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1 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
Módulo de funções biológicas 
Problema 1 
Objetivo 1: compreender a anatomia e histologia do sistema nervoso 
simpático 
Anatomia: A principal 
formação anatômica do 
sistema simpático é o 
tronco simpático formado 
por uma cadeia de gânglios 
unidos através de ramos 
interganglionares. Cada 
tronco simpático estende-
se, de cada lado, da base do 
crânio até o cóccix, onde 
termina unindo-se com o lado oposto. Os gânglios do tronco simpático 
dispõem-se de cada lado da coluna vertebral em toda sua extensão e são 
denominados gânglios paravertebrais. Na porção cervical do tronco 
simpático, temos classicamente três gânglios: cervical superior, cervical 
médio e cervical inferior. 
Nervos esplâncnicos e gânglios pré-vertebrais. Da porção torácica e do 
tronco simpático originaram-se a partir de T5 os chamados nervos 
esplâncnicos, maior, menor e ímo, os quais tem trajeto descente, 
atravessam o diafragma e penetram na cavidade abdominal onde terminam 
os chamados gânglios pré-vertebrais. Estes se localizam anteriormente a 
coluna vertebral e aorta abdominal, em geral próximo à origem dos ramos 
abdominais desta artéria dos quais recebem o nome. Assim, existem: dois 
gânglios celíacos, direito e esquerdo, situados na origem do tronco cefálico; 
dois gânglios aórticos-renais, na origem das artérias renais; um gânglio 
mesentérico superior e o outro gânglio mesentérico inferior, próximo à 
origem das artérias do mesmo nome. Os nervos esplâncnicos maior e 
menor terminam respectivamente nos gânglios celíacos e aórtico-renal. 
Ramos comunicantes: unindo o tronco simpático aos nervos espinais 
existem filetes nervosos denominados ramos comunicantes que são de dois 
tipos, ramos comunicantes brancos e ramos comunicantes cinzentos. Os 
2 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
ramos comunicantes brancos, ligam a medula ao tronco simpático, são, 
pois, constituídos de fibras pré-ganglionares, além de fibras viscerais 
aferentes. Já os ramos comunicantes cinzentos são constituídos de fibras 
pós-ganglionares que, sendo amielínicas, dão a esse ramo uma coloração 
ligeiramente mais escura. Como os neurônios pré-ganglionares simpáticos 
só existem nos segmentos medulares de T1 a L2, as fibras pré-ganglionares 
emergem somente destes níveis, o que explica a existência de ramos 
comunicantes brancos apenas nas regiões torácica e lombar alta. Já os 
ramos comunicantes cinzentos ligam o tronco simpático a todos os nervos 
espinais. 
Filetes vasculares e nervos cardíacos: do tronco simpático e especialmente 
dos gânglios pré-vertebrais saem pequenos filetes nervosos que se acolam 
a adventícia das artérias e seguem com elas até as vísceras. Assim, do polo 
cranial do gânglio cervical superior sai o nervo carótico interno, que se 
pode ramificar formando o plexo carótico interno, e que penetra no crânio 
nas paredes da artéria carótida interna. Dos gânglios pré-vertebrais, filetes 
nervosos acolam-se à aorta abdominal e aos ramos. Do tronco simpático 
emergem ainda filetes nervosos que chegam as vísceras por um trajeto 
independente das artérias. Entre estes termos, por exemplo, os nervos 
cardíacos cervicais superiores, médio e inferior, que se destacam dos 
gânglios cervicais correspondentes, dirigindo-se ao coração. 
No SN simpático o corpo do neurônio pré-ganglionar está localizado na 
coluna vertebral da medula (T1 a L2). A partir daí saem as fibras pré-
ganglionares pelas raízes ventrais do nervo espinhal, ganham o tronco do 
nervo espinhal correspondente de onde passam ao tronco simpático. Essas 
fibras terminam fazendo sinapse (transmissão de impulso nervoso) com 
neurônios pós-ganglionares. Os neurônios pós-ganglionares estão longe 
das vísceras e próximo da coluna vertebral. Estes neurônios podem ser 
encontrados em três posições. Em dois gânglios paravertebral ou em um 
gânglio pré-vertebral do tronco simpático. São desses gânglios que saem as 
fibras pós-ganglionares cujo destino é sempre uma glândula, musculo liso 
ou cardíaco. 
Histologia: Os gânglios são agregados de corpos celulares de neurônios 
localizados fora do sistema nervoso central. Diferenciam-se em dois tipos 
de gânglios: sensitivos e autônomos. Os sensitivos são encontrados na raiz 
3 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
dorsal dos nervos espinais e nos nervos cranianos trigêmeo, facial, 
glossofaríngeo e vago. Os autônomos incluem os gânglios do sistema 
autônomo simpático e parassimpático, bem como o sistema nervoso 
entérico (plexos mioentérico e submucoso). (BRANCALHÃO, TORQUATTO, 
RIBEIRO, OLGUÍN; 2016) 
Já no gânglio autônomo encontra-se o neurônio pós-ganglionar, que é 
multipolar e possui um corpo celular volumoso, citoplasma com 
granulações basófilas e nucléolo proeminente. Esse neurônio recebe as 
fibras mielínicas (ramo comunicante branco) do neurônio pré-ganglionar 
localizado na medula espinal ou no tronco encefálico. O axônio dos 
neurônios pós-ganglionares é, na maioria das vezes, amielínico (ramo 
comunicante cinzento) e se dirige ao órgão efetor. Cada neurônio é 
circundado por células satélites (em menor quantidade que nos gânglios 
sensitivos) e por tecido conjuntivo. Assim como o gânglio sensitivo, o 
gânglio autônomo também possui uma cápsula de tecido conjuntivo. 
(BRANCALHÃO, TORQUATTO, RIBEIRO, OLGUÍN; 2016) 
Objetivo 2: entender a fisiologia do SNS, e sua influência na homeostase e 
estresse corporal, descrevendo todas as etapas inerentes ao processo, além 
de verificar a origem dos sintomas descritos por Alfredo; 
FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: sistema nervoso 
autônomo (SNA), descrito no início do século passado, é definido como 
sendo o sistema de neurônios motores que inervam as glândulas e a 
musculatura lisa e cardíaca, sendo fundamental para a manutenção do 
equilíbrio organismo, definindo esta situação com o termo "homeostasia". 
O sistema nervoso autônomo é controlado pelo hipotálamo e é subdividido 
em simpático e parassimpático, mas existe também o sistema nervoso 
entérico. Este sistema é responsável pelo controle de todas as funções 
vegetativas inconscientes, tais como controle da frequência cardíaca, 
mobilização de glicose, frequências respiratórias e produção hormonal, 
entre outras, por inervar basicamente 3 tipos de tecido: musculo liso, 
musculo cardíaco e glândulas. O neurotransmissor principal é acetilcolina. 
A acetilcolina é liberada pelos neurônios pré-ganglionares do sistema 
simpático e parassimpático, chamados então de colinérgicos e também 
pelos neurônios pós-ganglionares do sistema parassimpático (desempenha 
papel de colinérgico e colinorreceptor). Por outro lado, os neurônios pós-
4 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
ganglionares do sistema simpático utilizam a noradrenalina como 
neurotransmissor, chamados de adrenérgicos. Estes neurotransmissores 
desencadeiam resposta intracelulares diferentes nas células alvo e 
enquanto a acetilcolina tem um efeito mais local, a noradrenalina 
geralmente se difunde para maior distância podendo atingir a corrente 
sanguínea. O SNA inerva com as mesmas fibras nervosas as células 
sudoríparas e as células de atividade sudomotora da pele, responsáveis 
respectivamente pela produção de suor, ereção de pelos e processos de 
reabsorção de sódio, cujo comportamento influência a atividade 
eletrodérmica (EDA). Ativado por situações emotivas, como estresse, o SNA 
simpático incrementa a atividade sudomotora e consequentemente a 
condutância eletrodérmica alterando a EDA. O principal mecanismo de 
controle da FC é o barorreflexo arterial, no qual células nervosas sensíveis 
à pressão (barorreceptores) são distendidas quando a pressão arterial 
diminui, enviando sinais ao bulbo que, via SNA, acelera o coração 
aumentando sua força de contração; quando a pressão arterial aumenta 
agem de forma oposta. A atuação do SNA sobre a respiração, por sua vez,ocorre em situações extremas. Normalmente, o ritmo respiratório é gerado 
por neurônios do tronco cerebral e controlado por centros neurais no bulbo 
cerebral, mas o sistema respiratório tem alta capacidade de adaptação, 
plasticidade e é influenciado pelo sistema sensorial e cognitivo. 
Quimiorreceptores pulmonares e arteriais são sensíveis à concentrações de 
O2 e CO2 e pH sanguíneo e repassam a situação ao centro respiratório 
bulbar (CRB), influenciando o comportamento ventilatório, sua frequência 
e amplitude Os neurônios simpáticos aumentam a frequência cardíaca. Em 
geral, a parte simpática ajuda a sustentar o exercício ou ações de 
emergência, as denominadas respostas de ‘’luta ou fuga’’. 
Atividade do SN Simpático: Constrição dos vasos que inervam as glândulas 
e redução de fluidos nas secreções. Resultado: redução na secreção e 
secreção espessa 
A homeostase é um equilíbrio dinâmico entre as subdivisões autonômicas. 
No caso de situações extremas, ocorre hiperativação do SNS ou do SNP 
NESSE CASO, O SNS ATIVOU O ‘’INSTINTO’’ Luta ou fuga (prioriza o fluxo 
sanguíneo para os músculos, sistema cardiovascular e cérebro). Sendo 
assim, as etapas inerentes ao processo de luta ou fuga: • Liberação de 
hormônios da glândula suprarrenal • Aumento da PA e FC • Bronco 
5 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
dilatação • Inibição da motilidade e secreção no TGI • Aumento do 
metabolismo de glicose • Mobilização de energia • Dilatação de vasos da 
musculatura esquelética e, consequentemente, aumento do fluxo 
sanguíneo • Dilatação das pupilas. 
Origem dos sintomas de Alfredo: 
➢ Tremores no corpo: O SEU CORPO COMEÇOU A TREMER PARA GERAR 
CALOR INTERNAMENTE. 
➢ Coração disparado: O CORAÇÃO DE ALFREDO DESPAROU, POIS É 
CONTROLADO PELO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO. 
