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Aluna: Milena Beck Da Motta
Professora: Maíra Marchi Gomes
Estágio Básico em Psicologia I
Psicologia
na Dependência em drogas
DROGA
A OMS - Organização Mundial da Saúde - definiu como droga as substâncias capazes de alterar a funcionalidade do organismo quando inseridas nele.
DEPENDÊNCIA
A dependência química é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância.
A dependência química está classificada entre os transtornos psiquiátricos, sendo considerada uma doença crônica que pode ser tratada e controlada simultaneamente como doença e como problema social. 
(OMS, 2001)
Classificação das Drogas
	 	Depressoras
	 Estimulantes
	 Alucinógenos
		álcool	 
 Cocaína
	Maconha
Lsd ou dietilamida do ácido lisérgico (derivado de um fungo);
		Opióides
Heroina
 morfina	crack	Cogumelos:Psilocybe;
Panaeolus;
Pluteus.
		Barbiturícos
benzoadizepínicos	anfetamina
 metanfetamina	Ecstasy
Características da Dependência
Forte desejo para consumir a substância;
Dificuldades em controlar o comportamento de consumo;
 Abstinência fisiológica ao cessar o uso;
Abandono de interesses pelo uso da substância;
 Persistência no uso da droga, mesmo sabendo que a mesma é nociva
FATORES DE RISCO
 Eventos marcantes podem nos deixar mais suscetíveis ao uso de entorpecentes
VULNERABILIDADE SOCIAL
Indivíduos em estado de vulnerabilidade estão muitas vezes em contato frequente com consumo de drogas
TRAUMAS
Alguns quadros clínicos podem ser gatilho para a geração de um dependente químico
FATORES DE RISCO
TRANSTORNOS MENTAIS
CONVÍVIO SOCIAL
Parentes e familiares que façam uso de álcool e nicotina, por exemplo
EFEITOS FÍSICOS
 Drogas psicoativas agem no SNC, alterando a percepção, comportamento e humor
Drogas estimulantes atuam no córtex pré-frontal induzindo o estímulo de neurotransmissores de dopamina, gerando prazer intenso 
As drogas podem ser divididas a partir de seus efeitos, podendo ser depressoras estimulantes, opioides ou alucinógenas 
As substâncias psicoativas podem ter efeitos excitatórios ou inibitórios no cérebro. 
240.000.000,00
275.000.000,00
36.000.000,00
DADOS
ONU revela que cerca de 240 milhões de pessoas são usuárias de algum tipo de droga que causa dependência
 
Cerca de 275 milhões de pessoas usaram drogas no mundo no último ano
MARS
+ 36 milhões sofreram de transtornos associados ao uso de drogas, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2021. (UNODC)
Os efeitos de muitas drogas acabam tendo como alvo os centros do cérebro relacionados ao prazer e a motivação. Elas estimulam essas sensações, sendo responsáveis pelo desenvolvimento da “dependência psicológica”, definida por uma busca incessante por sensações prazerosas.
EFEITOS PSICOLÓGICOS
TOLERÂNCIA AO USO
A tolerância está relacionada com a adaptação do corpo a um determinado estímulo, no caso uma substância química, que após o contato regular e constante com a sensação imediata causada, gera uma sensibilidade cada vez menor aos efeitos causados por ela. 
A abstinência se dá ao cessar do estímulo que a ausência da substância desencadeia. Neste período, reações desagradáveis são esperadas, pois é o modo como o corpo “pede” mais da sensação pela qual estava acostumado.
ABSTINÊNCIA
Reconhecer o problema é um grande passo dado. Entender como funciona o controle dos desejos involuntários, dos pensamentos e emoções mediante a dependência é restabelecer um primeiro tratamento de consciência.
Entre as linhas psicológicas utilizadas no tratamento para dependentes químicos, a terapia cognitivo-comportamental é uma das que mais se destaca, uma vez que os resultados terapêuticos têm eficácia comprovada. A TCC é uma abordagem diretiva, estruturada, com foco na solução do problema e na reeducação cognitiva do paciente.
