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Infecções do Trato Reprodutivo_pdf

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Infecções do Trato ReprodutivoInfecções do Trato ReprodutivoInfecções do Trato Reprodutivo 
INTRODUCÃO
As Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs) são causadas
por vírus, bactérias ou outros
microrganismos. São transmitidas,
principalmente, por meio do contato
sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso
de camisinha masculina ou feminina
com uma pessoa que esteja infectada.
A transmissão de uma IST pode
acontecer, ainda, da mãe para a
criança durante a gestação, o parto ou
a amamentação.
O Ministério da Saúde recomenda aos
órgãos que trabalham com saúde
pública e saúde coletiva o uso da
nomenclatura “IST” (infecções
sexualmente transmissíveis) no lugar
de “DST” (doenças sexualmente
transmissíveis). A denominação ‘D’, de
‘DST’, vem de doença, que implica em
sintomas e sinais visíveis no organismo
do indivíduo. Já as ‘Infecções’ podem
ter períodos assintomáticos, ou se
mantém assintomáticas durante toda a
vida do indivíduo, como são os casos
da infecção pelo HPV e o vírus do
Herpes, detectadas por meio de
exames laboratoriais. O termo IST é
mais adequado e já é utilizado pela
Organização Mundial de Saúde
(OMS).
As Infecções do Trato Reprodutivo
(ITR) incluem: as IST, as infecções
iatrogênicas (ex.: pós-aborto) e as
infecções endógenas (ex.: candidíase
vulvovaginal e vaginose bacteriana).
Essas infecções podem se apresentar
sob a forma de síndromes: úlceras
genitais, corrimento uretral,
corrimento vaginal e DIP. Algumas
infecções possuem altas taxas de
incidência e prevalência, apresentam
complicações mais graves em
mulheres e facilitam a transmissão do
HIV. Podem, ainda, estar associadas a
culpa, estigma, discriminação e
violência, por motivos biológicos,
psicológicos, sociais e culturais. 
O surgimento, a disseminação e a
manutenção de uma epidemia de IST
dependem da interação de três
fatores:
- Eficácia da transmissão, fator
biológico intrínseco a cada infecção;
- Taxas de variação de parceria
sexual, influenciadas por aspectos
socioeconômicos, culturais e
comportamentais;
- Duração da infecção, influenciada
por aspectos socioeconômicos,
culturais e estruturais, qualidade da
rede de saúde e acesso aos serviços
Por Amanda Dantas
Por Amanda Dantas
Esses fatores não afetam a
população de modo uniforme,
existindo grupos específicos
que requerem uma atenção
estrategicamente mais
focada, as chamadas
populações-chave (gays,
HSH, profissionais do sexo,
travestis/transexuais e
pessoas que usam drogas).
O tratamento das pessoas com IST
melhora a qualidade de vida e
interrompe a cadeia de transmissão
dessas infecções. O atendimento, o
diagnóstico e o tratamento são
gratuitos nos serviços de saúde do
SUS.
PREVENÇÃO COMBINADA
A Prevenção Combinada associa
diferentes métodos (ações) de
prevenção ao HIV, mostrando a
importância da prevenção das IST e
das hepatites virais tanto para a
prevenção do HIV, quanto para a saúde
integral das pessoas. Essas ações
podem estar combinadas de acordo
com as características individuais e o
momento de vida de cada pessoa. Essa
conjunção de ações deve estar
centrada na pessoa, em seus grupos
sociais e na sociedade em que se
inserem.
Entre os métodos (ações) que podem
ser combinados(as), estão: a testagem
regular para o HIV, que pode ser
realizada gratuitamente no Sistema
Único de Saúde (SUS); a prevenção da
transmissão vertical (quando a
gestante é soropositiva e pode haver a
transmissão do vírus para o bebê); o
tratamento das infecções sexualmente
transmissíveis e das hepatites virais; a
imunização para as hepatites A e B; a
redução de danos para usuários de
álcool e outras drogas; a profilaxia pré-
exposição (PrEP); a profilaxia pós-
exposição (PEP); e o tratamento para
todas as pessoas que já vivem com
HIV.
É bom lembrar que uma pessoa com
boa adesão ao tratamento atinge níveis
de carga viral tão baixos que é
praticamente nula a chance de
transmitir o vírus. Além disso, quem
toma o medicamento corretamente não
adoece e garante a sua qualidade de
vida. Todos esses métodos podem ser
utilizados pela pessoa isoladamente ou
combinados.
COMO SE MANIFESTA AS IST?
 
