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Atividade de aprofundamento - Pratica Juridica Constitucional e Tributaria 2

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ATIVIDADE DE APROFUNDAMENTO
MARIA EDUARDA BARBOSA SILVA - 10º SEM B
Caso prático I: O município de Impiedosos é sede de uma cadeia pública, responsável pela custódia de presos provisórios advindos de outras cidades da região. As instalações da cadeia pública são acanhadas para o número de presos lá instalados, muitos deles provisoriamente, aguardando um julgamento definitivo. No caso, conforme relatório expedido pela Comissão Municipal de Direitos Humanos e do Delegado de Polícia Civil, que conferiram in loco a situação grave que está faltando comida e alimentação para os presos lotados na Cadeia Municipal de Impiedosos.
Considerando os fatos narrados, responda aos questionamentos a seguir, fundamentando a sua resposta na lei, doutrina e/ou jurisprudência:
I) Qual a medida judicial cabível, de natureza constitucional, para apurar a responsabilidade por danos causados a toda população carcerária de Impiedosos e região lotada na unidade prisional? Apresente a fundamentação legal;II) Quais os argumentos jurídicos possíveis de serem apresentados na petição que tem como objetivo tutelar direitos difusos e coletivos, como é o caso da hipótese apresentada? Apresente a fundamentação legal.
A medida judicial cabível será a ação civil pública para tutelar a responsabilidade por danos causados a interesse difuso ou coletivo, conforme disposto na Lei nº 7.347/85, em seu art. 1º, IV, e nas jurisprudências, veja:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SENTENÇA QUE EXTINGUIU O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR. SUPERLOTAÇÃO E PRECÁRIAS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE DOS PRESOS. AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO POLICIAL. DESCABIMENTO. SENTENÇA MANTIDA. 1.
Com efeito, não se desconhece que ao Ministério Público incumbe, nos termos do art. 127, 'caput', da Constituição Federal, dentre outras atribuições, a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis, prevendo a Lei nº 7.347/85, em seu art. 1º, IV, a utilização de ação civil pública para tutelar a responsabilidade por danos causados a interesse difuso ou coletivo. 2. O dever de proteção aos presidiários, como corolário dos direitos maiores à vida e à integridade física, bem como ao direito à segurança, existe, incumbindo sua execução ao Estado,; no entanto, os meios de 'como' fazê-lo, a melhor forma de executar tal previsão, por exigir realização de despesas e emprego de receitas, é medida que cabe à Administração Pública, no âmbito do sistema orçamentário, não se tratando, aqui, de critérios objetivos. 3. Não obstante, a tutela constitucional e infraconstitucional do direito não é suficiente para que se admita a utilização de ação civil pública como instrumento da atividade discricionária do Administrador quanto ao melhor emprego das verbas públicas e à ordem das prioridades a serem atendidas, devendo-se resguardar, no ponto, a autonomia e
a independência do Poder Executivo. 4. Há, todavia, inúmeros outros direitos constitucionalmente Superior Tribunal de Justiça assegurados, igualmente não implementados devido à falta de verbas, incumbido exclusivamente à atividade administrativa resolver a questão, sob pena de a conduta do administrador restar pautada pelo ajuizamento e decisões prolatadas em ações civis públicas, comprometendo a independência entre os Poderes. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fls. 344/347e). Com amparo no art. 105, III, a, da Constituição da República, aponta-se ofensa ao art. 535, I, e II, do Código de Processo Civil, alegando, em síntese, que existem contradição, obscuridade e omissão no acórdão recorrido, porquanto há divergência entre a fundamentação adotada e o dispositivo da decisão, além de não haver manifestação em relação à extinção do processo com ou sem a resolução do mérito. Com contrarrazões (fls. 375/384e), o recurso foi inadmitido (fl. 391/392e), tendo sido interposto Agravo, posteriormente convertido em Recurso Especial (fls. 440e). O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 431/438e. Feito breve relato, decido. Por primeiro, consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em 09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional impugnado. Assim sendo, in casu, aplica-se o Código de Processo Civil de 1973. Nos termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil, combinado com o art. 34, XVIII, do Regimento Interno desta Corte, o Relator está autorizado, por meio de decisão monocrática, a negar seguimento a recurso ou a pedido manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou jurisprudência dominante da respectiva Corte ou Tribunal Superior. (STJ - REsp: 1671334 BA 2016/0250671-7, Relator: Ministra REGINA HELENA COSTA, Data de Publicação: DJ 02/06/2017)
Os argumentos jurídicos possíveis de serem apresentados na petição que tem como objetivo tutelar direitos difusos e coletivos, como é o caso da hipótese apresentada, será que o dever de proteção aos presidiários, como corolário dos direitos maiores à vida e à integridade física, bem como ao direito à segurança, existe, incumbindo sua execução ao Estado, no entanto, os meios de 'como' fazê-lo, a melhor forma de executar tal previsão, por exigir realização de despesas e emprego de receitas, é medida que cabe à Administração Pública, no âmbito do sistema orçamentário, não se tratando, aqui, de critérios objetivos. Não obstante, a tutela constitucional e infraconstitucional do direito não é suficiente para que se admita a utilização de ação civil pública como instrumento da atividade discricionária do Administrador quanto ao melhor emprego das verbas públicas e à ordem das prioridades a serem atendidas, devendo-se resguardar, no ponto, a autonomia e a independência do Poder Executivo.
Fundamentos legais:
Constituição Federal
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; (...)
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; (...)
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; (...)
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; (...)
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; (...)
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;”
Lei de Execução Penal (7.210/1984)
“Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. Art. 11. A assistência será:
I - material; II - à saúde; III -jurídica;
IV - educacional; V - social;
VI - religiosa."
Caso prático II: Considere que a União instituiu, por meio da Lei Ordinário n. 171, de 15 de janeiro de 2022, contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) incidente sobre receitas decorrentes de exportação de petróleo e determinou que a ação de cobrança do crédito tributário dessa CIDE prescreverá em dez anos, contados da data da sua constituição definitiva. Diante de tal quadro, responda aos itens a seguir, fundamentando a sua resposta com base na lei.
I) O fato gerador dessa CIDE está em conformidade com a CRFB/88?
Não, visto que é de competência exclusiva da União, conforme o Art. 149, da CRFB/88, instituir contribuições de intervenção no domínio econômico como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. Porém, o Art. 149, § 2º, inciso I, da CRFB/88, restringe a competência da União para instituir a CIDE, estabelecendo imunidade das receitasdecorrentes de exportação (no mesmo sentido, o Art. 3º, § 2º, da Lei nº 10.336/01: “A Cide não incidirá sobre as receitas de exportação, para o exterior, dos produtos relacionados no caput deste artigo.”). Desta forma, não é constitucional estabelecer CIDE sobre receitas decorrentes de exportação de petróleo, uma vez que tais receitas são imunes.
II) O novo prazo prescricional, estabelecido na lei ordinária n. 171/2022, é válido?
Não, visto que cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre prescrição tributária, conforme Art. 146, inciso III, alínea b, da CRFB/88.

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