PSICOLOGIA NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
TRATAMENTO
REDE DE APOIO 
MEDICAÇÃO
PSICOTERAPIA
BOM SONO
OBJETIVO
ATIVIDADE FÍSICA
PSICOLOGIA NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Existem vários tipos de tratamentos para dependentes de drogas. Os procedimentos vão desde o tratamento em casa até as internações compulsórias. O tratamento ideal de dependerá de alguns fatores, como, o desejo do dependente em abandonar as drogas, o grau do vício ou o desejo por fazer a psicoterapia e participar de grupos de apoio sem a necessidade de internação.
PSICOLOGIA NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
INTERNAÇÃO
 A internação ajuda os dependentes que não conseguem vencer a luta contra o vício por si próprios. Neste campo, as metodologias terapêuticas são utilizadas a partir de uma perspectiva biopsicossocial do indivíduo e concentram-se nas suas necessidades primárias. Um dos objetivos mais importantes da internação é manter-se afastado dos espaços e das pessoas que consomem drogas
PSICOLOGIA NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA
Quando o usuário de drogas de compreende que o vício está atrapalhando sua vida e aceita realizar um tratamento para se libertar em uma clínica de reabilitação, chamamos este procedimento de internação voluntária.
INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA
Quando o dependente não se conscientizou da necessidade de realizar um tratamento e os familiares presenciam a degradação de sua vida, quando o paciente coloca em risco a sua vida ou de pessoas, os familiares podem fazer uso da internação em uma clínica de reabilitação mesmo não sendo, no momento, o desejo do dependente químico.
TRATAMENTO
CAPS Álcool e Drogas Ilha
Pantanal
Instituto São José Centro de Psiquiatria e Dependência Química
 
Centro – São José
Centro de Atenção Psicossocial para Alcool e drogas (CAPSad)
Balneário do Estreito
Grupos de apoio
AA – Alcóolicos Anônimos
Grupo Esperança de Narcóticos Anônimos
CAPS Ad Continente
Jardim Atlântico
Psicólogo CRP 12/19327
especialista em dependência química
Entrevista
Gilson Cléber Silva
 
ENTREVISTA
Conte um pouco sobre a sua origem, qual a sua cidade natal e onde concluiu sua formação em psicologia ?
Resposta:
 Meu nome é Gilson Cléber Da Silva, sou Graduado desde 2007, sou gaúcho de Santa Cruz do Sul, RS, né, mas eu morei no nordeste muito tempo, morei em Recife, Fortaleza, Teresina, conheço todas as capitais do nordeste a minha formação em Psicologia foi na Universidade Estadual do Piauí, Teresina, faculdade de Ciências Médicas, FACIME, que é um bloco, é um câmpus, da UESP, Universidade Estadual do Piauí. Onde eu fiz a minha graduação em Psicologia.
 
 
 
RESPOSTA:
Eu sempre gostei de servir as pessoas, o ser humano, né, o serviço a outros seres humanos, especialmente na área da saúde, então eu sempre tive isso muito claro dentro de mim, esse propósito de vida, de servir outros seres humanos, com meus dons, talentos, capacidades, talvez, que Deus tenha me concedido, tanto isso é verdade, que a primeira faculdade que eu fiz foi Enfermagem na URGS, Universidade Federal do Rio Grande Do Sul, não cheguei a concluir o curso, no último ano abandonei a faculdade porque não era exatamente o que eu queria, né, mas a enfermagem já é uma profissão onde você serve outros seres humanos
ENTREVISTA
Como você optou pela Psicologia como carreira?
o conhecimento técnico bem específico, e aí depois de um tempo, fui morar no nordeste, e lá acabei optando pela Psicologia, primeiro com esse intuito, servir outros seres humanos com a minha formação profissional, com o meu conhecimento técnico então nada melhor, sou apaixonado pela Psicologia, onde especialmente gosto muito da parte clínica, depois com o tempo eu me especializei na dependência química, então essa eu creio é minha missão de vida, ajudar seres humanos, especialmente dentro da minha formação acadêmica, profissional, que é a Psicologia, e mais especificamente, pessoas que tenhamproblemas de dependência química, álcool e outras substâncias, então optei pela minha formação por conta disso. Para auxiliar, servir com meu conhecimento técnico outras pessoas.
