0,6% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,3% 1,2% 1,4% 1,8% 0,4% 0,9% 0,9% 0,5% 0,7% 0,2% 0,2% 12,3% 6,7% 12,1% 13,2% 13,6% 13,7% 13,8% 14,0% 14,1% 15,9% 17,3% 24,5% 27,0% 2,5% 7,1% 11,4% 11,7% 12,5% 13,0% 13,3% 13,4% 14,6% 16,6% 8,9% 13,3% 13,9% 14,4% 17,7% Estadual TJPB TJRO TJAM TJAL TJPI TJAC TJTO TJRN TJAP TJRR TJMS TJSE TJGO TJBA TJSC TJMT TJMA TJCE TJES TJPE TJPA TJDFT TJSP TJRS TJPR TJRJ TJMG 2º grau 1º grau Trabalho 1,3% 0,0% 0,1% 0,8% 9,8% 0,4% 0,0% 0,4% 0,1% 5,0% 0,5% 0,0% 1,0% 0,4% 0,2% 1,7% 8,0% 1,3% 0,4% 0,0% 1,5% 1,0% 3,2% 0,8% 0,1% 31,0% 19,8% 21,7% 24,9% 25,1% 25,7% 27,4% 27,4% 29,3% 31,9% 32,6% 35,6% 22,9% 27,8% 28,4% 29,4% 31,3% 33,7% 35,6% 38,1% 28,9% 30,1% 30,9% 32,2% 34,9% Trabalho TRT16 TRT22 TRT21 TRT11 TRT17 TRT20 TRT13 TRT14 TRT24 TRT19 TRT23 TRT5 TRT10 TRT8 TRT6 TRT7 TRT12 TRT9 TRT18 TRT3 TRT1 TRT4 TRT15 TRT2 2º grau 1º grau 1,3% 4,0% 0,4% 1,4% 7,1% 2,9% 5,5% 14,3% 11,7% 5,7% 7,6% 11,6% 14,0% 17,1% Poder Judiciário Federal Poder Judiciário Federal TRF2 TRF4 TRF1 TRF5 TRF3 2º grau 1º grau 2º grau 1º grau 176 Figura 129: Índice de conciliação nas fases de execução e de conhecimento, no primeiro grau, por tribunal Estadual 4,2% 0,3% 0,0% 6,9% 11,7% 8,6% 2,5% 1,6% 12,6% 4,3% 10,2% 49,3% 14,3% 1,1% 0,0% 11,2% 5,5% 0,0% 8,0% 13,3% 3,3% 12,1% 3,1% 13,3% 2,7% 7,0% 12,4% 0,6% 18,1% 8,3% 15,0% 15,2% 15,8% 16,9% 17,3% 18,2% 18,4% 18,7% 19,4% 19,8% 28,7% 3,1% 11,4% 12,0% 15,0% 15,0% 15,1% 15,4% 16,4% 18,9% 19,3% 14,8% 15,0% 19,0% 20,1% 35,5% Estadual TJPB TJPI TJAM TJRN TJAC TJRO TJTO TJAP TJAL TJRR TJSE TJMS TJGO TJBA TJMT TJCE TJMA TJES TJPA TJSC TJDFT TJPE TJRS TJSP TJPR TJMG TJRJ Execução Conhecimento Trabalho 9,8% 7,8% 73,5% 8,0% 15,5% 8,9% 5,1% 6,3% 12,9% 18,8% 9,7% 5,8% 9,6% 14,6% 8,1% 11,4% 5,5% 17,8% 7,2% 13,5% 9,2% 11,7% 7,2% 6,9% 10,6% 39,0% 23,9% 24,7% 29,2% 29,9% 32,9% 34,2% 34,9% 38,3% 39,8% 43,2% 46,3% 29,0% 32,9% 38,1% 39,9% 40,3% 44,7% 45,1% 46,0% 34,4% 39,3% 40,7% 42,0% 42,2% Trabalho TRT16 TRT20 TRT11 TRT17 TRT21 TRT13 TRT22 TRT14 TRT23 TRT24 TRT19 TRT5 TRT10 TRT8 TRT7 TRT6 TRT18 TRT12 TRT9 TRT1 TRT15 TRT3 TRT4 TRT2 Execução Conhecimento 6,1% 31,4% 1,5% 63,1% 73,1% 7,0% 8,8% 19,6% 10,7% 8,4% 8,5% 8,8% 10,1% 14,7% Poder Judiciário Federal Federal TRF2 TRF5 TRF3 TRF4 TRF1 Execução Conhecimento Poder Judiciário Execução Conhecimento 177 Figura 130: Índice de conciliação total, incluída a fase pré-processual, por tribunal Federal Estadual TJPB TJRO TJAL TJAM TJRN TJTO TJPI TJAC TJRR TJMS TJAP TJSE TJGO TJMT TJSC TJBA TJMA TJES TJCE TJPE TJPA TJDFT TJRJ TJSP TJRS TJPR TJMG Estadual 8,2% 6,1% 12,1% 12,3% 12,6% 13,0% 13,4% 14,4% 16,6% 16,7% 19,0% 22,6% 24,3% 2,7% 8,9% 9,9% 10,6% 11,9% 12,1% 12,2% 12,5% 12,9% 13,4% 4,8% 7,6% 10,0% 10,9% 15,4% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% Trabalho TRT16 TRT22 TRT17 TRT20 TRT21 TRT13 TRT14 TRT11 TRT19 TRT23 TRT24 TRT5 TRT10 TRT8 TRT6 TRT12 TRT7 TRT9 TRT18 TRT1 TRT3 TRT15 TRT4 TRT2 Trabalho 22,8% 16,0% 17,2% 18,7% 19,5% 19,9% 20,5% 22,4% 24,4% 25,5% 25,9% 26,5% 17,2% 21,1% 22,5% 24,3% 26,6% 26,9% 27,3% 31,3% 19,1% 19,9% 20,6% 23,8% 26,8% 0% 10% 20% 30% Poder Judiciário Poder Judiciário Federal TRF2 TRF4 TRF1 TRF3 TRF5 9,6% 10,9% 4,9% 6,5% 10,8% 14,8% 16,2% 0% 5% 10% 15% 0% 5% 10% 15% 20% 178 7 Tempos de tramitação dos processos Os tempos de tramitação dos processos são apresentados a partir de três indicadores: o tempo médio da inicial até a sentença, o tempo médio da inicial até a baixa e a duração média dos processos que ainda estavam pendentes em 31/12/2019. Essas estimativas guardam limitações metodológicas. A principal delas está no uso da média como medida esta- tística para representar o tempo. A média é fortemente influenciada por valores extremos, por isso pode apresentar distorções quando são resumidos em um único indicador os resultados de informações extremamente heterogê- neas. Para que a análise de tempo fosse mais adequada, seria importante recorrer aos quantis, boxplots e curvas de sobrevivência, considerando, por exemplo, o agrupamento de processos semelhantes, segundo classe e assunto, de forma a diminuir a heterogeneidade e a dispersão. Desse modo, seria imprescindível recorrer aos dados de cada processo e não de forma agregada. O diagrama apresentado na Figura 131 demonstra o tempo em cada fase do processo e em cada instância do Poder Judiciário. Nota-se que nem todos os processos seguem a mesma trajetória e, portanto, os tempos não podem ser somados. Por exemplo, alguns casos ingressam no primeiro grau e são finalizados nessa mesma instância. Outros, recorrem até a última instância possível. Alguns processos se findam na fase de conhecimento, outros seguem até a fase de execução. Em geral, o tempo médio do acervo (processos pendentes) é maior que o tempo da baixa, com poucos casos de inversão desse resultado. As maiores faixas de duração estão concentradas no tempo do processo pendente, em específico na fase de execução da Justiça Federal (7 anos e 8 meses) e da Justiça Estadual (6 anos e 9 meses). As execuções penais foram excluídas do cômputo, uma vez que os processos desse tipo são mantidos no acervo até que as penas sejam cumpridas. 179 Figura 131: Diagrama do tempo de tramitação do processo 1a 7m 8a 3m 2a e 10m 3a e 9m 8a e 4m7a 10m Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Juizados Especiais Estaduais Conhecimento 9m 1a e 2m 1a e 7m 1a e 6m 1a e 10m 2a e 3mExecução Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 4 5 6 7 8 9 Varas do Trabalho Conhecimento 8m 3a e 11m2a e 6m Tribunais Superiores 2º Grau Turmas Recursais Juizados Especiais 1a 1a e 1m 4a e 10mExecução Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Turma Recursal Estadual 7m 8m 1a e 10m Anos 0 1 2 3 Tribunais de Justiça Estaduais 8m 1a 2a 6m Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9Juizados Especiais Federais Conhecimento Execução 4 5 6 7 8 9 Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Zonas Eleitorais Auditorias Militares Estaduais 8m 10m 1a e 10m Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Varas Estaduais Conhecimento 2a e 5m 4a e 9m 6a e 11m 7a 1º Grau 3a e 7m 4a e 2m Execução Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Varas Federais Conhecimento 1a 1a e 10m7m 1a e 9m1a e 5m 11m Execução Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Turma Recursal Federal 1a e 3m 1a e 9m 2a e 8m Anos 0 1 2 3 Tribunais Regionais Federais 2a 2a e 5m2a e 4m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunais de Justiça Militares 4m 6m 7m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunais Regionais do Trabalho 5m 10m 1a 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Superior Tribunal de Justiça 9m 1a e 6m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunal Superior do Trabalho 1a e 4m 1a e 6m 2a e 1m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunal Superior Eleitoral 7m 1a e 1m 1a e 4m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Superior Tribunal Militar 8m 1a 3m1a 2m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunais Regionais Eleitorais 11m 1a 1a e 7m sentença baixa pendente sentença baixa pendente sentença baixa pendente sentença baixa pendente sentença baixa pendente 1a e 1m Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Conhecimento 1a e 8m1a e 4m 1a e 4m11m 2a e 2mExecução 180 1a 7m 8a 3m 2a e 10m 3a e 9m 8a e 4m7a 10m Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Juizados Especiais Estaduais Conhecimento 9m 1a e 2m 1a e 7m 1a e 6m 1a e 10m 2a e 3mExecução Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 4 5 6 7 8 9 Varas do Trabalho Conhecimento 8m 3a e 11m2a e 6m Tribunais Superiores 2º Grau Turmas Recursais Juizados Especiais 1a 1a e 1m 4a e 10mExecução Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Turma Recursal Estadual 7m 8m 1a e 10m Anos 0 1 2 3 Tribunais de Justiça Estaduais 8m 1a 2a 6m Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Juizados Especiais Federais Conhecimento Execução 4 5 6 7 8 9 Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Zonas Eleitorais Auditorias Militares Estaduais 8m 10m 1a e 10m Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Varas Estaduais Conhecimento 2a e 5m 4a e 9m 6a e 11m 7a 1º Grau 3a e 7m 4a e 2m Execução Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Varas Federais Conhecimento 1a 1a e 10m7m 1a e 9m1a e 5m 11m Execução Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Turma Recursal Federal 1a e 3m 1a e 9m 2a e 8m Anos 0 1 2 3 Tribunais Regionais Federais 2a 2a e 5m2a e 4m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunais de Justiça Militares 4m 6m 7m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunais Regionais do Trabalho 5m 10m 1a 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Superior Tribunal de Justiça 9m 1a e 6m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunal Superior do Trabalho 1a e 4m 1a e 6m 2a e 1m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunal Superior Eleitoral 7m 1a e 1m 1a e 4m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Superior Tribunal Militar 8m 1a 3m1a 2m 4 5 6 7 8 9Anos 0 1 2 3 Tribunais Regionais Eleitorais 11m 1a 1a e 7m sentença baixa pendente sentença baixa pendente sentença baixa pendente sentença baixa pendente sentença baixa pendente 1a e 1m Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Conhecimento 1a e 8m1a e 4m 1a e 4m11m 2a e 2mExecução 181 Na Figura 132 é indicada a série histórica do tempo médio de duração dos processos. Observa-se que o tempo da inicial até a baixa e o tempo do processo pendente aumentaram no último ano, enquanto o tempo da inicial até a sentença permanece constante nos últimos dois anos. As séries históricas por ramo de justiça constam na Figura 134. Os tribunais superiores e as Justiças Eleitoral e Militar Estadual se destacam por apresentar tempo médio do acervo inferior a 2 anos. O tempo médio do acervo da Justiça do Trabalho aumentou no último ano e pela primeira vez na série histórica foi superior a 3 anos. Já a Justiças Estadual e Federal apresentam acervo de, em média, 5 anos e 4 meses. A Figura 133 mostra essa mesma informação detalhada por ramo de justiça no ano de 2019. Figura 132: Série histórica do tempo médio de duração dos processos 1a e 6m 1a e 10m 2a e 2m 2a e 2m 2a e 2m 2a e 7m 2a e 5m 2a e 9m 3a 3a e 3m 5a e 6m 5a e 5m 5a 4a e 10m 5a e 2m Sentença Baixado Acervo 0a 1a e 2m 2a e 4m 3a e 5m 4a e 7m 5a e 9m 2015 2016 2017 2018 2019 Nathalie Dalle Nathalie Dalle 182 Figura 133: Série histórica do tempo médio de duração dos processos, por justiça Estadual 1a e 9m 2a e 1m 2a e 7m 2a e 6m 2a e 5m 3a 2a e 11m 3a e 5m 3a e 6m 3a e 8m 5a e 11m 5a e 10m 5a e 2m 4a e 11m 5a e 4m 3m 1a e 5m 2a e 7m 3a e 9m 4a e 10m 6a 2015 2016 2017 2018 2019 Superior 11m 1a 1a 1a 11m 1a e 2m 1a e 3m 1a e 4m 1a e 3m 1a e 6m 1a e 10m 2a 2a e 1m 2a e 1m 1a e 10m 3m 1a e 5m 2a e 7m 3a e 9m 4a e 10m 6a 2015 2016 2017 2018 2019 Trabalho 11m 11m 11m 1a e 1m 1a e 6m1a e 4m 1a e 3m 1a e 3m 1a e 4m 1a e 4m 2a e 6m 2a e 6m 2a e 4m 2a e 6m 3a e 1m 3m 1a e 5m 2a e 7m 3a e 9m 4a e 10m 6a 2015 2016 2017 2018 2019 Eleitoral 9m 3m 7m 9m 8m 1a e 1m 4m 8m 10m 10m 1a e 11m 7m 1a e 6m 1a e 1m 1a e 9m 3m 1a e 5m 2a e 7m 3a e 9m 4a e 10m 6a 2015 2016 2017 2018 2019 Federal 1a e 7m 1a e 9m 2a 2a e 1m 2a 2a e 3m 2a e 3m 2a e 5m 2a e 7m 2a e 8m 4a e 9m 5a 5a e 5m 5a e 6m 5a e 4m Sentença Baixado Acervo 3m 1a e 5m 2a e 7m 3a e 9m 4a e 10m 6a 2015 2016 2017 2018 2019 Militar Estadual 9m 8m 8m 5m 8m 1a 11m 1a e 1m 9m 1a e 1m 11m 1a e 1m 11m 11m 10m 3m 1a e 5m 2a e 7m 3a e 9m 4a e 10m 6a 2015 2016 2017 2018 2019 183 Figura 134: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados, por tribunal Estadual 3a e 8m 1a e 1m 1a e 5m 1a e 6m 1a e 9m 2a e 5m 1a e 3m 1a e 9m 3a e 2m 3a e 1m 2a e 4m 2a e 1m 2a e 4m 1a 2a e 5m 3a 4a e 6m 2a e 6m 4a 4a e 2m 3a e 9m 3a e 9m 3a e 2m 2a e 3m 2a e 5m 2a e 11m 5a e 4m 5a 5a e 4m 1a e 5m 1a e 8m 1a e 9m 2a e 7m 2a e 8m 2a e 9m 2a e 11m 3a 4a e 2m 4a e 5m 4a e 11m 6a e 2m 1a e 5m 3a e 3m 3a e 5m 3a e 11m 4a 4a e 3m 4a e 3m 4a e 3m 5a e 2m 5a e 2m 3a e 1m 3a e 2m 5a e 8m 6a e 7m 7a Estadual TJAP TJSE TJRO TJRR TJRN TJAC TJTO TJPI TJPB TJAL TJMS TJAM TJDFT TJMT TJMA TJBA TJGO TJES TJPE TJCE TJPA TJSC TJRS TJMG TJPR TJRJ TJSP Baixados Pendentes Eleitoral 10m 8m 1a e 5m 1a e 4m 8m 11m 7m 9m 1a e 3m 1a e 1m 1a e 1m 1a 7m 10m 7m 10m 1a e 1m 1a e 6m 11m 1a e 6m 10m 1a e 3m 1a e 9m 10m 5m 8m 8m 1a 1a e 9m 1a e 5m 1a e 6m 1a e 7m 1a e 7m 1a e 8m 1a e 10m 1a e 11m 1a e 11m 2a e 1m 2a e 4m 2a e 9m 11m 11m 1a e 6m 1a e 7m 1a e 8m 1a e 8m 1a e 10m 1a e 10m 2a e 5m 2a e 6m 3a e 5m 1a e 2m 1a e 3m 1a e 6m 1a e 7m 2a e 3m Eleitoral TRE−SE TRE−DF TRE−ES TRE−MS TRE−AL TRE−TO TRE−AC TRE−RR TRE−RO TRE−MT TRE−AP TRE−PB TRE−AM TRE−SC TRE−PE TRE−PA TRE−PI TRE−CE TRE−RN TRE−GO TRE−BA TRE−MA TRE−RJ TRE−PR TRE−RS TRE−SP TRE−MG Baixados Pendentes Trabalho 1a e 4m 1a e 4m 1a e 3m 1a 1a e 8m 2a e 9m 1a e 6m 2a e 3m 1a e 1m 1a e 11m 9m 2a e 8m 2a e 3m 1a e 2m 10m 1a e 6m 1a e 2m 1a e 1m 1a e 2m 1a e 1m 1a e 2m 1a e 8m 1a e 2m 1a e 4m 9m 3a e 1m 10m 1a 2a 2a 2a e 3m 2a e 6m 2a e 6m 2a e 9m 2a e 10m 4a e 1m 5a e 8m 1a 1a e 6m 1a e 8m 2a e 3m 2a e 10m 3a e 2m 3a e 11m 4a e 4m 1a e 4m 1a e 8m 2a e 4m 3a e 9m 5a e 6m Trabalho TRT13 TRT21 TRT11 TRT22 TRT17 TRT20 TRT24 TRT14 TRT16 TRT23 TRT19 TRT12 TRT6 TRT7 TRT5 TRT18 TRT10 TRT9 TRT8 TRT15 TRT3 TRT1 TRT4 TRT2 Baixados Pendentes 3a e 3m 1a e 1m 9m 1a e 8m 1a e 3m 2a e 8m 2a e 7m 1a e 6m 2a e 4m 2a e 5m 3a e 9m 1a e 6m 1a e 1m 1a e 3m 1a e 6m 5a e 2m 10m 6m 8m 1a e 7m 5a e 4m 4a e 2m 4a e 2m 4a e 3m 5a e 3m 7a e 5m 1a e 10m 7m 1a e 2m 1a e 6m 2a e 1m Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal TRF4 TRF5 TRF1 TRF2 TRF3 Superior Superiores TSE STM STJ TST Baixados Pendentes Federal Baixados Pendentes Militar Estadual Baixados Pendentes Poder Judiciário Baixados Pendentes 184 Na Figura 135, compara-se o tempo do recebimento da ação até o julgamento da sentença entre o 1º grau e o 2º grau. Enquanto no 1º grau a média é de 3 anos e 2 meses, no 2º grau esse tempo é reduzido para menos de um terço: 10 meses. A fase de conhecimento, na qual o juiz tem de vencer a postulação das partes e a dilação probatória para chegar àsentença, é mais célere que a fase de execução, que não envolve atividade de cognição, somente de concretização do direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial. A Figura 136 ilustra esse aspecto observável para a maior parte dos tribunais. Para receber uma sentença, o pro- cesso leva, desde a data de ingresso, quase o triplo de tempo na fase de execução (4 anos e 3 meses) comparada à fase de conhecimento (1 ano e 7 meses). Esse dado é coerente com o observado na taxa de congestionamento, 82% na fase de execução e 58% na fase de conhecimento. Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle 185 Figura 135: Tempo médio da inicial até a sentença no 2º grau e 1º grau, por Tribunal Estadual 8m 3m 6m 4m 6m 7m 7m 6m 10m 8m 8m 1a e 7m 1a e 2m 5m 9m 4m 6m 1a e 10m 7m 1a e 6m 1a e 1m 10m 11m 4m 5m 8m 7m 3a e 6m 1a e 2m 1a e 4m 1a e 5m 1a e 6m 1a e 8m 2a e 2m 2a e 5m 3a 3a 3a e 5m 3a e 5m 3a e 7m 1a e 3m 2a e 9m 3a e 1m 3a e 2m 3a e 5m 3a e 9m 4a e 1m 4a e 5m 4a e 7m 5a e 5m 2m 1a e 8m 3a e 4m 4a e 4m 4a e 11m Estadual TJSE TJAP TJAC TJRR TJTO TJAL TJMS TJRN TJAM TJPB TJPI TJRO TJDFT TJMA TJGO TJES TJPA TJMT TJCE TJPE TJBA TJSC TJRS TJRJ TJMG TJPR TJSP 2º grau 1º grau Trabalho 5m 4m 7m 4m 2m 5m 3m 4m 8m 2m 5m 3m 4m 5m 7m 3m 3m 3m 6m 10m 5m 6m 7m 3m 5m 1a e 10m 7m 11m 11m 1a 1a e 1m 1a e 2m 1a e 4m 1a e 5m 1a e 6m 1a e 9m 1a e 10m 6m 8m 1a 1a 1a e 1m 1a e 2m 1a e 2m 1a e 6m 1a e 1m 1a e 1m 1a e 1m 2a e 4m 3a e 6m Trabalho TRT23 TRT11 TRT24 TRT13 TRT20 TRT22 TRT21 TRT16 TRT14 TRT17 TRT19 TRT18 TRT7 TRT9 TRT6 TRT8 TRT12 TRT10 TRT5 TRT1 TRT4 TRT15 TRT3 TRT2 2º grau 1º grau Eleitoral 11m 1a 11m 8m 1a e 1m 9m 1a e 4m 1m 10m 2a 9m 1a e 4m 10m 9m 11m 1a e 3m 9m 11m 11m 1a e 2m 9m 1a 6m 1a 11m 1a 1a e 1m 10m 8m 5m 5m 7m 7m 9m 9m 10m 10m 11m 11m 11m 5m 7m 7m 7m 8m 10m 1a e 2m 1a e 4m 1a e 4m 2a e 1m 2a e 3m 4m 5m 6m 7m 7m Eleitoral TRE−TO TRE−MS TRE−SE TRE−MT TRE−RR TRE−ES TRE−AL TRE−RO TRE−AP TRE−AC TRE−DF TRE−PB TRE−SC TRE−PE TRE−PA TRE−AM TRE−CE TRE−GO TRE−RN TRE−PI TRE−MA TRE−BA TRE−PR TRE−SP TRE−RS TRE−MG TRE−RJ 2º grau 1º grau 10m 4m 4m 4m 3m 2a 1a e 5m 10m 3a e 3m 2a 1a e 6m 3a e 2m 1a e 1m 6m 1a e 5m 2a e 2m 4a e 5m 3a e 3m 4a 4a e 5m 4a e 10m 6a Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal TRF4 TRF5 TRF1 TRF3 TRF2 Federal 2º grau 1º grau Militar Estadual 2º grau 1º grau Poder Judiciário 2º grau 1º grau 186 Figura 136: Tempo médio da inicial até a sentença nas fases de execução e conhecimento, no 1º grau, por Tribunal Estadual 4a e 2m 3a e 5m 1a e 2m 1a e 3m 1a e 5m 2a e 10m 2a e 5m 3a e 6m 4a e 7m 3a e 6m 1a e 4m 5a e 8m 3a e 8m 1a e 7m 3a e 8m 3a e 6m 5a e 2m 3a e 3m 6a e 6m 3a e 3m 4a e 1m 4a e 6m 4a e 5m 9m 8a e 3m 1a e 4m 5a 3a e 3m 1a e 10m 9m 10m 1a 1a 1a 1a e 2m 1a e 4m 1a e 9m 1a e 10m 2a e 3m 2a e 5m 2a e 5m 8m 1a e 8m 1a e 11m 2a 2a e 2m 2a e 3m 2a e 5m 2a e 8m 2a e 9m 3a e 4m 7m 1a e 7m 1a e 8m 1a e 10m 2a e 2m Estadual TJRO TJSE TJAC TJAP TJRR TJTO TJMS TJAM TJRN TJAL TJPB TJPI TJDFT TJGO TJMA TJES TJMT TJPE TJBA TJPA TJSC TJCE TJRS TJSP TJRJ TJPR TJMG Execução Conhecimento Trabalho 3a e 11m 2a e 6m 3a e 9m 2a e 11m 2a e 1m 2a e 8m 4a e 5m 2a e 1m 1a e 3m 3a e 2m 2a e 1m 1a e 11m 2a e 9m 1a e 11m 1a e 2m 2a e 6m 1a e 11m 1a e 4m 3a e 1m 1a e 3m 5a e 9m 5a e 5m 1a e 11m 1a e 9m 1a e 9m 8m 0a 3m 4m 4m 4m 4m 5m 6m 9m 11m 1a e 8m 3m 3m 5m 8m 9m 9m 10m 11m 6m 8m 10m 10m 1a Trabalho TRT24 TRT14 TRT21 TRT13 TRT11 TRT19 TRT22 TRT23 TRT16 TRT20 TRT17 TRT8 TRT18 TRT7 TRT12 TRT10 TRT9 TRT5 TRT6 TRT2 TRT3 TRT4 TRT1 TRT15 Execução Conhecimento 4a e 3m 1a e 8m 1a e 3m 1a e 10m 2a e 4m 6a e 6m 4a e 1m 8a e 10m 8a e 6m 5a e 6m 6a e 7m 1a e 7m 1a e 1m 5m 1a e 5m 2a e 2m 1a e 2m 6m 1a 1a e 2m 1a e 2m 1a e 5m Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal Federal TRF5 TRF2 TRF1 TRF3 TRF4 Poder Judiciário Militar Estadual Execução ConhecimentoExecução Conhecimento Execução Conhecimento 187 O indicador do tempo de baixa apura o tempo efetivamente despendido entre o início do processo e o primeiro movimento de baixa, em cada fase. Também, aqui, verifica-se desproporção entre os processos nas fases de conhe- cimento e execução. Quando um processo tem o início da execução ou da liquidação, caracteriza-se a baixa na fase de conhecimento, ao mesmo tempo que se inicia o cômputo do processo como um caso novo de execução. A baixa na execução, por sua vez, ocorre somente quando o jurisdicionado tem seu conflito totalmente solucionado perante a Justiça, por exemplo, quando os precatórios são pagos ou as dívidas liquidadas. É possível que o tempo da inicial até a baixa seja inferior ao tempo até a sentença. Isso acontece porque os dados são representados por médias de eventos ocorridos em um ano específico, nesse caso 2019. Dessa forma, nem todos os processos baixados em 2019 foram necessariamente sentenciados no mesmo ano, ou seja, o universo de processos objeto de análise do tempo médio até a sentença não é, de forma alguma, o mesmo universo daqueles considerados até a baixa. A proximidade entre as médias significa, apenas, que a baixa ocorre logo após a sentença, sem grandes delongas. O tempo do processo baixado no Poder Judiciário é de 1 ano e 5 meses na fase de conhecimento, de 5 anos e 11 meses na fase de execução no 1º grau de jurisdição e de 10 meses no 2º grau e Tribunais Superiores. No que se refere ao tempo de duração dos processos que ainda estão pendentes de baixa, o termo final de cál- culo foi 31 de dezembro de 2019. Observa-se que o Poder Judiciário apresentou tempo de estoque superior ao de baixa tanto no 2º grau quanto no 1º grau, nas fases de conhecimento e execução. O tempo médio de duração dos processos em tramitação no 2º grau é de 2 anos e 1 mês (2,6 vezes superior ao tempo de baixa); o tempo médio de duração dos processos em tramitação na fase de conhecimento de 1º grau é de 3 anos e 6 meses (2,4 vezes superior ao tempo de baixa); e o tempo médio de duração dos processos em tramitação na fase de execução do 1º grau é de 6 anos e 9 meses (1,2 vez superior ao tempo de baixa). O tempo médio do acervo do Poder Judiciário foi de 5 anos e 2 meses. Ao desconsiderar os processos suspensos por Repercussão Geral ou Recursos Repetitivos, ou seja, computado o tempo médio entre a distribuição e a data do sobrestamento/suspensão dos autos, o tempo médio reduz para 4 anos (Figura 140). Nathalie Dalle Nathalie Dalle Nathalie Dalle 188 Figura 137: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores Estadual 1a 8m 10m 1a 1a e 5m 1a e 7m 11m 2a e 6m 2a 11m 1a e 2m 11m 1a 9m 1a e 1m 7m 10m 2a e 1m 1a e 5m 1a e 9m 1a e 2m 2a e 9m 1a e 2m 7m 7m 11m 10m 2a e 6m 7m 11m 11m 1a e 2m 1a e 4m 1a e 5m 1a e 6m 1a e 7m 1a e 8m 1a e 9m 2a 2a e 7m 1a 1a e 1m 1a e 2m 1a e 2m 1a e 8m 1a e 10m 2a 2a e 1m 2a e 6m 3a e 6m 6m 1a e 2m 3a e 3m 6a e 5m Estadual TJAP TJTO TJAC TJRO TJRN TJSE TJAM TJPI TJPB TJAL TJMS TJRR TJMT TJMA TJDFT TJGO TJCE TJBA TJPE TJSC TJPA TJES TJSP TJRS TJRJ TJMG TJPR Baixados Pendentes Eleitoral 1a 5m 9m 1a e 1m 9m 1a e 5m 1a e 4m 1a e 2m 1a e 6m 1a e 4m 1a e 9m 9m 8m 7m 10m 11m 9m 11m 1a e 5m 2a 1a e 1m 10m 1a e 4m 1a 11m 1a e 1m 1a e 1m 1a 1a e 7m 5m 1a e 1m 1a e 3m 1a e 3m 1a e 5m 1a e 7m 1a e 8m 1a e 9m 1a e 11m 1a e 11m 2a e 11m 1a 1a e 2m 1a e 3m 1a e 3m 1a e 4m 1a e 6m 1a e 6m 1a e 6m 1a e 10m 1a e 11m 3a e 10m 1a e 3m 1a e 4m 1a e 4m 1a e 4m 1a e 8m Eleitoral TRE−AL TRE−AC TRE−AP TRE−SE TRE−DF TRE−MS TRE−TO TRE−RR TRE−MT TRE−ES TRE−RO TRE−CE TRE−BA TRE−PB TRE−PE TRE−AM TRE−GO TRE−PA TRE−RN TRE−PI TRE−SC TRE−MA TRE−SP TRE−RJ TRE−RS TRE−PR TRE−MG Baixados Pendentes Trabalho 10m 5m 1m 7m 8m 9m 7m 1a 9m 1a e 6m 10m 7m 5m 7m 6m 8m 9m 5m 10m 1a e 3m 7m 9m 1a 10m 1a e 1m 1a 4m 5m 6m 7m 7m 8m 8m 10m 11m 11m 11m 4m 6m 7m 7m 7m 8m 9m 1a e 3m 8m 9m 11m 11m 2a e 3m TrabalhoTRT14 TRT13 TRT24 TRT22 TRT17 TRT21 TRT16 TRT19 TRT20 TRT11 TRT23 TRT6 TRT12 TRT18 TRT10 TRT7 TRT8 TRT9 TRT5 TRT3 TRT2 TRT15 TRT1 TRT4 Baixados Pendentes 10m 7m 5m 9m 5m 2a e 5m 1a e 10m 1a e 10m 1a e 6m 3a e 1m 3a e 1m 1a e 6m 1a e 1m 1a e 3m 1a e 6m 2a e 1m 6m 2m 5m 9m 2a e 4m 1a e 4m 1a e 10m 1a e 11m 2a e 4m 3a 1a e 10m 7m 1a e 2m 1a e 6m 2a e 1m Poder Judiciário Militar Estadual TJMRS TJMSP TJMMG Federal TRF4 TRF2 TRF5 TRF1 TRF3 Superior Poder Judiciário Militar Estadual Federal Superiores TSE STM STJ TST Baixados Pendentes Baixados Pendentes Baixados Pendentes Baixados Pendentes 189 Figura 138: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de conhecimento de 1º grau Estadual 2a e 11m 1a e 6m 1a e 1m 1a e 2m 1a e 3m 1a e 7m 1a e 6m 2a e 5m 3a e 2m 1a e 11m 2a e 11m 2a e 1m 3a e 1m 10m 2a e 3m 3a 2a e 3m 2a e 9m 3a e 9m 3a e 6m 4a e 7m 2a e 8m 3a e 5m 2a e 6m 2a e 4m 2a e 1m 3a e 2m 4a e 1m 3a e 9m 1a e 2m 1a e 5m 1a e 7m 2a 2a e 1m 2a e 3m 2a e 4m 2a e 9m 2a e 11m 3a e 10m 4a e 1m 4a e 1m 11m 2a e 7m 3a e 2m 3a e 3m 3a e 4m 3a e 7m 3a e 8m 3a e 10m 4a e 3m 4a e 7m 2a e 6m 2a e 9m 3a e 9m 4a e 7m 5a e 6m Estadual TJSE TJAP TJRO TJAC TJTO TJRR TJRN TJPI TJMS TJAL TJAM TJPB TJDFT TJMT TJMA TJGO TJPE TJES TJCE TJBA TJSC TJPA TJRS TJMG TJPR TJSP TJRJ Baixados Pendentes Trabalho 1a 5m 6m 10m 1a e 7m 1a e 5m 8m 1a e 6m 1a e 4m 1a e 4m 3a e 1m 1a e 4m 5m 5m 1a e 3m 8m 1a e 1m 1a e 2m 1a e 3m 11m 9m 1a e 1m 1a e 2m 10m 1a e 1m 1a e 1m 4m 7m 7m 7m 7m 9m 10m 10m 1a 1a e 2m 1a e 6m 5m 7m 8m 9m 10m 1a 1a e 2m 1a e 11m 10m 11m 1a 1a e 4m 1a e 8m Trabalho TRT14 TRT11 TRT21 TRT13 TRT22 TRT23 TRT19 TRT16 TRT24 TRT17 TRT20 TRT8 TRT18 TRT12 TRT7 TRT9 TRT5 TRT6 TRT10 TRT2 TRT4 TRT15 TRT3 TRT1 Baixados Pendentes Eleitoral 10m 1a e 2m 7m 1a e 4m 7m 1a 6m 11m 1a 1a 9m 11m 7m 10m 6m 1a e 6m 10m 1a 1a e 5m 1a 2a e 5m 9m 2a e 4m 5m 9m 7m 7m 1a 1a e 10m 1a e 3m 1a e 6m 1a e 6m 1a e 7m 1a e 9m 1a e 10m 1a e 11m 2a e 3m 2a e 7m 2a e 8m 3a e 3m 9m 10m 1a e 3m 1a e 8m 1a e 9m 1a e 11m 1a e 11m 1a e 11m 2a e 10m 3a 3a 11m 1a e 1m 1a e 7m 1a e 8m 2a e 11m Eleitoral TRE−RO TRE−SE TRE−ES TRE−MS TRE−DF TRE−TO TRE−AL TRE−RR TRE−MT TRE−AC TRE−AP TRE−PB TRE−AM TRE−SC TRE−PI TRE−PE TRE−CE TRE−RN TRE−PA TRE−BA TRE−GO TRE−MA TRE−PR TRE−RJ TRE−RS TRE−SP TRE−MG Baixados Pendentes 1a e 5m 1a e 4m 9m 2a e 5m 1a e 9m 2a 8m 1a e 1m 1a e 5m 1a e 10m 3a e 7m 3a e 6m 11m 5m 8m 1a e 7m 2a e 4m 1a e 3m 1a e 5m 1a e 7m 2a e 3m 4a e 1m Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal TRF5 TRF2 TRF1 TRF4 TRF3 Federal Baixados Pendentes Militar Estadual Baixados Pendentes Poder Judiciário Baixados Pendentes 190 Figura 139: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de execução de 1º grau Estadual 6a e 4m 1a e 7m 2a e 5m 1a e 7m 3a e 4m 3a e 2m 1a e 9m 3a e 2m 4a e 6m 5a e 8m 1a e 9m 3a e 7m 4a e 10m 2a 4a 4a e 3m 6a 6a e 9m 4a e 7m 5a e 9m 7a e 1m 6a 5a e 3m 4a e 2m 3a e 10m 7a e 5m 5a e 10m 8a e 3m 6a e 9m 2a e 1m 2a e 2m 2a e 9m 3a e 7m 3a e 11m 4a e 1m 4a e 4m 4a e 10m 5a e 8m 6a 7a 9a 1a e 8m 4a e 4m 4a e 9m 5a 5a e 5m 5a e 5m 6a e 3m 6a e 3m 6a e 9m 6a e 10m 4a e 1m 4a e 3m 7a e 1m 7a e 2m 7a e 9m Estadual TJAP TJRO TJSE TJRN TJRR TJAC TJTO TJPI TJPB TJAL TJMS TJAM TJDFT TJMT TJMA TJPE TJBA TJGO TJCE TJES TJPA TJSC TJMG TJRS TJRJ TJPR TJSP Baixados Pendentes Trabalho 2a e 6m 2a e 2m 2a e 4m 2a e 6m 2a e 10m 3a e 10m 2a e 8m 1a e 10m 5a e 2m 3a e 8m 1a e 5m 5a e 10m 5a e 11m 1a e 4m 1a e 4m 2a e 10m 3a e 7m 1a e 11m 1a e 6m 2a e 9m 1a e 10m 4a e 3m 1a e 9m 2a e 3m 11m 4a e 10m 1a 1a e 8m 2a e 11m 3a e 5m 3a e 6m 3a e 11m 3a e 11m 4a e 2m 4a e 5m 5a e 10m 6a e 10m 1a e 3m 1a e 9m 2a e 3m 3a e 8m 4a e 3m 5a e 2m 5a e 11m 6a e 6m 2a 2a e 2m 3a e 5m 6a e 1m 7a e 7m Trabalho TRT13 TRT21 TRT22 TRT11 TRT17 TRT14 TRT20 TRT24 TRT16 TRT23 TRT19 TRT12 TRT6 TRT7 TRT5 TRT18 TRT10 TRT9 TRT8 TRT15 TRT3 TRT1 TRT4 TRT2 Baixados Pendentes 5a e 11m 1a e 4m 1a e 8m 6m 10m 6a e 1m 8a 7a 6a e 4m 4a e 3m 5a e 6m 6a e 9m 2a e 2m 1a e 3m 1a e 3m 4a e 2m 7a e 8m 6a e 2m 6a e 4m 6a e 7m 7a e 8m 9a e 11m Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal TRF1 TRF4 TRF5 TRF2 TRF3 Federal Baixados Pendentes Militar Estadual Baixados Pendentes Poder Judiciário Baixados Pendentes 191 Figura 140: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes (bruto) e tempo médio líquido, excluídos os processos suspensos por Repercussão Geral ou Recursos Repetitivos Estadual 5a e 4m 1a e 5m 1a e 9m 1a e 8m 2a e 7m 2a e 8m 2a e 9m 3a 2a e 11m 4a e 2m 4a e 5m 4a e 11m 6a e 2m 1a e 5m 3a e 3m 3a e 5m 3a e 11m 4a 4a e 3m 4a e 3m 4a e 3m 5a e 2m 5a e 2m 3a e 1m 3a e 2m 5a e 8m 