➢ Respiração acelerada: AS TAXAS DE RESPIRAÇÃO DESEMPENHAM 
UM PAPEL FUNDAMENTAL NA RESPOSTA DO SNA, COM O SUSTO 
SUPOSTAMENTE OUVE UMA DISREGULARIZAÇÃO E UM AUMENTO 
DE OXIGENIO PARA O SANGUE. 
➢ Pele pálida: OCORRE PELO FATO DO CORPO ESTÁ REALIZANDO A 
VASOCONSTRICÇÃO, PARA IMPEDIR A DISSIPAÇÃO DO CALOR PARA 
O MEIO. 
➢ Cefaleia: É OCASIONADA PELA EXCITAÇÃO DO SNS E DO MECANISMO 
DE RESPOSTA HUMORAL AO STRESS. 
➢ Tonturas: um dos sintomas relacionados a Cervicalgia. 
➢ Náuseas: MOMENTO DE ESTRESSE PODEM LEVAR À REGURGITAÇÃO 
DO CONTÉUDO DO ESTÔMAGO DEVIDO UM ERRO DE RESPOSTA DO 
SISTEMA NERVOSO A SITUAÇÕES QUE REQUEREM ESTADO DE 
ALERTA. DESSA FORMA, QUANDO O ORGANISMO PERCEBE QUE FOI 
EXPOSTO AO PERIGO OU É EXIGIDO FISICAMENTE, O NORMAL É O 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO ESTIMULAR A LIBERAÇÃO DE 
ADRENALINA E INIBIR AS ATIVIDADES DO SISTEMA DIGESTIVO, O QUE 
INCLUI CONTRAIR O ESFÍNCTER DA ENTRADA DO ESTÔMAGO. 
➢ Cervicalgia: ocasiona em Alfredo foi de nível agudo, ou seja, 
ocasionado por uma má postura ou por um movimento brusco. A 
Cervicalgia é uma dor localizada nas vértebras cervicais. 
➢ Ereção dos pelos: O SISTEMA NERVOSO, COMECOU A AGIR, 
TENTANTO IMPEDIR UMA QUEDA DE TEMPERATURA. POR ISSO 
OCCOREU A EREÇÃO DOS PELOS 
Objetivo 3: Descrever o processo de sinapses nervosas, diferenciando os 
tipos de sinapses e neurotransmissores envolvidos no SNS; 
Processo: 
6 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
O local de comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma 
célula efetora é denominado sinapse. O termo neurônio pré-sináptico 
refere-se a uma célula nervosa que transporta um impulso nervoso em 
direção a uma sinapse. É uma célula que envia um sinal. Uma célula pós-
sináptica é uma célula que recebe um sinal. Pode ser uma célula nervosa, 
denominada neurônio pós-sináptico, que transporta um impulso nervoso 
para longe de uma sinapse, ou uma célula efetora (célula muscular ou 
glandular) que responde ao impulso na sinapse. 
 As sinapses é que determina as direções em que os sinais nervosos vão se 
distribuir pelo sistema nervoso. Algumas sinapses transmitem sinais de um 
neurônio para outro neurônio com mais facilidade, enquanto que outras 
transmitem sinais com mais dificuldades. Deve-se considerar também que 
sinais facilitadores e inibitórios vindos de diferentes áreas do sistema 
nervoso podem controlar a transmissão sináptica, algumas vezes abrindo 
as sinapses para a transmissão e, em outras, fechando-as. Portanto, as 
sinapses executam ação seletiva, algumas vezes bloqueando sinais fracos, 
enquanto permitem que sinais fortes passem e, em outros momentos, 
selecionando e amplificando determinados sinais fracos e, com frequência, 
transmitindo tais sinais em muitas direções em vez de restringi-los a direção 
única. 
A informação é transmitida para o sistema nervoso central. O 
armazenamento da informação é o processo chamado memória e é 
também função exercida pelas sinapses. Cada vez que determinados tipos 
de sinais sensórias passam por sequência de sinapses, essas sinapses ficam 
cada vez mais capazes de transmitir o mesmo tipo de sinal em outras 
oportunidades. Esse processo é chamado de facilitação. 
Tipos de sinapses: Uma sinapse é o contato entre duas células neuronais. 
Os potenciais de ação codificam a informação, que é processada no sistema 
nervoso central; e é por meio das sinapses que essa informação é 
transmitida de um neurônio para outro. Sinapses axodendríticas: Os 
contatos sinápticos mais comuns no SNC ocorrem entre um axônio e um 
dendrito, Sinapses axossomáticas: Um axônio também pode contatar 
outro neurônio diretamente na soma da célula(esse tipo de sinapse é muito 
menos comum no sistema nervoso central e é um poderoso sinal muito 
mais próximo do cone axonal). Sinapses axoaxônicas: Quando um axônio 
contata outro. 
 
 As sinapses nervosas podem ser químicas ou elétricas: 
7 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
Nas sinapses químicas, que são a grande maioria das sinapses 
interneuronais e todas as sinapses neura efetuadoras ocorre por meio de 
mediadores químicos denominados neurotransmissores (NT). Os NT são 
sintetizados pelos próprios neurônios e armazenados dentro de vesículas. 
Esse neurotransmissor, por sua vez, vai atuar em proteínas receptoras, 
presentes na membrana do neurônio subsequente, para promover 
excitação, inibição ou ainda modificar de outro modo a sensibilidade dessa 
célula. A maioria das sinapses utilizadas para a transmissão de sinais no SNC 
da espécie humana são sinapses químicas. 
Nas sinapses elétrica, a comunicação é física e nervosa que dispensa 
mediadores químicos; a neuro-transmissão é estabelecida através da 
passagem direta de íons por meio das junções abertas ou comunicantes. 
Os canais iônicos ficam acoplados e formas unidades funcionais 
denominadas conexinas. A transmissão da informação é muito rápida, 
mas oferece quase nenhuma versatilidade quanto ao controle da 
neurotransmissão. São particularmente úteis nas vias reflexas rápidas e 
nas respostas sincrônicas de alguns neurônios do SNC.As sinapses 
elétricas, são úteis para detectar a coincidência de despolarização 
subliminares simultâneas dentro de um grupo de neurônios 
interconectados; isso permite aumentar a sensibilidade neural e promover 
o disparo sincronizado de um grupo de neurônios interconectados. 
Obs: embora a maioria das sinapses do cérebro seja química, no SNC podem 
coexistir e interagir sinapses químicas e elétricas. 
Neurotransmissores envolvidos no processo de SNS: 
Um neurotransmissor é uma molécula liberada de uma vesícula sináptica, 
que excita ou inibe os neurônios pós-sinápticos, fibras musculares ou 
células glandulares. Existem cerca de 100 substâncias conhecidas ou 
suspeitas atuantes como transmissores sinápticos. Existem dois grupos 
distintos de transmissores simpáticos. Um dos grupos se constitui por: 
Neurotransmissores com moléculas e de ação rápida: são os que induzem 
as respostas mais agudas do sistema nervoso, como a transmissão de sinais 
sensorias para o encéfalo e dos sinas motores do encéfalo para os 
músculos. 
Ex: SÃO AMINOÁCIDOS MODIFICADOS, serotonina (percepçãosensitiva, 
regulação da temperatura, controle do humor, na apetite e no início do 
sono), dopamina (respostas emocionais, comportamentos de adição e 
experiências agradáveis), norepinefrina (funções de despertar e regulador 
8 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
do humor), histamina, acetilcolina, epinefrina, aspartato (exerce efeito 
excitatório potente) e outros. Já o outro é formado por grande número de 
neuropeptídios, de tamanho molecular muito maior e que são em geral de 
ação muito mais lenta. 
Os neurotransmissores peptídicos de ação lenta ou fatores de 
crescimento: provocam ações mais prolongadas, como mudanças a longo 
prazo do número de receptores neuronais, abertura ou fechamento por 
longos períodos de certos canais iônicos e possivelmente também as 
mudanças a longo prazo do número ou dimensão das sinapses. Ex: as 
endorfinas (atua como analgésicos naturais do corpo), ocitocina, insulina, 
glucagon, prolactina, vasopressina e outros. 
Objetivo 4: compreender os mecanismos de transmissão dos impulsos 
nervosos e o papel da membrana celular no transporte de íons; 
a informação é transmitida para o SNC, em sua maior parte, na forma de 
potencias de ação, chamados simplesmente de IMPULSOS NERVOSOS que 
se propagam por sucessos de neurônios, um após o outro. Entretanto, além 
disso cada impulso: 
• Pode ser bloqueado, na sua transmissão de um neurônio para o outro; 
• Pode ser transformando de impulso único em impulsos repetidos; 
• Pode ainda ser integrado a impulsos vindos de outros neurônios, para 
gerar padrões de impulsos muito complexos em neurônios sucessivos. 
Todas essas funções podem ser classificadas como funções sinápticas 
dos neurônios. 
De maneira muito simples, um impulso nervoso (potencial de ação) é um 
sinal elétrico que se propaga ao longo da superfície da membrana de um 
neurônio. Com a chegada do potencial de ação (IMPULSO NERVOSO) no 
terminal, os canais de Ca++ abrem-se e ocorre a difusão de Ca++ para o 
interior do terminal. O aumento de Ca++ na parte intracelular estimula a 
exocitose dos NT para a fenda sináptica .Os NT ligam-se às moléculas 
receptoras da membrana pós-sinaptica e causam mudanças de 
permeabilidade iônica. O fluxo resultante de íons muda o potencial de 
membrana pós-sinaptico transitoriamente, causando uma resposta pós-
sinaptica. Os NT por outro lado, são inativados por enzimas específicas, pois 
os neurotransmissores exocitados não podem permanecer ligados aos 
receptores permanentemente. O sistema de recepção precisa voltar 
rapidamente ao seu estado de repouso, prontificando-se para receber 
novas mensagens. Há três maneiras de inativar os mediadores químicos: 
9 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
a) difusão lateral; b) degradação enzimática e c) recaptação pela 
membrana pré-sináptica via proteínas especificas de transporte (com 
consumo de ATP) e assistida pelos astrócitos. A acetilcolina é o único NT 
que não sofre recaptação. 
 
OBS: Em cada vesícula sináptica há centenas de moléculas de NT. Quando 
o impulso de um único PA chegar ao terminal, um certo número de 
vesículas é esvaziado. Se a freqüência dos PA aumentar, 
proporcionalmente, mais vesículas são liberadas, pois o aumento da 
atividade nervosa no terminal manterá os canais de Ca++ abertos por mais 
tempo. Por outro lado, se a freqüência dos PA se mantiver alta por muito 
tempo, poderá ocorrer falta de vesículas e a neurotransmissâo poderá 
falhar até que o estoque de NT seja reposto. 