ENTREVISTA
RESPOSTA:
 
RESPOSTA:
Na verdade o meu pai era alcoólatra, faleceu nos anos 80, ele era capitão do exército, dependente químico, né, (a gente chama todo mundo de dependência química), eu sofri muito assim, apanhava muito, né, via lá como ele se transformava, quando bebia, as transformações, isso afetou muito a minha infância, trouxe muita dor, muito sofrimento, apanhava muito, ele batia na minha mãe também, talvez por isso eu tenha escolhido essa formação
ENTREVISTA
 Como surgiu o interesse na área da dependência química?
para que eu pudesse, então auxiliar outras pessoas, eu via como ele se degradava fisicamente, como se transformava, ficava uma pessoa agressiva, violenta e como isso afetava a dinâmica familiar, então basicamente por isso, por ter tido essa experiência dentro da família e pra poder auxiliar para que outras pessoas se libertassem desse vício que eu sei que é uma doença, assim, bem complexa, né, a dependência química, então o que eu puder fazer para contribuir...tenho feito o meu papel há mais de 12 anos e meio, né trabalhando, assim com várias clínicas pelo Brasil todo, dezenas de clínicas milhares de paciente já passaram por atendimento comigo então creio que ajudei sim a muitas pessoas e ajudo ainda hoje.
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Entre as linhas psicológicas utilizadas no tratamento para dependentes químicos, qual a abordagem psicológica na sua experiência traz os melhores resultados? 
RESPOSTA:
Sou especialista na dependência química e também especialista tenho pós graduação também na terapia cognitivo comportamental (TCC), então essas são as duas abordagens que eu utilizo no tratamento para dependência química, mas apesar de utilizar essas duas abordagens, a dependência química como especialização e a TCC, mas eu não sou assim, todo psicólogo não pode ter um olhar muito rígido
ENTREVISTA
tem que ter o direcionamento técnico sim e essas abordagens me permitem isso mas a gente, eu costumo viajar ou navegar outras abordagens também então a terapia racional emotiva, tem algo interessante que eu utilizo eventualmente, a própria psicanálise, e buscar lá na mente inconsciente muitas vezes conteúdos que não estão muito claros, né, para o paciente conscientemente, a gente faz então essa busca, essa investigação inconsciente, então a terapia racional emotiva, a psicanálise, atualmente tenho gostado muito, tenho estudado muito o “Hoponopono”, uma técnica de cura havaiana, não sei se você já escutou falar
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Também tenho utilizado, tenho estudado bastante, tenho utilizado isso, não só na minha vida prática, como meditação, técnicas de limpeza de memórias, de cura, mas também, introduzi no consultório.
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Quais os indícios um paciente pode apresentar que caracterizam o uso de substâncias químicas como uma doença crônica?
