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SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO

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SANEAMENTO AMBIENTAL
SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Conceituar os sistemas de tratamento de esgotos sanitários; 2.
Descrever os tipos de tratamentos de esgotos; 3. Identificar os conceitos e aproveitamentos das águas residuais,
exemplificando-os; 4. Discutir sobre alguns aspectos legais referentes ao tratamento dos esgotos sanitários; 5.
Analisar as normas relativas ao controle da contaminação e da poluição das águas.
1 Introdução
O planejamento e gerenciamento dos sistemas de águas residuárias requerem o conhecimento de suas
características quantitativas e qualitativas, associadas a variáveis ambientais, sociais, econômicas e legais
relativas à bacia hidrográfica
A revisão sobre os conceitos relacionados aos sistemas de tratamento de esgotos sanitários, assim como sobre os
tipos de tratamentos são importantes para a comparação entre sistemas de tratamento e sua importância para o
meio urbano tanto sob o ponto de vista do abastecimento, pela nossa necessidade básica de água no consumo
doméstico, quanto como parte dos processos produtivos em que estão envolvidos.
A forma com que as águas residuais podem ser aproveitadas e também os procedimentos, conceitos e exemplos
de seus diferentes aproveitamentos, permitem uma nova perspectiva sobre o uso da água dando subsídios
inclusive, para que possamos analisar as normas de controle de contaminação e poluição, propor novas ideias e
questioná-las em situações específicas.
A melhoria da qualidade de vida da população humana desde o início do século XX foi possível em grande parte,
pela melhoria da qualidade das condições sanitárias, onde destacamos a importância do tratamento da água de
abastecimento.
A melhoria da qualidade de vida observada mais fortemente após a Segunda Guerra Mundial tomou caminhos
diferentes nos países desenvolvidos em relação aos em desenvolvimento.
Nos países desenvolvidos o aumento da qualidade de vida das pessoas estava associado a um conjunto de fatores
econômicos, sociais e ambientais que respeitavam as pessoas e os serviços ambientais fornecidos pela natureza.
Já nos países em desenvolvimento, a procura por alternativas de crescimento econômico seguia por diferentes
caminhos. No Brasil, as medidas tomadas pelos governos colocaram em primeiro lugar a busca pelo
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desenvolvimento econômico à custa de grandes impactos econômicos, sociais e ambientais, que provocaram
uma excessiva concentração de renda e riqueza em uma parcela pequena da sociedade, aumentando as
diferenças sociais e regionais no país e desrespeitando o meio ambiente.
O aumento da expectativa de vida de crianças e diminuição da taxa de mortalidade são exemplos da melhoria da
qualidade de vida das pessoas, assim como o aumento do consumo de água per capita. Este aumento no consumo
de água nos permite reconhecer um ciclo da água no meio urbano um pouco diferente do que o observado em
sistemas naturais.
Até o momento da chegada da água potável na torneira dos consumidores, ela passa por vários processos, com já
vimos anteriormente.
2 Ciclo da água e do saneamento
Podemos identificar o início do ciclo urbano da água em sua captação, que pode ocorrer em diferentes fontes,
como cursos de água superficiais ou águas subterrâneas. A partir de sua captação, a água será submetida a
tratamentos que irão permitir que ela esteja em condições particulares para seu consumo pelos seres humanos e
outros animais.
As águas rejeitadas nesta fase, no entanto, após a utilização pelos consumidores vão de novo para o meio
ambiente. É indispensável que elas sejam tratadas em conformidade com os requisitos do meio ambiente onde
foram descartadas, de forma que o ambiente e a saúde da população sejam também preservadas.
Á g u a
contaminada
Quando esta água circulante neste ciclo hospeda organismos, ou microorganismos
potencialmente patogênicos ou contém substâncias tóxicas que a tornam perigosa para
saúde humana e animal, são chamadas de e portanto, imprópriaáguas contaminadas
para o consumo humano ou uso doméstico.
Á g u a
poluída
Já a é aquela que contém substâncias de tal carácter, e em maioreságua poluída
quantidades permitidas, que a sua qualidade é alterada de modo a prejudicar a sua
utilização ou a torná-la ofensiva aos sentidos da vista, paladar e olfato.
Á g u a
poluída
pontual
Quando esta água poluída ocorre a partir de um ponto específico, são de fácil
identificação e monitoramento, neste caso a chamamos de .pontual
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Á g u a
poluída
difusa
Mas quando possuem múltiplos pontos de origem e de escoamento e espalham-se por
grandes áreas, são chamadas de . Nestes casos sua identificação é mais difícil,difusas
assim como seu monitoramento e tratamento.
3 Formas de poluição que afetam as reservas de água
As formas de poluição que afetam as características organolépticas, física, química e microbiológica da água são
várias e abordaremos algumas delas abaixo.