Intermediária do problema 1 
Continuação do caso de Alfredo. 
1. Elucidar a anatomia e histologia do sistema nervoso 
parassimpático. 
Anatomia: Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares da parte 
parassimpática estão localizados nos núcleos de quatro nervos cranianos 
no tronco encefálico (III, VII, IX e X) e nos cornos laterais da substância 
cinzenta, do segundo até o quarto segmentos da parte sacral da medula 
espinal. Por essa razão, a parte parassimpática e os axônios dos neurônios 
pré-ganglionares parassimpáticos são conhecidos como parte crânio-sacral 
e os axônios dos neurônios pré-ganglionares parassimpáticos são 
chamados de fluxo crânio-sacral. O fluxo parassimpático craniano consiste 
em axônios pré-ganglionares que se estendem a partir do tronco encefálico, 
em quatro nervos cranianos. Este,possui quatro pares de gânglios e os 
gânglios associados ao nervo vago (X). Os quatro pares de gânglios 
parassimpáticos cranianos inervam as estruturas na cabeça e estão 
localizados próximo aos órgãos que inervam: gânglios ciliares, gânglios 
pterigopalatinos, os gânglios submandibulares ,os gânglios óticos. O 
restante dos gânglios terminais não tem nomes específicos. Como os 
gânglios terminais estão localizados próximo da parede ou na parede dos 
órgãos viscerais, os axônios pré-ganglionares parassimpáticos são longos, 
em comparação com os axônios pós-ganglionares parassimpáticos, que são 
curtos. O fluxo parassimpático sacral consiste em axônios pré-ganglionares 
nas raízes anteriores do segundo ao quarto nervos sacrais (S2-S4). Axônios 
10 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
dos neurônios pré-ganglionares da parte parassimpática passam para os 
gânglios terminais próximo ou dentro de um efetor visceral). No gânglio, o 
neurônio pré-ganglionar normalmente faz sinapse com apenas quatro ou 
cinco neurônios pós-ganglionares, todos os quais inervam um único efetor 
visceral, permitindo que as respostas parassimpáticas fiquem restritas a um 
único efetor. Os axônios de neurônios simpáticos e parassimpáticos 
formam redes entrelaçadas chamadas de plexos autônomos. O abdome e 
a pelve também contêm plexos autônomos importantes: O plexo celíaco é 
o maior plexo autônomo e envolve o tronco celíaco. O plexo contém dois 
grandes gânglios celíacos, dois gânglios aórtico-renais e uma densa rede de 
axônios autônomos, e é distribuído para o estômago, baço, pâncreas, 
fígado, vesícula biliar e medula das glândulas suprarrenais. O plexo 
mesentérico superior contém o gânglio mesentérico superior e inerva o 
intestino delgado e a parte proximal do colo. O plexo mesentérico inferior 
contém o gânglio mesentérico inferior, que inerva a parte distal do colo e o 
reto. Axônios de alguns neurônios pós-ganglionares simpáticos, 
provenientes do gânglio mesentérico inferior, também se estendem pelo 
plexo hipogástrico, com localização anterior à quinta vértebra lombar, para 
suprir a bexiga urinária e os órgãos genitais. O plexo renal contém o gânglio 
renal e supre as artérias renais dentro dos rins e dos ureteres. 
 
HISTOLOGIA: células de schwann. São células alongadas, possui a mesma 
função dos oligodendrócitos e faz parte do sistema nervoso periférico. 
Também são denominadas neurolemócitos e são células planas que 
envolvem os axônios do SN(PERIFÉRICO). As células de schwann formam a 
bainha de mielina em torno dos axônios. Cada célula de schwann mieliniza 
um único axônio. Uma única célula de schwann também pode envolver até 
20 ou mais axônios não mielinizados (axônios que não tem bainha de 
mielina). As células de schwann participam na regeneração do axônio, que 
é mais facilmente realizada no Sistema Nervoso Periférico do que no 
sistema nervoso central. 
Células satélites: são células planas, pequenas, achatadas, que circundam 
os corpos celulares dos neurônios dos gânglios do sistema nervoso 
periférico. AS CÉLULAS SATÉLITES tem como função: manter um 
microambiente controlado ao redor do neurônio, isolamento 
elétrico, proporciona um suporte estrutural, as células satélites regulam a 
11 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
troca de substâncias entre os corpos celulares dos neurônios e o 
liquido intersticial. Essas células possuem núcleo heterocromático. 
 
Células do tecido nervoso 
As células do sistema nervoso dividem-se em: 
• Neurônios – os quais são responsáveis pelas funções receptivas. 
• Células da Glia ou Neuróglia – as quais são responsáveis pela 
sustentaçãoe pela proteção dos neurónios. 
 
Os Neurônios 
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos 
estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a 
execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para 
exercerem tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: a 
excitabilidade e a condutibilidade. Excitabilidade é a capacidade que 
permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou 
externos. Portanto, excitabilidade não é uma resposta, mas a propriedade 
que torna a célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários 
tipos celulares do organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos 
celulares distintos também diferem umas das outras. A resposta emitida 
pelos neurônios assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo 
de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os neurônios 
transmitem essa onda de excitação – chamada de impulso nervoso – por 
toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de tempo. 
Esse fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade.Para 
compreendermos melhor as funções de coordenação e regulação exercidas 
pelo sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura básica de 
um neurônio e como a mensagem nervosa é transmitida. 
Os neurônios são considerados a unidade básica do sistema nervoso. Estas 
são as verdadeiras células condutoras do tecido nervoso, as responsáveis 
pela recepção e pela transmissão dos impulsos nervosos sob a forma de 
sinais eléctricos. Estas células não têm a capacidade de se regenerar. 
Os neurônios são compostos pelo corpo celular ou pericário, dendritos e 
axônios. 
• Pericário ou corpo celular: é nesta estrutura que se dá a sintese 
proteica, sendo também nesta aqui que ocorre a convergencia das 
correntes eléctricas geradas na árvore dendrítica. Cada corpo celular 
12 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
neuronal contém apenas um núcleo que se encontra no centro da 
célula. É também nesta estrutura que estão alojadas todas as funções 
celulares em geral. 
• Dendritos: São prolongamentos especializados em receber e 
transportar os estimulos das células sensoriais, dos axônios, e de outros 
neurônios. Possuem múltiplas ramificações e extremidades 
arborizadas, o que lhes dá a capacidade de receber multiplos estimulos 
de vários neurônios de maneira simultânea. 
• Axônios: são prolongamentos únicos especializado na condução de 
impulsos, que transmitem informações do neurônio para outras células 
(nervosas, musculares, glandulares). Normalmente existe apenas um 
único axônio em cada neurônio. 
Classificação dos neurônios: 
Os neurônios podem ser divididos e classificados segundo algumas 
caracteristicas particulares como a forma e a função. 
Quanto à forma: 
• Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio 
• Bipolares: possuem um dendrito e um axônio. 
• Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, 
prolongamente único, mas este se divide em dois, dirigindo-se um ramo 
para a periferia e outro para o sistema nervoso central. 
 
Quanto à função: 
• Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e 
fibras musculares. 
• Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do 
ambiente. 
• Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, 
formando circuitos complexos. 
As células da glia 
As células da glia possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, 
mantendo-os unidos. Os principais tipos de células desta natureza são 
os astrócitos, oligodendrócitos, micróglias e células de Schwann. 
• Astrócitos: têm a forma de estrela, com inúmeros prolongamentos; em 
grande quantidade, apresentam-se sob duas formas: astrócitos 
protoplasmáticos, localizados na substância cinzenta; e astrócitos 
fibrosos localizados na substância branca. Têm como funções 
sustentação, participam da composição iônica e molecular do ambiente 
extracelular dos neurônios. Alguns astrócitos apresentam 
prolongamentos chamados pés vasculares, que se expandem sobre os 
13 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
capilares sanguíneos. Admite-se que esses prolongamentos transferem 
moléculas e íons do sangue para os neurônios. 
• Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de 
isolantes elétricos para os neurônios do SNC. Os oligodendrócitos têm 
prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a 
bainha de mielina. 
• Micróglia: células pequenas com poucos prolongamentos, presentes 
tanto na substância branca, como na substância cinzenta. São células 
fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo 
sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário no sistema 
nervoso central. 
• Células de Schwann: as células de Schwann têm a mesma função dos 
oligodendrócitos, porém se localizam em volta do sistema nervoso 
periférico. Cada célula de Schwann forma uma bainha de mielina em 
torno de um segmento de um único axônio. Ao contrário, os 
oligodendrócitos têm prolongamentos por intermédio dos quais 
envolvem diversos axônio. Essa bainha de mielina atua como isolante 
elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do 
impulso nervoso ao longo do axônio, porém, não é contínua, entre uma 
célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da 
bainha, o quacarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) 
denominada nódulo de Ranvier. 
Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de 
mielina. Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os 
amielínicos. Em uma fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o 
axônio: bainha de mielina (de natureza lipídica), bainha de Schwann e o 
endoneuro. 
2. Explicar a fisiologia do SNAP no que tange a homeostase 
corporal. 