RESPOSTA:
ENTREVISTA
A dependência química a gente entende que é uma doença progressiva, não tem cura até o momento, ou seja, progressiva, incurável e de consequências fatais, então o que determina a cronicidade ou a evolução dessa doença são muitos fatores, então assim, a partir do momento, que o paciente desenvolve ou percebe que é portador dessa doença chamada dependência química, apesar de ela não ter cura, porque a gente diz que não tem cura?! Porque pode ser iniciado o processo de tratamento e recuperação
ENTREVISTA
pode ser iniciado o processo de tratamento e recuperação, existem vários tipos de, várias ferramentas, vários tratamentos terapêuticos que podem ser realizados, geralmente a gente usa uma combinação desses vários tratamentos como por exemplo, eu gosto muito de trabalhar em parceria com um médico psiquiatra amigo meu, então eu somo a psicologia junto com a psiquiatria, gosto muito que o paciente trabalhe com medicação e espiritualidade, não estou falando de religiosidade e sim de espiritualidade, seja qual for a espiritualidade do paciente então complementa o tratamento sim, então a psicologia, a psiquiatria e a espiritualidade, atividade física, boa alimentação, sono de qualidade, relacionamentos interpessoais saudáveis
RESPOSTA:
ENTREVISTA
 tudo isso são coisas que se utilizam para que se tenha eficácia o tratamento a cronicidade significa tipo assim se não fizer nada, se não fizer nada para se tratar, ele vai acabar desenvolvendo, acaba que a doença vai progredindo e progride de várias formas diferentes, progride na quantidade de uso que a pessoa utiliza, começa utilizando uma quantidade, essas doses vão aumentando, progride na frequência do uso, então passa a usar com mais frequência, doses maiores, para obter aquele mesmo resultado inicial, o prazer inicial e esse prazer ele vai se perdendo aos poucos, o prazer inicial que as substâncias causam, e todas elas causam prazer, não dá pra se negar isso
RESPOSTA:
ENTREVISTA
Se não causasse prazer a pessoa usaria uma vez e não usaria mais , então toda substância, seja qual for, vai causar algum tipo de prazer e cada paciente vai se identificar com uma substância específica, então se não fizer tratamento a doença tende a progredir, essa progressão começa na quantidade de uso, ela na frequência do uso progride também na devastação que causa nos processos cognitivos, progride na destruição financeira, prejuízos financeiros, progride na devastação da área familiar , de relacionamentos, progride na perda de emprego, enfim, acaba que a pessoa perde a auto estima, a auto confiança, a espiritualidade também acaba se perdendo, ou seja, todos esses indícios são indícios da cronicidade da doença
RESPOSTA:
Qual é a faixa etária e sexo dos pacientes que você atende atualmente?
ENTREVISTA
Como falei, já trabalhei nesses 12 anos que eu trabalho com a dependência química, trabalhei em dezenas de clínicas pelo Brasil todo, hoje em dia trabalho em três instituições, mais um pouco fora (particular) e mais o atendimento online, então eu atendo, já atendi nessa minha jornada, tanto homens quanto mulheres, mas as clínicas que eu trabalho atualmente são masculinas, então, atendimento com homens, entre 17 e 64 anos essa é a faixa etária atual.
RESPOSTA:
As dificuldades são várias, né?! Mas eu costumo dizer assim, não existe dificuldade de paciente que estiver disposto a se tratar, a dificuldade é algo que nós criamos em nossa mente, nosso pensamento, já utilizando aí a terapia cognitivo comportamental, tudo começa na minha mente, então com o pensamento que surge na minha mente e eu posso alimentar esse pensamento ou não, esses pensamentos, eles podem ser positivos ou negativos, então se o paciente não tiver o desejo, o real desejo, e a real vontade de mudar aquilo que tem que ser mudado, de entrar em tratamento, se tratar e se recuperar, se ele tomar essa decisão e essa decisão for reforçada diariamente 
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Quais são as principais dificuldades para o tratamento dos dependentes químicos?
