Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Caṕıtulo 5 - Mecânica Estat́ıstica Emanuelly da Silva Santos Problema 1 Aqui, temos que: H = D N∑ i=1 S2i − µ0H N∑ i=1 Si Onde: Si = ±1 ou Si = 0 Então, nossa função de partição fica: Z = ∑ j exp(−βEj) = ∑ Si exp ( −βD N∑ i=1 S2i + βµ0H N∑ i=1 Si ) = ∑ S1,S2,...,SN exp ( −βD N∑ i=1 S2i + βµ0H N∑ i=1 Si ) = [∑ S1 exp ( −βDS21 + βµ0HS1 )] ... [∑ SN exp ( −βDS2N + βµ0HSN )] = [ ∑ S=±1,0 exp ( −βDS21 + βµ0HS1 )]N = [∑ S=±1 exp ( −βDS21 + βµ0HS1 ) + exp ( −βD · 02 + βµ0H · 0 )]N = [∑ S=±1 exp ( −βDS21 ) exp (βµ0HS1) + exp ( −βD · 02 + βµ0H · 0 )]N = [2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1]N 1 Usando esse resultado para descobrir a energia interna, teremos: u = − 1 N ∂ ∂β lnZ = − ∂ ∂β ln (2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1) = − 1 2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1 · 2 ( µ0He −Dβ sinh (µ0Hβ)−De−Dβ cosh (µ0Hβ) ) Já a entropia será dada por: s = − 1 N ∂F ∂T = − 1 N ∂(− lnZ/β) ∂T = − ∂ ∂T 1 β ln (2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1) = KBβ 2 ∂ ∂β 1 β ln (2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1) = KBβ 2 ( 1 β2 ln (2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1) + 2 ( µ0He −Dβ sinh (µ0Hβ)−De−Dβ cosh (µ0Hβ) ) 2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1 ) E a magnetização, por spin, fica: m = 1 βN ∂ ∂H lnZ = 1 β ∂ ∂H ln (2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1) = 1 β 1 2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1 · 2(βµ0)e−βD sinh (βµ0H) = 1 2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1 · 2µ0e−βD sinh (βµ0H) Para o campo nulo (H = 0): Z = [2exp (−βD) + 1]N Então: u = 2De−βD 2e−βD + 1 2 Que graficamente se comporta como: Temperatura (K) En er gi a (J) Figura 1: Gráfico da energia (u) contra a temperatura (T ) no campo nulo (H=0) A entropia no campo nulo fica: s = −KB ln (2exp (−βD) + 1)−KBβ 2Dexp (−βD) 2exp (−βD) + 1 E esboçando seu gráfico teremos: Temperatura (K) En tro pi a Figura 2: Gráfico da entropia (s) contra a temperatura (T ) no campo nulo (H=0) E finalmente, o calor especifico no campo nulo é dado por: c = T ∂s ∂T = −KBTβ2 ∂s ∂β 3 Fazendo a derivada: − c β2KBT = 2KBβ ( − 1 β2 ln (2exp (−βD) + 1)− 1 β 2Dexp (−βD) 2exp (−βD) + 1 ) + KBβ 2 ( 1 β2 2Dexp (−βD) 2exp (−βD) + 1 + 1 β3 ln (2exp (−βD) + 1)− 1 β 2D2e−Dβ (2e−Dβ + 1)2 + 1 β2 2Dexp (−βD) 2exp (−βD) + 1 ) Após algumas manipulações algébricas chegaremos que: c = −KBTβ2 [ −KB β ln (2exp (−βD) + 1)−KBβ 2D2e−Dβ (2e−Dβ + 1)2 ] Logo, graficamente: Temperatura (K) Ca lo r E sp ec ífi co Figura 3: Gráfico