6a e 7m 7a 4a e 1m 1a e 2m 1a e 3m 1a e 3m 2a 2a e 1m 2a e 2m 2a e 3m 2a e 3m 3a e 2m 3a e 4m 3a e 9m 4a e 8m 1a 2a e 6m 2a e 7m 3a e 1m 3a e 1m 3a e 3m 3a e 3m 3a e 3m 3a e 11m 4a 2a e 5m 2a e 5m 4a e 3m 5a 5a e 3m Estadual TJAP TJRO TJSE TJRR TJRN TJAC TJPI TJTO TJPB TJAL TJMS TJAM TJDFT TJMT TJMA TJBA TJGO TJPE TJES TJCE TJPA TJSC TJRS TJMG TJPR TJRJ TJSP Tempo bruto Tempo líquido Eleitoral 1a e 9m 1a e 5m 1a e 6m 1a e 7m 1a e 7m 1a e 8m 1a e 10m 1a e 11m 1a e 11m 2a e 1m 2a e 4m 2a e 9m 11m 11m 1a e 6m 1a e 7m 1a e 8m 1a e 8m 1a e 10m 1a e 10m 2a e 5m 2a e 6m 3a e 5m 1a e 2m 1a e 3m 1a e 6m 1a e 7m 2a e 3m 1a e 2m 8m 1a 1a e 1m 1a e 1m 1a e 1m 1a e 2m 1a e 3m 1a e 4m 1a e 5m 1a e 7m 1a e 10m 7m 7m 1a 1a 1a e 2m 1a e 2m 1a e 2m 1a e 3m 1a e 7m 1a e 8m 2a e 3m 9m 10m 1a 1a e 1m 1a e 6m Eleitoral TRE−SE TRE−DF TRE−ES TRE−MS TRE−AL TRE−TO TRE−AC TRE−RR TRE−RO TRE−MT TRE−AP TRE−PB TRE−AM TRE−SC TRE−PE TRE−PA TRE−PI TRE−CE TRE−RN TRE−GO TRE−BA TRE−MA TRE−RJ TRE−PR TRE−RS TRE−SP TRE−MG Tempo bruto Tempo líquido Trabalho Superiores 3a e 1m 10m 1a 2a 2a 2a e 3m 2a e 6m 2a e 6m 2a e 9m 2a e 10m 4a e 1m 5a e 8m 1a 1a e 6m 1a e 8m 2a e 3m 2a e 10m 3a e 2m 3a e 11m 4a e 4m 1a e 4m 1a e 8m 2a e 4m 3a e 9m 5a e 6m 2a e 5m 8m 9m 1a e 6m 1a e 7m 1a e 9m 1a e 11m 2a 2a e 1m 2a e 3m 3a e 2m 4a e 3m 9m 1a e 1m 1a e 3m 1a e 9m 2a e 3m 2a e 5m 3a 3a e 4m 1a 1a e 3m 1a e 9m 2a e 10m 4a e 3m Trabalho TRT13 TRT21 TRT11 TRT22 TRT17 TRT20 TRT24 TRT14 TRT16 TRT23 TRT19 TRT12 TRT6 TRT7 TRT5 TRT18 TRT10 TRT9 TRT8 TRT15 TRT3 TRT1 TRT4 TRT2 Tempo bruto Tempo líquido 5a e 2m 10m 6m 8m 1a e 7m 5a e 4m 4a e 2m 4a e 2m 4a e 3m 5a e 3m 7a e 5m 1a e 10m 7m 1a e 6m 1a e 2m 2a e 1m 4a 8m 5m 6m 1a e 3m 4a e 3m 3a e 3m 3a e 4m 3a e 4m 4a e 3m 5a e 10m 11m 4m 9m 11m 1a e 1m Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMRS TJMMG Federal TRF4 TRF5 TRF1 TRF2 TRF3 Superior TSE STJ STM TST Tempo bruto Tempo líquido Federal Tempo bruto Tempo líquido Militar Estadual Tempo bruto Tempo líquido Poder Judiciário Tempo bruto Tempo líquido 192 8 Justiça criminal Em 2019, ingre ssaram no Poder Judiciário 2,4 milhões de casos novos criminais, sendo 1,6 milhão (58,5%) na fase de conhecimento de 1º grau, 18,1 mil (0,6%) nas turmas recursais, 628,4 mil (22,4%) no 2º grau e 121,4 mil (4,3%) nos Tribunais Superiores. Além desses casos, foram iniciadas 395,5 mil (14,1%) execuções penais no 1º grau. A Justiça Estadual é o segmento com maior representatividade de litígios no Poder Judiciário, com 68,4% da demanda. Na área criminal essa representatividade aumenta para 91,4%. A Figura 141 mostra que em 2019 o quantitativo de processos novos criminais se manteve constante em relação ao ano de 2018, com redução no acervo de 5%, atingindo o menor quantitativo de processos criminais em tramitação de toda a série histórica. Os casos pendentes equivalem a 2,5 vezes a demanda. O número de baixados cresceu pelo terceiro ano consecutivo, superando novamente o quantitativo de casos novos e resultando em redução do acervo. As informações sobre os quantitativos de casos novos e pendentes por tribunal podemser visualizadas na Figura 142. Figura 141: Série histórica dos casos novos e pendentes criminais no 1º grau, no 2º grau e nos tribunais superiores, excluídas as execuções penais M ilh õe s 5,4 5,4 5,4 5,5 6,1 5,8 6,2 5,5 5,4 5,5 5,3 2,8 2,9 3,1 3,1 3,3 3,2 2,6 2,5 2,3 2,4 2,42,5 2,8 3,2 3,2 3,0 3,1 2,8 2,6 2,6 2,7 2,9 Casos pendentes criminais Casos novos criminais Processos baixados criminais 0,0 1,3 2,5 3,8 5,0 6,3 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 193 Figura 142: Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por tribunal Estadual 8.873 14.928 10.795 19.792 24.193 31.810 20.267 21.154 11.857 27.905 35.906 58.873 86.945 43.120 58.044 45.838 49.546 64.303 36.085 72.681 151.272 86.150 130.984 152.400 190.577 257.645 469.991 14.879 15.837 19.080 33.707 40.860 45.474 53.416 58.095 59.085 83.725 101.996 130.009 64.646 140.997 145.212 158.275 181.940 184.759 202.675 208.151 311.427 328.084 247.322 300.902 368.628 494.353 1.030.525 TJRR TJAP TJAC TJSE TJTO TJRO TJRN TJPB TJAL TJPI TJAM TJMS TJDFT TJMA TJMT TJES TJGO TJPE TJPA TJCE TJSC TJBA TJRS TJRJ TJPR TJMG TJSP Novos Pendentes Eleitoral 25 23 13 49 35 81 62 88 55 69 77 42 92 88 107 92 48 110 111 42 57 325 168 169 162 133 269 43 48 59 65 67 80 114 116 138 151 237 131 187 187 197 200 217 224 275 372 460 753 270 304 346 510 812 TRE−RR TRE−AP TRE−AC TRE−TO TRE−RO TRE−DF TRE−AL TRE−ES TRE−SE TRE−MS TRE−MT TRE−AM TRE−PA TRE−RN TRE−BA TRE−PE TRE−PB TRE−SC TRE−CE TRE−PI TRE−MA TRE−GO TRE−RS TRE−PR TRE−SP TRE−RJ TRE−MG Novos Pendentes 61 969 120.325 4.303 13.842 20.160 14.421 48.808 482 635 1.552 49 295 46.990 12.708 23.481 27.772 43.396 73.109 498 610 612 TSE STM STJ TRF5 TRF2 TRF4 TRF3 TRF1 TJMRS Militar Estadual TJMMG TJMSP Novos Pendentes Superiores Novos Pendentes Federal Novos Pendentes 194 Ao final de 2019, havia 1,8 milhão de execuções penais pendentes, com 395 mil execuções iniciadas em 2019. A maioria das penas aplicadas em 2019 foram privativas de liberdade, um total de 228,2 mil execuções, 57,7% do total. Entre as penas não privativas de liberdade, 7 mil (3,9%) ingressaram nos juizados especiais e 161 mil (96,1%) no juízo comum. Figura 143: Série histórica das execuções penais M ilh õe s 0,71 0,71 0,65 0,73 0,87 0,83 0,88 1,04 1,06 1,09 1,21 0,25 0,32 0,32 0,30 0,36 0,38 0,44 0,42 0,43 0,49 0,61 0,15 0,17 0,18 0,18 0,22 0,25 0,29 0,25 0,25 0,25 0,23 0,10 0,11 0,13 0,11 0,12 0,16 0,18 0,16 0,13 0,14 0,17� � � � � � � � � � � � Pendente de Pena Privativa de Liberdade Pendente de Pena Não Privativa de Liberdade Iniciada de Pena Privativa de Liberdade Iniciada de Pena Não Privativa de Liberdade 0,00 0,26 0,52 0,78 1,04 1,30 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 De acordo com a Figura 144, os resultados dos tempos médios dos processos baixados no ano de 2019, por tribu- nal, indicam cenários distintos no 2º grau e nos tribunais superiores. A Justiça Eleitoral é a única em que o processo criminal demora mais que o não criminal. Nos Tribunais Regionais Federais, o processo baixado não criminal durou, em média, o dobro do tempo do criminal em 2019. Na Justiça Estadual, os casos criminais duraram uma média de 4 meses a menos que os não criminais. Na fase de conhecimento de 1º grau ocorre o inverso do observado no 2º grau: o tempo do processo criminal é maior que o do não criminal (Figura 145). Os processos criminais duraram, em média, 1 ano e 3 meses a mais do que os não criminais, sendo essa realidade verificada em todos os segmentos de justiça. Esses dados estão em consonância com o observado na Tabela 4, em que a taxa de congestionamento criminal (70%) supera a não criminal (56,5%), para essa fase/instância. No capítulo destinado à análise do tempo do processo, as execuções penais não estão contabilizadas nas esta- tísticas, uma vez que o processo permanece em tramitação até o término do cumprimento da pena e, por isso, são analisadas à parte, neste capítulo. Os processos referentes às execuções judiciais criminais privativas de liberdade baixados no ano de 2019 possuem tempo médio de baixa de 4 anos e 9 meses na Justiça Estadual e de 1 ano e 10 meses na Justiça Federal (Figura 146). Esses tempos são maiores que a média até a baixa do processo na fase de conhecimento, ou seja, até o início da execução penal ou até a remessa do processo em grau de recurso para o 2º grau, que foi de 4 anos e 1 mês na Justiça Estadual e de 2 anos e 1 mês na Justiça Federal. 195 Figura 144: Tempo médio de tramitação dos processos criminais e não criminais baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores, por tribunal Estadual 1a e 1m 10m 1a e 8m 1a e 3m 1a 11m 1a e 9m 1a e 1m 2a e 6m 1a 11m 1a e 2m 2a e 11m 10m 8m 1a 1a e 3m 1a e 4m 1a e 2m 1a e 5m 1a e 10m 2a e 2m 3a 7m 1a 7m 1a 9m 5m 6m 6m 7m 7m 7m 7m 8m 10m 11m 1a e 1m 1a e 4m 4m 5m 7m 8m 10m 11m 1a e 3m 1a e 6m 1a e 11m 2a e 4m 6m 6m 7m 7m Estadual TJAP TJRO TJAC TJSE TJTO TJRN TJRR TJPI TJPB TJMS TJAL TJAM TJMT TJDFT TJGO TJSC TJES TJMA TJBA TJPE TJCE TJPA TJSP TJRS TJPR TJRJ TJMG Não criminal Criminal Eleitoral 1a 9m 9m 1a e 6m 1a e 2m 1a e 4m 5m 1a e 10m 9m 1a e 2m 1a e 5m 1a 7m 1a e 1m 11m 10m 9m 11m 8m 1a e 4m 10m 2a 1a e 5m 1a 11m 1a e 1m 11m 1a 1a e 4m 3m 4m 4m 9m 10m 1a e 3m 1a e 5m 2a 2a e 9m 2a e 9m 5a e 3m 7m 8m 9m 10m 11m 11m 11m 1a e 2m 1a e 11m 1a e 11m 3a 5m 9m 1a e 6m 1a e 9m 2a e 6m Eleitoral TRE−SE TRE−AC TRE−DF TRE−AP TRE−MT TRE−AL TRE−ES TRE−RO TRE−MS TRE−RR TRE−TO TRE−BA TRE−PI TRE−PE TRE−PB TRE−AM TRE−GO TRE−CE TRE−MA TRE−SC TRE−RN TRE−PA TRE−SP TRE−RJ TRE−PR TRE−MG TRE−RS Não criminal Criminal 1a e 6m9m 6m 6m 10m 2a e 6m 1a e 11m 3a e 1m 1a e 10m 1a e 7m 3a e 2m 1a e 1m 9m6m 4m 5m 7m 1a e 3m 1a 1a e 3m 1a e 4m 1a e 5m 1a e 9m 11m Poder Judiciário Militar Estadual TJMMG TJMRS TJMSP Federal TRF4 TRF3 TRF2 TRF5 TRF1 Superiores TSE 9mSTM 1a e 6m TST Não criminal Criminal Federal Não criminal Criminal Militar Estadual Não criminal Criminal Poder Judiciário Não criminal Criminal 196 Figura 145: Tempo médio de tramitação dos processos criminais e não criminais baixados na fase de conhecimento do 1º grau, por tribunal Estadual 2a e 8m 1a 1a e 7m 1a e 1m 1a 1a e 10m 1a e 4m 1a e 3m 3a e 2m 2a e 4m 1a e 8m 2a e 11m 2a e 8m 9m 2a e 9m 2a e 1m 2a 2a e 7m 2a e 11m 3a e 4m 3a e 2m 3a e 8m 4a e 8m 2a e 1m 2a 4a e 3m 2a e 6m 1a e 9m 4a e 1m 1a e 5m 1a e 9m 2a 2a 2a e 5m 2a e 5m 2a e 8m 3a 3a e 2m 3a e 6m 4a e 10m 5a e 6m 11m 2a e 4m 3a e 5m 3a e 6m 3a e 9m 3a e 9m 4a e 1m 4a e 2m 4a e 6m 4a e 6m 2a e 4m 3a e 1m 3a e 4m 6a e 8m 9a e 6m Estadual TJAP TJTO TJRO TJAC TJMS TJSE TJRR TJPB TJRN TJAM TJPI TJAL TJDFT TJSC TJGO TJMT TJPE TJMA TJCE TJPA TJES TJBA TJPR TJMG TJRJ TJSP TJRS Não criminal Criminal Eleitoral 9m 11m 8m 5m 11m 7m 8m 11m 1a e 3m 10m 6m 1a e 1m 10m 7m 1a e 6m 6m 11m 2a e 3m 7m 2a 9m 11m 1a e 4m 5m 9m 7m 7m 7m 2a e 9m 1a e 7m 1a e 9m 2a e 6m 2a e 7m 2a e 9m 3a 3a e 1m 3a e 2m 3a e 4m 3a e 6m 4a e 5m 1a e 3m 1a e 8m 1a e 9m 1a e 10m 2a e 10m 2a e 10m 2a e 11m 3a 3a e 5m 3a e 6m 3a e 11m 1a e 4m 1a e 4m 2a e 3m 2a e 5m 3a Eleitoral TRE−AP TRE−DF TRE−TO TRE−AL TRE−MS TRE−AC TRE−MT TRE−ES TRE−RR TRE−SE TRE−RO TRE−AM TRE−PB TRE−PI TRE−SC TRE−PA TRE−BA TRE−GO TRE−MA TRE−PE TRE−CE TRE−RN TRE−PR TRE−RJ TRE−RS TRE−MG TRE−SP Não criminal Criminal 2a e 7m 9m 7m 11m 1a e 3m 2a 1a 1a e 5m 1a e 10m 8m 3a e 7m 4a 1a e 7m 9m 2a e 4m 2a e 7m 2a e 1m 1a e 5m 1a e 6m 2a e 4m 2a e 8m 4a e 10m Poder Judiciário Militar Estadual TJMSP TJMMG TJMRS Federal Poder Judiciário Federal TRF2 TRF1 TRF4 TRF5 TRF3 Não criminal Criminal Militar Estadual Não criminal Não criminal Criminal Criminal 197 Figura 146: Tempo médio de tramitação dos processos de execução penal baixados do 1º grau, por tribunal Estadual 4a e 9m 3a e 8m 2a e 5m 2a e 3m 3a 3a e 5m 3a e 7m 5a 1a e 9m 4a e 7m3a e 3m 2a 7a e 7m 2a e 3m 3a e 1m 4a e 6m 3a e 3m 4a e 2m 4a e 1m 2a e 10m 6a e 1m 7a e 11m 0a 2a 2a e 8m 5a e 5m 9a e 9m 4a e 9m 1a e 7m 2a e 2m 2a e 7m 3a e 5m 4a 4a 4a e 2m 4a e 3m 4a e 7m 6a e 9m 6a e 11m 7a e 3m 2a e 3m 3a e 10m 4a 4a e 9m 4a e 10m 5a e 6m 6a e 2m 6a e 11m 8a 11a e 2m 2a e 1m 3a 6a e 6m 8a e 5m Estadual TJAL TJRN TJTO TJRO TJPI TJSE TJPB TJAP TJAM TJMS TJRR TJAC TJSC TJPA TJCE TJGO TJMA TJMT TJPE TJBA TJES TJDFT TJRJ TJSP TJPR TJMG TJRS Não privativa de liberdade Privativa de liberdade Federal 2a e 9m 3a 2a e 9m 11m 2a e 5m 2a e 11m 1a e 10m 3m 10m 1a e 4m 2a e 1m 2a e 4m TRF TRF2 TRF3 TRF1 TRF5 TRF4 Não privativa de liberdade Privativa de liberdade Poder Judiciário Poder Judiciário4a e 7m 4a e 8m Não privativa de liberdade Privativa de liberdade 198 9 Competências da Justiça Estadual A Ju stiça Estadual lida com grande diversidade de assuntos processuais, portanto há muitas varas especializadas que são responsáveis pelo julgamento de demandas específicas. Este capítulo visa à comparação dos indicadores de desempenho das varas exclusivas, as quais atuam somente em um tipo de competência (ex.: vara empresarial, de tribunal do júri, de violência doméstica, juizado especial da fazenda pública, entre outras). Para cálculo dos indicadores, foram utilizados os dados provenientes do sistema Módulo de Produtividade Mensal13. Nesse sistema, as informações são enviadas pelos tribunais mensalmente e são detalhadas por unidade judiciária e magistrado, com os mesmos parâmetros das variáveis que compõem o Relatório Justiça em Números. São recebidas informações a respeito das competências de cada unidade, número de processos novos, pendentes, baixados, sen- tenças proferidas por magistrado, além da localização geográfica das unidades e outras informações. Os dados são publicados no portal do CNJ, em http://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/paineis, e são atualizados diariamente14. Observa-se na Figura 147 grande quantidade de juízos únicos, que são unidades de jurisdição plena com atribui- ção para processar todos os tipos de feitos. Significa que 67,7% das comarcas brasileiras são providas com apenas uma vara. Aproximadamente 66% das unidades judiciárias são de juízo único ou de competência exclusiva cível ou criminal. As demais unidades possuem competências específicas que atuam ou na forma exclusiva ou cumulativa com outras especializações. Figura 147: Unidades judiciárias de 1º grau da Justiça Estadual, por competência 672 1.813 54 94 454 640 73 139 129 168 317 1.415 1.230 2.347 Va ra s c om Ju iza do Ju iza do Es pe cia l Ju ízo C om um 500 1500 25000 Outras Varas com Juizado Especial Adjunto Varas de Juízo Único Juizados Especiais da Fazenda Pública Juizados Especiais Criminais Juizados Especiais Cíveis Juizados Especiais que acumulem mais de uma competência Varas de Infância e Juventude que acumulam idoso e/ou família Varas Exclusivas de Violência Doméstica Varas Exclusivas de Execução Penal Varas Exclusivas de Infância e Juventude Varas Cíveis e Criminais Outras Varas, não adjuntas a Juizados Especiais Varas Exclusivas Criminais Varas Exclusivas Cíveis O Módulo de Produtividade Mensal apresenta 38 tipos de competência, sendo que 9 competências constam em mais de 27 unidades judiciárias. Mais de 3.500 unidades judiciárias de primeiro grau apresentam competência exclu- siva cível ou criminal; 485 são exclusivas de execução fiscal ou fazenda pública; 279 são exclusivas de família; 168 são exclusivas de infância e juventude; 139 são exclusivas de violência doméstica; 129 são exclusivas de execução penal; 78 são exclusivas de Tribunal do Júri; e 43 são exclusivas de órfãos e sucessões. 