Com o compromisso de se manter em recuperação diariamente as dificuldades praticamente são nulas, é lógico as dificuldades da vida, elas acontecem, mas quando me permito me tratar e me recuperar, quando eu descubro que sou portador de uma doença que é crônica e se não for tratada pode me levar a morte, então eu sou responsável pelo meu tratamento, na medida que eu me responsabilizo pelo meu tratamento tudo fica mais fácil, lógico, vão ter as dificuldades como, abstinência, isso pode surgir de várias formas diferentes e vai depender de cada paciente
ENTREVISTA
RESPOSTA:
tem paciente que tem mais abstinência, tem paciente que tem menos, depende da substância que é utilizada, algumas causam um poder de adição maior outras menores, ansiedade, estresse, irritabilidade, agressividade, tudo isso são fatores que podem vir a prejudicar o tratamento, a adesão ao tratamento então é uma coisa que é fundamental, o paciente tem que querer se tratar, comele querendo tudo fica mais fácil, mas existem muitas dificuldades
ENTREVISTA
RESPOSTA:
 As vezes só o desejo e a vontade não são (suficientes) é necessário uma internação para que a pessoa consiga passar algum tempo sem usar a substância ter a desintoxicação tanto física como psicológica, então isso já é uma dificuldade por si só , não é um processo simples e por muitas vezes a internação tem que ser involuntária, ou seja, independe da vontade do paciente. Então a família vai lá e interna o paciente involuntariamente porque ele está colocando sua vida em risco ou de outras pessoas
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Isso torna mais complexo ainda, porque as vezes o paciente tá lá internado involuntariamente e fica culpabilizando a família, as pessoas, sendo que a única pessoa que se colocou nessa posição foi ele mesmo, então tudo isso tem que ser trabalhado com muita eficácia, então é o papel importante do psicólogo de fazer o processo terapêutico bem feitinho para que o paciente adicto, faça adesão ao tratamento. Então as dificuldades são impostas muitas vezes pelos próprios pacientes
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Falando em estigma si, preconceito, na sociedade ainda existe muito preconceito em relação a dependência química, ao usuário de substâncias, de uma forma geral existe muito mas esse processo ele éstá diminuindo com os anos, antigamente se falava assim, quando não se compreendia a dependência química como uma doença, hoje a gente sabe que é um transtorno mental, diagnosticado lá no DMS - 5 hoje em dia né, no cid 10, classificado como F 19, então é um transtorno mental
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Na sua experiência em atendimento aos dependentes químicos , você percebe um estigma maior sobre as mulheres viciadas do que sobre os homens?
 Se entende como uma doença, antigamente não se tinha esse conhecimento, então se achava que era coisa de vagabundo, de pessoa desocupada, que o cara usava porque queria, não tinha força de vontade, enfim, aqueles preconceitos todos, que algumas horas era (preconceito) de gente mais simples financeiramente, vamos dizer assim, vamos dizer a maconha era coisa de gente que morava na periferia, o alcoólatra era um bêbado que não tinha jeito pra nada, imprestável, que não queria trabalhar, então tinha todos esses preconceitos e ainda existe, mas está diminuindo com o tempo, como lhe falei. Os estigmas ainda permanecem
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Tanto nos homens como nas mulheres, mas é lógico, nas mulheres de uma forma geral, elas são mais estigmatizadas que os homens até porque, assim, uma mulher que usa substâncias, que é dependente química, o que acontece, como essa doença é progressiva, como eu havia falado, ela vai devastando as áreas do sujeito, todas as áreas, relacionamentos, saúde mental, saúde física, saúde financeira, muitas vezes se perde o emprego e muitas vezes acabam-se recorrendo por meios ilícitos para conseguir o dinheiro para usar substâncias
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Então de uma forma geral os homens, que não tem dinheiro, de classe mais baixa, normalmente e até na classe média acontece isso, acabam indo praticar assaltos, então os homens tendem a roubar pra sustentar o vício e as mulheres fazem o que?! Algumas vão roubar mas é mais raro, tendem a se prostituir, então tive muitas pacientes que se prostituiram para manter o seu uso, ter condições de usar e ai lógico, o estigma fica maior ainda, além de ser chamada de drogada, ainda acaba se prostituindo. Então existe sim o estigma e ele é mais forte sim nas mulheres do que nos homens sim.
ENTREVISTA
RESPOSTA:
A doença por si só ela não tem uma cura até hoje, não existe uma cura, uma pílula, varinha de condão, processo mágico que diga: “Ah você tá curado trimm”, tá, isso não existe, então assim, a doença dependência química ela é considerada incurável, então teoricamente todos os pacientes não tem a cura efetiva, mas existe sim o tratamento. Por que a gente diz que não tem cura? Porque uma pessoa pode muito bem fazer todo processo, estando em recuperação por muitos anos e de repente tem uma recaída e volta a usar, então não tá curado, teve uma recaída
ENTREVISTA
Existem os dependentes químicos incuráveis?