Fisiologia: Os receptores nicotínicos estão presentes nas membranas 
plasmáticas dos dendritos e dos corpos celulares dos neurônios pós-
ganglionares simpáticos e parassimpáticos. Os receptores muscarínicos 
estão presentes nas membranas plasmáticas de todos os efetores (músculo 
liso, músculo cardíaco e glândulas) inervados pelos axônios pós-
ganglionares parassimpáticos. A ativação dos receptores nicotínicos pela 
ACh produz despolarização e, portanto, a excitação da célula pós-
ganglionar — que pode ser um neurônio pós-ganglionar, um efetor 
autônomo ou uma fibra muscular esquelética. A ativação dos receptores 
muscarínicos pela ACh, algumas vezes, produz despolarização (excitação) e, 
14 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
outras vezes, produz a hiperpolarização (inibição), dependendo do tipo 
específico de célula que possui os receptores muscarínicos. Por exemplo, a 
ligação da ACh aos receptores muscarínicos inibe (relaxa) os esfíncteres de 
músculo liso no trato gastrointestinal. Em comparação, a ACh excita os 
receptores muscarínicos nas fibras musculares lisas presentes na camada 
circular da íris, provocando sua contração. Como A acetilcolina é inativada 
rapidamente pela enzima acetilcolinesterase (AChE), os efeitos provocados 
pelos neurônios colinérgicos são breves. Ao contrário das atividades de luta 
ou fuga da parte simpática, a parte parassimpática intensifica as atividades 
de repouso e digestão. As respostas parassimpáticas sustentam as funções 
corporais que conservam e restauram a energia do corpo durante os 
períodos de repouso e recuperação. Nos intervalos de calma entre os 
períodos de exercício, os impulsos parassimpáticos para as glândulas 
digestivas e para o músculo liso do trato gastrointestinal predominam sobre 
os impulsos simpáticos.Isso permite que os alimentos fornecedores de 
energia sejam digeridos e absorvidos. Os efeitos da estimulação simpática 
são mais duradouros e mais difundidos do que os efeitos da estimulação 
parassimpática..O acrônimo SLUDD é útil na recordação das cinco 
respostas parassimpáticas. Significa salivação (S), lacrimação (L), urinação 
(micção) (U), digestão (D) e defecação (D). Todas essas atividades são 
estimuladasprincipalmente pela parte parassimpática. Além de aumentar 
as respostas SLUDD, outras respostas parassimpáticas importantes são as 
“três reduções”: redução da frequência cardíaca, redução do diâmetro das 
vias respiratórias (brônquio-constrição) e redução do diâmetro (constrição) 
das pupilas. 
 
3. Diferenciar os aspectos do SNAS com o SNAP correlacionando 
com os sintomas de Alfredo. REFERÊNCIA: TORTORA 
Diferentemente das atividades de luta ou fuga da parte simpática, a 
parte parassimpática intensifica as atividades de repouso e 
digestão. As respostas parassimpáticas sustentam as funções 
corporais que conservam e restauram a energia do corpo durante 
períodos de repouso e recuperação. Nos intervalos de quietude, 
entre períodos de exercícios, os impulsos parassimpáticos para as 
glândulas e o músculo liso do sistema digestório predominam sobre 
os impulsos simpáticos. Isso possibilita a digestão e a absorção dos 
alimentos que fornecem energia. Ao mesmo tempo, as respostas 
parassimpáticas diminuem as funções do corpo que sustentam a 
atividade física. O acrônimo SLUDD pode ser útil para lembrar-se das 
15 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
cinco respostas parassimpáticas: salivação (S), lacrimejamento (L), 
urina (micção) (U), digestão (D) e defecção (D). Todas essas atividades 
são estimuladas principalmente pela parte parassimpática. Outras 
respostas parassimpáticas importantes são as ‘’ três reduções’’: 
redução da frequência cardíaca, redução do diâmetro das vias 
respiratórias (broncoconstrição) e diminuição do diâmetro das 
pupilas (miose). As fibras parassimpáticas nos nervos vago e 
glossofaríngeo controlam a secreção da saliva, o ritmo da 
frequência cardíaca, a secreção gástrica e pancreática e muitas das 
contrações da parte superior do tubo gastrintestinal, e as fibras 
parassimpáticas, de origem sacral, controlam o esvaziamento da 
bexiga e do reto (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O SNA 
parassimpático no coração promove bradicardia e vasoconstrição 
das coronárias, nos vasos periféricos promove a vasodilatação, no 
canal alimentar o aumento do peristaltismo e abertura dos 
esfíncteres (receptor adrenérgicos alfa e beta2) nas glândulas 
salivares aumento do volume da secreção e fluidez (receptor 
adrenérgicos alfa e beta2) e na bexiga a contração do musculo 
detrusor(ação no esvaziamento da bexiga, receptor adrenérgicos alfa 
e beta2). Os órgãos com inervação dupla são os que são inervado 
pelo simpático e parassimpático, os efeitos podem ser: antagônicos, 
complementares e cooperativos. No antagônico temos as pupilas 
que no simpático promove a dilatação e no parassimpático a 
contração, no coração o SNAS aumento da FC e SNAP diminuição da 
FC, no trato digestório o SNAS inibição e no SNAP estímulo. No 
cooperativo temos as glândulas salivares que no simpático 
promove uma saliva espessa e na parassimpática saliva aquosa. 
Obs: A operação da PESN, o “cérebro do intestino”, é involuntária. 
Outrora considerada parte da DASN(Divisão Autônoma do Sistema 
Nervoso), a PESN consiste em aproximadamente 100 milhões de 
neurônios, dispostos nos plexos entéricos, que se estendem por 
quase todo o comprimento do trato gastrointestinal (GI). Os 
neurônios motores entéricos governam a contração do músculo liso 
do trato GI para impulsionar o alimento pelo trato GI, as secreções 
dos órgãos do trato GI, como o ácido do estômago e a atividade das 
células endócrinas do trato GI, que secretam hormônios, hormônio 
esse como a serotonina. 
Dessa forma, os sintomas apresentados por Alfredo, que tem relação com 
o sistema nervoso parassimpático, foi a sua polifagia anormal e a sua 
vontade instantânea de defecar. Contudo, logo após esse quadro, Alfredo 
16 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
ainda sentiu uma vontade de dormir imediatamente. Tirando um ‘’cochilo’’ 
de duas horas. 
4. Descrever o processo de sinapses envolvidas no SNAP. 
Os neurônios estabelecem comunicações entre si por meio de estruturas 
denominadas sinapses nervosas. A comunicação entre os neurônios motor 
e as células musculares ocorre por meio da junção neuromuscular. As 
sinapses nervosas podem ser químicas ou elétricas. 
MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA 
Liberação dos NT 
Com a chegada do PA no terminal, os canais de Ca++ voltagem dependentes 
abrem-se e ocorre a difusão de Ca++ para o interior do terminal. O aumento 
de Ca++ intracelular estimula a exocitose dos NT para a fenda sináptica. Os 
NT ligam-se a receptores da membrana pós-sinaptica e causam mudanças 
de permeabilidade iônica. O fluxo resultante de íons muda o potencial de 
membrana pós-sináptico transitoriamente, causando uma resposta pós-
sinaptica. Os NT por outro lado, são inativados por enzimas específicas. 
A neurotransmissâo química é quântica: A unidade elementar da 
neurotransmissâo química é o efeito causado pelos NT contidos em uma 
vesícula. Como cada vesícula contém a mesma quantidade de NT, a 
resposta pós-sinaptica é quântica, ou seja, a amplitude do potencial pós-
sináptico será sempre o múltiplo da resposta causada por uma única 
vesícula. 
Como desativas a neurotransmissâo: Os NT (ou os neuromoduladores) 
exocitados não podem permanecer ligados aos receptores 
permanentemente. O sistema de recepção precisa voltar rapidamente ao 
seu estado de repouso, prontificando-se para receber novas mensagens. 
Há três maneiras de inativar os mediadores químicos: a) difusão lateral; 
b) degradação enzimática e c) recaptação pela membrana pré-sináptica 
via proteínas especificas de transporte (com consumo de ATP) e assistida 
pelos astrócitos. A acetilcolina é o único NT que não sofre recaptação. 
Os neurônios possuem dois tipos de NT: Se o NT causar despolarização 
na membrana pós-sináptica, o NT e a sinapse são chamados de 
excitatórios. Mas, se causarem hiperpolarização são chamados de 
inibitórios. Há vários tipos de NT excitatórios e inibitórios. 
17 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
O potencial pós-sináptico despolarizante é denominado potencial pós-
sináptico excitatório (PEPS) e o hiperpolarizante, potencial pós- 
sináptico inibitório (PIPS). Os PEPS e PIPS são, portanto, alterações 
localizadas no potencial de membrana causadas por aberturas de canais 
iônicos dependentes de NT. 
Os PEPs e os PIPs são respostas elétricas de baixa voltagem e as 
respectivas amplitudes dependem da quantidade de NT. Os potenciais 
pós-sinápticos são eventos elétricos causados pela abertura de canais 
iônicos NT dependentes cuja amplitude é baixa, mas variável. Já os PA 
são eventos elétricos do tipo tudo-ou-nada (amplitude e duração 
constantes) causados pela abertura de canais iônicos (Na e K) voltagem 
dependentes. 
OS NT agem sobre dois tipos de receptores 
pós-sinápticos 
Receptores ionotrópicos: possuem sítios de recepção para os NT 
localizados em um canal iônico com comporta. Quando o NT se liga ao 
sítio receptor ocorre uma mudança de conformação espacial resultando 
na abertura (ou fechamento) de poro iônico. 
Receptores metabotrópicos: são moléculas que possuem sítios para os 
NT, mas que não são canais iônicos. A formação do complexo NT-
receptor inicia reações bioquímicas que culmina com a abertura indireta 
dos canais iônicos. Nesse caso o receptor pós-sinaptico ativa uma 
proteína reguladora chamada proteína G que por sua vez, aciona uma 
outra proteína chamada efetuadora que efetivamente, poderá mudar a 
conformação de um canal iônico ou então, ativar uma enzima chave que 
modifica o metabolismo do neurônio pós-sinaptico. Esses tipos de 
receptores ativam uma reação em cascata e usam um segundo 
mensageiro (o primeiro é NT). 
Assim, nas sinapses em que os NT agem diretamente sobre receptores 
ionotrópicos, a neurotransmissâo é bastante rápida e nas sinapses 
mediadas por receptores metabotrópicos a comunicação é mais 
demorada. 
A proteína G é uma molécula que fica ancorada na membrana 
citoplasmática e possui três subunidades (α,β e δ). Quando ela está em 
repouso, a unidade α está ligada a uma molécula de GDP. Quando o NT 
18 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
se liga ao receptor, a proteína G troca a molécula de GDP pelo GTP e a 
subunidade α desliza-se pela membrana até encontrar uma molécula 
efetora. 
Por exemplo, quando a acetilcolina liberada pelos terminais nervosos se 
liga ao seu receptor nas fibras musculares cardíacas, a subunidade α age 
abrindo os canais de K e a sua saída e causa PIPS. A hiperpolarização torna 
a fibra cardíaca menos excitável e como conseqüência, ocorre a redução 
na freqüência de batimento do coração. 
Propriedades das 
comunicações neurais 
1) Facilitação. Quando o neurônio estimula o outro com uma freqüência 
elevada durante um certo intervalo de tempo, a membrana pós-sináptica 
passa a responder com maior amplitude a cada estímulo isolado. Em 
outras palavras, ela fica mais fácil de ser despolarizada até o seu limiar 
(torna-se mais excitável). 