13 Sistema instituído pelo Provimento nº 49, de 18 de agosto de 2015, da Corregedoria Nacional de Justiça e regulamentado pela Comissão Permanente de Ges- tão Estratégica, Estatística e Orçamento, por meio da publicação do Anexo II da Resolução CNJ nº 76/2009. 14 Os dados utilizados nesse relatório foram extraídos em 15 de julho de 2019. 199 A Figura 148 apresenta as médias de processos pendentes e baixados nas unidades judiciárias de competência exclusiva. Verifica-se que as varas exclusivas de execução fiscal ou de fazenda pública apresentam os maiores quantitativos, com 8 mil processos baixados e 49 mil processos em tramitação por vara, totalizando 93% do total de processos de execução fiscal em tramitação na Justiça Estadual. São também as varas de maior taxa de congestio- namento, dentre as competências analisadas (Figura 149) — o que confirma os dados já apresentados nos capítulos anteriores. Ou seja, independentemente de tramitar em varas exclusivas ou não, a taxa de congestionamento na execução fiscal é alta, em ambos os casos alcançando patamares um pouco abaixo de 90%. Na execução penal, o congestionamento é alto, pelos motivos já explicitados neste relatório. As varas exclusivas com menores taxas de congestionamento são aquelas com competência nas áreas da infância e juventude (47%), violência doméstica (57%) e família (59%), em todos os casos, com índices inferiores às taxas aferidas nas varas exclusivas cíveis (67%) ou criminais (72%), de competência mais generalista. Figura 148: Média de processos baixados e em tramitação nas varas exclusivas por unidade judiciária e competência 721 1.074 1.183 2.442 2.555 2.598 5.590 5.620 49.191 350 1.212 457 1.215 1.930 1.831 1.338 971 8.284 Tribunal do Júri Infância e Juventude Criminal Cível Violência Doméstica Família Órfãos e Sucessões Execução Penal Execução Fiscal / Fazenda Pública 20.000 0 20.000 Baixados por vara Pendentes por vara Figura 149: Taxa de congestionamento nas varas exclusivas, por tipo de competência 47% 57% 59% 67% 67% 72% 81% 85% 86% Infância e Juventude Violência Doméstica Família Cível Tribunal do Júri Criminal Órfãos e Sucessões Execução Penal Execução Fiscal / Fazenda Pública 0% 20% 40% 60% 80% A Figura 150 mostra os percentuais de processos pendentes e baixados nas varas exclusivas em relação ao total de processos de violência doméstica; de execução penal; de execução fiscal; criminais na fase de conhecimento; e não criminais, exceto execuções fiscais. Observa-se que na competência Execução Fiscal, a maioria dos processos (tanto baixados, 96%, quanto em trâmite, 93%) estão nas varas exclusivas. Nas outras competências acontece o oposto, pois as varas exclusivas concentram menos de 40% dos processos. Mesmo com todo incentivo à especia- lização das unidades judiciárias, na violência doméstica, por exemplo, 69% do acervo tramita em varas cumulativas (não exclusivas). 200 Figura 150: Percentual de processos pendentes e baixados nas varas exclusivas em relação ao total de processos, por competência 21% 22% 31% 33% 93% 23% 21% 34% 28% 96% Cível Criminal Violência Doméstica Execução Penal Execução Fiscal / Fazenda Pública 200% 100% 0% 100% Baixados Pendentes Nas seções a seguir estão ausentes informações de alguns tribunais que não possuem varas especializadas ou que não alimentaram completamente o sistema Módulo de Produtividade Mensal. Para cada tipo de competência são calculados três indicadores: percentual de processos pendentes e baixados nas varas exclusivas; média de processos pendentes e baixados por unidade judiciária e taxas de congestionamento das varas exclusivas. 9.1 Varas exclusivas de Execução Fiscal ou de Fazenda Pública Os dados gerais sobre as execuções fiscais estão detalhados na seção “Gargalos da execução”, do capítulo “Gestão judiciária”. Esses processos representam 39% do total de casos pendentes e 70% das execuções pendentes no Poder Judiciário. Ressalta-se que 93,5% dos processos pendentes de execução fiscal estão nas varas exclusivas (Figura 151). Entretanto, esse não é um padrão em todos os tribunais, pois enquanto no TJRS e no TJSC apenas 14% e 19%, res- pectivamente, dos processos tramitam emvaras exclusivas, nos tribunais TJRJ, TJSP, TJPE, TJDFT, TJRR, TJRN, TJAM e TJBA, os percentuais superam 90% (Figura 152). Conforme visto na seção “Execuções Fiscais”, tramitam nos Tribunais de Justiça de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco 62,4% do total de processos de execução fiscal em trâmite no Poder Judiciário, sendo que 99% dos processos tramitam em varas exclusivas. Esses processos tramitam em 261 varas, ou seja, 78.589 processos em tramitação por vara. O Tribunal de Justiça de Alagoas se destaca por apresentar 83,4% dos processos de execução fiscal nas varas exclusivas e por possuir a menor taxa de congestionamento da Justiça Estadual, 63%. 201 Figura 151: Percentual de processos de execução fiscal que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal Estadual TJAP TJRO TJTO TJPI TJMS TJSE TJAC TJPB TJAL TJAM TJRN TJRR TJCE TJES TJGO TJSC TJMA TJMT TJPA TJBA TJDFT TJPE TJRS TJMG TJPR TJSP TJRJ 93% 60% 72% 73% 74% 80% 83% 99% 100% 100% 19% 37% 45% 87% 90% 100% 100% 14% 34% 52% 98% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 202 Figura 152: Total de processos de execução fiscal baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal 8.284 198 977 434 781 1.300 649 7.665 1.090 4.697 1.286 344 1.643 3.239 1.301 1.878 6.257 14.537 1.425 1.421 2.962 8.318 22.950 49.191 3.029 3.207 3.972 5.913 6.904 7.915 13.030 26.403 60.234 2.564 8.181 12.649 22.446 27.770 45.718 58.141 4.660 12.501 21.642 74.429 92.437 Estadual TJAP TJRO TJTO TJAC TJRR TJPI TJSE TJRN TJPB TJAL TJAM TJMS TJCE TJES TJGO TJMA TJMT TJSC TJDFT TJPA TJBA TJPE TJMG TJRS TJPR TJSP TJRJ Baixados por vara Em tramitação por vara 203 Figura 153: Taxa de congestionamento das varas exclusivas de execução fiscal ou fazenda pública Estadual TJAP TJRO TJTO TJAL TJRR TJRN TJSE TJPI TJPB TJMS TJAC TJAM TJCE TJGO TJES TJSC TJPE TJMT TJBA TJMA TJPA TJDFT TJMG TJRJ TJPR TJRS TJSP 85,6% 63,0% 76,6% 84,2% 88,3% 90,1% 92,4% 92,8% 93,9% 96,0% 79,6% 80,0% 83,3% 88,0% 88,2% 93,7% 94,5% 76,6% 80,1% 88,0% 89,8% 89,9% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 9.2 Varas exclusivas de Violência Doméstica A Fi gura 154 mostra o percentual de processos em trâmite nas varas exclusivas de violência doméstica e familiar contra a mulher. O TJDFT é o único a apresentar mais de 80% dos processos em unidades destinadas a julgar exclu- sivamente tais ações (98%). Tal resultado é possível em razão da estrutura criada em uma localidade de pequena dimensão territorial, com 15 unidades exclusivas. As varas exclusivas do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e do Ceará abarcam, respectivamente, 22% e 39% do total de processos de violência doméstica em tramitação e o maior acúmulo de processos baixados e em tramitação por unidade judiciária, com 7.696 casos pendentes por vara e 9.280 processos baixados por vara (Figura 155). Verifica-se, na Figura 156, que a taxa de congestionamento das varas exclusivas de violência doméstica é de 57%, com destaque para TJRJ, TJAP e TJDFT, que apresentam mais de 45% dos processos de violência doméstica nas varas exclusivas e taxas de congestionamento inferiores a 50%. 204 Figura 154: Percentual de processos que tramitam nas varas exclusivas de violência doméstica contra a mulher, segundo o tribunal Estadual TJPI TJRR TJSE TJMS TJAL TJAP TJTO TJAC TJRO TJRN TJPB TJAM TJES TJGO TJSC TJPA TJMT TJMA TJCE TJPE TJBA TJDFT TJRS TJMG TJPR TJSP TJRJ 31% 36% 48% 51% 53% 63% 66% 73% 77% 78% 16% 24% 30% 32% 39% 48% 73% 98% 12% 18% 22% 33% 46% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 205 Figura 155: Total de processos de violência doméstica baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal 1.930 2.675 1.254 228 2.619 2.356 1.458 2.406 4.886 4.973 3.704 1.282 790 1.782 1.825 2.174 1.580 2.110 9.280 443 1.830 573 4.184 4.076 2.555 1.243 1.796 2.120 2.756 2.851 3.068 4.266 5.076 7.240 866 1.315 2.184 2.266 2.841 2.896 3.105 7.154 1.053 2.126 3.598 3.715 7.696 Estadual TJPI TJRR TJSE TJAP TJTO TJRN TJAC TJPB TJAL TJMS TJAM TJRO TJES TJGO TJDFT TJSC TJPA TJPE TJMT TJBA TJMA TJCE TJRS TJMG TJSP TJRJ TJPR Baixados por vara Em tramitação por vara 206 Figura 156: Taxa de congestionamento das varas exclusivas de violência doméstica e familiar contra a mulher, segundo o tribunal Estadual TJPI TJRR TJSE TJAP TJAM TJAC TJPB TJTO TJRO TJMS TJAL TJRN TJGO TJES TJDFT TJCE TJPA TJPE TJMT TJMA TJSC TJBA TJRJ TJMG TJPR TJRS TJSP 57,0% 31,7% 51,0% 51,3% 54,8% 58,9% 59,3% 63,9% 67,8% 90,3% 0,0% 40,3% 43,5% 55,1% 55,4% 56,6% 59,5% 62,5% 64,7% 47,0% 53,7% 65,4% 70,4% 86,3% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 207 9.3 Varas exclusivas cíveis Tramitaram nas varas ex clusivas cíveis da Justiça Estadual, ao final do ano de 2019, em média 2.442 processos e foram baixados 1.215 por unidade judiciária (Figura 158). Os tribunais TJDFT e TJGO se destacam por apresentarem mais de 60% dos processos em tramitação nas varas exclusivas cíveis (Figura 159). Nesse agrupamento de compe- tências estão as varas e juizados especiais que tratam de matéria cível de forma genérica ou de forma exclusiva nas áreas de direito empresarial, direito do consumidor, direito previdenciário, entre outros. Figura 157: Percentual de processos não criminais que tramitam nas varas exclusivas cíveis, segundo o tribunal Estadual TJAP TJRO TJAM TJAC TJPI TJPB TJMS TJRN TJTO TJSE TJAL TJRR TJES TJBA TJMA TJMT TJPE TJCE TJSC TJPA TJDFT TJGO TJRJ TJRS TJMG TJPR TJSP 21% 0% 9% 15% 25% 28% 31% 33% 33% 39% 42% 1% 3% 13% 22% 24% 30% 35% 36% 64% 77% 0% 28% 38% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 208 Figura 158: Total de processos não criminais baixados e pendentes por vara exclusiva cível, segundo o tribunal 1.215 96 1.587 829 1.191 804 978 2.047 1.350 1.616 1.370 839 525 545 1.188 1.126 1.421 1.352 1.667 1.272 12 17 2.776 1.774 2.442 2 170 1.669 1.859 2.942 3.069 3.127 3.232 3.635 5.806 119 933 1.171 1.317 1.810 2.205 3.674 3.939 4.428 5.269 4.096 7.233 Estadual TJAP TJRO TJAM TJAC TJRR TJRN TJTO TJMS TJPB TJSE TJAL TJPI TJES TJBA TJGO TJPE TJDFT TJCE TJMT TJPA TJMA TJSC TJMG TJRJ TJRS TJSP TJPR Baixados por vara Em tramitação por vara 209 Figura 159: Taxa de congestionamento dos processos não criminais nas varas exclusivas de competência cível, segundo o tribunal Estadual TJAP TJRO TJRR TJSE TJAC TJRN TJTO TJAL TJPB TJPI TJMS TJAM TJES TJBA TJDFT TJCE TJGO TJPE TJMT TJMA TJPA TJSC TJRJ TJRS TJMG TJSP TJPR 66,8% 51,3% 61,2% 64,0% 69,2% 71,2% 72,9% 76,2% 78,2% 79,2% 100,0% 8,0% 52,7% 60,4% 66,2% 69,0% 70,7% 72,1% 72,6% 74,5% 80,6% 0,0% 1,1% 59,6% 80,3% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 210 9.4 Varas exclusivas Criminais Apenas o TJPA possui mais da metade dos processos criminais em tramitação nas varas exclusivas. O acervo médio por unidade foi de 1.183 processos, com baixa de 457 por vara. Os valores variam significativamente entre os tribunais (Figura 161). As taxas de congestionamento dos processos de conhecimento nas varas criminais exclusivas são maiores do que nas demais competências avaliadas neste capítulo, o que confirma as informações trazidas no capítulo Justiça Criminal. Os menores congestionamentos de varas criminais exclusivas constam nos tribunais TJES, TJAC e TJDFT. Figura 160: Percentual de processos de conhecimento criminais que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal Estadual TJAP TJRO TJAC TJPI TJPB TJTO TJRN TJAM TJMS TJAL TJRR TJSE TJGO TJES TJMA TJCE TJPE TJMT TJBA TJDFT TJSC TJPA TJMG TJRS TJPR TJSP TJRJ 22% 2% 11% 15% 21% 21% 23% 26% 32% 43% 48% 0% 3% 8% 17% 24% 27% 27% 33% 46% 53% 15% 19% 23% 37% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 211 Figura 161: Total de processos de conhecimento criminais baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal 457 25 37 396 356 265 886 537 344 571 2.123 599 17 480 250 276 