RESPOSTA:
Voltou a alimentar a doença novamente e recomeça todo o processo de devastação e destruição, por isso se fala que não tem cura, mas existe sim tratamento, tem pessoas que se mantém em tratamento e recuperação ao longo da sua vida, por exemplo, tem pacientes que há doze anos e meio atrás quando eu iniciei o trabalho com a dependência química passaram por atendimento comigo, fizeram internações e outro tipo de coisa e estão até hoje sem ter recaída, então esses teoricamente estão curados, teoricamente 
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Não tiveram mais recaídas, mas o índice de recaídas é muito alto, se não me engano, a última vez que eu ví era algo em torno de 97% de recaída, ou seja de cada 100 pacientes que se tratam, seja qual for o tratamento, 3 iriam se mantendo bem no período de um ano e 97 iriam recair. O índice de recuperação é bem baixo, mas é possível sim, entra ai a responsabilidade do paciente se manter em recuperação, levando pra outro lado tem pacientes que não conseguem se manter em recuperação, ditos “incuráveis” entre aspas já que nenhum tem cura
ENTREVISTA
RESPOSTA:
Existem sim aqueles que são mais complicados, que vivem recaindo, processo de internação, o paciente já tem mais de 50 internações e não consegue se libertar. Existem esses casos mais severos onde as recaídas são mais constantes. São praticamente incuráveis, vamos dizer assim
ENTREVISTA
RESPOSTA:
O fato de eu estar auxiliando um dependente químico, fazendo o processo terapêutico, seja no consultório, seja numa clínica, já estou ajudando a família indiretamente, o paciente está se mantendo em recuperação, isso já acaba afetando a família sim, de ele esta se mantendo bem a família passa a ter mais confiança , mais tranquilidade, mais segurança, mais bem estar emocional, então indiretamente ao tratar o paciente estou auxiliando a familia
ENTREVISTA
Como a psicologia pode auxiliar as famílias das pessoas que passam por problemas relacionados ao uso de drogas?
RESPOSTA:
Posso auxiliar a família encaminhando, não posso ser psicólogo dos familiares e do paciente ao mesmo tempo, não é eticamente aceitável, mas a família ao buscar atendimento psicológico, vai estar se ajudando também, então o processo psicoterapêutico funciona não só para o paciente mas também para família que está muito adoecida muitas vezes . A doença dependência química ela causa uma doença secundária
ENTREVISTA
RESPOSTA:
chamada co dependência que atinge os familiares, então é necessário que os familiares busquem apoio e atendimento psicológico se necessário também, e além disso a gente pode encaminhar a família para que tenham mais conhecimento da dependência química através de grupos como de ajuda ou auto ajuda como alcoólicos anônimos que é para os usuários ou Nar-anon que é para os familiares, amor exigente é um grupo também que auxilia muito as famílias, ensinam muito sobre a dependência química ou adição como eles chamam 
ENTREVISTA
RESPOSTA:
como lidar com os pacientes, como a família deve lidar e compreender melhor a doença em si, não só o apoio psicológico, muitas vezes o psiquiátrico também é fundamental, mas o encaminhamento para grupos de apoio e de orientação e aconselhamento. Essas são as principais formas de ajudar a família
ENTREVISTA
RESPOSTA:
OBRIGADA!
CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon, and infographics & images by Freepik
Relatório Mundial sobre Drogas 2021 avalia que pandemia potencializou riscos de dependência | As Nações Unidas no Brasil
SciELO - Brasil - Contações femininas: gênero e percepções de mulheres dependentes químicas Contações femininas: gênero e percepções de mulheres dependentes químicas
Microsoft Word - 58014p (isciii.es)
 A dependência química sob o olhar da Psicologia (marceloparazzi.com.br)
REFERÊNCIAS
 
 
 
 
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