2) Fadiga sináptica. Se os estímulos de alta freqüência se prolongarem, a 
membrana pós- sinaptica apresenta fadiga, resultando na suspensão 
temporária da transmissão nervosa, devido ao esgotamento do NT e à 
inativação dos receptores pós-sinapticos. 
3) Potenciação pós-tetânica. É uma forma de facilitação sináptica mais 
prolongada. Logo após a fadiga sináptica, a membrana pós-sinaptica se 
torna excessivamente sensível à estimulação. Supõe-se que o acúmulo de 
Ca++ dentro dos terminais pré-sinápticos facilite a liberação dos NT. 
4) Potenciação em longo prazo (LTP). A potenciação pós-tetânica decai 
dentro de poucos minutos, mas em algumas sinapses centrais (como no 
hipocampo) o processo é mantido por longo tempo e parece estar 
associada à base da aprendizagem e memória. 
5) Condução unidirecional. A condução dos impulsos nervosos através das 
sinapses se dá apenas unidirecionalmente, dos botões terminais para a 
membrana pós-sinaptica, nunca em sentido contrário, garantido o fluxo 
unidirecional das informações. Uma exceção é a ação de do 
neurotransmissor, NO que age do neurônio pós-sináptico para a o pré-
sináptico. Um neurônio pode regular a excitabilidade de outro neurônio 
por meio de neurônios inibitórios 
19 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
NEUROTRANSMISSORES E NEUROMODULADORES 
 
Um NT tem como características típicas: 
1. ser sintetizado pelos neurônios pré-sinápticos; 
2. ser armazenado dentro de vesículas e armazenados nos terminais 
axônicos; 3. ser exocitados para a fenda sináptica com a chegada do PA; 
4. possuir receptores pós-sinápticos cuja ativação causa potenciais pós-
sináptico (excitatórios ou inibitórios); 
5. uma vez purificado, mimetizar os mesmos efeitos fisiológicos. Geralmente, 
um neurônio produz apenas um tipo de NT, excitatório ou inibitório. Não raro, 
entretanto, ele pode sintetizar e secretar dois tipos de mediadores 
químicos: um NT e outro neuromodulador. Esse último tem a função de 
regular o nível de excitabilidade da membrana pós-sinaptica. 
 
Neurotransmissor Receptor Agonistas Antagonistas 
Tanto nos gânglios do SNPA simpático como nos do SNPA parassimpático 
ocorrem sinapses químicas entre os neurônios pré-gânglionares e pós-
gânglionares. Nos dois casos, a substância neurotransmissora da sinapse é 
a acetilcolina. 
ACETILCOLINA 
A Ach é um NT clássico e o primeiro a ser descoberto. Atua como mediador 
de várias Colina sinapses nervosas centrais e periféricas. Os neurônios 
colinérgicos possuem a ACenzima-chave a acetilcolina transferase que 
Transportador h de ACh transfere um grupo acetil do acetil-CoA à colina. O 
neurônio também sintetiza a enzima acetilcolinesterase (AchE) que é 
secretada para a fenda sináptica e degrada o NT em colina e ácido acético. 
A colina é recaptada e reutilizada para síntese de novos NT. 
Venenos como o gás dos nervos e os inseticidas organofosforados inibem a 
ação da AchE. Esse efeito leva a uma exacerbação da atividade 
parassimpática e da atividade colinérgica sobre a musculatura esquelética. 
 
TUTORIA 2- FUNÇÕES BIOLÓGICAS 
OBJETIVO 1: ELUCIDAR A ELETROFISIOLOGIA DO CORAÇÃO E A 
FUNCIONALIDADE DO ECG; 
A fisiologia do coração 
20 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
O coração tem o papel de uma 
bomba hidráulica. O papel do 
coração como bomba, é mudar, é 
variar a pressão, para poder gerar 
um fluxo. O sistema é fechado, 
onde o fluxo é o sangue! 
Temos ‘’dois corações’’, coração 
direito= circulação pulmonar e 
coração esquerdo= circulação 
sistêmica 
Bomba cardíaca: para que seja eficiente a contração do músculo cardíaco, 
é necessário a efetividade da pré-carga e a pós-carga. A pré-carga refere-se 
à força que estira as fibras musculares, ou seja, o volume sanguíneo que 
entrará na câmara cardíaca. Quanto maior for esse volume, maior a pré-
carga, maior a contratilidade do coração (lei de Frank-Starling) e maior o 
débito cardíaco. A pós-carga é a resistência que o sangue enfrentará. E isso 
depende dos tônus dos vasos, da resistência vascular periférica. Quanto 
maior a pós-carga, menor o debito cardíaco. 
NA FISIOLOGIA ABORDAMOS O CICLO CARDÍACO. 
O coração consiste em duas bombas separadas que atuam juntas, uma na 
porção esquerda e outra na direita. Em cada uma, uma bomba de 
enchimento – o átrio ou aurícula – e uma de potência – o ventrículo. As 
bombas de enchimento preenchem os ventrículos com sangue e as bombas 
de potência ventriculares produzem a principal força que origina a 
circulação sanguínea pelas artérias pulmonares e sistêmicas. O termo Ciclo 
Cardíaco se refere ao processo de bombeamento repetitivo que se inicia 
com o começo da contração muscular cardíaca e acaba com o início da 
próxima contração. O termo sístole significa contrair e diástole significa 
dilatar. A sístole auricular é a contração do miocárdio auricular e a diástole 
auricular é o relaxamento do miocárdio auricular. Da mesma maneira para 
a sístole e diástole ventriculares. Um detalhe, é que quando os dois termos 
são usados sem referência à câmara especifica, dizem respeito ao 
ventrículo. Portanto, as células marcapasso, responsáveis pela geração e 
condução dos estímulos elétricos. O controle da atividade cardíaca é feito 
sistema nervoso simpático e parassimpático. O nó sinoatrial (NSA) é o 
marcapasso cardíaco e controla o ritmo das contrações O ciclo cardíaco é 
iniciado através de um potencial de ação do nó sinoatrial, que se difunde 
21 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
pelos átrios, provocando a sua contração. Em seguida, o impulso atinge o 
nó atrioventricular (NAV) em que há um atraso do impulso, permitindo a 
passagem do sangue dos átrios para os ventrículos. Por último, o impulso 
alcança as fibras de Purkinje e se disseminam pelos ventrículos, permitindo 
a sua contração. Antes do início da sístole, os átrios e os ventrículos estão 
relaxados, os ventrículos estão repletos de sangue, as válvulas semilunares 
estão encerradas e as válvulas atrioventriculares (AV) estão abertas. 
Quando começa a sístole, a contração dos ventrículos aumenta as pressões 
ventriculares, o que leva o sangue a refluir no sentido no sentido do átrio 
fechando as válvulas AV. Enquanto a contração continua, as pressões 
ventriculares continuam se elevando, mas nenhum sangue sai, pois todas 
as válvulas estão fechadas. Este pequeno intervalo antes da sístole é 
denominado período de contração isovolumétrica, uma vez que o volume 
sanguíneo no ventrículo não se altera. Conforme os ventrículos continuam 
a se contrair, as pressões ventriculares superam as pressões da artéria 
pulmonar e da aorta, o que leva a que, durante o período de ejeção, as 
válvulas semilunares sejam forçadas a abrir e deixarem o sangue sair dos 
ventrículos para aquelas artérias. A aorta é uma artéria muito elástica, de 
forma que a medida que o sangue entra neste vaso, há uma distensão para 
acomodar esse volume. Assim, quanto mais a aortase distende, menor a 
diferença de pressão entre este vaso e o ventrículo esquerdo. Quando as 
pressões se igualam, não há mais ejeção de sangue. No início da diástole, 
os ventrículos relaxam e a pressão ventricular cai abaixo das pressões da 
artéria pulmonar e da aorta. Dessa maneira o sangue começa a refluir em 
direção aos ventrículos levando a que as válvulas semilunares se fechem. 
Com isso, todas as válvulas cardíacas ficam fechadas e nenhum sangue 
entra nos ventrículos durante o período de relaxamento isovolumétrico. No 
decurso da sístole ventricular e do período de relaxamento isovolumétrico, 
os átrios relaxam e recebem o sangue advindo das veias. Durante o 
relaxamento gradual dos ventrículos, as pressões ventriculares se tornam 
inferiores às auriculares, as válvulas AV se abrem e o sangue flui dos átrios 
para os ventrículos relaxados. A porção terminal do enchimento ventricular 
é um processo ativo que depende do aumento da pressão auricular 
decorrente da contração dos átrios. 
RESUMÃO DELICINHA DA BAHIA-→ NA SÍSTOLE VENTRICULAR: 
CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA (O VOLUME NÃO SE ALTERA, O VOLUME É 
IGUAL), EJEÇÃO RÁPIDA (70% DO VOLUME VENTRICULAR). 
22 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
DIÁSTOLE VENTRICULAR: EJEÇÃO LENTA (30% DO VOLUME VENTRICULAR), 
EFEITO WINDKESSEL E O RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO. 
ENCHIMENTO VENTRICULAR: ENCHIMENTO RÁPIDO, ENCHIMENTO LENTO 
(DIÁSTASE) E A CONTRAÇÃO ATRIAL < 20% DO VOLUME. 
SEELEY, Rod; STEPHENS, Trent; TATE, Philip – Anatomia & Fisiologia. 6ª Ed. 
Lisboa: Editora Lusodidacta, 2005. 
MECANISMO DE FRANK-STARLING: TODO SANGUE QUE CHEGA NO 
CORAÇÃO INDEPENDENTE DO QUANTO DE VOLUME FOR, SE O CORAÇÃO 
ESTIVER BEM, EM RELAÇÃO AO SEU ESTADO FISIOLÓGICO, ESSE SANGUE 
VAI SER EJETADO. 
A eletrofisiologia é a especialidade da cardiologia que trata dos distúrbios 
do ritmo do coração. 