327 447 530 699 574 142 615 755 838 1.183 18 278 560 954 1.136 1.254 1.356 1.9152.241 7.901 109 301 582 826 869 942 1.485 1.884 2.121 2.357 348 1.445 1.676 1.887 Estadual TJAP TJRO TJAC TJRN TJPB TJTO TJAL TJSE TJRR TJMS TJAM TJPI TJES TJGO TJDFT TJPE TJBA TJCE TJMA TJSC TJMT TJPA TJMG TJRS TJPR TJRJ TJSP Baixados por vara Em tramitação por vara 212 Figura 162: Taxa de congestionamento dos processos de conhecimento criminais nas varas exclusivas criminais, segundo o tribunal Estadual TJAP TJRO TJAC TJSE TJPB TJRR TJTO TJPI TJAM TJAL TJMS TJRN TJES TJDFT TJCE TJMT TJBA TJPE TJMA TJSC TJPA TJGO TJMG TJRJ TJSP TJPR TJRS 72,2% 41,6% 58,6% 58,6% 71,6% 72,8% 78,8% 79,7% 81,1% 84,8% 88,3% 15,4% 54,8% 74,2% 75,2% 75,9% 76,7% 76,9% 78,0% 80,4% 94,7% 68,9% 69,3% 70,1% 71,0% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Com relação às varas exclusivas de execução penal e/ou de medida alternativa, não são apresentadas as taxas de congestionamento por tribunal, uma vez que o processo permanece pendente até o término do cumprimento da pena. Computam-se os processos de execução de penas privativas e não privativas de liberdade. Aproximadamente 33% dos processos de execução penal pendentes ao final do ano de 2019 na Justiça Estadual tramitavam em vara exclusiva (Figura 163). Os Tribunais de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Pernambuco, Roraima e Alagoas se destacam por apresentar mais de 80% dos processos nas varas exclusivas de execução penal. Havia em tramitação nas varas exclusivas de execução penal do TJDFT ao final de 2019 em média 22.662 processos por vara. 213 Figura 163: Percentual de processos de execução penal que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal Estadual TJAP TJPB TJRN TJPI TJAC TJTO TJRO TJMS TJAM TJSE TJAL TJRR TJES TJGO TJPA TJSC TJBA TJCE TJMT TJMA TJPE TJDFT TJRJ TJSP TJMG TJPR TJRS 33% 0% 0% 5% 11% 45% 49% 62% 71% 84% 90% 3% 21% 40% 46% 47% 53% 89% 100% 29% 30% 38% 53% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 214 Figura 164: Total de processos de execução penal baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal 971 50 3 1.341 135 658 1.456 1.200 2.362 368 746 434 1.056 432 827 935 1.340 2.016 939 5 524 285 3.003 1.306 5.620 2 2 423 1.388 2.558 3.400 4.572 6.240 6.451 9.603 237 2.711 3.183 5.740 6.992 9.054 9.848 22.662 4.241 4.883 5.093 9.917 Estadual TJAP TJPB TJPI TJRN TJAC TJTO TJAL TJRR TJAM TJRO TJMS TJSE TJES TJGO TJPA TJBA TJSC TJCE TJPE TJMT TJMA TJDFT TJRJ TJPR TJRS TJMG TJSP Baixados por vara Em tramitação por vara 215 10 Índice de produtividade comparada da justiça – IPC-Jus O índice de produtividade comparada da justiça (IPC-Jus) resume a produtividade e a eficiência relativa dos tribunais em um escore único, ao comparar a eficiência otimizada com a aferida em cada unidade judiciária, a partir da técnica de Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis – DEA), conforme especificado no anexo metodológico. Por meio desse método, é possível fazer comparações entre tribunais do mesmo ramo de justiça independen- temente do porte, pois ele considera o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos disponíveis para cada tribunal. A respeito dos insumos, o índice agrega informações de litigiosidade — número de processos que trami- taram no período (excluídos os processos suspensos, sobrestados, em arquivo provisório e de execuções fiscais e penais), dados sobre recursos humanos (magistrados, servidores efetivos, comissionados e ingressados por meio de requisição ou cessão) e sobre recursos financeiros (despesa total da Justiça excluídas as despesas com inativos e com projetos de construção e obras). O índice avalia também a quantidade de processos baixados, excluídos os processos de execuções fiscais e penais. Até o ano de 2018 (ano-base 2017), as execuções fiscais, as execuções penais e os processos suspensos, sobres- tados e em arquivo provisório integravam a base de cálculo do IPC-Jus, tanto na dimensão do acervo (input) quanto na dos baixados (output). A mudança metodológica se justifica pelos motivos já expostos neste relatório, tendo em vista que a baixa em tais processos não depende unicamente da eficiência e do desempenho do Poder Judiciário. A aplicação do modelo DEA tem por resultado um número que varia de 0 (zero) a 100%, que é a medida de efi- ciência do tribunal, denominada de IPC-Jus. Quanto maior seu valor, melhor o desempenho da unidade, significando que ela foi capaz de produzir mais com menos recursos disponíveis. Os tribunais com melhor resultado, considerados eficientes, tornam-se referência no ramo de justiça do qual fazem parte. Os outros tribunais são comparados aos mais semelhantes a eles, de forma ponderada. Portanto, o IPC-Jus do tribunal será a razão entre seu desempenho e o quanto ele deveria ter produzido para atingir 100% de eficiência. É importante esclarecer que a obtenção de eficiência de 100% não significa que o tribunal não precise melhorar, apenas mostra que o tal tribunal foi capaz de baixar mais processos quando comparado com os demais, com recur- sos semelhantes. Para melhor compreensão dos resultados do IPC-Jus, sugere-se visualizar os gráficos que apresentam o cru- zamento, dois a dois, dos principais indicadores de produtividade que influenciam no cálculo da eficiência relativa. Cada um dos indicadores relaciona a variável de output (baixados) com uma de input. Os gráficos apresentam, simul- taneamente, quatro dimensões distintas, pois, além dos dois indicadores, também demonstram a classificação de cada tribunal em relação aos de seu porte, por meio da forma do símbolo, e o nível de eficiência, pelo tamanho. Mais detalhes sobre a interpretação desse tipo de gráfico podem ser encontrados no anexo metodológico deste Relatório. O IPC-Jus ainda mensura quanto o tribunal deveria ter baixado em número de processos para que, em 2019, pudesse alcançar a eficiência máxima. Dessa forma, este capítulo destina-se a apresentar o resultado real e a simu- lação com os principais indicadores de desempenho, sendo o resultado simulado construído a partir da hipótese de que todos os tribunais seriam eficientes e alcançariam 100% no IPC-Jus. O comparativo é produzido com base no índice de produtividade dos magistrados (IPM), no índice de produtivi- dade dos servidores (IPS), na despesa total do tribunal e na taxa de congestionamento (TC). Os resultados e os cenários do IPC-Jus foram calculados para as justiças Estadual, do Trabalho e Federal. 216 10.1 Justiça Estadual 10.1.1 Resultados A Figura 165 mostra o resul tado do IPC-Jus d e cada tribunal da Justiça Estadual, a Figura 166 discrimina esse indi- cador para o 1º e 2º graus. Verifica-se, a partir desses gráficos, que somente o TJSC (médio porte) e o TJSE (pequeno porte) obtiveram IPC-Jus de 100%, tanto no 1º quanto no 2º grau. Ressalta-se que o TJSC não apresentou IPC-Jus total de 100% devido à inclusão dos servidores lotados na área administrativa no cálculo do indicador consolidado. O TJSP (grande porte) obteve índice de 100% no 2º grau e de 89% no 1º grau. Os Tribunais de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (grande porte), da Bahia (médio porte) e de Roraima, Rondônia e Amazonas (pequeno porte) atin- giram índice de 100% no 1º grau. Considerando o conjunto do Poder Judiciário, o 1º grau apresentou indicador superior ao do 2º, com IPC-Jus de, respectivamente, 82% e 74%. Isso não significa maior produtividade, mas tão somente que, em média, as varas e juizados apresentaram resultados mais homogêneos entre os tribunais do que as cortes de 2ª instância. Figura 165: Resultado do IPC-Jus total por tribunal (incluída a área administrativa) Estadual TJPB TJPI TJTO TJAL TJAC TJAP TJRN TJMS TJRO TJAM TJRR TJSE TJPE TJPA TJCE TJMA TJGO TJMT TJES TJSC TJDFT TJBA TJMG TJPR TJRS TJRJ TJSP 85% 48% 49% 67% 68% 72% 78% 78% 78% 94% 100% 100% 100% 56% 57% 66% 67% 70% 78% 82% 98% 99% 100% 74% 81% 89% 100% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 217 Figura 166: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância etribunal 74% 28% 47% 74% 54% 60% 52% 79% 29% 28% 54% 39% 100% 37% 45% 49% 66% 45% 53% 61% 47% 41% 100% 83% 69% 100% 100% 66% 82% 48% 49% 67% 68% 74% 74% 74% 82% 100% 100% 100% 100% 56% 57% 61% 66% 71% 76% 78% 97% 100% 100% 68% 86% 89% 96% 100% Estadual TJPI TJPB TJTO TJAL TJAC TJRN TJMS TJAP TJAM TJRO TJRR TJSE TJPE TJPA TJCE TJGO TJMA TJES TJMT TJDFT TJBA TJSC TJMG TJPR TJSP TJRS TJRJ 2º grau 1º grau É possível salientar a eficiência resultante do modelo em cada indicador de forma separada, a partir da relação entre a taxa de congestionamento líquida e a produtividade dos magistrados (Figura 167), a produtividade dos ser- vidores (Figura 168) e a despesa total (Figura 169)15. Os tribunais que mais se aproximam da linha de fronteira (linha azul nas figuras) são os mais eficientes e os mais distantes dessa linha, os menos eficientes. O Tribunal de Justiça de Roraima (pequeno porte) é o único na fronteira de eficiência em todos os casos, enquanto o TJSE (pequeno porte), TJDFT, TJBA (médio porte) e TJRS (grande porte) apresentaram alto desempenho no indicador de produtividade por magistrado ou por servidor. Os tribunais no segundo quadrante das figuras de produtividade e no terceiro quadrante da figura de despesa são aqueles com melhor desempenho, pois combinaram altos indicadores de produtividade e baixos de despesa, com baixa taxa de congestionamento líquida. Já os que se encontram no quarto quadrante dos gráficos de produtividade e no primeiro quadrante de despesa estão mais distantes da fronteira e associam alta taxa de congestionamento líquida com baixos níveis de produtividade ou alto volume de despesa. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo está no quadrante de melhor desempenho em todos os gráficos. Já TJPA, TJPB, TJPE e TJPI encontram-se nos quadrantes de menor desempenho. 15 Desconsiderados dos respectivos indicadores os processos de execução fiscal, de execução penal e suspensos/sobrestados/arquivo provisório. 218 Figura 167: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × índice de produtividade dos magistrados, excluindo os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 50 0 1.5 00 2. 50 0 TJ AC AL AM AP BA CEDF ES GO MA MG MS MT PA PBPE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Grande porte Médio porte Pequeno porte Taxa de Congestionamento Líquida Ín di ce d e Pr od ut iv id ad e do M ag is tra do Figura 168: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × índice de produtividade dos servidores, excluindo os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais Taxa de Congestionamento Líquida Ín di ce d e Pr od ut iv id ad e do S er vi do r 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 50 10 0 15 0 20 0 TJ AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MSMT PA PBPE PI PR RJ RNRO RR RS SC SE SP TO Grande porte Médio porte Pequeno porte 219 Figura 169: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × despesa total por processos baixados, excluindo a despesa com inativos, processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais Taxa de Congestionamento Líquida De sp es a to ta l ( ex ce to in at iv os e o br as ) p or B ai xa do s 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 2. 00 0 4. 00 0 6. 00 0 TJ AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MSMT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Grande porte Médio porte Pequeno porte 10.1.2 Análises de cenário Neste tópico são apresentadas análises d e cenário para estimar quanto os tribunais deveriam ter baixado de processos em 2019 para que pudessem alcançar eficiência máxima, ou seja, 100% no IPC-Jus. A análise de cená- rio é baseada em simulações para o índice de produtividade dos magistrados (IPM), o índice de produtividade dos servidores (IPS) e a taxa de congestionamento líquida (TCL), considerando, também, os processos de execuções fiscais e penais. Os indicadores estimados têm como hipótese que os tribunais tenham alcançado 100% de eficiência. Esses cenários não significam que a situação hipotética alcançada seja a ideal. Por exemplo, no caso do TJRJ não se pode dizer que o congestionamento de 74% seja satisfatório, mas sim que, em relação aos demais tribunais e aos seus insumos, o TJRJ baixou, comparativamente, maior volume de processos. Os números da Figura 170 e da Figura 171 indicam quantos processos cada servidor e cada magistrado neces- sitariam baixar para que os tribunais atingissem 100% de eficiência, em comparação ao quanto efetivamente foi baixado. A Figura 172 demonstra o resultado que tais realizações provocariam na taxa de congestionamento líquida no ano de 2019. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, destaca-se por ter apresentado, no ano de 2019, o maior IPM, o segundo maior IPS e, mesmo assim, a segunda maior taxa de congestionamento líquida da Justiça Estadual. Tais indicadores apontam que, mesmo com alta produtividade, o TJRJ não conseguiu diminuir o resíduo processual de anos anteriores. Já o Tribunal de Justiça do Estado de Roraima obteve o IPC-Jus de 100%, com a menor taxa de congestionamento líquida da Justiça. Caso os tribunais atingissem o índice de 100% no IPC-Jus do ano de 2019, as maiores alterações nos indicadores seriam as dos Tribunais de Justiça do Piauí, Paraíba, Pará e Pernambuco, uma vez que suas taxas de congestiona- mento acima de 70% poderiam ser reduzidas para patamares abaixo de 60%. 