do calor espećıfico (c) contra a temperatura (T ) no campo nulo (H=0) Nos limites: ■ Quando T → 0, β → ∞: u (β → ∞) = lim β→∞ 2De−βD 2e−βD + 1 = lim β→∞ 2D · 0 2 · 0 + 1 = 0 s (β → ∞) = lim β→∞ KB ln (2exp (−βD) + 1)−KBβ 2Dexp (−βD) 2exp (−βD) + 1 L′H → KB ln 1−KB lim β→∞ 2D2exp (−βD) 2exp (−βD) + 1 = 0 4 c (β → ∞) = lim β→∞ −KBTβ2 [ −KB β ln (2exp (−βD) + 1)−KBβ 2D2e−Dβ (2e−Dβ + 1)2 ] = − lim β→∞ KB ln (2exp (−βD) + 1) +KBβ2 2D2e−Dβ (2e−Dβ + 1)2 = 0 ■ Quando T → ∞, β → 0: u (β → 0) = lim β→0 2De−βD 2e−βD + 1 = lim β→0 2D · 1 2 · 1 + 1 = 2D 3 s (β → 0) = lim β→0 KB ln (2exp (−βD) + 1)−KBβ 2Dexp (−βD) 2exp (−βD) + 1 = lim β→0 KB ln (2 · 1 + 1)−KBβ0 = KB ln 3 c (β → 0) = lim β→0 −KBTβ2 [ −KB β ln (2exp (−βD) + 1)−KBβ 2D2e−Dβ (2e−Dβ + 1)2 ] = lim β→0 KB ln (2 · 1 + 1)−KBβ2 2D2e−Dβ (2e−Dβ + 1)2 = KB ln 3 Agora, calculando o valor esperado do “momento quadrupolo”, temos: Q = 1 N 〈 N∑ i=1 S2i 〉 Mas, da função de partição: Z = ∑ Si exp ( −βD N∑ i=1 S2i + βµ0H N∑ i=1 Si ) ∴ N∑ i=1 S2i = − 1 β ∂ ∂D lnZ 5 Logo: Q = − 1 N 1 β ∂ ∂D lnZ = − 1 β ∂ ∂D ln [2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1] = − 1 β 1 2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1 · −2βe−βD cosh (βµ0H) = 2e−βD cosh (βµ0H) 2exp (−βD) cosh (βµ0H) + 1 6 Problema 3 A função canônica de partição aqui será dada por: Z = ∑ nj exp(−βEnj) Onde: Enj = ∑ nj njε Dessa forma: Z = ∑ n1,n2...nN exp −β∑ nj njε Tomando: Z1 = exp −β∑ nj njε Temos que, pela questão, os valores que ε pode assumir são 0, ε > 0 e 3ε. Assim: Z1 = ∑ n=0,1,3 exp(−βEn) = exp(0) + exp(−βε) + exp(−3βε) = 1 + exp(−βε) + exp(−3βε) Logo, para N part́ıculas: Z = (Z1) N = (1 + exp(−βε) + exp(−3βε))N Agora, para a energia interna teremos: u = − 1 N ∂ ∂β lnZ = − 1 N ∂ ∂β ln ( (1 + exp(−βε) + exp(−3βε))N ) = − ∂ ∂β ln ((1 + exp(−βε) + exp(−3βε))) = −−εexp(−βε)− 3εexp(−3βε) 1 + exp(−βε) + exp(−3βε) = ε[exp(−βε) + 3exp(−3βε)] 1 + exp(−βε) + exp(−3βε) 7 E então, graficamente, u em função de T se comporta da seguinte maneira: Temperatura (K) En er gi a (J) Figura 4: Gráfico da energia (u) contra a temperatura (T ) Por fim, relacionado a função de partição, a energia livre de Helmholtz será: f = − 1 β lim N→∞ 1 N lnZ = − 1 β lim N→∞ 1 N ln ( (1 + exp(−βε) + exp(−3βε))N ) = − 1 β lim N→∞ ln (1 + exp(−βε) + exp(−3βε)) = − ln (1 + exp(−βε) + exp(−3βε)) β O que implica uma entropia dada por: s = − ∂f ∂T = − ∂ ∂T ( −KBT ln ( 1 + exp ( − ε KBT ) + exp ( −3ε KBT ))) = − −KB · ln(1 + exp(− ε KBT ) + exp ( −3ε KBT )) + (−KBT ) ε KBT 2 exp ( − ε KBT ) + 3ε KBT 2 exp ( −3ε KBT ) ( 1 + exp ( − ε KBT ) + exp ( −3ε KBT )) = KB ln(1 + exp(− ε KBT ) + exp ( −3ε KBT )) − T ( ε KBT 2 exp ( − ε KBT ) + 3ε KBT 2 exp ( −3ε KBT )) ( 1 + exp ( − ε KBT ) + exp ( −3ε KBT )) = KB ln(1 + exp(− ε KBT ) + exp ( −3ε KBT )) − ( ε KBT exp ( − ε KBT ) + 3ε KBT exp ( −3ε KBT )) ( 1 + exp ( − ε KBT ) + exp ( −3ε KBT )) 8 Que graficamente nos dá: Temperatura (K) En tro pi a Figura 5: Gráfico da entropia (s) contra a temperatura (T ) 9 Problema 4 i) Os ńıveis de energia para cada oscilador harmonico são dados por: εn = ℏω0 ( n+ 1 2 ) , n = 1, 3, 5, 7 . . . Então a função de partição fica: Z = ∑ nj exp(−βEnj) = ∑ n1,n2...nN exp ( −β N∑ j=1 ℏω0 ( nj + 1 2 )) Como não há termos de interação, podemos fatorar a soma múltipla. Assim: Z = [ ∞∑ n=1 exp ( −βℏω0 ( n+ 1 2 ))]N Tomando: Z1 = ∞∑ n=1 exp ( −βℏω0 ( n+ 1 2 )) Temos: Z = (Z1) N Agora, podemos observar que Z1 se comporta como uma P.G, o que nos permite usar a série geométrica infinita com razão menor do que um para fazer: Z1 = a1 1− q Onde a1 é o resultado de Z1 para o primeiro termo da sequência e q é a razão da série. Isso nos dá: Z1 = exp ( −βℏω0 ( 1 + 1 2 )) 1− exp(−βℏω0(3+ 1 2)) exp(−βℏω0(1+ 12)) = exp ( −3 2 βℏω0 ) 1− exp(− 7 2 βℏω0) exp(− 32βℏω0) = exp ( −3 2 βℏω0 ) 1− exp (−2βℏω0) 10 Logo: Z = (Z1) N = [ exp ( −3 2 βℏω0 ) 1− exp (−2βℏω0) ]N Mas da equação 51, sabemos que: u = − 1 N ∂ ∂β lnZ Então, usando isso para obtermos a expressão para a energia interna, ficamos com: u = − ∂ ∂β lnZ1 = − ∂ ∂β [ ln ( exp ( −3 2 βℏω0 ) 1− exp (−2βℏω0) )] = − ∂ ∂β [ ln ( exp ( −3 2 βℏω0 )) − ln (1− exp (−2βℏω0)) ] = − ∂ ∂β [( −3 2 βℏω0 ) − ln (1− exp (−2βℏω0)) ] = 3 2 ℏω0 + 2ℏω0exp (−2βℏω0) 1− exp (−2βℏω0) = 3 2 ℏω0 + 2ℏω0exp (−2βℏω0) exp (−βℏω0) (exp (βℏω0)− exp (−βℏω0)) = 3 2 ℏω0 + 2ℏω0exp (−βℏω0) exp (βℏω0)− exp (−βℏω0) = ℏω0 ( 3 2 + exp (−βℏω0) sinh (βℏω0) ) = ℏω0 ( 3 2 + 2 exp (2βℏω0)− 1 ) O que nos gera o seguinte gráfico: Temperatura (K) En er gi a (J) Figura 6: Gráfico da energia (u) contra a temperatura (T ) 11 No limite clássico (ℏω0 << KBT ): lim ℏω0<<KBT ( ℏω0 ( 3 2 + 2 exp (2βℏω0)− 1 )) = KBT Isso se dá pois consideramos somente os dois primeiros termos da expansão do exponencial: exp (2βℏω0) = 1 + 2βℏω0 Desse modo: ℏω0 ( 3 2 + 2 1 + 2βℏω0 − 1 ) = ℏω0 ( 3 2 + 2 2βℏω0 ) = ℏω0 ( 3 2 + 1 βℏω0 ) = 3 2 ℏω0 + 1 β = 3 2 ℏω0 +KBT ii) Para obter a expressão da entropia em função da temperatura vamos primeiro encontrar a energia livre de Helmholtz, que é dada por: f = − 1 β lim N→∞ 1 N lnZ Então: f = − 1 β lim N→∞ 1 N N ln ( exp ( −3 2 βℏω0 ) 1− exp (−2βℏω0) ) = − 1 β ln ( exp ( −3 2 βℏω0 ) 1− exp (−2βℏω0) ) = − 1 β [ ln ( exp ( −3 2 βℏω0 )) − ln (1− exp (−2βℏω0)) ] = −1 β [( −3 2 βℏω0 ) − ln (1− exp (−2βℏω0)) ] = 3 2 ℏω0 +KBT ln ( 1− exp ( −2ℏω0 KBT )) Agora, sabendo que: s = − ∂f ∂T 12 Teremos s em função de T da seguinte forma: s = − ∂ ∂T [ 3 2 ℏω0 +KBT ln ( 1− exp ( −2ℏω0 KBT ))] = − KB ln(1− exp(−2ℏω0 KBT )) +KBT 2ℏω0 KBT 2( 1− exp ( −2ℏω0 KBT )) = −KB ln ( 1− exp ( −2ℏω0 KBT )) − 2ℏω0 T ( 1− exp ( −2ℏω0 KBT )) = −KB ln ( 1− exp ( −2ℏω0 KBT )) + 2ℏω0 T ( exp ( −2ℏω0 KBT ) − 1 ) O que nos gera o seguinte comportamento gráfico: Temperatura (K) En tro pi a Figura 7: Gráfico da entropia (s) contra a temperatura (T ) No limite clássico (ℏω0 << KBT ), podemos considerar novamente que exp (−2βℏω0) = 1− 2βℏω0, então obteremos a expressão: s = −KB ln (1− 1− 2βℏω0) + 2ℏω0 T (1− 2βℏω0 − 1) = −KB ln (−2βℏω0) + 2ℏω0 T (−2βℏω0) = −KB ln ( −2ℏω0 KBT ) − KBT T = −KB (ln (−2ℏω0)− ln (KBT ))−KB = KB[ln (KBT )− ln (−2ℏω0)− 1] 13 iii) Partindo da expressão que obtivemos de s no limite clássico e sabendo que: c = T ( ∂s ∂T ) Ficamos com: c = T ∂ ∂T (KB[ln (KBT )− ln (−2ℏω0)− 1]) = T K2B KBT = KB � 14 Problema 5 Temos que: E = N∑ i=1 niε Então, a função canônica de partição, levando em conta a degenerescência será: Z = ∑ nj gjexp(−βEj) = ∑ nj njexp ( −β N∑ i=1 niε ) = [ ∞∑ n=1 n · exp(−βnε) ]N = [ −1 ε ∂ ∂β (∑ n=1 exp(−βnε) )]N Onde: Z1 = [ −1 ε ∂ ∂β (∑ n=1 exp(−βnε) )] Devido ao comportamento de Z1, podemos fazer: ∞∑ n=1 exp(−βnε) = exp(−βε) + exp(−2βε) + exp(−3βε) + exp(−4βε) + . . . = exp(−βε) [1 + exp(−βε) + exp(−2βε) + exp(−3βε) + . . . ] = exp(−βε) 1− exp(−βε) = 1 exp(βε)− 1 Isso implica: Z1 = exp(βε) (exp(βε)− 1)2 Logo: Z = (Z1) N = [ exp(βε) (exp(βε)− 1)2 ]N 15 Com isso, para a energia interna teremos: u = − 1 N ∂ ∂β lnZ = − ∂ ∂β (βε− 2 ln (exp(βε)− 1)) = −ε+ 2ε exp(βε) exp(βε)− 1 = ε ( −1 + 2 exp(βε) exp(βε)− 1 ) = ε ( exp(βε) + 1 exp(βε)− 1 ) E, para entropia: s = − ∂f ∂T = ∂(lnZ1/β) ∂T = −KBβ2 ∂(lnZ1/β) ∂β = −KBβ2 [ − 1 β2 ((βε)− 2 ln (exp(βε)− 1)) + 1 β ε ( exp(βε) + 1 exp(βε)− 1 )] = KB ((βε) +KB2 ln (exp(βε)− 1))−KBβε ( exp(βε) + 1 exp(βε)− 1 ) Com efeito, para o calor espećıfico: c = T ∂s ∂T = −KBTβ2 ∂s ∂β = −β ∂s ∂β = β [ KBε ( exp(βε) + 1 exp(βε)− 1 ) −KBε ( eεβ + 1 eεβ − 1 − 2εe εββ (eεβ − 1)2 )] = β2KBε 2 2e εβ (eεβ − 1)2 Nos limites de altas temperaturas: ■ Quando T → 0, β → ∞: s (β → ∞) = lim β→∞ KB ((βε) +KB2 ln (exp(βε)− 1))−KBβε ( exp(βε) + 1 exp(βε)− 1 ) = ∞ 16 c (β → ∞) = β2KBε2 2eεβ (eεβ − 1)2 = 0 ■ Quando T → ∞, β → 0: s (β → 0) = lim β→0 KB ((βε) +KB2 ln (exp(βε)− 1))−KBβε ( exp(βε) + 1 exp(βε)− 1 ) = 0−∞+ 1 = −∞ c (β → 0) = lim β→0 β2KBε 2 2e εβ (eεβ − 1)2 = 2KBε 2 17
Compartilhar