As IST podem se manifestar por meio
de feridas, corrimentos e verrugas
anogenitais, entre outros possíveis
sintomas, como dor pélvica, ardência
ao urinar, lesões de pele e aumento de
ínguas. 
Por Amanda Dantas
Aparecem no pênis, vagina ou
ânus.
Podem ser esbranquiçados,
esverdeados ou amarelados,
dependendo da IST.
Podem ter cheiro forte e/ou
causar coceira.
Provocam dor ao urinar ou
durante a relação sexual.
Nas mulheres, quando é pouco, o
corrimento só é visto em exames
ginecológicos.
São alguns exemplos de IST: herpes
genital, sífilis, gonorreia,
tricomaníase, infecção pelo HIV,
infecção pelo Papilomavírus Humano
(HPV), hepatites virais B e C, infecção
pelo vírus linfotrópico de células T
humanas (HTLV).
As IST aparecem, principalmente, no
órgão genital, mas podem surgir
também em outras partes do corpo,
como palma das mãos, olhos e língua.
O corpo deve ser observado durante a
higiene pessoal, o que pode ajudar a
identificar uma IST no estágio inicial.
Sempre que se perceber algum sinal ou
algum sintoma, deve-se procurar o
serviço de saúde, independentemente
de quando foi a última relação sexual,
e, quando indicado, avisar a parceria
sexual.
São três as principais manifestações
clínicas das IST: 
Corrimentos 
Podem se manifestar na
gonorreia, clamídia e
tricomoníase.
Aparecem nos órgãos genitais ou
em qualquer parte do corpo, com
ou sem dor.
Os tipos de feridas são muito
variados e podem se apresentar
como vesículas, úlceras e
manchas, entre outros.
Podem ser manifestações da
sífilis, herpes genital, cancroide
(cancro mole), donovanose e
linfogranuloma venéreo.
São causadas pelo Papilomavírus
Humano (HPV) e podem
aparecer em forma de couve-flor,
quando a infecção está em
estágio avançado.
Em geral, não doem, mas pode
ocorrer irritação ou coceira
Feridas
 
Verrugas anogenitais
Importante!
O corrimento vaginal é um
sintoma muito comum e
existem várias causas de
corrimento que não são
consideradas IST, como a
vaginose bacteriana e a
candidíase vaginal.
Por Amanda Dantas
É outra forma de manifestação
clínica das IST.
Decorre, principalmente, de
gonorreia e clamídia não
tratadas.
Atinge os órgãos genitais
internos da mulher (útero,
trompas e ovários), causando
inflamações.
Além das IST que causam corrimentos,
feridas e verrugas anogenitais, existem
as infecções pelo HIV, HTLV e pelas
hepatites virais B e C, causadas por
vírus, com sinais e sintomas
específicos.
 
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
Algumas IST podem não apresentar
sinais e sintomas, e, se não forem
diagnosticadas e tratadas, podem levar
a graves complicações, como
infertilidade, câncer ou até morte. Por
isso, é importante fazer exames
laboratoriais para verificar se houve
contato com alguma pessoa que tenha
IST, após ter relação sexual
desprotegida – sem camisinha
masculina ou feminina.
 
Como é a prevenção das IST?
O uso da camisinha (masculina ou
feminina) em todas as relações sexuais
(orais, anais e vaginais) é o método
mais eficaz para evitar a transmissão
das Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST), do HIV/aids e
das hepatites virais B e C. Serve
também para evitar a gravidez.
Importante ressaltar que existem
vários métodos anticoncepcionais; no
entanto, o único método para evitar a
gravidez que também tem eficácia para
prevenção de IST é a camisinha
(masculina ou feminina). Orienta-se,
sempre que possível, realizar a dupla
proteção: uso da camisinha e outro
método anticonceptivo de escolha.
A camisinha masculina ou feminina
pode ser retirada gratuitamente nas
unidades de saúde.
Quem tem relação sexual desprotegida
pode contrair uma IST. Não importa
idade, estado civil, classe social,
identidade de gênero, orientação
sexual, credo ou religião. A pessoa
pode estar aparentemente saudável,
mas pode estar infectada por uma IST.
Geralmente, o termo “sexo seguro” é associado ao uso exclusivo de
preservativos. Por mais que o uso de preservativos seja uma estratégia
fundamental a ser sempre estimulada, ele possui limitações.Assim, outras
medidas de prevenção são importantes e complementares para uma prática
sexual segura.

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