220 Figura 170: Índice de produtividade dos magistrados (IPM) realizado × necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% IPM Estimado 2.480 1.778 1.211 1.981 1.171 1.757 1.763 1.654 1.440 2.202 2.414 2.233 2.385 1.182 2.162 1.980 2.120 1.801 2.502 2.497 2.735 3.096 3.222 1.964 2.112 2.640 2.663 4.281 Estadual TJPB TJAP TJPI TJRR TJTO TJAC TJRN TJAM TJAL TJMS TJSE TJRO TJDFT TJPA TJCE TJMA TJES TJPE TJMT TJGO TJBA TJSC TJPR TJRS TJMG TJSP TJRJ 0 1.000 2.000 3.000 4.000 IPM Realizado 2.171 886 952 971 1.171 1.212 1.292 1.315 1.436 1.611 1.922 2.233 2.261 1.165 1.267 1.341 1.433 1.505 1.675 2.005 2.010 3.096 3.170 1.631 1.891 2.019 2.663 4.281 221 Figura 171: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado × necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% IPS Estimado 165 61 72 124 68 152 121 106 132 111 143 157 166 64 131 147 153 159 143 163 171 213 222 166 192 160 195 255 Estadual TJAC TJAP TJPB TJRR TJPI TJTO TJRO TJRN TJSE TJMS TJAL TJAM TJDFT TJPA TJCE TJMA TJPE TJMT TJGO TJES TJSC TJBA TJMG TJPR TJSP TJRS TJRJ 0 80 160 240 320 IPS Realizado 144 45 56 62 68 74 83 100 105 111 114 115 166 63 77 100 103 106 115 120 143 209 222 127 159 160 175 255 222 Figura 172: Taxa de congestionamento líquida (TCL) realizada × resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 68% 42% 50% 50% 58% 52% 64% 61% 64% 72% 58% 74% 65% 54% 62% 70% 66% 63% 68% 69% 71% 66% 66% 64% 65% 69% 69% 74% Estadual TJRR TJAP TJSE TJAC TJRO TJTO TJRN TJAL TJPB TJAM TJPI TJMS TJDFT TJMT TJPA TJGO TJES TJMA TJCE TJPE TJBA TJSC TJMG TJRS TJPR TJSP TJRJ 0% 16% 32% 48% 64% 80% 65% 42% 45% 50% 50% 50% 55% 56% 56% 57% 58% 59% 60% 54% 57% 58% 59% 59% 59% 60% 62% 66% 66% 58% 63% 65% 69% 74% TCL Realizado TCL Estimado 223 10.2 Justiça do Trabalho 10.2.1 Resultados A Figura 173 mostra o IPC-Jus de cada Tribunal Regio nal do Trabalho e a Figura 174 apresenta esse indicador segmentado entre 1º e 2º graus. Verifica-se que nenhum tribunal alcançou índice de 100%, tanto no 1º e 2º graus quanto no cômputo geral, ao considerar a área administrativa. O TRT3 (MG) e TRT15 (Campinas), ambos de grande porte, apresentaram indicadores globais e de 2º grau de 100%, enquanto o TRT8 (PA/AP) e TRT22 (PI), tribunais de médio e pequeno porte, apresentaram indicadores globais e de 1º grau de 100%. Outros quatro tribunais foram 100% eficientesno 2º grau: TRT2 (SP), TRT6 (PE), TRT20 (SE) e TRT13 (PB). O IPC-Jus do 2º grau foi superior ao do 1º, com índices de 84% e 79%, respectivamente. Isso não significa maior produtividade, mas tão somente que, em média, as cortes de 2ª instância apresentaram resultados mais homogêneos entre os tribunais do que as varas do trabalho. Figura 173: Resultado do IPC-Jus por total tribunal (incluída a área administrativa) Trabalho TRT19 TRT13 TRT21 TRT14 TRT23 TRT24 TRT20 TRT17 TRT11 TRT16 TRT22 TRT5 TRT10 TRT7 TRT6 TRT9 TRT12 TRT18 TRT8 TRT4 TRT1 TRT2 TRT15 TRT3 87% 56% 63% 64% 65% 67% 73% 74% 78% 90% 94% 100% 63% 71% 78% 80% 92% 96% 96% 100% 80% 87% 98% 100% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 224 Figura 174: Resultado do IPC-Jus da área judiciária por instância e tribunal 84% 100% 91% 71% 64% 100% 84% 65% 65% 67% 53% 65% 64% 55% 100% 52% 95% 79% 79% 70% 74% 100% 100% 100% 73% 79% 52% 54% 60% 63% 63% 67% 67% 87% 90% 98% 100% 56% 67% 73% 76% 86% 89% 92% 100% 74% 76% 83% 91% 93% Trabalho TRT13 TRT19 TRT21 TRT23 TRT20 TRT14 TRT24 TRT17 TRT16 TRT11 TRT22 TRT5 TRT10 TRT6 TRT7 TRT12 TRT9 TRT18 TRT8 TRT4 TRT2 TRT15 TRT3 TRT1 2º grau 1º grau A eficiência resultante do modelo pode ser constatada a partir da relação entre a taxa de congestionamento líquida versus: a) a produtividade dos magistrados (Figura 175); b) a produtividade dos servidores (Figura 176); e c) a despesa total (Figura 177). Os tribunais que mais se aproximam da linha de fronteira (linha azul no gráfico) são os mais eficientes, e os mais distantes, são os menos eficientes. Verifica-se que o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região se situa na fronteira de eficiência em todos os casos. A 3ª Região aparece na fronteira ao considerar a rela- ção entre a taxa de congestionamento líquida e a produtividade dos magistrados. A 22ª Região aparece na fronteira ao considerar a relação entre a taxa de congestionamento líquida e a produtividade dos magistrados e despesas, enquanto a 15ª Região aparece na fronteira ao considerar a relação entre a taxa de congestionamento líquida e a produtividade dos servidores e despesas. Os Tribunais Regionais do Trabalho das 11ª, 9ª, 12ª e 18ª Regiões ocupam o quadrante de melhor desempenho (2º quadrante para os indicadores de produtividade e 3º para o de despesa) em todos os gráficos, sendo o primeiro de pequeno porte e os demais de médio porte. Já os tribunais das 5ª, 10ª, 19, 21ª e 24ª Regiões estão no quadrante de menor desempenho (4º quadrante para os indicadores de produtividade e 1º para o de despesa), sendo os dois primeiros de médio porte e os demais de pequeno porte. 225 Figura 175: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × índice de produtividade dos magistrados, excluindo os processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais Taxa de Congestionamento Líquida Ín di ce d e Pr od ut iv id ad e do M ag is tra do 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 50 0 1.0 00 1.5 00 2. 00 0 TRT TRT1 TRT10 TRT11 TRT12 TRT13 TRT14 TRT15 TRT16 TRT17 TRT18 TRT19 TRT2 TRT20 TRT21 TRT22 TRT23 TRT24 TRT3 TRT4 TRT5 TRT6 TRT7TRT8 TRT9 Grande porte Médio porte Pequeno porte Figura 176: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × índice de produtividade dos servidores, excluindo os processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais Taxa de Congestionamento Líquida Ín di ce d e Pr od ut iv id ad e do S er vi do r 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 50 10 0 15 0 TRT TRT1 TRT10 TRT11 TRT12 TRT13 TRT14 TRT15 TRT16 TRT17 TRT18 TRT19 TRT2 TRT20 TRT21 TRT22 TRT23 TRT24 TRT3 TRT4 TRT5TRT6 TRT7TRT8 TRT9 Grande porte Médio porte Pequeno porte 226 Figura 177: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × despesa total por processos baixados, excluindo despesas com inativos, processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais Taxa de Congestionamento Líquida De sp es a to ta l ( ex ce to in at iv os e o br as ) p or B ai xa do s 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 2. 00 0 6. 00 0 10 .0 00 TRT TRT1 TRT10 TRT11 TRT12 TRT13 TRT14 TRT15 TRT16 TRT17TRT18 TRT19 TRT2 TRT20 TRT21 TRT22 TRT23 TRT24 TRT3 TRT4 TRT5 TRT6 TRT7 TRT8 TRT9 Grande porte Médio porte Pequeno porte 227 10.2.2 Análises de cenário Nas simulações apresentadas a seguir são calcula dos o índice de produtividade dos magistrados (IPM), o índice de produtividade dos servidores (IPS) e a taxa de congestionamento líquida (TCL), considerando, também, os pro- cessos de execuções fiscais. Os indicadores estimados têm como hipótese que os tribunais tenham alcançado 100% de eficiência, em contraste com os valores reais.16 Os Tribunais Regionais do Trabalho da 10ª (DF), da 21ª (RN) e da 24ª Região (MS) apresentam comportamento semelhante, pois as taxas de congestionamento seriam reduzidas de 44% a 46% para, respectivamente, 35% a 38%, mesmo com IPM inferior a de outros tribunais, como do TRT22, TRT16 e TRT15, ou com IPS inferior a 125 processos baixados por servidor (Figuras de 178 a 180). Figura 178: Índice de produtividade dos magistrados (IPM) realizado × necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% IPM Estimado 1.445 925 1.186 1.107 1.450 1.656 1.345 1.363 1.309 1.601 1.554 1.685 1.282 957 1.621 1.477 1.496 1.272 1.461 1.529 1.444 1.415 1.630 1.471 1.541 Trabalho TRT14 TRT13 TRT23 TRT21 TRT19 TRT24 TRT17 TRT11 TRT20 TRT16 TRT22 TRT10 TRT8 TRT5 TRT7 TRT6 TRT18 TRT12 TRT9 TRT4 TRT3 TRT1 TRT2 TRT15 0 600 1.200 1.800 IPM Realizado 1.264 601 749 749 925 931 989 1.062 1.173 1.186 1.462 1.685 913 957 1.018 1.149 1.195 1.226 1.399 1.411 1.150 1.415 1.420 1.443 1.541 16 Vide mais explicações na seção Análises de cenário da Justiça Estadual. 228 Figura 179: Índice de produtividade dos servidores (IPS) realizado × necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% IPS Estimado 124 79 85 92 108 129 111 102 125 131 127 162 114 81 138 113 92 114 113 124 123 121 112 156 165 Trabalho TRT13 TRT14 TRT23 TRT21 TRT19 TRT17 TRT11 TRT24 TRT20 TRT22 TRT16 TRT10 TRT8 TRT5 TRT7 TRT18 TRT6 TRT12 TRT9 TRT4 TRT1 TRT3 TRT2 TRT15 0 60 120 180 IPS Realizado 109 50 55 62 69 73 87 91 92 97 127 153 81 81 87 88 89 91 108 114 98 106 112 153 165 229 Figura 180: Taxa de congestionamento líquida (TCL) realizada × resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 43% 31% 39% 38% 34% 46% 41% 46% 40% 48% 57% 49% 20% 31% 41% 44% 37% 43% 40% 55% 33% 44% 42% 45% 46% Trabalho TRT14 TRT13 TRT23 TRT11 TRT21 TRT17 TRT24 TRT22 TRT20 TRT19 TRT16 TRT8 TRT18 TRT6 TRT10 TRT12 TRT7 TRT9 TRT5 TRT3 TRT4 TRT1 TRT2 TRT15 0% 14% 28% 42% 56% 70% 39% 23% 29% 29% 31% 35% 35% 38% 40% 41% 43% 47% 20% 30% 36% 36% 36% 37% 38% 43% 33% 38% 39% 45% 46% TCL Realizado TCL Estimado 230 10.3 Justiça Federal 10.3.1 Resultados Os mesmos indicadores utilizados no modelo d e eficiência rel ativa da Justiça Estadual e da Justiça do Trabalho foram aplicados à Justiça Federal. No entanto, por se tratar de um segmento de justiça com apenas cinco tribunais, para viabilizar o cálculo do IPC-Jus utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA), as informações foram desagrega- das por seção judiciária17. O IPC-Jus consolidado dos tribunais resulta do cálculo dos valores obtidos separadamente para o 1º e 2º graus e por essa razão nenhum tribunal apresentou indicador global de 100%, diferentemente do que ocorre nos demais ramos de Justiça. No caso da Justiça Federal, as comparações são realizadas tendo como base as seções judiciárias e as estruturas de 2º grau, considerando o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos disponíveis para cada unidade. A Figura 181 indica que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região obteve o maior IPC-Jus da Justiça Federal, com 89%, tendo o 2º grau e mais quatro SeçõesJudiciárias com indicador de 100% (PI, MA, TO e MG). O TRF1 também apresentou a Seção Judiciária menos eficiente: Amapá (47,6%). Em seguida, consta o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que contém a Seção Judiciária de Alagoas com indicador de 100%. Figura 181: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por tribunal TRF TRF2 TRF3 TRF4 TRF5 79% TRF1 89% 58% 74% 79% 80% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Figura 182: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal 71% 100% 38% 51% 100% 47% 80% 88% 62% 80% 75% 85% TRF TRF1 TRF2 TRF3 TRF4 TRF5 2º grau 1º grau 17 Vide detalhes no anexo metodológico. 231 Figura 183: Resultado do IPC-Jus do 1º grau, por seção judiciária TRF − 1º Grau TRF1 − AP TRF1 − AC TRF1 − RR TRF1 − AM TRF1 − MT TRF1 − DF TRF1 − RO TRF1 − GO TRF1 − PA TRF1 − BA TRF1 − MG TRF1 − TO TRF1 − MA TRF1 − PI TRF2 − RJ TRF2 − ES TRF3 − MS TRF3 − SP TRF4 − PR TRF4 − SC TRF4 − RS TRF5 − PE TRF5 − SE TRF5 − PB TRF5 − CE TRF5 − RN TRF5 − AL 80% 48% 57% 62% 65% 68% 71% 71% 84% 90% 92% 100% 100% 100% 100% 62% 65% 56% 82% 69% 71% 82% 65% 80% 80% 95% 97% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% A taxa de congestionamento líquida comparada com a produtividade dos magistrados (Figura 184), com a produ- tividade dos servidores (Figura 185) e com a despesa total (Figura 186) mostra que as seções judiciárias de Alagoas, Minas Gerais e Tocantins foram as únicas na fronteira de eficiência em todas as dimensões analisadas. O 2º grau do TRF4 ficou na linha de fronteira na comparação da taxa de congestionamento líquida com produtividade dos magistrados. O 2º grau do TRF1 ficou na linha de fronteira na comparação da taxa de congestionamento líquida com produtividade dos magistrados e dos servidores. As seções judiciárias do Maranhão e Piauí se encontram na linha de fronteira na comparação da taxa de congestionamento líquida com produtividade dos servidores. 232 Figura 184: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × Índice de produtividade dos magistrados, excluindo os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais Taxa de Congestionamento Líquida Ín di ce d e Pr od ut iv id ad e do M ag is tra do 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 2. 00 0 6. 00 0 10 .0 00 DF GO MT MG AC AM AP PA RO RR TO BA MA PI 2º Grau RJ ES 2º Grau MS SP 2º Grau RS PR SC 2º Grau SE AL PE RN CE PB 2º Grautotal TRF1 TRF2 TRF3 TRF4 TRF5 TRF Figura 185: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × Índice de produtividade dos servidores, excluindo os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais Taxa de Congestionamento Líquida Ín di ce d e Pr od ut iv id ad e do S er vi do r 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 10 0 20 0 30 0 40 0 DF GO MT MG AC AM AP PA RO RR TO BA MA PI 2º Grau RJ ES 2º Grau MS SP 2º Grau RS PR SC 2º Grau SE AL PE RN CE PB 2º Grau total � � � � TRF1 TRF2 TRF3 TRF4 TRF5 TRF 2º Grau2º Grau2º Grau2º Grau2º Grau 233 Figura 186: Gráfico de Gartner e fronteira da taxa de congestionamento líquida × despesa total por processos baixados, excluindo as despesas com inativos, processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais Taxa de Congestionamento Líquida De sp es a to ta l ( ex ce to in at iv os ) p or B ai xa do s 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 1.0 00 3. 