Algumas células cardíacas são especializadas em gerar potenciais elétricos 
e transmiti-los para todas as demais células. O nó sinoatrial é responsável 
por gerar o impulso elétrico. As várias fases do potencial de ação das células 
cardíacas dependem das variações de permeabilidade para os íons de 
sódio, potássio e cálcio. Existem células que tem uma resposta rápida 
(células musculares do átrio e ventrículo) e os de resposta lenta (nó 
sinoatrial e atrioventricular). O impulso ao ser gerado no nó sinusal (marca-
passo do coração), será transmitido para o átrio e depois par o nó 
atrioventricular que será transmitido para os ventrículos, através do feixe 
de his (ramos direito e esquerdo) e das fibras de purkinje. 
Na eletrofisiologia temos a resposta rápida. A resposta rápida é dividida em 
5 fases: fase 0, fase 1, fase 2, fase 3 e fase 4. 
Fase 0: anteriormente a esta fase, a célula encontra-se em repouso, e nesse 
estado possui baixa permeabilidade para o sódio e cálcio. A célula está em 
potencial de repouso, em -90Mv, e quando sofre variação para -65mV, as 
propriedades das membranas se alteram e os canais rápidos de sódio 
ativados por voltagem se abrem, o que permite o influxo de sódio. 
Fase 1: nessa fase, as células apresentam uma repolarização parcial, que se 
deve à corrente transiente de efluxo de potássio. 
Fase 2: essa é a fase do platô, onde haverá abertura de canais de cálcio e 
potássio. Nessa fase o gradiente de concentração de potássio é 
23 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
praticamente a mesma da fase 4, entretanto a voltagem da membrana está 
positiva. 
Fase 3: como o efluxo de potássio, a célula cardíaca começa a exceder o 
influxo de cálcio. Essa corrente transiente de efluxo ajudam a iniciar a 
repolarização. 
Fase 4: nessa fase há restauração das concentrações iônicas dentro da 
célula, ou seja, a célula retorna para o potencial de repouso. 
Na eletrofisiologia temos a resposta lenta. A resposta lenta possui 4 fases: 
fase 0, fase 2, fase 3 e fase 4. 
Em relação a resposta rápida, na reposta lenta a despolarização é bem 
menos rápida, não há repolarização inicial (fase 1), o platô é menos longo e 
não tão estável e a transição do platô para a repolarização final é menos 
distinta. A despolarização é produzida pelo influxo de Ca++ pelos canais de 
CA++ do tipo L, em vez do influxo de Na+. A repolarização é produzida 
nessas fibras pela inativação dos canais de Ca++ e pelo aumento da 
condutância do K+ pelos canais iK e Ik. 
ECG: É O POSICIONAMENTO DE ELETRODOS QUE VAI FUNCIONAR COMO 
UMA CÂMERA. 
ONDA P: DESPOLARIZAÇÃO ATRIAL 
COMPLEXO QRS: DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR 
ONDA T: REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR 
Funcionalidade do ECG: FONTE TORTORA o ECG FORNECE UM COMPOSTO 
DE TODOS OS POTENCIAIS DE AÇÃO GERADOS PELAS CÉLULAS NODAIS E 
CONTRÁTEIS. A condução do estímulo elétrico pode ser registrada por um 
exame chamado ECG. Esse exame registra os traçados que, ao serem 
analisados, possibilitam identificar ritmos cardíacos anormais, na detecção 
de aumento do coração, na determinação de dano em determinadas 
regiões do coração e na identificação da causa da dor torácica e intervir 
precocemente em patologias potencialmente fatais como o infarto agudo 
do miocárdio (ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para 
o coração). Sendo assim, reafirmo que os motivos para tal importância 
estão no fato de refletir a saúde cardiovascular e apontar para algumas 
anormalidades cardíacas. 
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Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
OBJETIVO 2: EXPLICAR O CICLO CARDIACO E SUAS ETAPAS; FONTE: 
TORTORA 
Um único ciclo cardíaco compreende todos os eventos associados a um 
batimento cardíaco no ciclo cardíaco normalmente, os dois átrios se 
contraem, enquanto que os dois ventrículos relaxam. Em seguida, 
enquanto os dois ventrículos se contraem, ocorre relaxamento dos dois 
átrios. A sístole= contração refere-se à fase de contração de uma câmara 
do coração; a diástole= dilatação ou expansão refere-se a fase de 
relaxamento. Sendo assim, o ciclo cardíaco é dividido nas seguintes etapas: 
➢ PERIODO DE RELAXAMENTO: no final de um ciclo cardíaco, quando 
os ventrículos começam a relaxar, todas as quatro câmaras estão em 
diástole. Este é o início do período de relaxamento. Conforme os 
ventrículos relaxam, a pressão no interior das câmaras cai e o sangue 
começa a fluir no tronco pulmonar e da aorta de volta aos 
ventrículos. À medida que esse sangue fica retido nas válvulas 
semilunares, as valvas da aorta e do tronco pulmonar se fecham. 
Simultaneamente os ventrículos continuam relaxando, o espaço 
interno se expande, e a pressão cai. Quando a pressão ventricular cai 
abaixo da pressão atrial, as valvas AV abrem-se, e começa o 
enchimento ventricular (75%) ocorre imediatamente após a abertura 
das valvas AV, sem sístole atrial. 
➢ SÍSTOLE ATRIAL (CONTRAÇÃO): a sístole atrial marca o final do 
período do relaxamento e responde pelos (25%) restante do sangue 
que enche os ventrículos. Durante todo o período de enchimento 
ventricular, as valvas AV ainda estão abertas, enquanto que as valvas 
da aorta e do tronco pulmonar ainda estão fechadas. 
➢ SÍSTOLE VENTRICULAR (CONTRAÇÃO): a contração ventricular força 
o sangue contra as valvas AV, levando-as a fechar. Por um período 
muito curto de tempo, todas as quatro valvas estão novamente 
fechadas. À medida que a contração ventricular prossegue, a pressão 
no interior das câmaras aumenta acentuadamente. Quando a 
pressão do ventrículo esquerdo eleva-se acima da pressão existente 
nas artérias, tanto a valva do tronco pulmonar quanto a valva da 
aorta se abrem, e começa a ejeção de sangue pelo coração. Isso dura 
até o início do relaxamento dos ventrículos. Em seguida, as valvas do 
tronco pulmonar e da aorta se fecham, e começa outro ciclo de 
relaxamento. 
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Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
OBJETIVO 3: EXPLANAR AS DETERMINANTES DA PRESSÃO SANGUÍNEA; 
fonte: ARAUJO 
Para GUYTON (1984) pressão é a força exercida pelo sangue circulante 
contra qualquerárea unitária da parede vascular. Esse mesmo conceito é 
adotado por ROMERO (1968), que considera ser a pressão sangüínea aquela 
transmitida pelo sangue circulante às paredes das artérias, relacionando 
cinco fatores determinantes da PA: débito cardíaco e energia da contração 
ventricular; quantidade de sangue circulante, volemia; qualidade do sangue 
e viscosidade sangüínea; elasticidade das artérias ou resistência central; 
tonicidade e permeabilidade das arteríolas pré-capilares ou resistência 
periférica. 
GUYTON (1984) considera que a PA tem uma relação básica com o débito 
cardíaco e a resistência periférica total, que pode ser representada como: 
Pressão arterial = Débito cardíaco + Resistência periférica total. Em 1985, o 
mesmo autor adiciona mais um fator, a pressão do átrio direito (PAD), de 
forma que PA = DC x RPT + PAD. 
Alterações mais permanentes e profundas dos valores da PA são causadas 
por atividades físicas e estresse prolongados. Isto é, indivíduos submetidos 
a trabalhos que causem estresse mental têm alterações permanentes da 
pressão arterial, estando já bem comprovada a relação entre hipertensão 
arterial e atividade econômica exercida (RIBEIRO et al., 1981). A idade é 
outro fator que leva a variações nos valores da pressão arterial, sendo mais 
baixos na criança e mais elevados no idoso (GUYTON, 1984). 
FATORES DETERMINATES DA PA 
A PRESSÃO ARTERIAL É DENOMINADA PELA RELAÇÃO DA PA= DC X RP. 
O Débito cardíaco é a resultante do volume sistólico (VS) multiplicado pela 
frequência cardíaca (FC). 
- O volume sistólico é a quantidade de sangue que é expelida do ventrículo 
cardíaco em cada sístole (contração). 
- As variações dos débitos cardíacos são grandes, sendo em média de 5 a 6 
litros por minuto, podendo chegar a 30 litros por minuto durante um 
exercício físico. 
A Resistência periférica é representada pela vasocontrabilidade da rede 
arteriolar. 
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Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
- Este fator importante na regulação da PA mínima ou diastólica 
- É dependente das fibras musculares na camada média dos vasos, dos 
esfíncteres pré-capilares e de substância humorais como a angiotensina e 
catecolamina. 
A distensibilidade é uma característica dos grandes vasos, principalmente 
da aorta que possuem grande quantidade de fibras elásticas. 
- Em cada sístole o sangue é impulsionando para a aorta, acompanhada de 
uma apreciável energia cinética, que é em parte absorvida pela parede do 
vaso, fazendo com que a corrente sanguínea progrida de maneira continua. 
- A diminuição da elasticidade da aorta, como ocorre em pessoa idosas, 
resulta de aumento da Pressão sistólica sem elevação da diastólica. 
A volemia interfere de maneira direta e significativa nos níveis de PA 
sistólica e diastólica; 
- Com a redução da volemia, que ocorre na desidratação e hemorragias, 
ocorre uma diminuição da PA. 
A viscosidade sanguínea também é um fator determinante, porém de 
menor importância; 
- Nas anemias graves, podemos encontrar níveis mais baixos de PA, 
podendo estar elevados na poliglobulia. 
OBJETIVO 4: CORRELACIONAR O SISTEMA NEUROENDÓCRINO COM O 
SISTEMA CARDIOVASCULAR NO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL; fonte: 
GUYTON 
O sistema endócrino do corpo é composto por sistemas de células 
hormonais endócrino e neuroendócrinas responsáveis pela produção de 
hormônios. Os hormônios são substancias químicas transportadas através 
da corrente sanguínea que tem um efeito especifico sobre a função dos 
órgãos ou células do corpo. Tendo em mente que muitos dos sistemas de 
mensageiros químicos do corpo interagem entre si, para manter a 
homeostase. Dessa forma, os hormônios neuroendócrinos são secretados 
por neurônios no sangue circulante e influenciam a função de células-alvo, 
em outro lugar do corpo. As células neuroendócrinas, localizadas no 
hipotálamo, tem axônios que terminam na hipófise posterior e eminência 
mediana e secretam vários neuro-hormônios, incluindo o hormônio 
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Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
antidiurético, a ocitocina e os hormônios hipofisiotrópicos, que controlam 
a secreção dos hormônios da hipófise anterior. Os hormônios endócrinos 
são transportados pelo sistema circulatório para células de todo corpo, 
incluindo o sistema nervoso em alguns casos, onde se ligam a receptores e 
iniciam muitas reações celulares. 