Considera-se poluição biológica quando se identifica a presença de micro-organismos patogênicos em locais com
risco de contato humano e animal e, especialmente, quando isso ocorre na água potável.
Considera-se poluição térmica, o despejo de grandes volumes de água aquecida em rios e oceanos porque estas
ações provocam a diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido, já que a concentração de oxigênio na água é
inversamente proporcional à sua temperatura. Este tipo de poluição também é responsável pelo tempo de vida de
algumas espécies aquáticas, assim como aumenta a velocidade das reações entre os poluentes presentes na água,
ao mesmo tempo que potencializa a ação nociva dos poluentes.
Substâncias tóxicas cuja presença na água não é de fácil identificação nem de remover, em geral os efeitos são
cumulativos e podem levar anos para ser sentidos. Entre os poluentes mais comuns das águas estão os
fertilizantes agrícolas, os esgotos doméstico e industrial, os compostos orgânicos sintéticos, petróleo, metais
pesados, entre outros.
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4 Controle da poluição
Necessidade urgente de despoluição do meio ambiente, isto é, ampliar o alcance do tratamento de efluentes
gerados por esgotos domésticos, agricultura e indústrias, através de medidas como:
• Ter consciência da necessidade de diminuir o volume de detritos gerados.
• Proteger áreas de mananciais da ocupação humana.
• Implantar métodos mais eficientes de irrigação minimizando o desperdício da água utilizada na 
agricultura.
5 Saneamento
Conjunto de medidas que tem como objetivo:
• Preservar as condições do meio ambiente.
• Evitar a proliferação de doenças entre as pessoas.
• Melhorar as condições de saúde pública.
O saneamento básico é a parte onde estão incluídos o abastecimento de água e a disposição dos esgotos.
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Fique ligado
Visualize o esquema animado do Ciclo do Saneamento.
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6 Lodo do esgoto
As águas residuais, após passarem pelas estações de tratamento de esgoto (ETEs) podem ser lançadas
novamente nos efluentes com segurança. O processo de tratamento de esgoto remove a maior parte de seus
poluentes, mas neste processo produz uma substância, chamada de lodo de esgoto. Esta substância é um rejeito
que apresenta risco à saúde porque reteve em si vários elementos que anteriormente poluiam a água como
microorganismos patogênicos, metais pesados e são muito ricos em material orgânico.
Por conta de todas as substâncias encontradas neste lodo do esgoto, sua disposição final, após ser retirada da
ETE, deve ser adequada. Uma das alternativas para o destino final deste lodo poderia ser sua utilização na
agricultura e em agroflorestas, pois como este lodo é rico em matéria orgânica, possui muitos nutrientes
importantes para as plantas como nitrogênio, por exemplo.
6.1 Legislação Brasileira
Na legislação brasileira, existem duas resoluções que tratam diretamente deste tema que são as resoluções
CONAMA no 302, (20/03/2002) e no 375, (29/8/2006), indicando que a utilização do lodo para finsagrícolas
deverá cumprir especificações determinadas de redução patógenos, assim como apresenta limites máximos de
concentração de metais pesados, e características gerais do solo dos locais que poderão recebê-lo.
No Brasil a adoção desta prática de utilização do lodo de esgoto para fins agrícolas ainda é pouco utilizada, sendo
sua disposição final geralmente o aterro sanitário. Este destino provoca um elevado custo que pode chegar a até
50% do custo operacional de uma ETE, além de que a disposição destes resíduos com elevada carga orgânica no
aterro, podem agravar ainda mais os problemas relacionados à deposição de lixo urbano.
Considerando o aumento da população e o fato de que cada vez mais cidades têm implantado ETEs, o volume
produzido de lodo do esgoto tende a aumentar e devemos procurar alternativas sustentáveis para seu destino.
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O que vem na próxima aula
Na próxima aula, estudaremos o sistema de esgoto sanitário, seus benefícios e tipos de tratamento.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Relembrou as etapas importantes do processo de tratamento da água na estação de tratamento.
Saiba mais
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e
artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor
online utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Tenha também como
letura complementar os documentos “Vigilância e controle da água para uso humano” e
“Manual de procedimentos de vigilância em saúde ambiental relacionada à qualidade da água
para consumo humano”, ambos do Ministério da Saúde, disponíveis respectivamente em:
Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano (http://bvsms.saude.gov.br
/bvs/publicacoes/vigilancia_controle_qualidade_agua.pdf)
Manual de procedimentos de vigilância em saúde ambiental relacionada à qualidade da água
para consumo humano ( )http://www.saude.gov.br
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http://www.saude.gov.br
	Olá!
	1 Introdução
	2 Ciclo da água e do saneamento
	3 Formas de poluição que afetam as reservas de água
	4 Controle da poluição
	5 Saneamento
	6 Lodo do esgoto
	6.1 Legislação Brasileira
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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