Buscar

CONCEITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO, NATUREZA E RECEITAS PÚBLICAS

Prévia do material em texto

CONCEITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO, NATUREZA E RECEITAS PÚBLICAS 
 
A cobrança de tributos é a principal fonte de recursos públicos, voltadas para 
a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento 
nacional, a irradiação da pobreza e da marginalização, reduzindo as desigualdades 
sociais e regionais e promovendo o bem-estar da coletividade. 
O Brasil é um Estado de Bem-Estar Social, cuja característica é o provimento 
de direitos sociais (art. 6º, CF), como educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, 
segurança, previdência social, assistência aos desamparados, entre outros. 
Temos que o Direito é um conjunto de regras de conduta impostas pelo 
Estado. São princípios de conduta social, tendentes a realizar justiça. Então, o 
Direito tributário é o conjunto de normas que regulam o comportamento das pessoas 
de direcionar dinheiro aos cofres públicos. 
Destacam-se as partes que integram a relação tributária: o ente público 
estatal, de um lado, e o contribuinte, de outro. É a norma jurídica que cria o vínculo 
entre essas partes. Assim sendo, temos: 
a) como credor: os entes tributários, conhecidos como fisco-União, Estados-
membros, municípios e distrito federal; 
b) como devedor: o contribuinte, também chamado de responsável, que são 
as pessoas físicas ou jurídicas. 
O Direito tributário visa, sobretudo, colocar o contribuinte e o fisco em 
igualdade, evitando abusos do Estado em relação à ilegitimidade da cobrança, 
parâmetros de cobrança, etc. 
 
RECEITAS PÚBLICAS 
 
A receita pública é a entrada de dinheiro nos cofres públicos de maneira 
definitiva, sem determinação pré-estabelecida de saída. Portanto, serve para o 
Estado realizar suas políticas públicas (sempre com base nos parâmetros da 
Constituição Federal). 
A receita pública pode ser dividida em: 
a) receita ordinária: oriunda da exploração estatal de seus bens e 
empresas comerciais ou industriais; 
b) receitas derivadas: o Estado, de modo vinculado, valendo-se de seu 
poder de império, na execução de atividades que lhe são típicas, fará 
 
 
 
 
derivar para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas 
à sua jurisdição. É uma invasão ao patrimônio dos particulares. 
Daí, temos que tributo faz parte das receitas derivadas do Estado. 
Conceito de tributo: “tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” 
(art. 3 CTN). 
As espécies de tributos são: impostos, taxas, contribuições de melhoria, 
contribuições diversas e empréstimos compulsórios. 
Como o interesse público deve se sobrepor ao interesse privado, as normas 
de direito tributário são de caráter obrigatório e comum a todos. 
O poder de tributar advém da soberania Estatal, mas esse poder não é 
ilimitado: os princípios tributários constituem limitações ao poder de tributar. Na 
realidade, esse poder é de direito, lastreado no consentimento dos cidadãos, 
destinatários da invasão patrimonial. Portanto, se há emprego de força Estatal para 
fazer valer seu poder, ela está institucionalizada, dotada de juridicidade. É uma 
relação jurídica. 
A cobrança de tributos se mostra como uma forma de geração de receitas, 
permitindo que o Estado suporte as despesas necessárias à comunicação de seus 
objetivos, como prover saúde, segurança, educação, intervenção da economia, 
justiça, serviços de geografia, serviços de geografia, estatística, geologia, cartografia 
e fiscalização. 
 
REVISÃO: A ESTRUTURA DO ESTADO BRASILEIRO 
 
O Estado brasileiro adotou a forma republicana de governo, o sistema 
presidencialista de governo e a forma federativa de Estado. Por isso, o Estado 
brasileiro é denominado: “República Federativa do Brasil”. 
Lembrando que, como toda federação, o Estado brasileiro é definido nas 
seguintes peculiaridades: descentralização política; repartição de competências; 
contribuição rígida como base jurídica; inexistência do direito da secessão 
(separação); soberania do Estado Federal; intervenção; auto-organização dos 
Estados-membros; órgão representativo dos estados-membros; guardião da 
constituição; repartição de receitas. 
 
 
 
 
A União é uma pessoa jurídica (assim como os Estados, municípios e Distrito 
Federal), que representa o Estado Federado. Ela representa internacionalmente, 
mas também tem autonomia interna, que não se confunde com os outros entes 
federados. A soberania é do Estado federado, mas é a União que representa tal 
Estado. 
Portanto, temos: 
 Forma de governo: republicana 
 Forma de Estado: federação 
 Características do Estado: Estado de Direito, democratizado, ou seja, um Estado 
Democrático de Direito. 
 Entes componentes da federação: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 Sistema de governo: presidencialista.

Continue navegando