Sendo assim, a única relação que o sistema neuroendócrino tem com o 
controle da pressão arterial é em relação a hipófise posterior que tem como 
hormônio o antidiurético, também chamado de vasopressina e a ocitocina. 
Esses hormônios têm como principal função, aumenta a reabsorção de água 
pelos rins e causa vasoconstrição e AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL. E 
para sua curiosidade, a estrutura química é de peptídeo. 
Tutoria 3 – sistema respiratório 
Objetivos 
1- Compreender a fisiologia do sistema respiratório no que tange a 
ventilação mecânica e as trocas gasosas. 
O movimento dos gases 
ocorre por difusão. Os 
sistemas respiratório e 
circulatório apresentam 
várias características 
anatômicas e 
fisiológicas singulares 
que facilitam a difusão 
dos gases. Os alvéolos 
são compostos por capilares e vasos onde acontece a hematose, então o 
O2 sai do alvéolo e o CO2 entra. O O2 a cada inspiração precisa entrar 
através da membrana, então ele entra na co rrente sanguínea e se conecta 
na hemoglobina em direção aos tecidos. O transporte do oxigênio uma 
parte que é a minora é percorrida dentro do plasma e a maior parte é 
transportados pela hemoglobina. Os anêmicos podem ter pouco O2 ligado 
a hemoglobina ou pode ter uma quantidade de hemoglobina normal por 
hemácia, mas não tem hemácia suficiente, ou seja, a faltando transporte. 
Cerca de 2% de O2 está dissolvido no plasma sanguíneo, e 20 vezes mais do 
O2 é transportado através das hemácias, até porque esse transporte é bem 
mais rápido. Podemos fazer até uma analogia no caso a hemoglobina sendo 
um trem e o plasma uma bicicleta. Vale ressaltar que quanto maior o 
número de hemoglobina maior a quantidade de O2 extra para entrega. 
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Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
Pode-se afirmar que com apenas 10 de HB é possível entregar uma 
capacidade de 100 de oxigênio. Nos de 15 de HB aumenta sua capacidade, 
ou seja, quanto maior esse nível de hemoglobina maior a capacidade extra 
de O2. 
A cianose pode ter causa periférica (estenose dos vasos arteriais que vão 
para os vasos das mãos) ou central (quando existe uma cardiopatia 
intraventricular no qual o sangue desoxigenado que chega nas câmeras 
direitas vai para esquerda sem qualquer troca gasosa), mas a cianose em si 
é a hemoglobina que não está oxidada, está reduzida apresentando uma 
cor meio escura. As vezes pode acontecer de um paciente está tendo uma 
policitemia vera, ou seja, com Hb alto, mas não tem quantidade suficiente 
de O2. 
O efeito do PH na saturação: quanto mais ácido, significa que está 
acontecendo uma acidemia, tem-se uma saturação mais baixa, ou seja, a 
acidemia faz com que a HB solte de maneira mais fácil o O2 dentro dos 
tecidos. Quando o paciente está grave normalmente ele tem acidemia, e 
percebe que a saturação deste está baixa devido a esse fator. Efeito do Co2 
na saturação: Quanto maior a quantidade de Co2 no sangue menor o PH, 
acontecendo uma acidemia liberando mais O2 nos tecidos. Efeito da 
temperatura na saturação: quanto maior a temperatura, a HB entende que 
está tendo uma acidemia e maior quantidade de Co2, tendo uma facilitação 
de O2 nos tecidos. Por isso da dipirona ao paciente para que a temperatura 
baixe, e a saturação melhore. Efeito da BPG (bifosfoglicerato):quanto 
maior esse valor, maior a entrega de O2 nos tecidos. Intoxicação de CO: A 
HB se liga tanto ao O2 quanto Co2, porém este tem uma afinidade alta com 
a HB impedindo a liberação pela hemoglobina e impede a ligação de O2, 
então o O2 vai se dissolver no plasma e vai demorar mais tempo para 
chegar aos tecidos. 
O CO2 atravessa a membrana tecidual,chega no plasma, uma parte se 
dissolve e a outra entra dentro da hemácia, se conecta a uma molécula de 
água através da enzima anidrase carbônica, forma o H2CO3, que se dissocia 
em h+ e HCO3-(bicarbonato). SO bicarbonato sai da célula e o cloro entra, 
já o H+ permite a liberação do O2 pela HB, este irá para o tecido. 
2. explanar sobre a situação do sistema nervoso no controle da respiração. 
O centro respiratório é composto de vários grupos de neurônios localizados 
bilateralmente no bulbo e na ponte. Dividido em três grandes grupos de 
neurônios: 
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Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
• um grupo dorsal respiratório, localizado na região dorsal do bulbo, 
responsável principalmente pela inspiração 
 • um grupo ventral respiratório, localizado na região ventrolateral do 
bulbo, responsável tanto pela expiração quanto pela inspiração, 
dependendo dos neurônios que são estimulados 
• o centro pneumotáxico, localizado dorsalmente na região superior da 
ponte, e que ajuda a controlar tanto a frequência quanto o padrão da 
respiração. 
O grupo dorsal respiratório de neurônios desempenha um papel 
fundamental no controle da respiração. Ele se estende ao longo da maior 
parte do comprimento do bulbo. Todos ou quase todos os seus neurônios 
estão localizados no núcleo do trato solitário, embora neurônios adicionais 
da substância reticular adjacente ao bulbo provavelmente também 
desempenhem papéis importantes no controle respiratório. 
Todos ou quase todos os seus neurônios estão localizados no núcleo do 
trato solitário, embora neurônios adicionais da substância reticular 
adjacente ao bulbo provavelmente também desempenhem papéis 
importantes no controle respiratório. 
núcleo do trato solitário também é uma terminação sensorial dos nervos 
vago e glossofaríngeo, que transmitem sinais sensoriais dos 
quimiorreceptores, dos barorreceptores e de vários tipos diferentes de 
receptores pulmonares para o centro respiratório. 
Mesmo quando todas as terminações nervosas periféricas que entram no 
bulbo são seccionadas e o tronco encefálico também é seccionado acima e 
abaixo do bulbo, este grupo de neurônios ainda emite, repetitivamente, 
potenciais de ação inspiratórios. 
 Os receptores de estiramento localizados nas paredes dos brônquios e 
bronquíolos, que transmitem os sinais através dos nervos vagos para o 
grupo respiratório dorsal quando os pulmões ficam muito distendidos 
ativam uma resposta de feedback adequada que desliga a rampa 
inspiratória através do chamado reflexo de insuflação de Hering-Breuer. 
O oxigênio atua quase totalmente nos quimiorreceptores periféricos 
localizados nos corpos carotídeos e aórticos, e estes transmitem sinais 
adequados para o centro respiratório através do nervo de Hering. 
área quimiossensitiva do centro respiratório é muito sensível às mudanças 
da pressão parcial de dióxido de carbono na circulação ou à concentração 
de íons hidrogênio. 
Embora o dióxido de carbono tenha pouco efeito direto na estimulação dos 
neurônios da área quimiossensitiva, ele exerce um potente efeito indireto. 
30 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
Quando uma pessoa respira ar com muito pouco oxigênio, isto, 
obviamente, diminui a pressão parcial de oxigênio sanguínea e excita os 
quimiorreceptores carotídeos e aórticos, desse modo aumentando a 
respiração. 
Entretanto, esse efeito é muito menor do que se espera, porque o aumento 
da respiração remove o dióxido de carbono dos pulmões e 
consequentemente diminui a pressão parcial de dióxido de carbono e a 
concentração de íons hidrogênio do sangue. 
 Estas duas alterações deprimem intensamente o centro respiratório, como 
foi discutido, de modo que o efeito final dos quimiorreceptores em 
aumentar a respiração em resposta à diminuição da pressão parcial de 
oxigênio é contrabalançado. 
O tipo mais comum de respiração periódica é a respiração de Cheyne-
Stokes, caracterizada por aumento e diminuição lenta da respiração que se 
repetem aproximadamente a cada 40 a 60 segundos. 
3. elucidar o equilíbrio ácido-base e como o sistema circulatório, 
respiratório e urinário se relacionam. 
Ao realizar suas atividades metabólicas para manter a homeostase 
corporal, as células produzem diversos resíduos, metabólicos. Esse íon ( H+) 
é o grande responsável por deixar um ambiente mais ácido e causar alguns 
distúrbios à célula, além de ter a capacidade de reagir com diversas 
estruturas internas da célula e poder gerar diversos danos. Os rins possuem 
a capacidade de regular a quantidade de H+. O equilíbrio da quantidade 
corporal de H+ depende do equilíbrio entre a ingestão (ou produção) e a 
eliminação do H+. O sistema renal regula a excreção corporal do H+ e 
mantém o PH dos líquidos corporais dentro de uma faixa estreita aceitável, 
a fim de não comprometer as funções celulares e teciduais. 
Toda molécula que perde íons H+ em uma reação química será classificada 
como ácida. Quando uma molécula receber os íons H+ em uma reação 
química, será definido como base. A HEMOGLOBINA POSSUI CARGA 
ELÉTRICA NEGATIVA. 
A acidose é uma condição em que os líquidos corporais estão bastantes 
concentrados em íons de H+ ou quando ele é adicionado excessivamente 
em um meio. A alcalose é a condição na qual os líquidos corporais estão 
carregados de bases ou quando os íons H+ são retirados intensamente de 
um meio. 
31 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
O balanço entre a ingestão e ingestão/produção e a excreção renal de H+ 
nos líquidos corporais, sendo necessário outros mecanismos para controlar 
a concentração de H+. Outras estruturas corporais irão participar dessa 
regulação, tais como o sangue, alguns elementos celulares, o sistema 
respiratório e renal/urinário. 
Um sistema tampão serve para evitar que as concentrações dos íons H+ 
variem bruscamente nos líquidos corporais e comprometam as funções 
celulares e teciduais. 
O ph normal do sangue arterial (sangue ‘’rico’’ em O2) é 7,4 e o ph do 
sangue venoso (sangue ‘’pobre’’ em O2) é 7,35. Admitimos como variação 
normal do ph sanguíneo entre 7,35 e 7,45. Caso o ph normal do sangue 
arterial esteja baixo de 7,35, o indivíduo terá uma ACIDOSE. Se o ph estiver 
acima de 7,45, o indivíduo terá uma ALCALOSE. O ph intracelular é mais 
baixo que o ph plasmático, devido à maior produção de H2CO3 intracelular. 
O corpo humano possui três sistemas de proteção contra as variações das 
concentrações do H+ nos líquidos corporais, com o objetivo de evitar 
acidose e alcalose: 
1. Os pulmões têm como ação regulatória a eliminação do CO2 e, 
consequentemente, do H2CO3 do liquido intersticial; 
2. Os sistemas-tampão – que são substancias químicas presentes nos 
líquidos corporais – reagem com o H+ e evitam alterações bruscas 
em suas concentrações; 
3. Os rins reajustam a concentração do H+ eliminando urina ácida ou 
alcalina, a depender de o corpo apresentar acidose ou alcalose mais 
persistente. 
Cada um desses três mecanismos age em um tempo diferente e com uma 
velocidade diferente, a depender do distúrbio acidobásico apresentado. 
Os pulmões possuem resposta rápida e imediata, sendo que em questões 
de segundos, é capaz de atenuar as perturbações iniciais, sem alterar a 
quantidade corporal total de íons de H+. Em condições como acidose, os 
pulmões (através da dinâmica ventilatória) são capazes de eliminar o CO2 
e, por consequência o H2co3, reduzindo assim a acidose. 
O sistema renal, cuja a resposta inicial é mais lenta, mas é muito potente e 
evita o aumento continuo e progressivo da concentração de H+. Possui 
32 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
duração mais longa, que pode chegar até vários dias, até que a homeostase 
corporal seja reestabelecida. 
O SISTEMA RESPIRATÓRIO E SUA REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO 
ÁCIDOBÁSICO AJUSTAM A CONCENTRAÇÃO DE CO2 EXTRACELULAR 
(ATRAVÉS DA PCO2), FAZENDO COM QUE SEJA ELIMINADO EM MAIOR OU 
MENOR GRAU PELA MECÂNICA VENTILATÓRIA. Na prática, o sistema 
respiratórioregula a concentração do H+ como um sistema de feedback 
negativo. Quando a concentração do íon H+ aumenta, o sistema resp. 
trabalha no sistema de aumentar a ventilação alveolar (aumentando a 
frequência respiratória) para diminuir a Pco2 do liquido extracelular e, por 
fim, a concentração do H+. Caso a concentração do H+ diminua, o centro 
respiratório é inibido, e a ventilação alveolar diminui até que a 
concentração do H+ aumente. A regulação respiratória do equilíbrio 
acidobásico atua como um sistema-tampão – evitando que a concentração 
de H+ varie bruscamente – até que a resposta renal (mais lenta) consiga 
reverter o distúrbio acidobásico. 
Os rins corrigem os distúrbios do equilíbrio acidobásico por meio da 
eliminação da urina ácida ou básica. Os rins revertem a acidose ou alcalose 
a partir de três processos: SECRETANDO O H+, REABSORVENDO O HCO3 
FILTRADO E PRODUZINDO MAIS ÍONS DE HCO3. 
correlacionar a fisiologia respiratória com os problemas descritos. 
Quando seres humanos descem às profundezas do mar, a pressão em 
torno deles aumenta tremendamente. Este é o princípio da física 
chamado lei de Boyle, que é extremamente importante na fisiologia do 
mergulho porque a pressão aumentada pode colapsar as câmaras de 
ar do corpo do mergulhador, em especial os pulmões, e muitas vezes 
causar séria lesão. 
Toxicidade pelo Dióxido de Carbono a Grandes Profundidades no Mar: 
se a aparelhagem de mergulho for adequadamente projetada e 
funcionar corretamente, o mergulhador não terá problemas devido à 
toxicidade do dióxido de carbono porque a profundidade por si só não 
aumenta a pressão parcial de dióxido de carbono nos alvéolos. Isto é 
verdade porque a profundidade não aumenta a produção de dióxido de 
carbono no corpo, e enquanto o mergulhador continuar a respirar 
volume corrente normal e expirar o dióxido de carbono à medida que 
ele for formado, a pressão de dióxido de carbono alveolar será mantida 
33 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
no valor normal. Em certos tipos de aparelhagem de mergulho, no 
entanto, como o escafandro e alguns tipos de aparelhos com reinalação, 
o dióxido de carbono pode acumular-se no ar do espaço morto do 
aparelho e ser novamente respirado pelo mergulhador. Até uma pressão 
alveolar de dióxido de carbono (Pco2) de cerca de 80 mmHg, o dobro da 
nos alvéolos normais, o mergulhador geralmente tolera esse acúmulo 
aumentando o volume respiratório por minuto até o máximo de oito a 
11 vezes, para compensar o dióxido de carbono aumentado. 
 
TUTORIA 4 
OBEJTIVOS: 
1. Descrever a estrutura do nefron e sua funcionalidade no processo de 
absorção, filtração reabsorção e excreção. 
As principais funções dos rins 
consistem em livrar o corpo 
dos produtos de degradação 
que são ingeridos ou 
produzidos pelo 
metabolismo e o controle do 
volume e da composição dos 
líquidos corporais. Entre as múltiplas funções dos rins, incluem-se a 
regulação do equilíbrio hidroeletrolítico, a regulação da osmolaridade dos 
líquidos corporais e das concentrações dos eletrólitos, a regulação do 
equilíbrio acidobásico, a excreção de produtos de degradação metabólica e 
substâncias químicas estranhas, a regulação da pressão arterial, a secreção 
de hormônios e a gliconeogênese. 
A artéria renal penetra no rim através do hilo, em parceria com o ureter e 
a veia renal, e, a seguir, ramifica-se progressivamente para formar as 
artérias interlobares, artérias arqueadas, artérias interlobulares (também 
denominadas artérias radiais) e arteríolas aferentes, que deságuam nos 
capilares glomerulares nos glomérulos, onde grandes quantidades de 
líquidos e solutos (exceto as proteínas plasmáticas) são filtradas, dando 
início à formação da urina. As extremidades distais dos capilares de cada 
glomérulo coalescem para formar a arteríola eferente, que leva a uma 
segunda rede capilar, os capilares peritubulares, que circundam os túbulos 
renais. Os capilares peritubulares deságuam nos vasos do sistema venoso, 
que correm paralelamente aos vasos arteriolares, formando 
34 
 
Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
progressivamente a veia interlobular, a veia arqueada, a veia interlobar e a 
veia renal, que deixa o rim ao lado da artéria renal e ureter. No ser humano, 
cada rim é constituído de cerca de 1 milhão de néfrons, cada um dos quais 
é capaz de formar urina. Cada néfron possui dois componentes principais: 
um glomérulo (capilares glomerulares) através do qual grandes 
quantidades de líquidos são filtradas do sangue, e um longo túbulo no qual 
o líquido filtrado é convertido em urina no seu trajeto até a pelve renal. 
O líquido filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula 
de Bowman e, a seguir, para o túbulo proximal, situado no córtex renal. A 
partir do túbulo proximal, o líquido flui para a alça de Henle, que mergulha 
na medula renal. As paredes do ramo descendente e da extremidade 
inferior do ramo ascendente são muito finas, de modo que estes segmentos 
são conhecidos como segmento delgado da alça de Henle. Depois de o ramo 
ascendente da alça ter percorrido parte do trajeto de volta ao córtex, sua 
parede torna-se espessa como a de outras porções do sistema tubular 
sendo, portanto, denominado segmento espesso do ramo ascendente. Na 
extremidade do ramo ascendente espesso existe um segmento curto que, 
na verdade, é uma placa na parede, conhecida como mácula densa. A 
intensidade da excreção urinária é igual à intensidade da filtração menos a 
intensidade da reabsorção mais a intensidade da secreção. A formação da 
urina começa com a filtração, a partir dos capilares glomerulares na cápsula 
de Bowman, de grande quantidade de líquido praticamente isento de 
proteínas. Quando o líquido filtrado deixa a cápsula de Bowman e passa 
pelos túbulos, ele é modificado pela reabsorção de água e solutos 
específicos de volta ao sangue ou pela secreção de outras substâncias dos 
capilares peritubulares para os túbulos. A membrana dos capilares 
glomerulares é semelhante à de outros capilares, exceto pelo fato que 
possui três camadas principais (em lugar das duas habituais): o endotélio 
do capilar, uma membrana basal e uma camada de células epiteliais 
(podócitos) que circunda a superfície externa da membrana basal capilar. 
Em seu conjunto, estas camadas formam a barreira de filtração que, apesar 
de suas três camadas, filtra centenas de vezes mais água e solutos do que a 
membrana habitual dos capilares. Mesmo com essa elevada intensidade de 
filtração, a membrana capilar dos glomérulos normalmente impede a 
filtração das proteínas plasmáticas. A membrana basal impede eficazmente 
a filtração de proteínas plasmáticas, em parte devido a fortes cargas 
elétricas associadas a proteoglicanos. O fluxo sanguíneo nos vasos retos da 
medula renal é muito baixo em comparação com o fluxo no córtex renal. A 
norepinefrina, a epinefrina e a endotelina provocam constrição dos vasos 
sanguíneos renais e diminuição da filtração glomerular. O óxido nítrico 
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Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
proveniente do endotélio diminui a resistência vascular renal e aumenta a 
filtração glomerular. Quando o filtrado glomerular penetra nos túbulos 
renais, flui sequencialmente através das sucessivas partes do túbulo – o 
túbulo proximal, a alça de Henle, o túbulo distal, o túbulo coletor e o ducto 
coletor – antes de ser excretado na forma de urina. Ao longo deste trajeto, 
algumas substâncias são seletivamente reabsorvidas dos túbulos de volta 
ao sangue, enquanto outras são secretadas do sangue para o lúmen 
tubular. Em condições normais, a maior parte da água e do sódio são 
reabsorvidos no túbulo proximal. A alta capacidade de reabsorção do 
túbulo proximal se deve ao grande número de mitocôndrias e à superfície 
das membranas celulares ampliada devido à característica de borda em 
escova. Os segmentos ascendente e descendente delgados têm 
membranas epiteliais finas sem borda em escova, poucas mitocôndrias e 
níveis mínimos de atividade

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