00 0 5. 00 0 DF GO MT MG AC AM AP PA RO RR TO BA MA PI 2º Grau RJ ES 2º Grau MS SP 2º Grau RS PR SC 2º Grau SE AL PE RN CE PB 2º Grau total � � � � TRF1 TRF2 TRF3 TRF4 TRF5 TRF 2º Grau2º Grau2º Grau2º Grau2º Grau2º Grau 10.3.2 Análises de cenário Nas simulações apresentadas a seguir, são calculados o ín dice de produtividade dos magistrados (IPM), o índice de produtividade dos servidores (IPS) e a taxa de congestionamento líquida (TCL), considerando, também, os pro- cessos de execuções fiscais e penais. Os indicadores têm como hipótese que todos os tribunais tenham alcançado 100% de eficiência. Os números nas Figuras 187 e 188 indicam quantos processos cada magistrado necessitaria baixar para que o tribunal atingisse 100% de eficiência. Analogamente, nas Figuras 189 e 190, é feita a comparação da produtividade do servidor. As Figuras 191 e 192 demonstram o impacto que tais suposições teriam na taxa de congestionamento líquida no ano de 201918. As Seções Judiciárias do Piauí e Maranhão, ambas vinculadas ao TRF1, apresentam bons resultados nos Índices de Produtividade dos Magistrados (IPM), de Produtividade dos Servidores (IPS) e na Taxa de Congestionamento Líquida (TCL), pois atingiram no ano de 2019 os maiores IPM e IPS da Justiça e ainda, a oitava e décima quarta maior taxa de congestionamento líquida. Em contrapartida, a seção judiciária do Amapá, também vinculada ao TRF1, pode- ria ter alcançado o índice de 100% de eficiência, mesmo que tivesse a produtividade por servidor da área judiciária equivalente ao terceiro menor índice da Justiça Federal. Em tal cenário, a consequência seria a redução de sua taxa de congestionamento líquida de 58% para 41%. Figura 187: Índice de produtividade dos magistrados (IPM) realizado × necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% no 2º Grau IPM Realizado 6.790 9.606 4.609 6.985 6.579 5.657 TRF−2º Grau TRF1−2º Grau TRF2−2º Grau TRF3−2º Grau TRF4−2º Grau TRF5−2º Grau 0 2.200 4.400 6.600 8.800 IPM Estimado 4.836 9.606 1.772 3.558 6.579 2.641 18 Vide mais explicações na seção Análises de Cenário da Justiça Estadual. 234 Figura 188: Índice de produtividade dos magistrados (IPM) realizado × necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% na área judiciária de 1º grau, segundo o Tribunal e UF 3.426 3.707 3.328 3.607 3.390 3.457 3.986 4.971 2.941 3.826 3.479 3.843 4.277 4.081 4.901 2.456 3.035 3.994 3.563 2.879 3.420 3.388 3.821 3.804 3.374 3.313 4.051 4.761 TRF−1º Grau TRF1−AP TRF1−RR TRF1−AM TRF1−DF TRF1−RO TRF1−MT TRF1−AC TRF1−TO TRF1−PA TRF1−MG TRF1−BA TRF1−GO TRF1−MA TRF1−PI TRF2−RJ TRF2−ES TRF3−MS TRF3−SP TRF4−PR TRF4−SC TRF4−RS TRF5−PE TRF5−SE TRF5−CE TRF5−RN TRF5−PB TRF5−AL 0 1.200 2.400 3.600 4.800 2.799 1.865 2.168 2.400 2.475 2.552 2.740 2.908 2.941 3.457 3.479 3.560 3.687 4.081 4.901 1.591 2.040 2.301 2.949 2.050 2.510 2.824 2.585 3.091 3.213 3.232 3.283 4.761 TCL Realizado TCL Estimado Figura 189: Índice de produtividade dos servidores (IPS) realizado × necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% no 2º Grau IPS Realizado 272 377 174 276 307 217 TRF−2º Grau TRF1−2º Grau TRF2−2º Grau TRF3−2º Grau TRF4−2º Grau TRF5−2º Grau 0 100 200 300 400 IPS Estimado 194 377 67 141 307 101 235 Figura 190: Índice de produtividade dos servidores (IPS) realizado × necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% na área judiciária de 1º grau, segundo o Tribunal e UF IPS Realizado 328 192 222 341 328 340 250 340 392 350 378 382 358 388 391 246 296 393 379 288 336 338 208 260 325 253 357 340 TRF−1º Grau TRF1−AP TRF1−RR TRF1−AC TRF1−AM TRF1−MT TRF1−TO TRF1−RO TRF1−DF TRF1−PA TRF1−GO TRF1−BA TRF1−MG TRF1−MA TRF1−PI TRF2−RJ TRF2−ES TRF3−MS TRF3−SP TRF4−PR TRF4−SC TRF4−RS TRF5−CE TRF5−SE TRF5−PE TRF5−RN TRF5−PB TRF5−AL 0 100 200 300 400 IPS Estimado 268 97 145 200 218 234 250 251 286 317 326 354 358 388 391 159 199 227 314 205 247 282 198 212 220 247 289 340 Figura 191: Taxa de congestionamento líquida (TCL) realizada × resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% no 2º Grau 64% 67% 62% 70% 49% 64% TRF−2º Grau TRF1−2º Grau TRF2−2º Grau TRF3−2º Grau TRF4−2º Grau TRF5−2º Grau 0% 16% 32% 48% 64% 80% 56% 67% 38% 54% 49% 46% TCL Realizado TCL Estimado 236 Figura 192: Taxa de congestionamento líquida (TCL) realizada × resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% na área judiciária de 1º grau, segundo o Tribunal e UF TCL Realizado 53% 51% 51%58% 42% 45% 49% 53% 48% 57% 61% 51% 59% 51% 58% 50% 54% 58% 70% 48% 52% 52% 48% 49% 49% 51% 60% 60% TRF−1º Grau TRF1−RR TRF1−AM TRF1−AP TRF1−MG TRF1−TO TRF1−GO TRF1−RO TRF1−PA TRF1−MT TRF1−AC TRF1−BA TRF1−DF TRF1−MA TRF1−PI TRF2−RJ TRF2−ES TRF3−SP TRF3−MS TRF4−RS TRF4−PR TRF4−SC TRF5−SE TRF5−RN TRF5−AL TRF5−CE TRF5−PE TRF5−PB 0% 16% 32% 48% 64% 80% TCL Estimado 48% 40% 41% 41% 42% 45% 45% 45% 46% 47% 48% 49% 51% 51% 58% 40% 44% 53% 57% 43% 44% 44% 43% 48% 49% 50% 50% 55% 237 11 Demandas mais recorrentes segundo as classes e os assuntos Neste capítulo, apresent am-se os quantitativos de processos ingressados no ano de 2019, segmentados por classes e assuntos, segundo as tabelas processuais unificadas instituídas pela Resolução CNJ nº 46, de 18 de dezembro de 2007. Cabe esclarecer que existem diferenças conceituais entre os processos ingressados por classe/assunto e o total de casos novos informados nas demais seções do presente Relatório. No cômputo do total de casos novos do Poder Judiciário, algumas classes são excluídas, como é o caso dos precatórios judiciais, requisições de pequeno valor, embargos de declaração, entre outras. Contudo, como o objetivo aqui é conhecer a demanda para cada uma das classes em separado, todas são consideradas. Com relação aos assuntos, é comum o cadastro de mais de um assunto em um mesmo processo. Quando isso ocorre, todos são contabilizados. Assim, os números apresentados não refletem a quantidade de processos ingressados, mas tão somente a quantidade de processos cadastrados em determinada classe e/ou assunto. As informações dos assuntos e classes mais recorrentes são mostradas conforme os cinco grupos com maiores quantitativos de processos de cada segmento de justiça e por grau de jurisdição: 2º grau, 1º grau exclusivo (somente justiça comum), turmas recursais e juizados especiais. 11.1 Assuntos mais recorrentes As tabelas processuais unificadas possuem seis níveis hie rárquicos de assuntos. Exemplificando: no grande grupo que engloba as matérias de “Direito Tributário” (nível 1), há a segmentação em outros grupos de assuntos, entre eles o grupo “Crédito Tributário” (nível 2). Esse grupo, por sua vez, é desmembrado em outros grupos, entre eles o grupo “Extinção do Crédito Tributário” (nível 3), também segmentado, dando origem, por exemplo, ao grupo “Prescrição” (nível 4). Esse último grupo também é desmembrado em outros grupos de assuntos, entre eles o grupo “Suspensão” (nível 5) que, por fim, é segmentado em diversos assuntos, tais como “Arquivamento Administrativo – Crédito de Pequeno Valor” (nível 6). As informações apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro níveis hierárquicos. Para detalhamento completo de todos os assuntos demandados na justiça, é necessário acessar os painéis eletrônicos do CNJ, dispo- níveis em https://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/paineis-cnj/. As Figuras de 193 a 197 indicam que, a Justiça Estadual, com aproximadamente 68% do total de processos ingressados no Poder Judiciário, reúne grande diversidade de assuntos. O tema direito civil aparece entre os cinco assuntos com os maiores quantitativos de processos em todas as instâncias da Justiça Estadual, destacando-se o elevado número de processos de direito penal no 2º e 1º graus, e, na justiça comum, o crime de violência doméstica contra a mulher. Ressalta-se, também, o elevado quantitativo de processos de direito tributário na justiça comum e de direito do consumidor nos juizados especiais e turmas recursais. Na Justiça do Trabalho, com 12% do total de processos ingressados, há concentração no assunto “verbas resci- sórias de rescisão do contrato de trabalho” — o maior quantitativo de casos novos do Poder Judiciário. Isso ocorre em razão da Justiça do Trabalho possuir menores possibilidades de cadastro nas Tabelas Nacionais, gerando, por consequência, dados mais concentrados em um único item. São apenas 241 assuntos na Justiça Trabalhista, perante os 2.286 existentes na Justiça Estadual. Destaca-se na Justiça Federal o elevado quantitativo de processos de direito processual cível e do trabalho no 2º grau, de direito tributário no 1º grau e de direito previdenciário nos Juizados Especiais Federais e nas Turmas Recursais. 238 Figura 193: Assuntos mais demandados 5. DIREITO ELEITORAL−Partidos Políticos/Órgão de Direção Partidária 4. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Recursos Financeiros de Campanha Eleitoral 3. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Candidatos 2. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Prestação de Contas 1. DIREITO ELEITORAL−Partidos Políticos/Prestação de Contas − De Exercício Financeiro 5. DIREITO CIVIL−Família/Alimentos 4. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 3. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 2. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 1. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6) 4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 5. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Regime 4. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes de Abuso de Autoridade 3. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes Militares 2. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Administrativo Disciplinar / Sindicância 1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Lesão Corporal e Rixa 5. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR−Jurisdição e Competência/Competência da Justiça Militar da União 4. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Administração Militar/Falsidade 3. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Estelionato e outras fraudes 2. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra Incolumidade Pública/Contra a Saúde 1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar/Deserção 5. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Liquidação/ Cumprimento/ Execução/Valor da Execução/ Cálculo/ Atualização 4. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 3. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes de Tráfico Ilícito e Uso Indevido de Drogas 2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 1. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 5. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Seguro Desemprego 4. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 23.612 (0,05%) 29.018 (0,06%) 36.899 (0,07%) 37.945 (0,07%) 60.974 (0,12%) 1.213.022 (2,35%) 1.356.290 (2,63%) 1.827.565 (3,54%) 2.227.212 (4,31%) 2.295.880 (4,44%) 213.597 (0,41%) 257.261 (0,50%) 349.332 (0,68%) 497.009 (0,96%) 699.949 (1,36%) 466 (0,00%) 575 (0,00%) 601 (0,00%) 857 (0,00%) 1.187 (0,00%) 263 (0,00%) 299 (0,00%) 308 (0,00%) 402 (0,00%) 434 (0,00%) 24.858 (0,05%) 27.988 (0,05%) 30.323 (0,06%) 30.526 (0,06%) 40.305 (0,08%) 229.727 (0,44%) 324.429 (0,63%) 326.640 (0,63%) 390.571 (0,76%) 3.093.582 (5,99%) Tr ab al ho Su pe rio re s M ilit ar Es ta du al M ilit ar Un iã o Fe de ra l Es ta du al El ei to ra l 3. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO− Organização Político−administrativa / Administração Pública/FGTS/ Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 239 Figura 194: Assuntos mais demandados no 2º grau 5. DIREITO ELEITORAL−Requerimento 4. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Recursos Financeiros de Campanha Eleitoral 3. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Prestação de Contas 2. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−AtosAdministrativos/Providência 1. DIREITO ELEITORAL−Partidos Políticos/Prestação de Contas − De Exercício Financeiro 5. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 4. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 3. DIREITO DO CONSUMIDOR−Contratos de Consumo/Bancários 2. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes de Tráfico Ilícito e Uso Indevido de Drogas 1. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6) 4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO− Partes e Procuradores/Honorários Periciais 2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 1. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO− Partes e Procuradores/Sucumbência 5. DIREITO PENAL MILITAR−Parte Geral /Penas Acessórias 4. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Regime 3. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Atos Adm./Inquérito / Processo / Recurso Administrativo 2. DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR−Jurisdição e Competência/Competência da Justiça Militar Estadual 1. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Administrativo Disciplinar / Sindicância 5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios 4. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 2.246 (0,03%) 3.379 (0,04%) 7.482 (0,09%) 7.592 (0,09%) 7.856 (0,10%) 112.619 (1,39%) 124.927 (1,54%) 154.673 (1,90%) 184.047 (2,27%) 376.820 (4,64%) 63.891 (0,79%) 65.884 (0,81%) 93.344 (1,15%) 106.528 (1,31%) 142.291 (1,75%) 215 (0,00%) 221 (0,00%) 273 (0,00%) 363 (0,00%) 491 (0,01%) 76.743 (0,94%) 148.907 (1,83%) 161.164 (1,98%) 182.344 (2,24%) 956.482 (11,78%) Tr ab al ho M ilit ar Es ta du al Fe de ra l Es ta du al El ei to ra l 240 Figura 195: Assuntos mais demandados no 1º grau (varas) Tr ab al ho M ilit ar Es ta du al M ilit ar Un iã o Fe de ra l Es ta du al El ei to ra l 5. DIREITO ELEITORAL−Partidos Políticos/Órgão de Direção Partidária 4. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Recursos Financeiros de Campanha Eleitoral 3. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Prestação de Contas 2. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Candidatos 1. DIREITO ELEITORAL−Partidos Políticos/Prestação de Contas − De Exercício Financeiro 5. DIREITO PENAL−Violência Doméstica Contra a Mulher 4. DIREITO TRIBUTÁRIO−Impostos/IPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano 3. DIREITO CIVIL−Família/Alimentos 2. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 1. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 5. DIREITO TRIBUTÁRIO−Contribuições/Contribuições Sociais 4. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Dívida Ativa não−tributária/Multas e demais Sanções 3. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 2. DIREITO TRIBUTÁRIO−Contribuições/Contribuições Corporativas 1. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 5. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO− Partes e Procuradores/Assistência Judiciária Gratuita 4. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Administrativo Disciplinar / Sindicância 3. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes de Abuso de Autoridade 2. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes Militares 1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Lesão Corporal e Rixa 5. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Furto 4. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra Incolumidade Pública/Contra a Saúde 3. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Estelionato e outras fraudes 2. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Administração Militar/Falsidade 1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar/Deserção 5. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Seguro Desemprego 4. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 21.658 (0,07%) 25.639 (0,09%) 30.463 (0,10%) 36.501 (0,12%) 53.118 (0,18%) 707.817 (2,36%) 1.018.170 (3,40%) 1.135.599 (3,79%) 1.355.767 (4,53%) 1.784.823 (5,96%) 65.701 (0,22%) 69.755 (0,23%) 86.238 (0,29%) 123.444 (0,41%) 127.921 (0,43%) 300 (0,00%) 366 (0,00%) 559 (0,00%) 598 (0,00%) 1.094 (0,00%) 115 (0,00%) 182 (0,00%) 205 (0,00%) 219 (0,00%) 291 (0,00%) 155.239 (0,52%) 165.476 (0,55%) 175.522 (0,59%) 208.227 (0,70%) 2.137.100 (7,13%) Figura 196: Assuntos mais demandados nas turmas recursais 5. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Liquidação / Cumprimento / Execução/Obrigação de Fazer / Não Fazer 4. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 3. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Material 2. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 1. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6) 4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 3. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 2. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO− 1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário Fe de ra l Es ta du al Organização Político−administrativa / Administração Pública/FGTS/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 71.221 (3,58%) 74.289 (3,73%) 91.838 (4,61%) 113.560 (5,70%) 318.527 (16,00%) 29.248 (1,47%) 32.278 (1,62%) 75.829 (3,81%) 78.134 (3,93%) 100.707 (5,06%) 241 Figura 197: Assuntos mais demandados nos juizados especiais 5. DIREITO CIVIL−Obrigações/Inadimplemento 4. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 3. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Títulos de Crédito 2. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 1. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie 4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 3. DIREITO ADM. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO− 2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 375.564 (3,43%) 420.336 (3,84%) 421.847 (3,85%) 710.250 (6,48%) 1.554.088 (14,19%) 120.257 (1,10%) 160.082 (1,46%) 213.719 (1,95%) 338.804 (3,09%) 474.051 (4,33%) Fe de ra l Es ta du al Organização Político−administrativa / Administração Pública/FGTS/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço Os diagramas de redes nas Figuras de 198 a 203 permitem a identificação dos assuntos mais recorrentes por tribunal. Os dados são mais facilmente visualizados via web, no link disponibilizado pelo QR-Code disposto em cada página. Na navegação livre, é possível mover os objetos de forma interativa. < LEMBRAR DE INSERIR O QR CODE COM O LINK > No diagrama da Justiça Estadual (Figura 198), é possível observar, por exemplo, que os principais assuntos cadastrados no TJSE diferem dos casos mais recorrentes nos outros tribunais, situando-se no extremo da figura. Os assuntos mais recorrentes nesse tribunal referem-se ao direito cível (coisas/propriedade) e direito processual civil e do trabalho (tutela provisória/liminar e partes e procuradores/sucumbência e assistência judiciária gratuita). Além desses, o assunto “indenização por dano moral” (direito civil/responsabilidade civil) é um nó presente em diversos tribunais. Os assuntos“responsabilidade do fornecedor/indenização por dano moral e obrigações/espé- cies de contratos” são nós centrais dentro do mapa, o que significa que, em quase todos os tribunais é uma causa frequentemente acionada na Justiça. O assunto “violência doméstica contra a mulher” está presente entre os cinco maiores assuntos do TJDFT e TJMT. Na Justiça Federal, o assunto central refere-se a “benefícios em espécie — aposentadoria por invalidez e auxí- lio-doença previdenciário”. Destaca-se, também, que dos cinco maiores assuntos no TRF1 e TRF5, apenas um não é referente aos benefícios em espécie. A Justiça do Trabalho possui padrão mais homogêneo, com muitos tribunais vinculados aos mesmos assuntos. Os principais referem-se à rescisão do contrato de trabalho e responsabilidade civil do empregador. Na Justiça Eleitoral, a maioria dos casos vincula-se à realização de eleições com questões principais suscitadas sobre os candidatos, a prestação de contas e os cargos. Os cinco assuntos mais recorrentes no TRE-DF diferem dos demais tribunais, sendo o assunto “administração da Justiça Eleitoral” o único a constar entre os cinco maiores assuntos em outros tribunais eleitorais. O Tribunal de Justiça Militar do estado de Minas Gerais apresenta três assuntos em comum com os demais tribunais. Ressalta-se que TJMSP e TJMRS não possuem assuntos em comum com os cinco maiores assuntos demandados no ano de 2019. 242 Figura 198: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Estadual http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2019/je.html 243 Figura 199: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Federal http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2019/jf.html 244 Figura 200: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça do Trabalho http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2019/jt.html 245 Figura 201: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Eleitoral http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2019/jl.html 246 Figura 202: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Militar Estadual http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2019/jm.html 247 Figura 203: Assuntos mais demandados por tribunal superior http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2019/sup.html 248 11.2 Classes mais recorrentes As tabelas processuais unificadas possuem seis níveis hierárquicos de classes. No grande grupo que engloba os “processos cíveis e do trabalho”19 (nível 1), há a segmentação entre “processos de conhecimento”, “processos de execução”, “recursos”, entre outros (nível 2). No próximo nível, no grupo de classes “processos de conhecimento”, é possível saber o tipo de procedimento, se de conhecimento, de cumprimento de sentença, de liquidação etc. (nível 3). Os procedimentos de conhecimento são distinguidos pelo tipo, como procedimento do juizado especial cível ou ordinário, ou sumário, ou especial (nível 4). No próximo nível, são classificados os procedimentos especiais, como de jurisdição contenciosa ou voluntária, ou regidos por outros códigos, leis esparsas e regimentos (nível 5). Chegando ao sexto e último nível, é possível saber se o processo é uma reclamação, uma ação civil pública, um habeas corpus, um mandado de injunção etc. As informações apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico. Para detalhamento mais completo de todas as classes demandadas na justiça, deve-se acessar os painéis eletrônicos do CNJ, disponíveis em https://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/paineis-cnj/. Nota-se que, diferentemente do observado na consideração dos assuntos, a Justiça Estadual apresenta a classe com o maior quantitativo de processos. A classe “procedimentos de conhecimento da matéria processo cível e do tra- balho” obteve o maior quantitativo de processos nas Justiças Estadual, Federal e do Trabalho (Figuras de 204 a 208). 19 Apesar da nomenclatura, tal grupo de classes abrange apenas processos de natureza cível nos casos das Justiças Estadual, Federal, Eleitoral e Militar. 249 Figura 204: Classes mais demandadas 5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Atos e expedientes 3. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas Eleitorais 2. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Partidos Políticos/Prestação de Contas Anual 1. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 4. PROCESSO CRIMINAL−Cartas/Carta Precatória Criminal 3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Cumprimento de Sentença/Decisão 2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso Inominado Cível 3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação Cível 2. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Requisição de Pequeno Valor 1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 5. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação Criminal 4. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Representação Criminal 3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 2. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 5. PROCESSO CRIMINAL−Cartas/Carta Precatória Criminal 4. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação Criminal 3. EXECUÇÃO PENAL E DE MEDIDAS ALTERNATIVAS−Execução da Pena 2. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 5. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Recurso Ordinário em Habeas Corpus 4. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Recurso Especial 3. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Habeas Corpus 2. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Agravo em Recurso Especial 1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recursos Trabalhistas 5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Processo de Execução Trabalhista 4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução de Título Judicial 2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recursos Trabalhistas 1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 6.192 (0,02%) 13.527 (0,03%) 16.910 (0,04%) 25.794 (0,07%) 41.152 (0,10%) 1.325.680 (3,35%) 1.351.487 (3,41%) 1.389.624 (3,51%) 3.622.711 (9,14%) 11.100.421 (28,02%) 289.255 (0,73%) 339.363 (0,86%) 361.833 (0,91%) 432.867 (1,09%) 2.171.491 (5,48%) 419 (0,00%) 460 (0,00%) 478 (0,00%) 670 (0,00%) 5.615 (0,01%) 407 (0,00%) 495 (0,00%) 522 (0,00%) 802 (0,00%) 2.182 (0,01%) 15.191 (0,04%) 63.287 (0,16%) 68.183 (0,17%) 214.769 (0,54%) 321.520 (0,81%) 22.438 (0,06%) 24.513 (0,06%) 39.747 (0,10%) 844.378 (2,13%) 1.892.638 (4,78%) Tr ab al ho Su pe rio re s M ilit ar Es ta du al M ilit ar Un iã o Fe de ra l Es ta du al El ei to ra l 250 Figura 205: Classes mais demandadas no 2º grau 5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Atos e expedientes 3. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas Eleitorais 2. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Partidos Políticos/Prestação de Contas Anual 1. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 4. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Inquérito Policial 3. PROCESSO CRIMINAL−Cartas/Carta Precatória Criminal 2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Cumprimento de Sentença/Decisão 4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo